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Logística reversa de jornais

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Academic year: 2021

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RESUMO: Este projeto tem como objetivo relatar a Logística Reversa de jornais não vendidos na empresa pesquisada, estudo realizado no Diário do Grande ABC, onde ele demonstra pesquisas e informações técnicas sobre os processos desde a origem até a destinação final do mesmo na reciclagem. Ele retrata o atual fluxo reverso da organização onde pode ser alterados, segundo os dados levantados através de pesquisas realizadas pela internet, revistas, jornais, livros e pesquisas de campo e, assim, foi elaborado um projeto para maior eficiência e eficácia da Logística Reversa com o objetivo de obter vantagem competitiva, reduzindo custos, otimizando os processos, melhorando a qualidade do serviço prestado, valorização da marca da empresa, conscientização dos clientes quanto a sustentabilidade e preservação ambiental, integração de todos os envolvidos nos processos reversos com o propósito do crescimento, desenvolvimento econômico sustentável.

ABSTRACT: This project aims at reporting the Reverse Logistics of unsold papers investigated the company, if the Journal of the Greater ABC, where he demonstrates research and technical information about processes from origin to final destination even in the case of recycling. He portrays the current reverse flow of the organization where it can be changed according to data collected through surveys conducted over the Internet, magazines, newspapers, books and field was an elaborate design for greater efficiency and effectiveness of the Reverse Logistics with the objective of gain competitive advantage by reducing costs, streamlining processes, improving service quality, branding the company, customer awareness of sustainability and environmental preservation, integration of all processes involved in reverse with the purpose of growth, sustainable economic development.

LOGÍSTICA REVERSA DE JORNAIS

Publicação

Anhanguera Educacional Ltda.

Coordenação

Instituto de Pesquisas Aplicadas e Desenvolvimento Educacional - IPADE

Correspondência

Sistema Anhanguera de Revistas Eletrônicas - SARE

rc.ipade@anhanguera.com

Douglas Rodrigues Silva, Ana Paula Rolim Rosa – Centro Universitário Anhanguera de Santo André

PALAVRAS-CHAVE:

Logística Reversa, Reciclagem, Retorno de Jornais não vendidos.

KEYWORDS:

Reverse Logistics, Recycling, Return of unsold newspapers.

Artigo Original

Recebido em: 23/03/2012 Avaliado em: 08/08/2012 Publicado em: 05/05/2014

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1. INTRODUÇÃO

A gestão da cadeia logística é a integração dos processos do negócio do consumidor através dos fornecedores de produtos, serviços e informação, com o objetivo de acrescentar valor para o cliente (Lambert et al., 1998, p. 504).

Pela definição do Council of Logistics Management, “Logística é a parte do Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento que planeja, implementa e controla o fluxo e armazenamento eficiente e econômico de matérias-primas, materiais semi-acabados e produtos acabados, bem co mo, as informações a eles relativas desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender às exigências dos clientes” (Carvalho, 2002, p. 31).

A logística de distribuição é uma das ferramentas que possui a disponibili-dade de produtos para seus clientes deixando-o mais próximo do produto distribuído, organizando os fluxos de mercadorias e de informações de todos os seus pontos de ven-das dos mais variados e de seus diferentes canais de distribuição de bens e serviços. O gerenciamento logístico deve se voltar para a questão central da distribuição dos produtos com a maior eficácia, otimizando os processos de sua cadeia, o uso das instalações, atendendo o fluxo de demanda em tempo real no seu fornecimento de produtos e serviços prestados mantendo níveis de qualidade, agregando valores e vantagem competitiva.

Com essa importância na distribuição com eficiência e eficácia até o con-sumidor final para o ganho competitivo das organizações, foi observado que a distribui-ção e a logística não terminaria no ponto de destino, mas para que ela seja completa deve ser integrada com os canais de distribuição reversos. Para melhor eficiência desses retornos surgiu a Logística Reversa que cuida dos fluxos de produtos, embalagens e outros materiais desde o consumidor final até o retorno ao ponto de origem.

Os canais reversos possibilitam maior eficiência e eficácia para o gerencia-mento e controle dos fluxos de produtos de pós-venda e pós-consumo para seu ponto de origem onde também pode ser componentes e embalagens do mesmo para a recicla-gem, descarte, conserto, reparo, remontagem, utilização para a criação de um novo produto ou matéria prima para o produto de outro segmento ou do mesmo com o objetivo de otimizar custos e processos de fabricação evitando possíveis prejuízos, obtendo um diferencial competitivo, levando em consideração para suas operações de retorno, aspectos econômicos, de legislação, sociais, culturais, preservação ambiental e fidelização dos clientes pelo fato da responsabilidade da organização para o bem estar da sociedade.

Foi realizado o trabalho com pesquisas e entrevistas no segmento de imprensa através de jornais impressos e de como funciona sua logística reversa para o retorno de exemplares não vendidos e de exemplares de pós-consumo.

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2. LOGÍSTICA REVERSA

A logística tem sido fundamental e de extrema importância para as organizações na atualidade como vantagem e diferencial competitivos onde a mesma obtém excelentes resultados em toda a cadeia de suprimento otimizando custos em todas as operações e processos logísticos desde o pedido feito pelo cliente até o recebimento do mesmo em seu destino para consumo onde, em cada fase da cadeia, seja mantida a qualidade do nível de serviço.

Com a Logística bem planejada e gerenciada usando técnicas, métodos e sistemas de informações que tenham o objetivo de integrar todos os envolvidos na cadeia como: fornecedores, colaboradores, terceirizados e clientes para que os fluxos das operações na cadeia de suprimento e suas informações entre os envolvidos sejam precisas para que se obtenha eficiência e eficácia nos produtos e serviços prestados aos clientes a fim de mantê-los fidelizados.

A logística cuida de todo o fluxo de produtos e serviços prestados até o cliente e seu ponto de destino. Notou-se que a logística não terminaria neste ponto. Surge então a Logística Reversa que, em sentido mais amplo, significa todas as operações relacionadas com a reutilização de produtos e materiais. De acordo com Rogers (1999), a Logística Reversa é “o processo de movimentar um produto de seu ponto de consumo para o ponto de origem para recuperar o valor ou para o seu descarte apropriado”. Por meio dos programas de Logística Reversa, as empresas podem substituir, reutilizar, reciclar e descartar os seus produtos de maneira eficiente e eficaz, atendendo às atuais exigências do mercado e as diversas leis ambientais.

As seguintes atividades são relacionadas por Lambert et al. (1998) como parte da administração logística em uma empresa: serviço ao cliente, processamento de pedidos, comunicações de distribuição, controle de inventário, previsão de demanda, tráfego e transporte, armazenagem e estocagem, localização de fábrica e armazéns/depósitos, movimentação de materiais, suprimentos, suporte de peças de reposição e serviços, embalagem, reaproveitamento e remoção de refugo e administração de devoluções.

De todas estas atividades, fazem parte diretamente da logística reversa, o reaproveitamento e remoção de refugo e a administração de devoluções.

Daher et all (2004) nos explica que, o reaproveitamento e remoção de refugo estudam e gerenciam o modo como os subprodutos do processo produtivo serão descartados ou reincorporados ao processo. Devido a legislações ambientais cada vez mais rígidas, a responsabilidade do fabricante sobre o produto está se ampliando. Além do refugo gerado em seu próprio processo produtivo, o fabricante está sendo responsabilizado pelo produto até o final de sua vida útil. Isto tem ampliado uma atividade que até então era restrita as suas premissas.

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Pelo entendimento de Novaes (2004), a logística reversa cuida dos fluxos de materiais que se iniciam nos pontos de consumo dos produtos e terminam nos pontos de origem, com o objetivo de recapturar valor ou de disposição final. Na figura abaixo segue os fluxos reversos:

Figura 1 – Processo Logístico Reverso.

Segundo LACERDA (2004), os processos de Logística Reversa têm trazido consideráveis retornos para as empresas. O reaproveitamento de materiais e a economia com embalagens retornáveis têm trazido ganhos que estimulam cada vez mais novas iniciativas e esforços em desenvolvimento e melhoria nos processos de Logística Reversa. Não existem dados precisos sobre o valor que os custos com Logística Reversa representam na economia do brasileira.

Levando-se em conta as estimativas para o mercado americano e extrapolando-as para o Brasil, os custos com Logística Reversa representam aproximadamente 4% dos custos totais de Logística, que de acordo com a Associação Brasileira de Movimentação e Logística foi de US$ 153 bilhões em 1998. Estes números tendem a crescer, a medida que as atividades com Logística Reversa aumentem entre as empresas.

São inúmeros os motivos que fazem com que as organizações atuem na logística reversa, entre eles podem ser destacados alguns motivos como: legislação ambiental; benefícios econômicos; a crescente conscientização ambiental dos consumidores; razões competitivas – diferenciação por serviços; limpeza do canal de distribuição; proteção de margem de lucro; recaptura de valor e recuperação de ativos. Estas razões obrigam as organizações a dar maior importância e relevância para logística reversa que deve estar integrada com a logística direta.

A logística reversa possui os seguintes fatores para suas questões estratégicas de mercado são elas: econômico, legal e ecológico. Sendo esses os fatores para o desen-volvimento e aplicação de seus fluxos reversos de produtos com objetivo de se diferenciar de seus concorrentes agregando valor em seus produtos ou serviços prestados atendendo cada vez melhor seus consumidores na pós-venda e pós-consumo minimizando os impactos ambientais e utilização de recursos naturais visando sempre à sustentabilidade.

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Dentro da logística reversa há a logística de pós-venda e de pós-consumo onde cada uma possui sua particularidade onde as organizações dependendo de seus segmentos de atuação ou de questões estratégicas que optam por investir mais em uma do que na outra, isso dependerá de sua necessidade de melhoria para maior competitividade em seus processos reversos. Na figura abaixo esta representando estes fluxos de venda e pós-consumo.

Figura 2 – Processos Logísticos.

3. LOGÍSTICA REVERSA DE PÓS-CONSUMO

Os produtos de pós-consumo são os que encerram sua vida útil e que podem ser envia-dos a destinos finais tradicionais como a incineração ou aterros sanitários, ou retornar ao ciclo produtivo por meio de canais de desmanche, reciclagem e reuso em até o fim de sua vida útil.

A logística reversa de pós-consumo tem como objetivo a gestão de produtos, materiais e informações sobre os mesmo que são descartados pelos consumidores e que retornam ao ponto de origem, provenientes dos canais de distribuições reversos das organizações.

Os fluxos reversos de produtos de pós-consumo são diferenciados dos de pós-venda, pois o mesmo é realizado em sua grande parte por questões ambientais e legais que forçam as empresas a gerenciar esse ciclo reverso de seus produtos. Mesmo não possuindo muitas leis ambientais de destinação dos produtos para determinados segmentos vem sendo aprimoradas aos poucos pelo governo e cada vez mais fiscalizada e a crescente conscientização dos clientes no que tange a preservação ambiental. Podemos destacar os seguintes destinos de produtos originários do pós-consumo:

• Mercado de segunda-Mão: são produtos em condições de uso que são destinados aos mercados mais carentes (compradores). Um dos fatores preocupantes é quanto à imagem do fabricante, por não existir controle de seu destino.

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• Canibalização: extração de partes perfeitas de um produto pra a fabricação de um novo ou recondicionamento de um usado.

• Reciclagem: reaproveitamento de materiais de produtos como novo ou em utilização menos nobre.

• Remanufatura: volta de produtos revisados ao mercado por um preço inferior. • Aterros Sanitários Públicos: descarte dos produtos em locais administrados pelo

poder público que seguem normas rígidas de segurança e meio ambiente.

• Aterros Clandestinos: descarte dos produtos em locais impróprios, sem fiscalização e podem trazer danos ao meio ambiente.

• Ação Institucional: doações.

Os produtos que estão em condição de uso podem ser direcionados a merca-dos que possui um consumo de produtos com preços mais baixos conhecidos como se-gunda-mão, neste caso, um dos fatores que pode ser preocupante para a empresa e devido à imagem da organização por não existir um controle do fabricante. Produtos destinados a canibalização são retirados partes, peças e componentes que estão em perfeito estado para ser reintegrado a novos produtos ou vender como peça seminova. Outro destino importante é a reciclagem onde há o reaproveitamento de materiais dos produtos para a fabricação de um novo produto ou de matéria-prima para outro segmento agregando valores econômicos e ambientais.

A remanufatura é a volta de produtos revisados ao mercado por um preço inferior a também ações institucionais onde a organização faz uma doação para alguma instituição social. Os dois últimos destinos são os aterros que podem ser públicos onde o descarte e feito pelo governo que se responsabiliza pela destinação dos mesmos respei-tando as normas de segurança e do meio ambiente o segundo destino são nos aterros clandestinos descartes dos produtos em locais impróprios, sem fiscalização e podem tra-zer danos ao meio ambiente.

Este fluxo inverso de produtos duráveis e semiduráveis que podem ser classifi-cados como:

• Em condição de uso • Fim de vida útil • Resíduo industrial

Este fluxo reverso de bens de pós-consumo tem sido bastante observado e utili-zado nos últimos anos com resultados de ganhos competitivos nas organizações ou como atividade principal de renda de empresas de reciclagem e autônomos. Esses produtos podem ter uma disposição final segura ou insegura, dependendo de como for descartado.

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Figura 3 – Produtos de Pós-consumo. Fluxograma da Logística reversa de pós-consumo, Leite, 2003.

4. ESTUDO DO CASO NA ORGANIZAÇÃO PESQUISADA

A empresa escolhida situa-se no ramo de jornalismo impresso onde possui seus clientes situados na região do grande ABC no estado de São Paulo que oferece informações das mais diversas relatando fatos e noticias da região e do mundo deixando seus leitores mais informados e instruídos.

A mesma se destaca de seus concorrentes na região onde é líder com maior número de leitores sendo aproximadamente 239 mil leitores com grande otimismo para o futuro devido o grande crescimento e desenvolvimento econômico de sua região de atuação que é uma das mais ricas do Brasil.

Figura 4 – Uma das regiões mais ricas do Brasil.

A data de 10 de setembro de 1808 é considerada como o Dia da Imprensa com um trabalho gráfico realizado na Imprensa Régia, trazida de Portugal sendo o primeiro jornal impresso no Brasil denominado Gazeta do Rio de Janeiro trazido para o Brasil pela família real. Desde então houve uma crescente evolução no decorrer do tempo na impressa brasileira através de tecnologias que auxiliam tanto a fabricação em grande escala, a maior acessibilidade a informações em tempo real de acontecimentos em qualquer parte do mundo onde as mesmas são de extrema importância devido à globalização e estão contidas

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no jornal local que será distribuído, com isso houve o crescimento no número de leitores que buscam informações sobre diferentes temas e noticias.

Devido à globalização e o surgimento de várias mídias como a televisão que hoje está presente em quase todos os lares brasileiros, a expansão e o forte crescimento do uso da internet que já possui grande representação no cenário brasileiro e mundial. A expansão do uso da internet afeta diretamente a mídia impressa, pois a mesma possui maior variedade, informação em tempo real, funcionalidades e utilidades que outras mídias não possuem atraindo assim cada vez mais pessoas em sua maioria jovens que têm a necessidade de estar integrado com um mundo cada vez mais globalizado. Segundo o site (Ecodebate) sobre o caso no Brasil mostra que o principal jornal A do Estado de São Paulo teve queda no número de leitores em 10 anos de cerca de 50% no período de 1995 e 2005 onde expressa a migração de mídia e a importância de reduzir custo e otimizar processos na cadeia logística no jornalismo impresso, tanto na direta como na reversa para se manter no mercado competitivo.

Seguem tópicos que relatam a particularidade da logística reversa no caso dos jornais: • Ciclos de vida do Jornal impresso

Conforme pesquisa realizada na organização foi constatado que o ciclo de vida do jornal impresso é muito curto exigindo que a distribuição dos exemplares ao consumidor final deva chegar na hora certa e no tempo certo, caso contrario as noticias que eles contem ficam velhas.

O jornal impresso tem um ciclo de vida muito curto, por esse motivo a logística reversa do mesmo dever ser feita com maior agilidade, eficiência e eficácia atendendo a necessidade do segmento que necessita de uma integração entre a distribuição de novos exemplares e a coleta de exemplares velhos que são chamados de encalhe são feitos pela mesma empresa.

A decomposição do papel que é utilizado na impressão do jornal tem um tempo de decomposição de três a seis meses conforme a figura 5. Sendo que o mesmo se enquadra como papel reciclado onde e destinado os encalhes que em sua grande maioria são levados a empresas de reciclagem, com exceção de uma pequena parte que tem como destino o estoque pelo período de um ano para atender clientes que solicitam exemplares atrasados.

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• Fluxo Reverso de Jornais impressos não vendidos

A logística direta do jornal funciona da seguinte forma: a redação prepara todo o conteúdo das informações e noticias contidas nos exemplares, revisa as mesmas e repassa essa informação quando finalizadas para a gráfica onde são impressos os jornais e encaminhados para equipe de encarte. Posteriormente, entra em ação a equipe de distribuição que tem em média um prazo de três horas para distribuir todos os jornais. Como pesquisado o tempo gasto da impressão até a entrega ao cliente e de 8 a 9 horas.

Podem ser destacadas as seguintes particularidades desse segmento: a agilidade e eficiência no processo logístico com o objetivo de não existir atrasos na entrega minimizando os encalhes e prejuízos financeiros. Outro fator que é observado é a previsão da demanda que deve ser planejadas e alienadas com os indicadores de vendas para minimizar a não venda dos produtos que depois de um dia se tornam obsoletos.

Figura 7 – Fluxo Reverso do jornal impresso. • Coleta de Jornais impressos não vendidos.

A coleta é feita pela mesma equipe de distribuição reduzindo os custos com transporte da mesma esses produtos são retornados pelo motivo da não venda dos exemplares onde as bancas só pagam o que vendem.

Depois da coleta são enviados para dois destinos diferentes onde o primeiro é o estoque de alguns exemplares onde os mesmos são armazenados pelo período de um ano para atender clientes que solicitam exemplares atrasados.

O segundo destino depois da coleta são empresas de aparas onde antes de enviar para as mesmas são pesados e colocados dentro de uma caçamba, esses jornais são vendidos, com isso a organização de aparas é responsável pela separação dos papéis e a destinação para empresas de reciclagem onde são revendidos os mesmos.

• Reciclagem.

A empresa de aparas seleciona, enfarda e vende as fábricas de papel como matéria-prima ou para empresas de reciclagem.

A reciclagem do papel é realizada por meio de fibras de celulose existente nos papéis usados onde na produção podem ser fabricados papéis que usam 100% das fibras secundárias os chamados de papeis reciclados ou podem ser incorporadas como pasta para papel. As fibras apenas podem ser recicladas cinco a sete vezes, pelo fato da extração de fibras de

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papel reciclado por muitas vezes obriga acrescentar quantidade de pasta de papel virgem para substituir as fibras degradadas.

As etapas para reciclagem do papel são a de desagregação, depuração, lavagem, dispersão, destintagem, branqueamento, passa pela mesa formadora, prensa, rolos secadores, enroladeria onde se forma rolos, rebobinadeira, a bobina de papel vai para o controle de qualidade onde quando aprovado é vendido. Na figura 7 possui as etapas de reciclagem do papel:

Figura 7 – Etapas para reciclagem do papel.

• Custos envolvidos nas operações de logística reversa da organização.

Conforme pesquisado, os custos para a logística reversa são mínimos onde o maior custo seria o transporte no recolhimento dos jornais das bancas e como isso é feito na distribuição o jornal consegue minimizar os custos. Segundo resposta do questionário realizado com a organização, a logística reversa neste segmento é um ganha-ganha esta é uma forma do jornaleiro pagar somente aquilo que ele vendeu para a indústria jornalística que tem os lucros da venda de sucatas e a preservação do meio-ambiente, a empresa de aparas a compra de um produto de baixo custo. Com isso podemos obter seguintes vantagens na reciclagem do papel imprensa que são de extrema importância para a sustentabilidade e preservação ambiental do planeta. Segundo (Ambiente Brasil) são:

• Redução dos custos com matérias-primas: Pois a pasta de aparas é mais barata do que a de celulose de primeira reduzindo os custos com as matérias-primas.

• Economia de recursos naturais: Na madeira onde uma tonelada de aparas pode substituir de 2 a 4m3 de madeira, conforme o tipo de papel a ser fabricado, o que

traduz em uma nova vida útil para de 15 a 30 árvores. Onde economiza metade da energia elétrica, onde em alguns casos pode chegar a 80% de economia comparando comparam papéis reciclados simples com papéis virgens feitos com pasta de

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refinador. Na fabricação de uma tonelada de papel reciclado são necessários apenas 2.000 litros de água, ao passo que, no processo tradicional este volume pode chegar a 100.000 litros por tonelada.

• Redução da poluição na fabricação: Onde as fabricas recicladoras podem funcionar sem impactos ambientais, pois a fase crítica de produção de celulose já foi feita anteriormente.

• Criação de empregos: Estima-se que, ao reciclar papéis, sejam criados cinco vezes mais empregos do que na produção do papel de celulose virgem e dez vezes mais empregos do que na coleta e destinação final de lixo.

• Redução do lixo: Com isso a uma redução representativa dos materiais em lixões que ficaria por anos para se decompor no meio ambiente.

5. PROPOSTA DE MELHORIA

Foi observado através do estudo na organização alguns fatores que chamaram a atenção para a otimização do processo logístico reverso é assim foi elaborado uma proposta com objetivo de obter inúmeros ganhos competitivos no que tange na preservação ambiental, redução de custos, agregação de valor, marketing verde, responsabilidade social e ambiental. Sendo assim conscientização dos clientes para as questões ambientais integrando os nos processos de retorno dos jornais.

Atualmente a empresa não possui um setor especifico de logística reversa conta com um funcionário para controlar a negociação com a empresa de aparas para a venda dos encalhes. Também foram questionados quais os sistemas de TI usados no retorno de jornais, onde a empresa respondeu que utiliza um sistema interno que possui um modulo de logística reversa. Custos envolvidos na logística reversa são mínimos, o maior custo seria o transporte para recolhimento dos jornais das bancas, como o isso é feito quando ele é distribuído minimiza o custo com o retorno.

Não tem um setor de logística reversa onde o mesmo é de extrema importância para ganhos competitivos, contando com um funcionário que controla a negociação com a empresa de aparas, a logística reversa é só feita de exemplares não vendidos nas bancas não existem números revelados, mas como a venda de metade da sua fabricação é feita por previsão de venda apesar de não divulgado estima-se uma margem de exemplares não vendidos de aproximadamente de 1 a 4% de sua tiragem. Não tem um projeto de retorno de exemplares de pós-consumo originados de seus assinantes e clientes que compram nas bancas, não possui grandes investimentos no setor para o futuro conforme o questionário respondido pela empresa.

Como já citado, existe a oportunidade de crescimento e expansão da logística reversa neste segmento, pois só existe a reciclagem dos encalhes na banca que são apenas uma

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porcentagem pequena de todo o volume que não é vendido, sobrando assim mais de 90% que irão para diversos destinos como o descarte em lixões que dependendo das condições demora mais para se decompor na natureza do que o seu tempo natural que varia de 3 a 6 meses deixando toneladas de papel que podem ser reaproveitadas em lixões ocupando espaço e poluindo o meio ambiente.

O maior custo que a empresa tem é com o transporte dos encalhes que é reduzido, pois o mesmo é feito no momento da distribuição. Sendo uma oportunidade para aumentar o número dos retornos obtendo maior competitividade, atualmente no Brasil dentre os tipos de papeis reciclados, os jornais tem uma parcela de só 4,50% de todo o volume reciclado, segundo o (Talimpo) representado na figura 8.

Figura 8 – Principais tipos de reciclagem feitos no Brasil.

Segue abaixo figura que representa como funcionara o novo fluxo reverso:

Figura 9 – Novo Fluxo Reverso do Jornal Impresso.

O novo fluxo reverso trará inúmeros benefícios depois de sua implementação sem grandes investimentos e alterações em sua rede logística onde a mesma terá parceiros, colaboradores e clientes integrados nos processos para melhores aproveitamentos do canal reverso.

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Como a figura 9 representa, o novo fluxo reverso será mais abrangente cuidando dos jornais não vendidos, e do retorno de jornais depois de seu pós-consumo o que não é feito pela organização pesquisada.

Com o novo processo logístico reverso da organização não trará percas para nenhum envolvido, fazendo com que todos obtenham ganhos competitivos tendo a oportunidade de expandir e crescer seu ramo de atividade com sustentabilidade e preservação ambiental. A organização pesquisada conseguiria parceiros, colaboradores e clientes que divulgaria sua marca no jornal e nos coletores que ficaram nas bancas dando maior visibilidade da responsabilidade das mesmas com o projeto que é social, ambiental e de sustentabilidade. Através das parcerias e de seus clientes no marketing dos mesmos no jornal, o diário conseguirá fazer a divulgação do projeto, conscientização de seus assinantes, compra de coletores, prêmios para os assinantes, gratificações para os jornaleiros deixando-os satisfeitos por estarem contribuindo para preservação ambiental e ganhando com essa atitude.

O Diário do Grande ABC conseguirá maior expansão em retornos a fim de ter uma maior colaboração com a preservação ambiental, valorização de sua marca, valorização dos clientes pela atitude tomada pela empresa, não mudaria sua logística reversa e não necessitaria de grandes investimentos para a realização do projeto o tornando viável.

Os parceiros e colaboradores ajudariam na divulgação e na contribuição para a realização do projeto. Com isso divulgariam sua marca com um ótimo valor em comparação de um jornal concorrente, tendo um diferencial na divulgação no diário em que estará apoiando uma ação em favor da preservação ambiental.

A empresa de aparas terá a responsabilidade de efetuar a coleta nos assinantes e nas bancas de jornal, nos assinantes essa coleta será feita uma vez por mês e nas bancas uma vez por semana só dos exemplares de pós-consumo. Pelo fato da empresa de aparas terem o custo do transporte do descarte não terá o custo para comprar o material, com isso a empresa aumentara seu volume de produção sem ter o custo de pagar pelo o mesmo, sendo seu objetivo de planejar e gerenciar os custos de transportes nas coletas. Onde a mesma utilizara o valor economizado em meios para o transporte das coletas, como as coletas serão feitas em poucos dias não terá grande impacto o custo dessa coleta obtendo maior volume para a realização de sua principal atividade.

A banca de jornal retornará os exemplares não vendidos da mesma forma que já o faz, porém, no novo fluxo reverso proposto se tornará ponto de coleta de exemplares de pós-consumo de seus clientes. Essas coletas serão realizadas uma vez por semana em um dia marcado para o descarte do cliente e a coleta do mesmo pela empresa de aparas. O jornaleiro ficara com a coleta apenas no período de um dia não dificultando seu espaço será disponibilizado pelo diário um coletor para a colocação do descarte. Com essa ação os jornaleiros receberão um bônus devido à quantidade coletada.

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Os assinantes do jornal serão conscientizados do projeto sobre a importância ambiental e da participação do mesmo, sendo a divulgação feita no próprio jornal e cada assinante fará seu descarte para empresa de aparas que coletara o descarte uma vez por mês. O assinante que participar e descartar seus exemplares mensalmente concorrerá a sorteios, e poderão ganhar assinatura grátis por um mês ou a divulgação de um classificado pelo o período de um mês. Facilitando assim o descarte pelo assinante que poderá ganhar gratificações pela sua atitude de colaboração.

As coletas serão realizadas da mesma forma no caso do exemplares não vendidos, no caso de exemplares retornados originários de pós-consumo será feita pela empresa de aparas onde a mesma será responsável por coletar nas bancas e assinantes. Para a realização do transporte a mesma devera planejar e gerenciar da melhor forma dividindo as coletas por regiões programando o dia para a realização da mesma.

• Integração dos envolvidos da cadeia.

O projeto propõe maior integração e colaboração de todos os envolvidos na cadeia com o propósito de minimizar custos no retorno do pós-consumo dos exemplares não vendidos viabilizando assim a operação de logística reversa que poderá atender uma demanda maior com eficiência agregando valor na cadeia de cada envolvido gerando receita financeira e benefícios para o meio ambiente.

• Objetivo do projeto.

Com a implementação do projeto, o Diário do Grande ABC conseguirá melhor aproveitamento de sua logística reversa sem a necessidade de alterações drásticas na mesma. Com isso, não serão necessários grandes investimentos para a realização do mesmo, deixando-o viável financeiramente e obtendo excelentes resultados competitivos como: redução de custo nos retornos, todos os envolvidos ganharam, preservação do meio ambiente, redução da poluição, redução de uso de recursos naturais, melhor imagem da marca para o cliente, marketing verde, fortalecendo o crescimento sustentável da região através da geração de novos empregos.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conclui-se que a logística é de suma importância para as organizações, para planejamento e gerenciamento de toda a cadeia de suprimento otimizando seus processos, custos e agregando valores nos produtos e serviço prestados pelas mesmas suprindo a necessidade e expectativas de seus clientes com o objetivo de mantê-los e fidelizá-los a organização.

Devido à elevada exigência de clientes por diferenciação nos produtos e serviços prestados e a conscientização de consumidores a questões ambientais é de extrema importância que as organizações tenham eficiência e eficácia da logística direta e reversa onde as mesmas devem estar integradas para obter excelentes resultados nos níveis de

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serviços prestados conseguindo uma logística completa que cuida do ponto de origem ate o retorno desse produto e sua destinação depois da pós-venda ou pós-consumo.

Na empresa pesquisada neste trabalho foi notado que a logística reversa só cuida de jornais não vendidos nas bancas onde o retorno desses são no máximo 10% da tiragem total, deixando outros 90% que poderiam ser retornados a critério de seus clientes a darem uma destinação final a pós o consumo. Sabendo que o Diário do Grande ABC não possui nenhum um ponto de coleta e nenhum projeto para o retorno de exemplares de pós-consumo, que podem ter como destino final dos mais variados e podendo estar encerrando sua vida útil em destinos inapropriados para o mesmo causando problemas ambientais e utilização de mais recursos naturais para a fabricação de novos exemplares.

Foi criada uma proposta de melhoria para a logística reversa da organização onde todos os envolvidos da cadeia participaram sem alterações drásticas em seus processos logísticos onde conseguem maior competitividade, excelentes resultados de retorno e reciclagem de exemplares de pós-consumo fortalecendo sua responsabilidade social e ambiental para com os clientes sem aumento de custos para a realização do mesmo.

A realização do novo fluxo reverso só obterá resultados positivos se possuir a colaboração e integração de todos os envolvidos na cadeia da organização com objetivo de obter eficiência e eficácia nos processos logísticos reversos.

A logística reversa é uma excelente ferramenta para a competitividade das organizações que buscam permanecer no mercado, e tem em suas estratégias a necessidade de ter um crescimento e desenvolvimento sustentável com a expansão de seu mercado de atuação preservando o meio ambiente, para isso ser realizado e necessário que todos os envolvidos nos processos logísticos devam estar com o mesmo propósito para seu sucesso.

Devemos utilizar a logística reversa como uma poderosa ferramenta para ganhos competitivos da organização e para preservação ambiental do planeta, melhoria na qualidade de vida de cada pessoa para vivermos num mundo cada vez melhor e consciente de que existem maneiras de se viver e ser competitivo nas atividades organizacionais sem agredir o meio ambiente, onde deve partir de cada envolvido na cadeia desde o fabricante até o consumidor final possuir essa visão.

REFERÊNCIAS

Ambiente Brasil. Disponível em: http://www.ambientebrasil.com.br/composer.

php3?base=residuos/index.php3&conteudo=./residuos/reciclagem/papel.html.>. Acesso em: 10 de Abril. 2010.

Council of Logistics Management. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Logística> , CARVALHO, José Meixa Crespo de - Logística. 3ª ed. Lisboa: Edições Silabo, 2002. Acesso em: 21 de Março. 2010.

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Daher, C. E.; Silva, E. P.; Fonseca, A P. Logística reversa: oportunidade para redução de custos

através do gerenciamento da cadeia integrada de valor. Revista Acadêmica Alfa. V . 1, n. 1,

maio-outubro, 2004. Disponível em: < http://www.alfa.br/revista/artigoc04.php > Acesso em: 21 de Março. 2010.

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Fonte: Diário do Grande ABC. Informações obtidas com a Coordenação da Organização após autorização que permitiu a realização dessa pesquisa com o objetivo de retratar a situação da Logística Reversa na organização em certo período de tempo e a sugestão de projetos para a otimização do setor da empresa.

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Referências

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