• Nenhum resultado encontrado

Conservação da Natureza e Educação Ambiental

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2019

Share "Conservação da Natureza e Educação Ambiental"

Copied!
80
0
0

Texto

(1)

Instituto Politécnico de Viana do Castelo

12 e 13 de Abril de 2008

IX

Jornadas

ACTAS

(2)

Instituto Politécnico de Viana do Castelo

12 e 13 de Abril de 2008

IX Jornadas

ACTAS

(3)

Actas das IX Jornadas sobre Conservação da Natureza e Educação Ambiental

Organização: FAPAS; Apoio: Câmara Municipal de Viana do Castelo 12 e 13 de Abril de 2008

Organizadores:

Lucilia Guedes (FAPAS)

Paulo Santos (FAPAS)

Colaboradores:

Maria Leonor Cruz (Câmara Municipal de Viana do Castelo)

Marta Pascoal Parente (Câmara Municipal de Viana do Castelo)

Carlos Joaquim Rodrigues (Câmara Municipal de Viana do Castelo)

Fernando Silva (FAPAS)

Vasco Silva (FAPAS)

Helena Santos (FAPAS)

Sofia Tavares (FAPAS)

Daniel Gomes (FAPAS)

Tânia Pinto (FAPAS)

Américo Oliveira (FAPAS)

Edição: FAPAS com o apoio da Câmara Municipal de Viana do Castelo

Tiragem: 500 exemplares

Execução gráfica: Litogaia Artes Gráficas

(4)

participantes

(5)

Introdução p5

Programa p7

CONSERVAÇÃO DA NATUREZA

Alterações Climáticas e a Biodiversidade Marinha p10

Indicadores para a gestão integrada do Litoral Norte p13

A energia eólica como alternativa às fontes enérgicas tradicionais:

avaliação de impactes p14

EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Agenda 21 local p17

Educação Ambiental e Alterações Climáticas: (a experiência do FAPAS) p18

Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental

Uma abordagem na educação para a sustentabilidade p21

Biodiversidade – Um desafio educativo p25

SAIDAS DE CAMPO

Visita ao Litoral Norte de Viana do Castelo p28

CARTAZES

Aves da Baixa do rio Seia p34

Ensino experimental no bosque de Casal do Rei p36

Material Didáctico sobre a Importância da Conservação da Mata Ripícola p38

Actividades de Educação Ambiental no Parque Natural do Litoral Norte p39

Visita à paisagem protegida da Albufeira do Azibo p41

Protecção e Conservação do Sistema Dunar do Litoral de Ovar p49

Centro de Interpretação e Monitorização Ambiental p53

Mata Nacional do Buçaco: Biodiversidade e Educação Ambiental p59

O futuro do nosso clima - O homem e a atmosfera p64

ATELIERS DIDÁTICOS

Descodificar a Natureza p66

Oficina de construção de caixas-ninho e caixas-abrigo p69

Oficina de construção de carrinhos solares p71

LISTA DE PARTICIPANTES

(6)

A estratégia Nacional de Desenvolvimento Sustentável aprovada recentemente define, como linhas de acção, entre outras, promover uma Política de Conservação da Natureza e Biodiversidade que vise suster a redu ção e fragmentação dos habitats, a protecção de espécies ameaçadas e a valorização das paisagens, articula das com outras políticas

sectoriais; a promoção de uma política integrada e coordenada de ordenamento, planea

-mento e gestão da zona Costeira Nacional.

O Relatório “Bases para a Estratégia de Gestão Integrada da Zona Costeira Nacional”, aponta para um novo sistema organizativo para o Litoral, com uma única entidade gestora

Nacional e um programa de acção re sultante dos instrumentos de gestão territorial.

As mudanças climáticas, com tendência para se agravarem nas próximas décadas, con

-stituem um dos maio res desafios do século XXI. Portugal é reconhecido como um dos Países Europeus mais ricos em Biodiver sidade, cuja preservação se encontra fortemente

ameaçada pelas alterações climáticas.

Pretende-se, com estas Jornadas, sensibilizar e mobilizar a sociedade para os temas em

questão mediante discussão e troca de experiências e promover o ensino e a divulgação

(7)
(8)

12 de Abril

(Sábado)

8.30h Entrega de documentação

9.00h Sessão de abertura

Francisco Nunes Correia (Ministro do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional)

Defensor Oliveira Moura (Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo) Rui Teixeira (Presidente do Instituto Politécnico de Viana do Castelo)

António Gonçalves Henriques (Presidente da Agência Portuguesa de Ambiente) João Menezes (Presidente do Instituto da Conservação da Natureza e Biodiversidade) Margarida Moreira (Directora Regional de Educação do Norte)

Paulo Santos (Presidente do FAPAS)

9.30h A nova estratégia para a zona costeira

Veloso Gomes (Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto)

10.15h Acções de Conservação da Natureza em Portugal

Henrique Pereira dos Santos (Instituto da Conservação da Natureza e Biodiversidade)

11.00h Intervalo para café

11.15h Litoral de Viana do Castelo: biodiversidade e gestão de espécies e habitats

Isabel Sousa Pinto e Rui Pereira (Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, Centro de Investigação Marinha Ambiental, Universidade do Porto)

12.00h Indicadores para a gestão integrada do Litoral Norte

Manuel Rui Alves e José Cruz Lopes (Instituto Politécnico de Viana do Castelo)

12.45h Debate (moderador: Gonçalo Pereira-National Geographic)

13.00h Almoço livre

15.00h A mudança climática: Física e Química à escala global

Pedro Miranda (Universidade de Lisboa, Centro de Geofísica, IDL (Lab. Associado).

15.45h Como as alterações climáticas afectam a biodiversidade

Vânia Freitas (Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, Centro de Investiga-ção Marinha Ambiental, Universidade do Porto)

16.30h Intervalo para café

16.45h A Energia Eólica como alternativa às fontes energéticas tradicionais. Avalia-ção de impactes

Hugo Costa (bio3)

17.30h A Energia eólica: que estratégia de intervenção em áreas ecologicamente sensíveis?

Miguel Dantas da Gama (FAPAS)

18.15h Centro de monitorização e interpretação ambiental-uma abordagem na edu-cação para a sustentabilidade

Leonor Cruz (Câmara Municipal de Viana do Castelo)

19.00h Debate (moderador: Paulo Santos-FAPAS)

(9)

9.00h Educação Ambiental/EDS no Sistema Educativo

Ana Benavente (Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa)

9.45h Educação Ambiental/EDS e AGENDA 21

Nuno Quental (Escola Superior de Biotecnologia)

10.30h Intervalo para café

10.45h Educação ambiental e alterações climáticas: a experiência do Fapas

Lucília Guedes (FAPAS)

11-30h Biodiversidade- um desafio educativo

Jorge Paiva (Universidade de Coimbra)

12.15h Debate

(Moderador: Luísa Schmidt-Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lis-boa)

12.30h Sessão de encerramento

Defensor Oliveira Moura (Presidente da Câmara de Viana do Castelo)

Manuela Vaz Velho (Presidente da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do IPVC) Paulo Santos (Presidente do FAPAS)

13.00h Almoço Livre

15.00h Actividades em simultâneo:

-visita ao Litoral de Viana do Castelo -visita à Zona Húmida de Viana do Castelo

-atelier: descodificar a Natureza: sons, pegadas e silhuetas (Sara Meireles-FAPAS)

-atelier: construção de caixas-ninho; caixas - abrigo e comedouros para a fauna)

(Fernando Silva e Vasco Silva-FAPAS)

-atelier sobre energias renováveis - uso de materiais correntes para aparelhos que aproveitam a Energia solar (Júlio Piscarreta)

19.00h Regresso do autocarro

Público - alvo:

Técnicos e gestores de ambiente, autarcas, técnicos de Educação Ambiental, professo-res e educadoprofesso-res, investigadoprofesso-res em ciências do ambiente técnicos de áreas protegidas, coordenadores dos clubes da Cegonha-Branca, das Eco-Escolas e outros, estudantes.

Mostra de cartazes

(10)
(11)

Alterações Climáticas e a Biodiversidade Marinha

Vânia Freitas1

1

Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental, Universidade do Porto (CIIMAR-UP)

Email: vania.freitas@fc.up.pt

A Alteração climática, segundo o Painel Intergovernamental para as Alterações Climá

-ticas (IPCC sigla em inglês) diz respeito a qualquer alteração do clima ao longo do tempo,

quer devido a causas naturais quer como resultado de actividades humanas. Apesar do

clima da Terra ter sofrido variações ao longo de toda a sua história, a extensão e a taxa

a que as alterações climáticas actuais estão a ocorrer parecem exceder as variações

na-turais dos últimos milhares de anos. Estas variações têm sido atribuídas às actividades

humanas que, desde 1750 têm causado um aumento das concentrações globais atmosfé

-ricas de gases com efeito de estufa, nomeadamente dióxido de carbono, metano e óxido

nitroso. O aumento de CO2 está principalmente relacionado com o uso de combustíveis

fósseis e alteração no uso dos solos, enquanto que o aumento dos outros dois gases está associado às actividades agrícolas (IPCC, 2007). A característica principal destes gases é a sua capacidade de retenção de calor. Em concentrações naturais, estes gases impedem

que a radiação solar se escape totalmente de volta para o espaço permitindo o

aqueci-mento da terra. É de notar que na ausência de gases com efeito de estufa, a temperatura à superfície da terra rondaria os -18ºC! No entanto, o aumento quase exponencial destes gases, principalmente do dióxido de carbono, tem levado a um aquecimento acelerado da

Terra e, prevê-se que este aumento da temperatura irá continuar durante todo este sécu

-lo. Em cerca de cem anos, a temperatura média global aumentou em aproximadamente

0.7ºC, atingindo os 0.95ºC na Europa. Até ao fim deste século estima-se que a temperatu

-ra aumente em 1.4-5.8ºC (dependendo dos vários cenários climáticos) globalmente e em 2.0-6.3ºC na Europa (relativamente aos valores registados em 1990).

Os impactos das alterações climáticas atingem quer os sistemas naturais, marinhos e

terrestres, quer os sectores da sociedade tais como a saúde pública, o turismo, a econo

-mia. Nesta apresentação, alguns exemplos das consequências das alterações climáticas

a nível dos ecossistemas e biodiversidade marinhos foram apresentados.

Apesar da água do mar ter uma capacidade de armazenamento e redistribuição do

(12)

A nível dos oceanos e ecossistemas marinhos são esperadas alterações nas suas

características físico-químicas, biológicas e ecológicas. A nível físico-químico prevêm-se

aumentos do nível do mar, variações nos padrões do vento, estratificação do oceanos, va

-riação nos padrões de circulação e alteração da composição química ( a nível dos nutrien-tes e do pH). Estas alterações têm consequências a nível biológico e ecológico levando

a alterações na distribuição espacial das espécies, na fenologia (período de ocorrência de fenómenos naturais cíclicos tais como a reprodução ou as migrações), na abundância relativa e dominância das espécies, na produtividade e, em suma, na própria estrutura e

funcionamento dos ecossistemas.

Nesta apresentação, alguns exemplos de estudos recentes retirados da bibliografia

científica foram apresentados ilustrando alguns dos efeitos acima referidos. Um dos exem

-plos refere-se a alterações no início e extensão do período de desenvolvimento do fito

-plâncton marinho (Edwards et al., 2003), base das cadeias tróficas marinhas, originando uma assincronia com o ciclo de vida das espécies que se alimentam destes organismos,

nomeadamente crustáceos e peixes e conduzindo a alterações na eficiência de transfe

-rência de energia entre produtores e consumidores. Outros estudos demonstram

altera-ções na distribuição geográfica de espécies a nível da comunidade de peixes (expansões para norte) (Perry et al., 2005) e a nível das comunidades zooplânctonicas (Beaugrand et al., 2002). Para além das consequências directas para a própria espécie, as alterações na

distribuição podem originar os chamados “efeitos em cascata” com impactos em outros

níveis das cadeias tróficas marinhas. Um exemplo é o da correlação entre abundância

e composição do zooplâncton e a biomassa de bacalhau no Mar do Norte que tem

vin-do a diminuir significativamente, não só em resultavin-do da sobrepesca mas, também, em

consequência de uma alteração da fonte de alimento dos estádios larvares do bacalhau

(Beaugrand et al., 2003).

O impacto das alterações climáticas a nível das interacções predador-presa nos

ecos-sistemas marinhos e costeiros é justamente o tema que está a ser investigado através do

projecto “Variações em latitude na biologia de espécies chave estuarinas como indicado

-res para a previsão de efeitos das alterações climáticas”. Este projecto, com financiamento da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), é o resultado de uma parceria entre várias instituições nomeadamente o CIIMAR-UP, o Aquamuseu do Rio Minho, o NIOZ

(Holanda) e HIBO (Noruega).

Os estuários foram escolhidos como área de estudo pelo facto de serem áreas

mui-to produtivas que, para além de servirem de habitat para inúmeras espécies residentes, verdadeiramente estuarinas, representam zonas de alimentação para aves marinhas e de

nursery (locais com condições adequadas para o desenvolvimento dos estádios iniciais do ciclo de vida) para vários peixes alguns deles com interesse comercial. Estas áreas têm

sido apontadas como locais susceptíveis a grandes modificações em resultado das alte

-rações climáticas nomeadamente, elevação do nível médio do mar, alte-rações do caudal

fluvial e alterações no balanço sedimentar (Santos e Miranda, 2006) que, por sua vez, po

-derão afectar o funcionamento e estrutura destes ecossistemas. Deste modo, a previsão

de efeitos ecológicos das alterações climáticas nos estuários requer o estudo não só da

biologia de espécies estuarinas, mas também das interacções entre estas espécies e des

-tas com o meio envolvente. Sendo a temperatura o principal factor abiótico que varia com

(13)

das variações térmicas. Assim, o objectivo do trabalho que aqui se descreveu é prever

efeitos das alterações climáticas globais em espécies-chave de estuários europeus, atra

-vés da comparação da sua biologia (crescimento e reprodução) e ecologia (influência de

factores abióticos, relações predador-presa), ao longo do gradiente latitudinal de distribui

-ção, que se assume correspondente a um gradiente de temperatura.

Para além da componente científica deste projecto, um dos objectivos foi foi também a divulgação sobre o tema das alterações climáticas. Assim, procedeu-se à elaboração

de um folheto explicativo das causas e consequências das alterações climáticas e desen-volveram-se actividades pedagógicas com alunos do primeiro ciclo onde se tentou incutir alguns conceitos importantes recorrendo a experiências laboratoriais simples.

Referências bibliográficas:

Beaugrand, G., Reid, P.C., Ibañez, F., Alistair Lindley, J., Edwards, M., 2002. Reorganization

of North Atlantic Marine copepod biodiversity and climate. Science 296: 1692-1694.

Beaugrand, G., Brander, K.M., Alistair Lindley, J., Souissi, S., Reid, P.C., 2003. Plankton

effect on cod recruitment in North Sea. Nature 426: 661-664.

Edwards, M. et al. (2003): Fact sheet on phytoplankton, submitted to ETC/ACC.

Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC) report. Climate Change 2007: The

physical science basis. February 2007

Marine Board – European Science Foundation: Impacts of Climate Change on the European Marine and Coastal Environment. March 2007

Perry, A.L., Low, P.J., Ellis, J.R., Reynolds, J.D., 2005. Climate change and distribution shifts in marine fishes. Science 308: 1912-1915

(14)

INDICADORES PARA A GESTÃO INTEGRADA DO LITORAL NORTE

José da Cruz Lopes | clopes@estg.ipvc.pt | Professor de Ecologia Humana

Manuel Rui Alves | mruialves@estg.ipvc.pt | Professor de Tecnologia Alimentar

Instituto Politécnico de Viana do Castelo

Escola Superior de Tecnologia e Gestão

A Carta Europeia do Litoral é uma referência sobre a importância desta interface do nosso ambiente e data de 1980. Este documento impulsionou na Europa e em Portugal

novas preocupações pelo uso e gestão dos recursos litorais, bem como motivou outras experiências de participação e fruição pública dos seus valores naturais e culturais. O projecto Coastwatch Europe iniciado em 1987, na Irlanda, e a Bandeira Azul implementada como projecto europeu em 1987, no programa do Ano Europeu do Ambiente, são exemplos

e consequências deste quadro de intenções e de propostas de acções.

A Expo’98 em Portugal provou a nossa vontade de encarar o Mar e o Litoral como um

recurso natural e um bem cultural a qualificar para atenuar os problemas ambientais do litoral e regular as pressões humanas aí desenvolvidas. Há, de facto, uma litoralização territorial em crescimento nos distritos do litoral porque 76% da população nacional já aqui vive e porque 85% do PIB lhe é atribuído. E isto em detrimento de um Portugal do interior, em perda de pessoas, de funções e de empregos activos. A tal realidade contrapomos com a seguinte interrogação: estão a ser concebidos projectos e as adequadas acções de resposta e de implementação para que esta(s) situação(es) sejam equacionadas?

Em 1998 Portugal criou duas reservas naturais marinhas – as ilhas Berlengas e o parque

marinho da Arrábida, em especial na zona centrada na área marinha da Pedra da Anicha. E tal acção de governância pública era tomada quando ainda não existia uma consistente

política nacional do (e para o) Mar Português. Só a partir de 2003 surge a Comissão

Estratégica dos Oceanos, na qual se gera uma estratégia nacional para os recursos do Mar, e que contém múltiplos nichos de interesse e de valor económico-social e de bens com estatuto de reserva nacional. Também a União Europeia, em 2007, dedica o seu interesse

a tal domínio com o seu Livro Verde «Para uma futura política marítima da União».

Tendo com referência maior a proposta para um «Sistema de Indicadores de Desenvolvimento Sustentável (DGA, 2000) a nossa contribuição será a abordagem a este âmbito e aplicado a um conjunto específico de indicadores ambientais para o nosso Litoral

(15)

A ENERGIA EÓLICA COMO ALTERNATIVA ÀS FONTES ENÉRGICAS

TRADICIONAIS: AVALIAÇÃO DE IMPACTES

Joana Bernardino, Hugo Costa, Miguel Mascarenhas e Paulo Cardoso

Bio31

Em resultado da necessidade de atingir as metas europeia no que respeita à produção

de energia renovável, nos últimos anos tem-se verificado em Portugal um aumento acentuado do número de Parque Eólicos. O vento, como fonte renovável, constitui uma importante alternativa às fontes energéticas tradicionais, contudo, por se tratar de uma tecnologia relativamente recente no nosso país, existe ainda alguma dificuldade no que respeita à quantificação dos seus impactes na fauna e flora.

É neste contexto que o processo de Pós-avaliação se torna extremamente importante uma vez que permite perceber se os impactes previstos em sede de Avaliação de Impacte

Ambiental (AIA) se verificam e proceder à quantificação dos mesmos. Para tal, os

programas de monitorização deverão recorrer a metodologias rigorosas e uniformizadas

cujos resultados, quando integrados, poderão fornecer informação de base mais fiável e

fundamental para futuras decisões em fase de AIA.

Sendo o grupo dos vertebrados voadores predominantemente afectado pela presença

e funcionamento destes projectos, é sobre ele que recaem a maioria dos planos de

monitorização a implementar em Parque eólicos e linhas eléctricas associadas.

O programa de monitorização de aves e quirópteros deve contemplar um período

alargado, que abranja o ano anterior à construção do parque, a fase de construção e, pelo menos, 3 anos da fase de exploração. Durante as duas primeiras fases deverão

ser efectuados censos de aves e amostragens de quirópteros de modo a perceber qual o uso que estes dois grupos fazem da área de estudo na ausência e período de

construção do projecto. Durante a fase exploração, estes trabalhos devem passar a ser

complementados por campanhas de prospecção e rigorosos testes de detectabilidade e

remoção/decomposição de cadáveres.

(16)

Através dos resultados obtidos nos trabalhos de prospecção de cadáveres e da, consequente, aplicação dos factores de correcção foi possível efectuar uma estimativa da

mortalidade real causada pelos 2 parques eólicos. Constatou-se que o peneireiro (Falco tinnunculus) foi a espécie mais afectada, contudo, uma primeira análise dos resultados

obtidos sugeria que sua população estaria comprometida, situação que os censos de aves de rapina e outras planadoras não confirmaram.

Este conflito de resultados evidenciou assim que, embora tenha sido feito um esforço no que respeita à utilização de metodologias rigorosas, as mesmas apresentam ainda algumas lacunas, nomeadamente ao nível da fórmula utilizada para estimar a mortalidade, da obtenção dos factores de correcção e dos próprios censos. Neste último caso, salienta-se o facto de metodologias generalistas não permitirem estimar com precisão o número de indivíduos de todas espécies que utilizam a área de influência do parque eólico e, consequentemente, perceber de que forma o parque eólico está a comprometer essas

populações.

Torna-se, assim, evidente a necessidade de desenvolver continuamente as metodologias de monitorização e incidir o esforço de amostragem em espécies-alvo, isto é, em espécies

que logo à partida tenham uma maior susceptibilidade a este tipo de infra-estuturas.

1

(17)
(18)

AGENDA 21 LOCAL

Ana Albuquerque Barata

Intervir+, Escola Superior de Biotecnologia Universidade Católica Portuguesa http://www.agenda21local.info | aabarata@esb.ucp.pt

Considerando o conjugar de oportunidades, mas também de ameaças, que afectam o

tecido social, a estrutura das actividades económicas e o equilíbrio ambiental, a preocu

-pação dominante no estabelecimento de políticas e estratégias para o futuro tem vindo a basear-se essencialmente na procura de um modelo mais sustentável de evolução da sociedade.

Desta preocupação, à qual acresce o desafio colocado à sociedade actual da globaliza

-ção, e estando o mundo com fronteiras cada vez mais vestigiais, surge a necessidade de

se integrar o conceito do desenvolvimento sustentável nas políticas a estabelecer e nas

estratégias a definir, por todas os países.

Para tornar exequível este desafio, é necessário colocar em prática um conjunto de instru

-mentos que promovam este desenvolvimento sustentável na Terra.

De acordo com o International Council for Local Environmental Initiatives (ICLEI)“a Agen-da 21 Local é um processo participativo, multissectorial, que visa atingir os objectivos Agen-da Agenda 21 ao nível local, através da preparação e implementação de um Plano de Acção estratégico de longo prazo dirigido às prioridades locais para o desenvolvimento susten-tável”.

Como se constata, torna-se claro que o conceito de Agenda 21 Local se enquadra intei

-ramente numa perspectiva do desenvolvimento sustentável. Este conceito fornece

ferra-mentas de participação pública e permite uma visão transversal e integradora de todos os sectores da sociedade, permitindo-lhes a definição de políticas conjuntas e englobadoras,

relativamente a vários sectores de actividade.

Por estes motivos é que os processos de Agenda 21 Local se têm vindo a multiplicar a

todos os níveis: regional, local e escolar.

Actualmente estão em curso 103 processos de Agenda 21, o que representa quase 33%

da totalidade dos municípios portugueses.

No decorrer destes processos de Agenda 21 Local, também têm vindo a ser dinamizados processos de Agenda 21 Escolar, os quais replicam, a uma escala mais focalizada, os

procedimentos da Agenda 21 Local.

É no seguimento deste aumentar de processos municipais participativos que surge a ne-cessidade e possibilidade de implementação de processos de Agendas 21 Escolar em

vários municípios, numa tentativa de aproximar, ainda mais, a decisão dos decisores e dos implicados nestas decisões, aumentando igualmente a co-responsabilização de todos os actores nas estratégias a serem dinamizadas e opções a seguir, em cada conselho em

(19)

Educação Ambiental e Alterações Climáticas:

a experiência do FAPAS

Lucília Guedes

FAPAS

Rua Alexandre Herculano, 371, 4ºDto; 4000-055 Porto

www.fapas.pt; geral.fapas@sapo.pt

O Projecto “Educação Ambiental e Alterações Climáticas” tem vindo a ser proposto às

escolas do Litoral entre Viana do Castelo e Figueira da Foz.

Fases do desenvolvimento do projecto: Apresentação do Projecto às Autarquias

Reuniões com elementos da Autarquia

Apresentação do projecto às escolas

Reuniões com elementos da comunidade educativa e Autarquia para a definição de ob

-jectivos, metodologias , levantamento de recursos existentes, levantamento de necessida

-des, propostas de activida-des, parcerias…

Distribuição de material informativo

Seminário sobre o Litoral

Palestras nas escolas

Visitas Guiadas

Avaliação intercalar

Intervenção nas dunas e em áreas ardidas de Zonas protegidas

Avaliação do projecto

(20)

Enquadramento do projecto

A Conservação da Natureza e da Biodiversidade é uma das vertentes do Desenvolvimento

Sustentável. A Estratégia Nacional de Conservação da Natureza e da Biodiversidade, es

-tabelece entre outros pontos, o desenvolvimento em todo o território Nacional de acções específicas de conservação e gestão de espécies e habitats, bem como de salvaguarda e

valorização do património paisagístico; a promoção da educação e a formação em matéria de conservação da natureza e da biodiversidade; assegurar a informação; sensibilização e

participação do público, bem como mobilizar e incentivar a sociedade civil.

Em 2002, durante o evento das Organizações das Nações Unidas, em Joanesburgo, Por

-tugal, entre outros países, assumiu o compromisso de reduzir a perda de biodiversidade até 2015. Essa é uma das Metas dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio.

A avaliação dos ecossistemas mundiais, permitiu a identificação das alterações climáticas

como a maior causa de perda de Biodiversidade do nosso planeta mas os recursos da biodiversidade podem contribuir para a redução dos impactos sobre todos os sectores da vida humana.

Os sistemas dunares são sistemas extremamente dinâmicos e sensíveis, sofrendo altera

-ções ao longo do tempo, de acordo com as pressões a que estão sujeitos. Formam barrei

-ras físicas naturais muito resistentes à acção dos ventos e das ondas, principalmente du

-rante as tempestades de Inverno. Do ponto de vista da conservação, os sistemas dunares costeiros, são considerados como habitats naturais com elevado valor conservacionista, especialmente, relativamente à vegetação. A sua natureza dinâmica, cria paisagens com uma topografia variável, favorecendo uma enorme variedade de habitats que apresentam uma riqueza florística e animal com características únicas. Além da vegetação natural são encontradas espécies exóticas invasoras que prejudicam gravemente a biodiversidade

(Fig.1)

A gramínea Ammophila arenaria, (Fig.2) é uma espécie particularmente importante nos

ecossistemas dunares. A sua vasta distribuição geográfica ao longo de toda a costa Eu

-ropeia, sob condições climáticas tão distintas, reflecte uma grande amplitude ecológica. A sua incomparável capacidade de fixação de areia e formação de dunas prende-se com o

facto de possuir um abundante sistema de raízes e rizomas que atinge considerável

pro-fundidade e ainda pelo seu crescimento vertical ser estimulado pela deposição de areias,

fazendo com que seja a única espécie presente em áreas abertas de dunas móveis. Am

-mophila arenaria é ainda a espécie

mais utilizada por toda a Europa em trabalhos de recuperação de sistemas degradados e de formação de dunas.

O crescimento da população costeira, a construção e o uso recreativo destas áreas, são

factores de perturbação constantes que aceleram os processos de degradação por

cau-sas naturais, sendo com facilidade, as espécies vegetais afectadas, diminuindo a riqueza de espécies e a cobertura vegetal nos locais onde se verificam maiores impactos (Kutiel e tal, in Yalmaz, 2002).

Torna-se assim importante envolver instituições educativas, privadas e públicas para a

(21)

Descrição do projecto

Na fase inicial do projecto, estabeleceram-se parcerias com algumas Câmaras Municipais, procurando-se assim, criar as bases que pudessem servir de suporte às escolas, aos

professores e às comunidades.

As parcerias efectuadas permitiram definir, com os grupos de trabalho, uma série de es

-tratégias de formação, de levantamento de recursos, execução de planos de acção, mo

-nitorização, análise dos resultados, tendo em consideração as necessidades locais, de acordo com as características dos respectivos troços de cordão dunar. O projecto tem consistido num trabalho conjunto e articulado e contado com a realização de seminários, debates e actividades tais como a introdução de práticas concertadas e cientificamente

suportadas, o combate às intervenções antrópicas que provocam a destruição dos ecos

-sistemas dunares e, consequentemente, erosão costeira e ao aquecimento global que tem

agravado o avanço do mar. São aplicadas metodologias activas e participativas centradas em situações concretas da prática pedagógica ou noutros contextos educativos com vista à resolução de questões relacionadas com a temática da conservação dos sistemas du-nares (Fig.3)

Público-alvo:

Pré-escolar

1.º Ciclo Ens. Básico

2 e 3.º Ciclos

Secundário

População envolvente

(22)

Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental

Uma abordagem na educação para a sustentabilidade

Maria Leonor Ferreira Rodrigues Cruz

Rua da Argaçosa | 4900-394 Viana do Castelo

Tel: 258 845 434 | Fax: 258 809 397 | cmia@cm-viana-castelo.pt

www.cmia-viana-castelo.pt

ENQUADRAMENTO

O Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental (CMIA) foi concebido no âmbito do

Programa Polis, procurando intervir na melhoria da qualidade de vida da cidade, dando a conhecer as acções de requalificação urbanística e ambiental desenvolvidas no espaço urbano e desafiando os cidadãos para uma reflexão sobre várias temáticas do ambiente

urbano.

Os seus Objectivos

O CMIA destina-se a todo o tipo de público, dos mais novos aos mais idosos, desde a população em geral às organizações não governamentais, passando pelas associações de carácter social, recreativo, desportivo ou ambiental, escolas, educadores, professores,

grupos profissionais e empresários. É um espaço aberto a diferentes entidades, institui

-ções e associa-ções, com as quais estabelecemos parcerias.

Comunidade em geral

• Apoio na “descodificação” dos elementos naturais que rodeiam o Homem, pois enten

-demos que a interpretação ambiental pressupõe dar lugar a uma nova leitura de tudo o que vemos no dia-a-dia;

• Reflexão sobre as componentes ambientais que nos rodeiam e nossa relação / de

-pendência perante esses componentes;

• Promoção da formação e esclarecimento a toda a comunidade;

Comunidade escolar

• Apoio no desenvolvimento de projectos sobre diversas temáticas associadas ao am

-biente, saúde e bem-estar. Apoiamos todos os projectos que venham encontro das

nossas valências e missão;

• Apoio à solidificação de conhecimentos adquiridos em ambiente escolar – actividades

práticas no CMIA e no Parque Urbano da Cidade que promovam o enraizamento de conhecimentos;

• Produção de materiais de apoio educativo para distribuição ou disponibilização tem

(23)

O Parque Urbano da Cidade de Viana do Castelo e o Centro de Monitorização e Interpre-tação Ambiental pretendem promover a valorização do meio natural no espaço urbano através da dinamização de actividades culturais respeitando sempre o meio natural.

È ainda seu propósito gerir a informação resultante das monitorizações ambientais

reali-zadas ou a implementar, transmitindo a toda a população que indicadores ambientais são

analisados para aferir a qualidade do ambiente que nos rodeia.

Este é sem dúvida um espaço de promoção e implementação da Agenda 21 ao nível local, já em desenvolvimento.

VALÊNCIAS DO CMIA

Sala museu _ Espaço onde se insere o engenho de moagem. Está disponível ao público

com uma exposição temática permanente.

Sala multiusos _ Local para dinamização de exposições temáticas temporárias, confe

-rências, acções de formação, entre outras iniciativas.

Centro de Recursos _ Local que compreende uma biblioteca e uma sala multimédia que

permitem a pesquisa de informação. Tem possibilidade de acesso à Internet.

Laboratório _ Espaço destinado à preparação de acções de experimentação temática de elementos e componentes ambientais de forma pedagógica.

Centro de Monitorização Ambiental _ Mais uma valência do CMIA que permitirá a todos os visitantes compreender como se efectua a monitorização ambiental e sua importância em toda a dinâmica dos ecossistemas e do desenvolvimento urbano.

EDUCAÇÃO PARA A SUSTENTABILIDADE

Segundo documento da UNESCO, a educação para a sustentabilidade é matéria que

deverá:

• Ser interdisciplinar e holística; • Visar a aquisição de valores;

• Desenvolver o pensamento crítico e capacidade de encontrar solução para os proble

-mas;

• Recorrer a multiplicidade de métodos;

• Estimular o processo participativo da tomada de decisão; • Ser aplicável;

(24)

ACTIVIDADES DO CMIA

A programação no CMIA vai-se assim estruturando no sentido de abordar temas diversos

em diferentes formatos e para um público tão heterogéneo quanto possível. • Realização de exposições de carácter itinerante;

• Sessões temáticas;

• Projectos de sensibilização ambiental com entidades diversas; • Palestras e workshop’s;

• Comemoração dias temáticos; • Hortas pedagógicas;

• Promoção da expressão plástica e cénica; • (…)

ALGUNS NÚMEROS DO CMIA

Desde Julho de 2007 até Abril de 2008 o CMIA já promoveu o desenvolvimento de acti

-vidades e possibilidades distintas de formação e informação a mais de 10 000 pessoas.

Destacamos alguns dos números mais significativos:

Palestras e Workshop’s > 1 200 pessoas

Exposições Temáticas > 5 300 pessoas

Datas Temática > 1 500 pessoas

Projectos > 80 entidades

(25)

A percentagem de crianças e adultos encontra-se muito próxima o que indica claramente a adesão de faixas etárias mais velhas a actividades promovidas pelo CMIA – sessões

(26)

BIODIVERSIDADE – UM DESAFIO EDUCATIVO

Jorge Paiva

É fundamental educar “ambientalmente” as crianças e até os próprios filhos. Isto é, educar

as crianças de modo a que elas se apercebam que a nossa espécie para viver precisa dos

animais e das plantas que habitam o Globo Terrestre, que não poderemos sobreviver se continuarmos a poluir este Globo (Planeta Terra) da maneira como temos vindo a fazer e que a água é imprescindível à vida, isto é, se a Terra não tivesse água, não seria possível

haver vida neste planeta.

Qualquer criança em idade escolar (mesmo da pré-primária) entende que precisa de comer para viver e crescer e que a comida é constituída por material biológico (vegetal e animal).

Primeiro, explica-se-lhes que qualquer veículo automóvel necessita de combustível (geralmente gasolina ou gasóleo) que colocamos no respectivo depósito. No entanto, o veículo só se move depois de se “dar ao motor de arranque”, produzindo uma faísca, que vai “queimar o combustível libertando-se calor (energia), que põe a trabalhar o motor que, por sua vez, faz “andar” (deslocar) o veículo. Depois, é só explicar que qualquer motor para trabalhar, precisa de um combustível que, através de reacções químicas (combustão) liberta calor (energia) suficiente para que o motor “trabalhe”. O material combustível que não é consumido, por não ter utilidade na produção de energia (calor), é expelido pelos tubos de escape, sendo até poluente.

Seguidamente, chama-se-lhes à atenção para o nosso corpo que tem vários “moto

-res”. Todas as crianças sabem que o coração é um “motor” que está sempre a “bater” (trabalhar) e que não pode parar. Quando pára, morre-se. Se o coração é um motor, tem

de haver um combustível para que este motor trabalhe. Esse combustível é a comida que metemos no “depósito” do nosso corpo (estômago). Depois é só mostrar-lhes que a

comi-da não é de plástico, nem são pedras, mas sim produtos vegetais e animais. Essa comicomi-da

que ingerimos é transformada no nosso organismo em energia (calor) que vai fazer com

que os vários motores do nosso corpo, entre os quais o coração e os pulmões, trabalhem e nos mantenham vivos. Da mesma maneira que acontece com os veículos automóveis, da comida que ingerimos, o que não é transformado em energia é expelido do nosso corpo

sob a forma de fezes e urina.

Assim, qualquer criança entende que os outros seres vivos ( Biodiversidade) são a nos

-sa “gasolina” (combustível) e que se não os protegermos e eles de-saparecerem do Globo

Terrestre, também nós vamos desaparecer, por ficarmos sem combustível.

Seguidamente, é preciso mostrar-lhes que as plantas não precisam de comer, porque são os únicos seres vivos que são capazes de “acumular” no seu corpo o calor (energia) do Sol (a fonte de energia que aquece o Planeta Terra) com a ajuda de substâncias (CO2

e H2O) existentes na atmosfera (fotossíntese). Como os animais não são capazes de

(27)

Finalmente, é necessário mostrar-lhes que os outros seres vivos não são apenas as nossas fontes alimentares, fornecem-nos muito mais do que isso, como, por exemplo,

substâncias salutares (mais de 70% dos medicamentos são extraídos de plantas e cerca

de 90% são de origem biológica), vestuário (praticamente tudo que vestimos é de origem animal ou vegetal), energia (lenha, petróleo, cera, resinas, etc.), materiais de construção (madeiras), etc. Até grande parte da energia eléctrica que consumimos não seria possível sem a contribuição dos outros seres vivos pois, embora a energia eléctrica possa estar a ser produzida pela água de uma albufeira, esta tem de passar pelas turbinas da barragem e as turbinas precisam de óleos lubrificantes. Estes óleos são extraídos do crude, que é de origem biológica. Enfim, sem o Património Biológico não comíamos, não nos vestíamos, não tínhamos medicamentos, luz eléctrica, energia, etc.

Portanto, sem os outros seres vivos não sobreviveremos no Globo Terrestre.

Por outro lado, é fundamental demonstrar, com exemplos simples, que sem água não

há vida e que o corpo dos seres vivos é maioritariamente constituído por água.

O primeiro caso é de fácil demonstração. Mostra-se-lhes que se deitarmos sementes

em dois vasos com terra, mas só regarmos um deles, apenas nascerão plantas no que foi regado. Outro exemplo é mostrar-lhes que nos desertos puros, onde não há água, nem chove, não há vida e que nos oceanos, lagos, pântanos e rios pululam seres vivos.

O segundo caso também é de fácil demonstração. Basta dizer-lhes que a espécie

humana é capaz de sobreviver sem comer 2-3 meses, desde que se movimente o míni

-mo possível para não consumir o combustível (gorduras, açucares e proteínas) que tem

acumulado no corpo. Uma pessoa em greve de fome emagrece. Mas não há ninguém que

faça greve de sede, pois não aguentava mais do que 2-3 dias vivo.

É por isso que, em todo o Globo Terrestre, é fundamental preservar as Zonas Húmidas, não só por conterem uma grande diversidade e quantidade de seres vivos, como também

por serem reservas de água, muito importante para nós e para os seres vivos de que de

-pendemos.

Como as crianças muito bem sabem, a nossa espécie só pode utilizar água potável. A água, desde que esteja poluída, pode matar ou provocar doenças que, posteriormente,

muitas vezes levam à morte.

(28)
(29)

Visita ao Litoral Norte de Viana do Castelo

Maria Elizabeth Matos

Câmara Municipal de Viana do Castelo

O litoral português devia formar uma província à parte, esguia, fresca e alegre, só de areia e espuma. Eu, pelo menos, assim o vi sempre, comprida e lavada franja de renda da va-riegada colcha lusitana.

[...]

Miguel Torga (1907-1995)

Portugal

6ª ed. Coimbra, 1993

A faixa do litoral no concelho de Viana do Castelo tem aproximadamente 24 km de com

-primento e constitui um espaço com uma qualidade excepcional do ponto de vista do

pa-trimónio natural, paisagístico e cultural. Tem uma especificidade própria e uma variedade de habitats/biótopos, indutores de uma grande diversidade biológica, de elevado interesse ambiental e de conservação da natureza, a nível nacional e europeu. A comprova-lo, é a sua classificação como sítio de interesse comunitário (SIC) e integração na rede ecológica europeia, a Rede Natura 2000 (*).

Nota:

(*) Decisão da Comissão de 7 de Dezembro de 2004 que adopta a Lista dos Sítios de Interesse Comunitário, nos termos da Directiva 92/43/CEE do Conselho e da Resolução do Conselho de Ministros n.º76/00, de 5 de Julho.

Algumas notas da visita

A visita ao Litoral Norte de Viana do Castelo (ver mapa, a seguir) iniciou-se no Centro de Monitorização Interpretação Ambiental, CMIA, com a visita à exposição “Rede Natura –

Espaços Naturais”.

(30)

A conservação dos habitats/biótopos naturais, da fauna e da flora selvagens são funda -mentais para a preservação do sítio Litoral Norte, como único espaço de equilíbrio no contacto entre o mar e a terra e de garantia de uma melhor qualidade de vida das gera-ções actuais e futuras.

O Sítio do Litoral Norte integra as faixas costeiras de três concelhos: Caminha, Viana do Castelo e Esposende. Em Viana do castelo apresenta uma forma alongada, a norte do rio Lima e mais alargada, a sul da foz deste rio. Estes espaços resultam de uma forte di-nâmica geológica, onde se cruzam fenómenos, quer de erosão, quer de acumulação de sedimentos.

No segmento localizado a norte do rio Lima e área imediatamente adjacente (percurso da visita), podemos observar a existência de um relevo pouco acentuado (plataforma) que se estende, do mar até ao monte adjacente (Santa Luzia) apresentando diversos terraços e degraus sedimentares resultantes das várias regressões e transgressões do nível das águas do mar, em constante variação ao longo do tempo geológico. Esta paisagem é interrompida, apenas, pela colina de Montedor.

Aqui encontramos três áreas: a natural (mar, praia, duna e falésia), a agrícola (as veigas da

Areosa, Carreço e Afife) e a urbana. As duas

primeiras funcionam também como áreas de alimentação e de refúgio de algumas espé-cies animais como a garça-real (Aredea cine-ra), o búteo (Butteo butteo) e o falcão

peregi-no (Falco peregrinus).

Para além dos valores naturais existentes ao longo deste segmento do litoral, encontramos também valores culturais, de destaque, o Fa-rol de Montedor construído em 1910, fortes militares, moinhos de vento com velas trape-zoidais (de tábuas de madeira ou de pano), algumas gravuras rupestres, entre outros. A visita ao farol permitiu observar toda a faixa costeira a norte do rio Lima e algumas tipo-logias de sistemas naturais presentes: áreas marinhas (arenosas e rochosas), dunas cos-teiras, praias (arenosas e rochosas), falésia atlântica, charnecas, matos, zonas húmidas,

zonas florestadas e terras aráveis.

A beleza e a diversidade cénica são aqui uma constante. Na envolvente ao farol observa-mos uma falésia atlântica de praias rochosas e recifes expostos (rochedos sempre a des-coberto), com agrupamentos de vegetação rasteira e de pequeno porte com uma grande

(31)

-restais na área interior. Imediatamente a norte, um pequeno areal marcado pela presença do Forte de Paçô (construído em 1640 - 1668). Mais a norte, pequenas praias salpicadas

por pequenos afloramentos rochosos, formando pequenas bacias costeiras abrigadas do

vento, alternadas com praias de extenso areal, apoiadas por uma mancha dunar com

cor-dões contínuos e desenvolvidos (Praias de Ínsua, Afife e Arda). A sul do farol, a paisagem

é diferente e marcada, do lado do mar, pela presença de extensos bancos de rochedos e do lado da terra, pela tranquilidade de praias de areia, protegidas por um sistema dunar, Praias de Carreço e do Lumiar.

As veigas no espaço intermédio entre as áreas anteriores e as urbanas, acompanham permanentemente esta paisagem.

A comunidade florística observada desenvolve-se ao longo das diferentes formações

existentes: sistema dunar, substrato rochoso e solos estreitos.

A flora existente, integra uma gama considerável de tipos de vegetação constituída por plantas psamófitas-halófitas dispostas ao longo do sistema dunar, consoante a função que desempenham na edificação, consolidação ou estabilização da duna, de matos em

contacto com as dunas ou tojais sobre areia, maioritariamente dominados por urze e sal-gueiro nas zonas mais húmidas e matos húmidos nos terrenos incultos e mal drenados (veiga da Areosa, charneca húmida).

Nas zonas rochosas e directamente influenciadas pelo mar encontramos agrupamentos

de vegetação de fendas, com espécies raras em Portugal (Armeria pubigera). No interior

destas, surgem urzais-tojais costeiros e pinhal com povoamentos mistos de pinheiro bravo nas zonas de menor efeito da salsugem e de solos mais estruturados.

Ao percorrer o extenso passadiço na praia de Carreço, apreciamos uma verdadeira es-trutura dunar, salpicada de manchas de feno das areias (Elymus farctus) e de estorno

(Ammophila arenaria), entre outras, elementos estabilizadores das mesmas.

Ao longo do litoral ocorrem várias espécies de fauna, algumas das quais se encontram com estatuto de vulneráveis.

De destacar, a salamandra-lusitânica que tem como habitat as zonas húmidas (Afife), este

é um indicador por excelência da boa qualidade biológica da água.

Existe também uma grande variedade de macroalgas marinhas e de esponjas. O seu

in-teresse não se esgota no seu valor ecológico e científico. Têm actualmente, uma grande

variedade de aplicações na indústria alimentar, química e farmacêutica.

A praia de Carreço é uma praia semi-urbana, com a classificação de Bandeira Azul desde

1988.

Na continuação do percurso visitamos a praia de Canto Marinho (praia natural), galar-doada como praia dourada, pelos valores ambientais que apresenta e pelo seu carácter naturalizado. Esta caracteriza-se por uma diversidade de habitats em meios marinhos e

conexos, que explicam por si só, a riqueza florística e faunística deste troço de costa.

(32)

era uma prática generalizada de obtenção de um fertilizante orgânico para os campos agrícolas.

Esta praia, está dotada com um extenso passadiço sobrelevado paralelo ao mar que permite um fácil acesso e proporciona a possibilidade de se fazer uma agradável cami-nhada.

Após o sistema dunar, do lado do mar, esta praia assume características e aspectos bem diferentes dos observados anteriormente, dominando a paisagem a forte presença da rocha e da pedra, primeiro sob a forma de bancos de rochedos emersos e mais a sul, na forma de estreitas praias em que o substrato é constituído apenas por godo ou por godo e areia.

A costa é rochosa e por tal possui grande quantidade de cavidades e fendas atraindo espécies variadas onde aí encontram refúgio e alimento, transformando este local em numerosos nichos ecológicos.

O percurso terminou com a visita à praia Norte, praia urbana com grandes zonas pedo-nais convidativas a uma paragem para observar o mar, a praia, os barcos que chegam ou partem do estuário do rio Lima.

Esta praia é considerada como uma zona muito sensível, face à singularidade deste local, apresenta um padrão típico de uma praia abrigada com algas castanhas, (Fucus

vesicu-losus, Fucus spiralis, Pelvetia canaliculata e Ascophyllum nodosum).

A sua riqueza ecológica é reforçada ainda por pequenos agregados de líquenes casta-nhos (Lichina pygmaea). Estes, conjuntamente com os restantes organismos, contribuem para o desenvolvimento de um biótopo interessante, a que se associam alguns visitantes oportunistas, como insectos, aracnídeos, pequenos mamíferos e aves, constituindo em

muitos casos, particularmente, os dois últimos, o cume da pirâmide trófica, na estrutura

do ecossistema litoral.

A geodiversidade, expressa pela variedade de formas, estruturas e materiais, pode ser observada, por exemplo, pela variedade de cores. O cinzento é característico dos grani-tóides e o negro traduz a variedade de quartzitos e xistos. Estas rochas têm a sua origem em ambientes com centenas de milhões de anos.

Considerações finais

A faixa litoral de Viana do Castelo apresenta características ambientais e patrimo-niais de destaque: beleza cénica e valores biológicos, geológicos e arqueológicos e um espaço bem conservado.

(33)

Referências bibliográficas

COSTA, José Maria – Praias de Viana do Castelo: espaços naturais. Viana do Cas-telo: Câmara Municipal, 2005. ISBN 972-588-170-2.

LEAL, António J. Cunha –

Moinhos de vento de Montedor

. “Roteiro

arque-ológico de Viana do Castelo”. Viana do Castelo: Câmara Municipal, 1992.

(34)
(35)

Aves da Baixa do rio Seia

Conde, J. & Ferreira, R.

CISE – Centro de Interpretação da Serra da Estrela, Rua Visconde de Molelos, 6270-423 Seia

O presente estudo pretende ser um contributo para o conhecimento da avifauna da baixa

do rio Seia, tendo como objectivos principais a inventariação das aves que ocorrem nesta área, bem como sensibilizar a população para a necessidade da sua protecção.

A recolha de dados baseou-se num trabalho de prospecção sistemática, que decorreu entre Julho de 2006 e Dezembro de 2007. Ao longo de um trajecto, num caminho rural, com uma extensão de aproximadamente oito quilómetros, foram efectuadas paragens em pontos representativos dos diferentes tipos de biótopos existentes, em áreas com melhor visibilidade. As espécies identificadas por observação directa e/ou contacto auditivo foram classificadas quanto ao seu padrão temporal de ocorrência na região e quanto ao estatuto de nidificação.

No total foram identificadas 101 espécies de aves de 30 famílias distintas, número que

corresponde a cerca de 30% das aves de ocorrência regular em Portugal Continental. A

maioria das espécies é residente (48%), sendo as restantes estivais (19%), invernantes

(16%) ou migradoras de passagem (11%). Relativamente às espécies que ocorrem na

área durante o período de reprodução foram registadas 68 espécies de aves nidificantes, 22 confirmadas, 11 prováveis e 35 possíveis, seis das quais não estão descritas como

aves nidificantes na região no Atlas das Aves que Nidificam em Portugal Continental (Ru

-fino, 1989). No período de Inverno, a ocorrência de espécies características de altitudes

elevadas da serra da Estrela, algumas em números significativos, indicam a possível utili

-zação desta zona como área de invernada. Há ainda a salientar a ocorrência de espécies

que apresentam o estatuto de conservação Ameaçado, em Portugal.

Embora a baixa do rio Seia represente apenas um por cento da superfície da PNSE, neste local, é possível observar ao longo do ano 70% da avifauna do PNSE, sendo possível

(36)

Bibliografia

(37)

Ensino experimental no bosque de Casal do Rei: regeneração da

vegetação após fogo

Conde, J.(1); Silva, A.(1); Fonseca, A. (1) ; Martins, F. (1) & Madeira, H. (2)

(1)CISE – Centro de Interpretação da Serra da Estrela, Rua Visconde de Molelos, 6270-423 Seia;

(2) Escola EB 2,3º Ciclos Dr. Reis Leitão, Av. Padre António Prata, 6270-170 Loriga

O bosque de Casal do Rei constitui uma mancha residual da vegetação potencial natural

da região Centro do país, e inclui cerca de um quarto do número total de espécies iden

-tificadas na serra da Estrela, em apenas 0,02% da área protegida. Na área dominavam as comunidades de azereiro (Prunus lusitanica), de azinheira (Quercus rotundifolia) e de medronheiro (Arbutus unedo), envolvidas por extensas plantações de pinhal e por alguns

maciços de eucaliptos localizados.

Após o violento incêndio de 2005, foi desenvolvido um projecto de ensino experimental, com o objectivo de monitorizar a regeneração natural da vegetação do bosque e contribuir

para a implementação de medidas adequadas de gestão da recuperação e conservação da vegetação natural do bosque.

O levantamento de campo decorreu entre Junho de 2006 e Outubro de 2007. Para o

estu-do da vegetação foi utilizaestu-do o métoestu-do das parcelas de estuestu-do, tenestu-do siestu-do determinada a densidade, densidade relativa, frequência e frequência relativa das espécies dominantes.

Foi efectuada a caracterização do solo em pontos distribuídos por locais representativos das diferentes comunidades vegetais.

Após o incêndio verificou-se que o núcleo central do bosque, que se apresentava menos

ameaçado por espécies exóticas, como o pinheiro e o eucalipto, está a ser ocupado pro

-gressivamente por estas espécies, colocando, em sério risco, a preservação desta área florestal natural. O azereiro apresenta densidade e frequência relativas muito baixas o que parece indiciar uma menor resiliência desta espécie, em relação ao fogo. Assim, e tendo

em conta a importância desta comunidade, a nível de conservação, deverão ser desenvol

-vidas medidas específicas com vista à sua conservação, nomeadamente, a eliminação da

vegetação invasora (pinheiros e eucaliptos) no bosque e orlas envolventes.

(38)
(39)

Material Didáctico sobre a Importância da

Conservação da Mata Ripícola

Pedro Henrique Sabino de Pereira Leitão

Faculdade de Ciências - Universidade de Lisboa

A mata ripícula exerce diversas funções importantes para a manutenção natural do

meio. Funciona como filtro, retendo defensivos agricolas, poluentes e sedimentos, actua

também na estabilização de ribanceiras evitando o assoreamento dos rios, no qual, provo

-ca alteração na profundidade e vazão dos rios que são -causas da redução da biodiversi-dade e sua abundância. O alto grau de destruição desse ambiente é um motivo de grande preocupação tanto para o rio quanto para a população humana.

Reverter esse quadro configura um grande desafio. De acordo com esse contexto, temos a necessidade não apenas de acções preservacionistas, mas também a mudança de mentalidade em relação a qualidade de vida, associada à busca do estabelecimento de

uma relação saudável e equilibrada entre os homens e com o ambiente que partilhamos.

A educação ambiental tem como princípio sensibilizar os cidadãos para a compreen-são da problemática ambiental e a importância da aquisição de novos comportamentos e atitudes.

Sobre esse contexto realizamos um material didático que tem como objetivos ensinar

as caracteristicas e estrutura, demonstrar a importância ecológica, mostrar a situação atu

-al e conscientizar sobre a importancia da conservação desse meio, com enfoque nos rios da cidade de Botucatu, estado de São Paulo-Brasil.

O resultado foi a elaboração de uma aula contendo uma parte expositiva em forma de

apresentação de slides com um manual explicativo contendo todo o conteúdo necessário para a melhor utilização dos educadores, além de sugestões para a realização de aulas

práticas de campo e de laboratório. A aula foi estruturada como apresentação em Power

Point, devido ao dinamismo que proporciona, com muitas ilustrações e pouco conteúdo

por slides. Sugerimos como aula prática a utilização de uma maquete de uma mata ripíco-la onde é feita com materiais simples e baratos. Inicialmente a maquete deve apresentar

(40)

Actividades de Educação Ambiental no

Parque Natural do Litoral Norte

Artur Viana

Parque Natural do Litoral Norte

A Educação Ambiental é nos tempos actuais uma importante ferramenta para impulsio-nar o desenvolvimento sustentável. Cabe aos professores e em particular ás instituições ambientais dinamizar actividades que visem a aquisição de competências no âmbito da preservação do ambiente.

A Estratégia de Educação do PNLN tem por objectivos fundamentais: (a) Aplicar co

-nhecimentos sobre os recursos naturais existentes na região em projectos de Educação Ambiental; (b) Cruzar os conteúdos programáticos das diversas disciplinas atendendo ao

carácter transversal da Educação Ambiental e (c) Relacionar a problemática da conser-vação da natureza com o desenvolvimento sustentável na região. Para a prossecução

destes objectivos o PNLN propõe um conjunto de actividades vocacionadas para a comu

-nidade escolar e não escolar por forma a dar resposta ás várias solicitações, em particular

das escolas. Assumindo um papel preponderante na promoção e divulgação dos valores

naturais o PNLN tem dinamizado um vasto conjunto de actividades, tendo por fundo o litoral. O cenário das actividades está dependente dos objectivos e disponibilidades dos intervenientes, podendo estas se realizar nas escolas, sede do PNLN ou através de um

trilho interpretativo.

O conteúdo deste poster incide nas actividades de Educação Ambiental desenvolvidas

ao longo do ano de 2007. O objectivo é dar a conhecer as várias actividades desenvolvi

-das no PNLN, tais como: percursos pedestres percurso fluvial, visita ao PNLN, observação de aves, estudo dos recifes marinhos, campanhas de limpeza, etc. As actividades são

sempre acompanhadas por um técnico do Parque permitindo uma interpretação correcta

da paisagem, adequando a descrição à faixa etárias ou aos objectivos do grupo.

(41)

                                                                                                                                                                                                  973 2077 74

0 50 9 46 0 28 60 0 500 1000 1500 2000 2500 N º P art ic ip a n te s Vis it a a o P a rq u e Tri lh o d a N atu re za T ri lh o: De A p úlia a O fir T rilh o : E ntr e o N e iv a e o A tlâ nti co O bs erv a çã o d e a ve s P erc u rs o flu via l P ale s tra s R ecif es m arin ho s O u tra s C a m pa nh as d e lim p eza Actividades

Actividades de Ed. Ambiental - 2007

Participantes em Act. de Ed. Ambiental - 2007

0 100 200 300 400 500 600 700 800 900

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Meses P art ic . N.º Participantes 2 por. méd. móv. (N.º Participantes)

Distribuição Etária dos Participantes - 2007

Imagem

Fig. 1 - Localização da Mata Nacional do Buçaco.

Referências

Documentos relacionados

Considera que é importante que os professores tenham experiência prática para poderem passar essa vivência aos alunos; os alunos também devem ter contacto com a prática durante

ed è una delle cause della permanente ostilità contro il potere da parte dell’opinione pubblica. 2) Oggi non basta più il semplice decentramento amministrativo.

Based on a preliminary literature review combined with previous knowledge, as explained above, the starting point for the present research is the possibility of the existence of a

João Luís Cardoso Consolado Chambel dos Santos Dissertação de Mestrado Como se pode observar no gráfico da Figura 16, a área do rectângulo a laranja claro representa a

Para além disso, é também importante considerar, para certos produtos, a sazonalidade, o possível aumento na sua publicitação em meios de comunicação, e por

Assim sendo, no momento de recepção de encomendas é necessário ter em atenção vários aspetos, tais como: verificar se a encomenda é para a farmácia; caso estejam presentes

A médio/longo prazo será notória a diminuição do número de avarias, devido ao natural ajustamento do plano de manutenções preventivas implementado, a melhoria

Through the high resolution imaging of colonized surfaces, it is possible to conclude that SEM is a valuable tool to study in detail the effect of antimicrobial agents on the