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A Escola Primaria, 1924, anno VIII, n. 10, nov., RJ

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A:s:i~o s • - N . 1 0 - N t a . m e r o a.~ta.1so1eooo-N'<>'V'e:&2:».broe1.e 1 8 8 4

R E V I S T A . lW:ENSAL

Sob a direcção de inspectores escolares do Districto federal

Diiector-Presidente Gerente : ·

DR. ALFREDO C. DE F. ALVIM

Redacção: RUA 7 DE SETEMBRO, 174

Officinas: RUA DO CARMO, 55-A

YEL VA P. DESA FREIRE

A sstgna uras . t

1

um anno. . • . . . . • . • • • . . 9$,000 6 ntezes. . . . • • • . . . • . . . . 5$000 s u ~ ~ A R l O

-Osivaldo O rico .... .. . . Abilio B. de Alencar . . . America X . M. de Bar-ros. . . . . • . . . . .. Mestre Escola . . . ... . O ensino da tolerancia.

Os defeitos da nossa leitura Dos con1plementos numericos

Linguagem (6 e 7 annos)

Tres palavrinhas Bibliographia

Mello e Souza e A .

Re-go . ... , .•... , .. , .•• Canção da despedida

Othello Reis . . . . Educação do homem e do cidadãp

] onathas Serrallo . . . . . Historia

Othello Reis.... . . . . . . Oeographia. Noernia Eloya e /nah

Martini.... . • . . . . . Lingua Materna Olympia do Coutto. . . . Arithmetica

=::.:::

=====================================- =::============:======::;:==::::::::-:

··=====

o

ensino

da

·

tolerancia

Estamos na época em que, ejfectL1ando-se

as provt1s dos exames finaes ou de promoção de

classe, rebentam nas escolas, entre professores,

as multiplas questit1nculas, os dissidios, os

aborre-cimentos, a qz1e servem de fundamento

diverf!en-cias mais ou menos ftzndas no modo de julgar

taes provas . E) a lingua vernacula o canzpo pre-dilecto da discordia. Briga-se porque foi marcado J

erro nesf a frase. construida segu11do as infalliveis

regrinhas do grammat ico X, porque foi conside-rado fora do logc1r este pronorr1e, porque se

consi-derou errada esta palavra escripta com s O!! com

z,porque está flexionado este i 11/initivo e porque não

o está aquelle .p11tro, porque afinal qz1asi não ha accordo, entre os professores, a respeito do

pri-meiro instrumento de todo e,zsino, que é a ling11a-ge11z.

Verdade é que o idirma portuguez

consfi-tue arena de permanentes justas e torneios.

Dis-cute-se, esn1it1ça-se, catan1-se p11lgas em leão, e as pessoas pouco versadas, venclo tanta lucta, são

logo induzidas a crer qLte e.;t á todo o saber,

nesse assumpto, cambaleante. Mas ha, sem du

-vida, pontos indiscutivelmtl11te certos e pontos in-discutivelnzente errados, conzo lza em alguns ou-tros lib~rdade de dot1lrina. O que seria

11ecessa-rio é que se estabelecesse accordo entre o profes-sorado primar/o. Conzo fazer esse accnrdo ? ,,, ão queremos certamente prégar a renovação dos cur·

sos. Mas a pratica nos tem nzostrado que são as professoras, em geral: apegadas ás doizlrinas que aprenderam com seus prin1eiros mestres, e

dif-ficiln1ente podem acompn11har a evolLtção das

doutrinas. Para isso muito concorre a escassez

de tempo : obrigadas a unt trabalho inge11te dia-rio, nti.o poden1 faciln1ente proseguir nos estudos

relativos ao idioma, nern mesmo realizar

constan-temente a leit11ra das bôas obras de nossa /itera·

fura nacional ou da portugueza.

Dalzi vem que não raro algt1mas enco,ztra ..

mos, de grande valor intellectual, mas encerradas em um circulo, extremamente apertado, de

gram-matlquice desarrazoada. Aprenderam meia duzia

de regras más, e as applica,n como boas.

Fora necessario, e aqui fica a suggestão,

que se organizassem pequenos cursos,

especial-mente destinados aos professore~ primarios, e onde mestres claros e modestos se prestassem a acclarar

dc1vidas, a mostrar os pontos fracos daquellas re·

gras, a ensinar os linzites da tolerancía. Taes aL1las, e,n ntzmero restricto, deveriam ser minis tra-das em época bem escolhida, não durante o pe-ríodo de férias, mas ás qui11tas-fe iras.. A' escolha

dos prelectores haveria de presidir, porém,

gran-de cuidado, porque entre os que sL1perior1r1ente estudam a li11[!ua vernacula ha varias classes, e

pelo menos duas qz1e são de distinguir logo : u11za, a dos que ameaça111 todas as regras, toda a disciplina da lingl1a, biiscando exemplos C<Jnfrâ:. dicforlos entre os classlcos, jr1stificando todos os

dizeres; outra a dos verdadeiros professores, que

bem sabem até onde levar a tolerancia, e ondt

exigir o respeito ás regras. Estamos que 11ara o

professorado primaric,, em materia de lir.gua

vernacula, 11esta palavra - tolerancia- é q11c

rt-side o verdadeiro programma e folgaria mos mtzito

de vêr iniciados sob o paf rocinio da Directorifl de lnstr11cção irm cL1rso co,n tal objectivo pratico,

o que seria ao nzesnzo tempo um beneficio intelli-1

ctual e unz progresso moral, pela harmonia cordial

. que viria estabelecer.

'

- - - -

- - - -

,

~ - - -

,

_M__

--.

-•• --· ---

_,

_____

_

To<la a c')rrespondencia deve ser dirigida á Redacção, rt1a 7 de Seten1 br o, 17 4

..

(2)

-• • A E.SCOLA PRIMARIA , . '

'

·.

• ' • .. •

'

. .-"(

1-IDEAS E FACT0S

.. .

OS DEFEI'l",OS DA NOS'SA LÉITU,RA teci111e11Lo das cordas voca licas; o l111n11l-t11.s se1·111011is, co11s,equencia da J)t·cc·

ipita-ção, ela falta d·e cadencia, da auser1cia de

Mi11ha actt1açã,o 110 1nagisterio me te111 ,1n·od·ulação e de pattsa, habitas esses que 1nostra.do ·Í'1111u.meras •falhas qt1e, já agora, 1 fazem da lcitt1.1'a t1ma coisa im.perce1)tivel,

i,,e~·ão Lii,f.f,i-c:eis de p,i·over. E11tre as n1ui- e r·edt11.ent 11 u111 cáos o ,que e1·a planu1·a e

tas lact111 as d·a crue se pócle a111argura1· o transforma1n e1n abismo o que e1··a st1iper-:e11si110, e111 11oss 0 p aiz, resalta, nibidi1rr1e11- ficie . Esses defe·itos 110s ,co11-dt1ze111 s,e1npr·e

te, a ft1lta <l:i eelucação oral da palavra. á pa1·aphasia no do1nini,o da qua.l a li11gt1

a-N,os,sos contec1:11)ora11eo·s, desp1·eve11idos do ge111 é t11na ·c·ompleta pertt1rbação, e1n c1t1e eqt1iv,oco, ot1 111rtl i-11.formados quanto iís as id-éas, s'es!bat e1n .t1ma . contra as

ot1-Vf1ntagens d t1 01·topiho11ia, descuida1n-se, tras e já11:ais co11s·egu em co1·,1·espo11der1cia tfe·raln1ent-a, de la11ça1· a i111agi11ação para co111 a~ i1nage11s vocaes, ,de &or,te 9.t1e 110s

es·se j,ar,dir11 suggestivo. desiprezand·o 11ma st1rgen1 ao ot1vldo palavras de sentido op· das condiçõt',s si11e q11a do bon1 e11si'l10 da I)IOSto, extr·a11l10 e inaccessivel. ·

li11gt1age111. Esses vícios da varia natureza an11-ota-o.s

I~er !)e111 é be1n co1111)rehender ,e se11tir com gra11 cl-e desvelo, ,em seus "Estudos de ..

a 111nr::t vill1a c1t1e l1a e111 ,cada l)eriodo, ei,- P,ho11o!ogia'', o .S1·. José 10iticica, ,la·

1ne11-ct1tar a dor ot1 alegria ,qt1e illt1n:i11ou a tando qt1e a mis·são ,do p1io.fessor ainda nã·o - p,hr.a·se viva e J)1alJ)ita11te. Ha u1na segt1n- tenl1a cl1egado, entr.e riós, ã ex-igencia de

dá ex.i-st·e11cia 11as l1)agi11as qt1e 1nerecem t11r1a pro1nt1ncia co1·,recta, qua11to outras

no.ss.a l0it11ra; se 110s falta a intuição da e~ige11cias .se faz·e111, ,dispen~av·eis, em de -f@r111-ost1r11, t1ma p-e1·feita interJ)retação t1·1n1e11to de ot1tras, dispensadas .

ora1l, estingt1i111·os 00111 ias nossas deficie11- Ha u1na longa e11u11:eração dos vicio,s da

oias esta segunda vida, 1natamos essa ot1- leit11ra ,provenientes do de,scas.0 na sist

e-J1·a 1·e,1elação qtte es,t11va ·e111 nós mes111os, 1natisação da ,prosodia. O ass11n1pto :de

.que a 116.s nos ct1111pria desvendai· con1 o -c1ue ora 111·e occu.po não abrange os vicios

e f,feito proso,llico ·da paliavra. irre1n1edia,-eis 011 os qt1e difficilme11te se

... Essa ~lgaraV1ia ·I?ho11ica qt1e p•or ahi exis- 1 re1ned·eia11:, e deco.r~·em :de lesões no sis-te

.

a

gt11•sa de leztu1·a em toda ,part·e na te1na n ervoso 011 de de.fe1tos 110 appa1·ell10 i,nór parte das esc,ola; te111 pr·ofundas' rai- 1 de JJl1011ação . Sttgg,er-e~me a idéa deste

ali-zes IJ)Sycl10Iogicas e ~011,se,quencias mai,s j 11hava,do, tão só1ne11te o aspecto artístico ft111'tlas do CJtte, á 1)ri1neira vista, obse1·va- 1tla lingt1age1n, so.b o ponto de v:is,ta oral;

u1os,. - a calliJ)l1asia. .

:, .. ,Que111 11ão tiver a capacidad,e d·e lei· be111 Nas escolas JJri111a1·ias do Bra,si.l liga-se

-0· c1t1.e, 11att11·aJ.1ne11te, 11ão po.sstie a capaci- gra•nde i11: porta11cia ao •desenho, ao fino -0.a<;l e d e •b e1n con:prehe11der. A. arté de contoJ·no elas let1·as, e ex~rcita.111,-s·e as

Ier· 11ão t e1r. sen1e]hança com a arte ,de aff,e- cr,eanças e111 caele1·11os de d1·f1fere11te:s esca -·Ctar e desfigurar a V1i1da das pa1J.avras 1ne- las para aoq11isição ela elega11cia ca'llig1·a-,.di,a11te exces·sos 11a J)ro11u11cia e ento11a- l)1l1icl:. ~e11a é qt1.e s1

s

:

não JJratique e1r1

ç,õés ci1r.r egadas. Go1no todas as JJellas ar- 1 1·elaçao a p a lav1·a fallada o qu·e se faz con1

-tes. st1a 1Jri1neira co11dição é a si111p·lici- a 1p~alavra escri-pta. . . .

d,a'd e, qe ond·e se poderá i1· ao terreno q11e E' t1r11 erro JJedagog1c o es,sa ant11101n1a, .

for -necess:ario at1·aves.sar. e clisso 1·esul ta este ama1·go con traste 11a

.. Rag1·as par,a ler be1n 11ão as deve l1aver. li11g11age1n dos nossos dias; as cr ea11ça-s

sa-,For~, o 111esr110 -qt1e ali11havar capitulos, e, !)e1n escrevei· 111as não i.a1be1n ler as pala-co1n . ellcs, te11tar t1111a imp,o·ssiv·el scie11c\a ,,rns.

d e_ ,~c11ti1·. Não ,hot1ve algt1e1r., qt1e, ~1té A ,1ell1a historiá ·do . jaboty, i11ve1·tida

ngora, pelo m en·os qtte se sail)a tivesse pa1·n nossa vergo11l1a, eis al1i está a 110s có11seg11ido incutir, com a rigidez dos p1·0- cat1sticar, a 110s incutir a co1111Jrel1ensão ce.ssos m·ecanicos, uni sentin1ento •a cada ele qt1e s1e ·faz 11eccssa1·ia e i1n1J1·,escincliv·el

indiv.~duo, 1Jorque o senti1nento é. r efrac ta- 1 JJt1 ra boa orie11tação do ensino, t11na l) t1ra

1·i,o {1 discipliná, e te11de a extinguir-se, a cd t1 c:.1ção J)ros·oclica, sen:· a qt1aJ a li11gt1a·

1nor1·cr co1r1 a 1p1·essão . -de in·str11n1e11tos gc1n 'Perderá. a 11ouco e J)OUcú, essa vi1 bra-extr.a11hos ao espi.1·i.to. ção, esse colorido, e.ssa imag·en1 voca·liica,

... T ~11l1 0 obs·crvado e111-e , a .1naioria dos a'In· o anda1ne11t.o qt1e h a, nitid,o e rr111sical,

111,-IJilllOs claur1ica frcqt1ente1ne11te ·á leitu1·a 111a })agina for111osa c1ue se lê con1

senli-J~C\I' . cffe-i to ele lesões pl1ysiologica·s co11se- 1ne11 to e correcção.

qu.en.tcs dos vici-o.s a·d'CJuir,id·os á fa1Jta d·e Só tle raro ern r:11~0 se. e11contr:1 qt1c111

uJna cdt1.cação prosodica ·p·erfeita, taes se- saiba acce11tuar, q1.1c1n saJ])a inflexio11ar,

jarr., esses

v

i

cios : ~1 monotonia o.u fal,ta d.e tra11s111itti11,do au.s vocabt1los o volut ani111a vari.ed:td e na i11te1·pretaçã-o ,de 111na pa- voeis, que e1·a aln1~1 do accento· lati110.

gi11a color-id.a e vilJ·r,ante, ern qt1r~ se 11ão Cl1a1·les Loos111ore, 0111 st1a obra "1"11!l. p el'c:e'f)err1 ns l1ar111or1ias e 1·esona11 cias ele Gai11 01f P,e1·sonali.ty, .11a1·ra a ct1riosa •a,ve11

-,.,111 JJPrio,clti, (Jt1a11to {1 escala, por e111l)rt1- tL1rr1 de 11111 l10111·cn1 da A111e1:ica, i11dustrial

• • •

,

,

• • ·' •

..

• ' . '

A

·

Ê6COLA

PRIM1AR1À

255

.

muilo culto, q11e e5coll1ia pela voz s11a

gente. Orclenava aos candidatos que

con-versasse111 J1v1·e111ente, e, eless'a1·te,

,estuda-va e detcr1ni11ava o caracter de cada um.

"Não n1e i 1r.·po1·to elo que etl•es dizem; o qtte 1ne i•n teressa é con h ece1·-Il1es a voz, ei

sobret11clo, a intonação 1e a e·levação''. Dia

v i1·ii, obse1·Vfl 11m pa:la,rli110 ela li11guage111,

r1t1e a arte de dizer, e1n1)i1·icà111e11te trans-11tilti,cl::t, precederá a a1·te ele con~JJór o qtte

011lros tlissc1·a111 11t1 esponta11;e1,dctelc de seus imiJ)ttlsos.. Esta nova concepção da nat111·eza elas li11g11as 11ão se1·ii, 1Joré1n, tão

p c1·egri11a, acc1·esce11ta, q11e o. senso co~n·

111t1111. 11ão o l1ot1vesse pres;e11t1do, po1· v11·-tt1 ele ele i11s ti11ctos seg11ros que o i 11spi ran:,

e fortalecen1. Des1de tc11111os i1nr11·e111orJaes,

tts palavras agravara111 011 lisonjeara1n. 11ão

JJelo significa,clo lite1·a.J , 1nas J)cla

into11a-ç,io co1n qttc são l)ro-fericla·s . Não é 1·aro

o cl isct1rso no q11al, 11ão J1a,1entlo 11111a

I)U-CASA CIRIO

Grande sortimento de artigos de11farios

'

'

l:.ivr·a de injuria, se iie11 te a 111a,io1· o,ff-ensa .

Não foi se111 fu11da11i ento, exerr.:plifict1, q11c I:>Ji11i 0 JJedit1 a Cal visio para lei· it assen1

-lJléa <los dc ct1riõcs a carta c1ue ll1cs1

1nan-él11va. Não querirt ·c.screvei· elirecta1nente á

ass-c111bléa; n atitt1cle da ·pessoa, o gesto e

:1 voz 'fixnva111 o se11ticlo Llo t111e ella eliz,ia;

:1 carta desam1pt1rada ele todos estes so·

c-corros não ti11I1a na>lla que a d efe11clc-ss'C

das i11te1·p1·ctaçõcs n1aJignas''.

Ot1tros cxc1r1rilos 110s traze111 a -ccrtez:1 çle qt1e a acce11 lttação ·C a i111f'lexão poele1:1

111ai s e r11ell1or <lo t111e os vocnbu,los esc1·1

-ptos . Basti1rf1 1Jnra isso C[ti e tenhan:os

com-fJ1·c,t1entlitlo 110 valo1· ela l eitura os signaes

de tlt1ração e tl·e csc~1la. r1 catlen ci~, o a11 -·cla1ne11to, 1·evel:1•11clo o pocle1· 11111s1cal da

110Sisa }i11g,ua e ·q'L1el.J1·n 11elo-Ihc a .aspereza

co111 a s11nvicla,llc do sett geni,o e es.ple11dor

e!·;} st1a g1·aça . ,

Os,v ALDo Ouxco.

1=-e1·f,1n1:'l t"i a e c11. ti I a1.· i ~,

fi

1

-.

a,;.

lt~portação dirccta dos Estclo8 Unidos e Europa

Julio

Berto

Cirio

RUA

DO OUVIDOR,

183

END. TELEO. CIR.IO

Telephone N . 1317 Norte - Caixa Postal n. 15 RIO DE fANEIRC>

-

-UNIÃO MA

.

NUFACTORA DE ROUPAS

ProJJrietaria das 11iaiores

fabricas

de

roupas

brancas da America

do

s·uz

(Socie<lacle A1.1c•1-.y1na)

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l~UA HADDOCK LOBO, 406, 408, 410 e 412-RUA GONÇALVES CRE_SPO, 43 e 45

RUA DR. ARISTIDES LOBO, 94 e 96

Departatnento de Vendas Oeraes - RUA DR. ARISTIDES LOBO, 94 e 96 Escriptorio - RUA HADDOCK- LOBO, 406, 408, 410 e 412

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1' - - - 1 •. l 1 CAIXA POSTAL 2.223 .. •

ARTIGOS

PARA

COLLEGIAES

l(UA JOSt BONlf ACIO, 18

S. PAULO 1 • ' 1 1 • ... 1 1

(3)

256 '

A

ESCOI

..,

A

:

PRIMARIA

li

..

.

« ,

A

FSCC,LA

• , '

-

-

-

Dos complementos numericos

Desta egualdade resulta:

CURIOSIDADES MATHEMATICA,

(

Co11ti1zt1ação)

Voulez-voi1s sinzplifier une tl1eorie, 1111e ,néthode, i11scrivez-la dans les progran1111es. Les projes· se11rs se c/1argeront de l 'éclairer

et de la réduire à sa plus sin1ple expressio11, .

E. Lucas.

Não necessitan1os,

pois,

de outras

rasões que justifique111 o motivo porque

fazemos

aqui a theoria da nossa

pre-sente lição:- a legenda com qtte

inicia-111os o 11osso ,nodesto trabalho a defe11de

plenamente. Assim reservamos a nossa

ex1Josição theorica

somente á

intelligen-cia esclarecida

e experime11tada

do

pro-fessor, que lhe per1nittirá, pelo completo

co11heci1nento da materia exposta,

ensi-11ar melhor os

seus cliscipulos

o que

ella

co11tén1

L

ie

accessivel

ao

cerebro infantil

.

Em

tres

1Jeque11as lições

ás

classes

primarias

sobre

a1jplicação dos

comple-mentos

ás

qt1atro primeiras operações

da Aritl1111etica, julgamos ter

explicado,

com a

simplicidade e

clareza que

110s

foi possivel dar, as regras

e

as

st1as

ap-plicações

para

a resolução das

operações

'fttndame11taes do calculo. Pareceu-rios

ainda rasoavel expor,

como continuação

daquellas lições, uma curiosidade

mathe-matica que nos st1ggerit1 o

exan1e

ao

processo de multiplicação por

comple-mentos. Exporemos primeiramente ao

professor a

Stla

facil

e

interessante

theo-•

ria.

COMPOSIÇÃO THEORICA

Chan1e111os

N

um quadrado

cttja

raiz

r

tenha

·

n

algarismos, suppo11do

ainda

c

o complen1ento desta raiz.

·

De accordo com a regra da

n1ulti-plicação por

con1ple111entos,

ten1os:

N

=

r2 - (r

+

r - 10n) ton

+

c

X

c N = 2. 10n.

r

102n

+

C

2,

donde

(N-C

2 )

+

102n

tiramos

r

==· ..;,._ _ _ .:.,_..:... _ _ , 2. 1

º"

ott ai11da

(N

+

10211)-C2) .

r

'---'---'----

·

E

v

Ide

n

te

-2. 1

on

mente, por

ser

r

u111

11umero

inteiro,

a

differença

(N

+

1020 ) -

C

2,

ou a

son,ma

(N

-

C

2)

+

1

o

'i

n,

são

divisiveis por

2, J Ü" ,

e

portanto, })elo

seu factor

J 0 11

Mas, por

ser tambem

a

parcella

102 11

divisivel

J)or

1011

,

este

divisor divide

egualmente a

outra

parcella

(N -

e

~)

,

o

que exige

que

(N -

C

2)

termine

pelo

menos

em

n

zeros.

Do

exposto

se

dedt1z facilme11te

a

seguinte

regra:

A

m

.

etade do

1iz1nze1

-

ô

jor-mado

á

esquerda

dasonznza

(l)(N - C2)+

+

10211

,

depois

de

separados os

,i

zeros

á

sua direita,

é

a raiz qziadrada do ntt·

n,ero

N.

DISPOSIÇÃO PRATICA DA REGRA

Seja por exen11)!0

20164

o

qua-drado de t1m

numero que se deseja

co-nhecer e

736164

o

do

seu

compleme11to

.

Conforme

a

reg

·

ra

dedt1zida

acirna,

rest1lta:

(20164

+

106) - 736164

2 . 103

----

'qttenos dá

a

segui11te prova }Jratica

:

1020164 = 20164

+

1000000

- - 736164

~841000

284+2 - - 142,

qt1e é

a raiz q1iadrada

do numero

20164

(1) Qua,zclo n ftJr 1ne11or que

,l,

subtralze-se

!

I e' de N

+

10211, o qire está tan1be1r1 conforn1e com

a regra dedttzida.

. . -

-A ES

.

COLA PRIMARIA

257

Da prese11te d

ts

posição f

)

od

e

mos

ainda formular un1a re

g

r

a

JJratica para

resolver a questão \)roposta

.

REGRA-

Se1;aram-se no

s

do

i

s

qzza-drados dados os seizs

ti

prirrzeiros

algaris-mos

á

dir

e

ita;

e

scr

e

ve-se a unidad

e

s

guida do n111nero f ornzado JJ

e

los

algaris-nzos da esquerda do quadrado do n1tr1z

e

r

o

pedido

,

tendo antes o czzidado de escr

e

v

e

r

entre a tznidade e o rzu11

ze

ro u,n

ze

ro,

quando

e

sse nunzero não tiver o 1n

e

s11zo

nzznzero

de algarismos do ,zunzero

Jor-mado

á

esqzzerda

do

outro quadrado; ao

resultado junta

-

se o cotnJJlemento do

nu-mero fornzado

p

e

los algarisn

z

os da esqzzer

.

da do quadrado

do

complemerzto do

nu-tnero pedido,

dividindo-se a so1n1na

en-co11trada por 2.

APPLICAÇÃO DESTA REGRA

Sejam os quadrado

s

N

=

80263681

e

c

2 = 108.36BI.

fazendo-se

abstra-cção nestes quadrados dos seus

4

pri-meiros algarismos

á direita

(4

é

tambem

o numero

de classes d

e

dois

algarismos

de cada

quadrado), temos:

8026

e

108.

Pela applicação da

regra achamos

:

( 18026

+

cpl

108)

+

2

=

= 18026

-1892 17918 2

-01110 8959, 000

Verificação

:

89592

=

89263681 EXERCICIOS

A

diff

erença

dos quadrados de dois

nu,neros complementares

é

800.

Quaes são

esses

numeros?

A

solução deste problema

é

dada

dt,

modo mais

simples

possivel pela

ap-plicação

da

nossa primeira regra. Assim:

• 104

+

800 108 00 I 08 + 2

=

54

e

100- 5+ 4 6 ,

que

são

os

11umeros pedidos.

D'aqui concluimo

s

que a cente

-sima parte

·

da differença entre os qua

-drados dos dois nu m

e

ro

s,

comple111enta-res é egual á differ

e

11ça e11tre as base

s

dos mesmos quadrados :

54~-46'! 291 6 ·-2116 - - - - -· -100 100 800 = 100

--

8

,

=

54

-

46,

o

que se verifica eg

ua

l

.

ment

e

J)ara dois quadrados de numero

s

complementares quaesquer,

dividindo-se a sua differença por

10n.

2º -

Modo de advinhar uni nuntero pen.

sado

O

(Jrocesso que estudámos

11esta

lição poderá ser aproveitado tambem

para se adivinhar um numero inteiro de

(1)

n

>

1

algarismos que tenha sido

es-colhido por uma J

J

essôa. Assim,

basta

que o

individuo

qtte

s

propõe a

adivi-nhar o nun1ero

pensado

ordene

á

pes-sôa que o escolheu, que faça o qua

.

drado e.lesse

numero

e o do sett co

m

ple-me11to, transmittindo-lhe esta em

se

g

t1i

da

aos numeros formados

á

esqtter

da

de

cada quadrado

determinado, nu

m

eros

estes que

terão

ambos n

algarismos, ou

ttm

n

(

1)

e

outro

n

-

1 algarismos.

O

adivinhador deverá exigir

ainda

que a pessôa qtte escolheu

o numero lhe

transmitta

em

uma ordem determinada

por aqttelle

os numeros

referidos,

ou

que lhe diga quaes dos

dois numeros

o

maior,

si

o escolhido

ou si o seu

comple-mento.

Supponhamos

que uma pessôa

ti-vesse escolhido o

numero

111 .

Con-

forme o

que

fica dito acima essa

pessôa

teria de entregar ao

advinhador

os

nu-meros

(2) 12

e

790,

suppondo esta a·

or-(1) N(lo necessitamos de applicar a regra

para o caso de u,n numero de um só algarismo,

pois pelos algarismos da e~querda dos quadrados

sabemos imn1ediatamente quaes os numeras

pen-sados.

(1) n será tambem o numero de algarismos

do nu,nero escolhido, o que dispensa que a pessba diga ao adivinhador

o

numero de algarismos de que é composto o numero que esc<flheu.

(2) O adivinhador ordenará á pessoa que

escolheu o.numero que separe '.á direita de cada

q11adrado 3 algaris,nos, isto é, tantos quantos fo-rem os algarismos do numero pensado, transmit-tindo-Lhe esta em seguida os numeras form11dos tf

esquerda de cada quadrado determinado •

(4)

258

A :0S

,

COLA: P~IM~IA

' ..

de tn de entrega determinada. pelo

advi-nha dor, isto é, em primeiro logar o

11u-mero fo rmado á esquerda do quadrado

do ntimero escolhido. Para descobrir o n111nero escolhido teria o advinhador apenas o traball10 de aJJplicar aos

nt1n1e-• •

ros

o

12 e 790 a nossa pr1me1ra regra: 1012

-700

- - - -· ,

222 : 2

=

t t 1, que e o

numero· pensado, e 1000 -- 11 1 889 o

seu complemento.

Verificação : ·

"

l l 1 ~ - 12 321

68S)2

=

790 32 1

Para n1aior effeito da preser1te adi·

vinha é co11ve11iente que o adivinhador

exec ute mentalme11te, qua11do o numero

·· escoll1ido tiver .poucos algarisrnos, as

.pequenas operações qtte exige a sorte.

'

'

"

Ma11áos,Junho de 1924.

ABILIO DE BARROS ,ALENCAR

Lente da Escola Norrr1al de Ma11áos

,, ,;;._

____

,___________

-

--

--

-

...

-

·

...

.. . . .

-

--

-

- ---··· - .. -

--L

I

NGUAGEM

6° E 7º ANNOS Exe1·cicio OI'al ·-· ... - ·- --- -·

(Pflssar para 11rosa 1rn1 soneto claélo)

1

' ' ANOITl~CE11

Esb1·azea o O,ocidente 11a ago11ia ·

, O sol ... Aves e111 ba11dos destacado·s,

Po1· oéos rlc 0111,0 e ele tJt11·,1)11ra 1·aiaclos,

• · F'ogcm .. : Fecha-se a 1>alµ ebra elo dia .

, De l1i11ea111-s·e, a1étn, d11 ser1·a11ia

Os ver\ices ele cl1a1111,1ia :111r eolf1dos,

F, , c1n t1i,clo, ein to1·no, es1l>ate111 clerr,11r1ados

:·. ui1s to11s st1av,es de ,11:ela11c.o]tla ...

' ' .

TJ1n h1u11do de vr1J)C>res 110 ,lr f·ltt cl:í1a ...

· (;oi110 11n:[1 informe nocloa, ,tv11lt,1 e cresce

:; · A so111b.r:1 :

ri

p1·01)orção c111e a l11z rect:111 .. .

' •

A nat11reza a1)atl1ir:a cs111aecc ...

',.POllCO a !)OllCO, e11tre as :-tl'VOl'CS, a l11a

' Su1·ge Lren111ln, trer1111.l11. . . A11oitece.

. ' ' j .,

RAYMUNDO ConníiA .

, .. ' ,

'

(CéQ, 1'e1•1:a e Mcii:, 'I)ag.

73.

)

.

-EXPl,IC,\ÇAO 'DO VOCABULARIO

S01~eto - c,on11)osição poetica, ,Je . ori. ge1n, italiana, de q11atorze versos - ·· ,clo11s

qt1f1.rte·tos e dous tercetos - ríma_ndo o l)l'i1nei1·0 ve1·so co1n o c1ua1sto, qu,1r\to e

oitavo; o siegu11do verso corr., o te1·cci1·0, o

sexto e o s·e,timo. ',

10 ,s ter,ceto,s rirna111: o p1·i,i11eiro 'vlerso co1n o terceiro ~ o q11i11to; o ,segu1tdo ,,er· so com o quar·to

e

o sex-to .

Ha, JJOrén1, 011tros 111odo,s de rirn,tr o~ C[ 11i1rtetos e os tercetos.

Anoitecei· - ficai· 11,oitc; ve1,bo :i111pcs·

soal i11choativo, c11ja acção exr1ri1ne 11r11 acto q11e se vae 1·ealiza1l'llo po11co a l)Ottco,

gr,adativf1111e11te. 011tros exemplos: r1111a

-11hecer, a111ad111·,ece1·, a1n arel1ece1·, a111ol I C·

ce1·, etc.

Esbrasea - JJÔr c111 J)ra,sa; ve,rbo

fre-11111entat1vo, cal_caclo ,sob'l·e o suüsta11tivo

l11·asa.

Occidente - 11111 dos l)Onlos carlleftes,

sy11011y,1110 de óes~c, po,e11 te, occaso, l11g11t·

011 de o sól ipa rece esconider-s,e . .

Pú1·pu1·a - tl cô1· v,ermelha; t~1111bc111 se c]iz de 11n1 n10,ll11sico, de q11e se extral1c 11111 liquiclo vcrmels,o; a co·cl1onill1a, i 11secto,

tamlJe111 prod,uz a tin-ta vermelha 011 JJttr-

-'lJ ur·ea. .

Deli11eaun-se - traçan1-se as :l111l1its, o~

']Jri1nei1·os deli11ea1nento,s; esboçan1-se, (l

e-l)t1xr1111-se.

Vé1·tices - refe1·e-se esta pala,,,i·a ao ct1n1e cimo cabeço, alto, pico, a,pice,

IJl-11ac1ul'<:i, dà cord,ilheira Oll serran,i11 ( se11ti-do :figurase11ti-do) ; J>'Onto em q11e se encon t1·a11-.i

ns li11has que fo'l·n1a11:, 11m an,,gitlo,

Chlc1n111a - fogo, labareda, flan11n,a, 110•

111onyn10 - ,ho1nopho110 ,de cha1na ve1,bo.

Ai11•eolados - co1110 se fosslem t111réolas. Lliacle1n.as, ci1·c·11los de l11z.

},felwicolia - tristeza neg1·a, prof,1nda (se11tido figu1·a,clo); doença car!1-cteri s1t1,ia

por i111111ensa trisieza, app1·el1ensoes, h:'i' l)O· CO'Tl'llrla'

J<'l11cl11a - agita-se no ar; !.I11cluar ta1n. _be111 c111e1· ,dizer: 'boiai·, s11site1·-se so1bre a

agua.

l11fór111e - palavra co,1n1posta l)Or

prefi-xi1ção; s·cm fórn111.

Nódoc1 - 1nt1ncl1a, rnácuia.

Av11lta - clá vulto, corpo, 1·elevo . . A patliica - insen·sivel, . in,dolen~e.

Esmctece - verl)o esmaecer, 1nchoati• vo; es111or·ec·e, desmaia.

N,a passagem da poesia JJa1·,1 a p1·os11 c

le-ve11: os eleme11tos q11e co1npõc111 as p1·01

po-siçõcs ficai· en1 or-de1n dir·ecta _ot1 di·reita,

ele n10clo 1c1t1e s,e colJoc111err1 1110 ,fim os

co111-pler11•entos , d.e maio1· exte11são. . •

O sól, 11a agonia, esbrazea o ·occicl e11 te , . .

As aves fogem e111 bandos ·clestaca,clos,

'

J)Ot· céos raia,dos de ouro . e pt1rp11rf1 ... Fecl1a-se a pa,Jp-el)1·a do 11'1a .

Os vertices da serra,nia, chan11na, delinea111•s.e, alé111,

to1·no, esbat·e,m d-e1·1·amados

, 1

e

s tlc

n1e'lancol,ia. . • _

'

aureolttr(los ele

e e1r. t.11clo, e1n 11ns tons sua·

' .

.

A

ESCOLA

I)I~IMARIA

259

l J1n 11111n,tlo ·ele vapores flt1ctt'.1a 110 iir . . . c, ~t proporção l[ttc a l11z r ec t'ia, a so111bra

t1vt1lt11 e c resce co1110 11rna nócloa i11fór111e.

A 11att1reza ap,1thica es11111ecc. . . e a 111:t,

J)Ott co ii po_11co, s11rge tré111ul11 e11 trc as rtr·

vor·es. A1101tece.

A JJrofesso ra pocler{1 exigir dos al11111nos,,

se n1an<'lar escrevei· o exercício, o e1111)1·e ·

go <]lz- exJ)ressões sy11ony1n.'.ls, c111c s11IJst.

i-ltta1n os voca,bu,Jos cio so11·eto,

-I,xEnCICJO DE REDACC.'\Ü "

Histo1·ia de 11111 rio

P lano - U1n 1·io co11ta a st1a l1istoria , j

deSll e o n1on:enlo e111 q11e co111cçou a gol·

1

tcjar na floresta espessa .. a té a hora en1

<111c se J)erde no r11ar, n11st11ran1Io as sua::i. ,

a,guas. doces ·e leve,s, ás JJesaclas vagas do ocea110 t11rbt1le11to. Corrc11 por vales fio. 1·ídos, a!J·ebero11 r ebanhos sequiosos, lle11 vida e seiva {1s planícies resec1uiclas, e,

~Je-i!JOis cl·e a111parar 110 se11 llorso trant1111llo

os tJarcos elegantes e velozes., 11niu frate1·-11aln1e11 te ciclacles e v,i llas e foi 1noi;r·e1· 110 seio o·eneroso do ocea110, satisfeito e feliz pelos0 ben efi cios c111e clistrib11i11.

Basead,os 11este 1noclel 0 pocle1·ão os altl·

rn11os clcsicreve1· <C111:1!1q11er dos nossos

gran-iles rios co11tando a viela de 11111 ou 011tro, de acc.ô~·clo com o,s conheci1nentos aclqtt· i-ridos.

Ar11e1·ica Xavie1· A . de Ba,r1·0$ .

-

-

-

-

..

T

RES PALAVR

IN

HA

S

00!'\!JUG·E - ,E' palavra 1)1·opt1roxytona :

acce11,to to11i,eo e1r1 con, Freq11e11te é,

e11-t1·etanto, 011vir-s·e co11ji1ge paroxyto110

(ac,cento ton.ico en1 j11) .. Ess.e. ~1bs11rdo ve111, pr-0vavel111ente, ela ex1st·enc1a _de

al-gt1 111as palav,ras par,oxytonas tern:11'Tlatlas

c1n i1ge, 1)ri11 civalme11te f-01:mas ver,l)a·es ; talvez ta111ben1 p,ela analogia co111 os,

ter-.111i11ados e111 i1qern.

Observe-se aincla f(LIC a pa-lav1·a é do

ge-11ero 111asct1li110, ai 11éla 111·es1r.o q11a'lldo se

refe1·e f1 11111II1c1·, Diz-se se1111J1·e o co11j11ge.

Pelo 1nenos assirn dizen1 se1n1p re as obras lle lli-1·eito, que é onde a I)alavra _é fre-rttiente. Trata-se, JJOis, ele s11bstant1vo so

-b1·eco11111 i1111 exacta111,e11 te- co1no l

esfe111i1-11J1c1, <rt1e é ~e11:J)re elo ge11·cro fe1ni<11i110, c1-i1alc1.11e-r c1ue seja o ,se~? da pessoa.

SU,PBR,S"f,I'fE - E Ja q11e esta111os 11a

seai·a j 11r·idi ca, to111e1,11os tan1bem es-ta " l

}a-ta t:,'' (IJatnt,a eru se:'.tra tan1be1n é batata ... )

S11perstifr:: é fJalavra ,pro,paroxyto_na. Q1.1er

dizer sob1·evive11,fe e os bachare1s a

e111-prcgan1 q11~1s.i se111prc j1111to do vo c:1,!)1110

cc:11j11ge. Eu já 011vi rr1ais ele 11111a v·cz, e de algt1e·111 ·lttie devia sal.Jcr onlle te1r., o na,riz,

s11pe1·stíte ( co111 ,accc11 to toni-co en1 l'i) .

Nao sei se o lcg11leio era dos d·e sessenta 111il ,i,éis. . . a dt1zi~1. Real111e11Le, as pala-vr~1s ter1n.i11adas e1n ile são pa roxyto11as .

Mas ha as ·excepções e o bac harelete de• veria sal)er. Pron11nciará clle la1n])e111

sa-lelííle?

ESQUIROLA - Lasca de os o,

frag111e11-to de ,q11a'lquer objecto cl111·0. Os·

ciiccio11~1-,rios rcgi<sta11:, co1no f)1·01p i1roxylono o vo-cal)t1'.o, 111as os ,1n eLlicos 1faz e111-no, e111

ge-r:11, IJarOX)'to110. Se1'á po1·q11e. qun_si

se111-11re o caso é "grave''? A te1·1111naçao

(st1f-fixo), a for1n:1 casle'll1a11a, tu elo está a n1os·

t1·ar qt1c é esq11í1·olc1 que se d e,vie dizei· .

N[ES'l'IIE ESOOLA,

CORRr::iPONDENCit\ DE 'fl{ES PALA·

VRINHAS

J. S. 'l' . - (Car11,panha). - Ga11ha1·

de alg11cn1, 110 senticl9 de ve11ce1·, é 10,do clizer q11e, 110 Brasil, só tenI10 011vJclo en1

:vlrnas Geraes, 011d·e é freq11 ente . A{JUi 110 Rtio absolut,11ne11te 11ão se cliz. Lá ,11as alterosas q11a11ta,s vezes oiço: Elle~ gan,l1,

cc-1·a111 de nós . - O Pedro ga.nhotl de 1n11n.

O voca,b11.lo a1·1'111na1·, 110 se.atido de a1·1·m1-jar, obte,·, é ta1nbe111 Já de wlinas: Vo,:1

a1·-1·i11nar un1a ag11ll1a pa1·a cosei· esta saza.

São m11itas as ex,p,ressões regionaes que

l1a de e11contra1· por tt,hi. 1'enho

collecclo-11a-do g1·a11de q11antid,ade dellas, c

esti111a-r ei q·ue n1·e . oom11111nilq11e os ~xen1p<la1·es

cr11e ciesco,br11·, para q11e e11 con·f1ra ,con:· as

mi11has no,la's.

M. E.

Bibliographia

S AIO A LI.

-Orammatica

Ele,nen

t

a

r

da Lingua

Portu-gueza; Orani,natica

Secunda-ria da Ling11a Por

t

ugueza:

As

d uas gram maticas da lingtta portug t1eza que vêm de ser editadas pela

Co mpanhi a me lhorame ntos d e Sã o

Paulo e d a lavra do snr. Sa i d Ali c on-stitu e~1 na verdade dois solidos monu

-mentos, que attestam ao 1nesmo tempo a cu ltura, já bem divulgida, e a capaci -dade pedagogica, o que ai nda é mais

dig no de nota, do eminente profess or do Collegio Pedro

11

e da Escola do Estad o Mai or.

Chocolate

e

café

(5)

260

A ESCOLA PRI1\1ARIA

Era coisa julgada e facto indiscuti- Q11anto á feitura material dos livros,

vel a fallencia dos grandes sabedores a Comp. Melhoramentos de S. Paulo es

-desde que se punham a escrever em ; mero11-se em a1)resentar obras solidas,

termos simples, para lançar doutrina aos nitidas e elega ntes.

não inici ados. Pois foi isso q11e o autor

brilha11temente desmentiu aq11i no Brasil.

Orammaticas, tem oi-as m11itas. Mas

em geral, com poucas excepções, 011

são de u111a inopia de factos, de do11tri11a,

d e sabedoria, q11e mettem dó, 011 ele

uma pretensão innovadora e reforma

-dora, q t1 e irritam .

Têm-se nellas di scutido n11 gas,

ape11as nugas. Ten1-se innovado 11ma

terminologia greciforme de arripiar os

cabei los . Mas o que nel\as se aprende

é quasi nada.

A do11trina dos novos livros do J)rOf. Sai d Ali é sem1)re a mais autoriza-da e segura; o modo de expol-a o mais

claro que se possa desejar, e c11rso de

lingua ver11acula será optimame11te con-duzido pelo professor que faça cta

Oram-matica secundaria seu inseparavel livro

de informação e de conselho. Certo não se poderá dizer mais.

Da Orammatica elementar diremos, porém, que ainda se nos affigura

me-lhor. São apenas 151 paginas, incluido

o índice. Nesse quasi fasciculo teve o erudito professor a rara habilidade de

ministrar o essencial da doutrina correcta e actual a respeito dos factos da lingua, e mais: de ajuntar a cada capitulo os exercicios adequados, todos muito bem

escolhidos. Evidentemente são

exercici-os-typos, que o professor terá de am1)liar e de multiplicar segundo a necessidade do ensino. Mas são sempre

admiravel-mente pensados.

Descontados os exercícios, e

sup-'primidos os abundantes claros da

com-posição, claros que contribuem, entre-ta11to, para o bello aspecto e absoluta

nitidez do livro, tel-o-iamos certamente

reduzido a umas 80 paginas. Nesse

di-minuto volume está t11do que é

indispen-savel saber a respeito da ling11a. E

dizer-·se que tantos calhamaços ha, de 500 e

àté de 800 paginas1 em q11e taes

assump-·tos vêm mastigados, 111as baralhados e

indigestos!

A'

Escola

Pri11zariq,

é gratissimo

poder indicar aos professores do paiz as

duàs obras do \)rof. Sai d Ali, onde el les

encontrarão sempre a exacta doutrina,

optiman1ente exposta.

-ALFREDO BALTHAZAR DA SILVEIRA .

-Li

ções

de

Hi

sto

ria

do

Brasi

l.

O novo livro do snr. Balthazar da

Silveira1 docente da Escola Normal ,

con-firma plenamente o conceito que do

a11tor formam seus collegas e suas dis

cipulas.

Consta.o volume de 450 paginas

de co.mposição cerradiss ima, talvez

de-masiado compacta. A n1ateria daria

fol-gadame,,te para um tomo de mais cem

\)aginas, mas o autor e os editores

tive-ram evidentemente a preoccupação de

tornar maneiro o livro , destinado

princi-pal1nente ás alumnas da Escola Normal.

Desenvolve largamente o autor a

rnateria, descendo em alguns pontos a

rninucias interessantes, e járnais deixan-do sem esclarecimento as questões que vão surgindo a cada passo.

O livro é merecedor da leitura não

só de alumnos e professores, mas de

quantos se interessam pelos assumptos, !)Ois alem de versar as boas fontes, possue o dr. Balthazar numerosas infor-mações pessoalmente obtidas no seu convívio com alguns dos vultos que par-ticiparam. dos factos historicos. Taes

no-ticias, embora sempre necessario seja exercer sobre os conceitos

apprehendi-dos na intimidade um

contrôle

muito

ri-goroso, contribuem largamente para dar

valor á obra.

Duas unicas observações deseja-mos fazer, observações que não dimi-nuem de modo algum o merito da obra.

A primeira é amistosa censura ao pouco

cuidado da revisão em alguns trechos.

Vê-se q11e a ultima leitura não foi feita

directarnente pelo autor. Esta falta de

attenção é particularrnente notavel no

que toca á pontuação. Os que escrevem

para a in1pre11sa bem sabe m a

semcere-monia com que os linotypistas

collabo-ram na pontuação, faze11do cahir, por

descuido, as matrizes de virgulas. O

livro do dr. Balthazar foi victirna de tal

descuido. Basta ton1ar ao acaso u111

A ESCOL:A PRIMARIA

261

t recho: «O senhor Ferreira Vianna, du- , para o exito da revolução », repete a

i11-;ra11te alg11ns lustros de actividade par. feliz frase de Aristides Lobo , e faz afinal

·1amentar e jornalistica, atacára, desabri a apologia demasiado J)arcial do

i1npe-·da111e11te, o imperador,de sorte que,q11an- rador Pedro 11.

<lo acceitou u1na pasta 110 gabinete João E1n tres sim[)les linh as consigna o

Alfredo, os seus adversarios reeditavam a11tor o «facto » da proclan,ação do

re-os se11s conceitos para o proprio irn pera- gim e11 actua\:

«

Mas,

JJre111ido.

d

e

pois, /JOr

·dor, que, embora um espirita superior,

Qui1ztíno B0cay11va e Be11ja11zin r..01zsta11t

,

se não esquecera daquelles rudes e in-

dez, zt11s

vivas

á

R.eJJublica, 11za11dott

pr

e

n-justos ataques, (pag. 3D9). Outro trecho

de,·

os

1ninistros

e

realizott

o gra,zde

escol\1ido pela sorte: «O inclito Caxias,que

passeio

/J

e

las ruas

da cidade

.

>>

,dirigiu,pessoalmente, a batalha de Lornas Não se pode contestar ao autor o

'Va\ entinas, obtendo urna grand e victoria direito de pensar segundo as informações

1para as arn1as brasileiras, apóz seis dias fidedignas que possue. Não nos parece,

,de ininterrupta luta, acompanl1ada de entretanto, razoavel que, professor de

-constantes inquietações, em que s11ppor- uma escola da Rep11blica, e

principal--tou com abnegação e heroisn10 11ma mente dessa Escola Normal onde o

re-messe de difficu\dades de varias espe- trato de Benjamin,seu segundo fundador,

·cies, viu todo o seu grandioso trabalh o •.. fig11ra na galeria de honra , leve para a

1(pag 360)» aula o ponto da Republica tão

parcial-A outra restricção que faze1nos mente exposto. S. S. fa la a moças que

:aos merecidos louvores ao autor é re- vão ser professoras. Que enthusiasmo,

:\ativa ao modo de expôr o ponto

R.

e

-

que convicção poderão ter amanhã essas

.

/JUblica.

moças qua11do tiveren1 de ensinar a seus

Abra-se o livro a pag . 380. Trata o discípulos o amor da republica, se sabem

.autor do manifesto de 70, evidencia a que a proclamação do 11ovo regimen foi

,deserção de alguns elementos das filei- uma burla e 1Ima injustiça?

iras republicanas, affirma (fim da pag. Cremos que o dr. Balthazar etá

en-381) que o Brasil era 11m seio de Abra hão, ganado quanto ao julgamento do

gover-,o que não impediu o advento da questão no imperial e da revolução de 89. Ainda,

,militar; allude a esta, trata do gabinete 7 porém , que, o não esteja, não lhe é licito

,de Junho, de caminho «mette o páo » em emprestar o seu talento á propaganda

Ladario;allude aos propaga11distas repu- contra a republica, que é a or.dem actual

,b\icanos, e quando se espera q11e vá das coisas do paiz.

narrar o opisodio de 15 de Novembro, M11ito terá contribuido, por certo,

,que suas discipulas precisam conhecer, para o engano, o modo pelo qual, não

passa a expôr as tres causas que, no seu faz muito, foram recebidos pelo governo

,douto entender, foram as determi11antes da Republica os despojos corpóreos dos

,da mudança do regin1en: ex-imperantes. Rendeu-lhes o paiz

gran-« Pelo que tenho apurado nas mi- des homenagens, mas não ren11nciou á

inhas investigações, pelo que tenho convicção da republica, não renegou a

,ouvido de pessoas s nsatas, que viviam obra da revolução de 15 de Novembro.

.naquel\es tempos , posso ensinar ás mi- Não foi, nem passou pela cabeça de

nin-.nhas alumnas que a proclamação da Re- guem que o fosse, um acto de

arrependi-publica foi a consequencia directa de 1nento politico; o Brasil não está invo·

·tres causas: a)a questão militar;

b

)

a lei luindo J)ara a monarchia. ·

de t 3 de Maio de t 888; e) os dissidos e Pode-se estudar a historia patria

-ciumadas entre os politicos, que, con- sem esse sebastianismo sem razão, a

tristados, abandonavam o poder e accei- cujos derradeiros abencerragens quer o

tavam a paternidade de phrases incon- dr. Balthazar sobreviver.

S.

S., que

venientes e ditos impudentes, que ll1es pertence, segundo cremos, á mais antiga

-attribuiam os i11in1igos g ratuitos do im- e mais alta sociedade sábia do Brasil, o

pera dor e de sua illustre familia.» Instituito Historico, bem sabe que nem

Mostra a seguir que R11y Barbosa nessa instituição, tanto tempo julgada o

-«nunca foi um republicano convicto», ninl10 dos monarc\1istas, se rnantem o

,que Deodoro« cedeu ás injuncções do· culto do regimen politico enterrado em

m omento », qu·e o «povo não cooperou 89. Vimos Já, não faz muito, a effigie do

(6)

262

A ESCOL

'

A PRIMARIA

imperador, gra11de bemfeitor e patrono e1n que ella dissente da quasi totalidade·

da casa, mas 11a sala publica tivemos

.

dos compendios em uso.

tambem occasião de vêr o retrato do s11r.

i

As gravuras, 1nuitas das quaes ba~

Epitacio,

estadista bem repttblicano, e seadas em desenhos do proprio autor,

.

tam bem gra11de amigo do Instituto. Se são abundantes e 1Jrimorosamente

exe-nem ahi se aninl1a o sebastianismo, na cutadas.

sociedade que em certa phase da repu-

Seja-nos licito agora fazer algt1mas

.

blica chegott a ser

st1speita,

como admit- observações te11dentes a melhorar ainda

,

tir qtte se aloje entre as paredes da rnais a obra em edições posteriores.

escola a que Benjamin Constant deu

Nem sempre a li11guagem do autor.

todo o

seu

carinho?

é escorreita e clara, como convem a livros

Co11sidere

o dr. Balthazar o des- didacticos. Con1prehende-se

perfeitamen-serviço

que presta ao paiz com suas pa· te a difficuldade de adaptar-se o autor~

lavras, provindas de engano ou de pai- que viveu longos annos no extrangeiro,

á

xão

e

estamos certos de que reformará nossa

linguagem,

que é a de sua patria.

os juízos

e

habituará suas discípulas ao S.

5.,

porén1, temos certeza que irá

po-amor da Re11ublica, expungindo de seu lindo sempre seus escriptos,

á

medida que

compendio a parcialidade política.

se vá aperfeiçoando e affeiçoando ao

idio-Feita essa resalva quanto á doutri- n1a nacional.

na, folgamos consignar que a obra jus-

Outra observação é qt1e nos parece

ti fica plenamente, conforme de principio em algttns (JOntos ir.sufficiente a collecção

accentuárnos, o conceito em que é tido

I

de nomes a reter. E' necessario, aos que

nos meios cultos o sett autor, um dos

'

innovam e reforma1n, uma grande

pruden-n1oços de maior valor da actual

geração.

eia, para qt1e não caiam no exagero. E' o

que succede frequentemente com os que

-DELGADO DE

pretende1

-

,1 fazer

<geographia

nova».

A

força de cortar, de sup1Jrimir, acabam por

CARVALHO

-

ÜEOOT~API-IIA dar materia demasiado exigu?:

O

que se

ELEMENTAR

deve censurar é o abuso da nomeclatura~

mas conve111 não esquecer que conhecei!'

os nomes dos rios itnportantes, dos

acci-dentes orographicos, e dos lagos, e das

cidades, etc.

ta11zbe11z

é objecto da

geo-graphia.

Outro livro primorosa1nente impresso

e cartonado pela Com1Janhia de

Melho-ramentos de São Paulo, que vae entrando

brill1antemente no mercado das obras

didacticas, apparelhada para fabricar

verdadeiras obras primas, cuja feitttra

1naterial nada fica a dever á dos

produ-ctos das

grandes

casas editoras

ameri-,

canas e

et1ropeas.

A

Oeogra/Jhi1 Ele11ze1itar

do

sr.

Delgado

é

.

obra 1noderna, vasada nos

melhores n1oldes, conforme era de

espe-rar da com1Jetencia do at1tor. Ha por

toda parte a preoccupação de:;te de ligar

intimamente todas as noções da

geogra-phia aos co11hecimentos physiographicos,

e ainda t1m raioavel desenvolvin1e11to da

parte antl1ropo-geographica de

ordina-rio muito desct1rada nos compendios,

etnbora

seja

ella propria o verdadeiro

objectivo principal, derradeiro, da

disci-pli11a

geograpl1ica.

O at1tor restringe quanto julga ne~

cessario a nomeclatt1ra, os nomes

pro-prios destinados a serem retidos pela

me-moria. Não se pode deixar de l@uvar

francamente a obra por essa orientação,

Não é este o caso do sr. Delgado~

n1as alguns professores e escriptores

im-buídos <la idéa nova deixam-se de tal

sor-te apaixonar, que afinal o estudo da

geo-graphia fica reduzido a simples

parola-gem. Nem tanto ao mar nem tanto

á

terra.

Já dissemos que não é esse o caso

vertente. Mas o livro do sr. Delgado de

Carvalho lucraria, se o autor estendesse

um pouco mais, por exemplo, as

informa-ções sobre os rios da America do Sul.

Isto para mencionar um ponto en1 que o

livro é visivelmente deficiente.

A primeira edição de ttm livro

é

sempre

a

«ultima

1Jrova». En1 nova

edi-ção, que não ha de demorar, estamos

certos 4ue o

autor

ha de melhorar muito

a sua obra, tornando-a o livro modelar

que é justo esperar da stta provada

cotn-petencia.

---

.

• • • • • 'A

·

ESCOL~ PRIMARIA

263

0SORIO DU'fUE ESTRA~A

-

Cri-

molidor, qt1e ttão é o papão de que

fa-tica e Polenzica.

Iam. taes

mal

logrados,

mostram-no as

0

.

D

paginas

deste

livro

Crit:ca e Pol

e

,,,i

c

a

.h

I

sor10

uque

Estrada constituit1-se em que Osorio

reuniu

algtimas das

'

.

~!pr~fs~~ tempo, se_gudndo sua propria

ll1ores

de suas cl1ro11icas bibliograplii::·

d

I

t

,

uma espe~i~

~

«

gu~rda civil» publicadas en1 gazetas. Ha ahi ao lad~

,

m~sticearas

T

Faz a

P?l1c1a

l1terar1a e gram- de escorchas im1Jiedosas, pai'avras de

.

·.

?ma a

s.1

o encargo

de

agarrar

,

franco

louvor

a quem o mereceu. A

cri-º~enescios

(n1~ro~1sados

,

os ~aspalhões

'

tica, se

em certos casos desce muito

jus-q

,tºr

ahi

va? tmpando de

f1laucia, os tificada111ente

,

á

troça

e ao ridiculo

é

de

.

grt,b?s

d revestidos de pen nas de

faisão

,

ordinario elevada e p0lida

'

·

~n;s 1~

0

~.

ao povo

sen~ato,

pelas colu-

.

A obra interessa

a q~antos prezam

.

JOrnaes, as tolices de todo

ge-

a

correcção

da

lingttagem

que

é

um dos

.

;:r~

~~ir~eurd~'21

ºJS

obras

pttblicadas l)rimeiros

signaes de educ

1

ação e ct1ltura.

dores

d"ef1ao

f

po~tas

e

prosa- Professores

devem

lei-a

,

e

tirarão

lJro

-.

b~t~s~ is as ou uturistas,

.

\

'

eito das polemicas, que versam

quasi

-

grande

.e cla_rdo dqtte lhe tem advindo

exclusivamente sobre qt1estões de

Jingua

an1mos1 a e entre

a a -

d

E

·

gralhos

assin1 de

e

n

çao.

os

scoll1eremos

,

para

transcrever

em

·

'd

d

.P

nnados

,

dos

cabotinos

um dos

proxi111os num

e

ros

l1onrando

as

zurzi

os

os

incompetente d

1 '

d

E

'

Ih

s esniasca- co

umnas da

Escola Pri111a1

·

ia

t1n1 trecho

.

ra os.

spa

am

estes

a fama de ·

·

d

b

·

'

b

t

'l'd d

I

a

e,

d

e

aspereza

·

de ne u· · d

trasci

-

d' 1

a

O ra, onde haJa

'

ensinamentos uteis a

·

censor

em en

,

.

q teta

o

ivu

gar. E a

home11agem

que presta.

ções t'iteraiías hado

e~1

ceifar as voca- mos

á

valiosa

empreza do autor, de

ex-antes Qt1e nã'o d;san\mant~º os

estré-

p11lsar do

cenacttlo

das letras

os qtte n

ã

o

·

·

e sys en1a

tcamente de-

são

dignos

de

Jl1e transpôr

o ádito.

' • • • ,.

MOVEIS DE ARTE

Tendo

em

SEMPRE

Decoi•açõcs i11te1·io1•cs 'l'a1>ctes 111ocle1·no~

vista a

qualidade,

os

nossos

OS MENORES;

·

porque

tudo

ou

directamente importamos.

preços são

fabrican1os

- -

·

----·

93 -Ouvidor

-95

41

Ourives-43

• • • 1 1 1 • • •

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