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Academic year: 2021

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Tempo presente e ensino de História: historiografia, cultura e didática em diferentes contextos curriculares, retoma sua frente de

investigação que trabalha com a categoria de “professores marcantes”. O foco das nossas produzidas por esses docentes em sala de aula, nas quais s saberes fazendo com que os estudantes atribuam udo, nessa nova fase, temos despertado nosso que, de alguma forma, sempre esteve presente nos nossos estudos: a memória. Trabalhamos com lembranças, rastros e marcas que ficam na memória desses alunos e que acabam sendo o meio pelo qual nós podemos encontrar esses ores e ter um contato inicial com as suas práticas. O próprio questionário e o método da sua aplicação acabam funcionando como um indutor dessas memórias e é a partir deste o busca apresentar os mais recentes avanços da nossa pesquisa e o incremento das reflexões sobre as memórias dos alunos e as características dos

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enquanto campo frutífero para reflexões a respeito das proximidades que ai se estabelecem entre esta e a própria História enquanto ciência. Para além de um mero esforço de comparação os estudiosos que se delegaram a tarefa de discutir sobre tal assunto buscam uma verdadeira significação, ou mesmo um esclarecimento, daquilo que corriqueiramente temos conhecido como memória. Algo que aparentemente está tão imbricado em nossos conscientes e que, de certa forma, faz parte mesmo da nossa experiência de vida, mas que ao ser focalizado por uma ótica racional se apresenta como um campo de difícil compreensão. O que se pode, afinal, dizer sobre a memória? Onde ela se encontra e a quem ela pertence? Quais são as diferenças existentes entre o aflorar de uma lembrança e uma narrativa histórica? E, talvez a pergunta que mais nos interessa aqui, quais as formas de se operar com essas memórias e quais são as buscarmos respostas e compreensões aos nossos aprofundada acerca dos sentidos que uma função que demanda tempo e absoluta primeiro objetivo neste artigo, ainda é válido, mesmo que de forma breve, discorrer sobre alguns pontos que abarcam ambos os campos. pensadores que desempenharam estudos

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da sua ciência, o qual é usado nas atribuições do seu ofício. Questionar, criar hipóteses, buscar registros do passado, compreender processos e trabalhar com dinâmicas temporais, e, enfim, escrever. A escrita, como afirma Ricoeur, é a instância máxima da epistemologia da História e uma das coisas que a diferem, também, da memória No constante processo de resignificação da pesquisa histórica ao longo do século XX e como reflexo de uma explosão de novos temas catapultados pela ascensão da micro-história e se, em determinado momento, que a memória poderia ser por si só um objeto de estudo da História. Tal instante, que para Ricoeur, é o “cúmulo do afastamento (RICOEUR, 2007: 505) é foco de questionamento. Como onhecer a relação essencial que a memória admite É ela que, em primeira instância, legitima a existência de um passado vivido. memória, nesse sentido, é dotada de uma capacidade de fazer reviver experiências, é o único recurso que temos para significar o caráter passado daquilo que afirmamos ter lembrado. À história, por outro lado, estaria designado o papel de narrar e problematizar esse o espaço abarcado pela história é necessariamente maior que aquele ocupado pela memória. Nesse sentido, Pierre Nora atenta para o fato de que “desde

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passado que são iluminadas por um motivo qualquer. O esquecimento, segundo Ricoeur, é o espaço onde permanece a sombra produzida pela iluminação de algumas lembranças em embrar de tudo ao mesmo tempo e nem narrar nossas memórias de forma contínua e infalível, como diz o autor. Há sempre que existir um espaço obscuro onde existem lembranças que não nos recordamos, mas que tem a potencialidade de as mentes assim que alguma fagulha seja capaz de iluminá-las. Nesse sentido podemos aproximar a discussão para as nossas pesquisas, mais especificamente ao tratar da categoria de “professores marcantes”. Não falamos, porém, de sujeitos que são r essência e nem cogitamos que seja possível tal definição universal para esse Mas sim aqueles que marcam de alguma forma; que deixam rastros nas memórias de

algum dia, se constituírem como lembranças.

do pensamos numa trajetória escolar que, contando a partir do primeiro segmento do ensino fundamental, possui no mínimo onze anos, os alunos são confrontados com diversas e diferentes práticas docentes tornando ainda mais notável a existência de algumas que se fixam em marcas nas suas memórias. Pensando na perspectiva de Nora, em que a memória é vida e sempre carregada por grupos vivos, lidamos com um universo amplo de concepções de ensino, onde convivem inúmeros professores e alunos. Ao nos deparamos

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Professora Ana Maria Monteiro (2002) a empreender sua pesquisa de doutoramento sobre os e buscar compreender como eles estavam operando em acreditamos que os professores que estão operando com narrativas são, de alguma forma, bem sucedidos, por outro, supomos que nem sempre os próprios professores se dão conta disso. Sendo essa, também, uma das questões e daí surgindo a necessidade de se procurar esses Tempo presente e ensino de História: historiografia, cultura e didática em diferentes contextos curriculares”, Monteiro busca ampliar a área de investigação para outros espaços, tais como livros didáticos, parâmetros curriculares, formação de professores, ensino a distância, entre outros. A essência dessa pesquisa reside na questão da relação dos professores com os saberes que ensinam e de que forma constroem com os alunos o conhecimento escolar. Defendemos que a escola é um local de produção de conhecimento que nasce da articulação do saber docente, do saber do aluno, das praticas sociais e do fluxo do conhecimento cientifico. Nessa perspectiva o ensino de lacionado com o tempo presente. Embora ampliado, o projeto continua com o objetivo de compreender como os professores estão atuando com narrativas

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É importante assinalar alguns pontos referentes ao método de aplicação. O questionário, no âmbito das discussões feitas até aqui, acaba sendo um indutor de memórias que faz emergir lembranças de práticas docentes que ficaram marcadas para os alunos. É ressante perceber que até o momento em que observam o questionário os alunos não estavam esperando responder alguma coisa sobre tal assunto, o que realça a pertinências das práticas por eles identificadas, que foram as primeiras a serem recordadas. Outro fator importante é que o questionário é composto de duas partes, as quais os alunos devem responder separadamente. A primeira parte é mais livre e pergunta se eles tiveram algum as características que ele recorda desse professor. Desta forma os alunos não são influenciados pelas características listadas por nós, através do estudo teórico. E na maioria das vezes os alunos, na primeira parte, citam características que

a coerência da teoria.

Outra questão referente à metodologia é o fato de optarmos por aplicar os questionários em turmas de primeiro período dos cursos de História, por acreditarmos que, ao mesmo tempo, as lembranças estariam mais frescas em suas memórias e que os alunos não teriam tido tanto contato com o meio acadêmico, que pode ser responsável por mudar

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aplicação dos questionários nos deram um universo de mais de 150 professores citados como marcantes e algumas reincidências. Na quase maioria dos casos em que houve nomes repetidos, estes são de profissionais que atuam, também, em a o vestibular. Sobre as razões destes dados podemos inferir algumas questões, tais como: a grande incidência de cursos pré-vestibulares estaria somente relacionada à proximidade temporal entre o momento em que os alunos responderam o nto em que tiveram aulas com esses professores? Os professores desses cursos estariam operando de alguma forma diferenciada com o currículo? A próxima etapa da uma entrevista com esses docentes, para depois irmos algumas de suas aulas e então confrontarmos os dados com a sua prática.

No mais, não podemos ignorar o fato de que além das repetições, houve a citação de inúmeros outros professores, que também atuam em anos iniciais do ensino básico, bem como ios da rede pública. Esses professores também deixaram marcas na vida dos seus alunos e, de certa forma, possuem algumas particularidades interessantes sobre as quais

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las percebemos que a mais citada como marcante e a mais citada como a mais importante foram “domínio da matéria” e “despertava a vontade de saber”. Evidenciando que para os alunos, ter um amplo conhecimento dos conteúdos é uma característica fundamental e estes professores, de alguma forma, apresentavam segurança e competência ao trabalharem , muitos docentes são capazes de incentivar nesses alunos o a em relação ao saber ensinado, tornando mais provável que

com professores ditos marcantes continua em seu desenvolvimento. Na última etapa conseguimos avançar com a aplicação dos questionários e obter dados significativos para começar novas reflexões. A questão da memória é algo que scutido. É interessante notar como podemos nas memórias de estudantes do curso de história

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Referências

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