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Dança e infância: contribuições para o conhecimento do corpo

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES

CURSO DE LICENCIATURA EM DANÇA

LETÍCIA GABRIELLE OLIVEIRA SILVA

Dança e infância: contribuições para o conhecimento do corpo

NATAL-RN 2016

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Dança e infância: contribuições para o conhecimento do corpo

Trabalho de conclusão de Curso apresentado ao Curso de Licenciatura em Dança da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial à obtenção do título de graduado em dança, sob a orientação da Prof. Dra. Larissa Kelly de Oliveira Marques Tibúrcio.

NATAL 2016

LETÍCIA GABRIELLE OLIVEIRA SILVA

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BANCA EXAMINADORA

_____________________________________________ Prof.ª Dr.ª Larissa Kelly de Oliveira Marques Tibúrcio

Orientadora

_____________________________________________ Profª. Dr.ª Teodora de Araújo Alves

Primeiro membro- (Examinador interno)

_____________________________________________ Profª Mestra Roseane Melo dos Santos

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AGRADECIMENTOS

Hoje, mais do que nunca, compreendo a existência de uma força maior, sei que essa força me ajudou a seguir por este caminho que agora apenas começou a sua jornada. Agradeço àquele que me presenteou com o bem mais precioso que poderia receber um dia, a vida, e com ela a capacidade para pensar, amar, lutar pela conquista de meus ideais e por me movimentar e sentir a dança fluir em cada gesto, por poder passar o conhecimento e me alegrar em fazer a cada dia o que me motiva.

Aos meus pais, Ivanilson Gabi da Silva e Vitória Maria de Oliveira Silva, por todo apoio, incentivo e carinho, a vocês, que me deram a vida e me ensinaram a vivê-la com dignidade, não bastaria um simples obrigado.

Ao meu noivo, melhor amigo e companheiro de todas as horas, Gilleno Ferreira, por sempre me estimular nessa caminhada, pelo carinho, compreensão, amor e solidariedade inefável, e por sempre me apoiar em todas as minhas decisões. Obrigada amor.

A minha irmã, Isabelle Maria, pelo afeto e companheirismo, e por ter me presenteado com alguns dos livros de minha pesquisa, vai o meu muito obrigada.

Aos colegas de curso, que estiveram juntos por toda essa jornada, pelo carinho, ajuda e amizade no decorrer desses anos. Em especial a Diogo

Ramos e Janine Araújo.

Não poderia deixar de agradecer aos professores de dança do Colégio Marista de Natal que me incentivaram e despertaram em mim o amor a arte, muito obrigada!

A minha Orientadora, a Professora Larissa Marques, pela dedicação, disposição e discussões teóricas que subsidiaram novas reflexões em meus

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conceitos. Por ter sido atenciosa, profissional e paciente durante o período que foi orientadora desse trabalho.

Ao Grupo de Dança da UFRN (GDUFRN) que no decorrer desses anos foi fundamental para a minha formação.

Agradeço а todos os professores por mе proporcionar о conhecimento não apenas racional, mas а manifestação do caráter е afetividade da educação no processo de formação profissional, por tanto qυе se dedicaram а mim, não somente por terem mе ensinado, mas por terem mе feito aprender. O meu eterno obrigado.

Agradeço também aos membros da banca examinadora: Teodora Alves e Roseane Mello, pela disponibilidade de participar e pelas contribuições pessoais acerca desse projeto.

E a todos aqueles qυе de alguma forma estiveram е estão próximos de mim, fazendo esta vida valer cada vez mais а pena, deixo aqui também meu agradecimento.

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Sumário

1 REFLEXÕES SOBRE O ENSINO DA DANÇA NA EDUCAÇÃO INFANTIL ...8

2 A CRIANÇA: FASE DE DESENVOLVIMENTO ...12

3 O PENSAR A DANÇA NA EDUCAÇÃO INFANTIL ...14

4 O CONHECIMENTO E A EXPRESSÃO CORPORAL NA EDUCAÇÃO INFANTIL ...17

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...20

6 REFERÊNCIAS ...22

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Dança e infância: contribuições para o conhecimento do corpo

Letícia Gabrielle Oliveira Silva

RESUMO: O presente artigo traz algumas reflexões sobre o ensino da dança na fase infantil,

discute as contribuições desse ensino na escola para o aguçar da percepção do corpo das crianças e de suas possibilidades expressivas, a partir de uma dimensão lúdica de vivência da dança. Sua abordagem é de natureza qualitativa, descritiva e inserida na metodologia de pesquisa bibliográfica, onde estabelecemos diálogos com autores que discutem essa temática e trazemos aprendizados decorrentes da nossa experiência com o ensino da dança para crianças nos estágios supervisionados durante a graduação. Assentamos nossa reflexão nos pressupostos das contribuições de Isabel Marques, Jean Piaget, Rudolf Laban e outros estudiosos do tema em ação, que propõem a dança na escola como contribuição importante para o aprendizado do desenvolvimento do corpo na infância.

Palavras-chave: Reflexão, dança, contribuição, infância e processo ensino

aprendizagem.

ABSTRACT: This article presents some reflections about the teaching of dance in the infantile

phase, discussed as contributions to the school 's teaching to the children's perception of the body and its expressive possibilities, from a ludic dimension of dance experience. His approach is qualitative, descriptive and inserted in the methodology of bibliographical research, where the articles are discussed with authors who discuss this theme and draw lessons learned from their experience with dance teaching for children and supervised internships during a graduation. We focus our reflection on the assumptions of the contributions of Isabel Marques, Jean Piaget, Rudolf Laban and other scholars in the field, who propose dance in school as an important contribution to learning the development of the body in childhood.

Keywords: Reflection, dance, contribution, childhood and learning teaching process.

  Acadêmica do curso de Licenciatura Plena em Dança pela Universidade Federal do Rio Grande

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1 REFLEXÕES SOBRE O ENSINO DA DANÇA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Este artigo aborda uma reflexão em torno do ensino da dança na educação infantil. Discute as contribuições desse ensino na escola para o aguçar da percepção do corpo das crianças e de suas possibilidades expressivas, a partir de uma dimensão lúdica de vivência da dança.

Nosso interesse em pesquisar esse tema surgiu a partir de experiências no estágio supervisionado em dança1, onde foram observadas aulas de dança para a educação infantil em duas escolas da cidade de Natal-RN, nos estágios supervisionado I (2015) e III (2016) 2em turmas de 2° ano (3 a 5 anos). Nessas experiências pude observar a importância de trabalhar com a dimensão lúdica nas aulas de dança, o que motivou o aprender acerca da dança e das descobertas corporais nas crianças referentes aos muitos modos de dançar. A partir desse contato surgiu a problemática: O ensino da dança na educação infantil pode favorecer uma ampliação da percepção corporal das crianças?

De um modo geral, o fazer pedagógico da dança ainda é muito pautado em enfatizar um produto final. O que muitas vezes é valorizado é a apresentação de coreografias prontas, montadas pelo (a) professor (a) para atender ao calendário escolar. Entendemos que a nossa pesquisa pode

1 Os Estágios Supervisionados Obrigatórios do Curso de Dança (Licenciatura) constituem um conjunto de

Atividades Especiais Coletivas, que envolve aspectos teóricos e práticos, que implicam em presença controlada sob a orientação do professor, que são oferecidas em horários regulares e coletivamente, em turmas registradas, e realizadas prioritariamente em unidades escolares do sistema de ensino. (RESOLUÇÃO No 03/2011-CCLD)

2 Estágio Supervisionado Obrigatório I (100 horas): Acompanhamento de uma classe do ensino

fundamental ou médio; observação da realidade socioeconômica e gestão da instituição escolar, e da atividade pedagógica do professor. Projeto Pedagógico da Escola e o lugar do componente curricular nessa proposta. Organização de cronograma de atividades, registro e reflexão sobre as atividades desenvolvidas.

Estágio Supervisionado Obrigatório III (100 horas): Participação ativa na vida da escola e da

comunidade: acompanhamento das reuniões pedagógicas e dos conselhos escolares; elaboração e desenvolvimento de projetos de ensino temático e/ou de integração escola/comunidade, e planos de aula. Docência supervisionada em uma classe do ensino fundamental ou médio; elaboração de relatório de estágio. (RESOLUÇÃO No 03/2011-CCLD)

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contribuir para repensar essa visão social da dança no âmbito escolar, de forma que essa compreensão da dança como um simples exercício, como um produto coreográfico a ser mostrado nas datas comemorativas possa ser revisitada e o ensino da dança possa ser pensado como um instrumento de comunicação, do conhecimento corporal, de ações e possibilidades de expressão dos educandos, a modo de perceber, sentir e articular significados e valores que os faça relacionar-se com todos a sua volta.

As aulas de dança não necessariamente precisam ter um produto final, mas tem um objetivo, uma didática e atenção pedagógica para que os alunos tenham consciência do seu corpo e dos conteúdos da dança. Entendemos que a criança é um ser em constante mudança e se utiliza disto para buscar conhecimento de si e de tudo o que está a sua volta. Atividades lúdicas que propiciem uma reflexão acerca da importância do movimento para a educação Infantil é de fundamental importância nas primeiras fases de desenvolvimento, e compreendemos que o caráter lúdico e expressivo das manifestações do movimento da criança poderá ajudar o professor a organizar melhor sua prática, levando em conta as necessidades motoras de cada criança, levando-as a vivenciar experiências, que as ajudem a compreender o mundo que as cercam.

Desse modo, a criança evolui quanto ao seu domínio corporal, desenvolvendo e aprimorando assim suas possibilidades de movimentação, descobrindo novos espaços, novas formas que seu corpo pode desenhar no espaço, superando suas limitações e condições para enfrentar desafios.

O espaço das artes na escola vem sendo conquistado a cada dia, a Lei nº 9694/96 afirma que a arte é considerada obrigatória na educação básica: “o ensino da arte constituirá componente curricular obrigatório, nos diversos níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos”. E no que se refere à dança, seu espaço ainda não foi totalmente conquistado. Recentemente foi sancionada a Lei nº 13278/16 que inclui, de forma obrigatória, a disciplina de artes no ensino básico brasileiro incluindo temas de dança, artes visuais e teatro que deverão ser incorporados ao currículo da disciplina. Antes a lei só previa música. As regras propostas pelo projeto

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valem tanto para escolas públicas quanto particulares. De acordo com a lei, os sistemas de ensino terão prazo de cinco anos para implantar as mudanças em seus currículos onde esses componentes curriculares deverão está presente no ensino infantil, fundamental e médio. Já é um grande avanço para todos os envolvidos no que se refere às artes em geral. Porém no ano que estamos (2016) o governo federal apresentou uma medida provisória sobre a reforma do ensino médio, e a arte não constará como componente obrigatório neste nível, passaram apenas a ser conteúdos obrigatórios cinco áreas: linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas e formação técnica e profissional.

Mas mesmo considerando que a legislação contemple o ensino das artes na educação infantil, há muito o que avançar no amparo legal. Nas escolas que experienciei os estágios esse avanço já vem se consolidando, pois, o trabalho de dança nesses espaços não foi inserido apenas para propor um momento de diversão, mas com o intuito de promover essa linguagem artística como um meio de ensino e de conhecimento.

A elaboração do conhecimento em dança na escola abrange mais do que a simples imitação de movimentos, em que se reconhece a exatidão e a totalidade dos gestos, ela permite uma apropriação reflexiva, consciente e transformadora do movimento. Então, o ensino da dança na escola não deve fixar-se na formação de futuros bailarinos, mas se relacionar imediatamente com a vida das crianças, como parte integrante da educação delas (STRAZZACAPPA; MORANDI, 2006).

A dança ensinada na escola não deve ser vista como uma criação de um “show” de arte e sim um meio de educar através da arte. Tem papel fundamental enquanto atividade pedagógica, realizando um trabalho que estimule ao máximo a criatividade, capacidade de raciocínio, autoconfiança, melhorar a relação com os outros e consigo mesmo além de ampliar o repertório motor (LIMA e FROTA, 2007).

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Portanto a dança na escola não deve priorizar a execução de técnicas, mas sim deixar com que os alunos se expressem, tanto no seu despertar a novas possibilidades corporais, quanto a trabalhos conduzidos pelo professor. Com isso a dança possibilita conhecer e aprimorar a consciência corporal, a criatividade e o despertar do aluno para as possibilidades de movimentos que seu corpo apresenta. A dança como forma de conhecimento na sala de aula, com experimentações focadas na exploração de novas movimentações a partir do movimento já presente no corpo de cada criança e em sua singularidade abrange muitas possibilidades a serem executadas; podemos dizer que a dança, é uma das maiores manifestações de expressão do movimento; e tendo ela no meio escolar fica fácil de perceber a disponibilidade e o conhecimento de cada aluno referente ao seu corpo.

As práticas de dança em sala de aula suscitam a educação corporal conforme o vocabulário de movimento de cada criança, contribuindo para o desenvolvimento emocional, físico e social das mesmas. Portanto a dança, como área de conhecimento, proporciona inúmeras possibilidades de vivenciar o corpo, o que favorece a coordenação motora, a postura, o equilíbrio, a respiração, a espacialidade, o ritmo, a expressão e a comunicação. Por conseguinte, a dança tem um papel promissor no desenvolvimento não só do corpo, mas também da mente. (LOUPPE 1997)

Os movimentos que as crianças vivenciam em suas possibilidades de se expressarem quando inseridas em um processo lúdico, superam as limitações e promovem descobertas corporais nas quais as crianças podem desenvolver suas habilidades motoras e expandir seus conhecimentos sobre si mesmas, sobre os outros colegas e o contexto em que vivem.

Este artigo foi pensado em quatro partes: a primeira parte relata sobre as reflexões da dança na educação infantil a segunda trata sobre a criança e sua fase de desenvolvimento, a terceira sobre a dança como processo de aprendizagem no espaço escolar e por fim concluímos o trabalho com exemplos

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de aulas que visam trabalhar o conhecimento e a expressão corporal: como ela pode ser planejada, executada e avaliada na educação infantil.

2 A CRIANÇA: FASE DE DESENVOLVIMENTO

A criança se movimenta nas ações do seu cotidiano. Correr, pular, girar e subir nos objetos são algumas das atividades dinâmicas que estão ligadas à sua necessidade de experimentar o corpo não só para seu domínio, mas para a construção de sua autonomia (BRASIL, 2000).

O brincar3 é o principal modo de expressão da infância e uma das atividades mais importantes para que a criança se constitua como sujeito da cultura. Segundo Jean Piaget (1971), a criança na faixa etária entre os dois e os sete anos, passa pelo estágio simbólico, em que cujo período emerge a função semiótica que permite o surgimento da linguagem, do desenho, da dramatização, imitação, raciocínio. Criando-se imagens mentais na ausência do objeto ou da ação. Nessa fase da criança ela passa por diversas descobertas: como a do corpo, da noção de espaço e da autonomia das palavras. PIAGET (1971), ainda afirma que o desenvolvimento da criança acontece através do lúdico, ela precisa brincar para crescer.

Nessa fase (Simbólico/Primeira Infância) entre um ano e meio ou até os seis ou sete anos, mais ou menos, a criança costuma liberar a imaginação, a criatividade e a se comunicar umas com as outras, com partes do corpo e também com objetos. Com isso a linguagem e a representação mental começam a fazer parte da vida da criança com maior intensidade, ou seja, a criança começa a fazer e também a compreender.

A fantasia por sua vez, faz parte também desse universo do imaginário da criança. Esse período do “faz de conta” pode ser introduzido na sala de aula por

3 A palavra brincar tem origem latina, vem de vinculum, que quer dizer laço, é derivada do verbo vincinre,

que significa prender, seduzir, encantar. Vinculum virou brinco e originou o verbo brincar (MARQUES 2012)

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meio das brincadeiras, proporcionando a criança o convívio em grupo e a experimentação de possibilidades de se mover.

Que mundo imaginário a dança traz para as crianças? Antes de tudo precisamos conhecer os conceitos, os sonhos, o imaginário das crianças a respeito da arte da dança. Qual contato essas crianças tiveram com a dança? Quais as danças que elas conhecem? Essas são questões que devem ser problematizadas ao se ensinar dança para as crianças, para que possamos potencializar que esse universo da fantasia se concretize no vivenciar da dança na infância.

Para Rudolf Laban (1990), a criança tem o impulso inato de realizar movimentos similares aos da dança. Cabe à escola levá-la a adquirir consciência dos princípios do movimento (Corpo, Espaço, Esforço e Forma),

preservando sua espontaneidade e desenvolvendo a expressão criativa.

O movimento é uma importante dimensão do desenvolvimento e da cultura humana. As crianças se movimentam desde que nascem, adquirindo cada vez maior controle sobre seu próprio corpo, engatinham, caminham, manuseiam objetos, correm, saltam, brincam, etc. O movimento humano é, portanto, o mais simples deslocamento do corpo no espaço. (RCNEI 1998)

O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI, 1998) sugere brincadeiras que envolvem simultaneamente o canto e o movimento, a percepção rítmica e a consciência do próprio corpo. Muitas brincadeiras populares podem estar associadas a essas atividades como as canções de ninar, as brincadeiras de roda, as danças circulares, dentre outras atividades despertando na criança a consciência e os limites do seu corpo.

Para Vygotsky (1996), não é suficiente ter todo o aparato biológico da espécie para realizar uma tarefa se o indivíduo não participa de ambientes e práticas específicas que propiciem esta aprendizagem. Não podemos pensar que a criança vai se desenvolver com o tempo, pois esta não tem, por si só,

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instrumentos para percorrer sozinha o caminho do desenvolvimento, que dependerá das suas aprendizagens mediante as experiências a que foi exposta, e a dança sendo uma experiência corporal, vivenciada no âmbito escolar, possibilitará as crianças, novas formas de expressão e comunicação, levando-as à descoberta da sua linguagem corporal, que contribuirá para o processo ensino e aprendizagem das mesmas.

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O desenvolvimento infantil é caracterizado por fases e é nessa fase onde a criança desenvolve as bases necessárias para o seu conhecimento. O acesso à diferentes tipos de comunicações desenvolve os seus aspectos físicos, emocionais, cognitivos, psicomotores e sociais. O movimento está presente desde os primeiros sinais de vida onde realizamos movimentos com o corpo no útero de nossa mãe, no qual vão se estruturando e exercendo influências em nosso comportamento durante nosso desenvolvimento.

3 O PENSAR A DANÇA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Entendemos que o pensar a dança na infância, traz inúmeras contribuições, aprimorando as habilidades básicas e os padrões fundamentais do movimento, como visto anteriormente. A aula de dança pode se tornar um lugar para ampliar os aspectos do desenvolvimento motor da criança, através de possibilidades de movimentação corporal, o que oportuniza o desenvolver da consciência do seu corpo.

A dança, como área de conhecimento, permite uma leitura e uma releitura diferenciada de nós mesmos, dos outros e do mundo. Por meio do corpo que dança, estabelecemos relações com os sons, as imagens, as palavras e as narrativas que nos circundam e podemos dialogar com elas. Portanto, a dança cumpre um importante papel na

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educação do indivíduo/cidadã o crítico e transformador. (MARQUES 2003)

A dança hoje é percebida por seu valor em si, muito mais do que um lazer ou entretenimento. Na educação, ela deve estar voltada para o desenvolvimento completo da criança, favorecendo o aguçar da sua sensibilidade e das noções espaço-temporais que são construídas no corpo que se descobre dançando.

Dessa maneira é salutar quena educação infantil seja permitido à criança desde pequena, entrar em contato com as manifestações rítmicas e expressivas de sua cultura e poder vivenciá-las em sua rotina diária, como parte das atividades na escola. Por essa razão, cabe ao professor estimular a criança não só para as danças individuais, mas sobretudo para as criações em grupos onde elas proporcionam a integração entre as crianças em torno da observação da cultura. Esta pode ser uma estratégia potencializadora da expressividade na criança, pois esta “[...] se expressa e se comunica por meio dos gestos e das mímicas faciais e interage utilizando fortemente o corpo” (BRASIL/RCNEI, 1998).

A proposta de Rudolf Laban para o ensino da dança possibilita ao aluno mostrar seus próprios movimentos. Não ensina apenas a forma ou a técnica, mas educa conforme o vocabulário de movimento de cada um, contribuindo para o desenvolvimento emocional, físico e social, integrando o dançar e o brincar como ações que caminham juntas. Por essa razão compreender a ludicidade e expressividade das manifestações da motricidade infantil ajudam o professor a organizar ainda mais a sua prática, levando em conta as necessidades particulares de cada criança.

A ludicidade deve ser algo comum às atividades de sala de aula, pois esta, está ligada à criação e a transformação, “ [...} a brincadeira abre a possibilidade de criar outro mundo e outro jeito de ser e de viver” (FORTUNA, 2004), e isso é essencial para a formação de sentidos.

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Desse modo, tanto brincar quanto dançar em situação de ensino e aprendizagem possibilitam estabelecer redes múltiplas de relações: e as relações são sempre transformadoras (FREIRE, 1982). De acordo com o que acabamos de falar, a dança, enquanto linguagem e forma de conhecimento, também é um conjunto de relações, logo, vínculos (brincar). A educação da dança de forma lúdica se relaciona à criação e transformação, pois a brincadeira possibilita a criança a criar outro mundo (imaginário), com isso a produção de sentidos. Para Marques (2012) brincar e dançar são linguagens próximas, principalmente no contexto de ensino e aprendizagem para as crianças pequenas, porém o brincar e o dançar são linguagens distintas, pois estão inseridas em campos de conhecimentos diferentes, e cada uma têm contribuições especificas a oferecer à educação das crianças. É possível estabelecer diferentes relações com essa forma de expressão ilimitada de gestos, sons, imagens.

Ao compreender a dança como expressão, Marques (2012) acredita na possibilidade de a criança ser autora de suas danças, e “o papel do professor é fundamental. É ele quem, ao olhar o movimento das crianças, estabelecerá elos com a dança” (DAMÁSIO, 2000, p. 230), ou seja, possibilitar que a criança crie, invente, componha e se expresse. É com esse conceito de dança que a mesma deverá estar presente no currículo das escolas, podendo a criança expressar-se de forma que amplie a compreensão de seus conceitos sobre o conhecimento

da dança.

Outro aspecto que deve ser considerado na interação com as crianças é a observação do professor em sala de aula, que se reveste de muita importância em seu trabalho. De acordo com o RCNEI (1991), a observação juntamente com o registro de tudo o que acontece com seu aluno, leva o professor a ter uma visão ampla do que realmente acontece em sala de aula, junto ao aprendizado de cada criança e das suas necessidades. E nada melhor do que o professor utilizar em sua ação como orientador brincadeiras com movimentos corporais, pois é neles que apresentam a melhoria do desenvolvimento motor da criança. E

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com isso, as atividades corporais desenvolvidas com as crianças possibilitam conhecer e aprimorar a consciência corporal, a criatividade e o despertar para as possibilidades de movimentos que o corpo apresenta, de acordo com a capacidade de cada uma.

4 O CONHECIMENTO E A EXPRESSÃO CORPORAL NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Experiência nos estágios

Os estágios foram realizados em uma escola particular e outra pública, nas turmas de 2° ano (3 a 5 anos) vespertino, sendo uma vez por semana, mais especificamente, nas quartas feiras no estágio I e na sexta feira no estágio III. A metodologia das escolas consiste em desenvolver atividades que sejam significativas, centrada na curiosidade, interesses, necessidades e possibilidades de cada aluno, ajudando-o no progresso e numa visão de mundo mais ampla. Em ambas escolas haviam o espaço direcionado para as aulas de dança, uma sala ampla, ventilada como também espaços delimitados nas paredes para disposição das produções das crianças – textos coletivos e imagens.

A escrita corporal no espaço4, movimentos congruentes5, movimentos isolados6, e os níveis espaciais foram alguns conteúdos vistos pelas crianças nos estágios. Estes conteúdos despertaram e ampliaram a visão dos alunos em seus movimentos, pois não era somente utilizar uma música e seguir os

4 Formas e linhas traçadas no espaço (CIANE FERNANDES 2006)

5 Congruente é quando todo corpo realiza o mesmo movimento. Todo o corpo se abre, se fecha, salta

inclina-se, agacha-se. (LOBO, LENORA 2007))

6 Isolado é quando uma parte se movimenta por si só, independente do que o resto do corpo está fazendo

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comandos, houve planejamento e organização metodológica, para que as aulas aplicadas pudessem contribuir significativamente para o conhecimento das crianças.

Quanto mais aprendizagem as crianças vivenciavam, mais oportunidades despertavam nas descobertas de um corpo que dança e celebra brincando esse dançar. Os conteúdos aplicados levaram as crianças a uma percepção mais aguçada de seu mover no espaço, levando a uma reflexão do mover-se e expressar-se nos meios externos da sala de aula.

O nosso corpo fala em silêncio o tempo todo. A comunicação pode ser feita de várias formas, e com isso em uma das aulas de escrita corporal, evidenciando os níveis espaciais (nível baixo, médio e alto), foi utilizado como estratégia um painel em branco na parede, apenas com três palavras identificando cada um dos níveis, alto, médio e baixo. Em seguida, cada criança, individualmente, se colocava no centro da sala e se expressava através de um lápis de cor, utilizando o mesmo para deixar marcas no espaço (painel) e com o seu movimento, passando pelos três níveis. “Desenhar não é só pegar um lápis e executar rabisco, existe todo um fluxo de movimento que se estende por todas as articulações do corpo”. (LABAN,1990, p. 16)

Pudemos perceber a disponibilidade do corpo e o comportamento de cada criança, ao investigar seus movimentos no espaço. Cada criança interagia com o espaço de formas e modos diferentes, possibilitando aos que estavam apreciando um belo “espetáculo”.

Nessa mesma aula, uma aluna nos chamou atenção em sua improvisação, pois se expressava de modo que seus movimentos eram fluídos, leves e enquanto desenhava no espaço (painel) utilizava os três níveis de forma continua, e não havia quebra de movimento, parecia que tudo era muito familiar para ela.

O modo como à aula foi conduzida, levou as crianças a terem propriedade do que estavam fazendo e consciência de cada movimentação do corpo, elas

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conseguiam identificar a dança que escreviam no espaço, as partes do corpo que eram utilizadas e se os movimentos eram isolados ou congruentes. Com seus movimentos no quadro demonstrativo dos níveis, exploraram as direções espaciais, além de dançarem improvisando. Apreciavam e valorizavam as movimentações propostas pelo colega atentamente, e logo descreviam as ações que estavam executando.

Posteriormente, a compreensão dos alunos sobre a escrita corporal, passou a não ser mais com o lápis de cor e sim com pontos do corpo, nomeados ludicamente como “pinceis do corpo”. Assim, as crianças experimentaram a improvisação para demostrar o mais novo conhecimento. Todas as movimentações pareciam ser facilmente executadas por elas, a aula com o lápis de cor e o painel, realizada anteriormente, facilitou para essa compreensão.

Para Laban (1978) “O corpo do bailarino segue direções definidas no espaço. Essas direções configuram formas e desenhos no espaço. Na verdade, a dança pode ser considerada como a poesia das ações corporais no espaço” (LABAN, 1978, p. 52).

Nem sempre todas as crianças participavam diretamente de todas as atividades propostas, por mais que não quisessem realizar o exercício, a participação acontecia por meio da observação, mas na maioria das vezes, o grupo colaborou e a participação foi unânime.

Mesmo com o conhecimento de que o corpo deixa marcas no espaço, os conteúdos ainda seguiam de forma crescente, e em uma das aulas a turma fora dividida em dois grupos. Um grupo ficou apreciando enquanto o outro dançava. Depois que os grupos estavam formados, as crianças fizeram duplas. E uma das crianças conduzia o movimento e a outra reproduzia a escrita em seu corpo. E depois trocava-se o comandante dos movimentos.

Nesse exercício participei com uma das alunas, e foi interessante pois ela demostrava preocupação se eu estava compreendendo o que ela queria passar e se eu conseguia fazer algumas de suas movimentações e enquanto se movia reproduzia o que estava fazendo. Ex.: Aqui são: Movimentos congruentes e

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estou no nível baixo. Ela já tinha propriedade dos conteúdos e já os falava com firmeza.

Em outra aula seguindo a sequência dos conteúdos trabalhados, a turma foi dividida em duplas, e foi entregue um papel branco em uma prancheta para as crianças. A explicação se deu que iriam fazer a escrita corporal do colega, de acordo com a movimentação que ele iria propor. Nesta aula também participei e fiz dupla com um dos alunos. No começo ele não estava disposto e não queria fazer a atividade, relatou que não sabia fazer nada e não tinha como executar o desenho. Comecei a fazer sua escrita corporal e o mostrava cada traço colocado no papel, com isso ele percebeu que seu corpo estava em constante movimento e percorreu por um amplo espaço da sala, utilizando de todos os conhecimentos adquiridos nas aulas, e no fim de sua demonstração me agradeceu por fazê-lo mostrar que conseguia fazer.

Percebi que o meu convívio com as turmas estavam me fazendo aprender cada vez mais, não apenas como conduzir uma aula, as metodologias dos professores e a forma de trabalhar da escola, mas sim com cada aluno, e como a atenção à criança faz diferença na aprendizagem.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Considero que minha experiência de estágio foi muito válida e extremamente enriquecedora. De forma geral fiquei bastante satisfeita, pude aprender bastante, e acreditar que o ensino da dança na escola pode ser passado de forma que os conteúdos possam ser aplicados de maneira que os alunos compreendam, e tenham propriedade do verdadeiro significado da dança na escola. Acredito que durante esse período pude obter um amadurecimento e uma reflexão no meu modo de ministrar aula.

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Os diferentes fazeres da dança estão para além do aprendizado de passos repetitivos e mecânicos, como falado ao decorrer desse artigo, por isso, no ensino da dança na educação infantil não se pode deixar de considerar o desenvolvimento das habilidades motoras das crianças, pois elas estão em constante crescimento.

Assim sendo, o ensino da dança para crianças deve estabelecer uma relação de sentido, entre forma e conteúdo, artístico e criativo que operam na qualidade e expressividade do movimento de cada criança.

Diante do que foi vivenciado nos estágios e da literatura aqui falada, podemos relatar que a dança nos espaços escolares como componente lúdico é capaz de oferecer a educação infantil um importante instrumento pedagógico para o desenvolvimento corporal, e para a contribuição da aprendizagem das crianças sobre seu corpo e de suas possibilidades, e apesar de inúmeras deficiências do ensino da dança na maioria das escolas, existem algumas que se destacam pela particularidade em desenvolver um ensino em que a dança é apresentada de forma pedagógica, lúdica e crítica.

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6 REFERÊNCIAS

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educação infantil: Introdução. Brasília: MEC/SEF, 1998.

BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros curriculares nacionais: Arte. Brasília: MEC/SEF, 2000.

DAMÁSIO, Claudia. A dança para crianças. In: PEREIRA, R.; SOTER, S. (orgs.). Lições de dança 2. Rio de Janeiro: UniverCidade, 2000.

FERNANDES, Ciane. O corpo em movimento: o sistema Laban/ Bartenieff

na formação e pesquisa em artes cênicas. 2. ed. São Paulo: Annablume,

2006.

FREINET, C. Pedagogia do bom senso. 3ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 1991.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. Saberes necessários à prática

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______- Sobre a Educação: Diálogos / Paulo Freire e Sérgio Guimarães. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982.

FORTUNA, T. R. Vida e morte do brincar. In: ÁVILA, I. S. (org.) Escola e sala

de aula: mitos e ritos. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2004a. p. 47- 59.

GARANHANI, Marynelma Camargo. Concepções e práticas pedagógicas de

educadoras da pequena infância: os saberes sobre o movimento corporal da

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LIMA, P. R. F.; FROTA, M. A. Dança - Educação Para Crianças do Ensino

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LOBO, Lenora; Navas, Cássia. Teatro do movimento: um método para o

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LOUPPE, Laurence: Poética da dança contemporânea. Lisboa: Orfeu Negro, 1997.

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MARQUES, Isabel A. Dançando na escola. São Paulo: Cortez editora, 2003. _____. Interações: Crianças, dança e escola. São Paulo: Bluche, 2012. _____. Linguagem da dança: arte e ensino. São Paulo: Digitexto, 2010.

PIAGET. J. A Vida e o Pensamento do Ponto de Vista da Psicologia

Experimental e da Epistemologia Genética. In.: Piaget. Rio de Janeiro:

Forense Universitária. 1971.

STRAZZACAPPA, Márcia; MORANDI, Carla. Entre a arte e à docência: a

formação do artista da dança. São Paulo: Papirus, 2006.

VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. Rio de Janeiro: Martins Fontes, 1996.

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7 ANEXO

SEQUÊNCIA DIDÁTICA

A escrita corporal no espaço

Objetivos

 Compreender que enquanto se dança escrevemos no espaço;  Perceber quais partes do corpo são usadas para dançar;

 Compreender a diferença entre movimentos isolados e movimentos congruentes;

 Explorar os níveis e direções espaciais individualmente;

 Vivenciar a improvisação ao dançar com o giz de cera individualmente e em grupo;

 Valorizar as possibilidades estéticas dos movimentos criados e expressos por cada colega e pelo grupo;

 Verbalizar e registrar por meio de desenhos, textos orais, texto escritos individuais e coletivo as impressões sobre as aulas e apreciações artísticas de dança.

AULA 1

Desenvolvimento Didático:

1° momento (5min): Acolher as crianças em círculo e conversar sobre a escrita corporal no espaço (O que é essa escrita? Como é a escrita?). Depois, dividir a turma em três grupos.

2° momento (15min): Entregar um giz de cera para cada grupo e pedir para eles desenharem no papel (parede).

3° momento (20min): Após recolher o giz de cera, cada criança irá criar movimentos de acordo com a escrita do papel.

4° momento (5min): Em roda, conversar sobre a impressão da aula.

AULA 2

Desenvolvimento Didático:

1° momento (5min): Acolher as crianças em círculo e retomar o conteúdo da escrita corporal no espaço.

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2° momento (20min): Escrever um texto coletivo no papel madeira, descrevendo a primeira aula de dança.

3° momento (20min): Registrar por meio de desenho a primeira aula de dança.

AULA 3

Desenvolvimento Didático:

1° momento (5min): Acolher as crianças em círculo e retomar o conteúdo da escrita corporal no espaço. Em seguida, explicar que a escrita pode acontecer nos níveis espaciais (nível alto, médio e baixo).

2° momento (30min): Entregar um giz de cera para cada criança e pedir para eles desenharem no papel (parede) enquanto dançam, explorando os níveis espaciais.

1° vez: música lenta. 2° vez: música rápida.

3° momento (10min): Em roda, conversar sobre a impressão da aula e sobre os níveis espaciais utilizados.

AULA 4

Desenvolvimento Didático:

1° momento (5min): Acolher as crianças em círculo e retomar o conteúdo da escrita corporal no espaço. Em seguida, explicar que a escrita pode acontecer com partes do corpo isoladas (movimentos isolados) e com o corpo todo (movimentos congruentes), utilizando as articulações.

2° momento (30min): Entregar um giz de cera para cada criança e pedir para eles desenharem no papel (chão) enquanto dançam, explorando as partes isoladas do corpo e o corpo todo.

1° vez: Individualmente. 2° vez: Coletivamente.

3° momento (10min): Em roda, conversar sobre a impressão da aula e sobre os movimentos isolados e congruentes utilizados para dançar.

AULA 5

Desenvolvimento Didático:

1° momento (5min): Acolher as crianças em círculo e retomar o conteúdo da escrita corporal no espaço com movimentos congruentes e isolados.

2° momento (30min): Dividir a turma em dois grupos. Um grupo irá apreciar enquanto o outro dança. Depois que os grupos estiverem formados iremos fazer

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duplas. Uma das crianças irá conduzir o movimento e a outra irá reproduzir a escrita em seu corpo. Depois troca-se o comandante dos movimentos.

3° momento (10min): Em roda, conversar sobre a impressão da aula. Perguntar as crianças se elas preferiram conduzir o movimento ou ser conduzido pelo colega.

AULA 6

Desenvolvimento Didático:

1° momento (5min): Acolher as crianças em círculo e retomar o conteúdo da escrita corporal no espaço.

2° momento (30min): Dividir a turma em duplas e entregar papel branco na prancheta. Explicar que iremos fazer a escrita corporal do colega, de acordo com a movimentação dele.

3° momento (10min): Em roda, conversar sobre a impressão da aula. Perguntar as crianças se elas conseguiram identificar a escrita corporal no espaço.

AULA 7

Desenvolvimento Didático:

1° momento (5min): Acolher as crianças em círculo e retomar o conteúdo da escrita corporal no espaço. Em seguida, explicar que quando apreciamos espetáculos de dança, podemos identificar a escrita corporal nos bailarinos. 2° momento (20min): Assistir vídeos de dança.

3° momento (20min): Em roda, perguntar as crianças sobre a impressão sobre os vídeos, e convidá-los a demonstrar a escrita corporal que os bailarinos do vídeo realizaram.

Referências

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