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Produção Científica em Gestão do Conhecimento: um mapeamento dos estudos e pesquisas no Brasil

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Produção Científica em Gestão do Conhecimento: um mapeamento

dos estudos e pesquisas no Brasil

Leonardo Leocádio (PPEGC) leoleocadio@gmail.com Jane Lucia Silva Santos (PPEGC) janejlss@gmail.com

Resumo: Considerando-se a relevância da disseminação das produções científicas em anais de eventos e periódicos (revistas) brasileiros conceituados em nível nacional e internacional, o principal objetivo deste trabalho é pesquisar e apresentar a realidade brasileira nesse cenário, por meio de um mapeamento da produção científica em Gestão do Conhecimento no Brasil. Inicialmente, procurou-se identificar os principais meios de publicação acadêmico-científicos, os artigos relacionados à Gestão do Conhecimento, os temas que os pesquisadores estão abordando, os métodos de pesquisa predominantes em cada trabalho, os autores com suas instituições e os tipos de fontes bibliográficas utilizadas, assim como os autores mais referenciados na bibliografia dos trabalhos. Em seguida, as informações coletadas foram tratadas quantitativa e qualitativamente. Os resultados apresentam uma diversidade de trabalhos teóricos e práticos sobre Gestão do Conhecimento, com publicações concentradas nos últimos cinco anos, levando a inferir que os estudos realizados nessa área no Brasil são, ainda, recentes. Portanto, acredita-se que este mapeamento poderá contribuir para visualizar o caminho das pesquisas e publicações acadêmicas sobre Gestão do Conhecimento no Brasil e poderá estimular o debate sobre a produção científica na área e o compartilhamento dos conhecimentos já acumulados.

Palavras-chave: Mapeamento; Gestão; Conhecimento; Artigos.

1. Introdução

Devido às rápidas mudanças intensificadas na última década, principalmente pelos avanços da tecnologia da informação e pela ênfase na valorização dos ativos intangíveis, as organizações têm despertado para a importância de adotar novos modelos de gestão direcionados para o conhecimento. Para atender às necessidades deste contexto, diferentes técnicas e práticas de gestão têm sido criadas e/ou reestruturadas, porém sua disseminação é relativamente pequena, seja entre as organizações, seja entre os pesquisadores e as organizações, seja entre pesquisadores.

Como alternativa aos modelos tradicionais, surge a Gestão do Conhecimento nas organizações, destacada em 1997 com o lançamento da revista Knowledge Management que, em seu primeiro número, publicou o artigo “Knowledge Management: An Emerging

Discipline” escrito pelo professor Syed Z. Shariq, Senior Research Fellow do IC2 Institute da University of Texas at Austin, no qual o autor enfatizava a necessidade das universidades

desenvolverem estudos e pesquisas sobre o processo de criação, codificação, gerenciamento e disseminação do conhecimento nas organizações.

Seguindo essa necessidade, algumas universidades, instituições e pesquisadores brasileiros já começaram a desenvolver trabalhos neste sentido, focalizando a economia, a organização e o trabalhador do conhecimento. Esses trabalhos têm permitido a compreensão e a importância de três pontos fundamentais: a) as transformações que estão ocorrendo na sociedade atual e que estão levando a humanidade da era industrial para a era do

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conhecimento; b) os fatores decisivos que estão provocando essas transformações; e c) a evolução para a era do conhecimento.

Grande parte da literatura relata que a constituição da Gestão do Conhecimento como domínio científico se deu simultaneamente ao crescimento vertiginoso da Internet e da globalização da economia, o que tem provocado uma série de questões que merecem estudos e pesquisas aprofundados, de natureza acadêmica, como é o caso da Gestão do Conhecimento da Sustentabilidade, Gestão do Conhecimento nas Organizações e o Empreendedorismo e Inovação Tecnológica.

Considerando tais aspectos, e passados dez anos da publicação do artigo “Knowledge

Management: An Emerging Discipline” (referência para área da Gestão do Conhecimento),

verifica-se a necessidade de traçar um panorama que permita visualizar e responder a questão: como está o quadro da produção científica sobre Gestão do Conhecimento no Brasil?

Assim, o principal objetivo deste artigo é elaborar e apresentar um mapeamento da produção científica em Gestão do Conhecimento no Brasil, no período de 2000 a 2006. Para lidar com a extrema diversidade de artigos, procurou-se (a) identificar os principais meios de publicação acadêmico-científicos; (b) localizar os artigos relacionados à Gestão do Conhecimento; (c) investigar e descrever os temas que os pesquisadores estão abordando em Gestão do Conhecimento; (d) identificar e relacionar os métodos de pesquisa predominantes em cada trabalho; (e) traçar informações sobre os autores dos artigos; e, finalmente, (f) examinar e classificar as referências mais utilizadas nos trabalhos.

O artigo está estruturado em sete seções. A primeira seção é esta introdução. A segunda seção apresenta algumas concepções sobre a produção científica em Gestão do Conhecimento a partir de um quadro geral da multidisciplinaridade do tema. A terceira seção descreve os procedimentos metodológicos para a realização deste estudo. A quarta seção apresenta e discute os principais resultados da pesquisa. Na quinta seção estão as considerações finais. A sexta seção expõe as referências utilizadas neste trabalho. E, a última seção apresenta o resumo.

2. Produção científica em gestão do conhecimento

Gestão do Conhecimento tem sido apresentado como um tema emergente a partir de diferentes perspectivas e abordagens. O argumento de base está suportado no fato de se considerar o conhecimento como elemento central para o desempenho organizacional. No entanto, ainda percebe-se pouca estabilidade quanto à utilização deste conceito. Para Davenport e Cronin (2000) o fato de estar sendo usado, de forma diferente, por vários domínios científicos, cada um afirmando que a sua compreensão parcial representa uma articulação definitiva do conceito, tem contribuído para a instabilidade quanto ao uso do tema. O crescente interesse pela “Gestão do Conhecimento” pode ser visto pela freqüente utilização de termos que, de certa forma, estão relacionados ou refletem o mesmo significado, tais como conhecimento organizacional, organizações do conhecimento, organizações que

aprendem, capital intelectual, ativos intangíveis, aprendizagem organizacional, inteligência empresarial, entre diversos outros. Apesar de não ser uma preocupação deste artigo,

apresentar as diversas abordagens conceituais sobre esses termos é relevante, todavia, compreender que o conhecimento uma vez considerado como um recurso para a atual Sociedade do Conhecimento precisa ser gerido nas organizações.

Para Bowman (2002), uma das explicações para o crescente interesse pelo assunto pode estar relacionada ao acelerado ritmo que acontecem as mudanças no mundo dos negócios. Essas mudanças colocam os ativos intangíveis na posição de principal fonte de

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vantagem competitiva sustentável, tornando o conhecimento como o grande diferencial das organizações (Figueiredo 2005, Davenport e Prusak 1998, Stewart 1998, Sveiby 1998, Nonaka e Takeuchi 1997).

Para Drucker (1998), o conhecimento pode ser definido como a informação eficaz em ação focalizada em resultados. Para o autor, esses resultados são vistos fora da pessoa – na sociedade e na economia, ou no avanço do próprio conhecimento.

Na perspectiva da Gestão do Conhecimento, o conhecimento é criado por um fluxo de informação e suportado por crenças e compromissos de quem o possui (Nonaka e Takeuchi 1997). Davenport e Prusak (1998) vão além, dizendo que é a soma das experiências, valores, contexto e insights, tendo origem e aplicação na mente de seus detentores. É a “informação combinada com a experiência, contexto, interpretação e reflexão” (Davenport, Long e Beers 1998, p43). Enfim, é o elemento que manipula, organiza e dá forma aos dados, de acordo com a experiência dos indivíduos, dependendo diretamente do universo cognitivo de cada um (Telles e Teixeira 2002).

Nas organizações, o conhecimento está contido não só nos documentos e repositórios, mas também nas rotinas, processos, práticas e normas (Davenport e Prusak 1998). Este aspecto destaca pelo menos duas características, a complexidade do conhecimento (o qual tem origem na mente das pessoas e, por elas, é aplicado) e o seu caráter dicotómico (está tacitamente nas pessoas e também de forma explícita em produtos e processos formais).

Nonaka e Takeuchi (1997) em sua obra dedicada à gestão do conhecimento nas empresas japonesas enfatizam que a inovação contínua nessas empresas deve-se a sua constante combinação de conhecimento interno e externo para o desenvolvimento de novos produtos e tecnologias. Esses autores classificam o conhecimento por dois tipos: explícito e tácito. Por sua vez, o conhecimento organizacional pode ser criado a partir da interação contínua e dinâmica entre esses dois tipos de conhecimentos. O conhecimento tácito é pessoal, relativo ao contexto e difícil de ser formulado e transferido e o explícito refere-se ao conhecimento transmissível em linguagem formal e sistemática. De acordo com Nonaka (1994), o conhecimento pode, também, ser visto como individual (quando é criado pelo indivíduo e existe nele), ou coletivo (quando é criado ou existe em um grupo ou nas suas ações coletivas).

Outras taxonomias de conhecimento classificam o conhecimento quanto a: declarativo – saber sobre, “know about” (Nolan Norton 1998 apud Alavi e Leidner 2001); processual – saber como, “know how”; causal – saber porquê, “know why”; condicional – saber quando, “know when”; e relacional – saber com, “know-with” (Zack 1998). A compreensão sobre as diferentes perspectivas do que é o conhecimento e as suas taxonomias é importante na medida em que influenciam as abordagens teóricas na área.

Gestão do Conhecimento pode ser conceituada como uma coleção de processos responsáveis pela criação, disseminação e utilização do conhecimento, visando atingir plenamente os objetivos da organização (Teixeira Filho 2000). Trata-se de uma disciplina utilizada de forma sistemática para promover e estimular a criação, codificação, gestão e disseminação de conhecimentos específicos em um determinado contexto, buscando a eficiência, sobrevivência e inovação da organização.

No âmbito das pesquisas e estudos científicos percebe-se que o tema Gestão do Conhecimento é abordado de maneira diferente pelas várias áreas que o utilizam. Segundo Davenport e Cronin (2000), as Bibliotecas e Ciências da Informação (BCI) tratam Gestão do Conhecimento como sinônimo de “gestão da informação”, correspondendo à

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codificação/classificação e indexação de material incorporados em artefatos, estruturas, sistemas e repositórios, não procurando compreender de que forma é criado o valor para o negócio; na Engenharia de Processo (EP) é abordada como a gestão do “saber”, focalizando os processos e as atividades, com destaque para as representações (ontologias) das atividades e capacidades, desconsiderando o conhecimento tácito existente nas pessoas; na perspectiva das Teorias Organizacionais (TO) não é propriamente a gestão de recursos, mas sim do contexto onde ele é utilizado. É reconhecido que o principal fator para a criação de conhecimento está na interligação entre o conhecimento tácito e explícito. Assim, a criação de conhecimento não ocorre independente de um contexto. Contextos sociais, culturais e históricos são relevantes para as pessoas uma vez que fornecem as bases para a interpretação da informação e para a criação de significados (Nonaka 1994).

Contudo, é difícil delimitar o campo de estudo da Gestão do Conhecimento uma vez que são várias as áreas científicas que contribuem para a mesma, entre outras, as Ciências da Informação, Psicologia, Sociologia, Ciências Empresariais, Estudos da Organização, Gestão Estratégica, Ciências da Computação, Sistemas de Informação, Engenharia, entre outras (Earl 2001).

3. Procedimentos metodológicos

Para classificar a pesquisa, tomou-se como base a taxionomia apresentada por Vergara (2003), que a qualifica em relação a dois aspectos: quanto aos fins e quanto aos meios.

Quanto aos fins, a pesquisa tem natureza exploratória e descritiva. Exploratória porque aprofunda a compreensão da Gestão do Conhecimento no Brasil, onde os estudos sobre o assunto são ainda incipientes. O estudo é também descritivo porque visa identificar, descrever e analisar a produção científica em Gestão do Conhecimento, detalhando as temáticas envolvidas, os métodos de pesquisa predominantes, a filiação acadêmica dos pesquisadores e os tipos de referências mais utilizadas.

Quanto aos meios, trata-se de uma pesquisa bibliográfica, por se tratar de um estudo sistematizado desenvolvido com base em material publicado. Foram coletados indicadores primários nos anais dos Encontros Anuais da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Administração – EnANPAD e nas principais revistas nacionais de Administração.

A escolha desse universo foi intencional, e se justificou pelo seguinte motivo: ao realizar uma busca pelo termo “Gestão do Conhecimento” no Portal Inovação (www.portalinovacao.info) e observar os critérios por “área de conhecimento”, surge, em primeiro lugar, com 222 registros, “administração”, mais que o dobro da segunda área elencada, “engenharia de produção”, com 103 registros. Dessa forma, buscou-se o Encontro da ANPAD por ser hoje o maior evento da comunidade científica e acadêmica de administração no Brasil, e ainda por ser o evento brasileiro melhor qualificado (evento científico internacional A) pelo Sistema QUALIS (Capes). Seguindo este raciocínio e ampliando o mapeamento, optou-se também pelas principais revistas de Administração classificadas pelo Sistema QUALIS (Capes) como nacional A; são elas: Revista de Administração Contemporânea (RAC), Revista de Administração de Empresas (RAE), Revista de Administração da USP (RAUSP), Revista de Administração Pública (RAP) e Revista Organizações e Sociedade (O&S).

Vale ressaltar que o Portal Inovação foi escolhido como base de busca inicial por indexar a plataforma de dados de currículos, grupos de pesquisa e instituições das áreas de Ciência e Tecnologia no Brasil.

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A amostra foi definida pelo critério de acessibilidade (Vergara 2003), sendo composta pelos anais e exemplares anos de 2000 a 2006.

A coleta de dados foi estruturada em cinco momentos. O primeiro consistiu em uma análise geral de sete anos das revistas de Administração classificadas pelo Sistema Qualis (Capes) como nacional A, e dos sete anos de anais do EnANPAD, independente da divisão acadêmica ou área temática, uma vez que a área específica para o tema Gestão do Conhecimento foi criada apenas este ano (ADI-B: Gestão da Informação e do Conhecimento). Partiu-se de uma busca com as expressões “Gestão do Conhecimento”, “Gestão de Conhecimento” e “Knowledge Management” junto aos exemplares das revistas e CD-ROM dos anais. Após identificar os artigos relacionados, foi realizada a leitura completa de cada artigo, a fim de buscar maior segurança quanto à classificação proposta e quanto à seleção das informações.

No segundo momento, tratou-se de investigar e descrever os temas que os pesquisadores estão abordando em Gestão do Conhecimento. Essas inferências tinham como objetivo conduzir a articulação entre Gestão do Conhecimento e temas abordados nessa direção.

O terceiro momento consistiu em identificar e relacionar os métodos utilizados pelos autores em cada trabalho. Para facilitar este momento, elaborou-se uma matriz com base nos descritores de Cooper e Schindler (2003), que foi preenchida com a análise de cada artigo. Vale mencionar que não é objetivo deste estudo analisar a qualidade dos artigos.

No quarto momento, foi realizada uma análise geral sobre os autores dos artigos. Após relacionar todos os autores, foram feitas as seguintes analogias: número de autores por artigo; autores que mais publicaram no período analisado; filiação acadêmica; tipos de instituições; e naturalidade dos autores.

O quinto e último momento da coleta de dados consistiu em examinar e classificar as referências utilizadas nos trabalhos, as quais foram categorizadas quanto a livros, dissertações e teses, periódicos, anais de eventos, sites da internet, outros, e ainda se literatura nacional ou internacional. Por fim, identificou-se os dez autores mais utilizados nas referências dos artigos.

Os dados foram tratados quantitativa e qualitativamente, sendo para isso utilizado o modelo de reversibilidade apresentado por Gomes e Souza (2003). A escolha desse modelo é justificada pela possibilidade de unir as duas abordagens de pesquisa em um mesmo plano de investigação, sem prejuízo para elas. Como os próprios autores afirmam (2003, p. 8), “quantidades e qualidades estabelecem uma relação de sinédoque caracterizada pela reversibilidade”.

4. Apresentação e análise dos resultados 4.1 Artigos selecionados

A análise das revistas pré-selecionadas possibilitou a identificação de 18 artigos referentes ao tema Gestão do Conhecimento, distribuídos no período entre 2000 e 2006, conforme apresentado na Tabela 1. Vale mencionar que não foi encontrado nenhum trabalho na Revista O&S (Organizações e Sociedade, da UFBA), por isso tal periódico não está mencionado nas tabelas de apresentação dos resultados.

A análise dos trabalhos apresentados nos sete Encontros da ANPAD realizados entre 2000 e 2006, permitiu identificar 55 trabalhos relacionados à Gestão do Conhecimento. Sendo que houve um crescimento dos trabalhos publicados no EnANPAD relacionados a temática

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Gestão do Conhecimento. Como observado na Tabela 1, em 2000 a ANPAD aprovou sete artigos, número que se mostrou constante nos anos de 2002, 2003 e 2004. Porém, nos últimos dois anos a quantidade de artigos em Gestão do Conhecimento publicados anualmente quase que dobrou (onze em 2005 e treze em 2006) referente ao ano inicial da análise. Apesar de 2001 (apenas três artigos foram identificados) apresentar uma “quebra” nesse raciocínio, imagina-se que este crescimento expressivo no número de publicações, praticamente duplicando em seis anos, possa justificar a criação em 2007, por parte da ANPAD, de uma área temática específica (ADI-B) para Gestão da Informação e do Conhecimento.

Tabela 1 – Número de artigos publicados sobre Gestão do Conhecimento.

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

RAP _ 2 _ 1 1 1 _ 5

RAUSP _ _ _ 3 _ 1 1 5

RAE 1 1 1 _ _ _ _ 3

RAC _ _ 1 2 1 _ 1 5

Artigos nos Periódicos 1 3 2 6 2 2 2 18

Artigos no EnANPAD 7 3 7 7 7 11 13 55

Total de Artigos 8 6 9 13 9 13 15 73

Publicações Ano Total

Fonte: própria dos autores.

Percebe-se que a quantidade de artigos nas revistas é significativamente menor que o número de artigos publicados nos EnANPAD. Isso pode ser uma característica das publicações em Gestão do Conhecimento no Brasil, talvez pelo fato da alta exigência científica das revistas e do número limitado de edições anuais (quatro edições por ano).

4.2 Quanto aos temas abordados nos artigos

Tema, segundo Barros e Lehfeld (2000), deve ser relevante e ter quadro metodológico que possibilite o seu desenvolvimento, com áreas que ainda possam ser exploradas, despertando interesse tanto pela importância do seu estudo com relação a um contexto maior, e ainda sendo considerado como tema novo e precioso. Num âmbito maior, um artigo se relaciona com outros textos e por meio dessa relação conecta-se com um “ramo de conhecimento específico” em alguma área da pesquisa científica (Amsterdamska e Leydesdorff 1989). Essas inferências objetivam conduzir a articulação entre Gestão do Conhecimento e temas abordados nessa direção. Portanto, para fins do presente estudo, o que interessa neste momento são os assuntos que pesquisadores, principalmente brasileiros, estão abordando em relação à Gestão do Conhecimento.

A composição temática dos trabalhos selecionados pode ser observada na Tabela 2, onde verifica-se que estão concentrados 44% dos artigos nas temáticas que relatam, descrevem e/ou estudam Modelos de Gestão do Conhecimento (14%), Aprendizagem Organizacional (10%), Gestão Estratégica do Conhecimento (10%), Métodos e Técnicas em Gestão do Conhecimento (10%) e Disseminação e Compartilhamento de Conhecimento (8%). As menores incidências estão nas temáticas que tratam de Criação de Conhecimento (1%), Gestão de Competências (3%), Indicadores para Gestão de Conhecimento (3%), Organizações Intensivas em Conhecimento (3%) e Organizações que aprendem (3%).

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Tabela 2 – Composição temática da produção científica no Brasil.

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

Aprendizagem Organizacional 2 2 2 1 _ _ _ 7 10

Conhecimento Organizacional 1 1 1 _ 1 1 5 7%

Criação do Conhecimento Organizacional _ _ _ _ _ _ 1 1 1%

Disseminação e Compartilhamento do

Conhecimento _ _ 1 1 2 _ 2 6 8%

GC na Educação 2 _ _ _ 1 _ 1 4 5%

GC no Terceiro Setor _ _ 1 _ 1 1 3 4%

Gestão de Ativos Intangíveis 1 _ 2 1 _ 1 _ 5 7%

Gestão de Competências _ _ _ _ _ 2 _ 2 3%

Gestão Estratégica do Conhecimento _ _ _ 2 _ 2 3 7 10

Indicadores para GC _ 1 _ _ _ _ 1 2 3%

Inovação e Conhecimento 1 _ 1 1 1 _ 1 5 7%

Métodos e Técnicas em GC _ _ 1 1 1 2 2 7 10

Modelos de GC _ 2 _ 2 2 2 2 10 14

Organizações Intensivas em Conhecimento _ _ 1 _ _ 1 _ 2 3%

Organizações que aprendem 1 _ 1 _ _ 2 3%

Tecnologia da Informação para GC _ _ 1 1 2 1 _ 5 7%

Total 8 6 9 13 9 13 15 73 100%

Quantidade de artigos por ano

Total Temática % % % % %

Fonte: própria dos autores.

4.3 Quanto aos métodos de pesquisa predominante nos artigos

Segundo Cooper e Schindler (2003), existem várias definições de planejamento de pesquisa e nenhuma delas engloba todos os aspectos importantes; de forma geral, este tipo de planejamento especifica os métodos e procedimentos para coleta, mensuração e análise de dados. Para este trabalho, adotou-se a categorização baseada nos descritores de Cooper e Schindler (2003), apresentada no Quadro 1.

Quadro 1 – Descritores do planejamento da pesquisa.

Categoria Opções

Grau de cristalização da questão de pesquisa Estudo Exploratório / Estudo Formal Método de coleta de dados Monitoramento / Interrogação: Entrevistas,

Conversações, Questionários O objetivo do estudo Descritivo / Causal

O Escopo do Tópico Estudos de Caso / Estudo Estatístico O ambiente de pesquisa Ambiente de Campo / Pesquisa de

laboratório Fonte: própria dos autores.

Diante dessa categorização, buscou-se relacionar os métodos de pesquisa utilizados pelos autores. Como pode ser observado no Gráfico 1, todos os artigos analisados são de investigação exploratória, visando aprofundar a compreensão da Gestão do Conhecimento e assuntos correlatos. Essa realidade indica uma possível mudança no comportamento dos pesquisadores, uma vez que Cooper e Schindler (2003, p131) admitem que os “pesquisadores e administradores dão menos importância à exploração do que deveriam”.

Quanto aos fins, aproximadamente 73% dos artigos consultados são pesquisas

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descritivas, expondo características de determinada população ou de determinado fenômeno. Quanto aos meios de investigação, a pesquisa de campo está presente em 67,1% dos trabalhos, evidenciando o caráter empírico dos artigos. Nesse aspecto, esses autores utilizaram o estudo de interrogação, através de entrevistas e aplicação de questionários. Nos outros artigos (19,2%) ficou evidenciada a pesquisa em ambiente de laboratório.

68,5% 38,4% 67,1% 100,0% 72,6% 17,8% 24,7% 19,2% Estudos Exploratórios Interrogação: Entrevistas, Conversações, Questionários Descritivo Causal Estudo de Caso Estudo Estatístico Ambiente de Campo Ambiente de Laboratório

Gráfico 1 – Métodos de pesquisa predominante. Fonte: própria dos autores.

Quase a metade dos artigos identificados (38,4%) trabalhou com estudo de caso, circunscrito a uma ou poucas unidades. Alguns dos métodos de pesquisa também evidenciam análises relacionais entre as variáveis, o que caracteriza 17,8% desses trabalhos como um estudo causal. Por fim, 24,7% dos artigos desenvolveram estudos estatísticos, visando amplitude ao invés de profundidade, e testando suas hipóteses quantitativamente.

4.4 Quanto aos autores dos trabalhos publicados

Quanto à autoria dos trabalhos publicados, foi considerado o número de autores por artigo, os autores que mais publicaram no período analisado (2000 a 2006) e as instituições representadas. A Tabela 3 apresenta a quantidade dos artigos quanto ao número de autores (artigos publicados individualmente, em dupla ou com mais autores). Os resultados gerais apontam que do total de artigos publicados (73 artigos), 30% foram elaborados por dois autores. A autoria de trabalhos individuais (29%) é próxima dos trabalhos escritos por mais de dois autores (30%). Assim, percebe-se que as publicações em equipe (correspondente a quase 59% do total dos trabalhos) prevalecem sobre as publicações individuais. Isso pode indicar que mais pessoas têm estudado temas em comum na área de Gestão do Conhecimento e que há preferência no trabalho em equipe.

Tabela 3 – Classificação dos artigos quanto ao número de autores.

Número de Autores Artigos nos Periódicos Artigos no EnANPAD Total de Artigos Percentual 1 5 16 21 29% 2 8 22 30 41% mais de 2 5 17 22 30% Total 18 55 73 100

Fonte: própria dos autores.

Vale ressaltar que os 73 artigos selecionados foram elaborados por 149 autores de 40 diferentes instituições.

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AM 1% BA 3% CE 2% DF 5% Exterior 5% MG 9% RJ 19% SP 22% SC 7% PB 1% RS 19% PE 1% PR 6%

Gráfico 2 – Participação dos autores quanto ao Estado / País de origem da instituição. Fonte: própria dos autores

O Gráfico 2 mostra a participação dos 149 autores a partir da origem (estado/país) da instituição. Segundo os dados, percebe-se a maior participação do estado de São Paulo (SP), Rio Grande do Sul (RS), Rio de Janeiro (RJ), Minas Gerais (MG), Santa Catarina (SC) e Paraná (PR), 22%, 19%, 19%, 9%, 8% e 7%, respectivamente.

A Tabela 4 apresenta a classificação das instituições representadas quanto ao tipo. Identificou-se 29 (72,50%), sendo 37,5% Universidades Públicas e 35% privadas. instituições de educação superior brasileiras e 7 (17,50%) de outros países.

Tabela 4 – Classificação das instituições representadas

Tipo da Instituição Quantidade Percentual (%)

Instituição de Educação (privada) 14 35,00

Instituição de Educação (pública) 15 37,50

Instituição de Pesquisa (pública) 1 2,50

Empresa (pública) 1 2,50

Empresa (privada) 2 5,00

Intituição de Educação (internacional) 7 17,50

Total 40 100,00

Fonte: própria dos autores.

Um fato interessante foi a presença de três empresas, duas privadas e uma pública como origem dos autores. Isto pode se tornar uma tendência caso as empresas se interessem em publicar suas pesquisas ou incentivem seus funcionários a publicar casos vinculados à prática.

4.5 Quanto às referências bibliográficas utilizadas nos trabalhos estudados

Para verificar quais os tipos de referências utilizadas nos trabalhos analisados, foram classificadas segundo as categorias: (a) livros, (b) dissertações e teses, (c) periódicos, (d) anais de eventos, (e) sites da internet e (f) outros. Em seguida foram identificadas e separadas em nacional e internacional.

A Tabela 5 apresenta os resultados gerais dessa classificação. Considerando o total de 73 artigos selecionados foram identificadas 1.987 referências, das quais 875 (44%) são nacionais e 1.112 (56%) são internacionais. Assim, a média de referências por artigo é de 27 citações.

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Tabela 5 – Tipos de referências utilizadas nos artigos de Gestão do Conhecimento publicados no período de 2000 a 2006

Tipo de Referências Total por Tipo Percentual por

Tipo (%) Total Geral

Percentual Geral (%) Nacional 615 54,23 57,07 Internacional 519 45,77 Nacional 35 89,74 1,96 Internacional 4 10,26 Nacional 89 14,78 30,30 Internacional 513 85,22 Nacional 77 81,05 4,78 Internacional 18 18,95 Nacional 46 54,76 4,23 Internacional 38 45,24 Nacional 13 39,39 1,66 Internacional 20 60,61 Total Geral 1987 100% 1987 100% Total Nacional 875 44,04 1112 55,96 1134 39 602 95 84 33 Livros Dissertações e teses Períodicos (revistas/jornais) Anais (eventos) Sites da Internet Outros Total Internacional

Fonte: própria dos autores.

Os tipos das referências mais utilizadas pelos autores dos artigos estudados foram livros (57,07%) e periódicos (30,30%). Sendo que, no caso dos livros foram mais utilizadas as obras nacionais (54,22%) e no caso dos periódicos os internacionais (85,22%).

As 1.987 referências utilizadas nos trabalhos analisados são de 747 autores. Foram identificados os dez principais autores mais utilizados, independente do título do trabalho e dos co-autores. A Tabela 6 apresenta a participação desses autores quanto ao número de vezes que foram referenciados.

Tabela 6 – Autores mais utilizados segundo a quantidade de referências.

Autores mais citados Quantidade Percentual (%)

NONAKA I. 75 25,34 DAVENPORT, T. 38 12,84 SENGE, P. 32 10,81 PORTER, M. E. 28 9,46 STEWART, T. 27 9,12 FLEURY, A. 25 8,45 SVEIBY, K. 19 6,42 GARVIN, D. A. 19 6,42 TERRA, J. C. C. 17 5,74 MINTZBERG, H. 16 5,41 Total 296 100

Fonte: própria dos autores.

O autor mais utilizado nas referências dos artigos estudados foi Ikujiro Nonaka, sendo referenciado 75 vezes nas bibliografias. Sendo que 43 dessas referências foram do livro elaborado com Hirotaka Takeuchi: “Criação de conhecimento na empresa: como as empresas japonesas geram a dinâmica da inovação”.

Entre os dez autores mais utilizados, dois são brasileiros: Afonso Fleury e José Cláudio Cyrineu Terra. É importante mencionar que das 25 vezes que Afonso Fleury foi utilizado nas referências, 23 delas foi com Maria Tereza Fleury como co-autora.

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Outra observação interessante é que estão entre os dez mais utilizados, autores cujas obras não tratam diretamente do tema Gestão do Conhecimento. Porter e Mintzberg são exemplos desse caso, cujas obras tratam de Vantagem Competitiva e Estratégia, respectivamente. A utilização desses e outros autores mostram que os estudos em Gestão do Conhecimento estão correlacionados com outras áreas de pesquisa e as relações entre elas.

5. Considerações Finais

O método utilizado neste estudo apresentou certas limitações. Entre elas destacam-se: (a) a necessidade de abrir interlocuções, inclusive com os autores de alguns artigos; (b) a necessidade de analisar a qualidade dos artigos ou dos métodos utilizados; e c) realizar cruzamento com publicações de outros eventos e periódicos. Mesmo diante das limitações referenciadas, todavia, considerou-se o método utilizado como o mais apropriado para alcançar os objetivos desta pesquisa.

Este mapeamento permite algumas considerações significativas. Os 55 artigos identificados (em eventos científicos) no período de sete anos, por exemplo, confirma um crescimento expressivo no número de publicações em Gestão do Conhecimento, o que parece justificar o interesse da ANPAD em criar uma área temática específica (ADI-B). Outros eventos científicos, como o Simpósio de Engenharia de Produção (SIMPEP), também aponta para o interesse de publicações de pesquisas na área, tornando-se um dos bancos de dados para futuras pesquisas na mesma linha deste trabalho. Tal aspecto, aponta para o crescimento do interesse e oportunidades de pesquisas publicaveis sobre Gestão do Conhecimento.

Existe uma concentração de natureza exploratória e descritiva nas pesquisas, as quais apresentam o objetivo de aprofundar a compreensão da Gestão do Conhecimento e assuntos correlatos, tanto em artigos teóricos como práticos. É também destaque o caráter empírico dos artigos, já que quase 70% são trabalhos de campo.

Quanto à análise da autoria dos trabalhos publicados, fica evidente que as publicações em equipe (cerca de 70% do total dos trabalhos) prevalecem sobre as publicações individuais. Isso pode indicar que mais pesquisadores brasileiros têm estudado temas em comum na área de Gestão do Conhecimento.

Outra percepção é que a maior parte da produção desses pesquisadores foi publicada em 2005 e 2006, possibilitando verificar que as pesquisas em Gestão do Conhecimento no Brasil são relativamente recentes. Imagina-se que o número de trabalhos nesta área possa aumentar nos próximos anos, uma vez que os programas de pós-graduação com linhas de pesquisa específica em gestão do conhecimento são relativamente novos no Brasil, e algumas produções acadêmicas de mestres e doutores (alguns ainda como discentes destes programas).

Esta conclusão deve ser vista com precaução se tomada como visão geral sobre a temática em estudo, visto que a sua delimitação não inclui outros meios como livros e outras revistas nacionais e internacionais, além de se tratar de uma análise restrita aos últimos sete anos e, conseqüentemente, desconsiderando publicações anteriores. Contudo, foi necessário fazer este corte para fins de pesquisa.

A principal indicação de continuidade desta pesquisa diz respeito a necessidade de coletar dados junto a outros periódicos e eventos nacionais, visando agregar valor ao estudo; outra continuação desta pesquisa figura com a oportunidade de verificar o comportamento dos pesquisadores e a quantidade de submissões de trabalhos diante da criação da área temática ADI-B / Gestão da Informação e do Conhecimento.

Acredita-se que as informações apresentadas neste artigo contribuirão efetivamente para visualizar como têm caminhado as pesquisas e publicações científicas sobre Gestão do Conhecimento no Brasil, tornando evidente a necessidade do compartilhamento e disseminação das informações e do conhecimento acumulado resultantes destas pesquisas.

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Com o conhecimento e análise das idéias aqui levantadas e desenvolvidas, julga-se que caminhos poderão ser abertos para dar fomento a um tema cada vez mais critico e de crescente interesse não só da área acadêmica como também das empresas, além de estimular os pesquisadores para questões de pesquisa relativas ao tema em questão.

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