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O RETORNO DA FÊNIX OU A APORIA DO CAPITALISMO? A CRISE FINANCEIRA GLOBAL EM ANÁLISE!

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Academic year: 2020

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O retorno da Fênix ou a aporia do capitalismo?

A crise financeira global em análise!

Antonio Carlos da SilvaResumo

O presente artigo aborda de forma crítica as perspectivas atuais em reformar as instituições para resgatar o sistema capitalista. Neste contexto, questionamos se aduzir por meio de um resgate ao ideário keynesiano o papel do Estado como indutor da atividade econômica poderá promover o verdadeiro desenvolvimento.

Deste modo, à luz das proposições marxianas sobre a teoria do valor, ressaltamos o perigo inerente em perseverar em instruções de Política Econômica de curto prazo para ocultar a raiz do problema e, não obstante, promover à luz do processo de globalização (como imperativo histórico), novas formas de valorização do capital sem atentar que o capital somente é valorizado, de forma substantiva, pelo trabalho social. Portanto, não podemos olvidar que vivenciamos uma estratégia espúria de creditar valor ao capital sem criar uma valorização real do próprio capital. Essa valorização irrestrita e sem regulamentação promove uma crise financeira sem precedentes na ordem liberal do capitalismo democrático, o que só poderia resultar nesta fusão de conflitos sociais e barbárie financeira.

Palavras-chave

Crise financeira – Desenvolvimento – Economia Política – Capitalismo – Globalização.

Abstract

The present article approaches of critical form the current perspectives in remodeling the institutions to rescue the capitalist system. In this context, our question is, the rescue of Keynesian theory could be an inductive of the economic activity and will be able to promote the true development.

In this way, on the basis of the Marxism proposals on the theory of the value, we stand out the inherent danger in persevere in instructions of Economic policy of short term to occult the root of the problem and, therefore, to promote, under the globalization process, new forms of valuation of the capital without attempting that the capital is only valued, of substantive form, for the social work.

This unrestricted valuation and without regulation promotes a financial crisis without precedents in the liberal order of the democratic capitalism, what it could only result in this fusing of social conflicts and financial barbarity.

Key-Words

Financial Crisis – Development – Economy Politics – Capitalism - Globalization

Doutor em Ciências Econômicas (Universidad de León), professor-visitante de Economía Brasileña do convênio CEB/USAL e CNPq. Investigador na Universidade Católica do Salvador e professor dos cursos de Administração e Direito, disciplinas Economia Internacional, Economia Contemporânea e Ciências Políticas. E-mail: carlos.zamora@uol.com.br

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“Na falta de uma mudança fundamental na sua governança, a maneira mais importante de garantir que as instituições econômicas internacionais respondam melhor ante aos problemas da pobreza, meio ambiente, inquietudes políticas e sociais decorrentes de crises financeiras globais etc. é aumentar a abertura e transparência em suas estratégias e processos de decisão”.

Joseph E. Stiglitz (O mal estar da globalização, 2002). “As idéias dos economistas e dos filósofos políticos, sejam elas certas ou erradas, são mais poderosas do que normalmente se pensa. Na verdade, o mundo, é governado por muito pouco mais do que isso. Os homens práticos, que se acreditam isentos de qualquer influência intelectual, são em geral, escravos de algum economista já morto. Os loucos, investidos de autoridade, que ouvem vozes no ar, estão destilando sua exaltação de algum escrivinhador acadêmico de há uns poucos anos (...) Mais ou cedo ou mais tarde, são as idéias, não os interesses, que são perigosos, seja para o bem ou para o mal”.

John Maynard Keynes (Teoria Geral, 1936).

“Os homens fazem a sua própria História, mas não fazem como querem (...) A tradição de todas as gerações mortas oprime como um pesadelo os cérebros dos vivos. É justamente quando parecem empenhados em revolucionar-se a si e às coisas, em criar algo que jamais existiu, precisamente nestes períodos de crise revolucionária, os homens conjuram ansiosamente em seu auxílio os espíritos do passado, tomando-lhes emprestado os nomes, os gritos de guerra, as roupagens, a fim de apresentar a nova cena de história do mundo nesse disfarce tradicional e nessa linguagem emprestada”.

Karl Marx (O 18 brumário de Luís Bonaparte, 1852).

As três epígrafes foram escolhidas para enunciar o tema principal a ser abordado neste artigo: a reforma das instituições internacionais – em especial do Fundo Monetário Internacional (FMI) – como uma imprescindível forma de salvar o sistema capitalista de uma derrocada iminente à luz dos fatos e interesses ideológicos presentes na histórica e determinante disputa pelo Poder.

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O objetivo entendido é promover um debate crítico sobre se tais reformas podem garantir a retomado do processo de Desenvolvimento, frente ao imperativo histórico da globalização financeira e suas idiossincrasias, ou apenas consolidar, como a própria ação sugere, uma reforma dessas instituições para manter a ordem econômica e política vigente.

Neste contexto, a crise de eficiência do Estado Nacional em realizar Justiça Social com Liberdade é referência básica para nossa incursão crítica.

Destarte, o renascimento das instituições internacionais como suporte para promover, literalmente, o “salvamento do capitalismo” representa uma das premissas básicas deste momento histórico de crise mundial em que as ideologias já não apresentam diferenças contundentes em suas perspectivas sobre o cenário econômico-político que queremos, de fato, transformar ou manter. Essa é a questão-chave.

Em recente artigo publicado por Dani Rodrik1 - Escola de Governo da John F. Kennedy, Universidade de Harvard – o professor de Economia Internacional retoma a perspectiva de uma composição de forças institucionais, entendida como articulação prioritária do Fundo Monetário Internacional (FMI), para conter ou pelo menos minimizar os efeitos da crise financeira global.

O economista alega que caberia ao FMI a atribuição-chave de fornecer linhas de crédito para conter a derrocada econômica dos países emergentes em decorrência da implosão dos ativos financeiros sem garantia de crédito (a chamada bolha especulativa dos “subprimes”, que tem os EUA como epicentro da crise). Por conseguinte, apregoa uma participação essencial da China na indução desses créditos destinados às reservas dos bancos centrais dos demais países periféricos – utilizando como base, as demonstrações financeiras do gigante asiático que detém em seus cofres aproximadamente US$ 2 bilhões.

“A combinação de uma profunda recessão nos países da Tríade (Estados Unidos, União Européia e Japão, grifo do autor) com uma

1

RODRIK, Dani. “Urgent need for IMF action” (Dani Rodrik’s WebLog). Available in. http://rodrik.typepad.com/dani_rodriks_weblog/2008/10/urgent-need-for-imf-action.html. Acess in october 26, 2008.

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incontrolável depreciação cambial nos mercados emergentes - acentuada por pressões internas para manter as atuais barreiras comerciais nos Estados Unidos e na Europa – são reflexos de um momento histórico incerto e perigoso” (RODRIK, 26/10/08).

O interessante nesta proposição é que, após o recrudescimento do papel do Estado nas decisões para sanar os efeitos avassaladores da crise, leia-se inflação dos ativos financeiros para atender aos interesses irracionais de valorização não substantiva do capital, principalmente na garantia do crédito bancário, mas não na interferência das decisões das instituições financeiras2, desperta a seguinte curiosidade intelectual: estabelecer o FMI como a instituição-chave para suprimir a atual instabilidade financeira através de programas de apoio monetário é acreditar na retomada do objetivo original para qual o fundo foi criado em 1944 à luz de seu mentor e defensor das reformas estruturais para realizar o verdadeiro Desenvolvimento global, John Maynard Keynes (1883-1946). Isto em detrimento da constante apologia do FMI, comprovada pelo histórico das intervenções nas políticas econômicas dos países periféricos nas décadas de 1980 e 1990, em atender aos interesses das instituições transnacionais através do receituário liberalização do mercado de capitais e redução das alíquotas de importação de bens e serviços de forma unilateral.

Em outras palavras, o paradoxo da modernização, que ao invés de almejar a libertação nacional dos países periféricos acentua as disparidades entre os processos e organização industrial dos países da Tríade e os chamados periféricos. Uma confirmação das proposições de Raúl Prebisch – criador e diretor geral do Banco Central argentino e primeiro secretário executivo da CEPAL3 - que confirmam a falácia presente na ordem capitalista de fomentar a concorrência global como condição sine qua non para, considerando a teoria das Vantagens Comparativas de David Ricardo (1772-1823),

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Depois da intervenção no Lehman Brothers, o Executivo e o FED apresentaram um programa de auxílio aos bancos comerciais de US$ 700 bilhões (aproximadamente 40% do PIB brasileiro de 2008) para ser aprovado pelo Congresso norte-americano em outubro.

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Para ampliar o debate sobre a importância da CEPAL na elaboração de uma contribuição latino-americana para o Desenvolvimento e, por conseguinte, a importância dos métodos de planejamento para assegurar a racionalidade nas decisões econômicas é relevante investigar em http://www.eclac.org.

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estabelecer a harmonia nas relações centro / periferia sob as regras do jogo unilateral do livre Mercado.

Em tempo, devemos questionar, também, se os representantes do FMI, seguindo a linha reformista do Banco Mundial iniciada em 19974, estão repensando a sua trajetória histórica e buscando realmente maior transparência nas suas atividades / atribuições. Por conseguinte, assumindo publicamente seus equívocos em promover a estabilidade mundial sem afetar os países emergentes em sua transição para a sonhada “libertação nacional”. Como assevera Stiglitz, transparência e abertura, em uma das três epígrafes que servem de baluartes para nossas considerações críticas sobre o tema em apreço. Sem embargo, suscitando outra questão-chave: a Libertação Nacional entendida sob os auspícios dos modelos de industrialização ou apenas uma outra faceta do sistema para ocultar, até mesmo obscurecer, que o real objetivo e criar novas formas de valorização do capital e manter, deste modo, a ordem econômica mundial sob a égide do sistema de reprodução social do capital até uma total degeneração do aparato de proteção social organizado pelo Estado?

A compacta cadeia de crises financeiras desde o fim dos anos 80 era uma indicação do caráter capitalistamente improdutivo deste desenvolvimento. Com a atual nova qualidade da crise financeira também nesta perspectiva se atingiu o ponto culminante. A “fusão nuclear” em curso no sistema de crédito dificulta o insuflar de novas bolhas financeiras, ou torna-as mesmo impossíveis. O novo excesso de moeda dos bancos centrais já não alimenta indiretamente a conjuntura, mas limita-se a administrar a massa falida da economia das bolhas financeiras5.

Em 29 de outubro (2008), o processo de reforma interna do FMI teve início com a aprovação, através de sua Diretoria Executiva, de um novo instrumento de financiamento para auxiliar de forma rápida e sem demasiada burocracia a obtenção de liquidez para os países membros, o “Short-term Liquidity Facility [SLF].

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Ver os informes anuais do Banco, World Development Reports, que como sugere o título dos relatórios imprime uma preocupação real com a realização do Desenvolvimento Sustentável. Por exemplo, em 1997, o papel do Estado foi reexaminado; em 1998, dedicou-se especial atenção aos programas de educação e inovação tecnológica como motores da evolução industrial e da equidade social. Em 2000, a pobreza foi exposta de forma clara e contundente para alertar aos líderes mundiais de sua influência negativa na consolidação da estabilidade.

5

Ver em KURZ, Robert. Entrevista à revista on-line “telepolis”. Disponível em http://obeco.no.sapo.pt/rkurz307.htm. Acesso em 28 de outubro de 2008 (Hannover, Alemanha).

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A nova linha permite que o FMI volte a operar dentro de um modelo mais próximo daquele imaginado por John Maynard Keynes, efetuando desembolsos rápidos, automáticos, ou quase automáticos, em volumes significativos. Como se sabe, o modelo de FMI defendido por Keynes acabou sendo suplantado por outra concepção que privilegia empréstimos desembolsados em parcelas, vinculadas ao cumprimento de metas quantitativas e critérios de desempenho - as chamadas "condicionalidades" (BATISTA Jr., 30/10/08, p. B-2).

No entanto, essa decisão parece respaldar o que Robert Kurz caracteriza como “consciência infeliz” dos formuladores estratégicos do sistema. Isto porque, para manter a estrutura funcionando, olvidam ou procuram manter latente que a economia moderna não é condizente com uma suavização do puro mercado por meio do “capital social”. Ou seja, ao associar a interdependência cultura / economia, impulsionando uma reestruturação da atividade produtiva mais humana e identificada com a lealdade pessoal/social, é insistir no equívoco histórico Keynesiano de, ao suscitar a demanda adicional, promover a cega dinâmica monetária. Em outras palavras, “involuntariamente,

provar assim que a economia moderna tem o caráter de um absurdo fim em si mesmo”

(KURZ, 1997, p. 179).

Vejamos, segundo os ditames do FMI, a grande evolução no processo de empréstimos exclui as chamadas “condicionalidades”, confirmando sua predisposição em aceitar a interferência do Fundo no estabelecimento de sua Política Econômica restritiva e, fundamentalismo de Mercado à parte, controle fiscal em época de crise de confiabilidade. Se não caracteriza um paradoxo da própria modernidade, vale mensurar que, de forma mais implícita, sanciona os canais de empréstimo desde que os países apresentem como pré-condição uma “nova roupagem” da outra Fênix em nosso sugestivo título: o Consenso de Washington.

Como elucida Batista Jr.,

A linha poderá ser acessada apenas por países integrados aos mercados internacionais e que tenham histórico de políticas econômicas sólidas, comprovado pelas consultas anuais do Artigo IV a que são obrigados todos os membros do FMI. Esses países seriam aqueles que apresentam políticas fiscais disciplinadas, inflação baixa e relativamente estável, políticas monetárias adequadas, boa supervisão financeira, posições sustentáveis no balanço de pagamentos em conta corrente e controle

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sobre o endividamento público e externo (BATISTA Jr., 30/10/08, p. B-2).

Não obstante, a atualização do “deficit spending” keynesiano para resgatar a livre concorrência e estancar a sangria monetária resultante da crise de confiabilidade global é, conforme elucidou Marx, uma tentação para alienar o processo histórico e, por conseguinte, negligenciar que a concessão de crédito é antecipação de mais-valia. Portanto, deve assegurar a valorização real do capital. Neste contexto, tal como a estatização dos bancos comerciais tomadas como medida emergencial para interromper o ciclo de erosão nas bolsas de valores (garantia do crédito), não serve para conter a desregulamentação desenfreada dos mercados financeiros, mas para postergar a derrocada do próprio sistema de crédito. Isto porque, a substituição da inflação dos ativos financeiros por mais endividamento estatal de médio e longo prazo não surtirá em retomada dos investimentos produtivos e geração de novos postos de trabalho, mas na confirmação de um programa suicida da economia no qual:

Quando se fala de “redução de custos” e “eficiência”, o que está em jogo é apenas o “interesse” abstrato da moeda. Como um neurótico que, possuído por uma idéia fixa, toma sempre o caminho mais curto entre os dois pontos, sem levar em conta o prazer ou a dor, assim também o cálculo empresarial exige a abstrata “redução dos custos”, sem levar em consideração o conteúdo sensível e as conseqüências naturais (...) Sob pressão da concorrência do Mercado, o empresário é obrigado a obedecer, em todas as decisões, à racionalidade monetária. A isso se dá o nome de economia empresarial (KURZ, 1997, p. 186-187).

Assim, ao estabelecer a reforma das estruturas para resgatar o ideal de Desenvolvimento e harmonia entre as Nações, é proeminente ressaltar que o debate não é econômico, mas político. Afinal, o processo de individualização capitalista é incompatível com a ingênua descrição positivista de fomentar o Desenvolvimento de forma igualitária e condizente com o sistema de livre mercado. De novo, consolidando o que denominamos anteriormente de paradoxo da modernização.

Cabe, desta maneira, resgatar o legado de Celso Furtado para compreender que com a intensidade do processo de globalização a idéia de manter o Estado Nacional como responsável por gerenciar as transformações econômicas e sociais perdeu o seu potencial original.

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A racionalidade econômica, que antes se definia no espaço nacional (a unidade política-chave, grifo do autor), passou a refletir parâmetros que independem de um quadro político definido. É importante ter isso em conta. O Estado-Nação foi instrumento fundamental da criação do mundo moderno e é esse Estado-Nação que está em crise. A racionalidade econômica era definida pela macroeconomia dentro do espaço nacional. Hoje em dia o espaço é indefinido porque as economias se globalizaram e os sistemas produtivos se interligaram, estão imbricados uns nos outros. Isso é um problema novo e complexo (FURTADO, 1999, p. 86).

Não são poucos os representantes da intellingentsia que apostam numa revitalização do sistema como única solução para os males da sociedade moderna. Insistimos na afirmação do paradoxo da modernidade, pois o ressurgimento do capitalismo das cinzas da lógica empresarial das finanças internacionais não denota uma recondução dos ditames do próprio sistema em favor do verdadeiro desenvolvimento, mas uma confirmação da epígrafe enunciada por Keynes.

Apesar disto, assevera Delfim Netto:

É historicamente verificável que, mesmo quando a ação do Estado corrige parte das desigualdades, a organização econômica pelos mercados deixada a si mesma produz uma variação das atividades (do nível de emprego) que gera uma insegurança custosa em termos do bem-estar dos cidadãos. Nos últimos 250 anos, o crescimento do PIB per capita se fez em torno de uma tendência exponencial com 46 ciclos irregulares de flutuação, o último dos quais estamos vivendo. É por isso que, muito mais do que tentar "refundar o capitalismo" em resposta à crise, é melhor continuar a aperfeiçoá-lo para que a próxima crise tenha menos virulência que a atual... (DELFIM NETTO, 05/11/08).

Portanto, a lógica empresarial visa ao resgate da atividade econômica, leia-se produtividade, seguindo uma simples, mas controversa alusão histórica. Ainda mais quando a fase de expansão de uma nova dinâmica produtiva é ultrapassada e os mercados periféricos encontram-se saturados, pois:

Na terceira revolução industrial, a capacidade de racionalização é maior do que a capacidade de expansão dos mercados. A eficácia de uma nova fase expansiva, criadora de empregos, deixou de existir. O desemprego tecnológico da antiga história da industrialização faz seu retorno triunfal, só que agora não se limita a um ramo da produção, mas se espalha por todas as industrias, por todo o planeta. (KURZ, 1997, p. 165).

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São as incertezas com relação ao próprio futuro, considerando que o longo prazo pode significar, agora na economia real, um mês. Por exemplo, a variação cíclica apontada na indústria automobilística, entre os meses de agosto a outubro, reflete uma “lógica” irreal, mas condizente com o jogo de valorização sem substância advinda da inflação dos ativos financeiros.

A evolução da produção e vendas da indústria automobilística. Em setembro, o número de licenciamentos havia sido 9,7% superior ao de agosto. Em outubro, foi 15% inferior ao de setembro. Uma brutal inversão em apenas um mês, acompanhada, de resto, por férias coletivas em inúmeras montadoras, o que é a antecipação do que vem por aí. (ROSSI, 07/11/08).

Nesta empreitada em busca de solucionar os problemas da modernidade, a intellingentsia empreende uma batalha que contamina ainda mais o espírito destrutivo do sistema. Como um remédio anacrônico, o renascer das propostas com inspiração keynesiana abastece o debate econômico e político. Isto para fundamentar a idéia vigente de que o teórico da “Teoria Geral” não se sentiria traído se utilizassem suas proposições para restituir a ordenação do sistema financeiro sob os auspícios dos Estados-Nacionais.

Foi a falta de Estado e não a sua ação ativa que causou a crise. Keynes tem sido lembrado. A ele tem-se recorrido, principalmente, para explicar a necessidade de intervenção nas instituições financeiras em crise (....) Keynes reconheceu, sim, a importância de um sistema financeiro sadio e eficiente como instituição imprescindível ao bom funcionamento do sistema produtivo. É unicamente sob essa ótica que as políticas de resgate de instituições financeiras têm ligação com as idéias de Keynes (...) Para os países em desenvolvimento, uma saída para ser bem-sucedida deverá ter caráter genuinamente keynesiano. Deverá promover uma ativação dos negócios privados estimulada pelo setor público, que deverá fazer gastos, realizando obras de infra-estrutura, contratando mão-de-obra e transferindo renda àqueles que têm alta propensão a gastar (que são os mais pobres) e, portanto, não vão represar liquidez. A política fiscal de gastos objetiva, ademais, promover uma reversão do quadro negativo ou excessivamente cauteloso que sustenta a formação de expectativas (SISCÙ, 2008).

Uma adesão inconteste da lógica econômica que assola o debate em favor da realização do verdadeiro desenvolvimento em relação aos limites da própria economia empresarial. Em outras palavras, ocultar que a produção do Estado se limita ao consumo social. Portanto, como não desenvolve nenhuma atividade produtiva para o mercado, o Estado é obrigado a solucionar o seu déficit monetário através da geração nada espontânea de

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valorização do capital, a inflação dos ativos financeiros para garantir o crédito fornecido ao sistema. Assim, o que temos é um postergar do colapso financeiro, mas agora sob a égide do Estado.

Primeiro, os bancos criaram a estratégia de socializar os custos criando os títulos DI, excluindo sua responsabilidade por não ser mais o portador, agora, como uma viúva negra, consagra o Estado como seu mais novo provedor sem avaliar que as veias que vertiam o sangue financeiro estão à beira da real colapso.

A economia moderna tem o caráter de um absurdo fim em si mesma (...) Desde a década de 80, a revolução microeletrônica tem avançado nos limites da economia moderna, profetizados por Keynes em 1930 (embora sua avaliação fosse naturalmente imprecisa). Eis porque sua própria teoria perdeu a razão de ser. Isso vale também para as medidas político-econômicas por ele propostas, as quais pressupõem economias nacionais relativamente fechadas. Keynes tinha plena consciência disso e logo fez notar os riscos de uma expansão desenfreada do mercado mundial (KURZ, 1997, p. 181).

Parece que, como sugere o próprio Keynes, a intellingentsia sofre de uma tendência de perda de memória e, por conseguinte, das lições apreendidas pela História recente.

Deste modo, como atesta o professor José Alexandre Scheinkman, da Universidade de Princeton, o pacote de ajuda aos bancos financeiros fornecidos pelo governo norte-americano (ver nota 2 deste trabalho) serve apenas para postergar a atenção devida aos problemas na produção e no emprego decorrentes da crise financeira global.

Por isso, é necessário recuperar o exercício do planejamento de longo prazo para racionalizar as decisões de cunho econômico. Não adianta perseverar em instruções de curto prazo para ocultar a raiz do problema. Ou pior, manter latente que, como o Estado não produz nada para o mercado, seu compromisso é garantir o consumo social, ao aumentar a demanda pública através de uma política fiscal austera (leia-se recessiva neste momento), a demanda privada que serve de motor para o crescimento econômico futuro estará sendo obstruída.

Conclui Scheinkman:

O problema principal dos bancos americanos é capitalização - eles perderam muito dinheiro com o mercado imobiliário. Então, a estratégia mais certa seria capitalizar os bancos, o que pode ser feito por meio do mercado mesmo, ou, se não for possível dessa maneira, que seja por meio do governo, com a nacionalização das instituições.

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Uma outra parte da solução é a renegociação das hipotecas com os mutuários (SCHEINKMAN APUD GODOY, 08/10/08).

A abordagem do professor Delfim Netto neste contexto é primorosa. Imbuído de uma leitura crítica, velada pela ironia, estabelece perspectivas paradoxais na interpretação de sua contribuição à crítica da Economia Política ao promover uma reflexão estrutural com “pitadinhas” de conjuntura. Seu objeto de análise mantém sob perspectiva a decisão do Congresso norte-americano em aprovar, com o texto modificado, o projeto do secretário do tesouro Henry Paulson para salvar, ou pelo menos interromper, um colapso financeiro mundial sem precedentes.

O comportamento do Congresso dos EUA em relação ao programa de socorro ao mercado financeiro envolve uma disputa entre poderes que, no futuro, vai ter conseqüência na execução da política monetária e no aperfeiçoamento da regulação do setor financeiro. No final de 2007, por exemplo, o Senado solicitou ao "Congressional Budget Office" um estudo sobre a política fiscal do Executivo (a devolução de impostos). Nesse relatório, o CBO levanta a hipótese de que o problema dos "subprimes" poderia ser mais profundo do que parecia. Sugere o seu enfrentamento com algumas políticas até já usadas nos EUA (em 1933, com a "Home Owners Loan Corporation" -HOLC-, e, nos anos 80, com a "Resolution Trust Corporation" -RTC): a compra das hipotecas duvidosas por uma agência do governo, vendidas depois que se restabelecesse a sua precificação. É razoável supor, portanto, que o Congresso, pelo trabalho do CBO, talvez tivesse uma idéia mais clara da gravidade do problema do que o próprio FED, sob cuja política laxista as coisas aconteceram. (DELFIM NETTO, 02/10/08).

Confirmando seu perfil de analista radical da ciência econômica, sempre disposto a promover um grito de alerta dúbio sobre a difícil harmonia entre a prática e a teoria, é necessário pontuar com uma constante atenção às entrelinhas de seu pensamento para não deixar se envolver por uma conclusão simplista e longe do real objetivo de suas provocações aparentemente desconcertantes e fundamentadas, pois, prossegue Delfim Netto:

Um programa de US$ 700 bilhões (40% do PIB brasileiro de 2008), com graves conseqüências distributivas para o contribuinte americano, deveria ser aprovado em uma semana, uma vez que o mundo financeiro caía aos pedaços e o Congresso entraria em recesso no dia 26 de setembro...

Quase não houve discussão sobre a necessidade do programa, condição necessária, mas não suficiente, para restabelecer o funcionamento do mercado financeiro. Ele será, sem dúvida, caro, mas seria ainda mais caro para os contribuintes (em termos de perda de PIB e emprego) não fazê-lo. será, sem dúvida, caro, mas seria ainda mais caro para os

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contribuintes (em termos de perda de PIB e emprego) não fazê-lo. Colocado numa armadilha, o Congresso entregou a tarefa de estabilizar o valor da moeda, subtraindo-a do Executivo eleito. Isso aponta para uma futura reforma das instituições que controlam o sistema monetário (DELFIM NETTO, Op Cit., 02/10/08).

Como orienta nossa 3ª epígrafe, em momentos de obscura e incerta contextualização do presente, testemunha histórica dos períodos de crise, os homens buscam no passado recente uma esperança desprovida de sustentação revolucionária para construir o futuro que se avizinha para “apresentar a nova cena da história do mundo nesse disfarce

tradicional e nessa linguagem emprestada” (MARX, 1997, p. 203).

Afinal, se os Homens fazem sua própria história, mas não a fazem como querem, o motor da história continua a ser a luta pelo Poder, e nesse embate a estabilidade econômica somente é alcançada com a conciliação dos ditames políticos específicos de uma estrutura mundial que abarcou o fenômeno dos governos mistos, representado aqui pela República Democrática, para garantir a manutenção da ordem vigente – isso independente dos distúrbios causados pelo aumento das disparidades sociais mesmo no núcleo da própria Tríade.

Portanto, ao abordar suas conclusões para uma necessária reforma das instituições, em outras palavras, promover uma regulamentação do sistema sem aprofundar o debate acerca do papel do desenvolvimento real, o professor Delfim mantém o debate em aberto sobre o inconformismo e o reformismo presente nas estratégias de recuperação do sistema de produção social do capital. Ou seja, o que significa, de fato, reformas as instituições que controlam o sistema monetário?

Delfim não está sozinho nesta incursão de um Quixote invertido. Paul Krugman, o mais novo alardeado com o Nobel de Economia, avalia a crise da seguinte maneira:

Enquanto o mercado de ações maníaco-depressivo domina as manchetes, a história realmente importante está nas más notícias que não param de surgir sobre a economia real. Fica claro agora que resgatar os bancos é apenas o começo: a economia não-financeira também precisa desesperadamente de ajuda (...) Está na moda, politicamente, esbravejar contra os gastos do governo e exigir responsabilidade fiscal. Mas, no momento, uma elevação nos gastos do governo é o remédio correto, e as preocupações quanto ao déficit deveriam ser deixadas de lado. Nesta semana, fomos informados de que as vendas do varejo caíram do precipício, e o mesmo vale para a

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produção industrial. Os pedidos de seguro-desemprego apresentam nível de recessão pesada. Todos os sinais apontam para uma desaceleração econômica que será cruel e longa. O índice de desemprego já ultrapassou 6%. Tornou-se virtualmente certo, agora, que o desemprego passe de 7%, e possivelmente ultrapasse 8% nos Estados Unidos. E quanto à duração da crise? (KRUGMAN, 18/10/08).

Suas especulações com relação ao futuro incerto priorizam uma preocupação latente sobre como ampliar os limites da economia moderna. Destarte, comprova nossa assertiva sobre o esgotamento da intellingentsia em promover uma revitalização do capitalismo consistente com uma necessária crítica social.

Ir além do convencional é perscrutar quais são, de fato, os limites do sistema econômico moderno. É não atentar para um constante procrastinar de soluções históricas agora baseadas no resgate do Estado como elemento emancipador do capital.

Não podemos olvidar que a globalização, não aquela sob o imperativo tecnológico, a evolução constante no processo de modernização industrial e organização produtiva, mas a globalização financeira, interrompeu a conquista de autonomia dos Estados nacionais para definir sua estratégia em médio e longo prazo. Principalmente, vale a ênfase, após a substituição do ouro pelo dólar como padrão monetário internacional, o que suplantou qualquer possibilidade real de sustentar uma estratégia de valorização real do capital, ou seja, de afiançar a mais-valia futura sem ampliar a dependência de empréstimos externos para determinar os “limites do crescimento”.

O crédito governamental é um paradoxo econômico. De fato, no sistema da economia de mercado, o crédito serve apenas para financiar a produção para o mercado. As despesas do Estado não representam, contudo, nenhuma produção, mas somente consumo social (...) Quando, por sua vez, o Estado financia a si próprio por meio de créditos, torna-se obrigado ao pagamento de juros. O Estado, porém, não desenvolve nenhuma atividade produtiva para o mercado e, por isso, é absolutamente incapaz de obter fundos para o pagamento de juros. O paradoxo está no fato de que, sob a forma de crédito governamental, uma atividade econômica é tratada simuladamente como produção, embora seja, na verdade, consumo social (KURZ, 1997, p. 130).

Reiteramos que, a lógica irracional em favor da acumulação do capital está intrinsecamente relacionada com o descobrir novas formas de valorização deste capital

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para atender aos ditames da ordem econômica mundial. Não obstante, isto é, resgatando a proposição-chave de Marx que permeia todo o desenvolvimento crítico do volume 3 de “O capital”, um completo sem sentido se compreendemos que o capital é valorizado, de forma substantiva, pelo constante dispêndio de energia humana abstrata em sua forma social. Em outras palavras, em Trabalho.

A sociedade capitaliza o trabalho futuro. O consumo social do presente, imprescindível para o sistema, ocorre à custa do futuro; o Estado moderno torna-se um vampiro que suga o seu próprio porvir. (KURZ, 1997, p. 130).

Insistindo na assertiva marxiana, a substância do valor e da valorização, a chamada mais-valia, corresponde, na economia moderna atualizada a lógica da concorrência sem limites do século XXI, a uma modificação na referência monetária, que passou de elemento intermediário a um fim em si mesma. Isto porque, sob os auspícios da valorização sem substância do capital financeiro, a moeda adquire o status de capital produtivo que se multiplica em um circuito fechado de autoalimentação.

Desta maneira, seguindo uma programação não linear sob o imperativo tecnológico da revolução microeletrônica, o necessário aumento da produtividade exigida para estabelecer novas ondas de crescimento econômico enfrenta uma orgia por capitalização dos ativos financeiros para garantir a lucratividade futura. No entanto, sendo a capacidade de racionalização tecnológica maior do que a capacidade de alocação da capacidade produtiva, ao invés de criar uma situação de equilíbrio entre a relação tripartite emprego, renda e produção, nos deparamos com uma maior dependência e domínio monetário.

A compacta cadeia de crises financeiras desde o fim dos anos 80 era uma indicação do caráter capitalistamente improdutivo deste desenvolvimento. Com a atual nova qualidade da crise financeira também nesta perspectiva se atingiu o ponto culminante. A “fusão nuclear” em curso no sistema de crédito dificulta o insuflar de novas bolhas financeiras, ou torna-as mesmo impossíveis. O novo excesso de moeda dos bancos centrais já não alimenta indiretamente a conjuntura, mas limita-se a administrar a massa falida da economia das bolhas financeiras (...) Afinal, a produção e o consumo passaram a ser suportados cada vez menos por lucros e salários reais, e cada vez mais por rendimentos das subidas fictícias de valor no plano da circulação (compra e venda de títulos financeiros). (KURZ, 2008).

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Portanto, apenas resgatar mecanismos de Política Econômica para regulamentar o câmbio não é o suficiente para promover o recrudescimento das taxas de produção e, conseqüentemente, da renda e do emprego.

Apesar de os arautos do neoliberalismo buscarem nas recordações de abundância, leia-se crescimento desenfreado da economia mundial, que marcou o sistema até as consecutivas crises do petróleo na década de 1970, não é uma revitalização do papel ordenador / regulador do Estado que poderá garantir uma sobrevida ao Sistema. Como sugere Martin Wolf:

O sistema financeiro abalado vai enfraquecer a transmissão do relaxamento monetário à economia. Isso fará com que a desaceleração que se aproxima dure muito tempo (...) Recentes indicadores dos EUA sobre varejo, construção residencial, produção industrial e confiança dos consumidores sugerem que a economia está caindo em recessão. Os problemas de diversos outros países avançados são semelhantes (...) O FMI está de volta à ativa e já ajudou Islândia, Paquistão e Ucrânia. A lista de países em dificuldades inclui também Bulgária, Estônia, Letônia e Turquia (...) As economias emergentes não se descolarão. Não surpreende: os EUA, a União Européia e o Japão geram 62% da produção mundial. Uma desaceleração acentuada nesses países decerto causa impacto sério no mundo. A desaceleração e os problemas financeiros reduziram os preços das commodities (...) Sob as condições atuais, a política monetária não será suficiente. Temos uma situação keynesiana, que requer remédios keynesianos. Os déficits orçamentários terminarão em níveis antes considerados inaceitáveis. Que seja (WOLF, 22/10/08).

Pelo contrário, a intensidade interventora que o Estado nacional pode dedicar ao controle das atividades financeiras, sob o jugo das empresas transnacionais, é no mínimo uma estratégia pífia. Pois, garantir o crédito agora é aprofundar o déficit fiscal futuro e comprometer a eficácia das Políticas Públicas destinadas à manutenção do próprio processo de globalização. Como assevera Kurz:

A globalização acarreta uma nova contradição estrutural entre o mercado e o Estado. De fato, por meio da internacionalização do estoque monetário, o capital foge ao controle estatal e diminui as receitas públicas. Por outro lado, o capital depende mais do que nunca de uma infra-estrutura funcional que, como antes, deve ser organizada por iniciativa estatal. A globalização, podemos concluir, tira do poder do Estado os meios financeiros imprescindíveis para o próprio desenvolvimento da globalização (KURZ, 1997, p. 138).

Parafraseando Marx, nestes tempos incertos que vivenciamos, a revolução de fato para promover a estabilidade do sistema financeiro e, por conseguinte, econômico mundial,

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depende de uma necessária privação de toda veneração supersticiosa do passado. Todos sabiam que a valorização irrestrita e sem regulamentação do capital promoveriam uma crise financeira sem precedentes na ordem liberal do capitalismo democrático. A sórdida intenção de promover o Mercado em detrimento do Estado só poderia resultar nesta fusão de conflitos sociais e barbárie financeira.

Afinal, se em última instância o que decide são os fatos e não as ideologias, o debate político sempre será apenas um adorno da configuração do mundo que buscamos erigir, uma constatação de nossa perspectiva conjuntural somente, é não da reformulação estrutural do sistema para, se necessário, criar o novo e produzir livremente nele. Isto porque, a abundância efêmera atenua a percepção do mundo que ajudamos a criar, mas mantém o Homem preso em sua caverna sem perspectivas, sem concretizar o verdadeiro desenvolvimento.

Referências

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DELFIM NETTO, Antonio. Papel do Congresso. Folha de S. Paulo, p. A-2, 02 de outubro de 2008.

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FURTADO, Celso. Em busca de novo modelo: reflexões sobre a crise contemporânea. Paz e Terra, 2002.

FURTADO, Celso. O Longo amanhecer: reflexões sobre a formação do Brasil. Paz e Terra, 1999.

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KURZ, Robert. Os últimos combates. Petrópolis, Vozes, 1997.

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http://rodrik.typepad.com/dani_rodriks_weblog/2008/10/urgent-need-for-imf-action.html/. Acess in october 26, 2008.

ROSSI, Clóvis. Uma semana, passado remoto. Folha de S. Paulo, p. A-2, 07 de novembro de 2008.

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