FABÍOLA SENA
VIEIRA SILVEIRA
MODELO
INTEGRADO PARA AVALIAÇÃO
DE
PROJETOS DE
INVESTIMENTO
NO
SETOR
ELETRICO
FLORIANÓPOLIS
2001
CURSO
DE
PÓS-GRADUAÇÃO
EM
ENGENHARIA
ELÉTRICA
MODELO
INTEGRADO PARA
AVALIAÇÃO DE
PROJETOS DE INVESTIMENTO
NO
SETOR
ELÉTRICO
Tese submetida à
Universidade Federal de Santa Catarina
como
parte dos requisitos paraaobtenção
do
grau deDoutor
em
Engenharia Elétrica.FABÍOLA
SENA
VIEIRA
SILVEIRA
~
MODELO
INTEGRADO PARA
AVALIAÇQIO
DE
PROJETOS DE
INVESTIMENTO
NO
SETOR ELETRICO
Fabíola
Sena
Vieira
Silveira“Esta Tese foi julgada adequada para obtenção do Título de Doutor
em
Engenharia Elétrica, Áreade Concentração
em
Planejamento de Sistemas de Energia Elétrica, e aprovadaem
sua forma finalpelo Curso de Pós-Graduação
em
Engenharia Elétrica da Universidade Federal de Santa Catarina.”tlfl
¬Prof. Maré iano Morozowski Filho, D.Sc.
/` Orientador
\
Z
Prof. s Robería e Pieri, Dr.
Coordenador do Curso de ós-Gradua ão
em
Engenharia ElétricaBanca Examinadora:
Q
Prof. Marci o
Mo
zowski o, D.Sc.Presi ente
Prof Dorei s eg Ramos,
D/
ÕWL»
l/'Prof. Marcelo Rodrigue essa, Ph.D.
Prof.
Raimundo
Celest `oni Teive, Dr.Eng.
il
az»/S `\ƒ), I M,'_L/VL
AGRADECIMENTOS
Ao
ProfessorMarciano
Morozowskí
Filho pela orientação e confiança dispensadasao longo deste trabalho.
Aos
professores Dorel SoaresRamos,
Marcelo Rodrigues Bessa,Raimundo
CelesteGhizoni Teive e
Hans
Helmut
Zürn
pela participaçãona
banca examinadora e pelascontribuições ao trabalho.
Aos
professores e colegasdo
Labplan queme
acompanharam
eme
auxiliaram durante a realização deste trabalho.Um
agradecimento especial à Professora Gladis BordinSchuch
e ao colegaMarcelo
Neujahr Agostini.Aos
demais
professoresdo
Departamento de Engenharia Elétrica peloembasamento
teórico.À
Universidade Federal de Santa Catarina pelo apoio técnico e aoCNPq
pelo apoiofinanceiro.
Ao
Luciano
peloamor
e compreensão.Aos
meus
pais por eu existir.A
todosque
me
apoiaram e incentivaram a desenvolver esta tese.MODELO
INTEGRADO PARA AVALIAÇAO
DE
PROJETOS DE INVESTIMENTO
NO
SETOR
ELÉTRICO
Fabíola
Sena
Vieira
Silveira
Julho/2001Orientador: Prof.
Marciano
Morozowski
Filho, D.Sc.Área de
Concentração: Planejamento de Sistemas de Energia Elétrica.Palavras-chave: Planejamento Econômico-Financeiro, Avaliação de Projetos, Análise de
Risco, Contratos de Opção, Teoria de Carteiras.
Número
de Páginas: 165.A
introduçãodo
regime competitivono mercado
de energia elétrica brasileiro contacom
novos
agentes e novas possibilidades de negócios, refletindo sobre as metodologias e osmodelos
de planejamento da expansão dos sistemas elétricos. Assim, as metodologias e osmodelos
tradicionalmenteempregados no
planejamentodevem
sercomplementados
pornovos
enfoques.O
presente trabalhode
pesquisa propõeuma
metodologia eum
modelo,adequados
à avaliação de projetos de investimentoem
ambiente competitivo.O
modelo
proposto aborda as questões técnico-econômicas e econômico-financeiras
do problema
deanálise de projetos.
A
abordagem
utilizada para resolver esteproblema
é a simulaçãodinâmica.
O
modelo
calcula 0 perñl de risco eretomo
de carteiras de projetos deinvestimento,
com
ênfaseem
projetos de geração.As
receitas dos projetos são calculadassegundo
os cenários hidrológicos, a partir de contratosfinnados
econtempla algumas
dasprincipais regras de comercialização
do Mercado
Atacadista de Energia (quais sejam:Mecanismo
de Realocação de Energia, Excedente Financeiro eContabilização/Liquidação).
Os
contratospodem
sermodelados como:
negociaçãoexclusiva
no
spot, contratos bilaterais e contratos de opção (venda de call ecompra
de put).Abstract of Thesis presented to
UFSC
as a partial fulfillment of therequirements for the degree of
Doctor
in Electrical Engineering.INTEGRATED
MODEL
TO
INVESTMENT
PROJECTS
EVALUATION
IN
ELECTRICAL
SECTOR
Fabíola
Sena
Vieira
Silveira
July/2001Advisor:
Marciano
Morozowski
Filho.Area of
Concentration: ElectricalEnergy Systems
Planning.Keywords:
Economic-Financial Planning, Projects Evaluation, Risk Analysis, OptionsContracts, Portfolio Theory.
Number
of Pages: 165.The
current structure of the Brazilian electric energy market presentsnew
agents andnew
business possibilities, reflecting
on
methodologiesand models
of electric systemsexpansion planning. Thus, the methodologies
and models
traditionally used in planningshould be
complemented
by
new
focuses. Thiswork
proposes amethodology and
a model,both appropriate for the evaluation
of
investment projects in competitive environment.The
proposed
model
contemplatestwo
subjects (technical-economicand
economic-financial)of
the project analysis problem.The
approach used to solve thisproblem
is thedynamic
simulation.
The
model
calculates riskand retum of
projects portfolio, emphasizinggeneration projects.
The
revenuesof
the projects are calculated according to hydrologicalscenarios, based
on
contractsand
themain
rules of the WholesaleEnergy Market
(whichare:
Energy
ReallocationMechanism,
Financial Surplusand
Accounting/Settlement).The
contracts can be
modeled
as: exclusive negotiation at the spot market, bilateral contractsand
option contracts (sell call andbuy
put).LISTA
DE
FIGURAS
... _. ixLISTA
DE
TABELAS
... _. xiiLISTA
DE
ABREVIATURAS
... .. xiii› ~
CAPITULO
1INTRODUÇAO
... ._ 1 1.1 Motivação ... .. l 1.2 Apresentação do Problema ... ..2 1.3 Objetivos ... ..3 1.4 Estrutura do Trabalho ... ..3CAPÍTULO
2METODOLOGIA
DE PLANEJAMENTO:
EVOLUÇÃO
E
PERSPECTIVAS
5 2.1 Evolução das Metodologias de Planejamento ... ..52.1.] Período Pré-Reforma ... .. 5
2.1.2 Período Pós-Reforma ... .. I3 2.2 Perspectivas para a Metodologia de Planejamento ... .. 18
2.2. J
Nova
Estrutura de Planejamento ... .. 192.2.2
Novos
Conceitos na Análise de Projetos ... .. 222.2.3 Proposta de Metodologia para Análise de Projetos ... .. 25
2.3 Conclusões ... .. 30
‹ ~
CAPITULO
3MODELOS PARA
PLANEJAMENTO:
EVOLUÇAO
E
PROPOSTA DE
MODELAGEM
... .. 323.1 Evolução dos Modelos para Planejamento ... _. 32 3.1.] Enfoque
T
écníco-Econômico ... .. 343.1.2 Enfoque Econômico-Financeiro ... _. 40 3.2 Proposta de
Modelo
para Análise de Projetos ... .. 493. 2. 1 Análise do Enfoque
T
écníco-Econômico ... .. 493.2.2 Análise do Enfoque Econômico-Financeiro ... .. 53
3.2.3 Integração dos Enfoques e Proposta de
Modelagem
... .. 583.3 Conclusões ... _. 62
CAPÍTULO
4ANÁLISE
DO
PROBLEMA DE AVALIAÇAO
DE
PROJETOS
EM
AMBIENTE
COMPETITIVO
... ._ 634.1 Caracterização do Problema de Avaliação de Projetos ... _. 63
4.2 Análise de Risco ... _. 68
4.2. J Carteira Composta
por
Dois Ativos ... _. 684.2.2 Carteira Composta
por
Múltiplos Ativos ... _. 724.3 Gestão do Risco através de Contratos ... _. 78
4.3.1 Contratos de Opçao: Conceitos ... _. 79
4.3.2 Contratos de Opção: Aplicação no Setor Elétrico ... ._ 86
4.4 Conclusões ... _. 91
CAPÍTULO
5PROPOSTA
DE
MODELO
... ._ 925.1 Aspectos Conceituais ... ._ 92
5.1.1 Técnicas de Solução ... ._ 92
5.1.2
Diagrama
de Laço Causal ... _. 985.2 Aspectos Computacionais ... ._ 100
5.2.1 Subproblema de Gestão Operacional ... _. 101
5.2.2 Subproblema de
F
ínanciamento ... _. 1205.2.3 Subproblema de Gestão Financeira ... _. 122
5.2.4 Subproblema de Investimento ... _. 124
5.3 Conclusões ... ._ 128
CAPÍTULO
óAPLICAÇÃO
E ANÁLISE
DE
RESULTADOS
... .. 1306.1 Caracterização do Estudo de Caso ... ._ 130
6.2 Etapa 1: Análise de Projetos Individuais ... _. 135
6.3 Etapa 2: Análise de Carteiras de Projetos ... _. 137
6.4 Etapa 3: Análise de Carteiras de Projetos
com
Contratos Bilaterais ... _. 1396.5 Etapa 4: Análise de Carteiras de Projetos
com
Contratos deOpção
... ._ 1436.6 Etapa 5: Análise de Estratégias de Risco ... _. 147
6.7 Conclusões ... ._ 151
› ~ z
CAPITULO
7CONTRIBUICOES E TOPICOS
PARA
PESQUISA
... _. 1537.1 Contribuições ... _. 153
7.2 Tópicos para Pesquisa ... _. 156
REFERENCIAS E1EL1oGRÁF1cAs
... ._ issFigura 1
-
Estrutura Setorial no Período Pré~Refonna ... ..Figura 2
-
Processo de Planejamento no Período Pré-Reforma ... ..Figura 3
-
Planejamento Baseado na Confiabilidade ... ..Figura 4
-
Fluxo de Informações no Planejamento ... ..Figura 5
-
Estrutura Setorial no Período Pós-Reforma ... _.Figura 6
-
Estrutura e Funcionamento doMAE
... ..Figura 7
-
Processo de Planejamento no Período Pós-Reforma ... _.Figura 8
-
Estrutura de Planejamento: Enfoque Técnico-Econômico ... ..Figura 9
-
Estrutura de Planejamento: Enfoque Econômico-Financeiro ... ..Figura 10
-
Corporação eUEN's
no Setor Elétrico ... ..Figura 11
-
Estrutura de Planejamento: Integração dos Enfoques ... ..Figura 12
-
Avaliação de Projetos na Pré-Análise ... _.Figura 13
-
Avaliação de Títulos por Métodos de Risco ... ..Figura 14
-
Evolução dos Modelos para Planejamento ... ..Figura 15
-
Cadeia Hierárquica de Modelos da Fase I ... ..Figura 16
-
Cadeia Hierárquica de Modelos da Fase II ... ..Figura 17
-
Decomposição do Planejamento da Expansão noMODPIN
... ..Figura 18
-
Estrutura deum
Modelo
Corporativo ... _.Figura 19
-
Estrutura do Balanço Patrimonial ... ..Figura 20
-
Estrutura doMPEF/DS
... ..Figura 21
-
Subproblemas de Operação e Investimento ... ..Figura 22
-
Planejamento Técnico-Econômico: Fluxos Físico e Financeiro ... _.Figura 23
-
Subproblemas de Investimento e Financiamento ... ..Figura 24
-
Estrutura de Capital e Custo de Capital: Corrente Tradicional ... ..Figura 25
-
Estrutura de Capital e Custo de Capital: Corrente Modigliani-Miller ... ..Figura 26
-
Subproblemas de Financiamento de Longo e Curto Prazo ... ..Figura 27 -Interações entre Financiamento de Longo e Curto Prazo ... _.
Figura 28
-
Gestão Econômico-Financeira dos Projetos ... _.Figura 29
-
Estrutura doModelo
Proposto ... ..Figura 30
-
Fluxo de Caixa deum
Projeto Típico ... ._Figura 31
-
Conjunto de Fluxos de Caixa deum
Projeto ... ..Figura 32
-
Carteira Composta por Dois Ativos ... ..Figura 33
-
Carteira Composta por Dois Ativos: Variação no Coeficiente de CorrelaçãoFigura 34
-
CarteiraComposta
por Múltiplos Ativos ... _.Figura 35
-
Tipos de Riscos ... _.Figura 36
-
Caneira de Mercado ... _.Figura 37
-
Relação entreRetomo
e Risco de Ativo ... _.Figura 38
- Compra
deOpção
deCompra
... ..Figura 39
- Compra
deOpção
deVenda
... ._Figura 40
-
Venda
deOpção
deCompra
... ._Figura 41
- Venda
deOpção
deVenda
... _.Figura 42
-
Variabilidade do Preço Spot:Opção
deCompra
... ._Figura 43
-
Variabilidade do Preço Spot:Opção
deVenda
... _.Figura 44
-
Cadeia de Suprimento de Eletricidade ... _.Figura 45
-
Árvore de Decisão: Contrato Bilateral ... ._Figura 46
-
Árvore de Decisão: Contrato deOpção
... _.Figura 47
-
Características das Abordagens paraModelagem
... _.Figura 48
-
Classificação das Linguagens de Simulação ... ._Figura 49
-
Tipologia dos Modelos ... ._Figura 50
-
Diagrama de Laço Causal doModelo
SUN
... ._Figura 51
-
Fluxograma doModelo
SUN
... ._Figura 52
-
Participação dos Submercados na Energia Assegurada do Sistema ... _.Figura 53
-
Estrutura de Capital dos Projetos ... _.Figura 54
-
Custo Unitário da Energia Assegurada dos Projetos ... _.Figura 55
-
Energia Alocada dos Projetos ... _.Figura 56
-
Evolução doCMO
por Série Hidrológica: Submercado Sul ... __Figura 57
-
Evolução doCMO
por Série Hidrológica: Submercado Sudeste ... _.Figura 58
-
Etapa 1: Níveis de Risco-Retomo ... ._Figura 59
-
Etapa 1:Volume
de Investimento e deRetomo
dos Projetos ... _.Figura 60
-
Etapa 2: Curva Risco-Retomo ... _.Figura 61
-
Etapa 2: Participação dos Projetos na Carteira deMínimo
Risco ... ._Figura 62
-
Etapa 2:Volume
de Investimento eRetomo
da Carteira deMínimo
RiscoFigura 63
-
Etapa 3: Curva Risco-Retomo para Contratação Bilateral de25%
... ._Figura 64
-
Etapa 3: Curva Risco-Retomo para Contratação Bilateral de50%
... ._Figura 65
-
Etapa 3: Curva Risco-Retomo para Contratação Bilateral de75%
... _.Figura 66
-
Etapa 3: Curva Risco-Retomo para Contratação Bilateral de100%
... ._Figura 67
-
Etapa 3: Participação dos Projetos na Carteira deMínimo
Risco ... ._Figura 68
-
Etapa 3:Volume
de Investimento e deRetomo
da Carteira deMínimo
RiscoFigura 69
-
Etapa 4: Curva Risco-Retomo paraVenda
de Call ... __Figura 72
-
Etapa 4: Participação dos Projetos na Carteira deMínimo
Risco ... ..Figura 73
-
Etapa 4:Volume
de Investimento e deRetomo
da Carteira deMínimo
Risco Figura 74-
Etapa 5: Participação dos Projetos na Carteiracom
Nível de Risco10%
... ..Figura 75
-
Etapa 5:Volume
de Investimento e deRetomo
para Nível de Risco10%
.... ._Figura 76
-
Etapa 5: Participação dos Projetos na Carteiracom
Nível de Risco20%
... _.Figura 77
-
Etapa 5:Volume
de Investimento e deRetomo
para Nível de Risco20%
.... ..Figura 78
-
Etapa 5: Participação dos Projetos na Carteiracom
Nível de Risco30%
... ._Figura 79
-
Etapa 5:Volume
de Investimento eRetomo
para Nível de Risco30%
... ..LISTA
DE TABELAS
Tabela 1
-
Critérios de Decomposição do Problema de Planejamento ... ._Tabela 2
-
Estudos Realizados no Planejamento da Expansão ... ._Tabela 3
-
Fator de Capitalização de Projetos ... ..Tabela 4
-
Fator de Contratação de Projetos: Carteira Sigma ... ..Tabela 5
-
Fator de Flexibilidade de Contratos ... ..Tabela 6
-
Fator de Contratação e Fator de Flexibilidade ... ..Tabela 7
-
Matriz deRetomos
... ... _.Tabela 8
-
Variância do Retorno de Carteira Composta por Dois Ativos ... ..Tabela 9
-
Variância doRetomo
de Carteira Composta por Múltiplos AtivosTabela 10
-
Variância doRetomo
de Carteira Composta porN
Ativos ... ._Tabela 11
-
Modalidades de Contratos de Opção ... _.Tabela 12
-
Fatores de Influência sobre o Valor de Opções ... ..Tabela 13
-
Características Físicas dos Projetos ... ..Tabela 14
-
Características das Fontes de Financiamento ... ..Tabela 15
-
Estrutura de Capital dos Projetos ... ..Tabela 16
-
Características Econômico-Financeiras dos Projetos ... ..Tabela 17
-
Etapa 1: Níveis de Risco-Retomo dos Projetos ... ..Tabela 18
-
Características daVenda
de Call eCompra
de Put ... ..Tabela 19
-
Características da DuplaCompra
de Put ... ..ANEEL
Agência Nacional de Energia ElétricaASMAE
Administradora de Serviços do Mercado Atacadista de EnergiaBNDES
Banco
Nacional de DesenvolvimenBP
Balanço PatrimonialC
CorporaçãoCAPM
Capital Asset PricíngModel
(Modelo para Precificação de Ativos)CCC
CCL
Capital Circulante LíquidoCCP
Custo de Capital PróprioCCPE
CCT
Custo de Capital de TerceirosCepel Centro de Pesquisas da Eletrobrás
CGL
Capital de Giro LíquidoCML
CMLP
Custo Marginal deLongo
PrazoCMO
Custo Marginal de OperaçãoCMPC
CustoMédio
Ponderado do CapitalD/C
Distribuidor/ComercializadorDGM
Divídend GrowthModel
(Modelo de Crescimento de Dividendos)DNAEE
Departamento Nacional deÁguas
e Energia EletricaDOAR
Demonstração das Origens e Aplicações dos RecursosDRE
Demonstração do Resultado do ExercicioEletrobrás Centrais Elétricas Brasileiras S.A.
EVA
Economic ValueAdded
(Valor Economico Adicionado)FCD
Fluxo de Caixa DescontadoGCOI
Grupo
Coordenador para Operaçãoto Economico e Social
Conta de
Consumo
de CombustívelComitê Coordenador do Planejamento da Expansão
Capital Market Line (Linha de Mercado de Capitais)
Interliga a
GCPS
Grupo Coordenador de Planejamento dos Sistemas ElétricosMAE
MM
Mercado Atacadista de Energia
Modigliani-Miller
MME
Ministério de Minas e EnergiaMODPIN
Modelo
para Planejamento sob IncertezaMPEF/DS
Modelo
para Planejamento Econômico-Financeiro Baseadoem
Dinâmica de SistemasMRE
Mecanismo
de Realocação de EnergiaMV
A
Market ValueAdded
(Valor de Mercado Adicionado)NEWAVE
Modelo
Estratégico para Geração I-Iidrotérmica a Sistema EquivalenteONS
Operador Nacional do SistemaPDDE
Programacao Dinâmica Dual Estocástica PIEPL
PPA
Produtor Independente de Energia
Patrimônio Líquido
Power
Purchase Agreement (Contrato deCompra
de Energia)RE-SEB
Projeto de Reestruturação do Setor Elétrico BrasileiroROA
ROE
ROI
SC
SE
SISML
SSC
TIR
TMA
UEN
VPL
Return on Assets (Retomo sobre o Ativo)
Return on Equity (Retomo sobre o Patrimônio Líquido)
Return on Investment (Retomo sobre o Investimento)
Sistema Corporativo
Setor Elétrico
Sistema Interligado
Security Market Line (Linha de Mercado de Títulos)
Subsistema Corporativo
Taxa Intema de
Retomo
Taxa de
Mínima
AtratividadeUnidade Estratégica de Negócios
Valor Presente Líquido
INTRODUÇÃO
1.1
Motivação
A
metodologia tradicional de planejamento da expansão dos sistemas elétricos foiconcebida nos anos
70
e teve sua implantação consolidada ao longo dos anos 80,num
contexto caracterizado por estruturas monopolísticas e verticalmente integradas.
Os
contratos de suprimento
eram
renovados automaticamente e o financiamentodo
setor eraprovido por fundos públicos.
Nesta estrutura, a data de entrada
em
operação deum
projeto era determinadabasicamente pela obrigação de servir (atendimento de novos consumidores) e pela violação
de critérios de confiabilidade. Assim, a seleção e a priorização dos investimentos seguia
Luna lógica sistêmica que independia, relativamente, dos agentes
econômicos
envolvidos.A
reestruturaçãodo
setor elétrico brasileiro, iniciadano
primeiro semestre de 1995,alterou
fundamentalmente
ofimcionamento
e a estruturado
mercado
de energia elétrica.O
funcionamento
do mercado
pressupõe a separação entre ofluxo
fisico de energia e ofluxo
financeiro de contratos entre as empresas.
A
nova
estruturado mercado
contacom
novos
agentes e
novas
possibilidades de negócios, refletindo sobre as metodologias e osmodelos
para planejamento.
A
nova
estrutura setorial exigetambém
a adequação das metodologias e dosmodelos
para análise e seleção de projetos de investimentos.De
uma
forma
geral, asdecisões de investimento deverão subordinar-se a análises de competitividade
econômico-
financeira e de riscos dos projetos. Neste contexto, o presente trabalho propõe
uma
metodologia e
um
modelo,ambos
adequados
à avaliação de projetos de investimentoem
2
1.2
Apresentação do Problema
Um
problema
relevante ecomplexo
relacionado ao planejamentoda
gestãoempresarial de empresas de energia elétrica é a avaliação de ativos, tradicionalmente
denominada
avaliação de projetos de investimento.A
avaliaçao de projetos,em
geral,nao
constitui
um
fim, mas
um
instrumento que fornece informações para atomada
de decisão.A
avaliação de projetos de investimento consiste basicamenteem
duas etapas.A
primeira etapa é a construção
do modelo
matemáticodo
projeto. Estemodelo
é constituídopor
um
fluxo
de caixa de desembolsos eum
fluxo
de caixa de recebimentos.A
construçãodo
fluxo
de
caixa dos desembolsos e' geralmentemais
simplesque
ado
fluxo
de
beneficios,especialmente
porque
os prazos de maturação, durante os quais sedá
a aplicaçãodo
capital, são muito
menores
que a vida útil dos projetos, ao longoda
qual se recupera ocapital investido.
O
fluxo de recebimentos dos projetos,no
caso das fontes de geração,reflete a capacidade de produção de energia, que é
uma
variável aleatória,em
função deincertezas nas afluências e de indisponibilidade de equipamentos.
Além
disso,depende da
regra
de
operaçãoeconômica do
sistema edo
preçoda
energia que, senão
contratado bilateralmente,também
éuma
variável aleatória.A
segunda etapa da avaliação de projetos é a aplicação deum
critério de avaliação.Estes critérios
procuram
agregar osfluxos
de caixanum
índice de mérito quantitativo.Os
métodos
tradicionalmenteempregados no
setor elétrico são o Valor Presente Líquido(VPL)
e aTaxa
Interna de Retorno (TIR), querefletem
o retornodo
fluxo
de
caixa.No
entanto, dianteda
nova
estrutura setorial,um
novo
elemento deve serconsiderado
na
avaliação de projetos de investimento: o risco.O
risco deum
projeto deinvestimento surge devido a incertezas quanto ao seu retorno, que, por sua vez,
depende
fundamentalmente de
seufluxo
de caixa.Assim
sendo, incertezas quanto a parâmetroscontratuais, incertezas na estrutura de financiamento, incertezas nas cláusulas de correção
monetária, incertezas
no
preço spot e incertezas nas afluênciaspodem
afetarsignificativamente o
fluxo
de caixa de tun projeto e, por consequência, seu nível deretorno e risco. -
Assim,
a reestruturação do setor requertambém
a adequação das metodologias edos
modelos
para avaliação de projetos de investimento.As
novas metodologias deverãorepresentar a dinâmica de investimento e de
financiamento
de curto e longo prazo deprojetos, de
forma
a explicitar os efeitos dos elementos de risco.1.3
Objetivos
O
presente trabalho de pesquisa objetiva a formulaçao deuma
metodologia e odesenvolvimento de
um
modelo,
ambos
adequados
à avaliação de projetosde
investimento
em
ambiente
competitivo.A
abordagem
utilizada para resolver esteproblema
é asimulação
dinâmica.O
novo modelo
demercado
de energia elétrica pressupõe a separação entre ofluxo
físico de energia e o fluxo financeiro de contratos entre as empresas.
No
presente trabalho,a ênfase
da
modelagem
é a representação dosfluxos
financeiros, materializados pelos contratos de curto prazo (negociadosno
Mercado
Atacadista de Energia) e pelos contratosde longo prazo (negociados livremente de
forma
bilateral).1.4
Estrutura
do Trabalho
Para alcançar os objetivos propostos, a monografia está estruturada
em
setecapítulos, incluindo este introdutório,
como
indicado a seguir.No
Capítulo 2 é analisada a evolução das metodologiasempregadas no
planejamento da expansão
do
setor elétrico e é propostauma
metodologia para análise deprojetos de investimentos
no
setor elétrico.As
metodologias são analisadas durante osperíodos pré e pós-reforma
do
setor, destacando aspectosda
estrutura setorial e doprocesso de planejamento.
A
metodologia proposta visacomplementar
a metodologiatradicional para planejamento,
no
tocante à avaliação de projetos de investimentoem
ambiente competitivo.
No
Capítulo 3 são discutidos osmodelos
para planejamentoda
expansãodo
setor eé proposta
uma
modelagem
conceitual para oproblema
de avaliação de projetosem
ambiente competitivo.
A
análise dosmodelos
é efetuada enquadrando-osem
três faseshistóricas, representativas
da
evoluçãoda
metodologia de planejamento,tomando
como
referência as abordagens conceituais dominantes
em
cada fase.O
modelo
proposto85
A
avaliação qualitativa de opções analisa o efeito dos fatores de influência sobre ovalor de
uma
opção.No
entanto, é necessária a deterrninação numéricado
valor de opções,de
forma
a permitir atomada
de decisão.Os
doismétodos
principais para avaliação deopções, desenvolvidos
com
basena
análisedo
mercado
de ações financeiras, são ométodo
binomial
(modelo
de risco neutro) e omodelo
proposto porBLACK
eSCHOLES
[21].O
modelo
binomial éadequado
para avaliação de curto prazo,uma
vez quepressupõe apenas dois cenários de preços futuros para o
mercado
spot.Na
prática, observa-se que
há
uma
infinidade de possíveis preços spot futuros,tomando
0método
inadequadopara a avaliação de opções
em
mercados
voláteis. Destemodo,
a simpliñcação pressupostapelo
modelo
otoma
válido apenas para períodos de análise muito curtos.O
desenvolvimento teóricoda
teoriade
opções financeirastem
como
marco
principal o trabalho de
BLACK
eSCHOLES
[2l],em
que é apresentadauma
expressãoanalítica para avaliação de
opção
de compra. Estes autores desenvolveramum
modelo
apropriado para os casos reais, considerando que o preço futuro da ação
pode
assumiruma
faixa incerta de valores possíveis.
Assim,
o valor deuma
opção decompra
peloModelo
Black-Scholes é
dado
por:V0,
=
sf
N(â,)_ PE
.‹z'Rf' A/(dz) (32) Sendo: â, =.l"_ ¬”(Rfi
"gt
(33) xl oz t dzzd,-m
<34>Onde:
02 variância anual
do
preço spotN
(d) probabilidadeda
distribuiçãononnal
padrão ser inferior ad
P5
preço de exercícioRf
taxa anual livre de riscoMETODOLOGIA
DE PLANEJAMENTOz
EVOLUÇÃO
E
PERSPECTIVAS
As
mudanças
estruturaisdo
setor elétrico brasileiro, decorrentes das reformasiniciadas
em
1995,provocaram
alteraçõesno
processo ena
metodologia de planejamento.O
presente capítulo descreve as metodologiasempregadas no
planejamentono
setorelétrico brasileiro e apresenta
uma
proposta de metodologia para a análise de projetos deinvestimento
em
ambiente competitivo.A
análise das metodologias aborda a estruturasetorial e O processo de planejamento, tanto
no
período anterior quantono
períodoposterior às reformas setoriais.
2.1
Evolução
das Metodologias de
Planejamento
2.1.1 Período Pre'-Reforma
O
período pré-reformado
setor elétrico brasileiro estendeu-se atémeados
do ano de1995,
quando foram
editadas as leisque
criaram as figuras de Produtor Independente deEnergia (PIE) e
consumidor
livre. -O
modelo
organizacional vigenteno
período anterior à reestruturaçãodo
setor émostrado
na
Figura 1.O
setor estava vinculado ao Ministério dasMinas
e Energia(MME)
e era
composto
peloDepartamento
Nacional deÁguas
e Energia Elétrica(DNAEE),
Centrais Elétricas Brasileiras S.A. (Eletrobrás) e por
empresas
concessionárias federais,estaduais, municipais e privadas.
O
MME
era O órgão responsável pela elaboração dapolítica global
do
setor elétrico, enquanto ODNAEE
era o órgão regulador.A
Eletrobrás,empresa
holding federal, era responsável pela coordenação doplanejamento
da
expansão e da operaçãodo
sistema, pela gestão financeira e empresarial epela articulação
do
setorcom
a indústria. Vinculadas à Eletrobrás estavam as seguintes empresas:87 Geração Í - ¡ ›; « ç ..¿__' vjscativos. Livres Ç '' Consumidores \
4
___;Figura
44
-
Cadeia de
Suprimentode
EletricidadeNa
cadeia de suprimento, a eletricidade é produzida porum
agente gerador que avende
aum
D/C
(distribuidor/comercializadorque pode
ser atacadistaou
varejista).Os
atacadistas
compram
evendem
eletricidade a varejistas,que
são responsáveis pelavenda
de eletricidade ao
consumidor
final.Os
varejistaspodem
vender aos consumidores livresatravés de contratos bilaterais personalizados (e aos consumidores cativos via tarifas
reguladas). Estas transações
podem
ser arranjadas porum
corretor,que
nãoassume
direitossobre a eletricidade vendida,
mas
cobrauma
comissao para aproximarcomprador
e vendedor.A
cadeia de suprimento aqui ilustrada é genérica,embora na
prática muitasindústrias
combinem
diversas funçõesnuma
mesma
empresa.O
papel de atacadistapode
ser
desempenhado,
por exemplo, porum
gerador, poruma
companhia
de distribuiçãoou
por
um
comercializador.Na
medida
em
que
as funções sãodesempenhadas
porcompanhias
independentes, os contratos são necessários para integrar a indústrianum
todocoerente.
Nos
mercados
com
competiçãono
atacado, a competição leva à criação deum
mercado
atacadista, que permite aos atacadistas equilibrarem suascompras
e vendasno
spot.
Quando
há
competiçãono
varejo, é possível estabelecer tarifas (e contratos)competitivos na
venda
direta aos consumidores,como
altemativa às tarifas reguladas.A
árvore de decisão associada aum
contrato bilateral típico é apresentada Figura45. Este tipo de contrato consiste na definição
de volume
e preço (negociados no dia dehoje) para entrega ao longo
ou
numa
data futura, e não admite flexibilidade contratual.Neste caso,
mesmo
que
o preço spot seja favorável parauma
das partes, as partesconsiderava critérios de atendimento ao mercado, disponibilidade
de
recursos financeiros eviabilidade física dos empreendimentos, incluindo aspectos sócio-ambientais.
Dadas
ascaracteristicas físicas do sistema gerador, basicamente hidroelétrico, de grande porte e
envolvendo intercâmbios expressivos de energia entre as regiões
do
País, as estratégias deexpansão
eram
planejadas deforma
integrada, a partir deuma
visão estratégica de longoprazo.
As
funções de planejamentoda
operação,programação
e despachoeram
deresponsabilidade
do
GCOI
(GrupoCoordenador
paraOperação
lnterligada). Estasatividades
eram
realizadas a partir dos dados de afluências hídricas, níveis dosreservatórios, disponibilidade das usinas e custos de combustíveis.
Modelos
de otimizaçãohidroténnica
com
discretização semanaleram empregados
para solucionar os problemas deplanejamento
da
operação,programação
e despacho.As
característicasdo
sistema,mencionadas
anteriormente, exigiamque
a operaçaofosse realizada de
forma
coordenada, devido à interconexão entre os sistemas elétricos dasempresas, interdependência operativa entre as usinas e entre os recursos de geração e
transmissão
no
atendimento àdemanda.
As
atividadesdo
GCOI
eram
intrinsecamenteligadas às
do
GCPS,
considerando a expansãodo
sistema planejado, identificandorestrições operacionais e critérios de suprimento de longo prazo.
Neste contexto, o
mercado
global de energia elétrica era projetadoem
nívelnacional e regional
segundo
critérios dedecomposição puramente
espacial,ou
seja, omercado
de cadaempresa
era omercado
de sua área de concessao.Algumas
características adicionaisdo
ambiente pré-reforma são relacionadas aseguir:
0 as concessionárias
de
energia elétricaeram
verticalmente integradas enão
haviacompetição, pois se caracterizavam
monopólios
regionais;0 não existiam consumidores livres, pois todos os consumidores
eram
cativos;0 o setor era financiado principalmente via Eletrobrás,
BNDES
e agências multilaterais;° os encargos de transmissão e distribuição
eram
embutidosno
preço da energia;° os preços (regulamentação econômica)
eram
regulados peloDNAEE,
com
baseno
8
0 a regulamentação e regulação técnica era exercida pelo
DNAEE,
restringindo-se aomonitoramento
da qualidade de atendimento do consumidor final. Praticamente nãoexistiam penalizações e procedimentos obrigatórios;
0 o risco
do
déficit, adotado peloGCPS,
era de5%;
0 toda a energia era
comprada
via contratos, firmados entre distribuidora e supridoraregional, enquanto
que
osfluxos
de energiaeram
totalmente negociadosno
âmbito doGCOI.
O
preçoda
energia (contratos de longo prazo) era regulado peloDNAEE
osexcedentes de geração
no
curto prazo (energia secundária)eram
gerenciados pelassubsidiárias
da
Eletrobrás.Não
haviamercado
spot de energia elétrica,e0 a conta de combustível da geração térmica
(CCC)
era rateada entre as empresas,segundo
critério da Eletrobrás.No
período pré-reforma, a estruturado problema
de planejamentoda
expansãoenglobava os planejamentos
da demanda,
geração e transmissão, e interagiacom
oplanejamento
da
operaçãono
horizonte de curto prazo.A
Figura 2 apresenta esta estruturae os agentes executores, descritos anteriormente.
Cenários de Demanda (GCPS) Demanda a LP Planejamento da Geração (GCPS) I Demanda a MP P no da ansão L' ' es de n ercâmb'o aC Pa Exp m j V Planejamento da Transmissão (GCPS) | I.. Demanda Despachos p ano M Decena F odu o e Res_r§ões de n e càmbbs T ansm ssão .. ~. › Planejamento da Operação (GCOI) _... Plantas de Geração , lnterligações (PGI) |
A
Figura 2 não explicita a divisão temporaldo
planejamentoda
operaçao, queenglobava os planejamentos
da
operação de curto,médio
e longo prazos.Em
geral, oplanejamento
da
operação de longo prazo interagiacom
o horizonte de curto prazo doplanejamento
da
expansão, indicando as possíveis restrições de transmissão associadas aosplanos decenais.
O
planejamentoda
operação de curto prazo fomecia os despachos dasunidades geradoras e dessas recebia os valores de produção e intercâmbios realizados.
O
planejamento daldemanda, por sua vez,fomecia
os cenários dedemanda
a longoprazo (LP),
médio
prazo(MP)
e curto prazo (CP),que
balizavam osdemais
estudos deplanejamento. Para atender a
demanda
a longo prazo, o planejamentoda
geraçãodeterminava o plano de construção de novas plantas geradoras,
com
baseno
custo e nosrequisitos de energia, e associava a cada planta a data prevista de entrada
em
operação.O
planejamento
da
transmissão estabeleciaum
plano de obras de interligações e respectivosinvestimentos,
com
vistas ao atendimentoda
demanda
amédio
prazo,com
base nos planosde expansão
da
capacidade de geração e nas eventuais restrições detectadasno
planejamento
da
operaçao.Por
fim,
considerando osmeios
de produção e transmissão efetivamentedisponiveis, o planejamento
da
operação avaliava as condições de atendimentoda
demanda
a curto prazo e definia as unidades geradoras
que deveriam
ser operadas,bem
como
seus respectivos níveis de produção.A
soluçãodo problema
global era obtida por interações entre as atividades de planejamento, através deum
processo de otimização/simulação, que visava a obtenção doplano ótimo.
Assim,
as decisões de produção e intercâmbio, efetivamente implantadasem
nível de plantas e interligações,
eram
informadas ao planejamentoda
operação, quereavaliava as restrições de transmissão.
Se
as restrições de transmissãofossem
persistentes,deveriam
ser contempladasno
planejamentoda
transmissão, seja para reavaliar oprograma
de obras
ou
para determinarnovos
limites de intercâmbio.Os
novos
limites de intercâmbiodeveriam
ser então reavaliadosno
planejamentoda
geração,podendo
induzirmudanças
noplano de expansão da geração.
O
objetivodo
planejamento de sistemas de energia, no contexto pré-reforma,consistia na determinaçao
da
data de entradaem
operação de instalações necessárias paraatender ao crescimento
da
demanda
de energia elétrica. Esteproblema
envolviauma
/@
solução de
compromisso
entre o nível de confiabilidade desejado pelos usuários e os custos decorrentes deste nível de confiabilidade,conforme
ilustrado na Figura 3 [44].C
ustos A Custo Total\/
Custo de I Investimento Custo de Operação , Nível deR
Ófimo ConfiabiiidadeFigura 3
-
Planejamento
Baseado
na ConfiabilidadeDevido
à complexidade desteproblema
e considerando que as incertezas seampliam na medida
em
que se estende o horizonte de planejamento, surgiu a necessidadede
decompor
oproblema
deexpansão
em
subproblemas demenor
porte e complexidade.Assim, as empresas de energia elétrica realizavam os estudos de planejamento
em
etapas,conforme
os critérios dedecomposição
indicadosna
Tabela 1 [44].Tabela
1-
Critériosde
Decomposição
do Problema de
PlanejamentoCritério
Etapas
Geraçao
(produçao)Funcional Transmissão (transporte)
Distribuição
Longo
prazo(N+l5
aN+30)
Temporal
Médio
prazo(N+5
aN+l5)
Curto prazo
(N+3
aN+5)
Nível nacional
Espacial Nível regional
Nível local
A
decomposição temporal
baseava-se no fato que a natureza das decisões a seremtomadas
variavaem
fimção
do
horizonte,como
detalhado a seguir.°
A
longo prazo, o objetivo era determinar as opções estratégicas de evoluçãodo
sistemaelétrico,
em
termos de opções tecnológicas para geração e transmissão, evoluçãoexemplo. Através destas análises
podiam
ser determinadas as metas energéticas e asconfigurações (topologia básica e
composição
dosramos
eda
rede de referência) paraos estudos de
médio
prazo.Como
subproduto desta etapa estavam asmetas
dedesenvolvimento tecnológico e as politicas de industrialização necessárias para a
expansão futura.
0
A
médio
prazo, os estudos cobriamum
periodo que variava de 5 a 15 anos e tinhacomo
objetivo a determinação das datas de entradaem
operação das plantas de geração e de transmissão,bem como
a localização das centrais de geração e das subestaçõesprincipais
do
sistema.Como
produto desta etapa, resultavam os planos decenais degeração e transmissão e as condições de abastecimento
da
demanda
neste horizonte,em
particular ao que diz respeito aos riscos de déficit,
consumos
esperados de combustível,evolução da necessidade de equipamentos, etc.
0
A
curto prazo, os estudos cobriamum
periodo de 3 a 5 anos e tinhacomo
objetivoprincipal adequar o plano de expansão de referência aos condicionantes
da
conjunturaeconômica
e politicado
Pais,bem
como
estabelecer a interface entre os estudos deplanejamento da expansão e da operação
do
sistema.O
produto principal desta etapaera o plano de obras e a rentabilidade imediata dos vários projetos.
O
critério dedecomposição
espacial era realizadoem
três níveis, de acordocom
oobjetivo.
Desse
modo,
o planejamento globaldo
setor elétrico era feitoem
nível nacional edefinia
a política energética.Em
nível regional situavam-se as empresas responsáveis pelosuprimento
da
área sob sua abrangência, que por sua vez supriam as concessionáriasda
suaregião. Neste nível era realizado,
também,
o planejamento das interligações entre asregiões, de
modo
a reduzir a necessidade de expansão individual das concessionárias.Em
nível local encontravam-se as empresas de distribuição,
com
ou
sem
geração própria. Nestecaso, o planejamento objetivava
também
verificar se era mais vantajosoaumentar
o parquegerador
da
distribuidoraou
adquirir energiada empresa
regional.Os
estudos realizadosem
cada etapado
planejamento são mostradosna Tabela
2[44].
O
planejamento da distribuiçao era realizadoem
etapas independentes, pois naoTabela
2-
Estudos Realizados no Planejamentoda
Expansão
Critério iEstudos
Sub-Sistemas/Componentes
Longo
Prazo Estudo de Inventário Avaliaçoes Tecnológicas Planejamento Conceitual Geração Geração/Transmissão Geração/ InterligaçõesMédio
PrazoExpansão
Dimensionamento
Localização Geraçao/Transmissao Usinas/ Circuitos Usinas Ténriicas/SE`s Curto Prazo Suprimento Energético Priorizaçao deObras
Limites deEquipamentos
Geraçao/Transmissao Transmissão/ Subtransmissão Reatores/TF's/Disj untores DADOS Cenários de Mercado-í->
Recursos Energéticos-à->
Alternativas Tecnológicas Requisitos de MercadoCustos Modulares
-i?-D>
Cronogramas Ti picosRequisitos de Mercado
Orçamentos de Obras
*->
Tetos de InvestimentoETAPAS/RESULTADOS
ESTUDOS DE LONGO PRAZO:
- Análise de Competitividade - Planejamento Conceitual
- Análise Prospectiva
ESTUDOS DE MÉDIO PRAZO:
- Estudos de Suprimento
- Estudos de Dimensionamento - Estudos de Localização
‹PIÉüÊfië`ãëfëräiiëiäííÍšš5?sT
ESTUDOS DE CURTO PRAZO:
- Estudos de Suprimento - Priorização de Obras - Estudos Tarifários ea _ f, . tw `\.,;. .. ,, tz_:.;"; Y z/«>;äö§'ëzÍfiiflt°°t29r@= f› Rastriçoesbpemflvas s ‹»› Kit' `Í'Í4t‹~ .» .‹~z .â Í~~. -t ,Y ., I~,<zÍ‹-Í ~
mesmo
tempo
que viabilizava a soluçãodo problema
de planejamento, adecomposiçao
exigiaadequado encadeamento
dos resultados de cada etapa Esteencadeamento, realizado através de
um
fluxo
de inforrnaçoes, era necessário para garantiraconsistência
do
planocomo
um
todo.O
fluxo
de infomiações é ilustradona
Figura 4 [44] PRODUTOS Estudos de Inventário Política Industrial Programa de P&D Estudos de Viabilidade Programação Industrial Programa de Investimentos Projetos Básicos Programação Empresarial Contratos de Suprimento2.1.2 Período
Pós-Reforma
A
estrutura institucional anteriormente descrita e o processo de planejamentoassociado funcionaram satisfatoriamente, tanto nos aspectos financeiros
como
técnicos, até0 inicio
da
década de 80.A
expansãodo
sistemaacompanhava
a projeçãodo
crescimentoda demanda.
O
aporte financeiro para expansão era proveniente de três fontes básicas:da
geração interna de recursos a partir das tarifas, de recursos do Estado, e de empréstimos
obtidos principalmente no sistema financeiro intemacional.
No
inicioda
década de 80, verificou-seuma
degradação financeira dasconcessionárias,
como
conseqüência dacombinação
de inflação, tarifas congeladas,dificuldades
na
captação de empréstimos epagamento
dos empréstimos realizados nadécada
de 70.Como
resultado, na década de 90, ogovemo
brasileiro iniciou areestruturação do setor elétrico,
com
a publicação de diversas leis e decretos.O
objetivo desta reestruturação, segundo o Projeto de Reestruturaçãodo
SetorElétrico Brasileiro (Projeto
RE-SEB)
[ll], é permitir aoGoverno
concentrar-seem
suafunção de regulamentação do setor, propiciando a transferência
da
responsabilidade deinvestimento ao setor privado.
A
Figura 5 esquematiza a estruturado
setor elétricobrasileiro
no
período pós-reforma.Transmissão
ANEEL
~~> _ GeraçaoW
»z » lê' “»"*\;"** “É tv « Q ë,,;*,» et ›‹‹*r=; 'ôf fz: "‹'.,:: ..«c\‹‹_-mig-_ “ 7-š'*` Êlffz *ÊÊ *a ' a P Q èà s J ,õ a» .› 1 ,aCCPE
âD/C
*ez ^°°"'° ›. F' na n ce' ro \›.«..».‹_.r....›,r,.~.à._f. a _ r.. »\smc¬~a-.~.-~..».=.,.:. z ~\ _. š; ConsumidoresFigura 5
-
Estrutura Setorialno
PeríodoPós-Reforma
A
característica principal donovo
modelo
é a introduçãodo
Mercado
Atacadista deEnergia
(MAE),
que substitui o tradicional sistema de preços regulamentados e contratosde
suprimento porum
sistema de livre mercado.A
operaçãodo
MAE
baseia-sena
14
energia é negociada diretamente entre as empresas através de contratos que
definem
volume, preço e prazo. Para o
adequado
funcionamentodo
MAE,
foram
desenvolvidasregras, detalhadas
em
[5].A
Figura 6 apresenta o funcionamento doMAE,
onde
as empresas DE/C estabelecemcontratos bilaterais
com
geradores hidráulicosou
térmicos G;/G,.A
energia contratadaE(CY)
éremunerada
pelo preço de contrato$CT.
A
energia não contratadaE(nCY)
éliquidada ao preço
MAE,
pelo custo marginal de operação,$CMO.
O
preçoMAE
define
o valor da energianão
contratada e baseia-se nos custosmarginais de curto prazo que são subprodutos dos
modelos
de otimização usadosno
planejamento da operação
do
sistema, conduzido pelo Operador Nacionaldo
Sistema(ONS).
Os
modelos
de otimização representam as característicasdo
sistema hidrotérmico, arede de transmissão, as interligações entre
submercados
e as interconexões internacionais.Uma
vezque
todas as fontes de recursos disponíveis para atendimento dademanda
sãoconsideradas nos
modelos
de otimização, os custos marginais de curto prazo refletem ocusto
da
utilização racional dessas fontes.Os
aspectos técnicos de operaçãodo
sistema sãotratados nos Procedimentos de
Rede
do
ONS,
que cobrem
aprogramação
e o despachoótimos
em
todos os horizontes eem
tempo
real.Disponibilidade
/
mf/
Të°f“°aM
MRE I ~,
f~›‹
H
Despacho/
Previsto e $CMO/
Realizado/
Emm.) l Acordo de/
Í T Prestação Com- t 5 ST de ServiçøMerCad°
\
EÍT)TT
Biiareíals\z
“'\› E(nCT) $UT $CMO I/Ainda
na
Figura 6, as empresas de transmissãoT
e oONS
finnam
contratos de usodo
sistema de transmissão, erecebem
$UT
para disponibilizar seus sistemas aoONS.
Os
agentes
pagam
encargos de transmissão aoONS
($T), pelo direito de uso da rede básica.A
energia entre os geradores participantes do
Mecanismo
de Realocação de Energia(MRE)
éremunerada
por$OT,
o valor da energia de otimização, necessário para cobrir os custosvariáveis de
O&M
das centrais hidrelétricas. Atravésdo
MRE,
cada gerador recebecréditos proporcionais à energia assegurada e à geraçao corrente de suas plantas.
Em
resumo, a negociação de energia é realizada através de contratos bilaterais delongo prazo e através do
mercado
spot de curto prazo.O
preço da energiaem
contratos delongo prazo é livre, enquanto que o preço da energia no
mercado
spot reflete o customarginal
do
sistema.Apenas
osfluxos
não contratados são negociadosno
MAE.
Uma
dasmudanças
fundamentaisda
nova
estrutura organizacional está relacionada aos contratos decompra
evenda de
energia.No
novo
ambiente, atomada
de decisão quanto aos contratos consisteem
definir osvolumes
de energia negociados via contratos bilaterais emercado
spot.
O
agente responsável pelo planejamento operacional, programação, despacho etransmissão é representado pelo
ONS
(Operador Nacionaldo
Sistema Elétrico). Esseagente recebe dados sobre afluências, níveis de reservatórios, disponibilidade de usinas e
custos
de
combustíveis.A
partir destas informações, planeja a operaçãodos
sistemasatravés
de
procedimentos semelhantes aos anteriormenteem
vigor.Como
partedo
estágiofinal
do
planejamento operacional, oONS
calculaum
preço que representa o customarginal
do
sistemaou
preço spot,em
que a oferta edemanda
estarão equilibradas.A
Agência
Nacional de Energia Elétrica(ANEEL)
é o órgão responsável pelaregulação técnica e econômica,
além
da fiscalizaçãodo
setor elétrico.Sua
missão éassegurar
o
suprimentoadequado
de eletricidade, confiável e a preço razoável, aconsumidores
existentes e novos. Para isto, faz uso da regulação de preçosquando houver
monopólio
e incentiva a concorrênciaquando
este forum
mecanismo
prático e eficiente.A
regulamentação técnica contempla critérios para planejamento indicativo
da
geração,planejamento
da
expansão e operação do sistema e assegura a otimizaçãodo
sistema.Além
disso, inclui o monitoramento e aplicação de penalidades relativas às atividades de
comercialização para atendimento ao
mercado
cativo, e à qualidade de atendimentodo
16
O
agente planejador efetua o planejamento indicativo do sistema e dos novosinvestimentos, antes realizado pelo
GCPS
de forma detenninativa.O
planejamentoindicativo é coordenado pelo
CCPE
(Comitê Coordenador do
Planejamento da Expansão).Sua filosofia
é planejar o sistema de transmissão deforma
a atender os requisitos demercado
edo
plano de expansãoda
geração.Além
disso, divulga sinais de preço paraestimular o ingresso de novos geradores e consumidores para regiões que
minimizem
o custo globaldo
sistema.No
planejamento da expansãoda
geração a curto prazo, cadaagente realiza seu próprio planejamento.
O
transporte e a distribuição de energia elétrica,monopólios
naturais, sãoregulamentados e definidos por nível de tensão.
O
sistema de transmissão (rede básica)compreende
o conjunto de ativosem
tensão de230
kV
ou
superior,além
das conexõesintemacionais
em
tensão de 138kV
ou
acima.O
sistema de distribuiçãocompreende
oconjunto de ativos
da
redeem
tensão inferior a230
kV.Os
encargos de transmissão edistribuição são cobrados separadamente pelos serviços de transmissão e distribuição [11].
Atualmente, as atividades de distribuição e comercialização
têm
sido realizadas poruma mesma
empresa, as assim designadas empresas de distribuição/comercialização(empresas D/C's).
O
mercado consumidor
destas empresas passa a sercomposto
porconsumidores cativos, que não
podem
escolher o fomecedor, e por consumidores livres,que
podem
comprar
energia diretamente de qualquer gerador,do
MAE
ou
de outrasempresas D/C's.
Os
consumidores cativos estão sujeitos a preços regulados pelaANEEL,
enquanto que os consumidores livres estao sujeitos a preços estabelecidos pela
concorrência e
podem
ser atendidos por qualquer produtorou
diretamente peloMAE.
Outra
mudança
fundamentalda nova
estrutura organizacional está relacionada aofinanciamento do
setor. Antes financiado quase exclusivamente através de fundos públicos,agora o setor é basicamente financiado pelo setor privado.
As
principais modificações danova
estrutura de planejamento, ilustradana
Figura7,
em
relaçao à tradicional, são descritas a seguir.1.
A
estrutura tradicional, baseadanum
único enfoque, de caráter sistêmico e›`
Parte da estrutura tradicional foi mantida,
com
modificações
nos órgãos executores eelaboradores
do
planejamento da geração (gestão setorial indicativa) e planejamento datransmissao (gestão setorial determinativa);
Sob
enfoquede
mercado
estão oMercado
Atacadista de Energia e os novos agentes demercado;
As
inter-relações dos agentes demercado
com
Órgãos e hierarquias de planejarnentosão explicitadas. Por exemplo, o planejamento da geração
fomece
a projeçãodo
CustoMarginal de
Longo
Prazo(CMLP),
com
base na qual os agentes poderão desenvolverpropostas
de
construção de novas plantas. Relações similares observam-se nosplanejamentos
da
transmissão eda
operação;Destaca as plantas
como
um
elo "natural" entre os enfoques setorial (indicativo edeterminativo) e o de mercado;e
A
nova
estrutura evidenciaum
novo
problema de decisão,que
é a análise e seleção deprojetos
de
investimentoem
ambiente competitivo.A
investigação de fonnas desolução deste
problema
de decisão é o principal objeto de análisedo
presente trabalho18
Gestão Setorial Gestão Empresarial
Propostas de Projetos Planejamento da
GGSÍÊO
Ge'aÇa° CMLP EstratégicaP
ano nd`cat'vo L'm'tes de cámb o ro etos e omra os -›de s m nho .- ore pe ._ nterP C
nd cad se Projetos j_
t Transmissão › ~ _ i _ _ Ta"f'” j Financeira . ¡ 7 DeP
ano de Expansão smeões ae ansm ssão_
Recllrsos Re nas Re Tr :_ ^ 7 Ofertas Técnicas ,:' f Í Planejamento da ':_ . L " preço spot Produção e ntercâmbos Contratos B' a era's “ eceb mentos Pagamen os .- ‹-Faturamento e Liquidação de Energia
______
Gestão ode Mercado
Figura 7
-
Processo de
Planejamento no PeríodoPós-Reforma
2.2
Perspectivas
para
a
Metodologia de Planejamento
A
competição exige a reformulaçãoda
metodol giaeo
dosmodelos
deplanejamento. Esta seção apresenta
uma
nova
metodologia para a análise de projetos deinvestimento,
adequada
à situação deum
setor reestruturado. Inicialmente é apresentada aestrutura de planejamento de negócios proposta por
MOROZOWSKI
[43],que
aborda os2.2.1
Nova
Estruturade
Planejamento
Conforme
MOROZOWSKI
[43], a estrutura para o planejamento de negóciospode
ser analisada sob dois enfoques: técnico-econômico e econômico-financeiro.
Sob
oenfoque técnico-econômico, a estrutura de planejamento, ilustrada
na
Figura 8, reflete aestrutura física e operacional dos sistemas elétricos, através de
um
processo hierarquizadoem
três níveis: sistema interligado (SI), sistema corporativo (SC) e subsistema corporativo(SSC). Sistema Interligado 'f*z1É Í=ÍfÍ°'9fP9'*iãÊ'Y°Í2`~7Í ,:;¿;¿¿ Ê: .1= i ,._z¿z=‹'4g,i¿ ~,.‹;.›>\ '_':- 'i'-lašcíäé/“r¿š›<zz."« P lamas
Figura 8
-
Estruturade
Planejamento: EnfoqueTécnico-Econômico
O
Sistema
Interligado (SI)compreende
os equipamentos e instalações paraprodução, transmissão e transformação de energia elétrica operados pelo
ONS.
O
SIcompreende
também
os recursos energéticos (hidrológicos, combustíveis fósseis e físseis)utilizados
como
fontes primáriasna
produção de energia elétrica.O
planejamento e aoperação
do
SI objetivam atender aos requisitos de energia elétrica dos agenteseconômicos
associados à produção, transporte e distribuição de bens e serviços. Estesrequisitos são usualmente apresentados sob a
forma
de projeçõesda
demanda
de
energiaelétrica.
O
Sistema Corporativo
(SC) éum
sistema elétrico virtualformado
pelo conjuntode ativos, contratos, concessões e permissões que
definem
as possibilidades de negócios deumacorporação.
No
caso simplificado (empresa de comercialização pura, por exemplo), oSC
engloba apenasuma
malha
de contratos de acesso e de uso do SI.No
caso geral,em
que
a corporaçãocompreende Unidades
Estratégicas deNegócio
(UEN's) de geração,transmissão, distribuição, o