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EFEITO DE FÁRMACOS ANESTÉSICOS NA FUNÇÃO RENAL DE CÃES

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XX Encontro Latino Americano de Iniciação Científica, XVI Encontro Latino Americano de Pós-Graduação e VI

Encontro de Iniciação à Docência – Universidade do Vale do Paraíba. 1

EFEITO DE FÁRMACOS ANESTÉSICOS NA FUNÇÃO RENAL DE CÃES

Jose Aloizio Gonçalvez Neto

1

, Ronaldo Eugênio de Oliveira

1

, Kamila Pandolfi

1

,

Rudison da Silva Florêncio

1

, Gabriela Porfirio-Passos

2

, Lenir Cardoso Porfirio

1

1 Universidade Federal do Espirito Santo/Departamento de Medicina Veterinária, Alto Universitário, sn,

Alegre, Espirito Santo, lenircp52@gmail.com

2 Universidade Federal da Bahia, Doutoranda em Ciência Animal nos Trópicos. Laboratório de

Infectologia Veterinária. Hospital de Medicina Veterinária.

Resumo. Com o aumento na expectativa de vida dos animais como cães e gatos há necessidade de

aperfeiçoar práticas anestésicas e fármacos para a obtenção do plano anestésico com mínimos efeitos colaterais. Os objetivos deste trabalho foram analisar parâmetros urinários antes e após os procedimentos anestésicos, a densidade urinaria, relação proteína:creatina urinária, atividade urinária das enzimas fosfatase alcalina e gama glutamiltransferase, em cães machos e fêmeas da raça labrador com aproximadamente 30 kg de peso e com uso de acepromazina na dose de 0,05 mg/Kg e meperidina 3 mg/Kg como medicação pré-anestésica, propofol na dose de 5mg/Kg para indução e a manutenção anestésica foi realizada com isofluorano em 1,5 CAM. Concluiu-se, este protocolo anestésico em procedimentos cirúrgicos não ocasionaram alterações nos parâmetros renais que indicasse lesão. Todos os valores da atividade urinária das enzimas gGT, FA, da DU e da UPC se mantiveram dentro dos parâmetros fisiológicos de cães saudáveis e não houve relação negativa pelo uso dos anestésicos nas doses utilizadas.

Palavras chave: Anestesia, cirurgia, cães. Área do Conhecimento: Medicina Veterinária Introdução

Vários fatores podem influenciar o risco anestésico na medicina veterinária, como o estresse sofrido pelo animal, tipo de anestésico usado, a espécie, idade do paciente, reserva metabólica, raça do cão submetido ao procedimento, o tipo de cirurgia que será realizada, as doenças dos pacientes e até mesmo a falta do jejum prévio. Com isso, percebe-se que existem vários fatores à serem analisados e que são pontos críticos para o bem-estar do animal antes, durante e após a anestesia. Estes cuidados diminuem o risco de morte durante as cirurgias (BRODBELT, 2007; HUGHES, 2008).

O rim é o principal órgão responsável pelo equilíbrio hídrico e eletrolítico. Com o uso dos fármacos nos procedimentos cirúrgicos podem ocorrer alterações que poderão lesar ou piorar a lesão nos rins durante a anestesia, principalmente em cães idosos que já apresentam o número de glomérulos diminuído, massa de néfrons e atrofia tubular. (HOSKINS, 2008).

Percebe-se, então, a importância das análises das atividades anestésicas sobre o metabolismo do paciente para uma melhor compreensão dos fármacos usados e uma melhor aplicação prática dos mesmos. Uma maneira de se fazer essa analise é avaliar os parâmetros fisiológicos dos animais submetidos à anestesia, no presente trabalho será analisado a função renal de cães.

Este trabalho tem como objetivo analisar parâmetros urinários antes e após os procedimentos anestésicos, a densidade urinaria, relação proteína:creatina urinária, atividade urinária das enzimas fosfatase alcalina e gama glutamiltransferase, em cães machos e fêmeas da raça labrador com aproximadamente 30 kg de peso e com uso de acepromazina na dose de 0,05 mg/Kg e meperidina 3 mg/Kg como medicação pré-anestésica, propofol na dose de 5mg/Kg para indução e a manutenção anestésica foi realizada com isofluorano em 1,5 CAM.

Metodologia

Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética para Uso de Animais da Universidade Federal do Espirito Santo, UFES, com o número 47/2016. Este trabalho faz parte do relatório final do projeto de Iniciação Científica do Departamento de Medicina Veterinária da UFES.

Foram colhidas 15 amostras de urina de cães da raça labrador que fazem parte do projeto cão

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mesmos animais no período de sete dias após o procedimento. Os animais que participaram tinham entre 5 e 6 meses de idade, machos ou fêmeas com peso aproximado de 30kg.

Os cães foram ao Hospital Veterinário da Universidade Federal do Espirito Santo (HOVET/UFES) para a realização dos procedimentos de orquiectomia, em machos, e ováriosalpingohisterectomia, em fêmeas. Sendo assim esses animais passaram por procedimentos cirúrgicos semelhantes entre os seus pares. Esses animais foram selecionados pela semelhança de peso e raça, alimentação equivalente e hábitos semelhantes devido ao treinamento que lhes é fornecido.

Os protocolos anestésicos foram preparados com o uso de acepromazina na dose de 0,05 mg/Kg e meperidina 3 mg/Kg como medicação pré-anestésica, propofol na dose de 5mg/Kg para indução e a manutenção anestésica foi realizada com isofluorano em 1,5 CAM.

As amostras de urinas foram colhidas por sonda uretral antes de qualquer procedimento anestésico e armazenada em tubos cônicos de urina. A sonda uretral, antes de ser usada recebeu lidocaína em spray para menor incomodo ao animal na hora da introdução da sonda. Na semana seguinte realizou-se o mesmo procedimento para a colheita de urina.

No exame de urina foi realizado o exame físico pela inspeção da urina, e analisadas as características de cor, odor, aspecto, pH e densidade. O pH foi analisado pelas fitas de urinálise (Uritest-11 INLAB®) e o valor da densidade foi obtida por refratômetria para uma informação mais precisa desse parâmetro.

O exame químico sem-quantitativo da urina foi realizado a partir do uso das fitas reagentes de urina (Uritest-11 INLAB®), onde foram analisados os parâmetros da proteína, glicose, corpos cetônicos, bilirrubina, urobilinogênio, hemoglobina e leucócitos.

O exame químico quantitativo da urina foi executado com o sobrenadante da urina centrifugada e utilizado para a quantificação dos catabólitos de ureia e creatinina, do anabólitos proteína e atividade urinaria das enzimas fosfatase alcalina, gama glutamil-transferase. Foram usados kits comerciais Labtest® em espectrofotometria automatizada com o aparelho Bio-2000 (Bioplus®).

A concentração de proteína na urina foi medida com o kit Sensiprot (Labtest®) usando o método colorimétrico de vermelho de pirogalol, Sensiprot. Para quantificar a creatinina na urina, foi preparada uma diluição de 1:50 e realizada de acordo com a reação de Jaffe, reage com o picrato alcalino, formando complexo de cor vermelha com leitura em 510nm, creatinina K. A ureia foi medida com urina diluída a 1:50 e por hidrólise enzimática colorimétrica pelo sistema de urease, leitura entre 580 e 620 nm, ureia CE. A atividade da fosfatase alcalina urina foi medida pelo método de cinética da hidrólise de fosfato de p-nitrofenilo e leitura de absorbância em 450 nm, Fosfatase Alcalina Liquiform. A atividade da enzima gama-glutamil transferase (GGT) na urina foi quantificada no modo cinético por transferência do grupo glutamil de L-y-glutamil-3-carboxi-4-nitroanilida para a glicilglicina, medido em absorbância de 405nm, gama GT Liquiform, Estas análises estão de acordo com trabalhos realizados por Bazzano et al. (2015) em urina de ratos e Castro (2016) em urina de cães.

Resultados

O uso de anestésico não interferiu nos valores dos parâmetros analisados, densidade urinária (DU), relação proteína:creatina urinária (UPC), atividade urinária das enzimas fosfatase alcalina (FAU e gama glutamiltransferase (gGTU), nos momentos pré e pós-cirúrgico,

Na tabela 1, observam-se os valores obtidos para cada animal, nota-se que não houve diferença significativa entre os momentos de cada um dos parâmetros avaliados (p>0,05), portanto, considera-se considera-seguro o uso destes fármacos, nas doconsidera-ses apreconsidera-sentadas para uso em anestesia de cães machos e fêmeas, jovens com aproximadamente 30 kg de peso vivo.

Não houve diferença significativa entre os valores nos momentos pré (M1) e pós-operatório (M2) dos parâmetros analisados e (Tab. 1), submetidos ao teste paramétrico de Student para amostras pareadas, pelo programa BioEstat 5.0, para o uso de acepromazina na dose de 0,05 mg/Kg e meperidina 3 mg/Kg como medicação pré-anestésica, propofol na dose de 5mg/Kg para indução e a manutenção anestésica realizada com isofluorano em 1,5 CAM.

Não foram encontrados artigos relacionado aos parâmetros analisados em pacientes caninos hígidos.

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Tabela 1. Valores individuais de densidade urinária (DU), relação proteina:creatinina urinária (UPC) e atividade urinária de fosfatase alcalina (FAU) e gama glutamiltransferase (gGTU) de cães nos momentos pré (M1) e pós anestesia (M2). Animais M1 DU M2 DU UPC M1 UPC M2 M1 FAU UI/L M2 FAU UI/L M1 gGTU UI/L M2 gGTU UI/L 1 1.043 1.045 0.125 0.118 2 1.045 1.041 0.125 0.079 - - - - 3 1.045 1.043 0.117 0.102 - - - - 4 1.032 1.040 0.071 0.056 - - - - 5 1.040 1.035 0.098 0.063 - - - - 6 1.045 1.040 0.113 0.054 10.0 8.2 34.2 35.1 7 1.035 1.035 0.091 0.112 7.7 8.2 19.2 23.9 8 1.040 1.035 0.101 0.061 18.0 16.0 29.3 26.3 9 1.040 1.035 0.106 0.092 16.5 20.5 27.4 23.5 10 1.040 1.040 0.101 0.109 11.4 18.2 18.0 13.2 11 1.020 1.025 0.103 0.089 8.2 13.2 22.9 31.2 12 1.020 1.025 0.083 0.087 7.7 8.6 42.3 35.6 13 1.020 1.015 0.054 0.123 8.8 13.2 75.3 50.2 14 1.025 1.025 0.098 0.103 14.2 8.5 32.7 28.1 15 1.040 1.035 0.091 0.103 20.4 18.5 23.0 17.8 p p=0,3636 p=0,3160 p=0,4355 p=0,1933 Discussão

Na medicina veterinária, são escassos os relatos de estudos relacionados a alterações renais decorrente da anestesia, o que corrobora com a opinião de Castro (2016), que no monitoramento de animais submetidos a anestesia, estes pacientes, não são acompanhados no pós-operatório, na maioria das vezes.

As drogas anestésicas selecionadas estão de acordo e indicadas na literatura, a acepromazina, um dos derivados da fenotiazina, provocam tranquilização, sedação e depressão do SNC, conforme Fantoni, Cortopassi (2002), petidina (meperidina) promove efeito hipnoanalgésico semelhante à morfina, mas com potência analgésica menor, de acordo com Prats et al. (2005) e foram usados como fármacos pré anestésicos. O propofol é um anestésico usado para a indução e a manutenção da anestesia Fantoni, Cortopassi (2002). O isoflurano apresenta baixo teor de coeficiente de partição sangue-gás, com indução e recuperação rápida, e baixa biotransformação (0,2%). No presente trabalho não foram observadas intercorrência anestésica nos momentos pré ou pós-operatório.

Mesmo sem observar alterações na função renal dos cães submetidos à indução anestésica, pelos resultados obtidos na urinálise, UPC e enzimúria, Rezende, Mama (2015) descreveram que a administração de drogas anestésicas, tem potencial para comprometer a função renal pela redução do débito cardiaco e pressão sanguínea.

Todas as amostras analisadas apresentaram-se no exame físico com cor amarelada e com aspecto límpido e odor sui generis. O pH analisado de todas as amostras ficaram entre 6 e 7,5, também dentro do intervalo fisiológico da espécie (5,5-8) e corrobora com os valores de pH dos cães do grupo controle de Santin et al. (2006) que durante experimento oscilaram na faixa de 5,5 a 8,5.

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As amostras da densidade permaneceram entre os valores de referência para os cães, que estão entre 1.015 e 1.045 como mostrado na tabela 1, o que concorda com Osborne et al. (1995), e contribuem com o conceito de densidade urinária específica que é definida como a razão entre o peso e o volume da urina e o peso do mesmo volume de água destilada, em temperaturas iguais. Os valores próximos do limite superior do presente estudo podem ser justificados pelo jejum feito antes da cirurgia, fazendo com que a urina se torne mais concentrada que o normal, como descrito por Reine; Langston (2005) quanto maior a quantidade de solutos em um determinado volume de urina maior a densidade urinária.

A glicose não foi detectada pelas fitas reagentes em nenhuma amostra, demonstrando a capacidade efetiva dos túbulos contorcidos proximais de reabsorver a glicose. Pode haver glicosúria devido à hiperglicemia, com isso faz-se a aferição da glicose com o glicosímetro, porém, como não houve nenhuma amostra positiva não foi necessária à aferição recomendada por DiBartola (2000).

Um dos métodos para a avaliação da proteinúria é a relação entre a proteína e a creatinina urinária (UPC), e esta relação abaixo de 0,2 é desejável e entre 0,2 e 0,5 é consideradas limítrofes. Valores acima de 0,5 indicam proteinúria persistente, e são compatíveis com doença renal crônica túbulo intersticial ou glomerular, descrito por Grauer (2007) e proposto por IRIS (2013).

Observou-se traços de proteína a 1+ na urina, tanto antes como após o uso dos anestésicos, achado esse que é normal em animais que apresentam densidade urinária maior que 1.025, como descrito por DiBARTOLA (2000). Nesse trabalho não houve aumento acima dos normais fisiológicos nos momentos pré-anestesia e pós-anestesia, ou seja, os valores ainda se encontraram abaixo de 0,2, o que indica que não houve interferência na avaliação da proteína urinária e a integridade renal foi mantida após uma semana dos procedimentos anestésicos. E, como descrito na convenção IRIS (2013), a persistência da UPC acima de 0,5 pode indicar doença glomerular em cães.

Na sedimentoscopia foram encontradas células epiteliais em ambos os momentos das amostras, podendo ter ocorrido pelo método de colheita, por cateterização uretral, onde ocorre descamação da parede uretral. Houve também raros leucócitos e em algumas amostras encontraram-se raras hemácias, porém não se observou a presença de cilindros e células da pelve renal que indicariam lesão tubular renal, como descrito por Grauer (2007).

Os primeiros 5 animais tiveram os valores de gGT e FA urinária descartados, pois as amostras foram congeladas para uso posterior, com isso, houve dano as enzimas e o valor obtido descartado. A gGT é considerada um marcador de lesão renal precoce, e no presente trabalho não houve aumento da enzima após os procedimentos anestésicos e se mantiveram dentro dos valores de referência de 13 a 92U/L, (Tab. 1), e diferiram dos valores encontrados por Santin, et al. (2006) em estudo feito com anfoterecina B, e também por Hennemann, et al. (1997) onde houve aumento da enzima em animais que receberam aminoglicosídeos, consideradas substâncias nefrotóxicas.

Pode-se considerar que não houve lesão renal significativa por meio de análise laboratorial, nos rins dos animais do presente estudo, porque não apresentaram aumento da atividade urinária da gGT, o que dá segurança no uso destas substâncias, e difere do trabalho de Menezes, et al. (2010) quando houve aumento da gGT em animais que receberam clorpromazina, estes fatos podem ser explicados por Vianna (2006) e Santin, et al. (2006) que descreveram a enzima gama-glutamiltransferase (gGT) como localizada na borda em escova dos túbulos proximais e é muito grande para ser filtrada normalmente pelos glomérulos, e quando presente na urina indica injúria, usualmente associada à lesão epitelial tubular ou necrose.. Para Cobrin et al. (2013) o aumento da atividade urinária da gGT indica dano tubular por nefrotoxicidade, e aumento da liberação da enzima, mas é instável em urina ácida, hematúria e piúria.

Os resultados da atividade urinária da gGT nos cães do presente estudo são considerados normais, os valores de 18 a 75.3UI/L antes da anestesia e de 13 a 50.2UI/L após a anestesia, nos mesmos animais, corroboram com os resultados de Castro (2016) que considerou a gGT urinária normal até 100U/L, para cães hígidos, não nefropatas.

Não houve diferença significativa da fosfatase alcalina (FA) entre os momentos pre e pos operatório no presente trabalho. A FA também é uma enzima que quando encontrada na urina pode indicar lesão renal, e no presente trabalho os resultados mostraram que não houve aumento na excreção urinária da enzima e corrobora com a informação de Vianna (2006) quando reportou que é importante dosar mais de uma enzima urinária, pois aumentos esporádicos podem acontecer em cães saudáveis, tornando o valor diagnóstico limitado com a dosagem de apenas uma enzima. Para

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Heiene et al. (2001) os valores elevados de enzimas urinárias, muitas vezes refletem lesões amplas em células tubulares renais proximais e, por vezes reduzida taxa de filtração glomerular.

Não foram observadas alterações na urinálise ou enzimúria dos cães no pré ou pós-operatório, que indicasse lesão renal, e para Kovarikova (2015) nos casos de lesão renal aguda, a detecção precoce do prejuízo da função renal, por meio da quantificação dos biomarcadores renais, entre eles a FA, pode evitar o desenvolvimento de azotemia.

Conclusão

Conclui-se que, os fármacos anestésicos usados neste protocolo em procedimentos cirúrgicos não ocasionaram alterações nos parâmetros renais que indicasse lesão de maneira precoce. Todos os valores da atividade urinária das enzimas gGT e FA, da DU e da relação UPC se mantiveram dentro dos parâmetros fisiológicos para cães saudáveis e não houve relação negativa pelo uso dos anestésicos.

O protocolo anestésico escolhido pode ser utilizado em cães saudáveis sem que haja alteração na função renal, posterior ao procedimento.

Referências

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