• Nenhum resultado encontrado

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU FACULDADE INTEGRADA AVM

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU FACULDADE INTEGRADA AVM"

Copied!
24
0
0

Texto

(1)

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

FACULDADE INTEGRADA AVM

O comportamento do consumidor brasileiro nas principais redes

sociais.

Por: Samya Torres Evangelista

Orientador Prof. Jorge Vieira

Rio de Janeiro 2011

(2)

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

FACULDADE INTEGRADA AVM

O comportamento do consumidor brasileiro nas principais redes

sociais.

Apresentação de monografia à Universidade Candido Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Marketing

(3)

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...5

CAPÍTULO I - Marketing e Comunicação...7

1.1-Comunicação de marketing...8 1.2-A influência do marketing no comportamento do

consumidor. ...10 1.2.1-Compreendendo o consumidor...14

CAPÍTULO II - Tipos de comportamento de compra e a busca de

informação ...16

CAPÍTULO III - Comportamento do consumidor brasileiro nas principais redes sociais ...19

CONCLUSÃO ...23

(4)

INTRODUÇÃO

Na luta pela sobrevivência no mercado, as empresas procuram conquistar e fidelizar os consumidores, para isso elas se utilizam da comunicação de marketing para diferenciar-se da concorrência e também para informar, lembrar o consumidor sobre seu produto, e persuadi-lo a compra. As empresas ao desenvolverem suas campanhas de marketing, buscam influenciar o comportamento do consumidor na hora da compra e para isso utiliza todas as formas possíveis de manipulação do inconsciente do público-alvo.

De acordo com Lopes (2007), essa vontade de querer cada vez mais obter uma maior fatia do mercado, vem fazendo com que os profissionais de marketing esqueçam-se da ética. Os autores Leon e Leslie (1997) falam que o estudo do comportamento do consumidor capacita o profissional de marketing a elaborar melhor suas estratégias para alcançar o público-alvo. Porém alguns críticos dizem que o fato dos profissionais de marketing ter um conhecimento aprofundado das vulnerabilidades da mente humana na hora de consumir faz com que eles possam usar isso de forma antiética.

Segundo Helena, os consumidores influenciam o marketing, e consequentemente o marketing influencia o consumidor. O ambiente formado pelo consumidor é um dos fatores que ajudam a moldar e dirigir as organizações e as atividades de marketing. Atualmente, a competitividade entre as empresas não permite apenas desenvolver produtos que se ajuste com seu mercado potencial, mas também, informá-los a seus consumidores. A comunicação mercadológica é utilizada com a intenção de persuadir, influenciando as atitudes e o comportamento do consumidor. A autora diz ainda, que cada concorrente no mercado espera influenciar consumidores a escolherem seu produto e marca, todas as vezes que os consumidores têm oportunidade de efetuar uma compra.

(5)

Percebe-se que o comportamento dos consumidores passa por uma mudança com o surgimento da internet. Através das redes sociais os consumidores podem expressar suas opiniões, positivas ou negativas, referentes a produtos, marcas e serviços e compartilhar com todo a sua rede de amigos.

A importância do internauta nos processos de compra se tornou de grande

relevância, porque o conteúdo originado pelo consumidor sobre marcas, produtos e serviços é valioso para as empresas, sendo usado por elas de forma de estratégica.

(6)

1 MARKETING E COMUNICAÇÃO

Kotler (1998) descreve o conceito de marketing como:

Assume a chave para atingir as metas organizacionais consiste em ser mais eficaz do que os concorrentes para integrar as atividades de marketing, satisfazendo, assim, as necessidades e desejos dos mercados-alvos.

O autor fala que o conceito de marketing fundamenta-se em mercado-alvo, necessidades dos consumidores, marketing integrado e rentabilidade.

Segundo Gade , ao desenvolver o conceito de marketing primeiramente havia uma orientação para organização, logo depois o conceito voltou-se para o cliente, tentando compreender o que ele desejava e atender suas necessidades. Por último, o conceito de marketing orientou-se para as estratégias, criando sistemas de informação, estratégias de marketing e árvores de decisão. A autora descreve marketing como “um processo gerencial e social pelo qual indivíduos e grupos obtêm o que necessitam e desejam através da criação e troca de produtos e valor com outras pessoas.” Ela cita também o conceito de marketing de acordo com Kotler que é “uma atividade humana dirigida a satisfazer necessidades e desejos através do processo de troca”.

Do latim "communicare", comunicação significa pôr em comum, conviver. Este "pôr em comum" implica que transmissor e receptor estejam dentro da mesma linguagem, por isso, o profissional de marketing precisa entender os principais elementos que compõem essa comunicação. Conforme Schiffman e Kanuk (1997) a comunicação pode ser visual, verbal ou ter a junção das duas coisas. É a ponte entre os profissionais de marketing e os consumidores e dos consumidores com ambiente social. E definem comunicação como “transmissão de uma mensagem de um emissor para um receptor por via de algum meio”. O quinto elemento da

(7)

comunicação chamado feedback faz com que o emissor saiba que a mensagem foi compreendida.

As comunicações de marketing de uma empresa estão voltadas para levar a comprar, criar uma atitude positiva em relação ao produto, ou mostrar que ele pode resolver o problema do consumidor melhor do que o concorrente. Para criar uma comunicação persuasiva, precisa-se primeiramente estabelecer os objetivos da comunicação, em seguida definir o público-alvo da mensagem e a mídia apropriada e depois então planejar a mensagem apropriadamente para mídia e para o público.

1.1- Comunicação de marketing

A comunicação é um dos elementos que compõem o marketing de uma organização. A comunicação é utilizada como ferramenta para ajudar alcançar os objetivos estratégicos do planejamento de marketing. O composto de comunicação de marketing promove a integração e coordenação dos esforços de propaganda, publicidade, relações públicas, promoção de vendas, merchandising e qualquer outra ferramenta de comunicação de marketing, a fim de maximizar o impacto da mensagem sobre os consumidores (Kotler 1998).

A comunicação é uma ferramenta importante no planejamento de marketing e pode ser dividida em três grupos: a comunicação administrativa se trata do gerenciamento da organização em seus aspectos formais e informais, a comunicação institucional que lida com a imagem e o conceito da instituição (como por exemplo, patrocínios e assessoria de imprensa), e por último, a comunicação de marketing que relaciona a empresa com seus fornecedores e clientes para mediar os atos de compra e venda de mercadoria (aqui se inclui as ferramentas promocionais de marketing: a promoção de vendas, a venda pessoal, a propaganda, a publicidade, as relações públicas e o marketing direto.).

(8)

As organizações usam a promoção de vendas (prêmios, cupons, concursos, etc.) para criar uma resposta rápida ao que deseja. Ela pode ser utilizada para evidenciar uma oferta ou até mesmo movimentar vendas que estão paradas. Seus efeitos são em curto prazo. As ferramentas de promoção de vendas são bastante diferentes, mas possuem três características em comum: a comunicação que visa atrair a atenção e fornecer informações do produto, o incentivo que incorpora um estímulo que valoriza o consumidor e o convite.

A venda pessoal que é bastante eficaz em relação a custos nos estágios finais do processo de compra. A venda pessoal possui comparada com as outras ferramentas possui vantagens, pois envolve relacionamento vivo, permite relacionamentos duradouros (em relação à venda ou até mesmo amizade pessoal) e o comprador tem a necessidade de atender e responder.

Kotler (1998) ressalta as seguintes qualidades da ferramenta propaganda:

Caráter público- é uma forma de comunicação muito eficaz. Seu caráter público faz com que muitas pessoas recebam a mensagem, dessa forma os compradores entendem que seus motivos serão publicamente entendidos.

Universalidade- a propaganda permite que o consumidor compare as mensagens dos concorrentes e se feita em grande quantidade diz algo positivo sobre seu tamanho. Ela permite ainda a repetição da mensagem.

Expressividade ampliada- a propaganda pode dramatizar a empresa e seus produtos através de cores, sons e uso criativo das palavras.

Impessoalidade- a propaganda não pode agir como os vendedores pressionando a venda, pode apenas fazer um monólogo e não um diálogo.

A propaganda pode ser usada para criar uma imagem a longo prazo, mas pode servir também para provocar vendas rápidas. Atinge geograficamente muitos consumidores.

(9)

A propaganda em televisão pode ter um orçamento alto, porém a veiculada em jornais ou revistas pode ser realizada com um orçamento bem mais baixo.

Existem ainda mais dois tipos de propaganda os informes promocionais (anúncios impressos com conteúdo editorial, elaboradas para não saber diferenciar o anúncio da matéria) e os infocomerciais que parecem ser shows de trinta minutos, mas são anúncios.

O apelo das relações públicas e da publicidade está baseado em três qualidades diferentes: alta credibilidade; ”facilidade em abrir a guarda” (nas relações públicas a mensagem chega ao receptor como notícia) e assim como na propaganda a dramatização.

E o marketing direto onde a mensagem é não pública, destinada a um indivíduo especificamente; feita sob medida, pois pode ser moldada para o interesse da pessoa que se deseja atingir; atualizada, por poder ser feita rapidamente e interativa, a mensagem pode ser modificada conforme a resposta da pessoa.

Philip Kotler (1998) diz que atualmente as empresas estão adotando o conceito de comunicação integrada de marketing definido apud American Association of Advertising Agencies como:

Um conceito de planejamento das comunicações de marketing que reconhece o valor agregado de um plano abrangente que avalia os papéis estratégicos de uma variedade de disciplinas de comunicações – por exemplo, propaganda em geral, resposta direta, promoção de vendas e relações públicas – e combina essas disciplinas para fornecer clareza, consistência e impacto máximo de comunicação por meio da integração de mensagens discretas.

1.2- A influência do marketing no comportamento do consumidor

Schiffman e Kanuk (1997), para criar comunicações persuasivas a empresa tem que em primeiro lugar estabelecer os objetivos de comunicação, depois selecionar o

(10)

público-alvo e a mídia apropriada para atingi-los e por último planejar a mensagem de modo apropriado. Cada indivíduo possui interesses, necessidades e características próprias, por isso é importante o emissor segmentar o público em grupos, pois assim permite criar mensagens específicas para cada grupo-alvo. Os profissionais de marketing devem moldar as comunicações de marketing de acordo com necessidades de grupos de indivíduos semelhantes. Dessa forma, para conhecer o mercado e tomar decisões de marketing é muito importante entender o comportamento do consumidor.

Beatriz e Marco (2005), autores do livro “Comportamento do consumidor”, relatam que consumimos bens e serviços a todo tempo e o intuito do marketing é atender essas necessidades e desejos. Para isso, é necessário entender os anseios, motivações, hábitos, crenças, comportamento das pessoas e todo o processo que a leva a compra.

Grande parte do ato da compra tem estímulos subjetivos e pessoais. A motivação para compra é resultado de vários tipos de influência; desde aspectos sociais, demográficos, fatores situacionais, psicológicos, culturais e até mesmo os estímulos de marketing (os 4P’S).

O processo de decisão de compra envolve seis etapas. A primeira é o reconhecimento da necessidade: o surgimento de uma necessidade ou desejo leva a procura para satisfazê-lo e assim, voltar ao estado de equilíbrio. Busca de informação: surgida a necessidade, o consumidor procura informações ligadas ao produto ou serviço desejado. A terceira é avaliação das alternativas do produto: consiste em avaliar alternativas existentes. A quarta etapa é quando o consumidor analisa as opções de onde comprar. Decisão de compra: nesta etapa o consumidor junta o conhecimento adquirido na segunda, terceira e quarta etapa e faz sua escolha. Essa decisão final abrange a seleção do tipo de produto, marca, loja e forma de pagamento. A última etapa é o comportamento de pós-compra: depois da compra o consumidor pode ou não ficar satisfeito. O estado emocional depois da compra é importante

(11)

para o profissional de marketing, pois entendendo o comportamento pós-compra, podem-se criar condições para realização de compras futuras.

A motivação para compra é conseqüência de diversos tipos de influências. Uma delas é a influência sociocultural em que as decisões de consumo funcionam num contexto social, ou seja, compra-se baseado no que acreditamos que atenderá as expectativas dos outros. As informações socioculturais podem ser segmentadas em cinco tipos: cultural, subcultural, classe social, grupo de referência e sexo. O comportamento do consumidor é resultado tanto das influências interpessoais (referentes ao contexto sociocultural) quanto das intrapessoais (variáveis pessoais e subjetivas da pessoa). Os principais fatores psicológicos que influenciam a compra são: motivação, aprendizado, atitudes, percepção, personalidade e influências experencial-hêdonicas. A motivação ou necessidade nasce de um estado de tensão e quando chegam a um nível alto, se torna predisposição (motivo) que direciona o comportamento do consumidor. Apud Abraham Maslow, pioneiro no estudo da motivação humana, tipificou essas necessidades em cinco categorias. Fisiológicas, necessidades primárias como fome, sede, abrigo, sexo. De segurança e necessidade de proteção como saúde, por exemplo. Sociais, que são as necessidades de aceitação, integração, afeição e relacionamento. De estima, necessidade de status e prestígio. E de auto-realização, também chamada de necessidades de realização pessoal que significa conseguir tudo o que o indivíduo pode se tornar na esfera do ser e do ter. O aprendizado é desenvolvido em longo prazo através de experiências passadas e informações obtidas para a decisão de compra. Existe uma relação entre o conhecimento, preferência e fidelidade a uma marca. O maior objetivo do profissional de marketing é obter a fidelidade do consumidor para isso, é necessário comunicar com eficiência os atributos do produto, para que ele aprenda sobre esses benefícios. A atitude é adquirida pelas pessoas através de ações e aprendizados. “Uma atitude é uma predisposição aprendida para responder de maneira consistente favorável ou desfavorável a um determinado

(12)

objeto”. Percepção é o modo como os indivíduos coletam e interpretam estímulos do meio ambiente em que vive. A mente humana tem limites para quantidade de estímulos, só filtramos as informações que acreditamos ser importantes. Personalidade é uma influencia psicológica parecida com a percepção. É resultado de traços individuais que criam uma orientação para situações. Por último a influencia experencial-hedônica que nada mais é que o prazer, a gratificação pessoal do ato de consumir produtos, ou seja, os consumidores compram coisas porque é prazeroso.

Um novo elemento vem sendo reconhecido como importante no comportamento do consumidor, as influências situacionais. Apud Belk:

Todos aqueles fatores específicos de um momento e lugar de observação que não provém do conhecimento de atributos pessoais (intra-individuais) e estímulos (alternativa de escolha), os quais tem um efeito demonstrável e sistemático sobre o comportamento do consumidor.

As influencias situacionais podem ser classificadas em cinco categorias, são elas: O ambiente físico em que acontece a decisão. Costuma-se investir em decorações desses lugares para estimular a compra. O ambiente social é o ambiente dos grupos interpessoais que interagimos na ocasião da compra. Tempo, de acordo com maior ou menor disponibilidade de tempo o consumidor busca mais ou menos informações para embasar sua compra. Razão da compra é o propósito do consumo a finalidade da compra. Estado de espírito e predisposição, é a condição como se encontra o comprador (cansaço, falta de dinheiro). Muitos consumidores evitam realizar compras quando percebe que algo pode impedir uma escolha racional.

Todo esse estudo e esforço para entender o comportamento do consumidor visa à satisfação das necessidades e desejos dos compradores.

(13)

1.2.1 Compreendendo o consumidor

De acordo com Lívia Barbosa (2004), consumir, seja para necessidades básicas ou supérfluas, é uma atividade presente em toda e qualquer sociedade humana. O que leva a nossa sociedade ser classificada como sociedade de consumo é o fato de que o consumo está tomando entre nós uma dimensão e função acima e além daquela de satisfação de necessidade. A origem da história da sociedade de consumo precedeu a Revolução Industrial e foi fundamental para a modernidade e modernização ocidental. Um exemplo de que a sociedade de consumo precedeu a R.I., é que a industrialização não teria existido sem uma prévia demanda adequada para a produção. Essa demanda que existia antes mesmo da Revolução Industrial, demonstra que as pessoas são, por definição, insaciáveis ou que existe uma propensão natural a consumir e que qualquer aumento de salário ou renda está ligada ao consumo. A autora fala também, que a literatura sobre o consumo, no Brasil, é pouco conhecida e a nossa visão sobre esse assunto é influenciada pelos trabalhos da escola de Frankfurt, Marcuse e Braudrillard. As pesquisas empíricas no Brasil relacionadas ao consumo estão ligadas somente a grupos específicos (como trabalhadores, índios e etc.). Ela afirma ainda que para determinados grupos sociais, como por exemplo, os negros, o status de consumidores é negado. Mas, ainda assim, é possível verificar no ambiente acadêmico brasileiro quatro versões sobre a sociedade de consumo. A primeira fala que este fenômeno está intimamente ligado à dominação capitalista. Na segunda, o consumo é baseado em um mundo materialista em que as pessoas se preocupam mais com os bens do que com o ser humano. A terceira diz que o aumento do consumo leva a uma perda de autenticidade das pessoas. E a última versão de que o consumo leva as pessoas à imitação e à competição por status.

(14)

A revista Veja (2007) que tem uma matéria com o seguinte título: “O cérebro, esse perdulário”, fala de novas pesquisas que estão sendo feitas para desvendar o que leva as pessoas a comprarem por impulso. Os autores da matéria, Souza e Zakabi, dizem que novos estudos realizados no cérebro com ressonância magnética identificam que na hora das compras, a emoção disputa com a razão. Com grande freqüência, a emoção ganha.

Percebeu-se, que na realidade a compra por impulso é resultado de um processo químico cerebral. O ser humano faz uma ligação da desistência de comprar um produto com o sofrimento de desembolsar dinheiro. É nessa hora que entra o uso do cartão de crédito, pois segundo a pesquisa ao pagar em dinheiro a região cerebral que está ligada a ocasiões desagradáveis passa a informação de perda financeira. Com uso do cartão de crédito isso não ocorre porque a sensação que o cérebro passa é de que não houve custo, por isso que a maioria das pessoas se assusta com a chegada e o valor da fatura do cartão de crédito. A matéria também fala que a compra por impulso é uma característica do consumidor do século XXI, e que os profissionais de marketing estão atentos a isso desde as duas últimas décadas.

(15)

II- TIPOS DE COMPORTAMENTO DE COMPRA E A BUSCA POR INFORMAÇÃO

Conforme relatado, o processo de decisão de compra envolve seis etapas: reconhecimento da necessidade, busca de informação: surgida a necessidade, o consumidor procura informações ligadas ao produto ou serviço desejado, avaliação das alternativas do produto, opções de onde comprar, decisões de compra e comportamento pós-compra.

Após a necessidade ter sido reconhecida (Mowen, 1995), os consumidores buscam as informações adequadas a fim de satisfazê-la. Existem dois tipos de busca de informação: interna e externa. Na interna, o consumidor procura em sua memória informações sobre diferentes alternativas de um produto ou serviço. A busca externa é rastreamento de informações no ambiente através, da propaganda, da observação, de amigos ou de vendedores. Na busca interna se o consumidor se encontra em um processo de compra de baixo envolvimento, esta tende a ser limitada e dependendo do tipo de necessidade, o grau de busca interna pode variar. Para a busca externa, os consumidores procuram informações de fontes externas. A busca externa é o grau de percepção e esforço direcionado à obtenção de informações no ambiente. Se a compra é feita para uma ocasião importante, a busca externa será mais extensa e feita com maior cuidado. Através da busca externa, obtêm informações como: avaliação de marcas alternativas; critérios de avaliação nos quais seja possível comparar marcas; a importância dos vários critérios de avaliação; informações que formam crenças; atributos que as marcas possuem; e benefícios que os vários atributos proporcionam. Existem alguns indicadores que avaliam o grau de busca externa, são eles: o número de lojas visitadas, o número de pessoas que o consumidor discute sobre o produto, número de guias de compras consultados, número de vendedores, o número de anúncios que o consumidor vê, ouve ou lê.

(16)

Estudos têm mostrado que os consumidores não fazem buscas excessivas de informações, por considerarem que o tempo gasto e maior do que os benefícios obtidos com as informações adicionais.

Em relação às estratégias de marketing, a empresa deve identificar as procedências de informações que os consumidores receberam e avaliar o quanto elas são importantes. As respostas auxiliarão na elaboração de comunicações eficazes para o público-alvo. Saber a quem, ou a que veículos os compradores se dirigem para informar-se, pode dar uma boa direção para o planejamento de mídia. Saber que perguntas eles fazem, ou quais informações procuram, é um bom guia para compor a mensagem.

Depois de ter buscado as informações que precisava, o consumidor entra no estágio de avaliação de alternativas, ou seja, compara as opções identificadas como capazes de resolver o problema que originou o processo de decisão. Quando as opções são comparadas, o consumidor pode formar crenças, atitudes e intenções sobre as alternativas analisadas. Ao avaliar as alternativas de marcas disponíveis, certos benefícios prioritários podem variar (como economia, desempenho, conforto, segurança, status, confiabilidade, qualidade). Esses benefícios são avaliados através de dois métodos, o modelo Compensatório de Avaliação de Marca e modelo Não-compensatório de Avaliação de Marca. No modelo compensatório os consumidores avaliam as marcas conforme os critérios de benefícios. O consumidor considera uma marca como favorita quando ela reúne seus benefícios desejados. Avaliações impotentes para alguns benefícios podem ser compensadas com avaliações adequadas para outros benefícios. Assim o profissional que comunicará o produto deve, antes de compor a mensagem publicitária, estar ciente do posicionamento do produto perante os consumidores. Posicionamento, segundo Kotler (1994) desenvolve uma imagem positiva da empresa e cria um espaço distinto na mente dos consumidores. No modelo não-compensatório, os consumidores qualificam as marcas com um critério de cada vez, avaliam

(17)

cada marca de acordo com todos os critérios de benefícios. Se todas as marcas atendem a um primeiro critério, avança-se para um segundo critério, abolindo as marcas que não atenderem a este benefício, até que seja escolhida a marca que atender a todos os critérios de benefícios.

A terceira etapa trata-se da decisão de compra onde se encontra os quatro tipos de comportamento de compra que são: comportamento de compra complexa onde os consumidores estão com alto grau envolvimento com a compra e conhecem bem as diferenças entre as marcas. Aqui se encaixam os produtos caros, comprados com pouca freqüência e que têm expressão para o consumidor. Comportamento de compra com dissonância reduzida acontece quando os consumidores estão muito envolvidos em uma compra, porém percebem algumas diferenças entre as marcas. Nesta ocasião, o consumidor consultará diversos pontos de venda e comprará rapidamente, porque a diferença entre as marcas não estão explícitas. Após a compra, o consumidor pode passar por algum tipo de dissonância, resultante da percepção de alguns pontos não satisfeitos. Por isso, consumidor estará ligado às informações que justifiquem sua compra. Devido a isso, a publicidade deve fornecer avaliações para que o consumidor se sinta seguro sobre sua escolha. Comportamento de compra habitual ocorre quando o consumidor está pouco ou até mesmo não está envolvido com a compra, e quando não existem diferenças marcantes entre as marcas. Há evidências de que o consumidor tem pouco envolvimento com os produtos comprados com freqüência e de baixo preço. Os consumidores não buscam muitas informações sobre as marcas e nem avaliam suas características. No comportamento de compra que busca variedade o consumidor está pouco envolvido com a compra e percebe as grandes diferenças entre as marcas disponíveis. Neste caso, a escolha é feita em função da variedade e não da insatisfação.

(18)

III- O COMPORTAMENTO DO CONUMIDOR BRASILEIRO NAS PRINCIPAIS REDES SOCIAIS

De acordo com Telles (2010), a idéia de rede social surgiu há cerca de um século e era usada para falar de relações entre membros de um sistema social. Após o século XXI, as redes sociais apareceram na internet.

Para o marketing, as redes sociais estão inseridas nas mídias sociais, e estas por sua vez, estão inseridas em diversas estratégias do marketing digital.

Redes sociais são lugares para reunir pessoas, expor suas fotos, mensagens e vídeos e interagir com os amigos e comunidades. Já as mídias sociais, são sites que permitem a criação colaborativa de conteúdo, interação social e compartilhamento de informações.

A nova era das redes sociais começa com o Frienster, em 2002. Esse site era um local para encontros que não era para namoro.

Em outubro de 2003, Zuckerberg criou o Facebook que era uma rede social exclusiva para estudantes de Harvard. Aos poucos foi se tornando permitida a participação e outras universidades e por fim qualquer pessoa com um endereço de e-mail poderia se inscrever na rede social.

O Facebook é uma das maiores redes sociais do mundo e vem crescendo cada vez mais no Brasil. Alguns dados mostram que grande parte dos acessos a rede social, vem da plataforma móvel.

O livro cita bases potenciais do marketing no Facebook, entre estas, algumas são: Promover eventos (postar os eventos de marketing), realizar pesquisas (de mercado com seu público-alvo), participar de grupos pertinentes (para conectar-se com seu público-alvo), criar

(19)

um grupo para seu negócio (para ter um local para reunir pessoas e participar de conversas sobre sua marca), criar uma estratégia de marketing (para atrair fãs e promover sua página (também fora do Facebook).

Conforme Telles, o Linkedin, lançado em 2003, é uma rede social voltada para os negócios, pois está direcionada a profissionais que desejam criar uma rede de contatos para ser usada nos ramo dos negócios. No ponto de vista do marketing, o Linkedin pode ser utilizado quando o perfil do público-alvo for adequado aos membros da rede social, como por exemplo, empresas de recursos humanos, ensinos...

Segundo o autor, o Orkut (que pertence ao Google) foi a primeira grande rede social do Brasil e ainda é a mais acessada no país possui grande força nas classes B, C, D. Recentemente ocorre uma migração demográfica na classe A do Orkut para o Facebook no Brasil.

No Orkut, criar uma comunidade para a marca é uma estratégia interessante de marketing, pois dessa forma, pode-se criar relacionamento com pessoas-chave na sua área de atuação. No caso do perfil no Orkut, o ideal é participar de comunidades relacionadas ao seu público-alvo, participar de fóruns, enquetes e convidar pessoas de interesse para ser amigo.

Pesquisando uma marca ou empresa no Orkut, as chances de algum usuário estar falando dela são enormes.

No marketing digital, os conceitos fundamentais de marketing, publicidade e design são mais importantes do que todas as ferramentas digitais.

O comportamento do consumidor de hoje com a internet deixou de ser meramente receptor para se tornar retransmissor e formador de conteúdo. Qualquer um pode deixar sua

(20)

opinião sobre uma marca na internet e ser ouvida por outras pessoas. As marcas já estão sendo faladas na web pelos consumidores.

A época em que os clientes falavam de seus desgostos relacionados às marcas por correio e telefone não existe mais. As reclamações nos dias de hoje são realizadas pelo Twitter, Facebook, Orkut e Reclame Aqui. E muitas vezes esses posts fazem com que outros clientes façam comentários negativos também, gerando assim, uma avalanche de críticas na internet.

Barefoot (2010) explica o que é marketing na mídia social como sendo o uso de canais de mídia social para promover empresas ou produtos, qualificando este como marketing viral (que se baseia em contar para amigos dentro das mídias sobre produtos, serviços e empresas que você gosta ou não).

Algumas vantagens de usar o marketing na mídia social: as pessoas estão passando menos tempo assistindo televisão e ouvindo rádio e mais tempo on line, a propaganda off line é mais cara e mais difícil de medir e os sites padrão não possuem mais espaço, pois o mercado é conversação.

Segundo o site Mundo do Marketing (2011), as redes sociais vêm sendo um fator de influência na hora da decisão de compra de acordo com uma pesquisa feita pelo Mercado Livre e a agência digital Oh! Panel. Esse estudo foi realizado no Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Equador e Peru. Verificou-se que opiniões de amigos e conhecidos sobre marcas, produtos e serviços são as mais confiáveis. As mensagens deixadas nas redes sociais são mais relevantes do que a de especialistas.

A pesquisa mostrou que os consumidores buscam informações antes de comprar um produto em sites como Twitter, Facebook e Orkut e ainda seguem marcas nestes canais.

(21)

Foi verificado também que brasileiros são os que mostram mais interesse, de se relacionar com as marcas nas redes sociais.

(22)

CONCLUSÃO:

Esta monografia objetivou identificar o comportamento do consumidor perante as principais redes sociais no Brasil.

Estudou-se o conceito de comunicação de marketing e pode-se perceber que ela é de grande importância, pois informa a existência do produto ou serviço ao cliente, fornece as informações necessárias para motivação, aprendizado, fidelização a marca e satisfação pós-compra.

Dentre as várias estratégias de marketing pode-se entender que a segmentação de mercados é importante para atingir os objetivos comerciais. Existem muitos métodos para a segmentação de mercados e essas abordagens são derivadas do campo do comportamento do consumidor e o processo decisório é impactado por fatores racionais e emocionais (demográficos, psicográficos, motivacionais, necessidades, percepções, hábitos de compra, e assim por diante).

Como se pôde observar na maioria das vezes a compra tem estímulos subjetivos e pessoais. E a motivação para ela é resultado de vários tipos de influências; como aspectos sociais, demográficos, fatores situacionais, psicológicos, culturais e os estímulos de marketing.

Conforme estudado, verifica-se que com a Internet cada vez mais nos lares brasileiros e aumento do acesso das classes mais baixas à web no país, as redes socais tornaram-se uma das principais fontes de entretenimento dos brasileiros. Nessas ferramentas o consumidor passou a produzir, conteúdo nas redes sociais relacionados a marcas, produtos e empresas com suas opiniões.

(23)

Pode-se perceber que importância do internauta nos processos de compra aumentou, pois o conteúdo gerado pelo consumidor sobre marcas, produtos e serviços passa a ser de alto valor para as empresas e usado por elas de forma de estratégica.

As ações em mídias sociais requerem atualidade e elementos que motivem o consumidor a discutir temas novos e interessantes, que gerem participação.

Através do estudo foi verificado o quanto a influência dos grupos é importante no processo de decisão de compra, tornando necessárias ações de marketing de mídias sociais que envolvam mais do que consumidores.

(24)

BIBLIOGRAFIA:

BARBOSA, Lívia. Sociedade de Consumo. Rio de Janeiro: Coleção Passo-a-Passo, 2004. BAREFOOT, Darren, SZABO, Julie. Manual de marketing em mídias sociais. São Paulo: Novatec, 2010.

GADE, Christiane. Psicologia do consumidor e da propaganda. São Paulo: E.P.U. , terceira reimpressão da edição revista e ampliada de 2005.

KOTLER, Philip. Administrção de marketing. 5° edição. São Paulo: Atlas, 1998.

KOTLER, Philip; ARMSTRONG, Gary. Princípios de marketing. Tradução: Arlete Simille Marques. 9. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2003

MOWEN, John C., MINOR, Michael S. Comportamento do consumidor. São Paulo: Prentice Hall, 1998.

PARAGUASSÚ,A. Lopes.Ética na propaganda.São Paulo:Editora Atlas,2003.

SANTOS,Beatriz Samara, AURÉLIO, Marco Morsch.Comportamento do Consumidor.São Paulo:Pearson Prentice Hall,2005.

SCHIFFMAN, Leon G. e LAZAR, Leslie Kanuk. Comportamento do consumidor. Rio de janeiro: Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., 1997.

TELLES, André, A revolução das mídias sociais. São Paulo: M.Books, 2010.

OUTROS:

MARTINS, Cláudio. Redes sociais influenciam na decisão de compra, diz pesquisa. Disponível em: http://www.mundodomarketing.com.br/5,19464,redes-sociais-influenciam-na-decisao-de-compra-diz-pesquisa.htm. Acessado em 10/07/2011.

Referências

Documentos relacionados

O Estado de Direito pode ser conceituado como uma pessoa jurídica política, juridicamente organizada e obediente às suas próprias leis. b) o Estado, para

Artigo 1º - A escolha dos membros do Conselho Tutelar do município de Caçapava será feita através de processo seletivo eliminatório consistente em curso

Para a incorporação do lodo na formulação dos pigmentos inorgânicos, este foi caracterizado por técnicas de análise química elementar como fluorescência de raios-X e

Depois de fornecer as informações necessárias e concordar com os termos de pagamento, você poderá receber um código de ativação (“Código de Ativação”) para

São discutidas figuras de mérito relativas ao incremento da complexidade computacional em função do aumento da carga de processamento (neste caso, número de usuários ativos no sistema

Como todas as vacas dos cooperados são controladas pela empresa e como o sistema robótico de análise de qualidade do leite e o software de gestão geram milhões de informações,

Dentre os artigos contemplou-se os temas de expressões de patrimônio histórico edi- ficado, patrimônio religioso e cultural, patrimônio material e imaterial, a relação deste com

Nota-se que o abandono afetivo parental viola direitos tutelados juridicamente pela Constituição Federal, pelo Código Civil e pelo Estatuto da Criança e do Adolescente