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Análise geoambiental do Atol das Rocas - 2015

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES

DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA

CURSO DE GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA - BACHARELADO

BÁRBARA DANIELLE ANDRADE DE CASTRO PRAXEDES

ANÁLISE GEOAMBIENTAL DO ATOL DAS ROCAS - 2015

NATAL, RN 2019

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ANÁLISE GEOAMBIENTAL DO ATOL DAS ROCAS - 2015

Monografia de Conclusão de Curso apresentada ao corpo docente do Curso Superior de Bacharelado em Geografia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em cumprimento às exigências legais como requisito parcial à obtenção do Título de Bacharel em Geografia.

Orientador: Prof. Dr. Marcelo dos Santos Chaves

NATAL, RN 2019

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ANÁLISE GEOAMBIENTAL DO ATOL DAS ROCAS - 2015

Monografia de Conclusão de Curso apresentada ao corpo docente do Curso Superior do Bacharelado em Geografia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em cumprimento às exigências legais como requisito parcial â obtenção do título de Bacharel em Geografia.

Aprovada em 03 dedezembro de 2019.

COMISSÃO EXAMINADORA:

___________________________________________ Prof. Dr. Marcelo dos Santos Chaves

UFRN – DGE Orientador

________________________________________________ Prof. M.Sc. Iracema Miranda da Silveira

UFRN – Museu Câmara Cascudo Examinadora Interna

________________________________________________ M. Sc. Silvania Helena Magalhães

CRN – Bio Ambiental e Arqueologia Examinadora Externa

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Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN Sistema de Bibliotecas - SISBI

Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes - CCHLA

Praxedes, Bárbara Danielle Andrade de Castro.

Análise Geoambiental do Atol das Rocas - 2015 / Bárbara Danielle Andrade de Castro Praxedes. - Natal, 2019. 54f.: il. color.

Graduação (monografia) - Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Orientador: Prof. Dr. Marcelo dos Santos Chaves.

1. Atol - Monografia. 2. Hidrodinâmica - Monografia. 3. Sedimentológicos - Monografia. 4. Meteorológicos - Monografia. 5. Morfologia - Monografia. I. Chaves, Marcelo dos Santos. II. Título.

RN/UF/BS-CCHLA CDU 911.2:551.4

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Dedico a minha mãe, irmã, vovó Susanira (in memorian) e a todos os meus amigos que direta ou indiretamente me ajudaram e incentivaram na elaboração desta monografia.

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Ver esse trabalho finalizado é motivo de muito orgulho e alívio por ter conseguido concluir mais uma fase da minha vida. O caminho foi longo, mas ter o apoio de todos foi fundamental para que essa etapa fosse concluída.

Agradeço a minha mãe, Ivanize, pelo suporte ao longo de todos esses anos, pelo seu jeito único de expressar o seu amor por mim e por nunca medir esforços para que eu alcançasse meus objetivos.

Gostaria de agradecer ao professor Marcelo dos Santos Chaves pela oportunidade de poder participar do projeto “Paisagem Oceânica Atol das Rocas – caracterização sedimentológica, hidrodinâmica e impactos ambientais”, por ter sido muito mais que um orientador, acreditando no meu potencial e nunca ter me deixado desistir. Ao amigo Olavo, que me acompanhou na expedição, pela troca de conhecimentos durante todo esse tempo.

Agradeço a toda equipe do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), principalmente a Chefe da Reserva Maurizélia de Brito e ao Analista Ambiental Frederico Ozório por ter proporcionado uma ótima experiência nessa expedição cientifica. Agradeço também a equipe do Barco Borandá, Capitão Zeca e sua tripulação, que por anos leva as esquipes com segurança ao Atol das Rocas.

Agradeço a Nathalia, Maira, Raissa e Silvania pelas críticas, co-orientações, ajuda na formatação, paciência e principalmente o apoio de vocês, que foi fundamental para a conclusão de mais esse ciclo. Os agradecimentos se estendem a equipe da CRN-Bio Ambiental e Arqueologia pela compreensão e apoio nas horas que sempre precisei.

Agradeço a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), especialmente ao Departamento de Geografia (DGE) e ao Laboratório de Geografia Física (LabGeoFis), pelo ensino de qualidade, que por muitas vezes buscou associar a teoria à prática, por todo conhecimento adquirido nas duas graduações e pelos amigos que fiz ao longo desse período. E, ao CNPQ pelo incentivo a pesquisas como essa, que são fundamentais para o desenvolvimento do país.

A todos que me ajudaram direta ou indiretamente, meus sinceros agradecimentos, a conclusão desse trabalho não seria possível sem o apoio de vocês.

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“A cura para qualquer coisa é água salgada: Suor, lágrimas ou o mar”. Isak Dinesen

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Sendo um dos menores do mundo, localizado a 266 km da cidade de Natal/RN e a 150 km do Arquipélago de Fernando de Noronha/PE, o Atol das Rocas se apresenta como um importante sítio ecológico devido a sua alta produtividade biológica e por ser uma importante zona de alimentação, abrigo e reprodução de várias espécies de animais. Outra importância que podemos atribuir ao atol é o fato de ser um sítio geológico/geomorfológico estratégico, tanto por ser o único do Oceano Atlântico Sul, como por ser um depósito carbonático resultante da atividade orgânica, construtora de organismos bentônicos em resposta aos fatores ambientais, hidrodinâmica e variações relativas ao nível do mar, possuindo características ambientais bastante peculiares. Com isso, o principal objetivo desta pesquisa foi uma análise geoambiental do Atol das Rocas, a partir da expedição realizada nos meses de agosto e setembro de 2015, levantando dados da hidrodinâmica, sedimentológicos, meteorológicos e da morfologia oceânica do atol. Para alcançar os objetivos propostos, utilizamos embasamentos teóricos específicos para cada coleta realizada em campo. Com isso, pela primeira vez, geógrafos fizeram levantamentos de dados hidrodinâmicos, sedimentológicos, meteorológicos e da morfologia de praial do referido atol, que ajudou a compreender a dinâmica do Atol das Rocas, e que dará subsídios para o manejo da Unidade de Conservação (UC), e para futuros pesquisadores que busquem dados atualizados relacionados ao tema aqui proposto.

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Siendo uno de los más pequeños del mundo, ubicado a 266 km de la ciudad de Natal / RN y a 150 km del archipiélago Fernando de Noronha / PE, el Atolón das Rocas se presenta como un sitio ecológico importante debido a su alta productividad biológica y por ser una importante zona de alimentación, refugio y reproduccíon de diversas especies de animales. Otra importancia que podemos atribuir al atolón es el hecho de que es un sitio geológico / geomorfológico estratégico, tanto porque es el único en el Océano Atlántico Sur, como un depósito de carbonato resultante de la actividad orgánica, que construye organismos bentónicos en respuesta a factores ambientales, hidrodinámica y variaciones del nivel del mar, con características ambientales muy peculiares. Por lo tanto, el objetivo principal de esta investigación fue hacer un análisis geoambiental del Atolón das Rocas, desde la expedición realizada en agosto y septiembre de 2015, recolectando datos sobre la morfología, hidrodinámica, sedimentológia, meteorológia y oceánica del atolón. Para lograr los objetivos propuestos, utilizamos bases teóricas específicas para cada trabajo de campo. Así, por primera vez, los geógrafos realizaron estudios hidrodinámicos, sedimentológicos, meteorológicos y de morfología de playas del atolón, lo que ayudó a comprender la dinámica del Atolón de Rocas y respaldará la gestión de la Unidad de Conservación (UC), y para futuros investigadores que buscan datos actualizados relacionados con el tema propuesto aquí.

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Pág.

Figura 1- Formação de um Atol ... 14

Figura 2- Mapa de Localização da Área em Estudo ... 17

Figura 3 - Placa de criação da REBIO ... 17

Figura 4 - Cadeia de Montes Submarinos ... 18

Figura 5 - Representação do guyot ... 19

Figura 6 - Platô recifal ... 20

Figura 7 - Sedimentos na ilha do farol ... 22

Figura 8 - Fauna e Flora na Ilha do Farol ... 23

Figura 9 - Fauna local. ... 23

Figura 10 - Avifauna presente no Atol das Rocas. ... 24

Figura 11 - Deslocamento até a ilha do Farol ... 25

Figura 12 - Localização dos perfis praiais ... 26

Figura 13 - Compartimentos de relevo praial. ... 28

Figura 14 - Levantamento dos dados topográficos ... 29

Figura 15 - Localização do ponto de coleta dos dados hidrodinâmicos ... 30

Figura 16 - Localização dos pontos de coleta dos dados meteorológicos ... 31

Figura 17 - Localização dos pontos de coleta dos dados meteorológicos ... 32

Figura 18- Monitoramento dos perfis praiais no Ponto 1 ... 34

Figura 19 - Monitoramento dos perfis praiais no Ponto 1 ... 36

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Pág.

Gráfico 1 - Perfis no Ponto 1 ... 33

Gráfico 2 - Perfis no Ponto 2 ... 35

Gráfico 3 - Período de Onda e Velocidade da Corrente Litorânea ... 38

Gráfico 4 - Temperaturas no Ponto 1... 39

Gráfico 5 - Temperaturas no Ponto 2... 39

Gráfico 6 - Umidades no Ponto 1 ... 40

Gráfico 7 - Umidades no Ponto 2 ... 40

Gráfico 8 - Velocidade média dos ventos no Ponto 1... 41

(12)

Pág.

Tabela 1: Datas de realização dos perfis ... 27

Tabela 2 - Balanço sedimentar dos perfis praiais. ... 37

Tabela 3 - Resultado do ataque do sedimento com ácido no Pós Praia. ... 43

Tabela 4 - Resultado do ataque do sedimento com ácido no Estirâncio. ... 43

(13)

Pág.

1 INTRODUÇÃO ... 13

2 OBJETIVOS ... 15

2.1 Objetivos Específicos: ... 15

3 CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DO ATOL DAS ROCAS ... 16

3.1 Geologia ... 18

3.2 Geomorfologia ... 19

3.3 Clima e tempo... 20

3.4 Condições Oceanográficas ... 21

3.5 Ilhas arenosas e Sedimentologia ... 21

3.6 Fauna e Flora ... 22 4 METODOLOGIA ... 24 4.1 - ETAPA 1 (PRÉ-CAMPO) ... 24 4.2 ETAPA 2 (CAMPO) ... 25 4.2.1 Perfil de Praia ... 26 4.2.2 Dados Hidrodinâmicos ... 29 4.2.3 Dados Meteorológicos ... 31 4.2.4 Dados Sedimentológicos ... 32 5 RESULTADOS ... 33 5.1 ETAPA 3 (PÓS CAMPO) ... 33

5.1.1 Análises dos Perfis Praiais. ... 33

5.1.2 Análise dos dados hidrodinâmicos ... 37

5.1.3 Análise dos dados meteorológicos ... 38

5.1.4 Análise Laboratorial ... 42

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 44

REFERÊNCIAS ... 46

ANEXOS ... 51

ANEXO A - FICHA DE NIVELAMENTO TOPOGRÁFICO ... 52

ANEXO B - FICHA DE DADOS HIDRODINÂMICOS ... 54

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1 INTRODUÇÃO

As formações recifais no Brasil estão localizadas em maior quantidade na costa das regiões Nordeste e Sudeste, entre 3°S (litoral Norte do Estado do Ceará) até 22°S (litoral Norte do Estado do Rio de Janeiro), sendo compostas por corais, algas calcárias e moluscos vermetídeos. No entanto, existem, ao longo da região equatorial (no litoral Norte do Brasil) até áreas mais ao Sul (até o Estado de Santa Catarina), colônias de corais que não chegaram a formar recifes (VILLAÇA, 2001).

Segundo Soares et al. (2010), os recifes são significantes para os ambientes marinhos e costeiros pois protegem as ilhas contra processos de erosão causados pela ação do mar, constitui organismos variados, o que torna a cadeia alimentar mais complexa, influencia no balanço de carbono e pode ser utilizado em pesquisas farmacológicas, a partir da sua matéria-prima.

O ambiente marinho é representado principalmente pelos recifes de coral, devido a sua alta produtividade e diversidade biológica (SOARES et al., 2010). Os recifes de coral se tornam atraentes devido aos processos químicos, físico e biológicos que ocorrem no ecossistema e sua correlação (TUCKER; WRIGTH, 1990). Embora seja um ambiente com grande biodiversidade, ainda é considerado desprotegido e sujeito a impactos de natureza negativa, acarretando processos de degradação ambiental (RINKEVICH, 2008).

A primeira teoria sobre as ilhas de recifes (Atóis) foi escrita por Charles Darwin a bordo do M.S Beagle, no século XIX. Darwin estudou as possíveis causas da formação de um atol a partir do estudo dos recifes presentes na Ilha de Moorea, na Polinésia Francesa. Em 1842, propôs que os organismos que formaram os recifes que habitavam as costas de ilhas vulcânicas construíram um arcabouço no entorno dessas ilhas, e no tempo que isso ocorria, os montes submarinos sofreram uma subsidência gradual, sendo pelo aumento do nível do mar ou por subsidência tectônica. Com isso, houve a construção de um monte carbonático que era originário da atividade de organismos como corais e algas, até o momento em que todo o embasamento cristalino se direcionou para baixo do nível do mar, formando um arcabouço recifal na forma circular, com laguna central, que o mesmo denominou de atol (Figura 1). Em 1951 a teoria de Darwin foi constatada após o encontro de rochas vulcânicas a profundidades de 1267m e 1405m no atol denominado Enewetak (LADD ET AL.1970).

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Figura 1- Formação de um Atol – teoria de Darwin

Fonte: Adaptado de Soares-Gomes et all (2001).

Ao considerar a evolução dos atóis, a nível do mar, observou-se que a configuração baseada nos efeitos eustáticos e hidro-isostáticos foi apenas um estágio passageiro que durou pouco tempo durante o período geológico Quaternário. Diante disso, a morfologia clássica atual dos atóis passou a ter essa configuração apenas no Quaternário tardio. Em diferentes províncias geológicas localizadas nos mares tropicais é que se encontram os atóis mais recentes, nos quais diferem-se uns dos outros em relação a quantidade, tamanho, continuidade e aspectos morfológicos das ilhas (DICKINSON, 2004).

Atualmente existem cerca de 425 atóis no mundo, destes, 27 estão localizados no Oceano Atlântico, sendo o Atol das Rocas um deles, único no Oceano Atlântico Sul, e o restante (26), no mar do caribe (KIKUCHI, 1994).

O recife de coral denominado Atol das Rocas foi descoberto no ano de 1503, a partir da descrição de um naufrágio da nau liderado por Gonçalo Coelho, sendo o único Atol encontrado na região do Oceano Atlântico Sul. Situado a uma distância de aproximadamente

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260 quilômetros da capital do Estado do Rio Grande do Norte (Natal) e a uma distância de 150 quilômetros do Arquipélago da Ilha de Fernando de Noronha/PE (KIKUCHI, 1994).

O Atol das Rocas apresenta um formato elíptico, com uma área aproximada de 5,5 km², com extensão de 3,35 km x 2,49 km, e locado no topo de uma cadeia de montanhas no Oceano Atlântico Sul (PEREIRA, 2011). A base do recife está a uma profundidade de aproximadamente 4000 m.

Diversos autores apresentaram visões diferentes com relação a classificação “Rocas” ser considerado um atol verdadeiro. Isso justifica o difícil consenso entre as características diagenéticas e geomorfológicas nos quais os recifais eram classificados (Soares et al. 2009). A partir de um estudo realizado por Stoddart (1969), foi possível diferenciar um atol a partir das suas características como o seu formato de anel, a presença de uma laguna, desenvolvimento de ilhas a sotavento e do recifal sobre um embasamento vulcânico (SOARES ET AL., 2009).

Segundo Pereira (2011), no Atol das Rocas destacam-se diferentes formas e aspectos geomorfológicos, tais como: Frente Recifal, Crista Algálica, Platô Recifal, Depósito Sedimentar, Piscinas Naturais (variam em formas e tamanhos), Laguna (localizada na porção Nordeste, diferentemente de outros atóis pelo mundo onde normalmente possuem uma laguna central) e Ilhas Arenosas (Ilha do Farol e Ilha do Cemitério - mesmo na maré mais alta estão sempre emersas, e Ilha Zulu - que só aparece nas marés baixas). A primeira unidade de conservação marinha do Brasil foi o Atol das Rocas, apresentando elevada importância ecológica devido à sua alta produtividade biológica e servindo de abrigo para diferentes espécies animais, além de ser importante para a sua alimentação e reprodução.

2 OBJETIVOS

O principal objetivo desta pesquisa foi analisar o Atol das Rocas de um ponto de vista geoambiental, visto que este é o único atol encontrado na região do Oceano Atlântico Sul, e devido a sua grande importância, principalmente biológica, sendo considerado como Reserva Biológica protegida pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

2.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

 Coleta dos dados meteorológicos durante todos os dias da expedição;

 Monitoramento e descrição de perfis de praia (nos 2 pontos determinados em campo, para cada fase da lua);

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 Coleta dos dados hidrodinâmicos, durante todos os dias de expedição; e

 Análise sedimentológica dos sedimentos coletados nos compartimentos de relevos de praia.

3 CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DO ATOL DAS ROCAS

O Atol das Rocas é considerada a primeira Unidade de Conservação (UC) Brasileira no ambiente marinho, e sua proteção é integral (Figura 1), não sendo permitido o uso direto de seus recursos, conforme determinada pela lei federal nº 9.985/2000. Criada em 1979 (Figura 2), a UC está localizada a uma latitude Sul de 03º45 e 03º56’ e a uma longitude Oeste de 33º37 e 33º56’ (MMA/ICMBIO,2007).

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Figura 2- Mapa de Localização da Área em Estudo

Fonte: Acervo acervo autora, 2019.

Figura 3 - Placa de criação da REBIO

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A isóbata que faz a delimitação da REBIO do Atol das Rocas é de 1000m. O atol apresenta uma extensão de aproximadamente 7.200ha e cresce sobre um monte submarino (MMA/ICMBIO, 2007), onde se encontram três pequenas ilhas de origem biogênica: a ilha do Farol, a ilha do Cemitério e a ilha Zulu (Figura 3).

Figura 4 - Cadeia de Montes Submarinos

Fonte: MMA/ICMBIO (2007)

3.1 GEOLOGIA

A plataforma continental e a planície abissal que vai do Norte do Ceará até o Sul de Pernambuco, são compreendidas pela região Equatorial Ocidental do Oceano Atlântico. Nesta área está localizada a cadeia Norte do Brasil e a cadeia de Fernando de Noronha, da qual o Atol das Rocas também faz parte (Schobbernhaus et al. 1984). Essa cadeia é composta por um segmento de montes submarinos com direção Leste-Oeste (GORINI & BRIAN, 1976).

O Atol das Rocas localiza-se no topo de um monte submarino e a sua base está a 4000 metros de profundidade no leito oceânico, a uma latitude de 3°51’S L e uma longitude de 33°49’W.

De acordo com Pereira (2011), alguns desses montes tem alta erosão, principalmente devido a abrasão marinha, dando origem aos guyots, que são montes aplainados que formam extensas plataformas submersas. O Atol das Rocas cresce na porção W de um guyot, que tem seu topo próximo a superfície do mar (Figura 4).

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Figura 5 - Representação do guyot

Fonte: Pereira et al., 2010

É importante ressaltar que o Arquipélago de Fernando de Noronha é a única porção das montanhas submarinas que se tem conhecimento das características do embasamento cristalino. Almeida (1955), realizou um levantamento geológico completo do Arquipélago de Fernando de Noronha. As idades determinadas para as rochas vulcânicas de Noronha variaram entre 1,7 ma a até aproximadamente 12,3 ma. Pressupõe-se que o embasamento cristalino do Atol das Rocas seja de natureza similar as rochas vulcânicas encontradas em Fernando de Noronha e de idade superior, devido à sua maior distância em relação a cordilheira mesoceânica (PEREIRA, 2010).

As algas calcárias estão entre os principais organismos formadores do Atol das Rocas e correspondem a 60% da construção do recife, os outros 40% correspondem a moluscos, vermes poliquetos e crustáceos (Soares-Gomes et al, 2001). Posteriormente houve uma elevação do gyout, em relação ao nível do mar, onde se formou um atol, com duas ilhas arenosas e uma laguna rasa no seu interior (GHERARDI & BOSCENCE, 2005)

3.2 GEOMORFOLOGIA

De acordo com Kikuchi (1994), o Atol das Rocas apresenta um contorno elíptico e aberto, tanto na parte Ocidental quanto na parte Setentrional, com aproximadamente 3,7 km no eixo E-W e 2,5 km no eixo N-S.

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Albuquerque (2019), dividiu o atol em 3 principais compartimentos: o platô recifal, a laguna e a frente recifal. É possível observar que no platô há a ocorrência das piscinas naturais em maré baixa, ilhas arenosas e canais (Figura 5).

Figura 6 - Platô recifal

Fonte: Acervo da autora, 2015.

A laguna que é a principal formação que caracteriza um atol, no Atol das Rocas, foi identificada uma pequena laguna na porção NE do recife, que se liga ao mar através de uma passagem.

A frente recifal, são as porções do atol que sofrem influência direta do oceano, sendo a formação mais extensa do Atol das Rocas.

3.3 CLIMA E TEMPO

A região em que o Atol das Rocas se encontra é dominada pela Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), que é caracterizada por baixa pressão atmosférica, ventos fracos e alta precipitação, devido à influência dos dois sistemas de alta pressão localizados nas regiões subtropicais dos dois hemisférios, os anticiclones dos Açores ao Norte e o de Santa Helena no Sul (Nimer, 1989).

O clima é considerado como tropical quente, com urna temperatura média anual de 26°C, sendo a máxima absoluta de 32°C e a mínima de 18°C. A pluviosidade anual varia entre 1250 e 1500 mm, sendo que o período chuvoso ocorre entre os meses de março a julho.

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Outubro é considerado o mês mais seco (IBAMA, 1989). Já de acordo com Kikuchi (1994), a precipitação é distribuída irregularmente ao longo do ano, com uma média mensal variando de 860 mm (abril/1992) a 2.663 mm (agosto/1992).

Na região equatorial, a distribuição da temperatura do ar apresenta valores máximos no verão e no outono (máximo de 27,5ºC), ao Sul do equador, e a distribuição zonal apresenta decréscimos em direção ao Sul, e mínimos no inverno (mínimo de 24ºC) (Silva & Alvarenga, 1995).

Os ventos do quadrante ESE são dominantes durante o ano todo, com velocidades variando de 6 a 10 m/s (LEÃO & DOMINGUEZ, 2000). Porém tais parâmetros possuem relativa sazonalidade. Nos meses de inverno (de junho a agosto) observa-se uma frequência 35% de ventos SE e 15% de ventos E; com velocidades variando entre 11,0 e 15,0 m/s. Já no verão, a frequência fica em torno de 20% para os ventos SE e E, com velocidade frequentemente acima de 20,0 m/s (KIKUCHI, 1994).

3.4 CONDIÇÕES OCEANOGRÁFICAS

O Atol das Rocas é banhado pela corrente Sul equatorial, com direção para W (Goes, 2006), com uma velocidade média de 30 cm s-¹ (Richardson & Walsh, 1986).

A temperatura da água tem média de 27°C, contudo nas piscinas fechadas dentro do anel recifal durante a maré baixa, pode chegar a 39°C (LEÃO & DOMINGUEZ, 2000). A salinidade da água na superfície varia de 36% a 37% (Gherardi & Bosence 1999).

Por não ter tábua de maré própria, os pesquisadores usam a tábua de maré da Ilha de Fernando de Noronha como referência. Gherardi & Bosence (1999), classificam as marés do Atol das Rocas como de mesomarés, com altura máxima de 3,8m. As ondas observadas são ondas provenientes do quadrante E (80%) e do quadrante NE (15%), com altura média de 1 e 2 metros e períodos curtos de 4 a 7 segundos. (MMA/ICMBIO,2007).

3.5 ILHAS ARENOSAS E SEDIMENTOLOGIA

O acúmulo de sedimentos arenosos gerados na erosão do recife, formou duas ilhas no interior do atol das Rocas, a Oeste: as ilhas do Farol e do Cemitério e uma em formação a SE, a ilha Zulu.

Duarte (1938), foi o primeiro a apresentar aspectos sedimentológicos, porém se deteve apenas na composição química dos sedimentos. Ottman (1963) realizou análises granulométricas, coletada nas ilhas, na laguna e nos arredores do atol. Foi constatado que o

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sedimento das ilhas é cascalho arenoso e o sedimento da laguna é dominantemente areia (80%).

Andrade (1959) mostrou que o arenito da Ilha do Cemitério tem granulometria semelhante à da areia depositada atualmente na Ilha do Farol. Coutinho & Morais (1970), estudaram os sedimentos coletados nas plataformas do Atol das Rocas e da Ilha de Fernando de Noronha e as classificaram como areias calcárias biogênicas, compostas principalmente por algas coralinas da sub-família Melobesioidae (Família Coralinaceae), além de algas do gênero Halimeda e de foraminíferos bentônicos (principalmente Amphistegina radiata e Archaias sp) (Figura 6).

Pereira (2010) caracteriza a ilha Zulu como “um corpo sedimentar com frações de areia muito grossa e grânulos, sem vegetação fixa, com eixos maior de 288m e menor de 14mm, com área aproximada de 25.000m²”

Figura 7 - Sedimentos na ilha do farol

Fonte: Acervo da autora, 2015.

3.6 FAUNA E FLORA

Tendo em vista a composição calcária do solo e a falta de água doce, a vegetação do Atol das Rocas se resume em poucas espécies de herbáceas e alguns coqueiros que foram introduzidos com a intenção de ser um marco na visão dos navegantes, na falta de um farol a época (IBAMA 1989). (Figura 7).

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Figura 8 - Fauna e Flora na Ilha do Farol

Fonte: Acervo da autora, 2015.

Soares-Gomes et all (2001), considera a fauna do Atol das Rocas pobre, quando comparada à de outros atóis. Foram registradas 147 espécies de peixes (Figura 8) e apenas 8 espécies de corais. Porém, apesar disso, muitas espécies do atol são endêmicas e essa singularidade torna importante a sua preservação.

Figura 9 - Fauna local.

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Em relação a avifauna, Antas (1991), afirma que o Atol das Rocas possui as maiores colônias no Brasil de atobá-mascarado (Sula dactylatra) e viuvinha-marrom (Anous stolidus), além da maior colônia de trinta-reis-do-manto-negro (Sterna fuscata) do Oceano Atlântico Sul (Figura 9).

Figura 10 - Avifauna presente no Atol das Rocas.

Fonte: Acervo da autora, 2015.

4 METODOLOGIA

Este trabalho foi desenvolvido em três etapas: Etapa 1 (Pré-Campo), Etapa 2 (Campo) e Etapa 3 (Pós-Campo), sendo assim desenvolvidos.

4.1 ETAPA 1 (PRÉ-CAMPO)

As expedições realizadas para a UC Atol das Rocas são permitidas apenas após a autorização do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) que é o órgão federal responsável pela gestão das Unidades de Conservação no País.

A realização da pesquisa na REBIO Atol das Rocas se deu a partir da autorização do ICMBIO, mediante análise e aprovação do projeto submetido em 2014 intitulado: PAISAGEM OCEÂNICA DO ATOL DAS ROCAS - Caracterização sedimentológica, faciológica e impactos ambientais. Esse projeto tem como objetivo principal fazer um levantamento geoambiental do Atol das Rocas por um período de 10 anos, de 2014 a 2023.

Nesta etapa pré-campo, para fundamentar toda esta pesquisa, realizamos um levantamento bibliográfico, fazendo uso de livros e principalmente dissertações, teses, artigos

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científicos e páginas eletrônicas relacionadas à área de estudo e a metodologia aplicada em campo. Além disso houve também o período de preparação e escolha do material necessário para expedição. Confeccionamos também um calendário com base na tábua de maré da Ilha de Fernando de Noronha, onde elaboramos a metodologia de atividades a serem realizadas no campo.

4.2 ETAPA 2 (CAMPO)

Esta etapa de campo só foi possível, porque em setembro de 2014, a primeira expedição ao Atol das Rocas se deslocou até lá, com o intuito apenas de fazer o reconhecimento da área e plotar os pontos de observação. Campo este realizado pela aluna Cristiane, primeira aluna pesquisadora do referido projeto. Com isso, ocorreu durante o período de 13.08.2015 a 09.09.2015, a expedição 2015, a qual descrevemos agora.

Esta expedição foi realizada por dois alunos pesquisadores da UFRN (Bárbara Praxedes e Olavo Vitorino) e um analista ambiental do ICMBIO. A viagem foi feita única e exclusivamente de barco e durou cerca de 24 horas. O barco, alugado pelo ICMBio, denominado Borandá, chegou até a frente recifal do Atol das Rocas e quando a maré encheu foi possível passar com um bote pela entrada da falsa barreta (Figura 10).

Figura 11 - Deslocamento até a ilha do Farol

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Em campo foram realizados estudos morfodinâmicos (perfis de praia), dados hidrodinâmicos (velocidade da corrente, período de ondas) e dados meteorológicos (umidade, temperatura e velocidade do vento) e coleta de sedimentos.

4.2.1 Perfil de Praia

Para Pedrosa e Chaves (2008), o perfil praial é uma das formas de caracterizar e estudar uma praia quanto a sua perda ou ganho de sedimentos, e de acordo com MUEHE (1994), o perfil transversal de uma praia pode variar de acordo o ganho ou perda de areia de a partir da energia das ondas, alternando entre o engordamento e a erosão, ou seja, entre o tempo bom e a tempestade. Para a caracterização dos perfis de praia utilizamos uma metodologia proposta por Chaves (2005). Essa caracterização foi realizada em 2 pontos específicos P1 (409341 E, 9573292S zona 25s) e P2 (409341E, 9573377 S zona 25s), conforme a figura 11, na ilha do Farol, maior ilha do Atol das Rocas e onde estão localizados os abrigos.

(28)

Fonte: Adaptado do Google Earth, 2019.

Os perfis de praia foram realizados no ciclo lunar entre agosto e setembro de 2015 (Tabela 1), nas marés de quadratura e sigízia, levando em consideração os três compartimentos do relevo praial: pós-praia (PP), estirâncio (EST) e antepraia (AP) (Figura 12).

Tabela 1: Datas de realização dos perfis

Data Ciclo Lunar

14.08.2015 Lua Nova

22.08.2015 Lua Crescente

29.08.2015 Lua Cheia

05.09.2015 Lua Minguante

(29)

Figura 13 - Compartimentos de relevo praial.

Fonte: Albuquerque, 2019.

O levantamento dos dados topográficos dos compartimentos do relevo praial foi realizado na maré baixa, com auxílio de nível topográfico, mira graduada, piquetes e planilha de anotações (Anexo A), obtendo como produto final um banco de dados, que por meio deste pôde-se elaborar perfis topográficos, permitindo entender a dinâmica sedimentar da área ao longo dos quatro monitoramentos realizados (Figura 13).

A partir do primeiro ponto definido como ‘Ré’ foram colocados a cada 2 metros de distância piquetes que serviram de marcação para aquisição de dados do perfil, de acordo com o que estava sendo registrado na mira graduada. Ao chegar na linha d’água considerou-se 5 metros para dentro do mar, fazendo assim a delimitação do compartimento antepraia. É válido destacar que se considerou a cota inicial igual a zero de uma cota relativa, já que no referido atol não há um porto com dados de cotas absolutas.

(30)

Figura 14 - Levantamento dos dados topográficos

Fonte: Acervo da autora, 2015.

Além dos perfis praiais, foram coletadas amostras de sedimentos dos 3 compartimentos de relevo de praia, tanto do Ponto 1 quanto do Ponto 2, a fim de fazer análises sedimentológicas no Laboratório de Geografia Física (LabGeoFis), do Departamento de Geografia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

4.2.2 dados hidrodinâmicos

A aquisição dos dados hidrodinâmicos ocorreu nos horários da maré baixa e a coleta destes consistiu na análise do período de uma onda (T), e na velocidade média da corrente de deriva litorânea. O ponto escolhido H1 (409341 E, 9573292S zona 25s) foi o da saída da corrente do atol para o oceano (Figura 14). Os materiais utilizados para coleta desses dados foram: cronometro, fita métrica, piquetes, bóia e planilha de campo (Anexo B).

(31)

Figura 15- Localização do ponto de coleta dos dados hidrodinâmicos

Fonte: adaptado do Google Earth, 2019.

A metodologia utilizada para a aquisição desses dados foi à proposta por Muehe (1994).

Para os dados de período de onda (T), determinou-se um ponto de referência dentro do mar e contou-se quantas ondas passavam por esse marco em um certo tempo.

Para os dados de corrente litorânea, foi traçada uma distância de 10 metros e relacionou-se a distância com o tempo que a bóia levou para percorrer. Ao obter os dados utilizou-se a fórmula:

“Onde “vm” representa a velocidade média do flutuador, “∆s” a variação do espaço a ser percorrido e finalmente “∆t” a variação do tempo de todo o percurso de 10m ou ainda ΔV= 10/ x +y + z /3, sendo ΔV, a Velocidade média da corrente; ΔT, o tempo levado de deslocamento,

(32)

dividindo-se em ‘x’, ‘y’ e ‘z’, pelo fato do objeto ser lançado três vezes onde o número 3 representa a quantidade de passagens do flutuador.” (Albuquerque, 2019).

4.2.3 Dados Meteorológicos

Os dados meteorológicos coletados foram: umidade, temperatura e velocidade máxima do vento. Para medir esses dados do atol das rocas, foram utilizadas duas estações meteorológicas portáteis, a uma altura de 1 (um) e 2 (dois) metros a partir do chão, coletadas uma vez ao dia e planilhas de campo (Anexo C). (Figura 15). Os dados coletados serviram para posterior análise em laboratório. Os pontos de coleta dos dados climatológicos foram M1 e M2 (Figura 16).

Figura 16 - Localização dos pontos de coleta dos dados meteorológicos

(33)

Figura 17 - Localização dos pontos de coleta dos dados meteorológicos

Fonte: Adaptado do Google Earth, 2019.

4.2.4 Dados Sedimentológicos

Para os dados sedimentológicos, foram coletadas amostras nos três compartimentos considerados para fazer as análises dos perfis, Pós Praia, Estirâncio e Antepraia. O material utilizado para essa coleta foi pá e saco para guardar os sedimentos. Após essa coleta, foram levadas para laboratório, para quantificação dos carbonatos.

(34)

5 RESULTADOS

5.1 ETAPA 3 (PÓS CAMPO) 5.1.1 Análises dos Perfis Praiais.

No Ponto 1, é possível observar que a maior retirada de sedimentos na base da berma se deu na maré de lua minguante e, na antepraia ocorreu na lua cheia (Gráfico 1). Esse ponto, apresentou uma extensão máxima de 19,87 m na maré de lua crescente e uma extensão mínima de 13,56 m na maré de lua cheia. A maior altura da berma registrada foi na maré de lua minguante com 1,47 m e a menor 1,33 m na maré de lua nova. (Figura 17).

Esse ponto apresentou uma configuração mais estável, no que diz respeito a retirada e deposição de sedimentos.

Gráfico 1 - Perfis no Ponto 1

(35)

Figura 18- Monitoramento dos perfis praiais no Ponto 1

(A) Lua Nova (B) Lua Crescente

(C ) Lua Cheia.

Fonte: Praxedes e Vitorino, 2015.

No Ponto 2, é possível observar que o perfil praial foi modificado significativamente a cada fase lunar, tendo um maior ganho na maré de Lua Minguante e uma maior perda na maré de Lua Cheia (gráfico 2). Esse ponto, apresentou uma extensão máxima de 20,7 m na maré de lua minguante e uma extensão mínima de 7,9 m na maré de lua cheia. A maior altura da berma registrada foi na maré de lua crescente com 1,47 m e a menor 56 cm na maré de lua minguante (Figura 18)

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Gráfico 2 - Perfis no Ponto 2 5000 5500 6000 6500 7000 7500 8000 8500 9000 9500 10000 10500 11000 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 C O T A ( M M ) DISTÂNCIA (M)

PER F I S PR A I A I S NO P2

Lua Minguante Lua Nova Lua Crescente Lua Cheia

(37)

Figura 19 - Monitoramento dos perfis praiais no Ponto 1

(A) Lua Cheia

(B) Lua Crescente Fonte: Acervo da autora, 2015.

A quantificação dos sedimentos que foram remanejados durante o período de campo desse estudo, teve como base os levantamentos topográficos de um ciclo lunar, tendo os perfis monitorados em dois pontos específicos, escolhidos em campo.

A análise qualitativa deste trabalho na elaboração dos perfis praiais, se referiu a movimentação dos sedimentos nos três compartimentos estudados: PP, EST e AP. A tabela 3 mostra de maneira resumida os resultados nos Pontos 1 e 2.

(38)

Tabela 2 - Balanço sedimentar dos perfis praiais.

Data Fase Lunar P1 P2

14.08.2015 Lua Nova R R

22.08.2015 Lua Crescente PP- EST- AP+ PP- EST- AP-

29.08.2015 Lua Cheia PP- EST- AP- PP- EST- AP-

05.09.2015 Lua Minguante PP-EST+AP+ PP+ EST+ AP+

Legenda: R – perfil de referência; PP – pós praia; EST – estirâncio; AP – antepraia. (-) setor de erosão (+) setor em acresção. Adaptado de Magalhães e Maia, 2003.

É possível observar que no Ponto 1 que houve perda de sedimentos na PP em todos as datas monitoradas, sendo na lua cheia onde ocorreu a maior perda de sedimentos nos três compartimentos. Mesmo com essa perda de sedimentos a zona do PP apresentou uma maior estabilidade, quando comparada ao EST e AP. Esse ponto por ser protegido pela barreira de corais, sofre apenas modificações quando está na maré cheia, recebendo as ondas advindas de fora do Atol.

A hidrodinâmica no Ponto 2 é bem maior quando comparada ao Ponto 1, o Ponto 2 sofre influência da corrente que sai do Atol nas marés de vazante, tendo assim uma dinâmica morfológica mais intensa. O Ponto 2 tem uma maior perda de sedimentos e ganho nos três compartimentos praiais, sendo na maré de Lua Cheia a maior perda e na maré de Lua Minguante maior deposição de sedimentos. Apesar da dinâmica ser intensa a retirada e deposição de sedimentos é regular nesse ponto.

Nos dois pontos observados, mesmo com a perda de sedimentos, não se considera processo de erosão nessas praias, sendo assim avaliadas como praias estáveis.

5.1.2 Análise dos dados hidrodinâmicos

Observou-se que ao longo do período de monitoramento a velocidade da corrente variou entre 0,38m/s e 0,49 m/s no ponto H1.

O maior período de onda registrado foi o de 17.3 ondas por minuto e o menor 14.6 ondas por minuto, é possível observar no gráfico a ausência de ondulações nesse ponto. (Gráfico 3)

(39)

Gráfico 3 - Período de Onda e Velocidade da Corrente Litorânea

*Ausência de ondulação no período de 20.08 a 06.09. Fonte: Autora, 2015.

5.1.3 Análise dos dados meteorológicos

De acordo com os Gráficos 4 e 5, é possível observar que a temperatura tanto no ponto de coleta 1 quanto no ponto de coleta 2, durante o período estudado, apresentam uma amplitude térmica do Atol considerada baixa. No Ponto 1 as temperaturas variaram entre 25,5º e 28,6º, sendo registrado apenas 1 dia na estação E1 com um pico de temperatura máxima de 29.8º (Gráfico 1). No Ponto 2 as temperaturas variaram entre 25,6 º e 28,8, no entanto, em apenas um dia a medição foi um pouco elevada, com máxima de 29,8º (Gráfico 2).

(40)

Gráfico 4 - Temperaturas no Ponto 1

Fonte: Acervo autora, 2019.

Gráfico 5 - Temperaturas no Ponto 2

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Gráfico 6 - Umidades no Ponto 1

Fonte: Acervo autora, 2019.

Com relação a umidade no Atol, é possível observar nos Gráficos 7 e 8 que a mesma é alta e constante no decorrer dos dias, com uma média de 85%. No Ponto 1, o dia considerado mais úmido chegou a 93,08% e o menos úmido a 68,9%. No Ponto 2, o maior valor de umidade foi de 88,86% e o menor de 70,7%.

Gráfico 7 - Umidades no Ponto 2

(42)

A velocidade média dos ventos no Atol, foi maior no mês de agosto, principalmente devido a influência dos ventos alísios, que chegam nessa época no nordeste Brasileiro (Gráficos 8 e 9). A velocidade média foi de 5,45 m/s no Ponto 1 e de 5,18 m/s no Ponto 2. No Ponto 1 a máxima chegou a 8,72 m/s e a mínima a 2,58 m/s. No Ponto 2 a máxima foi de 9,72 m/s e a mínima de 2,64 m/s.

Gráfico 8 - Velocidade média dos ventos no Ponto 1

Fonte: Acervo autora, 2019.

Gráfico 9 - Velocidade média dos ventos no Ponto 2

(43)

5.1.4 Análise Laboratorial 5.1.4.1 Análise Sedimentológicas

Os procedimentos relacionados a análise sedimentológica foram realizados no Laboratório de Geografia Física da UFRN – LabGeoFis. No LabGeoFis, as amostras passaram apenas pela quantificação de teor de carbonato de cálcio.

Foi utilizada a metodologia proposta por Suguio (1973), de secagem em estufa a 100°C, em seguida foram quarteadas obtendo-se frações representativas para os procedimentos de peneiramento, teor de carbonato e teor de matéria orgânica (figura 19) .

Figura 20 - Secagem das amostras após a lavagem

Fonte: Maria Ayanne (2015).

- Quantificação de Teor de Carbonato de Cálcio (CaCO3)

A determinação do teor de carbonatos nas amostras possui importância no que se refere às análises em amostras clásticas, assim, subtraíram-se os carbonatos de cálcio das amostras aqui trabalhadas, que consistiu na separação de 10g de amostra representativa e ataque com ácido clorídrico diluído a 10%. As amostras passaram 24 horas sob ação do ácido dentro de beckers. Após este procedimento, as amostras foram lavadas, para retirada do ácido, e em seguida foram encaminhadas para estufa para posterior pesagem e quantificação do carbonato: peso final menos peso inicial (SUGUIO, 1973). (tabelas 3 a 5).

(44)

Tabela 3 - Resultado do ataque do sedimento com ácido no Pós Praia.

Ponto Compartimento

DATA Peso inicial Peso final em gramas

% P1 Pós Praia 14/08/2015 10g 0 100.00% P2 Pós Praia 14/08/2015 10g 0 100.00% P1 Pós Praia 22/08/2015 10g 0 100.00% P2 Pós Praia 22/08/2015 10g 0.0042 99.95% P1 Pós Praia 29/08/2015 10g 0 100.00% P2 Pós Praia 29/08/2015 10g 0.0033 99.97% P1 Pós Praia 05/09/2015 10g 0 100.00% P2 Pós Praia 05/09/2015 10g 0 100.00%

Fonte: Maria Ayanne, 2015.

Tabela 4 - Resultado do ataque do sedimento com ácido no Estirâncio.

Ponto Compartimento DATA Peso inicial Peso final em gramas % P1 Estirâncio 14/08/2015 10g 0,003 99,97% P2 Estirâncio 14/08/2015 10g 0 100% P1 Estirâncio 22/08/2015 10g 0,0048 99,95% P2 Estirâncio 22/08/2015 10g 0 100% P1 Estirâncio 29/08/2015 10g 0 100% P2 Estirâncio 29/08/2015 10g 0 100% P1 Estirâncio 05/09/2015 10g 0 100% P2 Estirâncio 05/09/2015 10g 0 100%

Fonte: Maria Ayanne, 2015.

Tabela 5 - Resultado do ataque do sedimento com ácido na antepraia.

Ponto Compartimento DATA Peso inicial Peso final em gramas % P1 Antepraia 14/08/2015 10g 0 100% P2 Antepraia 14/08/2015 10g 0 100% P1 Antepraia 22/08/2015 10g 0 100% P2 Antepraia 22/08/2015 10g 0 100% P1 Antepraia 29/08/2015 10g 0,0008 100% P2 Antepraia 29/08/2015 10g 0 100% P1 Antepraia 05/09/2015 10g 0,0034 99,96% P2 Antepraia 05/09/2015 10g 0,0024 99,97%

Fonte: Maria Ayanne, 2015.

Após o ataque com CaCO3 foi observado que em 5 das 24 amostras de sedimentos coletadas em campo, apresentaram material diferente de carbonatos. Ao analisar as tabelas é

(45)

possível observar que na Lua Nova no P1 a porcentagem de carbonatos não é 100%, apenas no compartimento estirâncio, apresentando o peso final de 0,003g. Na lua crescente o P2 no compartimento pós Praia, apresentou 99,95% de carbonatos e o P1 99,95% no estirâncio. Na lua cheia, apenas o P2 apresentou um valor diferente da totalidade de carbonatos, sendo 99.97%, no compartimento pós praia. Na lua minguante no compartimento antepraia, O P1 e P2 apresentaram 99,96% e 99,97% de carbonatos, respectivamente.

Nas tabelas é possível observar que a grande maioria dos sedimentos analisados são de origem carbonática, proveniente principalmente da deposição dos organismos formadores do Atol.

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

No âmbito da ciência geográfica é de extrema relevância a correlação precisa entre os agentes, os processos, o ser humano e o meio ambiente. O Geógrafo, ao analisar todos os fatores envolvidos em determinado fenômeno, busca compreender, em diferentes espaços, a influência que cada elemento exerce sobre o outro. Por isso, é prudente e importante ir a fundo na caracterização geoambiental de ambientes ímpares, como é o caso do Atol das Rocas, indo desde sua origem e formação geológica, passando por todo seu processo evolutivo, chegando os dias atuais. É importante analisar os mais diversos elementos que influenciam na dinâmica da ilha vulcânica. Estudos que abordem essa temática acabam se tornando importantes tanto para as entidades responsáveis pela proteção e manejo das unidades de conservação quanto para outros pesquisadores que procurem relacionar as suas pesquisas com os dados presentes nesses estudos.

Após as análises dos dados climatológicos coletados em campo, foi possível observar que as temperaturas variaram entre 25,5º e 28,8º, a umidade variou entre 85% e 88.6% e a velocidade média do vento foi de 5 m/s. Em relação a velocidade da corrente litorânea e o período de ondas, houve uma variação entre 0,38m/s e 0,49 m/s e um período médio de 15 ondas por minuto, respectivamente.

Nas análises dos perfis praiais é possível observar que o Ponto 1 teve uma menor dinâmica quando relacionado com o Ponto 2, que teve modificações mais significativas a cada fase lunar. Sendo assim, o ponto 1 apresentou uma configuração mais estável, no que diz respeito a retirada e deposição de sedimentos. Na sedimentologia do Atol, grande parte das suas partículas são formadas por carbonatos de origem biológica.

(46)

Os resultados aqui apresentados nos dão respostas das condições da vulnerabilidade do meio do Atol das Rocas, quanto a sua fragilidade de acesso a ações antrópicas, principalmente pela sua alta produtividade biológica. Quanto aos aspectos físicos, nota-se que a dinâmica oceânica, principalmente correntes e ventos, são os principais agentes modificadores do relevo no Atol. A continuidade da pesquisa por um período maior e contínuo ao longo de no mínimo 10 anos, é importante, pois só assim será possível entender a morfodinâmica e o crescimento da ilha do farol, deixando registrado e monitorando os pontos de erosão e deposição de sedimentos. É importante também o monitoramento em outros pontos da Ilha do Farol, para que ao término dos anos estudados se faça uma comparação.

(47)

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(51)

VILLAÇA, Roberto. O Atol das Rocas. Ecossistema único no Oceano Atlântico sul. Ciência Hoje. 29. 33-39. 2001.

(52)
(53)

ANEXO A - FICHA DE NIVELAMENTO TOPOGRÁFICO Data: Hora de Início: Hora de Término:

Az: Coordenadas UTM:

Hora da Maré: Altura da Maré

Estação Distância (m) Ré (mm) Vante (mm) Al. Cota Obs

Obs:_______________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ Fonte: (Lima 2006)

(54)

ANEXO B - FICHA DE CARACTERIZAÇÃO DO AMBIENTE PRAIAL

PÓS - PRAIA

Minerais pesados: ( ) SIM ( ) NÃO ESCARPA DA BERMA

Altura: __ Lagura: __ Inclinação__ Est. Sedimentar ( ) Sim ( ) Não PRAIA (ESTIRÂNCIO)

Erosão: ( ) Sim ( ) Não Lagura:_____ Inclinação_______ ANTEPRAIA

Tipos de Onda: ( ) Mergulhante ( )Deslizante ( ) Frontal ( )Ascendente

OBS:_______________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________

(55)

ANEXO C - FICHA DE DADOS HIDRODINÂMICOS

DATA: ___________________ HORA INÍCIO: ___________ HORA FIM: ________

OBSERVAÇÕES DE ONDA (fazer 12 observações consecutivas, descartar as duas maiores e realizar uma médias das outras restantes)

ALTURA H (m)

PERÍODO T (min) (fazer 12 observações consecutivas, descartar as duas maiores e realizar uma médias das outras restantes)

VELOCIDADE DA CORRENTE LITORÂNEA (V=∆S/T): T1:_____ T2:_____ T3:_____ Obs: ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ________________________________________________________________ Fonte: Lima (2006)

(56)

ANEXO D - DADOS METEOROLÓGICOS

Data: _________ Início: ______ Fim:_______ Alt.:______ Ponto:______

Tipo Estação 1 Estação 2

Umidade Conforto térmico Ponto de Orvalho Velocidade do Vento Velocidade Máxima do Vento

Velocidade Média do Vento

Temperatura

Referências

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