A:s:i~o s • - N . 1 0 - N t a . m e r o a.~ta.1so1eooo-N'<>'V'e:&2:».broe1.e 1 8 8 4
R E V I S T A . lW:ENSAL
Sob a direcção de inspectores escolares do Districto federal
Diiector-Presidente Gerente : ·
DR. ALFREDO C. DE F. ALVIM
Redacção: RUA 7 DE SETEMBRO, 174
Officinas: RUA DO CARMO, 55-A
YEL VA P. DESA FREIRE
A sstgna uras . t
1
um anno. . • . . . . • . • • • . . 9$,000 6 ntezes. . . . • • • . . . • . . . . 5$000 s u ~ ~ A R l O -Osivaldo O rico .... .. . . Abilio B. de Alencar . . . America X . M. de Bar-ros. . . . . • . . . . .. Mestre Escola . . . ... . O ensino da tolerancia.Os defeitos da nossa leitura Dos con1plementos numericos
Linguagem (6 e 7 annos)
Tres palavrinhas Bibliographia
Mello e Souza e A .
Re-go . ... , .•... , .. , .•• Canção da despedida
Othello Reis . . . . Educação do homem e do cidadãp
] onathas Serrallo . . . . . Historia
Othello Reis.... . . . . . . Oeographia. Noernia Eloya e /nah
Martini.... . • . . . . . Lingua Materna Olympia do Coutto. . . . Arithmetica
=::.:::
=====================================- =::============:======::;:==::::::::-:
··=====
o
•ensino
da
·
tolerancia
Estamos na época em que, ejfectL1ando-se
as provt1s dos exames finaes ou de promoção de
classe, rebentam nas escolas, entre professores,
as multiplas questit1nculas, os dissidios, os
aborre-cimentos, a qz1e servem de fundamento
diverf!en-cias mais ou menos ftzndas no modo de julgar
taes provas . E) a lingua vernacula o canzpo pre-dilecto da discordia. Briga-se porque foi marcado J
erro nesf a frase. construida segu11do as infalliveis
regrinhas do grammat ico X, porque foi conside-rado fora do logc1r este pronorr1e, porque se
consi-derou errada esta palavra escripta com s O!! com
z,porque está flexionado este i 11/initivo e porque não
o está aquelle .p11tro, porque afinal qz1asi não ha accordo, entre os professores, a respeito do
pri-meiro instrumento de todo e,zsino, que é a ling11a-ge11z.
Verdade é que o idirma portuguez
consfi-tue arena de permanentes justas e torneios.
Dis-cute-se, esn1it1ça-se, catan1-se p11lgas em leão, e as pessoas pouco versadas, venclo tanta lucta, são
logo induzidas a crer qLte e.;t á todo o saber,
nesse assumpto, cambaleante. Mas ha, sem du
-vida, pontos indiscutivelmtl11te certos e pontos in-discutivelnzente errados, conzo lza em alguns ou-tros lib~rdade de dot1lrina. O que seria
11ecessa-rio é que se estabelecesse accordo entre o profes-sorado primar/o. Conzo fazer esse accnrdo ? ,,, ão queremos certamente prégar a renovação dos cur·
sos. Mas a pratica nos tem nzostrado que são as professoras, em geral: apegadas ás doizlrinas que aprenderam com seus prin1eiros mestres, e
dif-ficiln1ente podem acompn11har a evolLtção das
doutrinas. Para isso muito concorre a escassez
de tempo : obrigadas a unt trabalho inge11te dia-rio, nti.o poden1 faciln1ente proseguir nos estudos
relativos ao idioma, nern mesmo realizar
constan-temente a leit11ra das bôas obras de nossa /itera·
fura nacional ou da portugueza.
Dalzi vem que não raro algt1mas enco,ztra ..
mos, de grande valor intellectual, mas encerradas em um circulo, extremamente apertado, de
gram-matlquice desarrazoada. Aprenderam meia duzia
de regras más, e as applica,n como boas.
Fora necessario, e aqui fica a suggestão,
que se organizassem pequenos cursos,
especial-mente destinados aos professore~ primarios, e onde mestres claros e modestos se prestassem a acclarar
dc1vidas, a mostrar os pontos fracos daquellas re·
gras, a ensinar os linzites da tolerancía. Taes aL1las, e,n ntzmero restricto, deveriam ser minis tra-das em época bem escolhida, não durante o pe-ríodo de férias, mas ás qui11tas-fe iras.. A' escolha
dos prelectores haveria de presidir, porém,
gran-de cuidado, porque entre os que sL1perior1r1ente estudam a li11[!ua vernacula ha varias classes, e
pelo menos duas qz1e são de distinguir logo : u11za, a dos que ameaça111 todas as regras, toda a disciplina da lingl1a, biiscando exemplos C<Jnfrâ:. dicforlos entre os classlcos, jr1stificando todos os
dizeres; outra a dos verdadeiros professores, que
bem sabem até onde levar a tolerancia, e ondt
exigir o respeito ás regras. Estamos que 11ara o
professorado primaric,, em materia de lir.gua
vernacula, 11esta palavra - tolerancia- é q11c
rt-side o verdadeiro programma e folgaria mos mtzito
de vêr iniciados sob o paf rocinio da Directorifl de lnstr11cção irm cL1rso co,n tal objectivo pratico,
o que seria ao nzesnzo tempo um beneficio intelli-1
ctual e unz progresso moral, pela harmonia cordial
. que viria estabelecer.
'
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•To<la a c')rrespondencia deve ser dirigida á Redacção, rt1a 7 de Seten1 br o, 17 4
..
-• • A E.SCOLA PRIMARIA , . '
'
·.
• ' • .. •'
. .-"(1-IDEAS E FACT0S
.. .OS DEFEI'l",OS DA NOS'SA LÉITU,RA teci111e11Lo das cordas voca licas; o l111n11l-t11.s se1·111011is, co11s,equencia da J)t·cc·
ipita-ção, ela falta d·e cadencia, da auser1cia de
Mi11ha actt1açã,o 110 1nagisterio me te111 ,1n·od·ulação e de pattsa, habitas esses que 1nostra.do ·Í'1111u.meras •falhas qt1e, já agora, 1 fazem da lcitt1.1'a t1ma coisa im.perce1)tivel,
i,,e~·ão Lii,f.f,i-c:eis de p,i·over. E11tre as n1ui- e r·edt11.ent 11 u111 cáos o ,que e1·a planu1·a e
tas lact111 as d·a crue se pócle a111argura1· o transforma1n e1n abismo o que e1··a st1iper-:e11si110, e111 11oss 0 p aiz, resalta, nibidi1rr1e11- ficie . Esses defe·itos 110s ,co11-dt1ze111 s,e1npr·e
te, a ft1lta <l:i eelucação oral da palavra. á pa1·aphasia no do1nini,o da qua.l a li11gt1
a-N,os,sos contec1:11)ora11eo·s, desp1·eve11idos do ge111 é t11na ·c·ompleta pertt1rbação, e1n c1t1e eqt1iv,oco, ot1 111rtl i-11.formados quanto iís as id-éas, s'es!bat e1n .t1ma . contra as
ot1-Vf1ntagens d t1 01·topiho11ia, descuida1n-se, tras e já11:ais co11s·egu em co1·,1·espo11der1cia tfe·raln1ent-a, de la11ça1· a i111agi11ação para co111 a~ i1nage11s vocaes, ,de &or,te 9.t1e 110s
es·se j,ar,dir11 suggestivo. desiprezand·o 11ma st1rgen1 ao ot1vldo palavras de sentido op· das condiçõt',s si11e q11a do bon1 e11si'l10 da I)IOSto, extr·a11l10 e inaccessivel. ·
li11gt1age111. Esses vícios da varia natureza an11-ota-o.s
I~er !)e111 é be1n co1111)rehender ,e se11tir com gra11 cl-e desvelo, ,em seus "Estudos de ..
a 111nr::t vill1a c1t1e l1a e111 ,cada l)eriodo, ei,- P,ho11o!ogia'', o .S1·. José 10iticica, ,la·
1ne11-ct1tar a dor ot1 alegria ,qt1e illt1n:i11ou a tando qt1e a mis·são ,do p1io.fessor ainda nã·o - p,hr.a·se viva e J)1alJ)ita11te. Ha u1na segt1n- tenl1a cl1egado, entr.e riós, ã ex-igencia de
dá ex.i-st·e11cia 11as l1)agi11as qt1e 1nerecem t11r1a pro1nt1ncia co1·,recta, qua11to outras
no.ss.a l0it11ra; se 110s falta a intuição da e~ige11cias .se faz·e111, ,dispen~av·eis, em de -f@r111-ost1r11, t1ma p-e1·feita interJ)retação t1·1n1e11to de ot1tras, dispensadas .
ora1l, estingt1i111·os 00111 ias nossas deficie11- Ha u1na longa e11u11:eração dos vicio,s da
oias esta segunda vida, 1natamos essa ot1- leit11ra ,provenientes do de,scas.0 na sist
e-J1·a 1·e,1elação qtte es,t11va ·e111 nós mes111os, 1natisação da ,prosodia. O ass11n1pto :de
.que a 116.s nos ct1111pria desvendai· con1 o -c1ue ora 111·e occu.po não abrange os vicios
e f,feito proso,llico ·da paliavra. irre1n1edia,-eis 011 os qt1e difficilme11te se
... Essa ~lgaraV1ia ·I?ho11ica qt1e p•or ahi exis- 1 re1ned·eia11:, e deco.r~·em :de lesões no sis-te
.
a
gt11•sa de leztu1·a em toda ,part·e na te1na n ervoso 011 de de.fe1tos 110 appa1·ell10 i,nór parte das esc,ola; te111 pr·ofundas' rai- 1 de JJl1011ação . Sttgg,er-e~me a idéa desteali-zes IJ)Sycl10Iogicas e ~011,se,quencias mai,s j 11hava,do, tão só1ne11te o aspecto artístico ft111'tlas do CJtte, á 1)ri1neira vista, obse1·va- 1tla lingt1age1n, so.b o ponto de v:is,ta oral;
u1os,. - a calliJ)l1asia. .
:, .. ,Que111 11ão tiver a capacidad,e d·e lei· be111 Nas escolas JJri111a1·ias do Bra,si.l liga-se
-0· c1t1.e, 11att11·aJ.1ne11te, 11ão po.sstie a capaci- gra•nde i11: porta11cia ao •desenho, ao fino -0.a<;l e d e •b e1n con:prehe11der. A. arté de contoJ·no elas let1·as, e ex~rcita.111,-s·e as
Ier· 11ão t e1r. sen1e]hança com a arte ,de aff,e- cr,eanças e111 caele1·11os de d1·f1fere11te:s esca -·Ctar e desfigurar a V1i1da das pa1J.avras 1ne- las para aoq11isição ela elega11cia ca'llig1·a-,.di,a11te exces·sos 11a J)ro11u11cia e ento11a- l)1l1icl:. ~e11a é qt1.e s1
s
:
não JJratique e1r1ç,õés ci1r.r egadas. Go1no todas as JJellas ar- 1 1·elaçao a p a lav1·a fallada o qu·e se faz con1
-tes. st1a 1Jri1neira co11dição é a si111p·lici- a 1p~alavra escri-pta. . . .
d,a'd e, qe ond·e se poderá i1· ao terreno q11e E' t1r11 erro JJedagog1c o es,sa ant11101n1a, .
for -necess:ario at1·aves.sar. e clisso 1·esul ta este ama1·go con traste 11a
.. Rag1·as par,a ler be1n 11ão as deve l1aver. li11g11age1n dos nossos dias; as cr ea11ça-s
sa-,For~, o 111esr110 -qt1e ali11havar capitulos, e, !)e1n escrevei· 111as não i.a1be1n ler as pala-co1n . ellcs, te11tar t1111a imp,o·ssiv·el scie11c\a ,,rns.
d e_ ,~c11ti1·. Não ,hot1ve algt1e1r., qt1e, ~1té A ,1ell1a historiá ·do . jaboty, i11ve1·tida
ngora, pelo m en·os qtte se sail)a tivesse pa1·n nossa vergo11l1a, eis al1i está a 110s có11seg11ido incutir, com a rigidez dos p1·0- cat1sticar, a 110s incutir a co1111Jrel1ensão ce.ssos m·ecanicos, uni sentin1ento •a cada ele qt1e s1e ·faz 11eccssa1·ia e i1n1J1·,escincliv·el
indiv.~duo, 1Jorque o senti1nento é. r efrac ta- 1 JJt1 ra boa orie11tação do ensino, t11na l) t1ra
1·i,o {1 discipliná, e te11de a extinguir-se, a cd t1 c:.1ção J)ros·oclica, sen:· a qt1aJ a li11gt1a·
1nor1·cr co1r1 a 1p1·essão . -de in·str11n1e11tos gc1n 'Perderá. a 11ouco e J)OUcú, essa vi1 bra-extr.a11hos ao espi.1·i.to. ção, esse colorido, e.ssa imag·en1 voca·liica,
... T ~11l1 0 obs·crvado e111-e , a .1naioria dos a'In· o anda1ne11t.o qt1e h a, nitid,o e rr111sical,
111,-IJilllOs claur1ica frcqt1ente1ne11te ·á leitu1·a 111a })agina for111osa c1ue se lê con1
senli-J~C\I' . cffe-i to ele lesões pl1ysiologica·s co11se- 1ne11 to e correcção.
qu.en.tcs dos vici-o.s a·d'CJuir,id·os á fa1Jta d·e Só tle raro ern r:11~0 se. e11contr:1 qt1c111
uJna cdt1.cação prosodica ·p·erfeita, taes se- saiba acce11tuar, q1.1c1n saJ])a inflexio11ar,
jarr., esses
v
i
cios : ~1 monotonia o.u fal,ta d.e tra11s111itti11,do au.s vocabt1los o volut ani111a vari.ed:td e na i11te1·pretaçã-o ,de 111na pa- voeis, que e1·a aln1~1 do accento· lati110.gi11a color-id.a e vilJ·r,ante, ern qt1r~ se 11ão Cl1a1·les Loos111ore, 0111 st1a obra "1"11!l. p el'c:e'f)err1 ns l1ar111or1ias e 1·esona11 cias ele Gai11 01f P,e1·sonali.ty, .11a1·ra a ct1riosa •a,ve11
-,.,111 JJPrio,clti, (Jt1a11to {1 escala, por e111l)rt1- tL1rr1 de 11111 l10111·cn1 da A111e1:ica, i11dustrial
• • •
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·
Ê6COLA
PRIM1AR1À
255
.muilo culto, q11e e5coll1ia pela voz s11a
gente. Orclenava aos candidatos que
con-versasse111 J1v1·e111ente, e, eless'a1·te,
,estuda-va e detcr1ni11ava o caracter de cada um.
"Não n1e i 1r.·po1·to elo que etl•es dizem; o qtte 1ne i•n teressa é con h ece1·-Il1es a voz, ei
sobret11clo, a intonação 1e a e·levação''. Dia
v i1·ii, obse1·Vfl 11m pa:la,rli110 ela li11guage111,
r1t1e a arte de dizer, e1n1)i1·icà111e11te trans-11tilti,cl::t, precederá a a1·te ele con~JJór o qtte
011lros tlissc1·a111 11t1 esponta11;e1,dctelc de seus imiJ)ttlsos.. Esta nova concepção da nat111·eza elas li11g11as 11ão se1·ii, 1Joré1n, tão
p c1·egri11a, acc1·esce11ta, q11e o. senso co~n·
111t1111. 11ão o l1ot1vesse pres;e11t1do, po1· v11·-tt1 ele ele i11s ti11ctos seg11ros que o i 11spi ran:,
e fortalecen1. Des1de tc11111os i1nr11·e111orJaes,
tts palavras agravara111 011 lisonjeara1n. 11ão
JJelo significa,clo lite1·a.J , 1nas J)cla
into11a-ç,io co1n qttc são l)ro-fericla·s . Não é 1·aro
o cl isct1rso no q11al, 11ão J1a,1entlo 11111a
I)U-CASA CIRIO
Grande sortimento de artigos de11farios
'
'
l:.ivr·a de injuria, se iie11 te a 111a,io1· o,ff-ensa .
Não foi se111 fu11da11i ento, exerr.:plifict1, q11c I:>Ji11i 0 JJedit1 a Cal visio para lei· it assen1
-lJléa <los dc ct1riõcs a carta c1ue ll1cs1
1nan-él11va. Não querirt ·c.screvei· elirecta1nente á
ass-c111bléa; n atitt1cle da ·pessoa, o gesto e
:1 voz 'fixnva111 o se11ticlo Llo t111e ella eliz,ia;
:1 carta desam1pt1rada ele todos estes so·
c-corros não ti11I1a na>lla que a d efe11clc-ss'C
das i11te1·p1·ctaçõcs n1aJignas''.
Ot1tros cxc1r1rilos 110s traze111 a -ccrtez:1 çle qt1e a acce11 lttação ·C a i111f'lexão poele1:1
111ai s e r11ell1or <lo t111e os vocnbu,los esc1·1
-ptos . Basti1rf1 1Jnra isso C[ti e tenhan:os
com-fJ1·c,t1entlitlo 110 valo1· ela l eitura os signaes
de tlt1ração e tl·e csc~1la. r1 catlen ci~, o a11 -·cla1ne11to, 1·evel:1•11clo o pocle1· 11111s1cal da
110Sisa }i11g,ua e ·q'L1el.J1·n 11elo-Ihc a .aspereza
co111 a s11nvicla,llc do sett geni,o e es.ple11dor
e!·;} st1a g1·aça . ,
Os,v ALDo Ouxco.
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1' - - - 1 •. l 1 CAIXA POSTAL 2.223 .. •ARTIGOS
PARA
COLLEGIAES
l(UA JOSt BONlf ACIO, 18
S. PAULO 1 • ' 1 1 • ... 1 1
256 '
A
ESCOI
..,
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PRIMARIA
li
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« ,A
FSCC,LA
• , '
-
-
-
•Dos complementos numericos
Desta egualdade resulta:
•
CURIOSIDADES MATHEMATICA,
(
Co11ti1zt1ação)
• Voulez-voi1s sinzplifier une tl1eorie, 1111e ,néthode, i11scrivez-la dans les progran1111es. Les projes· se11rs se c/1argeront de l 'éclairer
et de la réduire à sa plus sin1ple expressio11, .
E. Lucas.
Não necessitan1os,
pois,
de outras
rasões que justifique111 o motivo porque
fazemos
aqui a theoria da nossa
pre-sente lição:- a legenda com qtte
inicia-111os o 11osso ,nodesto trabalho a defe11de
plenamente. Assim reservamos a nossa
ex1Josição theorica
somente á
intelligen-cia esclarecida
e experime11tada
do
pro-fessor, que lhe per1nittirá, pelo completo
co11heci1nento da materia exposta,
ensi-11ar melhor os
seus cliscipulos
o que
ella
co11tén1
L
ie
accessivel
ao
cerebro infantil
.
Em
tres
1Jeque11as lições
ás
classes
primarias
sobre
a1jplicação dos
comple-mentos
ás
qt1atro primeiras operações
da Aritl1111etica, julgamos ter
explicado,
com a
simplicidade e
clareza que
110s
foi possivel dar, as regras
e
as
st1as
ap-plicações
para
a resolução das
operações
'fttndame11taes do calculo. Pareceu-rios
ainda rasoavel expor,
como continuação
daquellas lições, uma curiosidade
mathe-matica que nos st1ggerit1 o
exan1e
ao
processo de multiplicação por
comple-mentos. Exporemos primeiramente ao
professor a
Stla
facil
e
interessante
theo-•
ria.
COMPOSIÇÃO THEORICA
Chan1e111os
N
um quadrado
cttja
raiz
r
tenha
·
n
algarismos, suppo11do
ainda
co complen1ento desta raiz.
·
De accordo com a regra da
n1ulti-plicação por
con1ple111entos,
ten1os:
N
=
r2 - (r+
r - 10n) ton+
cX
c N = 2. 10n.r
102n+
C
2,donde
(N-C
2 )+
102ntiramos
r
==· ..;,._ _ _ .:.,_..:... _ _ , 2. 1º"
ott ai11da
(N+
10211)-C2) .r
'---'---'----
·
E
v
Ide
n
te
-2. 1on
mente, por
ser
r
u111
11umero
inteiro,
a
differença
(N+
1020 ) -C
2,ou a
son,ma
(N
-
C
2)+
1o
'i
n,
são
divisiveis por
2, J Ü" ,e
portanto, })elo
seu factor
J 0 11•
Mas, por
ser tambem
aparcella
102 11divisivel
J)or
1011,
este
divisor divide
egualmente a
outra
parcella
(N -e
~)
,
o
que exige
que
(N -
C
2)termine
pelo
menos
em
n
zeros.
Do
exposto
se
dedt1z facilme11te
a
seguinte
regra:
A
m
.
etade do
1iz1nze1
-
ô
jor-mado
áesquerda
dasonznza
(l)(N - C2)++
10211,
depois
de
separados os
,izeros
á
sua direita,
éa raiz qziadrada do ntt·
n,ero
N.
•
DISPOSIÇÃO PRATICA DA REGRA
Seja por exen11)!0
20164o
qua-drado de t1m
numero que se deseja
co-nhecer e
736164o
do
seu
compleme11to
.
Conforme
a
reg
·
ra
dedt1zida
acirna,
rest1lta:
(20164
+
106) - 7361642 . 103
----
'qttenos dá
asegui11te prova }Jratica
:
1020164 = 20164
+
1000000- - 736164
~841000 •
284+2 - - 142,
qt1e é
a raiz q1iadrada
do numero
20164(1) Qua,zclo n ftJr 1ne11or que
,l,
subtralze-se!
I e' de N
+
10211, o qire está tan1be1r1 conforn1e coma regra dedttzida.
. . -
-A ES
.
COLA PRIMARIA
257Da prese11te d
ts
posição f
)
od
e
mos
ainda formular un1a re
g
r
a
JJratica para
resolver a questão \)roposta
.
REGRA-
Se1;aram-se no
s
do
i
s
qzza-drados dados os seizs
tiprirrzeiros
algaris-mos
ádir
e
ita;
e
scr
e
ve-se a unidad
e
s
e·
guida do n111nero f ornzado JJ
e
los
algaris-nzos da esquerda do quadrado do n1tr1z
e
r
o
pedido
,
tendo antes o czzidado de escr
e
v
e
r
entre a tznidade e o rzu11
ze
ro u,n
ze
ro,
quando
e
sse nunzero não tiver o 1n
e
s11zo
nzznzero
de algarismos do ,zunzero
Jor-mado
áesqzzerda
do
outro quadrado; ao
resultado junta
-
se o cotnJJlemento do
nu-mero fornzado
p
e
los algarisn
z
os da esqzzer
.
da do quadrado
do
complemerzto do
nu-tnero pedido,
dividindo-se a so1n1na
en-co11trada por 2.
APPLICAÇÃO DESTA REGRA
Sejam os quadrado
s
N
=
80263681e
c
2 = 108.36BI.fazendo-se
abstra-cção nestes quadrados dos seus
4pri-meiros algarismos
á direita
(4é
tambem
o numero
de classes d
e
dois
algarismos
de cada
quadrado), temos:
8026e
108.Pela applicação da
regra achamos
:
( 18026
+
cpl
108)+
2=
= 18026 -1892 17918 2-01110 8959, 000
Verificação
:
89592=
89263681 EXERCICIOS1°
A
diff
erença
dos quadrados de dois
nu,neros complementares
é800.
Quaes são
esses
numeros?
A
solução deste problema
é
dada
dt,
modo mais
simples
possivel pela
ap-plicação
da
nossa primeira regra. Assim:
• 104
+
800 108 00 I 08 + 2=
54e
100- 5+ 4 6 ,que
são
os
11umeros pedidos.
•D'aqui concluimo
s
que a cente
-sima parte
·
da differença entre os qua
-drados dos dois nu m
e
ro
s,
comple111enta-res é egual á differ
e
11ça e11tre as base
s
dos mesmos quadrados :
54~-46'! 291 6 ·-2116 - - - - -· -100 100 800 = 100
--
8
,
=
54
-
46,o
que se verifica eg
ua
l
.
ment
e
J)ara dois quadrados de numero
s
complementares quaesquer,
dividindo-se a sua differença por
10n.2º -
Modo de advinhar uni nuntero pen.
sado
O
(Jrocesso que estudámos
11estalição poderá ser aproveitado tambem
para se adivinhar um numero inteiro de
(1)
n
>
1
algarismos que tenha sido
es-colhido por uma J
J
essôa. Assim,
basta
que o
individuo
qtte
s
propõe a
adivi-nhar o nun1ero
pensado
ordene
á
pes-sôa que o escolheu, que faça o qua
.
drado e.lesse
numero
e o do sett co
m
ple-me11to, transmittindo-lhe esta em
se
g
t1i
da
aos numeros formados
áesqtter
da
de
cada quadrado
determinado, nu
m
eros
estes que
terão
ambos n
algarismos, ou
ttm
n
(
1)
e
outro
n
-
1 algarismos.
O
adivinhador deverá exigir
ainda
que a pessôa qtte escolheu
o numero lhe
transmitta
em
uma ordem determinada
por aqttelle
os numeros
já
referidos,
ou
que lhe diga quaes dos
dois numeros
o
maior,
si
o escolhido
ou si o seu
comple-mento.
Supponhamos
que uma pessôa
ti-vesse escolhido o
numero
111 .Con-
•forme o
que
fica dito acima essa
pessôa
teria de entregar ao
advinhador
os
nu-meros
(2) 12e
790,suppondo esta a·
or-(1) N(lo necessitamos de applicar a regra
para o caso de u,n numero de um só algarismo,
pois pelos algarismos da e~querda dos quadrados
sabemos imn1ediatamente quaes os numeras
pen-sados.
(1) n será tambem o numero de algarismos
do nu,nero escolhido, o que dispensa que a pessba diga ao adivinhador
o
numero de algarismos de que é composto o numero que esc<flheu.(2) O adivinhador ordenará á pessoa que
escolheu o.numero que separe '.á direita de cada
q11adrado 3 algaris,nos, isto é, tantos quantos fo-rem os algarismos do numero pensado, transmit-tindo-Lhe esta em seguida os numeras form11dos tf
esquerda de cada quadrado determinado •
258
A :0S
,
COLA: P~IM~IA
' ..
de tn de entrega determinada. pelo
advi-nha dor, isto é, em primeiro logar o
11u-mero fo rmado á esquerda do quadrado
do ntimero escolhido. Para descobrir o n111nero escolhido teria o advinhador apenas o traball10 de aJJplicar aos
nt1n1e-• •
ros
o
12 e 790 a nossa pr1me1ra regra: 1012-700
- - - -· ,
222 : 2
=
t t 1, que e onumero· pensado, e 1000 -- 11 1 889 o
seu complemento.
Verificação : · •
"
l l 1 ~ - 12 321
68S)2
=
790 32 1Para n1aior effeito da preser1te adi·
vinha é co11ve11iente que o adivinhador
exec ute mentalme11te, qua11do o numero
·· escoll1ido tiver .poucos algarisrnos, as
.pequenas operações qtte exige a sorte.
'
'
"
Ma11áos,Junho de 1924.
ABILIO DE BARROS ,ALENCAR
Lente da Escola Norrr1al de Ma11áos
,, ,;;._
____
,___________
-
--
--
-
...-
·
...
.. . . .-
--
-
-·
- ---··· - .. ---L
I
NGUAGEM
6° E 7º ANNOS Exe1·cicio OI'al ·-· ... - ·- --- -·(Pflssar para 11rosa 1rn1 soneto claélo)
1
' ' ANOITl~CE11
Esb1·azea o O,ocidente 11a ago11ia ·
, O sol ... Aves e111 ba11dos destacado·s,
Po1· oéos rlc 0111,0 e ele tJt11·,1)11ra 1·aiaclos,
• · F'ogcm .. : Fecha-se a 1>alµ ebra elo dia .
, De l1i11ea111-s·e, a1étn, d11 ser1·a11ia
Os ver\ices ele cl1a1111,1ia :111r eolf1dos,
F, , c1n t1i,clo, ein to1·no, es1l>ate111 clerr,11r1ados
:·. ui1s to11s st1av,es de ,11:ela11c.o]tla ...
' ' .
TJ1n h1u11do de vr1J)C>res 110 ,lr f·ltt cl:í1a ...
· (;oi110 11n:[1 informe nocloa, ,tv11lt,1 e cresce
:; · A so111b.r:1 :
ri
p1·01)orção c111e a l11z rect:111 .. .' •
A nat11reza a1)atl1ir:a cs111aecc ...
',.POllCO a !)OllCO, e11tre as :-tl'VOl'CS, a l11a
' Su1·ge Lren111ln, trer1111.l11. . . A11oitece.
. ' ' j .,
RAYMUNDO ConníiA .
, .. ' ,
'
(CéQ, 1'e1•1:a e Mcii:, 'I)ag.
73.
)
.
-EXPl,IC,\ÇAO 'DO VOCABULARIO
S01~eto - c,on11)osição poetica, ,Je . ori. ge1n, italiana, de q11atorze versos - ·· ,clo11s
qt1f1.rte·tos e dous tercetos - ríma_ndo o l)l'i1nei1·0 ve1·so co1n o c1ua1sto, qu,1r\to e
oitavo; o siegu11do verso corr., o te1·cci1·0, o
sexto e o s·e,timo. ',
10 ,s ter,ceto,s rirna111: o p1·i,i11eiro 'vlerso co1n o terceiro ~ o q11i11to; o ,segu1tdo ,,er· so com o quar·to
e
o sex-to .Ha, JJOrén1, 011tros 111odo,s de rirn,tr o~ C[ 11i1rtetos e os tercetos.
Anoitecei· - ficai· 11,oitc; ve1,bo :i111pcs·
soal i11choativo, c11ja acção exr1ri1ne 11r11 acto q11e se vae 1·ealiza1l'llo po11co a l)Ottco,
gr,adativf1111e11te. 011tros exemplos: r1111a
-11hecer, a111ad111·,ece1·, a1n arel1ece1·, a111ol I C·
ce1·, etc.
Esbrasea - JJÔr c111 J)ra,sa; ve,rbo
fre-11111entat1vo, cal_caclo ,sob'l·e o suüsta11tivo
l11·asa.
Occidente - 11111 dos l)Onlos carlleftes,
sy11011y,1110 de óes~c, po,e11 te, occaso, l11g11t·
011 de o sól ipa rece esconider-s,e . .
Pú1·pu1·a - tl cô1· v,ermelha; t~1111bc111 se c]iz de 11n1 n10,ll11sico, de q11e se extral1c 11111 liquiclo vcrmels,o; a co·cl1onill1a, i 11secto,
tamlJe111 prod,uz a tin-ta vermelha 011 JJttr-
-'lJ ur·ea. .
Deli11eaun-se - traçan1-se as :l111l1its, o~
']Jri1nei1·os deli11ea1nento,s; esboçan1-se, (l
e-l)t1xr1111-se.
Vé1·tices - refe1·e-se esta pala,,,i·a ao ct1n1e cimo cabeço, alto, pico, a,pice,
IJl-11ac1ul'<:i, dà cord,ilheira Oll serran,i11 ( se11ti-do :figurase11ti-do) ; J>'Onto em q11e se encon t1·a11-.i
ns li11has que fo'l·n1a11:, 11m an,,gitlo,
Chlc1n111a - fogo, labareda, flan11n,a, 110•
111onyn10 - ,ho1nopho110 ,de cha1na ve1,bo.
Ai11•eolados - co1110 se fosslem t111réolas. Lliacle1n.as, ci1·c·11los de l11z.
},felwicolia - tristeza neg1·a, prof,1nda (se11tido figu1·a,clo); doença car!1-cteri s1t1,ia
por i111111ensa trisieza, app1·el1ensoes, h:'i' l)O· CO'Tl'llrla'
J<'l11cl11a - agita-se no ar; !.I11cluar ta1n. _be111 c111e1· ,dizer: 'boiai·, s11site1·-se so1bre a
agua.
l11fór111e - palavra co,1n1posta l)Or
prefi-xi1ção; s·cm fórn111.
Nódoc1 - 1nt1ncl1a, rnácuia.
Av11lta - clá vulto, corpo, 1·elevo . . A patliica - insen·sivel, . in,dolen~e.
Esmctece - verl)o esmaecer, 1nchoati• vo; es111or·ec·e, desmaia.
N,a passagem da poesia JJa1·,1 a p1·os11 c
le-ve11: os eleme11tos q11e co1npõc111 as p1·01
po-siçõcs ficai· en1 or-de1n dir·ecta _ot1 di·reita,
ele n10clo 1c1t1e s,e colJoc111err1 1110 ,fim os
co111-pler11•entos , d.e maio1· exte11são. . •
O sól, 11a agonia, esbrazea o ·occicl e11 te , . .
As aves fogem e111 bandos ·clestaca,clos,
'
J)Ot· céos raia,dos de ouro . e pt1rp11rf1 ... Fecl1a-se a pa,Jp-el)1·a do 11'1a .
Os vertices da serra,nia, chan11na, delinea111•s.e, alé111,
to1·no, esbat·e,m d-e1·1·amados
, 1
e
s tlc
n1e'lancol,ia. . • _'
aureolttr(los ele
e e1r. t.11clo, e1n 11ns tons sua·
' .
.
A
ESCOLA
I)I~IMARIA259
l J1n 11111n,tlo ·ele vapores flt1ctt'.1a 110 iir . . . c, ~t proporção l[ttc a l11z r ec t'ia, a so111bra
t1vt1lt11 e c resce co1110 11rna nócloa i11fór111e.
A 11att1reza ap,1thica es11111ecc. . . e a 111:t,
J)Ott co ii po_11co, s11rge tré111ul11 e11 trc as rtr·
vor·es. A1101tece.
A JJrofesso ra pocler{1 exigir dos al11111nos,,
se n1an<'lar escrevei· o exercício, o e1111)1·e ·
go <]lz- exJ)ressões sy11ony1n.'.ls, c111c s11IJst.
i-ltta1n os voca,bu,Jos cio so11·eto,
-I,xEnCICJO DE REDACC.'\Ü "
Histo1·ia de 11111 rio
P lano - U1n 1·io co11ta a st1a l1istoria , j
deSll e o n1on:enlo e111 q11e co111cçou a gol·
1
tcjar na floresta espessa .. a té a hora en1
<111c se J)erde no r11ar, n11st11ran1Io as sua::i. ,
a,guas. doces ·e leve,s, ás JJesaclas vagas do ocea110 t11rbt1le11to. Corrc11 por vales fio. 1·ídos, a!J·ebero11 r ebanhos sequiosos, lle11 vida e seiva {1s planícies resec1uiclas, e,
~Je-i!JOis cl·e a111parar 110 se11 llorso trant1111llo
os tJarcos elegantes e velozes., 11niu frate1·-11aln1e11 te ciclacles e v,i llas e foi 1noi;r·e1· 110 seio o·eneroso do ocea110, satisfeito e feliz pelos0 ben efi cios c111e clistrib11i11.
Basead,os 11este 1noclel 0 pocle1·ão os altl·
rn11os clcsicreve1· <C111:1!1q11er dos nossos
gran-iles rios co11tando a viela de 11111 ou 011tro, de acc.ô~·clo com o,s conheci1nentos aclqtt· i-ridos.
Ar11e1·ica Xavie1· A . de Ba,r1·0$ .
-
-
-
-
..T
RES PALAVR
IN
HA
S
00!'\!JUG·E - ,E' palavra 1)1·opt1roxytona :
acce11,to to11i,eo e1r1 con, Freq11e11te é,
e11-t1·etanto, 011vir-s·e co11ji1ge paroxyto110
(ac,cento ton.ico en1 j11) .. Ess.e. ~1bs11rdo ve111, pr-0vavel111ente, ela ex1st·enc1a _de
al-gt1 111as palav,ras par,oxytonas tern:11'Tlatlas
c1n i1ge, 1)ri11 civalme11te f-01:mas ver,l)a·es ; talvez ta111ben1 p,ela analogia co111 os,
ter-.111i11ados e111 i1qern.
Observe-se aincla f(LIC a pa-lav1·a é do
ge-11ero 111asct1li110, ai 11éla 111·es1r.o q11a'lldo se
refe1·e f1 11111II1c1·, Diz-se se1111J1·e o co11j11ge.
Pelo 1nenos assirn dizen1 se1n1p re as obras lle lli-1·eito, que é onde a I)alavra _é fre-rttiente. Trata-se, JJOis, ele s11bstant1vo so
-b1·eco11111 i1111 exacta111,e11 te- co1no l
esfe111i1-11J1c1, <rt1e é ~e11:J)re elo ge11·cro fe1ni<11i110, c1-i1alc1.11e-r c1ue seja o ,se~? da pessoa.
SU,PBR,S"f,I'fE - E Ja q11e esta111os 11a
seai·a j 11r·idi ca, to111e1,11os tan1bem es-ta " l
}a-ta t:,'' (IJatnt,a eru se:'.tra tan1be1n é batata ... )
S11perstifr:: é fJalavra ,pro,paroxyto_na. Q1.1er
dizer sob1·evive11,fe e os bachare1s a
e111-prcgan1 q11~1s.i se111prc j1111to do vo c:1,!)1110
cc:11j11ge. Eu já 011vi rr1ais ele 11111a v·cz, e de algt1e·111 ·lttie devia sal.Jcr onlle te1r., o na,riz,
s11pe1·stíte ( co111 ,accc11 to toni-co en1 l'i) .
Nao sei se o lcg11leio era dos d·e sessenta 111il ,i,éis. . . a dt1zi~1. Real111e11Le, as pala-vr~1s ter1n.i11adas e1n ile são pa roxyto11as .
Mas ha as ·excepções e o bac harelete de• veria sal)er. Pron11nciará clle la1n])e111
sa-lelííle?
ESQUIROLA - Lasca de os o,
frag111e11-to de ,q11a'lquer objecto cl111·0. Os·
ciiccio11~1-,rios rcgi<sta11:, co1no f)1·01p i1roxylono o vo-cal)t1'.o, 111as os ,1n eLlicos 1faz e111-no, e111
ge-r:11, IJarOX)'to110. Se1'á po1·q11e. qun_si
se111-11re o caso é "grave''? A te1·1111naçao
(st1f-fixo), a for1n:1 casle'll1a11a, tu elo está a n1os·
t1·ar qt1c é esq11í1·olc1 que se d e,vie dizei· .
N[ES'l'IIE ESOOLA,
CORRr::iPONDENCit\ DE 'fl{ES PALA·
VRINHAS
•
J. S. 'l' . - (Car11,panha). - Ga11ha1·
de alg11cn1, 110 senticl9 de ve11ce1·, é 10,do clizer q11e, 110 Brasil, só tenI10 011vJclo en1
:vlrnas Geraes, 011d·e é freq11 ente . A{JUi 110 Rtio absolut,11ne11te 11ão se cliz. Lá ,11as alterosas q11a11ta,s vezes oiço: Elle~ gan,l1,
cc-1·a111 de nós . - O Pedro ga.nhotl de 1n11n.
O voca,b11.lo a1·1'111na1·, 110 se.atido de a1·1·m1-jar, obte,·, é ta1nbe111 Já de wlinas: Vo,:1
a1·-1·i11nar un1a ag11ll1a pa1·a cosei· esta saza.
São m11itas as ex,p,ressões regionaes que
l1a de e11contra1· por tt,hi. 1'enho
collecclo-11a-do g1·a11de q11antid,ade dellas, c
esti111a-r ei q·ue n1·e . oom11111nilq11e os ~xen1p<la1·es
cr11e ciesco,br11·, para q11e e11 con·f1ra ,con:· as
mi11has no,la's.
M. E.
Bibliographia
S AIO A LI.
-Orammatica
Ele,nen
t
a
r
da Lingua
Portu-gueza; Orani,natica
Secunda-ria da Ling11a Por
t
ugueza:
As
d uas gram maticas da lingtta portug t1eza que vêm de ser editadas pelaCo mpanhi a me lhorame ntos d e Sã o
Paulo e d a lavra do snr. Sa i d Ali c on-stitu e~1 na verdade dois solidos monu
-mentos, que attestam ao 1nesmo tempo a cu ltura, já bem divulgida, e a capaci -dade pedagogica, o que ai nda é mais
dig no de nota, do eminente profess or do Collegio Pedro
11
e da Escola do Estad o Mai or.Chocolate
e
café
Só
260
A ESCOLA PRI1\1ARIAEra coisa julgada e facto indiscuti- Q11anto á feitura material dos livros,
vel a fallencia dos grandes sabedores a Comp. Melhoramentos de S. Paulo es
-desde que se punham a escrever em ; mero11-se em a1)resentar obras solidas,
termos simples, para lançar doutrina aos nitidas e elega ntes.
não inici ados. Pois foi isso q11e o autor
brilha11temente desmentiu aq11i no Brasil.
Orammaticas, tem oi-as m11itas. Mas
em geral, com poucas excepções, 011
são de u111a inopia de factos, de do11tri11a,
d e sabedoria, q11e mettem dó, 011 ele
uma pretensão innovadora e reforma
-dora, q t1 e irritam .
Têm-se nellas di scutido n11 gas,
ape11as nugas. Ten1-se innovado 11ma
terminologia greciforme de arripiar os
cabei los . Mas o que nel\as se aprende
é quasi nada.
A do11trina dos novos livros do J)rOf. Sai d Ali é sem1)re a mais autoriza-da e segura; o modo de expol-a o mais
claro que se possa desejar, e c11rso de
lingua ver11acula será optimame11te con-duzido pelo professor que faça cta
Oram-matica secundaria seu inseparavel livro
de informação e de conselho. Certo não se poderá dizer mais.
Da Orammatica elementar diremos, porém, que ainda se nos affigura
me-lhor. São apenas 151 paginas, incluido
o índice. Nesse quasi fasciculo teve o erudito professor a rara habilidade de
ministrar o essencial da doutrina correcta e actual a respeito dos factos da lingua, e mais: de ajuntar a cada capitulo os exercicios adequados, todos muito bem
escolhidos. Evidentemente são
exercici-os-typos, que o professor terá de am1)liar e de multiplicar segundo a necessidade do ensino. Mas são sempre
admiravel-mente pensados.
Descontados os exercícios, e
sup-'primidos os abundantes claros da
com-posição, claros que contribuem, entre-ta11to, para o bello aspecto e absoluta
nitidez do livro, tel-o-iamos certamente
reduzido a umas 80 paginas. Nesse
di-minuto volume está t11do que é
indispen-savel saber a respeito da ling11a. E
dizer-·se que tantos calhamaços ha, de 500 e
àté de 800 paginas1 em q11e taes
assump-·tos vêm mastigados, 111as baralhados e
indigestos!
A'
Escola
Pri11zariq,
é gratissimopoder indicar aos professores do paiz as
duàs obras do \)rof. Sai d Ali, onde el les
encontrarão sempre a exacta doutrina,
optiman1ente exposta.
-ALFREDO BALTHAZAR DA SILVEIRA .
-Li
ções
de
Hi
sto
ria
do
Brasi
l.
O novo livro do snr. Balthazar da
Silveira1 docente da Escola Normal ,
con-firma plenamente o conceito que do
a11tor formam seus collegas e suas dis
cipulas.
•
Consta.o volume de 450 paginas
de co.mposição cerradiss ima, talvez
de-masiado compacta. A n1ateria daria
fol-gadame,,te para um tomo de mais cem
\)aginas, mas o autor e os editores
tive-ram evidentemente a preoccupação de
tornar maneiro o livro , destinado
princi-pal1nente ás alumnas da Escola Normal.
Desenvolve largamente o autor a
rnateria, descendo em alguns pontos a
rninucias interessantes, e járnais deixan-do sem esclarecimento as questões que vão surgindo a cada passo.
O livro é merecedor da leitura não
só de alumnos e professores, mas de
quantos se interessam pelos assumptos, !)Ois alem de versar as boas fontes, possue o dr. Balthazar numerosas infor-mações pessoalmente obtidas no seu convívio com alguns dos vultos que par-ticiparam. dos factos historicos. Taes
no-ticias, embora sempre necessario seja exercer sobre os conceitos
apprehendi-dos na intimidade um
contrôle
muitori-goroso, contribuem largamente para dar
valor á obra.
Duas unicas observações deseja-mos fazer, observações que não dimi-nuem de modo algum o merito da obra.
A primeira é amistosa censura ao pouco
cuidado da revisão em alguns trechos.
Vê-se q11e a ultima leitura não foi feita
directarnente pelo autor. Esta falta de
attenção é particularrnente notavel no
que toca á pontuação. Os que escrevem
para a in1pre11sa bem sabe m a
semcere-monia com que os linotypistas
collabo-ram na pontuação, faze11do cahir, por
descuido, as matrizes de virgulas. O
livro do dr. Balthazar foi victirna de tal
descuido. Basta ton1ar ao acaso u111
•
•
A ESCOL:A PRIMARIA
261
t recho: «O senhor Ferreira Vianna, du- , para o exito da revolução », repete a
i11-;ra11te alg11ns lustros de actividade par. feliz frase de Aristides Lobo , e faz afinal
·1amentar e jornalistica, atacára, desabri a apologia demasiado J)arcial do
i1npe-·da111e11te, o imperador,de sorte que,q11an- rador Pedro 11.
<lo acceitou u1na pasta 110 gabinete João E1n tres sim[)les linh as consigna o
Alfredo, os seus adversarios reeditavam a11tor o «facto » da proclan,ação do
re-os se11s conceitos para o proprio irn pera- gim e11 actua\:
«
Mas,
JJre111ido.
d
e
pois, /JOr
·dor, que, embora um espirita superior,
Qui1ztíno B0cay11va e Be11ja11zin r..01zsta11t
,
se não esquecera daquelles rudes e in-
dez, zt11s
vivas
áR.eJJublica, 11za11dott
pr
e
n-justos ataques, (pag. 3D9). Outro trecho
de,·
os
1ninistros
e
realizott
o gra,zde
escol\1ido pela sorte: «O inclito Caxias,que
passeio
/J
e
las ruas
da cidade
.
>>
,dirigiu,pessoalmente, a batalha de Lornas Não se pode contestar ao autor o
'Va\ entinas, obtendo urna grand e victoria direito de pensar segundo as informações
1para as arn1as brasileiras, apóz seis dias fidedignas que possue. Não nos parece,
,de ininterrupta luta, acompanl1ada de entretanto, razoavel que, professor de
-constantes inquietações, em que s11ppor- uma escola da Rep11blica, e
principal--tou com abnegação e heroisn10 11ma mente dessa Escola Normal onde o
re-messe de difficu\dades de varias espe- trato de Benjamin,seu segundo fundador,
·cies, viu todo o seu grandioso trabalh o •.. fig11ra na galeria de honra , leve para a
1(pag 360)» aula o ponto da Republica tão
parcial-A outra restricção que faze1nos mente exposto. S. S. fa la a moças que
:aos merecidos louvores ao autor é re- vão ser professoras. Que enthusiasmo,
:\ativa ao modo de expôr o ponto
R.
e
-
que convicção poderão ter amanhã essas.
/JUblica.
moças qua11do tiveren1 de ensinar a seusAbra-se o livro a pag . 380. Trata o discípulos o amor da republica, se sabem
.autor do manifesto de 70, evidencia a que a proclamação do 11ovo regimen foi
,deserção de alguns elementos das filei- uma burla e 1Ima injustiça?
iras republicanas, affirma (fim da pag. Cremos que o dr. Balthazar etá
en-381) que o Brasil era 11m seio de Abra hão, ganado quanto ao julgamento do
gover-,o que não impediu o advento da questão no imperial e da revolução de 89. Ainda,
,militar; allude a esta, trata do gabinete 7 porém , que, o não esteja, não lhe é licito
,de Junho, de caminho «mette o páo » em emprestar o seu talento á propaganda
Ladario;allude aos propaga11distas repu- contra a republica, que é a or.dem actual
,b\icanos, e quando se espera q11e vá das coisas do paiz.
narrar o opisodio de 15 de Novembro, M11ito terá contribuido, por certo,
,que suas discipulas precisam conhecer, para o engano, o modo pelo qual, não
passa a expôr as tres causas que, no seu faz muito, foram recebidos pelo governo
,douto entender, foram as determi11antes da Republica os despojos corpóreos dos
,da mudança do regin1en: ex-imperantes. Rendeu-lhes o paiz
gran-« Pelo que tenho apurado nas mi- des homenagens, mas não ren11nciou á
inhas investigações, pelo que tenho convicção da republica, não renegou a
,ouvido de pessoas s nsatas, que viviam obra da revolução de 15 de Novembro.
.naquel\es tempos , posso ensinar ás mi- Não foi, nem passou pela cabeça de
nin-.nhas alumnas que a proclamação da Re- guem que o fosse, um acto de
arrependi-publica foi a consequencia directa de 1nento politico; o Brasil não está invo·
·tres causas: a)a questão militar;
b
)
a lei luindo J)ara a monarchia. ·de t 3 de Maio de t 888; e) os dissidos e Pode-se estudar a historia patria
-ciumadas entre os politicos, que, con- sem esse sebastianismo sem razão, a
tristados, abandonavam o poder e accei- cujos derradeiros abencerragens quer o
tavam a paternidade de phrases incon- dr. Balthazar sobreviver.
S.
S., quevenientes e ditos impudentes, que ll1es pertence, segundo cremos, á mais antiga
-attribuiam os i11in1igos g ratuitos do im- e mais alta sociedade sábia do Brasil, o
pera dor e de sua illustre familia.» Instituito Historico, bem sabe que nem
Mostra a seguir que R11y Barbosa nessa instituição, tanto tempo julgada o
-«nunca foi um republicano convicto», ninl10 dos monarc\1istas, se rnantem o
,que Deodoro« cedeu ás injuncções do· culto do regimen politico enterrado em
m omento », qu·e o «povo não cooperou 89. Vimos Já, não faz muito, a effigie do
•
262
A ESCOL
'
A PRIMARIA
imperador, gra11de bemfeitor e patrono e1n que ella dissente da quasi totalidade·
da casa, mas 11a sala publica tivemos
.
dos compendios em uso.
tambem occasião de vêr o retrato do s11r.
i
As gravuras, 1nuitas das quaes ba~
Epitacio,
estadista bem repttblicano, e seadas em desenhos do proprio autor,
.
tam bem gra11de amigo do Instituto. Se são abundantes e 1Jrimorosamente
exe-nem ahi se aninl1a o sebastianismo, na cutadas.
sociedade que em certa phase da repu-
Seja-nos licito agora fazer algt1mas
.
blica chegott a ser
st1speita,
como admit- observações te11dentes a melhorar ainda
,
tir qtte se aloje entre as paredes da rnais a obra em edições posteriores.
escola a que Benjamin Constant deu
Nem sempre a li11guagem do autor.
todo o
seu
carinho?
é escorreita e clara, como convem a livros
Co11sidere
o dr. Balthazar o des- didacticos. Con1prehende-se
perfeitamen-serviço
que presta ao paiz com suas pa· te a difficuldade de adaptar-se o autor~
lavras, provindas de engano ou de pai- que viveu longos annos no extrangeiro,
áxão
eestamos certos de que reformará nossa
linguagem,
que é a de sua patria.
os juízos
e
habituará suas discípulas ao S.
5.,
porén1, temos certeza que irá
po-amor da Re11ublica, expungindo de seu lindo sempre seus escriptos,
ámedida que
compendio a parcialidade política.
se vá aperfeiçoando e affeiçoando ao
idio-Feita essa resalva quanto á doutri- n1a nacional.
na, folgamos consignar que a obra jus-
Outra observação é qt1e nos parece
ti fica plenamente, conforme de principio em algttns (JOntos ir.sufficiente a collecção
accentuárnos, o conceito em que é tido
I
de nomes a reter. E' necessario, aos que
nos meios cultos o sett autor, um dos
'
innovam e reforma1n, uma grande
pruden-n1oços de maior valor da actual
geração.
eia, para qt1e não caiam no exagero. E' o
que succede frequentemente com os que
-DELGADO DE
pretende1
-
,1 fazer
<geographia
nova».
Aforça de cortar, de sup1Jrimir, acabam por
CARVALHO
-
ÜEOOT~API-IIA dar materia demasiado exigu?:
O
que se
ELEMENTAR
deve censurar é o abuso da nomeclatura~
mas conve111 não esquecer que conhecei!'
os nomes dos rios itnportantes, dos
acci-dentes orographicos, e dos lagos, e das
cidades, etc.
ta11zbe11z
é objecto da
geo-graphia.
Outro livro primorosa1nente impresso
e cartonado pela Com1Janhia de
Melho-ramentos de São Paulo, que vae entrando
brill1antemente no mercado das obras
didacticas, apparelhada para fabricar
verdadeiras obras primas, cuja feitttra
1naterial nada fica a dever á dos
produ-ctos das
grandes
casas editoras
ameri-,
canas e
et1ropeas.
A
Oeogra/Jhi1 Ele11ze1itar
do
sr.
Delgado
é
.
obra 1noderna, vasada nos
melhores n1oldes, conforme era de
espe-rar da com1Jetencia do at1tor. Ha por
toda parte a preoccupação de:;te de ligar
intimamente todas as noções da
geogra-phia aos co11hecimentos physiographicos,
e ainda t1m raioavel desenvolvin1e11to da
parte antl1ropo-geographica de
ordina-rio muito desct1rada nos compendios,
etnbora
seja
ella propria o verdadeiro
objectivo principal, derradeiro, da
disci-pli11a
geograpl1ica.
O at1tor restringe quanto julga ne~
cessario a nomeclatt1ra, os nomes
pro-prios destinados a serem retidos pela
me-moria. Não se pode deixar de l@uvar
francamente a obra por essa orientação,
Não é este o caso do sr. Delgado~
n1as alguns professores e escriptores
im-buídos <la idéa nova deixam-se de tal
sor-te apaixonar, que afinal o estudo da
geo-graphia fica reduzido a simples
parola-gem. Nem tanto ao mar nem tanto
áterra.
Já dissemos que não é esse o caso
vertente. Mas o livro do sr. Delgado de
Carvalho lucraria, se o autor estendesse
um pouco mais, por exemplo, as
informa-ções sobre os rios da America do Sul.
Isto para mencionar um ponto en1 que o
livro é visivelmente deficiente.
A primeira edição de ttm livro
ésempre
a
«ultima
1Jrova». En1 nova
edi-ção, que não ha de demorar, estamos
certos 4ue o
autor
ha de melhorar muito
a sua obra, tornando-a o livro modelar
que é justo esperar da stta provada
cotn-petencia.
---
.
• • • • • 'A·
ESCOL~ PRIMARIA
2630SORIO DU'fUE ESTRA~A
-
Cri-
molidor, qt1e ttão é o papão de que
fa-tica e Polenzica.
Iam. taes
mal
logrados,
mostram-no as
0
.
D
paginas
deste
livro
Crit:ca e Pol
e
,,,i
c
a
.h
I
sor10
uque
Estrada constituit1-se em que Osorio
reuniu
algtimas das
'
.
~!pr~fs~~ tempo, se_gudndo sua propria
ll1ores
de suas cl1ro11icas bibliograplii::·
d
I
t
,
uma espe~i~
~
«
gu~rda civil» publicadas en1 gazetas. Ha ahi ao lad~
,
m~sticearas
T
Faz a
P?l1c1a
l1terar1a e gram- de escorchas im1Jiedosas, pai'avras de
.
·.
?ma a
s.1
o encargo
de
agarrar
,
franco
louvor
a quem o mereceu. A
cri-º~enescios
(n1~ro~1sados
,
os ~aspalhões
'
tica, se
em certos casos desce muito
jus-q
,tºr
ahi
va? tmpando de
f1laucia, os tificada111ente
,
átroça
e ao ridiculo
éde
.
grt,b?s
d revestidos de pen nas de
faisão
,
ordinario elevada e p0lida
'
·
~n;s 1~
0
~.
ao povo
sen~ato,
pelas colu-
.
A obra interessa
a q~antos prezam
.
JOrnaes, as tolices de todo
ge-
acorrecção
da
lingttagem
que
éum dos
.
;:r~
~~ir~eurd~'21
ºJS
obras
pttblicadas l)rimeiros
signaes de educ
1
ação e ct1ltura.
dores
d"ef1ao
f
po~tas
e
prosa- Professores
devem
lei-a
,
e
tirarão
lJro
-.
b~t~s~ is as ou uturistas,
.
\
'
eito das polemicas, que versam
quasi
-
grande
.e cla_rdo dqtte lhe tem advindo
exclusivamente sobre qt1estões de
Jingua
an1mos1 a e entre
a a -
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E
·
gralhos
assin1 de
e
n
çao.
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scoll1eremos
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nnados
,
dos
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um dos
proxi111os num
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ros
l1onrando
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1 'd
E
'
Ihs esniasca- co
umnas da
Escola Pri111a1
·
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t1n1 trecho
.
ra os.
spa
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estes
a fama de ·
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'l'd d
Ia
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aspereza
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de ne u· · d
trasci
-
d' 1
a
O ra, onde haJa
'
ensinamentos uteis a
·
censor
em en
,
.
q teta
o
ivu
gar. E a
home11agem
que presta.
ções t'iteraiías hado
e~1
ceifar as voca- mos
ávaliosa
empreza do autor, de
ex-antes Qt1e nã'o d;san\mant~º os
estré-
p11lsar do
cenacttlo
das letras
os qtte n
ã
o
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e sys en1a
tcamente de-
são
dignos
de
Jl1e transpôr
o ádito.
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