Efeito cultivares – Interação Tritrófica
III Curso de Ecologia Química Aplicada à AgriculturaMirian Fernandes Furtado Michereff Pós - Doutorado Embrapa/Cenargen
POSSÍVEIS INTERAÇÕES
INSETO - PLANTA
Positiva
Polinização, dispersão sementes
Alimento, abrigo, proteção
Negativa
Alimento, abrigo, proteção
Herbivoria, oviposição
RESISTÊNCIA DE PLANTAS
Método de controle de artrópodes pragas
Alternativo ao controle químico
RESISTÊNCIA DE PLANTAS
Planta sofre menor injúria pela praga
Evita o ataque, tolera ou se recupera das injúrias
Características:
Relativa
Hereditária (genótipo) Específica
DETERMINAÇÃO DA RESISTÊNCIA
Constatação nos artrópodes ( ≠ ):
População
Oviposição
Oviposição
Peso
Duração do ciclo (fases imatura e adulta)
Sobrevivência
Constatação nas plantas:
Sobrevivência das plantas
DETERMINAÇÃO DA RESISTÊNCIA
Sobrevivência das plantas
Destruição de órgãos vegetais
Produção/produtividade
Planta
IdadeParte infestada
Infestação anterior por pragas ou doenças
FATORES QUE AFETAM A RESISTÊNCIA
Infestação anterior por pragas ou doenças
Artrópode
Fase de desenvolvimento e idade Espécie, raça, biótipo (sugadores) Tamanho e distribuição espacial da populaçãoFATORES QUE AFETAM A RESISTÊNCIA
Ambiente
Solo, irrigação e nutrição da planta Densidade de plantio
Plantas vizinhas e cultura precedente
Experimental
Distribuição e arranjo dos genótipos Tamanho e distância das parcelas Plantas vizinhas e cultura precedente1.
Não Preferência ou Antixenose
Efeito no comportamento do artrópode: alimentação
CATEGORIAS (TIPOS) DE RESISTÊNCIA
alimentação oviposição abrigo
Eficácia: densidade populacional da praga
2.
Antibiose
Embora normalmente consumida pelo artrópode,
provoca efeito adverso na sua biologia
CATEGORIAS (TIPOS) DE RESISTÊNCIA
provoca efeito adverso na sua biologia
Não preferência x Antibiose Distinção: alimentação
Caracterização da antibiose:
Aumento do período de desenvolvimento Aumento do número de ínstares
Redução do tamanho e do peso dos indivíduos
Ocorrência de adultos ou pupas defeituosas Mortalidade nas fases imatura e adulta
Redução da fecundidade (menor no ovos/fêmea)
3.
Tolerância
Suporta o ataque ou se recupera das injúrias, sem efeito no comportamento e na biologia
CATEGORIAS (TIPOS) DE RESISTÊNCIA
comportamento e na biologia
• Regeneração ou formação de folhas ou raízes
• Plantas mais vigorosas
Caracterização da tolerância
Plantas infestadas x plantas não infestadas
Altura da planta
Peso da planta ou dos órgãos atacados Sintomas de danos (sugadores)
Redução de produção Qualidade do produto
C
AUSAS DA
R
ESISTÊNCIA
Localização do habitatSeleção Hospedeira
Defesas físicas Localização do hospedeiro Aceitação do hospedeiro Adequação ao hospedeiro Defesas morfológicas Defesas químicas/fisiológicas Defesas físicasFísicas
radiação refletida pelas plantas:
cores
CAUSAS DA RESISTÊNCIA
cores
comportamento desenvolvimento
Morfológicas
Tecidos rígidos - ceras, lignina, sílica, espinhos, dureza e
CAUSAS DA RESISTÊNCIA
Tecidos rígidos - ceras, lignina, sílica, espinhos, dureza e espessura da epiderme
Dureza - Lignina em plantas de sorgo resistente (A) e suscetível (B) à mosca Athegorigona varia soccata
Dureza - Sílica em plantas de arroz resistente (A) e suscetível (B) à broca Chilo suppressalis
Morfológicas
Dimensão, formato e disposição das estruturas na planta
Algodoeiro
Bráctea normal Bráctea frego
Menor ataque de bicudo F o to : L ui s P au lo d e C ar va lh o
Morfológicas
Relação densidade de tricomas - oviposição
Soja M8766RR – Cerotoma arcuata
Maior densidade de tricomas – menor
número de ovos
Morfológicas
Relação densidade de tricomas - oviposição
Soja PI227687 – Bemisia tabaci biotipo B
Maior densidade de tricomas – maior
número de ovos
CAUSAS DA RESISTÊNCIA
Químicas
Ausência, deficiência ou desbalanço de nutrientes
Composição bioquímica (relação entre nutrientes):
carboidratos x proteínas carboidratos x lipídios
Nutrientes parasitismo de larvas Plutella xylostella por
Cairomônio (- +) Alomônio (+ -) Aleloquímicos Interespecífica
Semioquímicos
Sinomônio (+ +) Beneficia a planta e o parasitoide Feromônio Feromônios IntraespecíficaCAUSAS DA RESISTÊNCIA
Químicas
Ausência de cairomônios
Ações atraente e estimulante
Químicas
Presença de alomônios - não voláteis - isoflavonoides Ações antixenótica e antibiótica
Soja IAC 100 – Nezara viridula e Anticarsia gemmatalis
Químicas
Presença de alomônios - não voláteis - aminoácidos ? Ações antixenótica e antibiótica
Soja Downling – Aphis glycines e Euschistus heros Soja Downling – Aphis glycines e Euschistus heros
Compostos voláteis
Induzida indireta
Compostos voláteis
Químicas
Presença de sinomônios
Atração de inimigos naturais
Rabanete resistente x Plutella xylostella - Cotesia plutellae
Soja – Telenomus podisi E. heros Herbivoria Oviposição Herb + Ovip V ie ira Michereff et al 2011 Cultivares de soja resistente e suscetível T. podisi La um an n V ie ira
cv Dowling - resistente Ovi HerbOvi Herb Ar Controle Tratamento * * Tempo 120 hr 96 hr (4) (7) (6) (4) (8) (8) * (4) (7) (6) (4) (8) (8)
Resposta do T. podisi aos voláteis induzidos pela herbivoria
de cultivares resistente e suscetível de soja
40 30 20 10 0 10 20 30 40
Número de fêmeas de T. podisi que responderam para a cv Dowling
72 hr 48 hr 24 hr Ar (2) (8) (6) (6) (7) (5) (2) (6) (6) (7) (8) 40 30 20 10 0 10 20 30 40 * * (2) (8) (6) (6) (7) (5) (2) (6) (6) (7) (8)
C d t -24 -12 0 Control Oviposition * * * * * * - 1.0 -0.5 -α-humulene (E )-caryophyllene limonene camphene benzothiazole (E) -2-decenal benzaldehyde w ei g h t (b k )
Voláteis induzidos após a injúria do E. heros
Time (hours) 0 24 48 72 96 120 144 168 P R C 1 -C d t -84 -72 -60 -48 -36 Herbivory Oviposition Herbivory+Oviposition - 3.0 - 2.5 -2.0 - 1.5 (E,E)-α-farnesene methyl salicylate (Z)-3- hexenyl acetate (E)-2-octen-1-ol TMTT (Z)-2-octen -1-ol TMTT (Z)-2- octen -1-ol myrcene α-humulene V ar ia b le s w ei g
cv IAC 100 - resistente Controle Tratamento * * Tempo 120 hr 96hr 72 hr (9) (7) (7) (3) (3) (7) (5) (6) * (9) (7) (7) (3) (3) (7) (5) (6) Ovi HerbOvi Herb Air 40 30 20 10 0 10 20 30 40 72 hr 48 hr 24 hr Ar (5) (3) (6) (7) (6) (5) (6) (8) (9) 40 30 20 10 0 10 20 30 40
Número de fêmeas de T. podisi que responderam para a cv IAC 100
(5) (3) (6) (7) (6) (5) (6) (8) (9)
cv Silvânia - suscetível
Controle Tratamento Tempo
120 hr 96 hr (7) (8) (3) (2) (1) (1) (9) (7) (8) (3) (2) (1) (1) (9) Ovi HerbOvi Herb Air 40 30 20 10 0 10 20 30 40 72 hr 48 hr 24 hr Air (5) (2) (9) (5) (7) (2) (2) (6) (6) (7) 40 30 20 0 10 20 30 40 (5) (2) (9) (5) (7) (2) (2) (6) (6) (7)
Influência Glycine max Abundância e Cultivares: Dowling IAC 100 Silvânia
CAMPO
Euschistus heros 1.0 cm M . B or ge s Trissolcus basalis Telenomus podisi 1. 0 mm 1. 0 mm R. L au m an n Abundância Abundância e parasitismo J. A ld ric h Michereff et al 2014Cultivares: Dowling IAC 100 Silvânia
Plantas cobertas estágio R1
Infestação com fêmeas E. heros
▪ Escolha aleatória de 10 plantas/gaiola
▪ Avaliado:
População de E. heros
▪ Avaliado:
número de ovos, ninfas e adultos porcentagem de ovos parasitados
50 ovos/cartela
Parasitismo dos ovos de E. heros
Três cartelas
Captura parasitoides – armadilhas adesivas
A d iv id u a ls /p la n t 0.5 1.0 1.5 Dowling IAC100 Silvânia B la n t 1.0 1.5 Dowling IAC100 Silvânia
População de Euschistus heros
Adultos Ninfas Date/stage 14.9 21.9 28.9 05.10 12.10 19.10 26.10 02.11 09.11 16.11 23.11 30.11 In d i 0.0 0.5 R1 R2 R3 R4 R5 R6 R7 Date/stage 14.9 21.9 28.9 05.10 12.10 19.10 26.10 02.11 09.11 16.11 23.11 30.11 In d iv id u a ls /p la 0.0 0.5 R1 R2 R3 R4 R5 R6 R7
C E g g s /p la n t 1.0 1.5 2.0 Silvânia IAC100 Dowling D s ( % ) 60 80 Dowling IAC100 Silvânia
Densidade de ovos e ovos parasitados de E. heros
Ovos/planta Parasitismo ovos naturais
Date/stage 14.9 21.9 28.9 05.10 12.10 19.10 26.10 02.11 09.11 16.11 23.11 30.11 E g 0.0 0.5 R1 R2 R3 R4 R5 R6 R7 Date/stage 14.9 21.9 28.9 05.10 12.10 19.10 26.10 02.11 09.11 16.11 23.11 30.11 P a ra s it iz e d e g g s ( 0 20 40 R1 R2 R3 R4 R5 R6 R7
C) Densidade de ovos de Euschistus heros por planta e D) Porcentagem de ovos parasitados de Euschistus heros nas cultivares de soja Dowling, IAC100 e Silvânia
Parasitismo dos ovos de E. heros
B it a d o s ( % ) 40 60 80 Dowling IAC100 Silvânia * *T. podisi – ovos sentinela
Data/estádio 14.9 21.9 28.9 05.10 12.10 19.10 26.10 02.11 09.11 16.11 23.11 30.11 O v o s p a ra s it a 0 20 40 * R1 R2 R3 R4 R5 R6 R7
Parasitismo de T. podisi em cartelas com ovos (sentinela) de E. heros colocadas nas cultivares Dowling, IAC100 e Silvânia (Tukey, P<0.05)
Captura parasitoides – armadilhas adesivas
C v íd u o s /a rm a d ilh a 4 6 8 Dowling IAC100 Silvânia * D il h a 4 6 Dowling IAC100 Silvânia * Gênero Telenomus Gênero Trissolcus R1 R2 R3 R4 R5 R7 R8 Data/estádio 14.9 28.9 12.1 0 26.1 0 09.1 1 23.1 1 07.1 2 In d iv í 0 2 Data/estádio 14.9 28.9 12.10 26.10 09.11 23.11 07.12 In d iv íd u o s /a rm a d il 0 2 R1 R2 R3 R4 R5 R7 R8Captura de vespas parasitoides em armadilhas adesivas amarelas. C) Gênero Telenomus e D) Gênero
AÇÃO DOS VOLÁTEIS NA DEFESA DAS PLANTAS
PLANTAS RESISTENTES X CONTROLE BIOLÓGICO
Defesas: constitutivas induzidas
Atributos químicos e morfológicos
Afetar diretamente o inimigo natural
Afetar a qualidade do herbívoro (presa/hospedeiro) Afetar a qualidade do herbívoro (presa/hospedeiro)
Interações tritróficas
compatibilidade
Alta densidade não inibiu o inimigo natural
EFEITOS POSITIVOS
Styrsky et al 2006
Planta resistente não afetou biologia do predador
EFEITOS POSITIVOS
Lundgren e Wiedenmann 2005
Rhopalosiphum maidis
EFEITOS POSITIVOS
Menor ataque por herbívoros
Heil 2008
Nectários extraflorais
EFEITOS NEGATIVOS
Epilachna varivestis - Podisus maculiventris
• Soja resistente afetou biologia do predadorEFEITOS NEGATIVOS
Helicoverpa zea – Hyposoter exiguae
• Tomate resistente afetou biologia parasitoideEFEITOS NEGATIVOS
Myzus persicae – Adalia bipunctata
Batata resistente afetou biologia do predador
RESISTÊNCIA - MELHORAMENTO GENÉTICO
(E)-α-bergamoteno sesquifelandreno zingibereno sesquisabineno β Arabidopsis thalianaCotesia marginiventris Schnee et al 2006
β-bisaboleno (E)-β-farneseno
Zea mais Produção (E)-β-cariofileno Atração Degenhardt et al 2009 Heterorhabditis megidis Redução injúria
Queda 60% eclosão larvas
Defesas
Constitutiva Induzida diretaCausas
Físicas Morfológicas QuímicasResistência Varietal
Categorias/tipos Antixenose (não preferência) Antibiose Constitutiva Induzida indireta Adaptação ao herbívoro Associação-IN Associação-planta Ambiente Tolerância Antixenose & antibiose PseudoresistênciaP
SEUDO
-
RESISTÊNCIA
(CONDIÇÃO)