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CONTRIBUIÇÃO DO ESDE NA EDIFICAÇÃO DE UM MUNDO MELHOR

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Academic year: 2021

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FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA CONSELHO FEDERATIVO NACIONAL

COMISSÕES REGIONAIS

CONTRIBUIÇÃO DO ESDE NA EDIFICAÇÃO DE

UM MUNDO MELHOR

A importância do conhecimento

O conhecimento fomenta o progresso intelectual e moral do homem; o desenvolvimento das artes e das ciências proporciona uma melhor qualidade de vida para a sociedade; liberta o homem da ignorância e das superstições; desenvolve o senso crítico e o raciocínio; evita a dominação; a manipulação e confere autonomia ao ser.

Para Sócrates, o conhecimento leva o homem à vivência de valores como a justiça, a coragem, a amizade, a piedade, o amor, a beleza, a temperança, a prudência, etc., que constituem os ideais do sábio e do verdadeiro cidadão. Conceito de Conhecimento:

Ato do pensamento que penetra e define o objeto do conhecimento. O conhecimento perfeito de uma coisa é, neste sentido, aquele que, subjetivamente considerado, não deixa nada obscuro ou confuso na coisa conhecida.

Conhecer para Sócrates é passar da aparência à essência, da opinião ao conceito, do ponto de vista individual à idéia universal.

A base para todos os conhecimentos era o autoconhecimento. Propunha que o homem antes de querer persuadir os outros deveria primeiro e antes conhecer a si mesmo.

Qual a condição para o conhecimento verdadeiro? A evidência, isto é, a visão intelectual da essência de um ser. Para formular um juízo verdadeiro, precisamos primeiro conhecer a essência, e a conhecemos por intuição, ou por

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É POSSÍVEL CONHECER A ESSÊNCIA DAS COISAS?

Para Sócrates, conhecer a verdade é possível desde que nos afastemos das ilusões e dos sentidos, das palavras ou das opiniões.

SOBRE A VERDADE E A OPINIÃO (verdade ‘“ opinião)

“A verdade sendo o conhecimento da essência real e profunda dos seres é sempre universal e necessária, enquanto as opiniões variam de lugar para lugar, de época para época, de sociedade para sociedade, de pessoa para pessoa. Essa variabilidade e inconstância das opiniões provam que a essência dos seres não está conhecida e, por isso, se nos mantivermos no plano das opiniões, nunca alcançaremos a verdade.” (Vocabulário técnico e crítico da filosofia, André Lalande)

VERDADE E LIBERDADE À LUZ DA DOUTRINA ESPÍRITA I – Conceituação

A Verdade é o conhecimento da essência real e profunda dos seres, é sempre universal.

“A Liberdade é a faculdade de cada um se decidir ou agir segundo a própria determinação, é a independência e a autonomia do homem.” (Dicionário Houaiss) II – A verdade e a liberdade à luz da Doutrina Espírita

Emmanuel, em o livro: “O Consolador”, escreveu que: “a verdade é essência espiritual da vida.” (1) Somente quando o homem conseguir viver segundo essa essência, poderá ele desfrutar da liberdade integral, pois ninguém a possui e ninguém é absolutamente livre, ainda.

Deolindo Amorim comenta que “ninguém se libertará totalmente sem esforço constante e perseverante para buscar a verdade.” (2)

Do mesmo modo, o pensamento da sentença evangélica: “conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”, sinaliza que para o homem ser livre, precisa conhecer a verdade. Vemos então que há sentido de “condicionamento”, ou seja, para se conquistar a segunda, depende de se estar de posse da primeira.

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O homem gozará “sempre” da liberdade parcial e, dentro dela, pode alterar o curso da própria existência, pelo bom ou mau uso de semelhante faculdade nas relações comuns, até o dia em que conquiste a liberdade absoluta.

Para nós, o Cristo é o maior referencial do ser verdadeiramente livre. Jesus é a verdade sublime e reveladora, segundo suas próprias palavras: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida, ninguém vai ao Pai senão for por mim.”

O CONHECIMENTO ESPÍRITA E SUA IMPORTÂNCIA NA TAREFA DO ESDE

O que será o conhecimento espírita? O conjunto das obras básicas codificadas por Allan Kardec e as demais obras de cunho mediúnico ou de estudos filosófico, científico e religioso, condizentes com os postulados espíritas, publicadas nos 150 anos de existência do Espiritismo. Esta resposta é bastante convincente e parece-nos mesmo óbvia. Contudo, sem deixar de ter sua pertinência, esta resposta é por demais superficial e se atém ao efeito e não à essência que qualifica e define o conhecimento espírita.

Jesus, o Mestre Divino, nos asseverou:

Se vós me amais, guardai meus mandamentos; e eu pedirei a meu Pai, e ele vos enviará um outro consolador, a fim de que permaneça eternamente convosco: o Espírito de Verdade que o mundo não pode receber, porque não o vê e não o conhece. Mas quanto a vós, conhecê-lo-eis porque permanecerá convosco e estará em vós. Mas o consolador, que é o Santo-Espírito, que meu Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará relembrar de tudo aquilo que eu vos tenha dito. (São João, Cap.

XIV, v. 15,16,17 e 26.

Diante desta assertiva de esperança e consolo deixada pelo Cristo, afirmou Allan Kardec, inspirado pelo próprio Espírito de Verdade anunciado, que “O Espiritismo vem, no tempo marcado, cumprir a promessa do Cristo” (E.S.E.,

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Em que consiste dizer que o Espiritismo é o consolador prometido? O fato de ter sido sua instituição presidida pelo Espírito de Verdade? Bem sabemos que não. Pois, como o próprio Kardec asseverou também:

“(...) o Espiritismo vem abrir os olhos e os ouvidos, porquanto fala sem figuras, nem alegorias; levanta o véu intencionalmente lançado sobre certos mistérios. Vem, finalmente, trazer a consolação suprema aos deserdados da Terra e a todos os que sofrem, atribuindo causa justa e fim útil a todas as dores.” (3), porque o Espiritismo não consiste numa religião que se firma sobre dogmas ou rituais para garantir aos seus fiéis a chave da felicidade, mas “é a ciência nova que vem revelar aos homens, por meio de provas irrecusáveis, a existência e a natureza do mundo espiritual e as suas relações com o mundo corpóreo” (4) e é, deste saber e compreensão, que provém todo o consolo, esperança, força para a humanidade.

Considerando, ainda, o conhecimento espírita como o Consolador prometido pelo Mestre Jesus, sua abrangência e importância são imensuráveis. Para contornar a enorme quantidade de ensinamentos e para ser compreendido, o Espiritismo precisa de sistematização e disciplina.

A abrangência dos ensinamentos da doutrina espírita reclama uma metodologia apropriada para o seu estudo organizado, sob orientação didática, que permita o correto entendimento das obras básicas e das que lhe são complementares. Como pedagogo e grande conhecedor da humanidade, Allan Kardec, em seu projeto de 1868, já destacava a importância da sistematização e organização dos estudos espíritas.

ONDE E COMO ADQUIRIR O CONHECIMENTO ESPÍRITA

O Centro Espírita, célula básica do Movimento Espírita, tem por finalidade esclarecer e consolar as criaturas à luz do Espiritismo e, para que possa cumprir com esses elevados objetivos, deve ser um centro de estudo sério e metódico da Doutrina que difunde. Logo, o melhor e mais eficiente lugar para se adquirir o conhecimento espírita é a Casa Espírita que, instalando grupos de estudo sistematizado da Doutrina, faz com que todas as ferramentas da pedagogia sejam colocadas a favor da tarefa de ensinar e aprender o Espiritismo. Além disso, a Casa Espírita, como ambiente de cultivo das virtudes morais e prática dos ensinamentos cristãos, oferece, conjuntamente, o laboratório ideal para se

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aplicarem os conhecimentos adquiridos e extravasá-los com segurança pela sociedade.

A IMPORTÂCIA DO CONHECIMENTO ESPÍRITA NO TRABALHO DO ESDE NINGUÉM ENSINA O QUE NÃO SABE

É possível ensinar a alguém aquilo que não se sabe? Por certo que não. E quando alguém pensa que sabe, por possuir apenas um superficial conhecimento sobre uma coisa, sem ter se dedicado, com seriedade, em conhecê-la devidamente? Essa é uma questão séria que tem ocorrido com freqüência com algumas pessoas e a mídia. No tocante à divulgação do conhecimento Espírita, o caso é mais grave ainda, pois o coordenador de ESDE tem como compromisso auxiliar as pessoas na aprendizagem do conhecimento espírita. É óbvio, dirão. -Mas como fazê-lo sem se estar devidamente preparado? Necessário se torna àquele que se predispõe a essa tarefa, assumir um compromisso consigo mesmo de conhecer satisfatoriamente a Doutrina, conforme Allan Kardec orienta: “Acrescentemos que o estudo de uma doutrina, qual a Doutrina Espírita, que nos lança de súbito numa ordem de coisas tão nova quão grande, só pode ser feito com utilidade por homens sérios, perseverantes, livres de prevenções e animados de firme e sincera vontade de chegar a um resultado. Não sabemos como dar esses qualificativos aos que julgam a priori, levianamente, sem tudo ter visto; que não imprimem a seus estudos a continuidade, a regularidade e o recolhimento indispensáveis.

(...) O que caracteriza um estudo sério é a continuidade que se lhe dá.” (6) Como despertar nas pessoas que chegam à Casa Espírita, aos grupos de ESDE, o amor, o respeito, a seriedade e a confiança na Doutrina Espírita, sem que o Coordenador esteja seguro do conteúdo doutrinário?

As conseqüências do conhecimento espírita na vida dos participantes do ESDE “são bastante amplas, pois favorece a reforma íntima; garante a unidade de princípios em torno do estudo; faculta a compreensão e a assimilação correta dos pontos doutrinários; proporciona a propagação da Doutrina Espírita nas bases

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do verdadeiro sentido da palavra caridade, induzindo à sua prática; favorece a participação de todos e a criação de condições favoráveis para o desenvolvimento da criatividade, da colaboração e da responsabilidade.” (15)

Jesus nos recomenda: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura.” (Marcos, 16:15)

Como atender este amoroso apelo do Mestre sem o devido preparo? O BENEFÍCIO DO CONHECIMENTO ESPÍRITA PARA A HUMANIDADE

Pode-se pensar sobre os benefícios trazidos pelo conhecimento espírita à humanidade a partir de uma pergunta de Kardec: “De que maneira pode o Espiritismo contribuir para o progresso? ‘Destruindo o materialismo, que é uma das chagas da sociedade, ele faz que os homens compreendam onde se encontram seus verdadeiros interesses. Deixando a vida futura de estar velada pela dúvida, o homem perceberá melhor que, por meio do presente, lhe é dado preparar o seu futuro. Abolindo os prejuízos de seitas, castas e cores, ensina aos homens a grande solidariedade que os há de unir como irmãos.’ “ (7)

Como se destrói o materialismo?

O conhecimento da Doutrina Espírita é um roteiro seguro para se chegar a um futuro de paz e fraternidade, destruindo o materialismo dentro de cada um de nós. Nas palavras de Kardec: “Ministrando a prova material da existência e da imortalidade da alma, iniciando-nos em os mistérios do nascimento, da morte, da vida futura, da vida universal, tornando-nos palpáveis as inevitáveis conseqüências do bem e do mal, a Doutrina Espírita, melhor do que qualquer outra, põe em relevo a necessidade da melhoria individual. Por meio dela, sabe o homem donde vem, para onde vai, por que está na Terra; o bem tem um objetivo, uma utilidade prática. (...)” (14)

Na pergunta 780a, em “O Livro dos Espíritos”, Kardec indaga: “Como pode o progresso intelectual engendrar o progresso moral?” A resposta é clara: “Fazendo compreensíveis o bem e o mal. O homem, desde então, pode escolher. O desenvolvimento do livre-arbítrio acompanha o da inteligência e aumenta a responsabilidade dos atos”. (7)

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Esse entendimento leva à transformação moral, que se reflete no dia-a-dia, nas pequenas coisas do cotidiano. Os efeitos aparecem ao longo do próprio debruçar-se sobre o objeto do estudo, afetando tanto a quem aprende como às pessoas a sua volta. Kardec também já nos alertara que o Espiritismo “(...) não se limita a preparar o homem para o futuro, forma-o também para o presente, para a sociedade. (...)” (14)

O progresso da humanidade depende do progresso de cada um.

Mas qual o peso do aprimoramento moral de uma só pessoa na humanidade? Como o desenvolvimento moral de uma só pessoa pode trazer um benefício para toda humanidade? Ocorre que: — “A Humanidade progride, por meio dos indivíduos que pouco a pouco se melhoram e se instruem. Quando estes preponderam pelo número, tomam a dianteira e arrastam os outros. (...)” (9)

Kardec, conduzindo o pensamento para os processos do progresso de cada um, indaga: “A força para progredir, haure-a o homem em si mesmo ou o progresso é apenas fruto de um ensinamento?

“O homem se desenvolve por si mesmo, naturalmente. Mas, nem todos progridem simultaneamente e do mesmo modo. Dá-se então que os mais adiantados auxiliam o progresso dos outros, por meio do contato social.” (10)

Não há evolução sem o outro. Kardec traz, em “O Livro dos Espíritos”, a seguinte afirmativa: “‘O homem tem que progredir. Insulado, não lhe é isso possível, por não dispor de todas as faculdades. Falta-lhe o contato com os outros homens. No insulamento, ele se embrutece e estiola.’

Homem nenhum possui faculdades completas. Mediante a união social é que elas umas às outras se completam, para lhe assegurarem o bem-estar e o progresso. Por isso é que, precisando uns dos outros, os homens foram feitos para viver em sociedade e não insulados.” (11)

Amai-vos e instruí-vos

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Referências

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