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Plano de combate a incêndio do centro de tecnologia e setor IV da UFRN

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(1)

INGRID TAINÁ SENA DE OLIVEIRA

PLANO DE COMBATE A INCÊNDIO DO CENTRO DE TECNOLOGIA E SETOR IV DA UFRN

NATAL – RN 2019

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE TECNOLOGIA

(2)

Ingrid Tainá Sena de Oliveira

PLANO DE COMBATE A INCÊNDIO DO CENTRO DE TECNOLOGIA E SETOR IV DA UFRN

Trabalho de conclusão de curso na modalidade Monografia, submetido ao Departamento de Engenharia Civil da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como parte dos requisitos necessários para obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil.

Orientadora: Profa. Dra. Micheline Damião Dias Moreira.

Natal – RN 2019

(3)

Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN Sistema de Bibliotecas - SISBI

Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Central Zila Mamede

CDU 614.84 RN/UF/BCZM

1. Incêndio - proteção contra acidentes - Monografia. 2. Combate à incêndio - Monografia. 3. Instalações de combate à incêndio - Monografia. I. Moreira, Micheline Damião Dias. II. Título.

Oliveira, Ingrid Tainá Sena de.

Plano de combate à incêndio do Centro de Tecnologia e setor IV da UFRN / Ingrid Tainá Sena de Oliveira. - 2019.

108 f.: il.

Monografia (graduação) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Tecnologia, Curso de Engenharia Civil. Natal, RN, 2019.

(4)

Ingrid Tainá Sena de Oliveira

PLANO DE COMBATE A INCÊNDIO DO CENTRO DE TECNOLOGIA E SETOR IV DA UFRN

Trabalho de conclusão de curso na modalidade Monografia, submetido ao Departamento de Engenharia Civil da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como parte dos requisitos necessários para obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil.

Aprovado em 29 de novembro de 2019:

___________________________________________________

Profa. Dra. Micheline Damião Dias Moreira – Orientadora

___________________________________________________

Prof.– Ms. Eckhard Mozart Bezerra da Costa

___________________________________________________

Capitão BM Daniel Gleidson do Nascimento (CBM-RN)

NATAL-RN 2019

(5)

RESUMO

A prevenção contra incêndios nas edificações é um item primordial, para a segurança da mesma. Seu estudo e aplicação devem ser realizados com seriedade e comprometimento, a fim de cumprir todos os requisitos necessários a uma edificação plenamente segura. Este trabalho objetiva analisar e adequar as Instalações de Combate a Incêndio do Setor IV e Centro de Tecnolgia da UFRN, de forma a obter como resultado final um plano de combate a incêndio eficiente e acessível. Desta maneira, o trabalho inicia com uma revisão bibliográfica do tema para um embasamento teórico adequado, com posterior análise do projeto arquitetônico existente das edificações para verificações de medidas e possíveis conformidades e não conformidades. A posterior, realiza-se verificações em campo para averiguar os itens exigidos e suas possíveis adequações. Desse modo, é feita a aplicação de questionário participativo do público pertencente aos setores, para captação de ideias mais concretas. Obtendo, assim, a partir das análises realizadas, um plano de combate a incêndio, adequado as Instruções Técnicas vigentes, de forma a proteger as edificações em situações de incêndio. Os locais em estudo possuem algumas medidas de combate a incêndio, entretanto, mostram deficiência em alguns itens, sendo essencial a sua adequação em projeto e em efetividade, para se obter edificações plenamente seguras.

Palavras-chave: Proteção contra incêndio. Instalações de Combate a Incêndio. Plano de Combate a Incêndio. Instruções Técnicas. Segurança.

(6)

ABSTRACT

Fire protection and prevention in buildings is a prime item. Their study and application must be carried out with seriousness and commitment in order to fulfill all the requirements necessary for a fully secure building. This paper aims to analyze and adapt the UFRN Sector IV and Technology Center Firefighting Installations in order to obtain an efficient and affordable fire control plan. Therefore, this work begins with a bibliographic review of the theme, for a proper theoretical basis, continues with an analysis of the existing architectural design of the buildings to verify measurements and possible conformities and unconformities. Subsequently, field checks are performed to ascertain the required items and their possible adjustments. Participatory questionnaires from the public belonging to the sectors are applied to capture more concrete ideas. Thus, obtaining from the analyzes performed, a firefighting plan, appropriate to the current Technical Instructions, in order to protect buildings in fire situations. The places under study have some firefighting measures, however, showing deficiencies in many items, being essential their adequacy in design and effectiveness, to obtain fully safe buildings.

(7)

SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ... 4 2 JUSTIFICATIVA ... 6 3 OBJETIVOS... 6 3.1 OBJETIVO GERAL ... 6 3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS... 6 4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ... 7 4.1 FOGO ... 7 4.2 INCÊNDIO ... 7 4.3 CLASSES DE INCÊNDIO ... 8

4.4 MÉTODOS DE EXTINÇÃO DO FOGO ... 9

4.5 DISPOSITIVOS DE COMBATE A INCÊNDIO... 10

4.5.1 Classificação das Edificações ... 10

4.5.1.1 Classificação da edificação quanto a ocupação ... 11

4.5.1.2 Classificação da edificação quanto a altura ... 12

4.5.1.3 Classificação da edificação quanto a carga de incêndio ... 13

4.5.1.4 Separação entre Edificações – Isolamento de Risco ... 14

4.5.2 Determinação dos Dispositivos de Combate a Incêndio ... 18

4.5.3 Extintores de Incêndio ... 22 4.5.4 Sinalização de Emergência ... 23 4.5.5 Iluminação de Emergência ... 25 4.5.6 Saída de Emergência... 26 4.5.7 Alarme de Incêndio ... 29 4.5.8 Brigada de Incêndio ... 31 4.5.9 Hidrantes e Mangotinhos ... 33 4.5.9.1 Hidrante Urbano ... 38

4.5.10 Segurança Estrutural contra Incêndio... 40

4.5.10.2 Elementos de Compartimentação e Paredes Divisórias de Unidades Autônomas ... 42

4.5.10.3 Materiais de Revestimento Contra Fogo ... 43

4.5.10.4 Isenção de TRRF ... 43

4.5.10.5 Edificação Aberta lateralmente ... 43

4.5.10.6 Ocupações Mistas ... 44

(8)

4.5.11 Compartimentação Horizontal ... 46

4.5.12 Controle de Materiais de Acabamento ... 46

4.5.12.1 Apresentação em Projeto Técnico e Solicitação de Vistorias ... 48

4.5.12.2 Exigências Aplicadas aos Substratos... 48

4.5.12.3 Impossibilidade de Aplicação do Método da NBR 9442 ... 48

4.5.13 Acesso de Viatura na Edificação ... 49

4.6 PLANO DE EMERGÊNCIA ... 50

4.6.1 Elaboração do Plano de Emergência Contra Incêndio ... 51

4.6.1.1 Informações da edificação ... 51

4.6.1.2 Procedimentos básicos de emergência ... 51

4.6.1.3 Divulgação e treinamento do plano de emergência contra incêndio ... 53

5 METODOLOGIA ... 55

5.1 DESCRIÇÃO DO ESTUDO ... 55

5.2 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA EM ESTUDO ... 56

6 RESULTADOS E DISCUSSÕES ... 59

6.1 CLASSIFICAÇÃO DA EDIFICAÇÃO CONFORME INSTRUÇÃO TÉCNICA 01 ... 59

6.2 SEPARAÇÃO ENTRE EDIFICAÇÕES (ISOLAMENTO DE RISCO) ... 60

6.3 DETERMINAÇÃO DOS DISPOSITIVOS DE COMBATE A INCÊNDIO... 61

6.4 AVALIAÇÃO DAS CONFORMIDADES OU NÃO CONFORMIDADES DAS MEDIDAS DE COMBATE A INCÊNDIO ... 63

6.4.1 Extintores de Incêndio ... 63 6.4.2 Saídas de Emergência ... 65 6.4.3 Iluminação de Emergência ... 69 6.4.4 Sinalização de Emergência ... 71 6.4.6 Alarme de Incêndio ... 74 6.4.7 Hidrantes ... 75

6.4.8 Acesso de Viatura na Edificação ... 80

6.4.9 Brigada de Incêndio ... 80

6.4.10 Segurança Estrutural contra Incêndio... 81

6.4.11 Compartimentação Horizontal ... 83

6.4.12 Controle de Materiais de Acabamento ... 84

6.5 ROTA DE FUGA ... 85

6.6 QUESTIONÁRIO ... 89

7 CONCLUSÃO ... 92

(9)
(10)

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Classificação das Edificações e Áreas de Risco Quanto à Ocupação. ... 12

Figura 2 - Classificação das edificações quanto à altura. ... 13

Figura 3 - Tabela de cargas de incêndio específicas por ocupação. ... 14

Figura 4 - Classificação das edificações e áreas de risco quanto à carga de incêndio ... 14

Figura 5 - Determinação da fachada para o dimensionamento ... 16

Figura 6 - Severidade da carga de incêndio para o isolamento de risco ... 16

Figura 7 - Máxima distância de separação, em metros, para edificações que possuam até 12 metros de altura e até 750 m ... 17

Figura 8 - Anexo A: Tabela A1 - Índice das distâncias de segurança  ... 17

Figura 9 - Tabela 6D: Edificações do grupo D com área superior a 750 m2 ou altura superior a 12,00 m ... 19

Figura 10 - Tabela 5: Exigências para edificações com área menor ou igual a 750 m2 e altura inferior ou igual a 12,00 m ... 20

Figura 11 - Tabela 6E: Edificações do grupo E com área superior a 750 m2 ou altura superior a 12,00 m ... 21

Figura 12 - Seleção do agente extintor segundo a classificação do fogo ... 22

Figura 13 - Simbologia para sinalização de emergência ... 25

Figura 14 – Tabela A: Dados para o dimensionamento das saídas de emergência ... 27

Figura 15 - Dispositivo de Alarme de Incêndio ... 31

Figura 16 – Composição mínima da brigada de incêndio por pavimento ou compartimento ... 33

Figura 17 - Hidrante de Parede ... 34

Figura 18 - Mangotinho ... 34

Figura 19 – Aplicabilidade dos tipos de sistemas e volume de reserva de incêndio mínima (m³) ... 35

Figura 20 - Tipos de sistemas de proteção por hidrante ou mangotinhos... 36

Figura 21 - Componentes para cada hidrante ou mangotinho ... 37

Figura 22 - Hidrante urbano... 39

(11)

Figura 24 - Tempos requeridos de resistência ao fogo (TRRF) ... 41

Figura 25 - Classe dos materiais a serem utilizados considerando o grupo/divisão da ocupação/uso em função da finalidade do material ... 47

Figura 26 - Modelo de Retorno... 50

Figura 27 - Fluxograma de procedimento de emergência contra incêndio ... 54

Figura 28 - Fluxograma do processo metodológico ... 56

Figura 29 - Localização das Áreas em Estudo ... 57

Figura 30 - Centro de Tecnolgia/Prédio Admistrativo ... 58

Figura 31 - Setor IV de Aulas (Bloco A) ... 59

Figura 32 - Distância entre fachadas dos blocos do Setor IV ... 61

Figura 33 - Extintores com sinalização de piso inadequada no Centro de Tecnologia ... 64

Figura 34 - Sugestão de sinalização de Extintor ... 65

Figura 35 - Escada com ausência de corrimão em um dos lados ... 66

Figura 36 - Escada do Centro de Tecnologia sem corrimão ... 67

Figura 37 - Sugestão de escada metálica para saída de emergência no pavimento superior do CT ... 68

Figura 38 - Vista interna da saída de emergência no CT ... 68

Figura 39 - Iluminação de Emergência Portátil em escada no Bloco I ... 70

Figura 40 - Iluminação de Emergência Portátil no corredor do CT ... 70

Figura 41 - Sinalização de Emergência Inadequada ... 71

Figura 42 - Locais sem sinalização de emergência ou sinalização inadequada... 72

Figura 43 - Sugestão de sinalização de emergência: Rota de fuga e dispositivos ... 73

Figura 44 - Sugestão de sinalização de alerta em quadro elétrico ... 73

Figura 45- Sugestão de Alarme de Incêndio (ao lado de hidrante) ... 75

Figura 46 - Hidrantes presentes nos locais em estudo ... 78

Figura 47 - Hidrante de Recalque do Bloco I ... 79

Figura 48 - Localização do Hidrante de Recalque do Bloco I ... 79

Figura 49 - Rota de Fuga do Centro de Tecnologia ... 87

Figura 50 - Rota de Fuga do Setor IV ... 88

(12)

3 LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Classificação das Edificações ... 60

Tabela 2 - Classificação quanto ao Isolamento de Risco ... 60

Tabela 3 - Determinação dos dispositivos de acordo com o tipo de edificação ... 62

Tabela 4 - Determinações para Extintores de Incêndio ... 63

Tabela 5 - Determinação das larguras e distância das saídas de emergência ... 65

Tabela 6 - Determinação para Iluminação de Emergência ... 69

Tabela 7 - Determinação para Sinalização de Emergência ... 71

Tabela 8 - Determinação para Alarme de Incêndio ... 74

Tabela 9 - Determinação para Hidrantes... 75

Tabela 10 - Determinação para Materiais do Hidrantes ... 76

Tabela 11 - Determinações para Hidrantes de Passeio ... 77

Tabela 12 - Determinação para Acesso de Viatura ... 80

Tabela 13 - Determinação para Brigada de Incêndio ... 81

Tabela 14 - Determinações para Segurança Estrutural contra Incêndio ... 82

Tabela 15 - Determinação de Isenção de TRRF ... 83

Tabela 16 - Determinação de Compartimentação Horizontal ... 84

(13)

4 1 INTRODUÇÃO

O fogo é utilizado no dia a dia desde o homem pré-histórico, que o utilizava para se aquecer e cozinhar alimentos, até os dias atuais, seja para uso doméstico ou comercial, entre outros. Quando o fogo foge do controle do homem, recebe o nome de incêndio, que pode ser por causas naturais (fenômenos da natureza, independente da vontade humana) ou artificiais (causados pela ação humana). Os danos causados por incêndios podem tomar grande proporções, principalemente quando não se há um sistema eficaz de combate a incêndio adequado.

O número de incêndios de uma cidade ou país pode estar intimamente relacionado com o nível de desenvolvimento e urbanização do mesmo. Confirma-se esta afirmativa, quando comparamos os dados dos dois países com maiores números de vítimas em incêndio: EUA e Rússia, Brushlinsky et al. (2018). Paralelamente a estes países, temos o Brasil que não é um país desenvolvido como tais, mas está em processo de desenvolvimento, por isso deve-se atentar a essa característica que aumenta as ocorrências de incêndio nos países a medida que estes se desenvolvem e se industrializam.

No Brasil, comumente é adotada a política de tomar como referência outras situações, no caso dos incêndios podemos nos basear em outros países, ou até mesmo evoluir com os nossos próprios erros. De acordo com Seito et al. (2008), todos os países têm aprendido com os grandes incêndios, com o Brasil não foi diferente. A urbanização alucinante de São Paulo provocou um aumento brutal do risco de incêndios na cidade, que culminou com os incêndios dos edifícios Andraus e Joelma, com um grande número de vítimas humanas, não apenas as que morreram, mas com todas as pessoas envolvidas diretamente nesses incêndios que tiveram suas vidas afetadas, causando mudanças comportamentais e traumas psicológicos pós-incêndio.

Indiretamente, toda a população brasileira foi afetada, pois a mídia apresentou na íntegra essas tragédias. Tais situações provocaram mudanças na legislação, nas corporações de bombeiros, nos institutos de pesquisa e, principalmente, foi iniciado um processo de formação de técnicos e pesquisadores preocupados com essa área de conhecimento (SILVEIRA, 2011).

Atualmente este tema está sendo bastante abordado, muito devido a vários casos de relevância nacional, como o caso do Centro de Treinamento do Flamengo, onde o lugar não estava regularizado, e fatalmente um incêndio se propagou e pessoas vieram a falecer e comover todo o

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5 país. E o caso do Museu Nacional no Rio de Janeiro, que ainda não se sabe a causa, e foi um caso onde houve perdas imensuráveis para o patrimônio cultural do país.

No intuito de evitar que tragédias maiores venham a ocorrer, ou simplesmente que o número de casos de incêndio venham a diminuir, deve-se haver uma mudança de pensamento quando se conjectura em combate a incêndio de qualquer edificação. A atitude deve ser de se antecipar a situação, ao invés de combate-la somente. Para que isto ocorra, toda a estrutura que envolve a construção de uma edificação deve ser repensada, pois desde a sua concepção já se deve raciocinar em construir de modo seguro, com materiais e métodos que proporcionem uma edificação mais distante de qualquer situação inerente ao fogo.

E que esse pensamento, venha a se concretizar, de forma efetiva, aplicando todos os métodos necessários, de forma a abranger todos os cidadãos igualmente, incluindo os indivíduos com qualquer tipo de deficiência ou dificuldade motora, visual ou intelectual. Que essa intervenção venha a se concretizar de forma universal, trazendo segurança para todos os indíviduos de forma igualitária e eficaz.

De acordo com Brentano (2007), para se ter uma edificação segura, além de um sistema de proteção bem projetado e executado, é necessário que o mesmo passe por inspeções, testes e manutenção constante. É preciso, também, que os usuários saibam como se comportar por ocasião de um incêndio e a edificação deve ter pessoas treinadas para operar o sistema de forma eficiente no combate ao fogo e comandar a saída com segurança da edificação, isto é, ter uma brigada de incêndio.

Portanto, o sistema de combate a incêndio começa a ser pensado desde a construção da edificação até a sua utilização, com esclarecimento aos usuários de tal lugar, de modo a informar todos os procedimentos a serem tomados numa situação de incêndio. Incidentes podem acontecer em lugares e momentos indesperados, no entanto, com a existência de um sistema eficaz de instalações de prevenção e combate a incêndios e de pessoas habilitadas para executá-lo, as proporções do incêndio, certamente, se tornarão menores, ou até mesmo, situações de incêndio podem ser impedidas, conservando de tal modo as vidas e os bens materiais.

Considerando a importância do tema, para a integridade das vidas e bens materiais, este trabalho, consiste em um estudo de caso, que tem por objetivo analisar as instalações de proteção e combate a incêndio de uma edificação pública de atividades administrativas e educacionais, com adequação das instalações de combate a incêndio existentes, e propor um plano de combate a

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6 incêndio eficaz, conforme o Código de Segurança e Prevenção contra Incêndio e Pânico do Estado do Rio Grande do Norte.

2 JUSTIFICATIVA

Devido a necessidade de implementação de um plano de combate a incêndio nas dependências do Centro de Tecnologia e Setor IV da UFRN, faz-se necessário a análise das instalações já existentes em ambos os locais, para a sua adequação, bem como a execução de medidas efetivas na aplicação das normas de segurança contra incêndio, a fim de resguardar os indivíduos que circulam por estes ambientes a situações de incêndio e baseando-se nas Normas Brasileiras da ABNT referentes ao tema de Incêndio e nas Instruções Técnicas de Combate a Incêndio e Pânico do Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Norte.

3 OBJETIVOS

3.1 OBJETIVO GERAL

Este trabalho objetiva propor uma adaptação do Centro de Tecnologia e Setor IV da UFRN aos requisitos mínimos estabelecidos pelas normas vigentes das Instalações de Combate a Incêndio, por meio de execução de um plano de combate a incêndio eficaz e acessível aos transeuntes dos locais.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Identificar os dispositivos de combate a incêndio apropriados aos locais em estudo, de modo que sejam acessíveis a todo e qualquer indivíduo;

• Adaptação às Normas de Prevenção e Combate a Incêndio e Pânico do Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Norte e Instruções Técnicas pertinentes;

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7 4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

4.1 FOGO

Segundo Ferigolo (1977, p. 11) “para fazermos uma prevenção de incêndio adequada é necessário primeiro colocarmos o fogo sob todos os seus aspectos: sua constituição, suas causas, seus efeitos e, principalmente, como dominá-lo”.

Para Telmo Brentano (2007), o fogo pode ser definido como uma reação química denominada combustão, que é uma oxidação rápida entre o material combustível, sólido, líquido ou gasoso, e o oxigênio do ar, provocada por uma fonte de calor que gera luz e calor.

A fim de que haja a ocorrência do fogo, deve haver a concorrência simultânea de três elementos essenciais: o material combustível, que é toda matéria suscetível a queima; o comburente (oxigênio); e uma fonte de calor, formando o triângulo de fogo. No entanto, para que haja a propagação do fogo, após sua ocorrência, deve haver transferência de calor de molécula para molécula do material combustível, que entrando em combustão sucessivamente, irá gerar uma reação química em cadeia, iniciando assim um incêndio. “O fogo sempre irá conviver com o homem, por isso ambos devem viver em harmonia e, para que isso aconteça, ele deve ser controlado para que esta relação não seja quebrada” (BRENTANO, 2010, p. 89).

4.2 INCÊNDIO

É o fogo sem controle, intenso, o qual causa danos e prejuízos à vida, ao meio ambiente e ao patrimônio (NPT 03, 2011). Para definição de incêndio, Seito et al (2008) citam:

Segundo a NBR 13860 o incêndio é o fogo fora de controle.

“Internacional ISO 8421-1: Incêndio é a combustão rápida disseminando-se de forma descontrolada no tempo e no espaço”.

Ainda conforme Seito et al (2008) o incêndio não é medido pelo tamanho do fogo, sendo avaliado no Brasil em relação ao estrago causado e quando os danos são poucos diz-se que houve um princípio de incêndio e não um incêndio.

(17)

8 4.3 CLASSES DE INCÊNDIO

De acordo com Telmo Brentano (2007), os incêndios são classificados, de acordo com o material combustível, em cinco classes: A, B, C, D e K.

a) Classe A: materiais combustíveis que queimam em profundidade e extensão, deixando resíduos. Os materiais que constituem esta classe são: madeira, papel, tecidos, algodão, borracha, etc. O agente extintor mais indicado para combater incêndios desta classe é a água, que tem o poder de penetração e resfriamento.

b) Classe B: materiais que queimam em sua extensão e geralmente não deixam resíduos. São desta classe de incêndio: gasolina, óleos, gases, graxas, tintas, álcoois, tinner, etc. Para a extinção dos incêndios desta classe, são usados pós químicos e agentes espumantes misturados em água que, ao serem aplicados, formam uma camada isolante que impede a presença do oxigênio na combustão.

c) Classe C: materiais e equipamentos elétricos quando energizados, tais como: motores, fios, transformadores, computadores, eletrodomésticos e qualquer outro material metálico usado na aplicação de energia elétrica. A característica fundamental para esta classe de incêndio é a presença da eletricidade no equipamento ou material. Os agentes extintores indicados para são os de pó químico seco, líquidos vaporizantes e o gás carbônico (CO2).

d) Classe D: metais que queimam facilmente quando fundidos, finamente divididos ou em forma de lâminas, como exemplo o magnésio, o titânio, o sódio, o potássio, dentre outros. O comportamento dos materiais enquadrados nesta classe, por ocasião de um incêndio, é diferente dos demais, visto que durante a combustão forma-se uma reação em cadeia que dificulta a sua extinção através de procedimentos convencionais. Seu combate exige equipamentos, técnicas e agentes extintores especiais, que formam uma capa protetora isolando o metal combustível do ar atmosférico.

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9 4.4 MÉTODOS DE EXTINÇÃO DO FOGO

A condição para que o fogo possa ocorrer é a presença dos elementos combustível, oxigênio e calor. A extinção ocorre quando se extingue um desses elementos ou se interrompe o processo de reação química em cadeia, impedindo que o fogo continue. Os métodos de extinção do fogo são adotados de acordo com o elemento componente do fogo que se deseja neutralizar. Existem quatro métodos básicos de extinção:

• Extinção por isolamento (retirada do material):

Segundo Pereira e Popovic (2007), a extinção por isolamento é o método que consiste apenas na retirada do material, caso ainda não tenha sido atingido, da rota de propagação do fogo. Se em um determinado ambiente existir algum equipamento em chamas e por algum motivo seja impraticável a extinção do fogo, deve-se, neste caso, afastar outros objetos da proximidade do fogo, com a finalidade de evitar a sua propagação. Este método é o mais simples. É apenas a retirada do material combustível do campo de propagação, o qual ainda não foi atingido pelo fogo.

• Extinção por abafamento (retirada do comburente):

Este método consiste em impedir que o comburente (geralmente o oxigênio), permaneça em contato com o combustível, numa porcentagem ideal para a alimentação da combustão. Para as combustões alimentadas pelo oxigênio, como já observado, no momento em que a quantidade deste gás no ar atmosférico se encontrar abaixo da proporção de aproximadamente 16%, a combustão deixará de existir. Para combater incêndios por abafamento podem ser usados os mais diversos materiais, desde que esse material impeça a entrada de oxigênio no fogo e não sirva como combustível por um determinado tempo (MANUAL..., 2013).

• Extinção por resfriamento (retirada do calor):

De acordo com Pereira e Popovic (2007), o resfriamento é o método utilizado para diminuir a temperatura do material em combustão, visando retirar o calor produzido do fogo até a temperatura abaixo do ponto de combustão ou de ignição e, em determinados casos, até abaixo do ponto de fulgor. E o agente mais usado para combater o incêndio através desse método, segundo

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10 Secco (1970), é a água, que, além de existir em abundância, é o corpo que tem a maior capacidade de absorver calor.

• Extinção química (quebra da cadeia de reação química):

Segundo Brentano (2007), com o lançamento ao fogo de determinados agentes extintores, suas moléculas se dissociam pela ação do calor formando átomos e radicais livres que se combinam com a mistura inflamável resultante do gás ou vapor do material combustível com o comburente, originando outra mistura não inflamável e interrompendo, assim, a reação química em cadeia.

4.5 DISPOSITIVOS DE COMBATE A INCÊNDIO

Ao se iniciar o procedimento de escolha de medidas necessárias à prevenção contra incêndio, faz-se necessário, primeiramente, classicar as edificações em estudo, para, a partir do risco que está edificação possui, se determinar os dispositivos necessários aquele tipo de construção. A classificação das edificações é realizada com base na Instrução Técnica 01 do CBMRN (2018): Procedimentos Gerais e Classificação das Edificações, que classifica as edificações e áreas de risco, para determinação dos dispositivos a serem adotados, de acordo com três critérios: quanto à ocupação, quanto à altura e quanto à carga de incêndio.

A partir das resoluções da IT 01 do CBMRN (2018), determina-se os dispisitivos de combate a incêndio adequados para cada tipo de edificação, seguindo a Instrução Técnica adequada para sua regulamentação.

4.5.1 Classificação das Edificações

A classificação da edificação será realizada de acordo com a Instrução Técnica 01 do CBMRN (2018), que determina os parâmetros que devem ser tomados em consideração para implementação de medidas de segurança contra incêndio, esses parâmetros são adotados a fim de se determinar quais são as exigências que cada tipo de edificação necessita para estar em conformidade com a lei. Os parâmetros utilizados para classificar as edificações e áreas de risco são: quanto à ocupação, quanto à altura e quanto à carga de incêndio.

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11 4.5.1.1 Classificação da edificação quanto a ocupação

A classificação quanto a ocupação é a primeira etapa a ser realizada na identificação das características da edificação, para posteriormente se escolher os dispositivos adequados.

Esta classificação é utilizada para determinar o tipo de ocupação em que a edificação em estudo está inserida. Ela é importante para a correta determinação dos dispositivos a serem adotados na edificação, de acordo com o tipo específico de ocupação e, consequentemente, suas respectivas necessidades. De acordo com esses parâmetros verifica-se a proteção necessária na elaboração do projeto de combate a incêndio. A classificação quanto a ocupação é realizada conforme a Tabela 1 do Anexo Único da Instrução Técnica 01 do CBMRN (2018) (Figura 1).

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12 Figura 1 - Classificação das Edificações e Áreas de Risco Quanto à Ocupação.

Fonte: Instrução Técnica 01 do CBMRN (2018).

4.5.1.2 Classificação da edificação quanto a altura

A classificação quanto a altura é segunda etapa a ser realizada na identificação das características da edificação, para posteriormente se escolher os dispositivos adequados. Essa classificação é retirada da IT 01 do CBMRN (2018), conforme Figura 2.

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13 De acordo com a Instrução Técnica 01 do CBMRN (2018), define-se altura da edificação, primeiramente, para fins de exigências das medidas de segurança contra incêndio, como a medida em metros do piso mais baixo ocupado ao piso do último pavimento; e para fins de saída de emergência, é a medida em metros entre o ponto que caracteriza a saída do nível de descarga ao piso do último pavimento, podendo ser ascendente ou descendente.

Figura 2 - Classificação das edificações quanto à altura.

Fonte: Instrução Técnica 01 do CBMRN (2018).

4.5.1.3 Classificação da edificação quanto a carga de incêndio

A Instrução Técnica 14 do CBMRN (2018) define a carga de incêndio como soma das energias caloríficas possíveis de serem liberadas pela combustão completa de todos os materiais combustíveis em um espaço, inclusive os revestimentos das paredes, divisórias, pisos e tetos. Carga de incêndio específica é o valor da carga de incêndio dividido pela área de piso do espaço considerado, expresso em megajoule (MJ) por metro quadrado (m²).

Para se determinar a carga de incêndio de uma edificação utiliza-se a Instrução Técnica 14 do CBMRN (2018). Para se determinar essa carga existem dois métodos em vigor: Método de Cálculo Probabilístico (método baseado em resultados estatísticos) e Método de Cálculo Determinístico (baseado no prévio conhecimento da quantidade e qualidade de materiais existentes na edificação). Para a determinação da carga de incêndio de acordo com o Método de Cálculo Probabilístico, utiliza-se o Anexo A (Figura 3) da IT 24 do CBMRN (2018) e para se determinar o risco da edificação, referente a carga de incêndio adotada anteriormente, utiliza-se a Tabela 3 (Figura 4) da IT 01 do CBMRN (2018).

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14 Figura 3 - Tabela de cargas de incêndio específicas por ocupação.

Fonte: Instrução Técnica 14 do CBMRN (2018).

Figura 4 - Classificação das edificações e áreas de risco quanto à carga de incêndio

Fonte: Instrução Técnica 01 do CBMRN (2018).

4.5.1.4 Separação entre Edificações – Isolamento de Risco

A Instrução Técnica que aborda sobre este tema é a Instrução Técnica 07 do CBMRN (2018), que estabelece critérios para o isolamento de risco de propagação do incêndio por radiação de calor, convecção de gases quentes e a transmissão de chama, garantindo que o incêndio proveniente de uma edificação não propague para outra.

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15 Considera-se isolamento de risco a distância ou proteção, de tal forma que, para fins de previsão das exigências de medidas de segurança contra incêndio, uma edificação seja considerada independente em relação à adjacente (IT 07 do CBMRN, 2018).

As edificações situadas no mesmo lote que não atenderem às exigências de isolamento de risco deverão ser consideradas como uma única edificação para o dimensionamento das medidas de proteção (IT 07 do CBMRN, 2018).

A equação de dimensionamento é:

𝐷 = α x (largura ou altura) + β (1)

Sendo:

“D” = distância de separação em metros;

“α” = coeficiente obtido da tabela A-1, em função da relação (largura/altura ou altura/largura), da porcentagem de aberturas e da classificação de severidade;

“β”= coeficiente de segurança que assume os valores de 1,5 m (β1) ou de 3 m (β2), conforme a existência de Corpo de Bombeiros no município.

Para este dimensionamento é necessário que sejam utilizadas algumas tabelas como base para utilização nas equações. A tabela 1 (Figura 5) da IT 07 do CBMRN (2018), indica qual a parte da fachada a ser considerada no dimensionamento.

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16 Figura 5 - Determinação da fachada para o

dimensionamento

Fonte: Instrução Técnica 07 do CBMRN (2018).

A carga de incêndio é outro fator a ser considerado e as edificações classificam-se, para esta Instrução Técnica, conforme tabela 2 da IT 07 do CBMRN (2018) (Figura 6).

Figura 6 - Severidade da carga de incêndio para o isolamento de risco

Fonte: Instrução Técnica 07 do CBMRN (2018).

Se a edificação em exposição ou expositora possuir até 12 metros de altura e até 750 m2 de área, desconsiderando aquelas áreas permitidas pelo Regulamento de Segurança contra Incêndio, a distância máxima de separação “D” pode ser de definida, alternativamente, de acordo com a tabela 3, da IT 07 do CBMRN (2018) (Figura 7).

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17 Figura 7 - Máxima distância de separação, em metros,

para edificações que possuam até 12 metros de altura e até 750 m

Fonte: Instrução Técnica 07 do CBMRN (2018).

Por fim, para determinação da distância “D”, utiliza-se ao coeficiente  que é encontrado no Anexo A (Figura 8).

Figura 8 - Anexo A: Tabela A1 - Índice das distâncias de segurança 

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18 4.5.2 Determinação dos Dispositivos de Combate a Incêndio

Para determinação dos dispositivos de segurança específicos para cada edificação, utiliza-se as tabelas do Anexo Único da IT 01 do CBMRN (2018) (Figura 9, Figura 10 e Figura 11). Essas tabelas determinam as medidas de segurança contra incêndio de acordo com o grupo que a edificação está inserida (Residencial, Comercial, Educacional, entre outros) e suas respectivas áreas e/ou alturas, quando necessário.

Portanto, a partir dessas tabelas, são definidas quais as medidas de segurança contra incêndio serão necessárias a cada edificação em estudo. Sabendo-se quais medidas de segurança contra incêndio serão necessárias, faz-se um levantamento profundo, de acordo com as Instruções Técnicas do Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Norte, para cada dispositivo ou medida relacionado, pois para cada medida determinada haverá uma Instrução Técncia específica com todas as normas a serem obedecidas.

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19 Figura 9 - Tabela 6D: Edificações do grupo D com área superior a 750 m2 ou altura superior a

12,00 m

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20 Figura 10 - Tabela 5: Exigências para edificações com área menor ou igual a 750 m2 e altura inferior ou igual a

12,00 m

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21 Figura 11 - Tabela 6E: Edificações do grupo E com área superior a 750 m2 ou altura superior a 12,00 m

(31)

22 4.5.3 Extintores de Incêndio

Segundo a NBR 12693 (1993) extintor é um aparelho de acionamento manual, constituído de recipiente e acessórios contendo o agente extintor destinado a combater princípios de incêndio. Pode ser classificado, de acordo com a massa total (recipiente, agente extintor e acessórios) em portáteis e sobre rodas. O sistema de proteção contra incêndio por extintores, portáteis e/ou sobre rodas, deve ser projetado considerando-se: a classe de risco a ser protegida e respectiva área, a natureza do fogo a ser extinto e o agente extintor a ser utilizado.

Ainda de acordo com a NBR12693 (1993), podemos determinar os tipos extintores a serem utilizados de acordo com a natureza do fogo, em função do material combustível. Tendo quatro classes:

a) fogo classe A: fogo envolvendo materiais combustíveis sólidos, tais como madeiras, tecidos, papéis, borrachas, etc;

b) fogo classe B: fogo envolvendo líquidos e/ou gases inflamáveis ou combustíveis, plásticos e graxas que se liquefazem por ação do calor e queimam somente em superfície;

c) fogo classe C: fogo envolvendo equipamentos e instalações elétricas energizados;

d) fogo classe D: fogo em metais combustíveis, tais como magnésio, titânio, zircônio, sódio, potássio e lítio.

A seleção do agente extintor segundo a classificação do fogo é feita de acordo com a Tabela 3 da NBR12693 (1993) (Figura 12), onde A significa Adequado, NR significa Não recomendado e P significa Proibido.

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23 Fonte: NBR 12693 (1993) - Sistemas de proteção por extintores de incêndio

A Instrução Técnica 21 do CBMRN (2018) aborda sobre a instalação e sinalização dos extintores, de modo que quando os extintores forem instalados em paredes ou divisórias, a altura de fixação do suporte deve variar, no máximo, entre 1,6 m do piso e de forma que a parte inferior do extintor permaneça, no mínimo, a 0,10 m do piso acabado. Os extintores não podem ser instalados em escadas e devem permanecer desobstruídos e sinalizados de acordo com o estabelecido na IT 20 de Sinalização de Emergência do CBMRN (2018).

Cada pavimento deve possuir, no mínimo, duas unidades extintoras, sendo uma para incêndio classe A e outra para incêndio classe B e C. Os extintores de incêndio devem ser adequados à classe de incêndio predominante dentro da área de risco a ser protegida.

São aceitos extintores com acabamento externo em material cromado, latão ou metal polido, desde que possuam marca de conformidade expedida por órgão credenciado pelo Sistema Brasileiro de Certificação (Inmetro). Deve ser instalado, pelo menos, um extintor de incêndio a não mais de 5 m da entrada principal da edificação e das escadas nos demais pavimentos. Os extintores devem estar lacrados, com a pressão adequada e possuir selo de conformidade concedida por órgão credenciado pelo Sistema Brasileiro de Certificação (Inmetro).

Os extintores portáteis devem ser distribuídos de tal forma que o operador não percorra distância maior do que 25 metros (para risco baixo), 20 metros (para risco médio) e 15 metros (para risco alto).

4.5.4 Sinalização de Emergência

A sinalização de emergência, de acordo com a Instrução Técnica 20 do CBMRN (2018), tem como finalidade reduzir o risco de ocorrência de incêndio, alertando para os riscos existentes e garantir que sejam adotadas ações adequadas à situação de risco, que orientem as ações de combate e facilitem a localização dos equipamentos e das rotas de saída para abandono seguro da edificação em caso de incêndio.

A sinalização de emergência faz uso de símbolos, mensagens e cores, definidos na Instrução Técnica 20 de Sinalização de emergência do CBMRN (2018), que devem ser alocados convenientemente no interior da edificação e áreas de risco, segundo os critérios desta Instrução

(33)

24

Técnica. A sinalização de emergência divide-se em sinalização básica e sinalização complementar. Sendo a sinalização básica o conjunto mínimo de sinalização que uma edificação deve apresentar constituída por quatro categorias, de acordo com sua função:

• Proibição: visa a proibir e coibir ações capazes de conduzir ao início do incêndio ou ao seu agravamento.

• Alerta: visa a alertar para áreas e materiais com potencial de risco de incêndio, explosão, choques elétricos e contaminação por produtos perigosos.

• Orientação e salvamento: visa a indicar as rotas de saída e as ações necessárias para o seu acesso e uso.

• Equipamentos: visa a indicar a localização e os tipos de equipamentos de combate a incêndios e alarme disponíveis no local.

A sinalização complementar é o conjunto de sinalização composto por faixas de cor ou mensagens complementares à sinalização básica, com finalidade de:

• Indicação continuada de rotas de saída;

• Indicação de obstáculos e riscos de utilização das rotas de saída;

• Mensagens específicas escritas que acompanham a sinalização básica, onde for necessária a complementação da mensagem dada pelo símbolo.

A sinalização de emergência deve ser inserida de acordo com as características específicas de uso e dos riscos oferecidos para cada local, bem como em função de necessidades básicas para garantir a segurança contra incêndio na edificação. Sendo importante consultar a Instrução Técnica 20 do CBMRN (2018) ou outras normas vigentes, para determinar a distância, dimensões, cores e tipos de sinalização, para que a mesma seja eficiente em caso de emergência.

Algumas das principais figuras utilizadas como sinalização de emergência, determinadas pela IT 20 do CBMRN (2018), estão sendo apresentadas na Figura 13.

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25 Figura 13 - Simbologia para sinalização de emergência

Simbologia e seus significados Proibido fumar Abertura de porta corta fogo Extintor de incêndio Saída de emergência Alarme sonoro Saída de emergência Cuidado, risco de choque elétrico Comando Manual de Alarme de Incêndio Hidrante de Incêndio Sinalização de solo para hidrantes e extintores Número de pavimento Escada de emergência

Fonte: Adaptado da Instrução Técnica 20 do CBMRN (2018).

4.5.5 Iluminação de Emergência

Iluminação que deve clarear áreas escuras de passagens, horizontais e verticais, incluindo áreas de trabalho e áreas técnicas de controle de restabelecimento de serviços essenciais e normais, na falta de iluminação normal (NBR 10898).

Quando o incêndio ocorre em um edifício, a dificuldade da visibilidade em corredores, escadas e passagens pode significar a diferença entre uma evacuação ordenada e o caos. A iluminação de emergência tem como funções permitir a evacuação segura de uma edificação, o projeto do sistema de iluminação de emergência deve levar em consideração a falta ou falha de energia elétrica fornecida pela concessionária ou o desligamento voluntário em caso de incêndio na área afetada (SEITO ET AL, 2008).

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26 De acordo com a IT 18 do CBMRN (2018) a intensidade da iluminação deve ser suficiente para evitar acidentes e garantir a evacuação das pessoas, levando em conta a possível penetração de fumaça nas áreas. O sistema de iluminação de emergência deve: permitir o controle visual das áreas abandonadas para localizar pessoas impedidas de locomover-se; sinalizar inconfundivelmente as rotas de fuga.

Para conformidade com a NBR 10898 (1999) a iluminação de emergência é obrigatória em todos os locais que proporcionam uma circulação vertical ou horizontal, de saídas para o exterior da edificação, locais como escadas, acessos, locais de de circulação e de reunião de pessoas, com uma distância máxima entre dois pontos de iluminação de emergência não deve ultrapassar 15 metros, quando se tratar de um ponto de iluminação e a parede utilizam-se 7,5 metros de distanciamento. Obrigatoriamente com um nível mínimo de iluminamento de 3 (três) lux em locais planos (corredores, halls, áreas de refúgio) e 5 (cinco) lux em locais com desnível (escadas ou passagens com obstáculos). As fontes de alimentação deverão ser suficientes para alimentar o sistema, garantindo no mínimo duas (02) hora de autonomia.

A NBR 10898 (1999) traz como áreas mais críticas ou locais de alto risco de acidentes: • Saída de uma sala iluminada para um corredor ou escada;

• Corredor em rampa com inclinação maior que 5%;

• Saída de uma área bem iluminada para uma área de menor iluminação; • Ambientes com desvios;

• Escadas exteriores quando a iluminação da rua não for suficiente para evitar acidentes;

• Áreas com obstáculos fixos ou móveis. Como exemplo: salas de aula, restaurantes. 4.5.6 Saída de Emergência

Toda edificação deve possuir saídas de emergência ou meios de abandono que atendam os requisitos estabelecidos pelas Normas Brasileiras em vigor (FERNANDES, 2010).

“Caminho contínuo, devidamente protegido, proporcionado por portas, corredores, halls, passagens externas, balcões, vestíbulos, escadas, rampas ou outros dispositivos de saída ou combinações destes, a ser percorrido pelo usuário, em caso de um incêndio, de qualquer ponto da edificação até atingir a via pública ou espaço aberto, protegido do incêndio, em comunicação com o logradouro. (NBR 9077)”.

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27 De acordo com a Instrução Técnica 11 do CBMRN (2018) a saída de emergência compreende o seguinte: acessos ou corredores; rotas de saídas horizontais, quando houver, e respectivas portas ou espaço livre exterior, nas edificações térreas ou no pavimento de saída/descarga das pessoas nas edificações com mais de um pavimento; escadas ou rampas; descarga; elevador de emergência.

As saídas de emergência são dimensionadas em função da população da edificação. A população de cada pavimento da edificação é calculada pelos coeficientes da Tabela 1 (Anexo “A”), da IT 11 do CBMRN (2018) (Figura 14), considerando sua ocupação dada na Tabela 1 - Classificação das edificações e áreas de risco quanto à ocupação, IT 01 do CBMRN (2018).

Figura 14 – Tabela A: Dados para o dimensionamento das saídas de emergência

Fonte: Adaptado da Instrução Técnica 11 do CBMRN (2018).

Para IT 11 do CBMRN (2018), a edificação deve ser classificada quanto à sua ocupação e altura para um dimensionamento apropriado dos requisitos obrigatórios do projeto das saídas de emergência.

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28 As larguras mínimas das saídas de emergência para acessos, escadas, rampas ou descargas, devem ser de 1,2 m, para as ocupações em geral.

De acordo com a IT 11 do CBMRN (2018) os acessos devem permanecer desobstruídos em todos os pavimentos, ter pé-direito mínimo de 2,50, devem permitir o escoamento fácil de todos os ocupantes da edificação.

A quantidade de saídas de emergência e escadas depende do cálculo da população, largura das escadas, dos parâmetros de distância máxima a percorrer (Tabela 2– Anexo “B”) e quantidade mínima de unidades de passagem para a lotação prevista (Tabela 1), atentando para as notas da Tabela 3. Os tipos de escadas exigidas para as diversas ocupações, em função da altura, encontram-se na Tabela 3 (Anexo “C”).

Em qualquer edificação, os pavimentos sem saída em nível para o espaço livre exterior devem ser dotados de escadas, enclausuradas ou não, as quais devem: ser constituídas com material estrutural e de compartimentação incombustível; oferecer resistência ao fogo nos elementos estruturais quando não enclausuradas; ser dotadas de guardas em seus lados abertos; ser dotadas de corrimãos em ambos os lados; atender a todos os pavimentos, acima e abaixo da descargae ter os pisos em condições antiderrapantes.

De acordo com a IT 11 do CBMRN (2018) as larguras das escadas devem ser proporcionais ao número de pessoas que por elas devam transitar em caso de emergência. O dimensionamento de degraus e patamares deve proceder de tal forma que, os degraus devem: ter altura h compreendida entre 16 cm e 18 cm, com tolerância de 0,5 cm; ter largura b dimensionada pela fórmula de Blondel:

63 cm ≤ (2h + b) ≤ 64 cm (2)

Contextualizando as informações acima, o dimensionamento das saídas de emergência é determinado pelas equações 2, 3 e 4.

P =Ar

Pe (3)

N =P

C (4)

(38)

29 Onde:

• P = População máxima permitida para área de risco (U); • Ar = Área de risco (m²);

• Pe = População estimada (população/determinada área), conforme Tabela 1 do Anexo A – IT 11 do CBMRN (2018);

• C = Capacidade da unidade de passagem, conforme Tabela 1 do Anexo A – (IT11:2018);

• N = Número de unidades de passagem, (acesso e descarga NA, escadas NE, portas NP), arredondando para numero inteiro;

• L = Largura da unidade de passagem (não podendo ser inferior a 1,20m); • N = número de unidades de passagem, arredondando para numero inteiro; • 0,55 = largura de uma unidade de passagem.

Finalizando o dimensionamento, pode ser determinada a distância de caminhamento conforme a Tabela 2 do Anexo A – IT 11 do CBMRN (2018).

4.5.7 Alarme de Incêndio

De acordo com a Instrução Técnica 19 do CBMRN (2018), o projeto de sistemas de detecção e alarme de incêndio deve conter os elementos necessários ao seu completo entendimento, onde os procedimentos para elaboração do Projeto Técnico devem atender a IT 01 de Procedimentos Administrativos do CBMRN (2018).

Ainda de acordo com a IT 19 do CBMRN (2018) sabe-se que todo sistema deve ter duas fontes de alimentação. A principal é a rede do sistema elétrico da edificação, e a auxiliar é constituída por baterias, nobreak ou gerador. A IT 19 do CBMRN (2018) traz como determinações imprescindíveis:

• As centrais de detecção e alarme devem ter dispositivo de teste dos indicadores luminosos e dos sinalizadores acústicos.

• A central de detecção e alarme e o painel repetidor devem ficar em local onde haja constante vigilância humana e de fácil visualização.

(39)

30 • A central deve acionar o alarme geral da edificação, devendo ser audível em toda

edificação.

• Em locais de grande concentração de pessoas, o alarme geral pode ser substituído por um sinal sonoro (pré-alarme) apenas na sala de segurança, junto à central, para evitar tumulto, com o intuito de acionar primeiramente a brigada de incêndio para verificação do sinal de pré-alarme. No entanto, para esse caso, a central deve possuir um temporizador para o acionamento posterior do alarme geral, com tempo de retardo de, no máximo, 2 minutos.

• A distância máxima a ser percorrida por uma pessoa, em qualquer ponto da área protegida até o acionador manual mais próximo, não deve ser superior a 30 metros. • Preferencialmente, os acionadores manuais devem ser localizados junto aos hidrantes. • Nos edifícios com mais de um pavimento, deve ser previsto pelo menos um acionador

manual em cada pavimento.

• Os acionadores manuais instalados na edificação devem obrigatoriamente conter a indicação de funcionamento (cor verde) e alarme (cor vermelha) indicando o funcionamento e supervisão do sistema, quando a central do sistema for do tipo convencional.

• Nas centrais de detecção e alarme é obrigatório conter um painel/esquema ilustrativo indicando a localização com identificação dos acionadores manuais ou detectores dispostos na área da edificação, respeitadas as características técnicas da central. • A colocação de leds de alto brilho, para aviso visual sobre as saídas de emergência

pode ser acrescentada à execução do sistema de alarme e detecção, nos locais onde a produção de fumaça seja esperada em grande quantidade.

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31 Figura 15 - Dispositivo de Alarme de Incêndio

Fonte: https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-

768462997-acionador-de-alarme-de-incndio-enderecavel-am-e-firemac-_JM 4.5.8 Brigada de Incêndio

ABNT NBR 14276 (2006), define brigada de incêndio como grupo organizado de pessoas preferencialmente voluntárias ou indicadas, treinadas e capacitadas para atuar na prevenção e no combate ao princípio de incêndio, abandono de área e primeiros- socorros, dentro de uma área preestabelecida na planta.

Ainda segundo a NBR 1427 (2006), as atribuições da brigada são ações de prevenção, como: conhecer o plano de emergência contra incêndio da planta; avaliar os riscos existentes, inspecionar os equipamentos de combate a incêndio, primeiros-socorros e outros existentes na edificação na planta; inspecionar as rotas de fuga; elaborar relatório das irregularidades encontradas; encaminhar o relatório aos setores competentes; orientar a população fixa e flutuante; participar dos exercícios simulados, etc. E ações de emergência, desde aplicar os procedimentos básicos estabelecidos no plano de emergência contra incêndio da planta até o esgotamento dos recursos destinados aos brigadistas.

A Instrução Técnica 17 do CBMRN (2018) estabelece as condições mínimas para a composição, formação, implantação, treinamento e reciclagem da brigada de incêndio e os

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32 requisitos mínimos para o dimensionamento da quantidade de bombeiro civil, para atuação em edificações e áreas de risco.

Os critérios básicos para seleção de candidatos a brigadista, de acordo com a IT 17 do CBMRN (2018) são:

• Permanecer na edificação durante seu turno de trabalho; • Experiência anterior como brigadista;

• Possuir boa condição física e boa saúde

• Possuir bom conhecimento das instalações, devendo ser escolhidos preferencialmente os funcionários da área de utilidades, elétrica, hidráulica e manutenção geral;

• Ter responsabilidade legal; • Ser alfabetizado.

De acordo com a Instrução Técnica 17 do CBMRN (2018), a implantação da brigada de incêndio da planta deve seguir o anexo D (Figura 16). Sendo assim, de acordo com essa Instrução Técnica a composição da brigada de incêndio de cada pavimento, compartimento ou setor é determinada pela Tabela A.1, que leva em conta a população fixa, o grau de risco e os grupos/divisões de ocupação da planta. Quando em uma planta houver mais de um grupo de ocupação, o número de brigadistas deve ser calculado levando-se em conta o grupo de ocupação de maior risco. O número de brigadistas só é calculado para cada grupo de ocupação se as unidades forem compartimentadas ou se os riscos forem isolados.

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33 Figura 16 – Composição mínima da brigada de incêndio por pavimento ou compartimento

Fonte: Adaptado da Instrução Técnica 17 do CBMRN (2018).

4.5.9 Hidrantes e Mangotinhos

A NBR 13714 (2000) define hidrante como ponto de tomada de água onde há uma (simples) ou duas (duplo) saídas contendo válvulas angulares com seus respectivos adaptadores, tampões, mangueiras de incêndio e demais acessórios. E mangotinho como ponto de tomada de água onde há uma (simples) saída contendo válvula de abertura rápida, adaptador (se necessário), mangueira semi-rígida, esguicho regulável e demais acessórios.

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34 Figura 17 - Hidrante de Parede

Fonte:http://www.hidrolar.com/item-obrigatorio- de-seguranca-a-caixa-para-hidrantes-pode-ter-diversos-modelos/ Figura 18 - Mangotinho Fonte:https://www.multiseg.com.br/produto/3556/carret el-para-mangotinho-30m

A Instrução Técnica 22 do CBMRN (2018) determina todas as especificações técnicas referentes aos sistemas de hidrantes (Figura 17) e de mangotinhos (Figura 18) para combate a incêndio. Ela fixa as condições necessárias exigíveis para dimensionamento, instalação,

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35 manutenção, aceitação e manuseio, bem como as características, dos componentes de sistemas de hidrantes e/ou de mangotinhos para uso exclusivo de Combate a Incêndio em edificações.

O projeto de um sistema de hidrantes e mangotinhos é definido de acordo com a aplicabilidade do sistema, conforme estabelecido na Tabela 3, (IT 22 do CBMRN, 2018), em função da área construída, da ocupação e da carga de incêndio (Figura 19).

Figura 19 – Aplicabilidade dos tipos de sistemas e volume de reserva de incêndio mínima (m³)

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36 Os sistemas de combate a incêndio estão classificados em sistema tipo 1 (mangotinho) e sistemas tipo 2, 3, 4 e 5 (hidrantes), conforme especificado na Tabela 2 da IT 22 do CBMRN (2018) (Figura 20). Que determinará o diâmetro nominal do esguicho e mangueira, assim como o número de expedições e as vazões e pressões mínimas em cada tipo de sistema.

Figura 20 - Tipos de sistemas de proteção por hidrante ou mangotinhos

Fonte: Instrução Técnica 22 do CBMRN (2018).

A tabela abaixo (Figura 21) determina os componentes necessários que todo hidrante ou mangotinho deve ter, seja abrigo, mangueira, chave, engate, esguicho e mangueira rígida.

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37 Figura 21 - Componentes para cada hidrante ou mangotinho

Fonte: Instrução Técnica 22 do CBMRN (2018).

A IT 22 do CBMRN (2018), determina que todos os sistemas devem ser dotados de dispositivo de recalque, consistindo de um prolongamento de mesmo diâmetro da tubulação principal, cujos engates sejam compatíveis com os usados pelo Corpo de Bombeiros. O dispositivo de recalque deve ser preferencialmente do tipo coluna. O dispositivo de recalque deve ser instalado na fachada principal da edificação, ou no muro da divisa com a rua, com a introdução voltada para a rua e para baixo em um ângulo de 45º e a uma altura entre 0,60 m e 1,50 m em relação ao piso do passeio da propriedade.

De acordo com a NBR 13714 o dispositivo de recalque deve ter diâmetro mínimo DN50 (2") e máximo de DN100 (4"), cujos engates são compatíveis aos utilizados pelo Corpo de Bombeiros local.

Quando o dispositivo de recalque estiver situado no passeio, este deverá ser enterrado em caixa de alvenaria, com fundo permeável ou dreno, tampa articulada e requadro em ferro fundido, identificada pela palavra “INCÊNDIO”, com dimensões de 0,40 m x 0,60 m, afastada a 0,50 m da guia do passeio; a introdução tem que estar posicionada, no máximo, a 0,15 m de profundidade em relação ao piso do passeio; o volante de manobra da válvula deve estar situado a no máximo 0,50 m do nível do piso acabado. Tal válvula deve ser do tipo gaveta ou esfera, permitindo o fluxo de água nos dois sentidos, e instalada de forma a garantir seu adequado manuseio. (NBR 13714).

A localização do dispositivo de recalque sempre deve permitir aproximação da viatura apropriada para o recalque da água, a partir do logradouro público, para o livre acesso dos

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38 bombeiros. O dispositivo de recalque deve ser instalado dentro de um abrigo embutido no muro. As mangueiras de incêndio devem ser acondicionadas dentro dos abrigos, em ziguezague ou aduchadas, conforme especificado na NBR12779.

Os pontos de tomada de água devem ser posicionados: nas proximidades das portas externas, escadas e/ou acesso principal a ser protegido, a não mais de 5 m; e em posições centrais nas áreas protegidas. No caso de projetos utilizando hidrantes externos, devem atender ao afastamento de, no mínimo, uma vez e meia a altura da parede externa da edificação a ser protegida (1,5xh), podendo ser utilizados até 60 m de mangueira de incêndio (preferencialmente em lances de 15 m), desde que devidamente dimensionados por cálculo hidráulico. Recomenda-se, neste caso, que sejam utilizadas mangueiras de incêndio de diâmetro DN65 para redução da perda de carga e o último lance de DN40 para facilitar seu manuseio, prevendo-se uma redução de mangueira de DN65 para DN40.

No interior do abrigo pode ser instalada a válvula angular, desde que o seu manuseio e manutenção estejam garantidos. Os abrigos devem ser em cor vermelha, possuindo apoio ou fixação própria, independente da tubulação que abastece o hidrante ou mangotinho. (NBR 13714). Todo sistema deve ser dotado de alarme audiovisual, indicativo do uso de qualquer ponto de hidrante ou mangotinho, que é acionado automaticamente através de pressostato ou chave de fluxo. Na localização do alarme devem ser considerados os níveis de volume e de iluminamento necessários, as características construtivas e tipo de ocupação da edificação e localização relativa do alarme e do pessoal da Brigada de Incêndio ou da zeladoria da edificação. (NBR 13714).

4.5.9.1 Hidrante Urbano

Considera-se hidrante urbano de incêndio o aparelho fabricado de acordo com a norma NBR 5667 – Hidrantes públicos de incêndio da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), utilizado como ponto de tomada de água ligado à rede pública de abastecimento de água, provido de dispositivo de manobra (registro) e união de engate rápido que permita a adaptação de bombas e/ou mangueiras para o serviço de extinção de incêndios (BRASIL, 2018 ).

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39 Figura 22 - Hidrante urbano

Fonte: https://www.bucka.com.br/tipos-de-hidrante-e-seu-funcionamento/

As edificações com área construída a partir de 1500 m², independentemente de sua ocupação, deverá possuir, num raio de 300 m do eixo da fachada do prédio, um hidrante de coluna no passeio público (NT 34, 2014).

Para melhorar a identificação da proibição de estacionamento em frente de cada hidrante urbano deverá ser pintada a sinalização (Figura 23). A responsabilidade para implantar a sinalização descrita no item anterior, será do serviço de trânsito do município (NT 34, 2014).

(49)

40 Figura 23 - Sinalização de Hidrante Público

Fonte: https://alemparaiba.mg.gov.br/2018/07/prefeitura-municipal-de- alem-paraiba-atraves-da-defesa-civil-e-secretaria-de-obras-realizam-a-pintura-dos-hidrantes-do-municipio/

4.5.10 Segurança Estrutural contra Incêndio

A Instrução Técnica 08 do CBMRN (2018) estabelece as condições a serem atendidas pelos elementos estruturais e de compartimentação que integram as edificações, quanto aos Tempos Requeridos de Resistência ao Fogo (TRRF), para que, em situação de incêndio, seja evitado o colapso estrutural por tempo suficiente para possibilitar a saída segura das pessoas e o acesso para as operações do Corpo de Bombeiros.

Os tempos requeridos de resistência ao fogo (TRRF) são aplicados aos elementos estruturais e de compartimentação, conforme os critérios estabelecidos na IT 08 do CBMRN (2018) e em seu Anexo A (Figura 24).

(50)

41 Figura 24 - Tempos requeridos de resistência ao fogo (TRRF)

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42 Para comprovar os TRRF constantes desta IT 08 do CBMRN (2018), são aceitas as seguintes metodologias:

a. Execução de ensaios específicos de resistência ao fogo em laboratórios;

b. Atendimento a tabelas feitas de resultados obtidos em ensaios de resistência ao fogo; c. Modelos matemáticos (analíticos) devidamente normatizados ou internacionalmente reconhecidos.

Para os elementos de compartimentação, admitem-se as metodologias “a” e “b”. Para os elementos estruturais, as 3 metodologias podem ser aceitas.

4.5.10.1 Dimensionamento de Elementos Estruturais em Situação de Incêndio

• Concreto: adota-se a NBR 15200 - Projeto de estruturas de concreto em situação de incêndio. Se aceita também o dimensionamento através de ensaios de resistência ao fogo de acordo com a NBR 5628.

• Cobertura: As estruturas das coberturas que não atendam aos requisitos de isenção do Anexo A desta IT 08 do CBMRN (2018) devem ter, no mínimo, o mesmo TRRF das estruturas principais da edificação.

4.5.10.2 Elementos de Compartimentação e Paredes Divisórias de Unidades Autônomas • Para as escadas e elevadores de segurança, os elementos de compartimentação, constituídos pelo sistema estrutural das compartimentações e vedações das caixas, dutos e antecâmaras, devem atender, no mínimo, ao TRRF igual ao estabelecido no Anexo A desta IT 08 do CBMRN (2018), porém, não podendo ser inferior a 120 min.

• Os elementos de compartimentação (externa e internamente à edificação, incluindo as lajes, as fachadas, paredes externas e as selagens dos shafts e dutos de instalações) e os elementos estruturais essenciais à estabilidade desta compartimentação, devem ter, no mínimo, o mesmo TRRF da estrutura principal da edificação, não podendo ser inferior a 60 min, inclusive para as selagens dos shafts e dutos de instalações.

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43 • As vedações usadas como isolamento de riscos, vide IT 07 do CBMRN 2018, e os elementos estruturais essenciais à estabilidade destas vedações devem ter, no mínimo, TRRF de 120 min.

• As paredes divisórias entre unidades autônomas e entre unidades e as áreas comuns, para as ocupações dos Grupos A (A2 e A3), B, E e H (H2; H3; H5 e H6), devem possuir TRRF mínimo de 60 min, independente do TRRF da edificação e das possíveis isenções. Para as edificações com chuveiros automáticos, isenta-se desta exigência.

Nota: São consideradas unidades autônomas os apartamentos residenciais, os apartamentos de hotéis, motéis e “flats”, as salas de aula, as enfermarias e quartos de hospitais, as celas dos presídios e assemelhados.

4.5.10.3 Materiais de Revestimento Contra Fogo

A escolha, o dimensionamento e a aplicação de materiais de revestimento contra fogo são de responsabilidade do(s) responsável(eis) técnico(s).

As propriedades térmicas e o desempenho dos materiais de revestimento contra fogo quanto à aderência, combustibilidade, fissuras, toxidade, erosão, corrosão, deflexão, impacto, compressão, densidade e outras propriedades necessárias para garantir o desempenho e durabilidade dos materiais, devem ser determinados por ensaios realizados em laboratório nacional ou estrangeiro reconhecido internacionalmente, de acordo com norma técnica nacional ou, na ausência desta, de acordo com norma estrangeira reconhecida internacionalmente.

4.5.10.4 Isenção de TRRF

As edificações isentas de TRRF, conforme Anexo A, devem ser projetadas (considerando medidas ativas e passivas) visando atender aos objetivos do Regulamento de Segurança contra Incêndio das edificações e áreas de risco no Estado do Rio Grande do Norte. Caso contrário, as isenções não são admitidas.

Referências

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