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Resolução da ABPI n 74

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Em cerimônia realizada no dia

3 de março, na sede da Associação,

tomaram posse os integrantes do

Comitê Executivo e do Conselho Diretor

para o biênio 2008-2009, da chapa eleita e

encabeçada por Juliana L.B. Viegas, que

já presidiu a entidade no período de

1996-1999. A íntegra de seu discurso está

na página 3.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA

PROPRIEDADE INTELECTUAL

Boletim da

Fevereiro/março de 2008 - nº 90

Tomaram posse o

Comitê Executivo e o

Conselho Diretor da ABPI

Acolhendo a recomendação for-mulada pela Comissão de Biotecnolo-gia, em 27 de fevereiro de 2008, ad

re-ferendum do Conselho Diretor e do

Comitê Executivo da ABPI, foi apro-vada a Resolução nº 74 sobre a

con-sulta pública referente ao Projeto de Lei que “dispõe sobre a coleta de material

biológico, o acesso aos recursos genéticos e seus derivados, para pesquisa científica ou tecnológica, bioprospecção ou elabora-ção ou desenvolvimento de produtos

co-merciais, a remessa e o transporte de ma-terial biológico, o acesso e a proteção aos conhecimentos tradicionais associados e aos direitos dos agricultores, e a reparti-ção de benefícios, e dá outras providên-cias”. A íntegra está na página 6.

Resolução da ABPI n° 74

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Inovação Brasil

A Fiesp realizou, no dia 27 de

março, o II Fórum Inovação Brasil

2008. O objetivo do evento foi deba-ter o papel da inovação no desen-volvimento econômico e social do país e promover uma discussão pro-funda sobre a importância da inova-ção para a indústria brasileira de

software. Juliana L.B. Viegas,

presi-dente da ABPI, participou como de-batedora no painel “A importância

da propriedade intelectual como valor para o desenvolvimento eco-nômico local”. Maiores informações acesse http://www.meios.com.br/ foruminovacao/.

Propriedade

Intelectual e

Desenvolvimento

A Academia de Inovação e Pro-priedade Intelectual do INPI e a Embaixada Britânica do Brasil pro-moveram o Ciclo de Estudos em Propriedade Intelectual e Desen-volvimento. Foram desenvolvidos três temas: “Desafios e oportunida-des para o oportunida-desenvolvimento: do uso e proteção dos conhecimentos tradicionais à biotecnologia”, no dia 23 de novembro de 2007; “Da bancada ao mercado: comercializa-ção de ativos intangíveis”, no dia 12 de março de 2008; e “A prospec-ção tecnológica no Brasil e no Rei-no Unido”, Rei-no dia 18 de março de 2008. A presidente Juliana L.B. Vie-gas proferiu palestra no segundo dia do Ciclo de Estudos.

reflexão e união

José Henrique B. Moreira Lima Diretor Editor da ABPI

Iniciamos este primeiro boletim do ano certos de que em 2008 - ano

em que a nossa associação completa 45 anos de existência - teremos

uma excelente oportunidade de demonstrar a total coesão e sintonia da

nossa Associação em prol da defesa, estudo e aprimoramento da

pro-priedade intelectual no país. Com efeito, em vista da realidade

indis-cutível que é a economia globalizada, bem como da crise econômica que

se avizinha no país, que, até então, sempre foi entendido como a

gran-de “força motriz” da economia mundial, finalmente gran-desponta para

paí-ses como China, Índia e Brasil - mais conhecidos pelos economistas

co-mo bricks - a oportunidade de co-mostrar ao mundo a existência de um

novo equilíbrio econômico global. Chega de ser uma “promessa para

futuro”: o Brasil finalmente alcançou a oportunidade singular de

soli-dificar globalmente a sua posição como uma séria e confiável economia

de mercado, conquistando oxalá ainda este ano o tão esperado

inves-tment grade, a exemplo do que ocorreu com o Peru dias atrás

(conce-dido pela agência Fitch Ratings). Enfim, como diz o poeta, “chegou a

hora dessa gente bronzeada mostrar seu valor”. E todos nós sabemos

que a proteção à propriedade intelectual é uma peça chave neste

desa-fio mundial no qual o Brasil - finalmente como protagonista - se

en-contra inserido. Por isso, é tempo de união, de harmonia e da

conjuga-ção de esforços no intuito de que seja possível para todos nós, da área

de propriedade intelectual, dar ao país e ao nosso povo uma sincera e

exemplar contribuição em prol deste novo futuro que, neste momento,

nunca esteve tão próximo.

Cartas para a redação do Boletim da ABPI

Envie suas mensagens para a redação do

Boletim da ABPI pelo e-mail redacao@abpi.org.br

Informações, críticas e sugestões serão ava-liadas e respondidas, podendo ser publicadas ou não no Boletim após estudo de cada caso.

Combate à pirataria – experiência no

governo

Almoço da ABPI dia 17 de abril em São Paulo

Este será o tema que o advogado Márcio Costa de Menezes e Gonçalves vai desenvolver em sua palestra, durante o almoço mensal da ABPI, dia 17 de abril, no Dinho’s Place, alameda Santos, 45, Paraíso, São Paulo. O pales-trante é especialista em propriedade intelectual e combate às fraudes, presi-dente do Instituto do Capital Intelectual - ICI e ex-secretário executivo do Conselho Nacional de Combate à Pirataria, do Ministério da Justiça. Confir-mações prévias de presença com Adriana Rosa ou Carmen Lima, pelo tele-fone (21) 2507-6407 ou pelo e-mail abpi@abpi.org.br.

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Após sucintas palavras de abertu-ra e explicações sobre a ocorrência do erro na contagem de votos de absten-ções, “erro descoberto a tempo, devi-do ao fato de termos ‘escaneadevi-do’ o li-vro de presença e enviado a todos os associados. Esclarecido esse proble-ma, confirmamos imediatamente a eleição da chapa encabeçada pela dra. Juliana Viegas, e temos hoje o prazer, portanto, de dar posse do novo Comi-tê Executivo e Conselho Diretor”.

A íntegra do discurso de posse de Juliana L.B.Viegas segue abaixo:

“Prezadas autoridades do INPI aqui presentes, representadas pelo dr. Ademir Tardelli, prezada presidente da ABAPI, dra. Claudia Luna, prezado presidente da ASPI, dr. Clovis Silveira.

Colegas e amigos,

Finalmente esclarecidas todas as dúvidas e controvérsias relativas à eleição, é com muita satisfação que assumo hoje a presidência da ABPI, juntamente com o Comitê Executivo e o Conselho Diretor que formaram a chapa encabeçada por mim.

Assumimos no terceiro mês do que deveria ter sido nosso mandato, o que representa uma perda de me-ses preciosos, principalmente em questões como a organização do tra-dicional Seminário da ABPI.

Porém, toda crise traz embutida uma oportunidade. E a oportunida-de que se nos apresenta aqui e agora é extraordinária.

Quando um grupo significativo de colegas lançou um manifesto, concla-mando os titulares de bens de proprie-dade intelectual, advogados e agentes para a organização de uma nova asso-ciação, o fez com o intuito de criar algo de novo, com um programa claro de:

- prestar serviços relevantes aos associados, e especialmente às em-presas detentoras de direitos de pro-priedade intelectual, que de fato res-pondessem às suas reais necessida-des e anseios;

- voltar a estabelecer um diálogo profícuo e colaborativo com os orga-nismos oficiais (INPI, OMPI e outros); - integrar todas as entidades bra-sileiras e internacionais que se dedi-cam à propriedade intelectual;

- partir de uma visão estratégica, e estabelecer objetivos e valores da entidade, mediante regras estatutá-rias que obedeçam às melhores práti-cas de governança corporativa, com transparência de gestão, responsabi-lidade financeira e dever de presta-ção de contas aos associados.

Agora, a possibilidade de assu-mir a direção da ABPI representa uma oportunidade, um compromis-so e um desafio.

Oportunidade de implantar as idéias do Manifesto, que geraram tanto apoio.

Compromisso de não frustrar as expectativas criadas.

E desafio de alterar uma estrutu-ra de 45 anos.

De fato, a ABPI completa, em 2008, 45 anos. É uma entidade madu-ra e sólida, com reputação reconheci-da não só entre os membros reconheci-da comu-nidade de propriedade intelectual do Brasil, mas também entre as demais associações internacionais, entre os membros do Poder Judiciário, do Po-der Executivo e do PoPo-der Legislativo, que aprenderam a respeitá-la como uma associação séria e comprometida com o rigor científico dos seus estu-dos sobre a propriedade intelectual.

Mas também é uma entidade no ponto para mudanças: já passou pelas fases de formação, de normatização, de consolidação e de reconhecimento. Agora acredito firmemente que esteja pronta para a fase de recriação.

Temos que evitar, a todo custo, que entre em fase de estagnação.

Para isso, faremos um planeja-mento estratégico para recriar a ABPI, iniciando-se com um minucioso diagnóstico da situação interna e ex-terna da entidade, com o reconheci-mento de seus pontos fortes e fracos,

Matéria de capa

Posse do

Comitê Executivo e do

Conselho Diretor da ABPI

O Comitê Executivo e o Conselho Diretor da ABPI - Associação Brasileira da

Propriedade Intelectual, eleitos na Assembléia Geral Ordinária do dia 22 de

novembro de 2007 para o biênio 2008/2009, foram empossados no dia 3 de

março, em cerimônia realizada na sede da associação.

Juliana L. B. Viegas: “Ao assumir a ABPI vejo uma

oportunidade, um compromisso e um grande desafio”.

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com a identificação das mudanças ocorridas no cenário da propriedade intelectual no Brasil e no mundo, e com a identificação das oportunida-des que essas mudanças criam e exigem. Isso levará ao reconheci-mento de uma visão associativa, que deverá ser compartilhada por todos os membros do Comitê Exe-cutivo, do Conselho Diretor, os fun-cionários e os associados.

Quero que todos, Comitê Execu-tivo, Conselho, funcionários e asso-ciados, se sintam os criadores do fu-turo, e não como apenas herdeiros do passado.

A inovação que será implantada terá como meta a transformação es-trutural da ABPI, almejando a im-plantação de um sistema de valores organizacionais, com vistas a, simul-taneamente:

- aumentar a capacidade de inte-gração de todos os interessados em propriedade intelectual do Brasil, tanto empresas detentoras de bens

imateriais como prestadores de ser-viços de propriedade intelectual.

- reforçar o compromisso mútuo de todos os atores do nosso cenário, desde os membros do Comitê Execu-tivo e do Conselho até os funcioná-rios da ABPI, os coordenadores das Comissões de Estudo e os associa-dos, com as metas estabelecidas no planejamento estratégico.

- aprimorar a conexão com a rea-lidade e a capacidade de comunica-ção, isto é, a capacidade de ouvir os associados e também os interessados não-associados, para fazer com que os serviços prestados atendam às suas reais necessidades e não ao sim-ples e cômodo continuísmo. AABPI já conta com instrumentos de comuni-cação de inegável qualidade, como a revista, o boletim impresso e o bole-tim eletrônico, que, porém, privile-giam mais a via de comunicação da ABPI para seus associados. Não foi privilegiada a via inversa, isto é, dos associados (ou terceiros interessados)

para a ABPI. Medidas simples, como folhas de avaliação dos almoços, oportunidades de sugerir temas para discussão, são meios de comunicação que desenvolverão um diálogo efi-ciente e proveitoso com os associa-dos. E que, a médio prazo, redunda-rão no aumento do número de asso-ciados e na satisfação dos assoasso-ciados com os serviços prestados pela ABPI. Conto com todos vocês para im-plantar essa renovação. Tenho certe-za de que depois desse processo – que poderá ser penoso e contestado (não tenho ilusões quanto às dificul-dades a serem enfrentadas, pois toda mudança gera resistência) – a ABPI surgirá melhor e mais forte.

Obrigada, Juliana L.B. Viegas.” Após o discurso, a nova presiden-te assinou o livro e chamou os demais membros do Comitê Executivo e do Conselho Diretor para assinarem o termo de posse. Ao final, agradeceu e disse esperar contar com o apoio de todos para os próximos dois anos.

Custódio de Almeida, Custódio Afonso Torres de Almeida e

Ademir Tardelli (representando o INPI). Carlos Henrique de C. Fróes, Alberto Luis Camelier da Silva,Elisabeth Siemsen do Amaral, José Roberto d’Affonseca Gusmão e Peter Dirk Siemsen.

O diretor vitalício e membro de honra, Custódio de Almeida, assina o termo de posse.

Juliana L.B. Viegas, José Antonio B.L. Faria Correa e Claudia Luna Guimarães (presidente da ABAPI).

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Comitê Executivo:

Juliana L.B. Viegas, presidente; Luiz Henrique Oliveira do Amaral,

1º vice-presidente; Elisabeth Edith G.

Kasznar Fekete, 2ª vice-presidente; Newton Silveira, 3º vice-presidente; Antonio Carlos Siqueira da Silva, 4º

vice-presidente; Ricardo Fonseca de

Pinho, diretor tesoureiro; Maitê Cecília Fabbri Moro, diretora relatora; Clau-dio Roberto Barbosa, diretor

secretá-rio; e José Henrique B. Moreira Lima

Neto, diretor editor.

Conselho Diretor:

Alberto Luis Camelier da Silva, Antonella Carminatti, Antonio de Fi-gueiredo Murta Filho, Bayard

Pic-chetto Júnior, Carlos Henrique de C. Fróes, Clovis Silveira, Denis Allan Daniel, Gustavo de Freitas Morais, Helio Fabbri Junior, Herlon Monteiro Fontes, Jorge Raimundo Filho, José Carlos Tinoco Soares, José Roberto d’Affonseca Gusmão, Lélio Denicoli Schmidt, Leonardo Barém Leite, Li-lian de Melo Silveira, Luiz Antonio Ricco Nunes, Luiz Edgard Montaury Pimenta, Manoel J. Pereira dos San-tos, Mauro J. G. Arruda, Ricardo Per-nold Vieira de Mello, Rodolfo Hum-berto Martinez y Pell Jr., Roner Guer-ra Fabris, Sonia Maria D’Elboux, Ste-ve Alan Solot e Valdir de OliSte-veira Ro-cha Filho.

Compõem também o Conselho Diretor como membros natos os ex-presidentes: Peter Dirk Siemsen, Luiz Leonardos, Gert Egon Dannemann, José Antonio B.L. Faria Correa e Gus-tavo Starling Leonardos. Integra o Conselho o diretor vitalício e mem-bro de honra Custódio de Almeida.

Matéria de capa

Gert Egon Dannemann, Dirceu Pereira de Santa Rosa, Juliana L.B. Viegas e Roberto P. Vieira de Mello.

Jean-Luc Treff, Carlos Henrique de C. Fróes, Juliana L. B. Viegas, Alberto Luis Camelier da Silva e Leila Bumachar

O auditório da sede da ABPI

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Considerando que:

a) os termos da Convenção sobre Diversidade Biológica, que tem por objetivo incentivar a ampla utiliza-ção dos recursos genéticos e dos co-nhecimentos tradicionais, mediante a repartição justa e eqüitativa dos be-nefícios daí advindos (cf. art. 8º, alí-nea “j”, e art. 15, § 7º), foram interna-lizados pelo Brasil, por intermédio do Decreto nº 2.519, de 16 de março de 1998;

b) o Governo Federal, no intuito de dispor sobre a proteção e o acesso ao patrimônio genético e ao conheci-mento tradicional associado, editou a Medida Provisória nº 2.052, em 29 de junho de 2000;

c) dita Medida Provisória foi su-cessivamente reeditada e substituí-da, inicialmente pela Medida Provi-sória nº 2.126 e atualmente pela Me-dida Provisória nº 2.186-16, de 23 de agosto de 2001;

d) a referida medida provisória so-fre inúmeras críticas por não atender de forma eficaz aos objetivos da Con-venção sobre Diversidade Biológica;

e) os principais objetivos e desa-fios do presente Projeto de Lei são: I) desonerar a pesquisa e a prospecção; II) definir precisamente que tipos de usos dos Recursos Genéticos ou Co-nhecimentos Tradicionais devem re-sultar na repartição de benefícios; III) determinar de forma mais racional os destinatários da repartição dos be-nefícios; IV) estabelecer mecanismos eficientes de repartição de benefí-cios, de forma a garantir a destinação de recursos à conservação da biodi-versidade, à proteção dos conheci-mentos tradicionais e ao desenvolvi-mento sustentável;

Após ter discutido e analisado o presente Projeto de Lei no âmbito da

Comissão de Estudo de Biotecnologia no que se refere às previsões relativas aos direitos de propriedade intelec-tual, a Associação Brasileira da Pro-priedade Intelectual - ABPI firma a presente resolução para o fim de con-cluir e recomendar o quanto segue:

1. O presente PL apresenta me-lhorias significativas em relação à MP nº 2.186-16/01 atualmente em vi-gor, nomeadamente este projeto:

a) apresenta melhorias significa-tivas quanto às definições da matéria em causa, nomeadamente do que constitui recursos genéticos, conheci-mento tradicional associado aos re-cursos genéticos;

b) desonera o acesso aos recursos genéticos e aos seus derivados para pesquisa científica ou tecnológica, uma vez que este acesso passa a in-depender de licença, devendo o pes-quisador responsável apenas cadas-trar informações relativas à pesquisa no CNACT – Cadastro Nacional de Atividade de Pesquisa Científica ou Tecnológica de Recursos Genéticos;

c) determina de forma mais pre-cisa e racional quais os destinatários da repartição de benefícios.

2. O presente Projeto de Lei, no entanto, apresenta ainda bastantes desafios e pontos controversos em especial no que se refere à área da propriedade intelectual:

a) O artigo que se refere à não-cu-mulatividade da CIDE (art. 94, inc. 1º) para efeitos de pagamentos de

royal-ties está mal redigido e pode incorrer

em interpretações errôneas. Nomea-damente, não está claro como ficaria a dupla tributação ao longo de toda a cadeia produtiva e/ou nas situações em que um dado produto comerciali-zado contiver em sua composição mais de um recurso genético;

b) O art. 132, inc. II, cria um novo requisito de patenteabilidade ao obri-gar que o pedido de patente, cujo ob-jeto tenha sido obtido em decorrência de acesso a recurso genético, aos seus derivados ou ao conhecimento tradi-cional associado, esteja acompanhado da respectiva licença de acesso. Tal re-quisito, não-formal, não está contem-plado pela Convenção da União de Paris (CUP), pelo Acordo TRIPS e tampouco pela Lei nº 9.279/96 (Lei da Propriedade Industrial);

c) O art. 133 prevê a nulidade da patente cujo objeto tenha sido obtido em decorrência de acesso a recurso genético, aos seus derivados ou ao conhecimento tradicional associado, sem observância das disposições do referido Projeto de Lei. Tal previsão, além de não estar de acordo com a Convenção da União de Paris (CUP), com o Acordo TRIPS, ou com a Lei nº 9.279/96 (Lei da Propriedade Indus-trial), também não proporciona oportunidade administrativa de sa-nar o vício e/ou possíveis erros ocor-ridos durante o processo de autori-zação. Além disso, sendo um dos principais objetivos deste Projeto de Lei a repartição de benefícios, é pro-vável que a nulidade de tais direitos de propriedade intelectual resulte numa redução da repartição justa e eqüitativa de benefícios;

d) Ao longo do processo de ca-dastramento e obtenção dos diversos tipos de autorização, segredos in-dustriais importantes precisarão ser revelados a inúmeros órgãos, o que seria inaceitável do ponto de vista da livre concorrência e da proteção da propriedade industrial.

3. Com o intuito de contribuir pa-ra o aperfeiçoamento deste Projeto de Lei, cabe assim à ABPI recomendar:

Consulta pública sobre o Projeto de Lei que “dispõe sobre a coleta de material

biológico, o acesso aos recursos genéticos e seus derivados, para pesquisa científica

ou tecnológica, bioprospecção ou elaboração ou desenvolvimento de produtos

comerciais, a remessa e o transporte de material biológico, o acesso e a proteção

aos conhecimentos tradicionais associados e aos direitos dos agricultores, e a

repartição de benefícios, e dá outras providências”

Acolhendo a recomendação formulada pela Comissão de Biotecnologia, em 27 de fevereiro de 2008, ad referendum do Conselho Diretor e do Comitê Executivo da ABPI, aprova-se a presente Resolução, encaminhada em 28 de fevereiro de 2008 para a Casa Civil da Presidência da República.

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Propriedade Industrial

e a Proteção dos

Nomes Geográficos

Marcos Fabrício Welge Gonçal-ves, associado na ABPI, publicou pe-la Editora Juruá, de Curitiba, o livro de sua autoria Propriedade Industrial e

a Proteção dos Nomes Geográficos (Indi-cações Geográficas, Indi(Indi-cações de Proce-dência e Denominações de Origem).

Mais informações pelo e-mail do au-tor: mfabriciowg@uol.com.br.

Propriedade Imaterial

A Editora SENAC SP e a OAB-SP lançaram o livro Propriedade Imaterial

-Direitos Autorais, Propriedade Industrial e Bens de Personalidade. O conteúdo

dessa obra foi organizado por Eliane Yachouh Abrão, palestrante no almo-ço mensal da ABPI de outubro de 2006, em São Paulo, então presidente da Comissão Especial de Propriedade

Imaterial – CEPI da Ordem dos Advo-gados do Brasil, Seção São Paulo, abordando o tema “Quando a Pro-priedade Industrial encontra o Direito Autoral e vice-versa”.

A ACPI

promove reunião

A Associação Portuguesa dos Consultores em Propriedade Indus-trial promove um workshop no dia 8 de abril no Hotel Corínthia, em Lis-boa. Em quatro sessões com orado-res, moderador e debates, o evento vai abordar: Os desafios da Proprie-dade Industrial em Portugal, Inven-ções e Design Portugueses: Inovar e Proteger para vencer; Marcas Por-tuguesas: Casos de Sucesso; A In-ternet e os desafios da Propriedade Industrial. Informações na ACPI, com o Secretário Geral, Rua do Sali-tre, 195 - 1269-063, Lisboa, Portugal, tel.: 21 3841300, e-mail: jedc@jedc.pt.

Quinze candidatos

disputam o cargo de

diretor geral da OMPI

A OMPI informa que, até o dia 13 de fevereiro, foram recebidas quinze candidaturas ao cargo de diretor ge-ral da Organização. O comitê de coor-denação da OMPI, composto de 83 Estados-membros, terá um encontro nos dias 13 e 14 de maio para indicar um candidato cujo nome será levado para a Assembléia Geral da OMPI em setembro de 2008. Os candidatos são: Alicia Adamczak (Polônia), Toufik Ali (Bangladesh), Jorge Amigo (Méxi-co), José Graça Aranha (Brasil), Gjorg-ji Filipov (República da Macedônia), Francis Gurry (Austrália), Masood Khan (Paquistão), Enrique A. Manalo (Filipinas), Mauro Masi (Itália), James Otieno Odek (Quênia), Philippe Petit (França), Bojan Pretnar (Eslovênia), Boris Simonov (Rússia), Yoshiyuki Takagi (Japão), e José Delmer Urbizo (Honduras).

Resolução da ABPI

Notas

a) O art. 94 pode ser reescrito de forma a não contemplar a dupla tri-butação ao longo de toda a cadeia produtiva e/ou nas situações em que um dado produto comercializa-do contiver em sua composição mais de um recurso genético;

b) Ainda que exista obrigação de que o pedido de patente - cujo objeto seja obtido em decorrência de acesso a recurso genético ou ao conhecimen-to tradicional associado - esteja acompanhado da respectiva

autori-zação de acesso e, mesmo que não es-teja de acordo com a Lei nº 9.279/96, ou com o Acordo TRIPS, é recomen-dável que esta solicitação não seja exigida à época do depósito do res-pectivo pedido, mas, sim, durante a concessão da patente. Essa medida permitirá que potenciais requerentes dêem entrada nos seus pedidos de patente de forma rápida e eficaz, sem dependerem da emissão ou não da respectiva autorização, assegurando seus direitos de prioridade;

c) A redação do art. 133 deve contemplar a possibilidade de o titu-lar da patente sanar o vício antes que a patente seja considerada nula. Nes-se caso, devem Nes-ser consideradas pe-nalidades alternativas, tais como a previsão de multa pelo descumpri-mento da lei ou o audescumpri-mento de im-postos relativos à exploração do ob-jeto da patente. Ademais, seria reco-mendável que a penalidade recaísse sobre o titular da patente e não sobre os direitos de patente em si.

Informativo mensal dirigido aos associados da ABPI. Visite a versão on-line deste Boletim

no sítio da Associação.

ABPI - Associação Brasileira da Propriedade Intelectual - Rua da Alfândega, 108 -

6º andar - Centro - Cep 20070-004 - Rio de Janeiro - RJ - Brasil - Tel.: 21 2507-6407 - Fax: 21 2507-6411 - Web Site: http://www.abpi.org.br - E-mail: abpi@abpi.org.br

Comitê Executivo: Juliana L. B. Viegas - Presidente; Luiz Henrique Oliveira do Amaral -

1º Vicepresidente; Elisabeth Edith G. Kasznar Fekete 2ª Vicepresidente; Newton Silveira -3º Vice-presidente; Antonio Carlos Siqueira da Silva - 4º Vice-presidente; Maitê Cecília Fabbri Moro - Diretora Relatora; José Henrique Barbosa Moreira Lima Neto - Diretor Editor; Claudio Roberto Barbosa - Diretor Secretário; Ricardo Fonseca de Pinho - Diretor Tesoureiro.

Conselho Editorial: Elisabeth Edith G. Kasznar Fekete; Gabriel Leonardos;

Juliana L. B. Viegas; Luiz Edgard Montaury Pimenta; Manoel J. Pereira dos Santos e Sonia Maria D’Elboux

Boletim da ABPI: Editor - José Henrique Barbosa Moreira Lima Neto; Jornalista

Responsável - João Yuasa (MTb: 8.492); Produção Gráfica - PW Gráficos e Editores Associados Ltda; Fotos - Wladimir Wong; Revisão - Mauro Feliciano; Impressão e Acabamento - Neoband Soluções Gráficas.

© ABPI 2008 - Todos os direitos reservados.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA PROPRIEDADE INTELECTUAL

Boletim da

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