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ENRIQUE
EDUARDC
ORTIZ
EPISIOTOMIAE
LACERAÇÃO
PERINEAL
NO
PARTO
VERTICAL
Trabalho apresentado à Universidade
Federal de Santa Catarina para a
Conclusão de Curso de Graduação
em
Medicina~
FLORIANÓPOLIS
I vfiíffgj ¿¡¿,"`.;`i:=-~~¬ íläfizffä . 515: _~~~¬.`.,'_`_:__ '\d._ E/.Ê
C
S ~M
'ÍWM/íi¿“ f TEÇÁ \_\`_`_¿ / 'xä "“~`.ENRIQUE
EDUARDO
ORTIZ
EPISIOTOMIA E
LACERAÇÃO
PERINEAL
NO
PARTO
VERTICAL
Cordenador do Curso: Professor Edson Cardoso
Orientador: Professor Luiz Femando Somacal
Co-orientador: Dr. Marcos Leite dos Santos
Trabalho apresentado à Universidade
Federal de Santa Catarina para a
Conclusão de Curso de Graduação
em
MedicinaFLORIANÓPOLIS
Ortiz, Enríique Eduardo. Episiotomia e laceração perineal no parto vertical.
Florianópolis, 1998.
iv, 37p.
Trabalho de conclusão no Curso de Graduação em Medicina, - Universidade
Federal de Santa Catarina.
“O
pré
requisito
para mover-se
naidireção correta
éque
i
profissionais
usem
rotinas
eregras
apenas
as
quais
'tiverem
mostrado
real
eficácia.”AGRADECIMENTOS
Ao meu
colega Rafael
Mariano
Gislon
da
Silva,por
sua
força
esua
paciência.
Aos
meus
orientadores Dr.
Marcos
Leite
dos
Santos,
eprofessorLuiz
Femando
Somacal.
sAos
funcionários
do
Serviço
de
Prontuários
do
Paciente
(SSP) do
HU
da
UFSC.
Ao
Serviço
de
Informática
do
HU
da
UFSC.
À
enfermagem
do
Centro
Obstétrico
do
HU
da
UFSC.
Á
secretariade Ginecologia
do
HU
da
UFSC.
J
1.
INTRODUÇÃO
... _. 2.OBJETIVOS...
3.CASUISTICA
E
IvIETODOS....
... ._ z . . | ~ o › › › u ¢ › ~ › o n ›nÍNDICE
4.RESULTADOS
... .. 5.DISCUSSÃO....
ó.CONCLUSÃO..
7.REFERENCIAS
BIBLIOGRÁFICAS.
. . . - - ‹ ‹ - ¢ ¢ » - ¢ ‹ z ‹ zu . . . « Q z n - ‹ u ~ o u o u u as 8.RESUMO
... ._ 9.SUMARY
... .. Io.APÊNDICE
... .. IV1.
INTRODUÇÃO
Este trabalho foi
desenhado
paracomparar
os resultadosda
utilizaçãoda
episiotomia
no
parto vertical,com
respeito ao risco de sofrer laceraçãodo
perineo.
Etmologicamente, episiotomia é o corte
do
pube,mas
exprime hoje asecção
do
períneo. Carter&
Wolber
(1980)definiram
a episiotomiacomo
aincisão cirúrgica
do
orificio vulvar,com
indicação obstétrica, e tendocomo
objetivo de impedir
ou
minorar o trauma dos tecidosdo
canaldo
parto,favorecendo a descida e libertação
do
feto, especiahnente de seu pólo cefálico, e~
evitar lesoes desnescesárias a que a cabeça
do
concepto está submetida pormotivo
da
impulsão violenta sofrida de encontro aum
períneo resistente 1.A
episiotomia foi trazida à obstetrícia porOuld
(1742), erecomendada
desde então por Titgem, Schultze, Scanzoni, Credé, Tarnier,
sempre
com
osimples objetivo de ajudar a libertação
do
feto, considerando-se que pudesse serdetido pela rigidez
da
região 2.Bart (1817), condenou-a.
De
Lee
e Williams durante a primeirametade do
século defenderam-na
usando
a incisãomédio
lateral 2.As
opiniões contra e a favorda
episiotomia tem-se multiplicado,sem
que
se tenha
chegado
aum
consenso.Foram
feitos diversos trabalhos relacionandoepisiotomia e laceração,
com
resultados diversos: alguns autorescom
posiçãocontra a episiotomia e outros a favor,
como
é relatado a seguir.“Mito:
Um
belo corte émelhor que
urna bela laceração. Realidade:como
todo procedimento cirúrgico a episiotomia trás consigo
uma
série de riscos, perdaa episiotomia de rotina reduziria
o
risco de trauma perineal severo e quemelhoraria a proteção
do
períneo, que previnaum
trauma fetalou
reduzao
riscode incontinência de esforço” Sleep, Roberts e Chahners,
1989
3.Dentro das 16
recomendações da
OMS
sobre condutas apropriadasno
trabalho de parto, publicadas
em
1985, encontra-se que“o
uso sistemáticoda
episiotomia”
não
é justificado 4.A
opinião deCunningham,
MacDonald,
eGant
(1989) é de que a razãoda
popularidade
da
episiotomia entre os obstetras é a substituição deuma
laceraçãopor
uma
ferida cirúrgica precisa, fácil de ser reparada, e proporcionamenor
sofrimento, por outro lado, mais a frente
no
próprio trabalho, os autoresdiscorrem sobre a gravidade das lesões de terceiros e quarto graus,
afirmando
quena
maioria das vezes as lacerações espontâneas atingemno
máximo
segundo
grau.
Segundo
Jorge de Rezende,em
sua edição de 1991: “a episiotomia é quasesempre
indispensável nas primiparturíentes” e nas multíparas nas quais tenha sidoanteriormente praticada 2.
Um
trabalho realizadona
Argentina, envolvendo2606
mulheres divididasem
um
grupo de “uso de episiotomia de rotina” e outro “seletivo”,não
encontrou diferenças entreambos
os gruposcom
respeito à incidência de laceração 6.Segimdo
Carroli&
col (1996) o uso restritivo de episiotomia,quando
comparada
com
o uso rotineiro, reduz o risco de trauma perineal severo, epôde
também
estar associada auma
melhor
condição sexual posterior.O
autor concluique
o uso rotineiro de episiotornia deve ser abandonado, e queum
índice deepisiotomia
maior que
30%
não
é justificado 7.Klein, Gauthier e col (1994),
em
um
estudorandomizado
controladocom
3
constataram que
não houve
diferença estatística significativa entre mulherescom
e
sem
episiotomia,com
relação às lacerações perineais 8.Thacker e
Banta
(1983) revisaram mais de350
artigos, e capítulos delivros,
compreendendo
os anos de1860
e 1980, enão
encontraram evidênciasconvincentes que a episiotomia previna lacerações retais,
dano
do
assoalhopélvico,
ou
trauma cefálico fetal,ou
que a feridada
episiotomia seja mais fácil dereparação que as lacerações.
Os
autores concluem,além
disto,que
caso aspacientes sejam informadas dos beneficios e riscos
do
procedimento certarnentenão
consentiriarncom
o uso rotineirodo
mesmo
Reynolds
e Yudkin,em
um
estudo feito entre1980
e1984
analisando24.439 partos, observaram que mediante a diminuição
do
uso de peridural,aumento
dos partos espontâneos, diminuiçãodo
atendimento por pessoalnão
médico, segundos estágios mais prolongados, e diminuição de episiotomias, asquais caíram de 72,6 a
44,9%
em
primíparas, e de 36,8 a 15,4em
multíparas,aumentou
a percentagem de perineos intactos, de 7,4 a13,5%
em
primíparas, e26,1 a
33,8%
em
multíparas.A
incidência de lacerações de primeiro esegtmdo
grau aumentou,
porém
as de terceiro graunão
variou 1°.A
associação entre episiotomia e laceração foi estudada por Shiono eCarey,
em
24.114 mulheres.A
freqüência de lacerações severas foi de8,3%
nasprirníparas e
1,5%
nas multíparas.Mulheres
com
episiotomia mediana,foram 50
vezes mais suceptíveis de sofrer lacerações severas, e mulheres
com
episiotomiamédio-lateral forarn oito vezes mais susceptíveis,
em
comparação
com
mulheressem
episiotomia.A
episotomia mediolateral reduziu o risco de' laceraçõesprofundas 2-,5 vezes nas primíparas, e
aumentou
em
2,4 vezes nas multíparas,comparado
com
asnão
episiotomizadas.O
uso de fórceps triplicou aParteiras britânicas
foram
classificadas pelo usoda
episiotomia em: altamédia
e baixa utilitárias de episiotomia.Um
total de2188
mulheres tiveram seuparto estudado de
forma
retrospectiva.Mulheres
que tiveram a assistência aotrabalho de parto
com
parteirascom
baixa utilização de episiotomiaforam
mais susceptíveis a teremum
períneo intato 12.Em
um
estudo,com
2706
partos espontâneos cefálicos, o uso deepisiotomia
mediana aumentou
o risco de laceraçãonove
vezesem
nulíparas, 3vezes
quando
realizado por médicos, e 2,5 vezesquando
a episiotomia foirealizada por parteiras 13.
Legino
em
1988 demonstrou
mediante seu trabalho que oaumento
delacerações de terceiro grau acontecia
quando
em
lugar de usar a episiotomiamédio-lateral era
usada
amediana
14.Em
um
estudocomparando
dois grupos de mulheres de característicassimilares,
686
atendidaspor
parteirasem
uma
matemidade,
e 57 6 partosatendidos por residentes de obstetrícia,
em
um
hospital nas proximidades;na
maternidade a taxa de episiotomia foi
menor
queno
hospital das proximidades,para primiparas
(82,7%
versus 95,6) e para multíparas(44,9%
versus 76,8%).Após
ajustadas as diferenças institucionais atraves de outras variáveis, mulherescom
episiotomia sofreramum
marcanteaumento da
probabilidade de laceraçõesde terceiro grau.
Segundo
o autor,dado
estes resultados, sérias questõespodem
ser levantadas quanto ao uso rotineiro
da
episiotornia 15.Gass
et al (1986) aoexaminarem o
efeitoda
episiotomia sobre aslacerações,
agruparam
mulheres que tiveram partos espontâneos(N
=
205
partos), tanto
com
ou
sem
episiotomia, por idade (entre 18 e24
anos), paridade (entre O e 2), e pesoda
criança (dentro deuma
variação de 200g).AO autor considerou
que
um
períneo intatosem
episiotomiaou
lacerações era equivalente a5
das mulheres
com
episiotomia tiveram lacerações; entretanto, as mulheressem
episiotomia tiveram lacerações
em
78
i
5%
dos casos 16.Em
um
trabalhoda
Universidadeda
Califórnia,San
Francisco,USA,
entre1976
e 1994, foiexaminado
a associação entre o parto vaginal espontâneo,morbidade
perineal e episiotomia, de17483
partos.O
uso de episiotomia caiusignificativamente, de
86,8%
para 10,4%. Estamudança
foi associadacom
Lunaqueda
nas lacerações de terceiros e quarto graus, eaumento na
freqüência deperíneos intatos
10,3%
para26,5%,
eum
aumento' de lacerações vaginais de5,4%
para19,3%
”.A
conclusão demn
trabalho realizado porGolden
eSanchez
(1996),hospitais e
médicos
com
altas taxas de lacerações de terceiros e quarto grausdeveriam examinar
o
uso de episiotomia,em
particular a mediana, quesegundo
ele é associado
com uma
incidênciaaumentada
dasmesmas
18.O
efeitobenéfico da
episiotomiaem
reduzir lacerações perineais durante oparto foi inquirido por
Fernando
et al (1995),que
testaram a hipótese de quenão
havia associação entre a episiotomia e a incidência de lacerações perineais, nos
procedimentos realizados
em
uma
maternidade entre1984
e 1991; todas as vezesem
que
o parto foinão
instrumentalnão
pôde
serdemonstrado
nenhuma
reduçãona
incidência de laceraçãocom
o usoda
episiotomia 19.H
Através de
um
programa
continuo de melhoriada
qualidade,em
um
hospital universitário londrino,
com
102médicos
de família, a quantidade deepisiotornia foi reduzida de
44,5%
para 33,3%. Esta redução produziu nasprirníparas urna diminuição
da
taxa de lacerações perineais, eum
aumento do
níunero de mulheres
com
períneo intato. Estes beneficiosnão foram
vistosem
mulheres multíparas
que
já tinham episiotomiano
parto anterior,onde
apossivelmente. devido ao fato. que a área de cicatrização tenha
menor
elasticidade”.
No
Royal
Women°s`. Hospital 9539 mulheres participaram de investigaçãopara detemiinar a incidência eo resultados perineal
da
episiotomia.A
episiotomiateve
uma
diminuição'de
65
%
em
1986
para36
%
em
1992. Isto foiacompanhado
porum
aumento na
incidência de períneos intatos e laceraçõesespontâneas.
Não
houve
diferençana
incidência de lacerações de terceiro grauespontâneas 21.
Com
o objetivo de determinar fatores de risco de lacerações perineais epara gerar
recomendações
para sua prevenção foi realizadoum
estudoretrospectivo
em
um
hospitalna
Holanda, sendocomparados
120 casos de partoscom
lacerações e720
sem.Nas
conclusões foi encontrado vários fatores de riscopara laceração
do
esfinter anal, mulheres nulíparaestavam
em
mais alto riscoque
mulheres multíparas, episiotomiamédio
lateralpôde
salvar o esfinter e portantoprevenir lacerações profundas 22.
Em
uma
revisão retrospectiva de8647
partos realizadosem
cinco centrosmédicos
durante 1991 e 1992, pesquisadoresda
Universidade de Wisconsin-Madison
encontraram associação entre o uso de episiotomia eo aumento
delacerações perineais, sendo
que
as causas mais freqüentes para o usoda
episiotomia
foram
a nuliparidade e o uso de fórceps 23.Em
um
estudo de parto vaginalcom
ou
sem
episiotomia, realizadona
Itáliapor
um
grupo de girrecologistas, chegou-se à conclusãoque
este procedimento éfavorável especialmente
em
primíparas, entretantonão
necessariamente aepisiotomia de rotina
pode
ser justificada 24.Klein et al
em
dois estudos (1994; 1995)demonstraram
relação causalclara entre episiotomia e lacerações de terceiros e quarto grau.
A
maior parte dast-_,-T3 Ei ::;-.s lšã'
1 _ Ç. <f,§.;_ 7
Para avaliar a associaçao entre episiotomia mediolateralwe laceraçoes
perineais nas mulheres prímiparas
foram
controlados6522
partoscom
fetoem
apresentação cefálica,
em
um
estudo retrospectivona
cidade de Quebec.Episiotomia
mediana
foi realizadaem
4390
mulheres (67 ,3%);um
total de1002
mulheres (15,4%) tiveram lacerações de terceiros e quarto graus
A
freqüência delacerações severas foi de
20,6%
com
episiotornia e4,5% sem
a episiotomia.Na
conclusão, a episiotomia
mediana
é fortemente associada às lacerações perineaisnas mulheres prírniparas 27.
H
Em
um
estudona
Maternity Unity, Royals Berkshire Hospital,1000
mulheres
foram
selecionadas demodo
aleatório para dois tipos de política demanejo
perineal,ambas
com
o objetivo de minimisaro
trauma durante o partovaginal espontâneo.
Uma
das políticas foi a restriçãoda
episiotomia paraindicações fetais, enquanto que para o outro grupo a operação foi
usada
demodo
mais liberal, para prevenir as lacerações perineais.Um períneo intacto foi mais
comum
entre aquelas queforam
conduzidas demodo
restritivo .O autor concluiuque seu estudo
dá
pouco
suporte para o uso liberalda
episiotomia 28.Observando
estas contradiçõesna
literatura obstétrica a respeitodo
usoou
não
de episiotomia etambém
oaumento
crescentena
adesão de profissionais aouso rotineiro
do
parto vertical, foi despertado o interesseem
conhecer a relaçãoque
a episiotomia poderia ter neste sistema de atendimento ao parto quanto àprevenção
da
laceração perineal.2.0BJETIVO
Análise
do
risco de lacerações perineais, relacionado á praticada
episiotomia,
na
assistência aopano
Vaginalna
posição vertical,na
maternidade
do
Hospital Universitárioda
UFSC
entre janeiro de1996
e janeiro de 1998.9
3.
MÉTODO
Realizou-se
um
estudo de coorte,não
concorrente.Foram
selecionadas todas as pacientesque
tiveram' parto verticalna
maternidade
do
HU
da
UFSC
nos anos de 1996, 1997 e janeiro de 1998, cujosprontuários
foram
encontrados e corretamente preenchidos,num
total de 406.A
amostra foi selecionada a partirdo
livro de registro de nascimento departo vertical
do
Centro Obstétricodo
HU
da
UFSC.
Posteriormente, revisarem-se os prontuários
médicos
dessas pacientesno
Serviço de Prontuáriodo
Paciente(SPP),
no
alojamento conjunto ena
secretaria de ginecologiado
HU
da
UFSC.
Utilizou-se a
ficha
de História Clínica PerinatalBase
preconizada peloCentro Latino
Americano
de Perinatologia(CLAP),
para coleta dedados
(Apêndice 01).As
variáveismatemas
utilizadas para o estudo foram: episiotomia elaceração;
foram
relacionadascom
pesodo
concepto ( maiorou
menor
que
3500g), e paridade,
não foram
considerados graus de laceração devido a falta deinformação nos prontuarios. Paralelamente analisou-se os dados avaliando-se a
integridade
do
períneo, considerandoum
períneo pós-episiotomiacomo
um
períneo
não
íntegro. 1Os
dados
obtidosforam
digitados e analisados pelo-Sistema de Informática4.RESULTADOS
Foram
estudados406
partos verticaisno
período pré-estabelecido, tendosido realizada episiotomia
em
179 pacientes (44,10 %), eem
227
(55,9%)
não.Do
total,225
pacientes apresentaram laceraçãodo
períneo (55,4 %), e 181não
(44,6 %).
Das
pacientes submetidas à episiotomia36
sofleram
laceração (8,9 %),e 143
não
(35,2%); naquelasemique
tal procedimentonão
foi realizado 189laceraram (46,6%), e
em
38
não ocorreram (9,4%)(Gráfico
1; Tabela I; XI).Tabela 01 - Distribuição
da
associação entre episiotomia e laceração,no
partovertical.
Fator
Com
LaceraçãoSem
Laceração TotalEpisiotomia
Sim
36
143 179Épisiowmia
Nâo
13938
227
Total
225
181406
Comparando-se
a distribuição da laceração nos gruposcom
esem
episiotomia através
do
testedo X2
foi encontradouma
probabilidade de mais de99,9%
para a heterogeneidade entre os grupos(p<
0.01)._
A
medida
de associação entre episiotomia e laceração nos grupos foi 0,24(Risco Relativo),
com
um
intervalo de confiança de95%
entre 0,18 a 0,3311 (4) epiNIacN 9,4% (1) epiSIacS (3) igllèlol/:‹=S 8,9% I epiSIacS (2) epISIacN I ep¡SIacN 35,2% I epiNIacS I EpiNIacN
Gráfico
I- Distribuição percentual das pacientes (I)com
episiotomia elaceração (epíSlacS), (2) episiotomia
sem
laceração (epiSlacN), (3)sem
episiotomia e
com
laceração (epiNlacS), e (4)sem
episiotomia esem
laceração(epiNlacN).
Com
relação à paridade,53,2% (N
=
216) das pacienteseram
nulíparas, e46,8
%
(N
=
190) multíparas.Entre as nulíparas, 113 pacientes (52,3
%)
tiveram episiotomia, e 103 (47,7%)
não, 117 pacientes apresentaram laceração (54,2 %), e99 não
(45,8 %).As
nulíparas que tiveram episiotomiacom
laceraçãoforam 27
(l2,5 %),episiotomia
sem
laceração 86 (39,8 %), quenão
tiveram episiotomia e laceraram90
(41,7 %), e quenão
tiveram episiotomia enão
laceraram 13 (6,0%)
(Gráfico
2; Tabela II; XI).
Comparando-se
a distribuiçãoda
laceração nas pacientes nulíparascom
esem
episiotomia atravésdo
testedo X2
foi encontradouma
probabilidade de maisde
99,9%
para a heterogeneidade entre os grupos(p<
0.01).A
medida
de associação entre episiotomia e laceração entre as nulíparas foi0,27 (Risco Relativo),
com
um
intervalo de confiança de95%
entre 0,20 a 0,38Tabela II - Distribuição
da
associação entre episiotomia e laceração, naspacientes nulzparas,no parto vertical.
Fator
Com
LaceraçãoSem
Laceraçãom TotalEpisiotomia
Sim
27
86 1 13 ÉpiSi‹›1‹›mizNâ090
13 103 T‹›1a1 11799
216
(4)epiN1acN 6% (3) epINIacS 41,7% (1) epiSIacS 12,5% I epiSIacS I epislacu (2) eniSI=‹=N n epimaes 395% I EpiN|a‹:NGráfico
2
- Distribuição percentual das pacientes nulíparas (I)com
episiotomiae laceração (epiSlacS), (2) episiotomia
sem
laceração (epiSlacN), (3)sem
episiotomia e
com
laceração (epiNlacS), (4) esem
episiotomia esem
laceração(epiNlacN).
Entre as multíparas
66
pacientes (34,7%) tiveram episiotomia, e 124(65,3%) não. 108 pacientes apresentaram laceração (56,8 %), e 82
não
(43,2 %).Das
pacientes que tiveram episiotomia 9sofieram
laceração (4,7%) e 57não
(30%)
das quenão
tiveram episiotomia99
laceraram (52,l%), e 25não
(l3,2%)(Gráfico
3; Tabela III; XI).13
Tabela III - Distribuição
da
associação entre episiotomia e laceração,em
pacietes multíparas,
no
parto vertical.Fator
Com
LaceraçãoSem
Laceração TotalEpisiotomia
Sim
9
I
57
66
Épisiotomia
Não
99
25 124Total 108 82 190
Comparando-se
a distribuiçãoda
laceração nas pacientes multíparascom
esem
episiotomia atravésdo
testedo X2
foi encontradouma
probabilidade de maisde
99,9%
para a eterogeneidade entre os grupos(p<
0.01).A
medida
de associação entre episiotomia e laceração entre as multíparasfoi 0,17 (Risco Relativo),
com
um
intervalo deconfiança
de95%
entre 0,09 a0,32 (Taylor Séries). (3)EPiNlf°S (4) EpiN|acN 524 Á' 13,2% _ (1) ep|SIacS 4,1% (2) ep¡S|acN Iepislzcs 3°% I epiSIacN I epiNIacS I EpiN|acN
Gráfico 3 - Distribuição percentual das pacientes multzparas (I)
com
episiotomia e laceração (epiSlacS), (2) episiotomia
sem
laceração (epiSlacN),(3)
sem
episiotomia ecom
laceração (epíNlacS), (4) esem
episiotomia esem
Conforme
o pesodo recém
nascido dividiu-se as pacientesem
dois grupos: até3500 g foram
um
total de283
RN
(69,7%) e maiores de3500 g
123RN
(30,3%), de
um
total de406
partos verticais.Das
pacientes que tiveramrecém
nascido demenos
de3500g
(283) 113tiveram episiotomia (39,9%), e 160
não
(60,l%).Das
que tiveram episiotomia26
laceraram (9,19%), e
97 não
(34,27%).Das
quenão
tiveram episiotomia 128laceraram (42,23%), e
32 não
(11,31%)(Gráfico
4; Tabela IV; XI).Comparando-se
a distribuiçãoda
laceração nas pacientes que tiveramrecém
nascidoscom
menos
de3500g
com
esem
episiotomia atravésdo
testedo
X2
foi encontradouma
probabilidade de mais de99,9%
para a heterogeneidadeentre os grupos
(p<
0.01).Tabela
IV
- Distribuiçãoda
associação entre episiotomia e laceração,em
pacientes
com
recém
natocom
menos
de
3 5 00g,no
parto vertical.Fator
Com
LaceraçãoSem
Laceração TotalEpisiotomia
Sim
26
97
123Épisiowmia
Nâo
12832
ióoTotal 154 129
283
A
medida
de associação entre episiotomia e laceração entre as pacientescom
recén nascidoscom
menos
de3500g
foi 0,26 (Risco Relativo),com
um
intervalo deconfiança
de95%
entre 0,19 a 0,37 (Taylor Séries).15 PHCÍGÍIÍBS 1 14°- I RN <35oo g que Iaceraram 12°' I RN < 35009 que não Iaoeraram 1 00- 80- 60- 40- 20-
com episio (113) sem epnsio
Gráfico
4 - Total de pacientesque
tiveram parto verticalcom
RN
menor
que
3500
g.com
esem
episiotomia, ecom
esem
laceração.Entre as pacientes que tiveram
recém
nascido de mais de3500g
(123) 56tiveram episiotomia (45,5%), e
67 não
(55,5%).Das
que tiveram episiotomia 10laceraram (8,1%), e
46 não
(34,27%).Das
quenão
tiveram episiotomia 61laceraram (42,23%), e 6
não
(11,31%)(Gráfico
5; TabelaV;
XI).Tabela
V
- Distribuiçãoda
associação entre episiotomia e laceração,em
pacientes
com
recérninatomaior que 350OgWno
parto vertical.Í q q N
Fator
Com
LaceraçãoSem
Laceração Total4Episiotomia“Sim 107
46
56Épisiotomia
Não
61 667
Total 71 52 123
Comparando-se
a distribuiçãoda
laceração nas pacientescom
recém
. . . , 2 .
encontrado
uma
probabilidade de mais de99,9%
para a heterogeneidade entre osgrupos
(p<
0.01).A
medida
de associação entre episiotomia e laceração entre ascom
recém
nascidos maiores que
3500g
foi 0,20 (Risco Relativo),com
um
intervalo deconfiança
de95%
entre 0,11 a 0,35 (Taylor Séries).Pacientes 7°' 61 IRN>35oogqu |30eI'8Í'3I'ÍI 5°- I RN > 35009 que não Iaceraram 5°- 40- 30- 2°' 1o 10-
i
com episio_
sem epiäoGráfico 5 - Total
de
pacientesque
tiveram parto verticalcom
RN
maior que
3500
g:com
esem
episiotomia, ecom
esem
laceração.Dos
partos que tiveramrecém
nascido demenos
de3500 g
166 (58,7%)foram
de nulíparas, e 117 (41,3%) multíparas.Das
nulíparas que tiveramrecém
nascido demenos
de3500g
(166) 84~_~,.-.__~
_ ÍEfàmm te Ciências da .wide-UFSC
im
efi3iL1CoStÉÉiVi›z 17laceraram (27,4%), e 61
não
(36,75%).Das
quëT1:?1i`‹íi'five'ra'm"` “e ` iotornia 71laceraram (42,77%), e 11
não
(6,63%)(Gráfico
6; Tabela VI; XI).Comparando-se
a distribuição da laceração nas pacientes nulíparas ecom
recém
nascidomenor
que3500g
com
esem
episiotomia atravésdo
testedo X2
foiencontrado
uma
probabilidade de mais de99,9%
para a heterogeneidade entre osgrupos
(p<
0.01).Tabela VI - Distribuição
da
associação entre episiotomia e laceração,em
pacientes nulíparas,
com
recém
natomenor
que 35
00g,no
parto vertical.Fator
Com
LaceraçãoSem
Laceração TotalEpisiomima
sim
23 61 ii ii ii84
Épis1<›wmizNâ‹› 71 11 82Tmal
94
72
ióó Pacientes 80_ 71 I Nulíparas com RN < 35009 que Iaceraram 70- I Nulíparas com 6o_ RN < que 3500 que nao Iaceraram 5()_ 4°.. 2 so- 3 zo- 10-z
-lí
COIII GPISO
šm
GPISOGráfico
6
- Totalde
pacientes nulíparasque
tiveram parto verticalcom
RN
A
medida
de associação entre episiotornia e laceração entre as nulíparas ecom
recém
nascidomenor
que3500g
foi 0,32 (Risco Relativo),com
um
intervalode
confiança
de95%
entre 0,22 a 0,45 (Taylor Séries).Entre as multíparas que tiveram
recém
nascido demenos
de3500g
(117)39
tiveram episiotomia (33,3%), e 78não
(66,7%).Das
que tiveram episiotomia03 laceraram (2,56%), e
36 não
(30,77%).Das
que
não
tiveram episiotomia 57laceraram (48,72%), e 21
não
(17,95%)(Gráfico
7; Tabela VII; XI).Tabela VII - Distribuição
da
associação entre episiotomia e laceração,em
pacientes multzjaaras
com
recém
natomenor
que 35
00g
no
parto vertical.Fator
Com
LaceraçãoSem
Laceração TotalEpisiotomia
Sim
336
39
Épisiowmia
Nâo
57 21 78Total
óo
57
1 17Comparando-se
a distribuição da laceração nas pacientes multlíparas ecom
recém
nascidomenor
que3500g
com
esem
episiotomia atravésdo
testedo X2
foiencontrado
uma
probabilidade de mais de99,9%
para a heterogeneidade entre osgrupos
(p<
0.01).A
medida
de associação entre episiotomia e laceração entre as multíparas ecom
recém
nascidomenos
que3500g
foi 0,11 (Risco Relativo),com
um
intervalo19 Pacientes 57 60- I Multíparas com RN <3500g que Iaceraram 50.. I Multíparas com RN <3500g que não Iaoeramm 40- 30- 20- 1 0-
gi
com episio sem episioGráfico 7 - Total de pacientes Multíparas
que
tiveram parto verticalcom
RN
menor
que
3500
g:com
esem
episiotomia, ecom
esem
laceração.Dos
partos que tiveramrecém
nascido de mais de3500 g
50 (40,7%)foram de nulíparas, e 73 (59,3%) multíparas.
Das
nulíparasque
tiveramrecém
nascido maior de3500g
(50)29
tiveramepisiotomia (58%), e 21
não
(42%).Das
que tiveram episiotomia 4 Iaceraram(8%), e 25
não
(50%).Das
quenão
tiveram episiotomia 19 Iaceraram (38%), e 2não (4%) (Gráfico
8; Tabela VIII; XI).Tabela VIII - Distribuição
da
associação entre episiotomia e laceração,em
pacientes nuliparas
com
recém
natomaior que
3_§00g,no
parto vertical.Fator
Com
LaceraçãoSem
Laceração TotalEpisiommiz
sim
4
I
25
29
Épisiotomia
Não
19 2 2120
Comparando-se
a distribuiçãoda
laceração nas pacientes nulíparas ecom
recém
nascido maior que3500g
com
esem
episiotomia atravésdo
testedo X2
foiencontrado
uma
probabilidade de mais de99,9%
para a eterogeneidade entre osgrupos
(p<
0.01).A
medida
de associação entre episiotomia e laceração entre as nulíparas ecom
recém
nascido maior que3500g
foi 0,15 (Risco Relativo),com
um
intervalode
confiança
de95%
entre 0,06 a 0,38 (Taylor Séries).Pacientes 25- I Nulípans com RN >3500g que laceraram 20- I Nulíparas com RN ›3500g que não laceraram 1 5- 10- 5-
_
com eplslo
_
sem eplsloGráfico
8
- Total de pacientes Nulíparasque
tiveram parto verticalcom
RN
~
maior que
3500
g.:com
esem
episiotomia, ecom
esem
laceraçao.Entre as multíparas que tiveram
recém
nascido de mais de3500g
(73)27
tiveram episiotomia (37%), e
46 não
(63%).Das
que tiveram episiotomia06
laceraram (8,22%), e 21
não
(28,77%).Das
quenão
tiveram episiotomia42
21
Tabela
IX
- Distribuiçãoda
associação entre episiotomia e laceração,Lflulfélfflrâfâsfiflm reâémiflafv
mflivrqye
35003»"Q
PMO
vezífíçelzs os s_ sFator
Com
LaceraçãoSem
Laceração TotalÉpisiotomia Sini ii "W il Í GF
M
21 Í Í279%
ÉpisiotomiaNão
42
4
46
Total48
25 73Comparando-se
a distribuiçãoda
laceração nas pacientes multíparas ecom
recém
nascido maior que3500g
com
esem
episiotomia atravésdo
testedo X2
foiencontrado
uma
probabilidade de mais de99,9%
para a heterogeneidade entre osgrupos
(p<
0.01). Pacientes 42 45- I Multíparas com RN >3500g que 40_ Iaceraram 35_ I Multíparas com RN >3500g que 3° não Iaoeralam 25- 20- 1 5- 10- 5-aí
.|.__. 00m EDISOäm
GPISOGráfico
9
- Totalde
pacientes Multíparasque
tiveram parto verticalcom
RN
«z~.m»›»z‹zt\=«.~.~.z.z.zzz--_~_, _» z-.-.f.-zz-+.=.f-fi-.âzlzzfeéz-'.¬';.fézf-z.v....i....›«,..~wwz\»4›«¬»›\~.‹‹z›z-zvøize.-f-4.-«L-¢z»zz‹zz‹zzz_-=iz+zz¬¿‹z.\z.«,.zz»zz»z.i,zz‹‹'~~'‹‹‹~‹‹‹-wz..z.~zf- ze ---~-_~zzz«zzz¬z.rzi.‹vz,\if,\zfz=›‹z=|zmwzw.‹\=~#~~f~~-
A
medida
de associação entre episiotomia e laceração entre as multíparas ecom
recém
nascido maior que3500g
foi 0,24 (Risco Relativo),com
um
limite deconfiança
de95%
entre 0,12' a. 0,50 (Taylor Séries). 'Avaliando-se a integridade
do
períneo relacionada à ocorrência delaceração
ou
realizaçãoda
episiotomia, dos406
partos verticais368
pacientestiveram alteração
da
integridadedo
períneo, sendo 189 espontâneas, e 179episiotomisadas.
Como
a episiotomia foi consideradauma
alteraçãoda
integridade
do
períneo as pacientes as pacientes que tiveram episiotomianenhuma
teve o períneo íntegro, das quenão foram
episiotomisadas,38
apresentaramo
períneo íntegro (tabela X).Tabela
X-
Distribuiçãoda
associação entre alteraçãoda
integridade perineal ea
práticada
episiotomiano
parto vertical, considerando-sea
episiotomiauma
tttt
1,
noFête;
iiiiiiiiiiiiii__,
_____ !iâ1í11âql¶ã9_Í11tâg¿<L,13§£í!1§9.iI1tLg5Q iiiiiii §1`@.,._.., iiii ,.i.,i,._,Episiotomia
Sim
179 0- 179Episiotomia
Não
- ~189
38
227
wi-Em zz~g«zizzz¢.z ›zzzz‹.»».
A
incidência global de alteraçãoda
integridade perínealna
populaçãoestudada foi
90,6%,
a incidência entre os expostos foi de100%,e não
expostos83,26%.
Comparando-se
a distribuiçãoda
alteraçãoda
integridade perinealcom
esem
episiotomia, considerando a -episiotomiauma
forma
de alteraçãoda
integridade
do
períneo atravésdo
testedo X2
foi encontradouma
probabilidadede mais de
99,9%
para a heterogeneidade entre os grupos (p<
0.01).A.
medida
de associação entre episiotomia alteração 'na integridade perineal23
(Taylor Séries).
O
Risco Atribuível foi de16%,
e o Risco Atribuívelna
População Percentual foi 90,8%.
Amëwm Vs_`^_¿lV mod u_u Qmoãouemmm u_u _?/E as M ñãâucoo ow Oëšš ošoämoh 2% ogwãâaog Não ozšom coma O gv 8E__wñ> ãdšdv cqíõdv Qqqâov êuãâv Aâdšdv šdáä ^Nqão_dV Aäoloqov ^Q^ã_ä Dgšom gd
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3
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Aëxãšw šãääva šâä šäâgg šqâvš gm amam _`flfl_ I; ` ‹ gm OWQÊOQH ÀÊAÉNMWVM
ÀÉMÁNV ÊQÊMN¿_^§HmVÀOm 1 ^Ax_£M®¿wN¬ ¬ Ašgëšm MQx_m¶N_:\NÊ~ Aša www iuãmcädm *woomw *woâv *WOOWMA *wošv *WCÊA *woommv mgmnãsã mmäâsz ECF *me_N%__=2 *mwäšsz *šorñ M ¬¬¬¬¬ `°Ê§§_ gëš ãgšbsM
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ëšñšq OÊQKÊEÉ su Nâä Qššm IN* Sšã25
5
-DISCUSSÃO
Em
nossa casuística encontramosum
índice de episiotonria de44,10%.
Segundo
algtms pesquisadores,o
índice de episiotomia está diretamenterelacionado ao trauma perineal severo U* 07; 15. Para Caroli e col.
um
índice de
episiotomia maior que
30%
é inaceitável 7.Por
outro lado, algtms estudostêm
documentado
um
aumento na
incidênciada
laceração. perineal espontânea deprimeiro e segrmdo grau
com
a diminuiçãodo
índice de episiotomia, e associaçãoda
diminuição de episiotomiacom
oaumento
de perineos íntegros e diminuiçãode lacerações de terceiro e quarto grau 213730.
Em
nossa casuística8,9%
dasmulheres
com
episiotomia sofreram laceração,35,2%
tiveram episiotomia enão
laceraram, enquanto que
46,6%
dasnão
episiotomisadas laceraram, e9,4%
não
tiveram episiotomia e
não
lacerararn. Estes resultadosprovaram
ser heterogêneosatravés
do
testedo
qui quadrado (p<0.001).A
medida
de associação entreepisiotomia e laceração foi 0,24 (RR), indicando que mulheres
com
episiotomiaforam
4,17 vezesmenos
susceptíveis à laceração que aquelasnão
episiotomisadas.
Gass
e coltambém
chegaram
aum
resultado semelhante,em
um
trabalho controlado,
no
qual o grupo de mulheres episiotomisadassofieu
menor
laceração
que o
grupo episiotornisado 16.Um
problema
adicional surge quanto ao
nível de laceração,
que
segundo alguns trabalhos se comportaria deforma
heterogênea
no
grupo episiotomisado enão
episiotomisado 15,porém
devido àqualidade dos prontuários
não
foi possível incluir esta variávelno
estudo. Outroponto seria o tipo de episiotomia usado,
uma
vez que foi demostrado correlaçãoentre esta variável e
o
grau de laceraçãodo
períneo 14.No
`
C C s -
M
I
BIBLIOTECA 26
do
HU
daUFSC
utiliza-se a episiotomiamédio
lateral, que teriauma
menor
tendência a associar-se
com
dano
perineal que a episiotomia mediana.Vários são os fatores que
atuam
sobre o períneono
decursodo
trabalho departo,
podendo
contribuir para a laceraçãodo
mesmo
7.Em
nossa casuísticacomparamos
os resultados, quanto à laceração, entre primíparas, multíparas, eigualmente entre parturientes cujos recém-natos
pesaram
maisou
menos
de
3500g.
A
divisão das pacientes entre prirníparas e multíparas écomum
nosestudos sobre a integridade
do
períneo pós parto.Tem
sido demonstradoque
um
maior
aumento
de períneos íntactos ocorre nas multíparasem
relação às primíparas,quando
opta-se poruma
política de restriçãoda
episiotomia 1°.Por
outro lado, tem-se demonstrado urna maior incidência de laceração
em
multíparasquando
o procedimentonão
é realizado 2°.Em
nossa casuística,12,5%
das nulíparascom
episiotornia sofreramlaceração,
39,8%
das nulíparas episiotomisadasnão
laceraram, enquanto que41,7%
das nulíparasnão
episiotomisadas laceraram, e6%
das quenão
tiveramepisiotomia
não
lacerararn. Estes resultadosprovaram
ser heterogêneos atravésdo
testedo
qui quadrado (p<0.00l).A
medida
de associação entre episiotomia elaceração foi 0,27 (RR), indicando que nulíparas
com
episiotomiaforam
3,70vezes
menos
susceptíveis à laceração que aquelasnão
episiotomisadas.Entre as multíparas
4,7%
das submetidas à episiotomia sofreram laceração,30%
das multíparas episiotomisadasnão
sofrerarn, enquanto que52,1%
dasnão
episiotomisadas laceraram, e
13,2%
não
tiveram episiotomia enão
laceraram.Estes resultados
provaram
ser heterogêneos atravésdo
testedo
qui quadrado(p<0.00l).
A
medida
de associação entre episiotomia e laceração foi 0,17 (RR),indicando que multíparas
com
episiotomiaforam
5,88 vezesmenos
susceptíveis à_ 27
Entre as parturientes
com
recém
nascidomenor
que 3500g,9,19%
com
episiotomia sofreram laceração,
34,27%
tiveram episiotomia enão
laceraram,enquanto que
42,23%
das parturientes desse gruponão
episiotomisadaslaceraram, e
11,31%
não
tiveram episiotomia enão
laceraram. Estes resultadosprovaram
ser heterogêneos atravésdo
testedo
qui quadrado (p<0.001).A
medida
de associação entre episiotomia e laceração foi
0,26%
(RR), indicando queparturientes
com
recém
nascidomenor
que3500g
com
episiotomiaforam
3,85vezes
menos
susceptíveis à laceração que aquelasnão
episiotomisadas.No
grupo das parturientescom
recém
nascido maior que 3500g,8,1%
das queforam
submetidas à episiotomia sofreram laceração,37,4%
tiveramepisiotomia e
não
laceraram, enquantoque
49,6%
dasnão
episiotomisadaslaceraram, e
4,88%
não
tiveram ,episiotomia enão
laceraram. Estes resultadosprovaram
ser heterogêneos atravésdo
testedo
qui quadrado (p<0.001).A
medida
de associação entre episiotomia e laceração foi 0,20 (RR), indicando que
parturientes
com
recém
nato maior que3500g
com
episiotomiaforam
5 vezes~
menos
susceptíveis à laceraçaoque
aquelasnão
episiotomisadas.No
grupo das nulíparascom
recém
natomenor
que 3500g,13,85%
com
episiotomia sofreram laceração,
36,75%
tiveram episiotomia enão
laceraramenquanto
que
42,77%
dasnão
episiotomisadas laceraram, e6,63%
não
tiveramepisiotomia e
não
laceraram. Estes resultadosprovaram
ser heterogêneos atravésdo
testedo
qui quadrado (p<0.001).A
medida
de associação entre episiotomia elaceração foi 0,32 (RR), indicando que nulíparas
com
recém
natomenor
que3500g
com
episiotomiaforam
3,12 vezesmenos
susceptíveis à laceraçãoque
aquelas
não
episiotomisadas.No
grupo das nulíparascom
recém
nato maiorque
3500g,8%
com
episiotomia sofreram laceração,
50%
tiveram episiotomia enão
laceraram,28
episiotomia e
não
laceraram. Estes resultadosprovaram
ser heterogêneos atravésdo
testedo
qui quadrado (p<0.001).A
medida
de associação entre episiotomia elaceração foi 0,15 (RR), indicando
que
nulíparascom
recém
nato maior que3500g
com
episiotomiaforam
6,67 vezesmenos
susceptíveis à laceração queaquelas
não
episiotomisadas.No
grupo das multíparascom
recém
natomenor
que 3500g,2,56%
tiveramepisiotomia e sofreram laceração, enquanto
que
30,77%
tiveram episiotomia enão
laceraram.48,72% Das
pacientes quenão
tiveram episiotomia laceraram, e17,95%
quenão
tiveram episiotomianão
laceraram. Estes resultadosprovaram
ser heterogêneos através
do
testedo
qui quadrado (p<0.001).A
medida
deassociação entre episiotomia e laceração foi 0,11 (RR), indicando que multíparas
com
recém
natomenor
que3500g
com
episiotomiaforam
9,09 vezesmenos
susceptíveis à laceração que aquelas
não
episiotomisadas.No
grupo das multíparascom
recém
nato maior que 3500g,8,22%
com
episiotomia sofreram laceração, enquanto
que
28,77%
das episiotomisadasnão
laceraram. 57,53%.
Das
pacientes quenão
tiveram episiotomia laceraram, e5,48%
quenão
tiveram episiotomianão
laceraram. Estes resultadosprovaram
ser heterogêneos atravésdo
testedo
qui quadrado (p<0.001).A
medida
deassociação entre episiotomia e laceração foi 0,24 (RR), indicando que multíparas
com
recén nato maior* que3500g
com
episiotomiaforam
4,17 vezesmenos
susceptíveis à laceração que aquelas episiotomisadas.
Conforme
exposto,não
se considerando a episiotomiauma
laceração,independente de paridade,
ou
pesodo
concepto, a práticada
episiotomia pareceestar relacionada a
um
menor
índice de laceraçãodo
períneo, nas partruientesque optaram pelo parto vertical
no
HU
daUFSC
no
período de1996
a Janeirode 1998.
Se consideramos a episiotomia
como
uma
alteraçãoda
integridadedo
períneo29
incidência entre os expostos foi de
100%;
a incidência entre osnão
expostos foide 83,26%.
A
vista destes resultados as episiotomizadas estariam 1,2 vezes maisexpostas a alteração
da
integridade perineal que aquelas quenão foram
submetidas à episiotomia.
O
excesso de risco atribuível à episiotomia foiestimado
em
16%,
o que vale dizer que a simples alteração desta rotina permitiria30
6
-CONCLUSÃO
Nossos
resultadosmostram
que a episiotomia diminui a laceraçãodo
perineo
no
parto vertical,na matemidade do
Hospital Universitarioda
UFSC,
independente
da
paridadeou do
pesodo
recém
nato.i
- Considerando-se a episiotomia
uma
alteração
da
integridadedo
períneo asepisiotornizadas estariam mais expostas à alteração
da
integridade perinealque
31
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35
8
-RESUMO
EPISIOTOMIA
E
LACERAÇÃO
PERINEAL
NO
PARTO
VERTICAL.
Enrique
Eduardo
Ortiz, Universidade Federal de Santa Catarina(UFSC),
Faculdade de Medicina.Rua
Santa LuziaNo
97, Trindade, Florianópolis, SantaCatarina, (0492-233149).
Objetivo: Verificar a relação entre
o
usoda
episiotomia, a integridade perineale a incidência de lacerações, para mulheres que tiveram parto vertical
na
maternidade
do
Hospital Universitárioda
Universidade Federal de Santacatarina, da
1996
a janeiro da 1998. ~O
Método
:A
amostra estudada (406 mulheres), foi estradificada de acordocom
paridade (multíparas e nulíparas) e peso
do
concepto ao nascimento (abaixoou
acima
de 3500g).Os
dadosforam
obtidos a partir dos registrosmédicos
dospacientes.
A
associação entre episiotomia e laceração perineal foi determinadapelo risco relativo. Paralelamente avaliou-se a integridade
do
períneoconsiderando-se
um
períneo pós-episiotomiamn
períneonão
íntegro.H
Resultados:
Nos
grupos estudados o risco relativo para laceraçãodo
períneoassociado à episiotomia variou entre 0,11 e 0,32.
No
casoda
episiotomia serconsiderada
uma
alteraçãoda
integridadedo
períneoo
risco relativo associado àepisiotomia para a alteração
da
integridade perineal foi de 1,2.Conclusão:
O
usoda
episiotomia foi associado auma
diminuiçãoda
laceraçãodo
períneono
parto vertical,em
todos os grupos estudados.As
mulheresepisiotomisadas estiveram 1,2 vezes mais expostas a alteração
na
integridade'
9-SUMARY
EPISIOTOMY
AND
PERINEAL
LACERATION
ON
VERTICAL
DELIVERY.
ENRIQUE
EDUARDO
ORTIZ,
University Federal of SantaCatarina
(UFSC),
Faculty of Medicine. Street: Santa LuziaNo
97, Trindade,Florianópolis, Santa Catarina, (0492-233149),
Objective:
To
examine
the relationbetween
the use of episiotomy,and
theincidence of both perineal integrity perineal lacerations, for
women
who
had
avertical delivery at
matemity
center of Hospital Universitário ofUFSC,
between
januaiy of
1996 andjanuary
of 1998.Methods:
The
study sample (406women)
were
estratified according to parity(multiparous or nuliparous)
and
infant°s birth weight (imder orabove
3500g).Data were
abstractedfrom
medical records. Likelihood of having an episiotomyor experiencing a perineal laceration
were examined
using the relative riskassociated. Elsewhere episiotomy
was
also considered equal a not intactperinetun, for analysis. V
.
C
gts;
In the stratified groups the' relative risk for for episiotomyand
perineallaceration Varied
between
0,11and
0,32.Wherever
episiotomybe
considereted aperineal integrity alteration the relative risk associated to episiotomy
and
perineal integrity alteration
was
1,2.Conclusion: .The use of episiotomy
was
associated with a decrease in perineallacerations in all groups studied.