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Mostra Coletiva - I Semana de Arte e Cultura Negra em Osasco,SP

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Cronologia – Gina da Silva

1947 Georgina Penha da Silva nasce em São Paulo aos 06 de Março, no bairro da Casa Verde. São Paulo, SP. 6

1964 Mostra Permanente Teatro Popular de Solano Trindade,

Prefeitura do Embu das Artes, SP.

Década

de 60 Começa a expor na incentivada principalmente por Maria Auxiliadora, sua irmã Praça da República com os irmãos mais velha, pois moravam juntas em São Paulo. 7

1970 I Exposição de Arte de São Miguel Paulista. Associação de Artes Plásticas Cândido Portinari. São Miguel Paulista, SP. 8

1972 Mostra Coletiva Salão Parque da Luz. São Paulo,SP.

1973 Mostra Coletiva no MASP - Museu de Artes de São Paulo.

Exposição Afro Brasileira de Artes Plásticas – Presidido por Pietro Maria Bardi, SP9

1973 Exposição de Artes Clube Solar dos Amigos. Taboão da Serra, SP.

1973 Exposição de Artes. Ginásio da Casa Verde. São Paulo,SP

1974 Mostra Coletiva. Museo de América. Madrid, Espanha.

1974 Mostra Coletiva. Museu João Batista. Atibaia, SP.

1974 Mostra Coletiva Center Hotel – Largo Santa Ifigênia. São Paulo, SP.

1974 Mostra Coletiva Exposição de Artes Imigrantes Saguão da Bienal de São Paulo. São Paulo,SP.

1975 Mostra Coletiva Arte Municipal da Lapa 1977 Prêmio Medalha de Bronze.

I Salão Nacional de Arte Popular .Embu das Artes, SP. Obra: As Lavadeiras (óleo sobre tela).

6Carta deixada no escritório em 20 de junho 7

Depoimento cedido aos 27 de junho de 2007

8Diploma de Honra ao Mérito, firmado por Geraldo Antonio de Oliveira – Presidente da Associação de Artes Plásticas Cândido Portinari; Ivone Simões da Graça Biscaia, Secretária; e Encarnação M. Deliberato,Departamento Social

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1979 Mostra Coletiva - III Exposição de Artes Plásticas e Artesanato de Matão. Matão,SP.

1979 Mostra Coletiva. 1ª Mostra de Artes Plásticas de Santana. Centro de Criatividade Solano Trindade. Jd. São Paulo. São Paulo, SP.

1980 Mostra Coletiva. Salão de Artes Plásticas. Prefeitura Municipal do Embu. Embu das Artes, SP.

1980 Mostra Coletiva - I Semana de Arte e Cultura Negra em Osasco,SP10

1980 Mostra Coletiva, Pinacoteca do Centro Cultural da Prefeitura de São Bernardo do Campo.SP

1981 Mostra Coletiva Arte Raízes Negras no Paço das Artes, SP.

1981 Os Silvas na Cultura Negra. Mostra realizada em São Bernardo do Campo, em maio /junho de 1981. A apresentação no catálogo foi feita por Jos Luyteni. Membro da Associação

Paulista de Belas Artes e Professor da ECA-USP, aos 11 de

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maio de 1981.

Participaram da Mostra as obras de Maria Auxiliadora da Silva (in memoriam), Maria Almeida Silva, Vicente Paulo da Silva (in memoriam) , Sebastião Cândido, João Cândido da Silva, Conceição Silva, Gina da Silva, e Benedito da Silva.11 Dentre as

outras obras Gina participou com a pintura ‘Festa do Rosário “.

1983 Carta convite para doar uma obra para o Museu de Pintura Primitiva de Assis, SP. 12

1983 Mostra Coletiva. II Salão Nacional de Artes Jean Debret, São Paulo, SP. 1983 Mostra Coletiva. Secretaria Municipal de Educação e

Cultura. São Paulo, SP.

1983 Mostra Coletiva da Família Silva.Exposição na Secretaria da

11 Catálogo da Mostra ‘Os Silva na Cultura Negra’. Apresentação de Jos Luyten. São Bernardo do Campo, 1981.

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Saúde do Estado de São Paulo. São Paulo, SP. Organizador: Secretário da Saúde, Dr. João Yunes. 13

1986 Participação na Mostra Coletiva ‘Caminhos na Arte

Brasileira. Espaço Cultural Caminho. São Paulo, SP. Participaram Astrid Salles, Camilo Eduardo Tavares, C. Nogueira, Conceição Silva, Décio Ferreira, Dna Maria Almeida Silva, D’Paula, Edi Escariao, Edith Wagner, Felipe Carlos Dechen, Gina da Silva, Ivelto de Melo Souza, João Cândido da Silva, Jose Maria Bernardelli, Jotabarros, Nerival Rodrigues, Rosana e Roseli Silva ( filhas de Conceição Silva) e Sebastião Cândido da Silva.14

1987 XI Exposição Cultural dos Imigrantes. Promoção do Jornal do Imigrante. Congresso Brasileiro da Imigração e Integração. “ Por um mundo de Paz e pelo Maior Entendimento entre os Povos”.15 (Mostra Coletiva)

1988 Centenário da Abolição. Projeto Consciência e Liberdade. Exposição Itinerante no Centro Cultural. Secretaria de Estado da Cultura16

1988 Mostra Coletiva no 3º Encontro Internacional Kizomba, Galeria de Artes Primitivas, São Paulo, SP.

1989 Mostra Coletiva. Clube da Associação dos Médicos.

Mairiporã, SP.

13 Os Silva, Profissão: Artistas. Folha da Tarde, de 21 de dezembro de 1983. A matéria informa que “participam todos os irmãos e a mãe”.

14 Convite. Espaço Cultural Caminho, Avenida Pompéia, 1494, São Paulo, SP.

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1990 Exposição Arraial das Cores.

Galeria de Arte Convivência. Campinas, SP17

1990 Semana Cultural Brasil-Angola. De 05 a 09 de setembro de 1990. Oficina Cultural do Brás Amácio Mazzaropi. São Paulo, SP. Mostra Coletiva. Organização da Secretaria de Estado da Cultura, Assessoria de Cultura Afro-Brasileira. Participação nas categorias pintura (Saguão Visconde de Parnaíba) e escultura.Obs. Participaram da família Silva: a mãe Maria Almeida, Sebastião Cândido, Benedito Silva, na categoria artesanato- ‘pentes’, Conceição Silva, Efigênia Rosária, Vicente de Paulo (in memoriam), Gina Silva, Roseli Silva, e Rosilene Silva. Obs. ao lado de Raquel Trindade (viúva de Vicente de Paulo, filha de Solano Trindade).

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1990 1ª. Semana de Consciência Negra “Mãe África”, realizada no período de 17 a 24 de Novembro de 1990 no Parque de Exposições Ferreira de Sá.Ourinhos, SP.18

1990 Mostra Coletiva Espaço de Arte Anima – Espaço das Artes. São Paulo,SP.

1990 Exposição Zumbi Prefeitura Municipal de Santos. São Paulo, SP.

1990 Exposição de Artes e Convivência Cultural de Campinas, SP.

1991 II Encontro Nacional de Arte Negra Kizomba, São Paulo, SP. 19

1992 Exposição coletiva promovida pela Associação República das Artes . Centro Cultural São Paulo (Vergueiro). São Paulo, SP.20

1992 Exposição de Inauguração do Centro de Arte Primitiva de Brasília. Brasília, DF. 21

1992 Conferido a Gina o Titulo de Membro Fundador do Centro de Arte Primitiva de Brasília, DF. 22

1993 I Expo Primitiva de Natal. Centro de Arte Primitiva, Brasília, DF.23

1993 Mostra Folclore Brasileiro no Centro de Arte Primitiva. Brasília, DF.24 Obra: Bumba – meu -Boi.

1994 Exposição no Saguão da IMESP. São Paulo, SP.25

1994 Participação na Bienal Brasileira de Arte Naif – SESC

Piracicaba. Piracicaba,SP.26 Obras: ‘Fazenda Boa Esperança’ e ‘Os Pescadores’.27

18 Certificado firmado pelo Prefeito Municipal de Ourinhos, Sr. Clovis Chiaradia.

19 Certificado de Participação datado de 01 de dezembro de 1991, firmado por Adilson Monteiro Alves – Secretário de Estado da Cultura.

20 Carta datada 25 de julho de 1992.Assinada por José Teixeira Coelho Netto – Diretor da Divisão de Pesquisa do Centro Cultural São Paulo.

21 Certificado de Participação datado 13 de maio de 1993 firmado por Victor Hugo Irigaray – presidente. Certificado datado 13 de outubro de 1992 firmado por Victor Hugo Irigaray, presidente.

22 Centro de Arte Primitiva de Brasília, DF. Certificado de Participação firmado por Victor Hugo Irigaray, presidente. Brasília, 13 de maio de 1993.

23 Certificado de Participação.

24 As cores fortes do Folclore na Arte Primitiva Correio Brasiliense, 13 de maio de 1993.

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1995 Família Silva. Exposição Coletiva dos Silva. Fundação Casa da Cultura de Campo Belo, Minas Gerais

(terra natal). Inauguração da Casa

da Cultura de Campo Belo. Organização de Denise Cássia Garcia, Academia Campo-belense de Letras. Campo Belo, MG. 28

26 Certificado datado de Junho de 1994 e firmado por Antonio do Nascimento – curador da Bienal e Walter Carmelo Zoccoli .Gerente do SESC Piracicaba.

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Ilustração 10.9. Gina e suas obras no Espaço Cultural Caminho. (1986)

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Ilustração 10.11. Cangaço Óleo sobre tela – Acervo do MASP – museu de Arte de São Paulo. Biblioteca. (1994)

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i JOSEPH M. LUYTEN nasceu no dia 15 de agosto de 1941, na cidade de Brunssun, Holanda.

Chegou ao Brasil em 1952 e residiu, inicialmente, na rua Motocolombó (onde morou o poeta Leandro Gomes de Barros), no Recife. Em 1968 concluiu o curso de Jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero (SP), passando a trabalhar ativamente na imprensa paulistana. Em 1970 terminou o curso de pós-graduação em Literatura pela Universidade de São Paulo, passando a ensinar em diversas escolas de nível superior, como a Faculdade Cásper Líbero, Objetivo, ESPM e Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo. Em 1980, Mestre em Ciências da Comunicação, pela USP, Joseph Luyten parte para o Japão, onde permanece durante sete anos pesquisando no National Museum of Ethnology de Osaka (3 anos) e lecionando na University of Tsukuba (4 anos). Em 1991, é convidado para exercer as funções de Reitor do Campus Avançado da Universidade Teikyo, em Maastrich, Holanda. Em 1995 retorna ao Japão para lecionar Cultura Brasileira na Universidade de Tenry (Nara), durante dois anos. De volta à Holanda é convidado para lecionar Literatura Popular na Universidade de Poitiers (França) e organizar o Fonds Raymond Cantel dedicado à literatura de cordel. É professor catedrático da UNESCO, crítico de Artes Plásticas, membro da Associação Internacional de Críticos de Artes (UNESCO), da ABE (desde 1981), da Academia Brasileira de Literatura de Cordel e da Associação Paulista de Folclore. Tem vasta bibliografia sobre assuntos folclóricos do Brasil e do mundo, mais de 50 artigos em revistas acadêmicas do Brasil, da Bélgica, da Holanda, do Japão, das Filipinas, do Peru. Expert em literatura

popular em versos, Joseph Luyten tem uma coleção de 15.000 folhetos de feira, além de uma biblioteca e de um arquivo especializados em Literatura Popular com mais de 7.000 ítens. Na área de Folclore, publicou Bibliografia especializada em literatura popular em verso (1981), O que é literatura popular (1983), Sistemas de comunicação popular (1988), Burajiru Mishin Bom no Sekkai

(1990) e A notícia na literatura de cordel (1992). No momento, mais uma vez está residindo no

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11 Ilza Jacob da Silva

(1939)

Ilustração 11.1. Ilza Jacob na Praça da República. (2005)

Nós artistas somos loucos. Quando começo a pintar não vejo mais nada. Não sinto o tempo passar...

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Ilza Jacob da Silva 1nasceu em Aimorés, Estado de Minas Gerais, próximo a Vitória, aos 15 de maio de 193, filha de Taranto Jacob da Silva e Maria Aristides Moreira da Silva (falecidos). Sua mãe foi lavadeira e artesã, seu pai era peão boiadeiro.

Ilza Jacob veio para São Paulo, no final de 1960. No Embu das Artes, conheceu o pintor João Cândido que se tornou seu marido, nos anos 70.

Começou a freqüentar a Praça da República em 1972 com seu marido e lá vendiam apenas os quadros dele. Ele, João, era funcionário público, então quem negociava os seus quadros era Ilza. Assim criaram seus filhos: eles cresceram freqüentando a Praça.

Em 1987 Ilza começou também a se interessar pela pintura. Pintava esporadicamente, mas não havia tido a oportunidade de fazer nenhuma exposição.

Já em 1996, todos os artistas foram tirados da Praça da República pelo ex-prefeito Paulo Maluf e Prefeito Pitta. Depois de um ano, mais ou menos, de grandes dificuldades, decorrentes do afastamento da Praça, foram convidados para participar da República das Artes, uma associação de artistas que se formou e expunha na Avenida Ipiranga, em frente do Edifício Copam e Hotel Hilton. Daí em diante Ilza tomou coragem e começou também a vender seus próprios trabalhos.

Embora casada com um pintor que vinha de uma família de muitos artistas, Ilza jamais havia pensado em se tornar também um deles. Mas, quando foi substituir o marido , que havia ficado doente, em uma mostra coletiva de pintura ao vivo, no evento denominado “Revelando São Paulo” no Parque da Água Branca, surgiu a oportunidade de se lançar neste campo de atividade. O resultado foi tão positivo que, a partir daí, Ilza

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ficou motivada e deu prosseguimento a essa carreira. Hoje vive da arte. Continua na Praça da República aonde começou e participa de muitas exposições para as quais é constantemente convidada.

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Ilustração 11.3.Ilza pintando na Praça da República. (2006)

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Ilustração 11.5. Ficha de expositora na Praça da República (2001).

Ilustração 11. 6.Ficha de expositora na Praça da República (2003).

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Ilustração 11.8. “Família Silva em Festa”. Ilza Jacob (2007).

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Ilza Jacob da Silva - Cronologia

1939 Nasce em Aimorés (MG) aos 15 de maio.

1999 I Revelando São Paulo. Secretaria de Estado da Cultura. DARC. Parque Fernando Costa (Parque da Água Branca). São Paulo, SP Exposição da Família Silva.

2000 II Revelando São Paulo. Parque da Água Branca. Org. Secretaria de Estado da Cultura. Parque Fernando Costa (Parque da Água Branca). São Paulo, SP. Mostra Coletiva.

2000 Projeto Consciência e Liberdade Kizomba”.

Memorial da América Latina. Barra Funda. São Paulo, SP. Organização da Secretaria da Cultura.2Mostra Coletiva.

2000 Mai Fest. Festa Cultural de São Paulo. 3 Associação dos Artistas Plásticos de Santo Amaro. São Paulo, SP.

2001 III Revelando São Paulo. Parque da Água Branca. Org. Secretaria de Estado da Cultura. Parque Fernando Costa (Parque da Água

Branca). São Paulo, SP. Mostra Coletiva 2001 Menção Honrosa.Lar Tia

Maria. Sao Paulo,SP.

2001 Exposição no MAN-Musée d’Art Naif. VIcq, França

2002 IV Revelando São Paulo’. Organizadora: Secretaria de Estado da Cultura. Parque Fernando Costa (Parque da Água Branca). São Paulo, SP. Exposição Coletiva.

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2002 Mostra Permanente. Mercearia do Conde. São Paulo, SP.

2002 Mostra Permanente. Galeria de Artes Brasileiras.São Paulo,SP.

2002 III Mostra de Cultura Popular do SESI Amoreiras. 4 Campinas,

SP.

2003 Exposição Coletiva, na Casa da Cultura de Jundiaí. Jundiaí, SP.

2003 Pintura ao vivo, na Estação do Brás.São Paulo,SP.

2003 Pintura ao vivo, no SESC Santo Amaro.São Paulo, SP. 2003 Pintura ao vivo, no SESC Itaquera.São Paulo,SP.

2003 Exposição São Paulo de Raízes Negras, Raízes Negras de São Paulo’.

Museu do Imaginário do Povo Brasileiro. São Paulo, SP

2004 Mostra Coletiva - Teatro Solano Trindade. Embu das Artes, SP.

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2004 Tributo à Brasilidade.

Centro de Exposições Cecília Meireles (Complexo Argos). 5Jundiaí, SP.

Participaram João Cândido, Ilza Jacob, Efigênia Rosaria e Conceição Silva.

2004 Artista e Vida

Associativa – França- Brasil 2004, Galeria do Circolo Italiano San Paolo. Edifício Itália, São Paulo, SP.Organização do Rotary Club São Paulo República, em parceria com a ONG Ação Ética & Cidadania .

2004 ‘V Revelando São Paulo’ Organização e promoção da Secretaria de Estado da Cultura . Parque Fernando Costa (Parque da Água Branca). São Paulo, SP.

2005 “A Família Silva”, Normandie Design Hotel. Avenida Ipiranga n° 1187. Centro. São Paulo, SP. Organização: Ação Ética & Cidadania (OSCIP). Mostra Coletiva.

2005 VII Revelando São Paulo’. Organização e promoção da Secretaria de Estado da Cultura. Parque Fernando Costa (Parque da Água

Branca). São Paulo, SP

2005 Mostra Coletiva. Faculdade Zumbi dos Palmares. São Paulo, SP.

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2006

Ars Brasilis: Família Silva. Espaço Cultural do Shopping Frei Caneca. Curador: Dr. Jorge Anthonio e Silva. São Paulo, SP. 6

2006 ‘Futebol Paixão

Brasileira’7 8Fundação

Memorial da América Latina. Barra Funda. São Paulo, SP. Obs. Exposição organizada pela Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo, por ocasião da Copa do Mundo.

6 Curadoria de Jorge Anthonio e Silva. Participantes: João Cândido da Silva, Ilza Jacob, Efigênia Rosária e Conceição Silva.

7Futebol Paixão Brasileira. Convite/catálogo.

“Artistas expõem paixão pelo futebol no Museu”. Jornal ‘O Imparcial’. Araraquara, 09 de setembro de 2006.;

MOLINA, Camila.. “Naifs de São Paulo estão em mostra que será aberta hoje no Memorial”.

O Estado de São Paulo. São Paulo, 18 de maio de2006.

Em época de Copa, artistas expõem lado ingênuo da paixão nacional. Diário. Caderno B. Marilia, 01 de junho de 2006.

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2007 “Universo Feminino”. Faculdade Zumbi dos Palmares - UNIPALMARES,

Rua Padre Luis Alves de Siqueira, 640, Barra Funda. Março de 2007, São Paulo, SP. 9 Curadoria de Tom Ruthz. Exposição Coletiva.

2007 Festival ‘Centenário de Solano Trindade’. Secretaria de Estado da Cultura e

Prefeitura da Estância Turística de Embu das Artes, SP. De 20 a 21 de julho de 2007. Exposição Coletiva.

Ilustração 11.10. Ilza e João Cândido em visita a Campo Belo, MG. (2006)

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12. João Cândido da Silva

(1933)

João Cândido da Silva impregna de ritmo e musicalidade suas feéricas festas de cores.(...) Ele canta o mundo encantado das cenas e festas populares, do Carnaval, das escolas de samba,revelando sobretudo

um Brasil pitoresco e musical.

Emanuel von Lauenstein Massarani1

1 Critico de Arte e superintendente do departamento do Patrimônio Cultural da

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Ora é modelo, para os alunos, de desenho e pintura, na Associação Paulista de Belas Artes (SP), por conta de seus traços estéticos, ora pinta, ora modela ou esculpe.

Ilustração 12. 1.João Cândido em seu ateliê no bairro da Casa Verde Alta/ Serra da

Cantareira, São Paulo, SP. Foto do acervo da família.

12.1 O “FILHOTE”.

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Segundo as próprias notas de João2, “deve ter sido uma gravidez

problemática, pois nasci raquítico, com bronquite asmática e depois até fui acometido por um começo de meningite.. e, como era ‘feioso’, segundo os comentários das más línguas ( os xeretas, digo, as comadres, vizinhas), me apelidaram de “filhote” que ficou o meu apelido de família”.

«Dizem que não morri por milagre de Deus.

E eu digo que não morri por desaforo e pirraça!»

Minha mãe e minha família sofreram muito comigo, pois eu era extremamente nervoso e agressivo, devido à falta de ar e tudo o mais. Foram muitas promessas, benzimentos de curandeiros, além de médicos normais.

Entre os corre-corres, sustos daqui e dali decidiram, quando eu já estava com os meus três para quatro anos, me colocar em um grupo de dança folclórica: o Moçambique3, onde participei uns 05 anos.

O primeiro trabalho de João em São Paulo foi numa fábrica de tacos,em 1947, ‘Madeireira Solom’4. Tinha 14 anos de idade , na época. Ali

o contato com a madeira e as técnicas de ‘pichação’ já levavam João a ensaiar as suas primeiras esculturas. Depois desse trabalho, um tanto perigoso pois até queimou-se com o pixe, acabou por ir trabalhar em uma Olaria em Itapecerica da Serra.

Em cada lugar ganhava um apelido diferente:”Pirelli”,”Cachimbinho”, “Fumaça”... por conta da cor, e da compleição física.

2 CÂNDIDO DA SILVA , João. Autobiografia. Manuscrito de 15 de janeiro de 2007. 3 Vide Capitulo 5. Vida em Campo Belo.

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Em 1962, João Cândido empregou-se como ‘ajudante de motorista’ em uma distribuidora de bebidas, mas logo deixou o trabalho 5 para assumir o cargo de motorista, na Divisão de Transportes da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo, obtido mediante concurso. Tal profissão foi

sempre paralela à sua vida artística, até quando se aposentou.

Ali, na Divisão de Transportes, João ficou logo encantado com os veículos de época que ficavam no estacionamento da Secretaria, os quais nunca imaginou que pudesse vir a dirigir, como de fato o fez: “modelos Fiat de 1910, os chamados ‘Rabo de Peixe’, Chevrolet Brasil, e alguns até com carroceria de madeira”.

O trabalho envolvia o transporte de médicos, parteiras e parturientes; móveis e mantimentos; conduzia mini-ambulatórios; participava das campanhas de vacinação. Ali chegou a receber elogios informais e até mesmo oficiais que lhe valeram ‘Diplomas de Reconhecimento’ por serviços prestados.

12.2 NAS HORAS VAGAS JOÃO ESCULPIA E PINTAVA.EMBU DAS ARTES E PRAÇA DA REPÚBLICA.

Foi por volta de 1964 que João Cândido começou a freqüentar o Embu das Artes e, quase na mesma época, a feira de arte da Praça da República. Ouvia falar da cidade de Embu , mas somente foi até lá quando o seu irmão mais velho, Vicente, mudou-se de São Paulo para lá.

Vicente de Paulo foi viver com Raquel, filha de Solano Trindade

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razão pela qual se mudou para aquele vilarejo, a 27 quilômetros da Praça da Sé em São Paulo6.

No Embu Vicente Paulo, desde logo, já se destacava como escultor. Expunha, recebia encomendas de trabalhos e participava do intenso trabalho desenvolvido por Solano. Nos finais de semana, dividia-se entre as atividades de Embu das Artes e as mostras da Praça da República.

Quando Raquel Trindade foi conhecer a família de Vicente Paulo na Casa Verde, ficou surpreendida com os trabalhos artísticos que ali encontrou. As pinturas e desenhos de Maria Auxiliadora, as esculturas de Maria de Almeida ... Ficou maravilhada. Acabou por convidar a todos para que participassem do Centro Cultural de Solano Trindade na cidade do Embu.

Fomos visitar o Embu, começando a deixar quadros em sua casa, ou seja, na casa de Solano Trindade. Eu, João Cândido, em 1964 não participava diretamente da Praça da República, mas estava começando a pintar com responsabilidade e compromissos com terceiros.

Lembro que levei à casa de Solano dois a três quadros de aproximadamente 30x40 que venderam; um chamava ‘Lições de Betinho!’

João ficou deslumbrado com a pequena Embu das Artes. Além da importância histórica e seu ar romântico, a pequena cidade reunia pessoas que João admirava: Assis7 ( escultor) , Mestre Gama (

escultor), Ivonaldo (Ivonaldo Velloso de Melo, pintor pernambucano

6 Prefeitura Municipal de Embu. Disponível em:< http://embu.sp.gov.br/11.php> Acesso em 10 de junho de 2007.

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radicado, à época, em São Paulo) , Crisaldo de Morais8 ( funcionário de

empresa aérea e artista plástico) ,dentre outros nomes. Todos participavam daquele Centro Cultural9 formado por Solano.

João integrou-se, desde logo, ao grupo de artistas e artesãos locais e começou a participar também das peças de teatro, dos grupos musicais, das festas afro-brasileiras, e das mostras de arte que ocorriam nos finais de semana.

Foi no Embu, em 1970, que João conheceu a sua segunda e atual mulher, Ilza Jacob, pintora10. Tiveram cinco filhos11, também artistas

plásticos.

8 Crisaldo D'Assunção Morais - 03/11/1932.Natural de Recife, autodidata, iniciou na arte em 1960. Realizou exposições em Galerias e Espaços Culturais do Brasil e do Exterior, entre elas: Galeria KLM - S. Paulo, SP 1968; Galerie Antoinette - Paris, França, 1973/78: Zimmergalerie - \ Dusseldori, Alemanha, 1974; Galeria Pro Arte Kasper - Morges, Suíça, 1976; Garland White Residence - Oakland, EUA, 1978; Museu do Estado de PE, 1981/93; Galeria de Arte Jean-Jacques - R. de Janeiro, 1986/93; Museu de Arte Contemporânea de PE, 1993. Participou de inúmeras coletivas em Museus e Salões de vários países,

destacando-se mais recentemente, I Mostra de Art Näif Brasileira - Recife, PE, 1991; Mostra Internacional de Arte Ingênua e Primitiva - SESC Piracicaba, S. Paulo; Coletivas de Natal - Galeria JaQues Ardles, S. Paulo, e Galeria de Arte Jean Jacques, R. de Janeiro, 1992. Premiações no I Festival de Pintura - Campinas; I Salão Anchieta de Arte Jovem e VI Salão de Artes Plásticas do Embu - S. Paulo, 1969. Prix Pro-Arte Peinture Nau -

Morges, Suíça, 1978. Menção Honrosa, I Salão de Artes Plásticas e Visuais - S. Paulo, SP, 1980. Citado em diversos dicionários, enciclopédias e catálogos de Arte. Técnica: Óleo sobre Tela. Figurativo.

Rua Conde de Rajá, 283, Torre, Recife, PE. Fone 33227.1464. CEP 50710.310. 9 Formado por Solano Trindade.

10 Ilza Jacob só começou a expor seus trabalhos em 1998 no Revelando São Paulo e depois na Praça da Republica.

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Ilustração 11. 2.João Cândido, sua mulher Ilza Jacob e os filhos. Década de 70. Fotografia

do acervo particular da família de João Cândido da Silva.

Na Praça da República 12 João expunha, em companhia da mãe,

Maria de Almeida, e seus irmãos Maria Auxiliadora, Vicente Paulo e Conceição Silva. Vicente foi quem insistiu com Maria Auxiliadora, para que além do Embu, expusesse seus trabalhos na Praça.

Pode-se dizer que nesse período foram construídas as bases para a edificação da carreira artística de João Cândido. Mas, na década de 70, entretanto, foi que sua arte, por assim dizer, floresceu.

12.3. João Cândido: Um Artista Motorista, ou um

Motorista Artista?

Em 1970 ocorreu a primeira Mostra de Artes Plásticas e Decorações para Eventos Natalinos, organizada no pátio de estacionamento da própria

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Secretaria da Saúde. João resolveu participar. Expôs três pilões entalhados em madeira, e quadros a óleo, e foi surpreendido pelos colegas, com o “Pequeno Troféu de Honra ao Mérito”,que João exibiu com orgulho, prêmio conferido pela Divisão de Transportes da Secretaria Estadual de Saúde Pública.13

João Cândido expôs três pilões esculpidos em madeira, e alguns quadros no pátio do estacionamento da

Secretaria da Saúde, na I Mostra de

Decorações e Eventos Natalinos e foi surpreendido com o «Pequeno Troféu

de Honra ao Mérito».

Ilustração 12.3. “Pequeno Troféu de Honra ao Mérito”. I Mostra de Artes Plásticas e Decorações. Divisão de

Transportes da Secretaria Estadual de Saúde Pública.

Após a mostra no “estacionamento” da Secretaria da Saúde, João foi convidado, desta vez pela Associação de Artes Plásticas Cândido Portinari, onde recebeu menção honrosa pelas obras apresentadas. 14

Paralelamente às suas artes, os demais componentes da ‘Família Silva’ em especial Maria Auxiliadora, faziam muito sucesso.

Bardi, jornalista italiano, crítico de arte e marchand que dirigia o Museu de Arte de São Paulo – MASP, havia se interessado sobremaneira pelos trabalhos de Auxiliadora, quando os conheceu na Praça da

13 Troféu exibido e informação prestada por João Cândido, em depoimento de 16 de maio de 2007.Troféu do acervo pessoal de João Cândido da Silva.

14

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República. As cores, relevos, aplicações de rendas, e até aplicação do próprio cabelo, dentre outros detalhes, de sua pintura näif , encantaram aquele europeu que valorizava a arte genuína brasileira.

Ilustração12. 4.Lina Bo e Pietro Maria Bardi no MASP.Acervo fotográfico do MASP. S/D.

O entusiasmo de Pietro Maria Bardi foi tal que decidiu fazer um livro sobre Maria Auxiliadora e uma exposição itinerante de seus trabalhos, auxiliado por Werner Arnhold, colecionador e a Editora Bolaffi de Torino (Itália), sobre o qual discorreremos na biografia de Maria Auxiliadora neste trabalho.

Do acervo da biblioteca do MASP15 consta a farta

correspondência entre Bardi e Werner Arnhold para a edição do livro bem como para a posterior organização da mostra que se iniciou em Nápoles ( 1982) e teve continuidade no Brasil (na cidade de São Bernardo do Campo, Paço Municipal,Salão Nobre do Palácio “João Ramalho”e encerramento em São Paulo ( Circolo Italiano San Paolo)16.

15 Museu de Arte de São Paulo.

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