• Nenhum resultado encontrado

Empregabilidade Formal do Jovem na Região Metropolitana de Belo Horizonte: Contrastes entre Herança Familiar e Escolaridade

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Empregabilidade Formal do Jovem na Região Metropolitana de Belo Horizonte: Contrastes entre Herança Familiar e Escolaridade"

Copied!
19
0
0

Texto

(1)

Empregabilidade Formal do Jovem na Região Metropolitana

de Belo Horizonte: Contrastes entre Herança Familiar e

Escolaridade

Maria Carolina TomásJorge Alexandre Neves

Palavras-chave: Mercado de Trabalho; Jovens no Mercado de Trabalho; Empregabilidade Formal.

Resumo

O trabalho discute a situação da população jovem, entre 18 e 29 anos, em contraste com a população entre 30 e 65 anos, no mercado de trabalho. A partir disto, busca-se identificar a influência da escolaridade, do gênero e do status socioeconômico da ocupação do pai na possibilidade de inserção no mercado formal destes dois grupos. Tem-se como referência as discussões entre o grau de determinação do background familiar e da escolaridade na ocupação do indivíduo. Dessa maneira, as hipóteses testadas são: (i) os jovens têm maiores dificuldades de inserção no mercado de trabalho formal; (ii) as variáveis gênero, escolaridade e posição ocupacional dos pais têm um poder explicativo diferenciado entre os dois grupos. Ao final, observou-se que o sexo foi a variável de maior impacto na empregabilidade formal das pessoas, sendo que não se apresenta de forma diferenciada para os jovens e não jovens. Além disso, fica claro a importância inegável da escolaridade para a conquista de uma ocupação no setor formal, uma vez que o status socioeconômico da ocupação do pai não apresentou influências neste caso.

Trabalho apresentado no XIV Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP, realizado em Caxambú-

MG – Brasil, de 20- 24 de Setembro de 2004.

Graduanda do Curso de Ciências Sociais da Universidade Federal de Minas Gerais e Membro do Laboratório

de Pesquisa em Sociologia do Trabalho.

Professor Adjunto do Departamento de Sociologia e Antropologia da Universidade Federal de Minas Gerais e

(2)

Empregabilidade Formal do Jovem na Região Metropolitana

de Belo Horizonte: Contrastes entre Herança Familiar e

Escolaridade

Maria Carolina TomásJorge Alexandre Neves

Introdução

A partir dos anos 80 e mais fortemente em 1990, iniciou-se o processo de desestruturação do mercado de trabalho marcado pelo desassalariamento, queda dos rendimentos, geração de postos de trabalho precários, menores possibilidades de mobilidade social, concentração de renda e elevadas taxas de desemprego (FJP, 2003; DIEESE, 2001; MONTALI, 1998; SINGER, 1998).

Este processo levou, portanto, a uma redução do emprego assalariado protegido, elevando os vínculos vulneráveis de contratação, isto é, o aumento da informalidade, principalmente para os jovens que tradicionalmente já se inserem de forma mais precária no mercado de trabalho (MONTALI,1998). A característica do mercado de trabalho que se intensifica neste processo é a heterogeneidade.

Aliado a estas questões e até mesmo como intensificador de muitas delas, tem-se a problemática do processo da globalização (como conseqüência da Modernidade) que traz efeitos em todas esferas da vida e, como não poderia deixar de ser, na própria esfera produtiva.

A própria noção de tempo e de espaço altera-se (GIDDENS, 1999) o que conseqüentemente modifica a produção, as escolhas e possibilidades das pessoas, a troca e a comunicação entre os trabalhadores. Se por um lado, as transações e negociações comerciais não encontram tantos empecilhos pela distância, por outro, há uma nova configuração da classe trabalhadora.

Para Singer, um problema ainda maior está nas entrelinhas deste processo,

“junto com a abertura do mercado, nossos governos desregulamentaram o comércio externo e o sistema financeiro, extinguiram o controle dos preços e criaram uma âncora cambial para estabilizar os preços que tornou o Brasil dependente de maciças entradas de capital externo” (SINGER,1998:7).

Nossa situação, enquanto nação, seria de uma dependência externa cada vez maior, o que se traduziria não apenas em capital mas até mesmo na regulamentação interna da economia e de futuras políticas públicas.

Neste contexto, o “desemprego deixa então de significar mão-de-obra ociosa, reserva de força de trabalho, para se tornar sinônimo de pobreza e exclusão da economia empresarial moderna” (SINGER,1998:3).

Os desempregados dividem-se em dois segmentos principais: um que procura sistematicamente um emprego e outro que procura de forma irregular e se esconde nos

Trabalho apresentado no XIV Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP, realizado em Caxambú-

MG – Brasil, de 20- 24 de Setembro de 2004.

Graduanda do Curso de Ciências Sociais da Universidade Federal de Minas Gerais e Membro do Laboratório

de Pesquisa em Sociologia do Trabalho..

Professor Adjunto do Departamento de Sociologia e Antropologia da Universidade Federal de Minas Gerais e

(3)

serviços temporários, na produção familiar ou ainda no auto-emprego. Este último chega a alterar a própria noção de emprego, uma vez que estar trabalhando não significa mais, necessariamente, estar ocupando um cargo protegido e assalariado.

Devido às inúmeras transformações no mundo do trabalho OFFE (1989) chegou a questionar o caráter do trabalho como categoria fundamental da sociologia. HIRATA (1993) por sua vez, relativizando Offe, trata o trabalho não só como uma atividade produtiva e industrial (em crise), mas também como outras atividades, por exemplo, serviços e trabalhos domésticos que são fundamentais para o funcionamento da atividade econômica em seu conjunto e para a reprodução da sociedade.

O trabalho pode também ser analisado em suas dimensões culturais e simbólicas e é neste sentido que se configura em um importante processo de socialização e formação da identidade do jovem, uma vez que nesta etapa da vida procura-se uma maior autonomia e independência financeira, além do trabalho constituir-se em uma atividade do mundo adulto, para o qual o jovem caminha.

Neste sentido, é de extrema importância conhecermos a situação deste grupo dentro do processo de reestruturação produtiva, uma vez que diversos estudos e documentos demonstram uma maior precariedade de sua situação no mercado de trabalho e como nos mostra MONTALI (1998) são os jovens e muito jovens que mais estão sendo afetados no acesso a empregos de qualidade.

Na primeira seção deste trabalho serão apresentados os norteadores teóricos da pesquisa;em seguida tem-se a apresentação dos resultados da investigação contrapondo a herança familiar com a escolaridade do indivíduo. Já as considerações finais encontram-se na terceira e última parte do trabalho.

(4)

1. Aspectos Conceituais e Teóricos

1.1. Juventude e Inserção Ocupacional

Juventude é uma categoria sociológica, constituindo “um processo a longo prazo no qual um indivíduo, fisiologicamente maduro passa a realizar as funções físicas da existência do adulto em coletividade, adquire as habilidades necessárias para desempenhá-las numa forma social determinada” (SANCHIS apud FJP, 2001:6), ou seja, é uma fase de transição da infância para a vida adulta, já que se busca independência econômica, colocação estável, desenvolvimento pleno da personalidade, etc.

Devido à dificuldade de se encontrar um emprego, o aumento do tempo de permanência dos jovens na escola e na casa dos pais e o atraso na idade para se casar esse processo tem-se modificado ao longo do tempo.

Neste sentido, a inserção ocupacional é fundamental nessa etapa da vida, já que a conquista por um posto de trabalho estável, possibilita ao jovem uma série de outras atividades que almeja, além de significar a passagem para o mundo adulto e para um novo processo de socialização.

Inserção ocupacional pode ser entendida como a passagem da situação de inatividade para a de atividade, seja ocupando um cargo ou procurando emprego, ou ainda, como a passagem do sistema escolar para a entrada no mercado de trabalho (POCHMAN,1998a).

Geralmente, período da juventude compreende as idades entre 15 a 30 anos. Para estudos de mercado de trabalho, normalmente divide-se em grupos de até 24 anos e de 25 a 29 anos. Mas, devido às inúmeras mudanças que têm afetado os jovens em muitos aspectos, os grupos de 18 a 24 anos e de 25 a 29 anos têm se comportado de forma semelhante. Em estudos mais recentes, como o da Fundação João Pinheiro (2001) essas duas faixas etárias encontram-se agrupadas.

Neste estudo, a idade mínima é de 18 anos, uma vez que a Pesquisa de Região Metropolitana de Belo Horizonte é realizada apenas com pessoas de 18 anos ou mais. Estabelece-se como idade máxima 29 anos, como forma de se estudar o impacto da informalidade também no grupo de 25 a 29 anos.

1.2. Dualismo do Mercado de Trabalho: o Formal versus o Informal

A origem do setor informal remonta ao modelo de desenvolvimento econômico das economias em desenvolvimento, marcada pelo descompasso entre a incapacidade de se gerar novos empregos e a oferta de mão-de-obra, possibilitando a formação de um excedente de mão-de-obra (MACHADO, 1993; CACCIAMALI, 2000; SOUZA,1980).

Grande parte deste excedente não encontra emprego nas empresas organizadas de atividades urbanas, tendo como única alternativa a criação de auto-empregos, como estratégia de sobrevivência ou, ainda, como alternativa à miséria, dando início ao processo de informalidade1. Na visão de SOUZA,

1 Processo de Informalidade é o termo utilizado por CACCIAMALI, por ela compreender que a informalidade

não se constitui apenas em um objeto de estudo, mas refere-se “à uma análise de um processo de mudanças estruturais em andamento na sociedade e na economia que incide na redefinição das relações de produção, das formas de inserção dos trabalhadores na produção, dos processos de trabalho e de instituições” (2000:163).

(5)

“o setor informal é[...] produto do próprio processo de crescimento das atividades modernas: num contexto de rápido crescimento da força de trabalho, escassez de oportunidades no campo e elevado ritmo de incorporação de progresso técnico nas atividades modernas, o excedente de mão-de-obra “cria” este novo setor” ( 1980:130).

Neste sentido, o setor informal configura-se como espaço de ocupação do excedente, guardando, portanto, caráter funcional ao capital, já que tem como função o barateamento da força de trabalho e o atendimento da demanda por bens e serviços em setores pouco atraentes.

“as diferentes situações criadas pela economia informal, se por um lado respondem a demandas legítimas e encaminham possíveis soluções no âmbito da nova ordem econômica e social, por outro constituem focos de tensão e de desigualdades sociais, pois o vácuo de regras legais ou consensuais, num ambiente intensivo em competitividade, causa maior grau de incerteza” (CACCIAMALI, 2000:153)

Diante destas concepções, é possível identificar dois setores no mercado de trabalho: um denominado “setor formal”, onde estão concentradas as atividades produtivas organizadas, marcada pela competitividade, dissociação do trabalho e dos meios de produção e; um outro, o “setor informal”, onde estão aqueles que não encontram emprego no setor formal, exercendo atividades pouco produtivas e com uma maior facilidade de acesso. O primeiro é capaz de alterar a estrutura econômica, isto é, mudar as regras do mercado de trabalho, da lógica produtiva, etc. Além disso, inexiste entre os dois segmentos concorrência de capitais, apenas concorrência de preços (CUNHA apud MACHADO, 1993), demonstrando assim a fragilidade e precariedade do setor informal. O poder de mudar a estrutura econômica é visto, por MACHADO (1993) como o caráter definitivo da diferença entre os dois setores.

A divisão do mercado de trabalho entre setor formal e informal, reflete também as condições de vida e trabalho da população, uma vez que parte dela encontra-se no setor organizado, com melhores salários e benefícios garantidos, além de estarem na legalidade. Uma outra parte está à margem deste sistema, aceitando condições precárias e vulneráveis de trabalho. A OIT conseguiu resumir esta relação em uma frase: o “setor informal é o espaço de sobrevivência dos pobres” (apud MACHADO,1993).

“Há evidências de que nos grandes centros urbanos esta categoria é composta por trabalhadores jovens, mais velhos e mulheres” (CACCIAMALI,2000:167), indivíduos com maiores dificuldades de inserção no mercado de trabalho e que, ao mesmo tempo, podem apresentar peculiaridades facilitando a adesão à maleabilidade do setor informal como, por exemplo, serem aposentados, no caso dos idosos ou necessitarem de uma jornada de trabalho mais flexível, por ainda estarem estudando (jovens) ou por terem muitas atividades domésticas a cumprir (mulheres).

1.3. Educação e Herança Familiar como Determinantes de Conquistas no Mercado de Trabalho

Acreditava-se que para equacionar os problemas entre emprego e desemprego, o aumento da escolaridade, juntamente com uma melhor qualificação do trabalhador seriam as melhores opções. Por qualificação pode-se entender

“[...] no seu sentido mais tradicional está ligado às exigências definidas pelo posto de trabalho nas empresas tayloristas e/ou fordistas, [isto é], [...] compõem um conjunto de saberes escolares, técnicos e sociais, que o tornam capacitado profissionalmente” (NEVES & LEITE, 1998:11).

(6)

Esta perspectiva corrobora com os argumentos da teoria da modernização em que a relevância é dada às variáveis associadas às conquistas individuais, como escolaridade e habilidades individuais, uma vez que se entende a meritocracia como o regime compensatório nas sociedades modernas.

Nestas abordagens, diferentes teorias sobre a escolaridade são apresentadas assim como a teoria do capital humano, em que a educação é vista como geradora de habilidades cognitivas que aumentam a produtividade marginal. Para SCHUTZ, “a educação além de ser para o trabalhador um bem de consumo é também um investimento produtivo, tanto em nível individual, quanto em nível social” (apud FERNANDES et. tal, 1999:1035).

De outra maneira, Boules e Gintis formulam o princípio da correspondência, uma vez que consideram a escola como legitimadora do status quo, isto é, preparam as pessoas para ocupar cargos correspondentes aos de seus pais, não possibilitando uma ascensão social daqueles provenientes de baixos estratos da sociedade. Reforçando esta corrente Bourdieu e Collins entendem que a escola oferece ao aluno capital cultural e não cognitivo.

Em outra perspectiva, tem-se a teoria do credencialismo que compreende que “a educação acrescenta pouco na produtividade marginal do trabalhador”, para BERG, “o que houve foi um crescimento na exigência de um número maior de anos de educação para todas as ocupações, devido a um aumento na expansão da educação, mas, na verdade, esse aumento na exigência de maior qualificação formal não reflete as transformações reais na estrutura de cargos e funções das empresas” (FERNANDES, et tal, 1999:1037).

Thurow reforça as concepções de Berg, visto que para ele a escolaridade serve como uma forma de selecionar os empregados, além de diminuir os custos com treinamentos futuros, entretanto, ela não é uma forma de medir nem produtividade nem mesmo qualificação, já que esta é adquirida no local de trabalho.

Em outras interpretações, atribui-se à própria estrutura do mercado, como por exemplo, a inovação tecnológica, a reestruturação do quadro funcional e a não criação de novos postos de trabalhos a causa do desemprego.

A tentativa de se conjugar atributos pessoais e estrutura econômica do mercado de trabalho é vista no trabalho de POCHMAN. Para ele, “o potencial de inserção do jovem no mercado de trabalho tende a ser proporcional à qualificação profissional adquirida anteriormente no sistema educacional e ao tipo de postos de trabalho gerado pela economia” (1998a:25).

A dificuldade de se conquistar uma ocupação ou de se obter melhorias no posto ocupado apresentam diversas causas e há muito deixou de ser um problema apenas econômico e passou a ser visto também como uma questão social e cultural. Neste sentido, outros autores levantaram diferentes determinantes da ocupação do indivíduo, como a cor, o gênero e a própria posição de classe.

PASTORE e SILVA (apud TOMÁS, 2000) entendem que os não-brancos estão expostos a chances menores de ascensão social: as dificuldades para ascender aumentam junto com o nível do estrato de origem. Um dado que comprova esta hipótese é o fato de que “55,8% dos brancos encontram-se em estratos sociais mais elevados que os de seus pais, ao passo que isso ocorre com somente 49,4% dos pardos e 47,8% dos pretos”.

A problemática do gênero fica evidenciada nas próprias condições do mercado. A taxa de participação masculina, entre os jovens de 16 a 24 anos é superior à feminina em todas as regiões metropolitanas2 pesquisadas pela PED (Pesquisa de Emprego e Desemprego). Em 1999, a taxa era 73,9% para os homens e 61,0% para as mulheres. Apesar disso, o grupo feminino apresenta maiores taxas de desemprego e há uma maior precarização

(7)

de seu trabalho. Estas características não são exclusivas dos jovens, mas estão presentes em todo o conjunto de mulheres da PEA (População Economicamente Ativa) que, além disso, têm rendimentos inferiores aos masculinos - elas recebem “em média, cerca de 65% dos que recebem os homens, quando considerados os rendimentos de todos os ocupados3” (DIEESE apud TOMÁS, 2001). Belo Horizonte apresenta a menor taxa de diferença de rendimentos: 61,6%. Mesmo quando analisada a mesma função a diferença permanece.

Outra questão é a influência do background familiar, isto é, a influência da formação e atuação profissional dos pais na determinação tanto dos rendimentos, quanto do status da ocupação conquistada pelo indivíduo. Neste sentido, a dificuldade de acesso a postos de trabalhos e a conquista de uma mobilidade ascendente no mercado de trabalho decorrerem da própria herança familiar

Levando-se em consideração os apontamentos sobre determinantes da ocupação, pretendeu-se neste estudo ultrapassar a análise unilateral e conjugar variáveis estruturais com individuais a fim de analisar as reais influências na empregabilidade formal do jovem e não jovens.

1.4. Hipóteses

Tendo como base o debate teórico sobre juventude e determinantes da inserção no mercado de trabalho, as hipóteses a serem testadas são: (i) os jovens têm maiores dificuldades de inserção no mercado de trabalho formal; (ii) as variáveis gênero, escolaridade e posição ocupacional dos pais têm um poder explicativo diferenciado entre os dois grupos.

(8)

1.5. Notas Metodológicas

Este é um estudo explicativo causal que busca compreender os determinantes da empregabilidade formal do jovem no mercado de trabalho. Adotam-se como principais variáveis explicativas a escolaridade do indivíduo, representando as teorias individualistas e meritocráticas e o status socioeconômico da ocupação do pai4, como medida de herança familiar, como forma de inserir um componente estrutural na análise.

As características principais, e utilizadas neste trabalho, para diferenciar setor formal e informal são: a dissociação ou não do trabalhador de seus meios de produção e se o trabalhador está ou não contemplado pela proteção e seguridade social. Neste sentido, os trabalhadores autônomos e por conta própria estão inseridos no setor informal, de acordo com a primeira característica e os empregados sem carteira de trabalho assinada inseridos pelo segundo aspecto. Está sendo considerado mercado de trabalho formal: os empregados com carteira assinada, os funcionários públicos e os empregadores.

Os dados utilizados são provenientes da Pesquisa da Região Metropolitana de Belo Horizonte. No total foram 1.029 questionários aplicados, no ano de 2002. Para a análise do modelo de regressão foi considerada uma amostra de 724 indivíduos, visto que nem todos os entrevistados faziam parte da PEA ou tinha idade superior a 65 anos, além de terem sido eliminados os casos missing.

A base de dados foi construída usando o software SPSS 10.0 (Statistics Package for Social Sciences). Para apresentação dos resultados, foram geradas tabelas pelo próprio programa, sendo formatadas pelo Excel 2000.

Adotou-se como modelo principal de análise, a Regressão Logística, que tem como equação geral:

Além disso, testes qui-quadrado, correlação parcial e testes t para duas médias foram também utilizados.

4 O status socioeconômico utilizado é uma escala de 0 a 100, concebida por Nelson do Vale Silva, que procura

caracterizar a situação socioeconômica dos indivíduos que ocupam cada uma das diferentes posições na divisão técnica do trabalho, tendo como referentes empíricos: o nível educacional e o nível de rendimento dos indivíduos dentro de cada título ocupacional. Desta forma, não se trata de uma escala de prestígio.

(9)

1.5.1. Definição Operacional das Variáveis Chaves

9 Jovem: indivíduos com idade de 18 a 29 anos.

9 Empregado do Mercado Formal: o indivíduo em sua ocupação principal é empregado com carteira assinada ou funcionário público ou empregador.

9 Herança Familiar: status socioeconômico da ocupação do pai quando o indivíduo tinha 15 anos.

9 Escolaridade: anos de estudo completos

9 Sexo: variável dummy, definida como feminino ou masculino.

9 Empregabilidade Formal: variável dependente, possibilidade de estar ocupado no mercado de trabalho formal

2. A Inserção do Jovem no Mercado de Trabalho e suas Influências

2.1. Considerações Gerais

Após o término da Segunda Guerra Mundial, o mundo vivia um período de quase pleno emprego, a inserção do jovem era simples e rápida, com elevados índices de mobilidade social. Hoje, a situação do mercado apresenta um “ciclo vicioso que combina a baixa expansão das economias com elevada instabilidade e precariedade nas formas de inserção do jovem no mundo do trabalho” (POCHMAN, 1998a:33)

“Tradicionalmente, o ingresso do jovem no mundo do trabalho é alternado entre a procura de trabalho e passagem por diferentes ocupações, sendo, na maioria das vezes, mais instável e com condições de trabalho mais precárias que as do adulto”. (POCHMAN, 1998a:22).

Atualmente, cerca de 60% dos jovens entre 16 e 24 anos5 faz parte da PEA, tanto na condição de ocupados como na de desempregados. A taxa de participação dos jovens no mercado de trabalho é equivalente a do conjunto da população de mais de 16 anos, mas tal não se verifica com relação às taxas de desemprego, já que estas são superiores. Nestas condições, muitas vezes há uma precarização do trabalho juvenil, que leva a uma menor renda e maior quantidade de horas trabalhadas (DIEESE apud TOMÁS, 2003).

De acordo com os dados da Pesquisa da Região Metropolitana de Belo Horizonte, a maior parte dos jovens ocupados, isto é, 48,6%, encontram-se na situação de empregados, seguidos de 16,6% de autônomos, 13,1% de donas-de-casa, 4,1% de ajudantes/estagiários ou bolsistas, os estudantes configuram 17,7% deste grupo (tabela 1).

5 Dados da PED, 1999.

(10)

Tabela 1

Situação na Ocupação Principal por Grupo Etário Idade Situação 18 a 29 anos 30 a 65 anos Empregado 48,6% 39,3% Empregador 1,6% 6,6% Autônomo 16,6% 24,6% Ajudante/Estagiário/Bolsista 4,1% 1,3% Estudante 17,7% 1,9% Dona-de-casa 13,1% 24,0% Aposentado/Pensionista 2,5% 15,7% Outra 0,0% 0,3%

Fonte: Pesquisa da Região Metropolitana de Belo Horizonte, 2002

As grandes diferenças com o grupo não jovem é o maior número de empregadores, aposentados e pensionistas e a diminuição significativa de empregados.

A relação entre idade e condição de empregado (tabela 2) mostrou-se significativa, o que indica que uma proporção maior de jovens tende a ocupar cargos na situação de empregado, o que pode ser compreendido pelo fato de ainda não terem acumulado um montante de capital suficiente para abertura de negócio próprio e por estarem em início de carreira. O último raciocínio pode ser também utilizado para justificar sua pouca presença em cargos de direção nas empresas (tabela 3), argumento este que vai ao encontro da teoria do capital humano, em que a qualificação e experiência são importantes para conquista de melhores cargos.

Tabela 2

Relação entre Ocupação de Empregado e Idade

Idade Total Empregado 18 a 29 anos 30 a 65 anos Count 167 233 400 Sim % coluna 48,70% 39,30% 42,70% Count 176 360 536 Não % coluna 51,30% 60,70% 57,30% Count 343 593 936 Total % coluna 100,00% 100,00% 100,00%

Qui-quadrado: 7,840, com significância 0,005

(11)

Tabela 3

Relação entre Função na ocupação principal e Idade

Idade Função na Ocupação Principal

18 a 29 anos 30 a 65 anos Total

Count 16 61 77

Diretor/ administrador/gerente

%coluna 7,50% 16,90% 13,40%

Count 24 35 59

Chefe de seção/ supervisor(a)

%coluna 11,30% 9,70% 10,30%

Count 173 266 439

Você não exerce nenhuma função de chefia ou

supervisão %coluna 81,20% 73,50% 76,30% Count 213 362 575 Total %coluna 100,00% 100,00% 100,00 % Qui-quadrado: 10.120, com significância 0,006

Fonte: Pesquisa da Região Metropolitana de Belo Horizonte, 2002.

O desemprego entre os jovens é elevado, 17,3% deles estão nesta condição, isto significa 5,3% a mais do restante dos entrevistados, uma vez que entre os não jovens o percentual de desempregados é de 9,4%. O teste qui-quadrado mostrou-se significativo (tabela 4), o que indica associação entre ser ou não jovem e estar na condição de desempregado. “O desemprego juvenil remete ao problema mais amplo de desestruturação do mercado de trabalho, que teve início nos anos 80 e que está se aprofundando nos anos 90” (POCHMAN,1998a).

Tabela 4

Relação entre Situação de Desempregado e Idade Idade

Desempregado

18 a 29 anos 30 a 65 anos Total

Count 59 56 115 Sim %coluna 17,30% 9,40% 12,30% Count 283 537 820 Não %coluna 82,70% 90,60% 87,70% Count 342 593 935 Total %coluna 100,00% 100,00% 100,00%

Qui-quadrado: 12,259, com significância inferior a 0,001

Fonte: Pesquisa da Região Metropolitana de Belo Horizonte, 2002.

Quando se analisa quem procurou emprego nos 30 dias anteriores à pesquisa o percentual de pessoas que respondem ter procurado emprego é superior ao percentual de desempregados nos dois grupos etários, entre os jovens foi de 11% a mais e entre os não jovens de 6,9% a mais daqueles que se declararam desempregados. Estes dados podem indicar desemprego oculto por desalento e principalmente por trabalho precário, já que 12,3% dos jovens e 11% dos não jovens realizaram algum tipo de trabalho em sua residência nos 30 dias anteriores à pesquisa (tabelas 5 e 6).

(12)

Tabela 5

Relação entre quem procurou trabalho nos últimos 30 dias e Idade Idade

Procurou Emprego nos

últimos 30 dias 18 a 29 anos 30 a 65 anos Total

Count 97 96 193 Sim %coluna 28,30% 16,30% 20,70% Count 246 493 739 Não %coluna 71,70% 83,70% 79,30% Count 343 589 932 Total %coluna 100,00% 100,00% 100,00%

Qui-quadrado: 18.950, com significância inferior a 0.001

Fonte: Pesquisa da Região Metropolitana de Belo Horizonte, 2002.

Tabela 6

Relação entre quem fez trabalho remunerado na residência nos últimos 30 dias e Idade

Idade Realizou algum tipo de trabalho

remunerado na residência nos

últimos 30 dias 18 a 29 anos 30 a 65 anos

Total Count 41 65 106 Sim %coluna 12,30% 11,10% 11,50% Count 293 520 813 Não %coluna 87,70% 88,90% 88,50% Count 334 585 919 Total %coluna 100,00% 100,00% 100,00%

Qui-quadrado: 0,282, com significância 0,595

Fonte: Pesquisa da Região Metropolitana de Belo Horizonte, 2002.

A estratégia para se procurar emprego mais utilizada, tanto do grupo de 18 a 29 anos (16,8%), quanto do de 30 a 65 anos (11%),é consultar parentes, amigos ou colegas. E a menos utilizada é medida para iniciar o próprio negócio, entre o primeiro grupo configura 2,8% e entre o segundo 2,3%.

Sobre a jornada de trabalho, os jovens trabalham em média cerca de 41,39 horas semanais e os não jovens 40,31 horas, apesar da média de horas do primeiro grupo ser ligeiramente superior, não foram significativos os testes realizados entre idade e horas trabalhadas, nem mesmo quando se analisa aqueles que trabalham acima das 44 horas permitidas por lei.

Tabela 7

Relação entre Jornada de Trabalho e Idade

Idade Jornada de Trabalho

18 a 29 anos 30 a 65 anos Total

Count 109 215 324

Até 44 horas % coluna 31,80% 36,30% 34,70%

Count 234 377 611

Acima de 44 horas % coluna 68,20% 63,70% 65,30%

Count 343 592 935

Total % coluna 100,00% 100,00% 100,00%

Qui-quadrado: 1,976, com significância 0,160

Fonte: Pesquisa da Região Metropolitana de Belo Horizonte, 2002.

Entretanto, o mesmo não é verdadeiro quando o assunto é rendimento, o grupo de 18 a 29 anos apresentou um rendimento médio de R$360,00 e o grupo de 30 a 65 anos recebem

(13)

em média R$834,10, o que significa dizer, que os jovens recebem em média 43,16% do que recebem os não jovens. A Correlação Parcial entre idade e renda controlada por idade centralizada ao quadrado6 foi moderada alta: 0,0735, com significância igual a 0,020.

2.2. Empregabilidade Formal

Para análise da empregabilidade formal adotou-se como modelo a regressão logística, já que a variável dependente era dummy. A equação proposta é a seguinte:

onde, 1 = Anos de Escolaridade 2 = Sexo

3 = Status Ocupacional do Pai 4 = Jovem ou Não Jovem

Os resultados encontrados para uma amostra de 724 pessoas foram:

Variables in the Equation

B Sig. Exp(B)7 %

Anos de Escolaridade 0,105 0 1,111 11,10%

Sexo (Homem = 1) 0,885 0 2,424 142,40%

Status Socioeconômico do Pai 0,007 0,241 1,007 0,70%

Jovem/Não Jovem -0,321 0,059 0,725 -27,50%

Constante -1,764 0 0,171

Variable(s) entered on step 1: Anos de Escolaridade, Sexo, Status Socioeconômico do Pai e Jovem/Não Jovem.

Fonte: Pesquisa da Região Metropolitana de Belo Horizonte, 2002.

A variável independente com um resultado extraordinário é o sexo, já que os homens têm 142,4% de chances a mais que as mulheres de estar no mercado formal, o que pode ser explicado pela discriminação no mercado de trabalho ou pela própria escolha das mulheres por atividades que melhor se adaptem ao seu ciclo de vida produtivo, como por exemplo, atividades por conta própria ou autônomas, muitas delas que podem ser realizadas na própria casa.

O status socioeconômico da ocupação do pai não tem um efeito significativo sobre a empregabilidade formal do indivíduo. Por outro lado, cada ano de escolaridade a mais eleva em 11,10% a probabilidade de se estar empregado no mercado formal. O que indica a importância da escolaridade para a conquista de melhores postos de trabalho, seja pela

6 Foi realizada uma Correlação Parcial Controlada por Idade Centralizada ao Quadrado pelo fato da relação

entre Idade e Salário ser uma parábola, isto é, o salário sobe até uma determinada idade e depois torna a cair (idade centralizada significa idade menos a média).

7 Os valores correspondem a razão de chance Model Summary 889,990 ,090 ,123 Step 1 -2 Log likelihood

Cox & Snell R Square

Nagelkerke R Square

(14)

exigência do empregador, ou por ela realmente desenvolver habilidades cognitivas importantes para o desenvolvimento de atividades produtivas.

Sobre o jovem pode-se afirmar (com uma significância inferior a 0,10) que eles têm 27,5% a menos de chances de estarem no mercado de trabalho formal, o que confirma a hipótese 1 e corrobora com os resultados de outras pesquisas e com os argumentos sobre a dificuldade de inserção deste grupo etário no mercado de trabalho.

Para se analisar a hipótese 2,ou seja, se o efeito é diferente entre os dois grupos, foram feitos termos interativos e a equação final foi a seguinte8:

Variables in the Equation

B Sig. Exp(B) %

Anos de Escolaridade 0,141 0 1,151 15,10%

Sexo (Homem=1) 0,744 0 2,104 110,40%

Status Socioeconômico do Pai 0,002 0,764 1,002 0,20%

Jovem/Não Jovem 0,557 0,257 1,746 74,60%

Jovem * Status Socioeconômico do Pai 0,01 0,388 1,01 1,00%

Jovem * Sexo 0,408 0,234 1,503 50,30%

Jovem*Anos de Escolaridade -0,124 0,007 0,883 -11,70%

Constante -1,981 0 0,138

Variable(s) entered on step 5: Anos de Escolaridade, Sexo, Status Socioeconômico do Pai, Jovem/Não Jovem, Termos Interativos (Jovem * Status Socioeconômico.Pai); (Jovem * Sexo) e (Jovem*Anos de Escolaridade)

Fonte: Pesquisa da Região Metropolitana de Belo Horizonte, 2002.

A Escolaridade é a única variável que atinge os jovens e não jovens de forma distinta, entre os Jovens cada ano de escolaridade a mais influencia menos 11,7% do que cada ano de escolaridade a mais entre os não jovens. Provavelmente, essa diferenciação deve-se pela pouca variabilidade da escolaridade entre o grupo jovem, o que leva a um menor impacto desta variável. Desta maneira, é possível aceitar parcialmente, bem como, rejeitar também parcialmente a hipótese 2.

8 Os modelos com apenas um dos termos interativos encontram-se no anexo 1. Model Summary 881,184 ,101 ,138 Step 1 -2 Log likelihood

Cox & Snell R Square

Nagelkerke R Square

Ln [p(y=1)/1-p(y=1)]= β0 + β1X1 +β2X2 + β3X3 + β4X4 +β5(X3* X4) + β6(X2* X4) + β7(X1* X4) +ε

(15)

3. Considerações Finais

O sexo foi a variável que mais se destacou na determinação da empregabilidade formal das pessoas, sendo que não se apresenta de forma diferenciada para os jovens e não jovens. Além disso, fica claro a importância inegável da escolaridade para a conquista de uma ocupação no setor formal, uma vez que o status socioeconômico da ocupação do pai não apresentou significância neste caso, contribuindo mais uma vez para as teorias do capital humano, bem como em perspectiva diferente para a concepção teórica do credencialismo. A diferença explicativa destas duas correntes torna-se uma importante proposta para estudos futuros. Bem como, a possibilidade de comparação

com dados da PNAD e os resultados em diferentes regiões do país. Além disso, seria interessante perceber a influência da estrutura etária ao longo do tempo.

(16)

4. Referências Bibliográficas

CACCIAMALI, M.C. “Globalização e Processo de Informalidade”. Economia e Sociedade. Campinas, jun/2000.

CARDOSO, R. C. L.& SAMPAIO, H. M. (orgs.) Bibliografia sobre a Juventude. São Paulo: EDUSP, 1995. 256 p.

CATTANI, A. D. “Teoria do Capital Humano”. In:_________(org.). Trabalho e

Tecnologia: dicionário crítico.Rio de Janeiro:Vozes,1997.

DIEESE. A Situação do Trabalho no Brasil. São Paulo: DIEESE, 2001. ________. O Mercado de Trabalho no Brasil. São Paulo: DIEESE, 2001b.

FERNANDES, D. C.; NEVES, J. A.; HALLER, A. Credencialismo, Correspondência ou Capital Humano? "Como a Escolaridade afeta a determinação de cargos e salários de trabalhadores da indústria de transformação no Brasil”. Estudos Avançados em

Administração. n.1, vol.7, p.1033-1048, jun/1999.

FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO. Boletim Pesquisa de Emprego e Desemprego na Região

Metropolitana de Belo Horizonte - PED/RMBH. Ano 9, nº 06, junho 2003.

___________________________. Informativo CEI - Retrato da População

Economicamente Ativa de Minas Gerais 2000. Nº 1, outubro de 2002.

___________________________. A Inserção dos Jovens no Mercado de Trabalho. SOUZA, N. R.M. de. Belo Horizonte: FJP, Centro de Estatísticas e Informações, 2001.

GIDDENS, A. As Conseqüências da Modernidade. São Paulo: Editora UNESP, 1991. HIRANO, S. Castas, Estamentos e Classes Sociais: Introdução ao pensamento sociológico de Marx e Weber. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2002.

HIRATA, H. (Org.) Sobre o Modelo Japonês: automatização, novas formas de

organização e de relações de trabalho. São Paulo: Edusp, 1993. 312 p.

MACHADO, A. F. Trabalhador por Conta Própria: Heterogeneidade e Desigualdade de

Renda em Regiões Metropolitanas. Belo Horizonte: CEDEPLAR/UFMG. Dissertação de

(17)

MARTINS, H. H. T. de S. “O jovem no mercado de trabalho”. Revista Brasileira de

Educação. nº6, 1997.

MONTALI, L. “Trabalho e Família sob a Reestruturação Produtiva”. Anais XI Encontro

Nacional de Estudos Populacionais. ABEP, 1998, p. 2656-2606.

NEVES, Márcia de P & LEITE, Magda A (orgs.). Trabalho, Qualificação e Formação

Profissional.. São Paulo; Rio de Janeiro: Associação Latino-Americano de Sociologia do

Trabalho, 1998.

OFFE, C. “Trabalho: a categoria-chave da sociologia?” Anpocs: Revista Brasileira de

Ciências Sociais, 10 (4), 1989.

PASTORE, J.; VALE SILVA, N. do. Mobilidade Social no Brasil. São Paulo: Makron Books, 2000.

POCHMAN, M. Inserção Ocupacional e o Emprego dos Jovens. São Paulo: ABET, 1998a. _________________. Emprego e Desemprego dos Jovens no Brasil dos Anos 90. Anais XI

Encontro Nacional de Estudos Populacionais. ABEP, 1998b,

SINGER, P. Economia Política do Trabalho: Elementos para uma análise histórico-estrutural do emprego e da força de trabalho no desenvolvimento capitalista. São Paulo: HUCITEC, 1977.

____________. Globalização e Desemprego: Diagnóstico e Alternativas. São Paulo: Contexto, 1998.

SOUZA, P. R. Emprego, Salário e Riqueza. São Paulo: HUCITEC, 1980.

TOMÁS, M. C. “Ensino médio técnico e jovens no mercado de trabalho: a tensão entre posição de classe e aspirações e conquistas no mercado de trabalho”. Trabalho Apresentado no XI Encontro da Sociedade Brasileira de Sociologia, Campinas: Unicamp, 2003.

(18)

A

NEXO

1

Equação

Onde, 1 = Anos de Escolaridade 2 = Sexo

3 = Status Socioeconômico do Pai 4 = Jovem ou Não Jovem

N=724

Variables in the Equation

B Sig. Exp(B) %

Anos de Escolaridade 0,105 0 1,111 11,10%

Sexo (Homem = 1) 0,885 0 2,424 142,40%

Status Socioeconômico do Pai 0,007 0,325 1,007 0,70%

Jovem/Não Jovem -0,32 0,064 0,726 -27,40%

Jovem*Status Socioeconômico do Pai 0 0,968 1 0,00%

Constante -1,763 0 0,172

Variable(s) entered on step 2: Anos de Escolaridade, Sexo, Status Socioeconômico do Pai, Jovem/Não Jovem e Termo Interativo (Jovem* Status Socioeconômico do Pai) Fonte: Pesquisa da Região Metropolitana de Belo Horizonte, 2002.

Model Summary 889,988 ,090 ,123 Step 1 -2 Log likelihood

Cox & Snell R Square

Nagelkerke R Square

(19)

Equação

Onde, 1 = Anos de Escolaridade 2 = Sexo

3 = Status Socioeconômico do Pai 4 = Jovem ou Não Jovem

N=724

Variables in the Equation

B Sig. Exp(B) %

Anos de Escolaridade 0,105 0 1,111 11,10%

Sexo (Homem = 1) 0,725 0 2,064 106,40%

Jovem/Não Jovem -0,582 0,026 0,559 -44,10%

Status Socioeconômico do Pai 0,007 0,242 1,007 0,70%

Jovem * Sexo 0,456 0,182 1,578 57,80%

Constante -1,676 0 0,187

Variable(s) entered on step 3: Anos de Escolaridade, Sexo, Jovem/Não Jovem, Staus Socioeconômico do Pai, Termo Interativo (Sexo*Jovem/Não Jovem)

Fonte: Pesquisa da Região Metropolitana de Belo Horizonte, 2002.

Equação

Onde, 1 = Anos de Escolaridade 2 = Sexo

3 = Status Socioeconômico do Pai 4 = Jovem ou Não Jovem

N=724

Variables in the Equation

B Sig. Exp(B) %

Anos de Escolaridade 0,137 0 1,146 14,60%

Sexo (Homem = 1) 0,892 0 2,44 144,00%

Jovem/Não Jovem 0,722 0,09 2,059 105,90%

Status Socioeconômico do Pai 0,006 0,298 1,006 0,60%

Jovem*Anos de Escolaridade -0,114 0,009 0,892 -10,80%

Constante -2,028 0 0,132

Variable(s) entered on step 4: Anos de Escolaridade, Sexo, Jovem/Não Jovem, Staus Socioeconômico do Pai e Termo Interativo (Anos de Escolaridade*Jovem/Não Jovem) Fonte: Pesquisa da Região Metropolitana de Belo Horizonte, 2002.

Model Summary 888,194 ,093 ,126 Step 1 -2 Log likelihood

Cox & Snell R Square Nagelkerke R Square Model Summary 883,300 ,099 ,134 Step 1 -2 Log likelihood

Cox & Snell R Square

Nagelkerke R Square

Ln [p(y=1)/1-p(y=1)]= β0 + β1X1 +β2X2 + β3X3 + β4X4 + β5(X1* X4) +ε Ln [p(y=1)/1-p(y=1)]= β0 + β1X1 +β2X2 + β3X3 + β4X4 + β5(X2* X4) +ε

Referências

Documentos relacionados

Para analisar as Componentes de Gestão foram utilizadas questões referentes à forma como o visitante considera as condições da ilha no momento da realização do

Unlike Mary (and Ruth), Esther's split with her family is voluntary, a fact that deeply hurt her sister Mary Barton, mother of the protagonist, whose death John Barton thinks

O relatório encontra-se dividido em 4 secções: a introdução, onde são explicitados os objetivos gerais; o corpo de trabalho, que consiste numa descrição sumária das

Foi membro da Comissão Instaladora do Instituto Universitário de Évora e viria a exercer muitos outros cargos de relevo na Universidade de Évora, nomeadamente, o de Pró-reitor (1976-

de professores, contudo, os resultados encontrados dão conta de que este aspecto constitui-se em preocupação para gestores de escola e da sede da SEduc/AM, em

Falta número de profissionais, isso atrapalha muito o nosso trabalho, então fica quase tudo a desejar, assistência ao paciente fica prejudicado porque teria que

O setor de energia é muito explorado por Rifkin, que desenvolveu o tema numa obra específica de 2004, denominada The Hydrogen Economy (RIFKIN, 2004). Em nenhuma outra área

Our contributions are: a set of guidelines that provide meaning to the different modelling elements of SysML used during the design of systems; the individual formal semantics for