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Donizeti Willian Santos Ultrassonografia com Power Doppler como Instrumento de Avaliação Funcional da Resposta

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(1)

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE MEDICINA

PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE

Donizeti Willian Santos

Ultrassonografia com Power Doppler como

Instrumento de Avaliação Funcional da Resposta

à Quimioterapia no Câncer da Mama.

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Donizeti Willian Santos

Ultrassonografia com Power Doppler como

Instrumento de Avaliação Funcional da Resposta

à Quimioterapia no Câncer da Mama.

Dissertação apresentada ao Programa

de Pós-graduação em Ciências da

Saúde da Faculdade de Medicina da

Universidade Federal de Uberlândia,

para obtenção de título de Mestre em

Ciências da Saúde.

Orientadora: Profª. Drª. Angélica Lemos Debs Diniz (FAMED – UFU)

Co-orientador: Prof. Dr. Paulo César Fernandes Júnior (FAMED – UFU)

(3)

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Sistema de Bibliotecas da UFU, MG, Brasil.

S237u 2014

Santos, Donizeti Willian, 1975-

Ultrassonografia com Power Doppler como instrumento de avaliação funcional da resposta à quimioterapia no câncer da mama /

Donizeti Willian Santos. -- 2014. 50 f. : il.

Orientadora: Angélica Lemos Debs Diniz. Coorientador: Paulo César Fernandes Júnior.

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Uberlândia, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde.

Inclui bibliografia.

1. Ciências médicas - Teses. 2. Mamas - Câncer - Teses. 3. Quimioterapia - Teses. 4. Mamas - Imagem ultra-sônica – Teses. I. Diniz, Angélica Lemos Debs. II. Fernandes Júnior, Paulo César. II. Universidade Federal de Uberlândia. Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde. III. Título.

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Donizeti Willian Santos

Ultrassonografia com Power Doppler como

Instrumento de Avaliação Funcional da Resposta

à Quimioterapia no Câncer da Mama.

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Uberlândia, para obtenção de título de Mestre em Ciências da Saúde.

Uberlândia, 28 de fevereiro de 2014.

Profª. Drª. Angélica Lemos Debs Diniz

Orientadora

Faculdade de Medicina -UFU

Profª. Drª. Rosekeila Simões Nomeline

Universidade Federal do Triângulo Mineiro- UFTM

Prof. Dr. Francisco Cyro R. de C. P. Filho

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Dedicatória

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”E as mamas que, suavemente, se levantam como as colinas do paraíso.”

Canção Estudantil Medieval

“As mamas, para as mulheres, encarnam literalmente a tensão existencial entre Eros e Tanatos – a vida e a morte –em uma forma visível e palpável.”

Marilyn Yalom, 1997

“A doença é a zona noturna da vida, uma cidadania mais onerosa. Todos que nascem

têm dupla cidadania, no reino dos sãos e no reino dos doentes. Apesar de todos preferirmos só usar o passaporte bom, mais cedo ou mais tarde nos vemos obrigados,

pelo menos por um período, a nos identificarmos como cidadãos desse outro lugar.”

Susan Sontag

“Males que crescem desesperadamente. Só podem ser aliviados com mecanismos

desesperados.”

William Shakespeare, Hamlet

“O Câncer começa e termina nas pessoas. Em meio às abstrações científicas, às vezes

esta verdade fundamental pode ser esquecida [...]. Médicos tratam doenças, mas também tratam pessoas, e esta precondição de sua existência profissional por vezes os

empurra em duas direções ao mesmo tempo.”

June Goodfield

“Aliviar seus efeitos é uma tarefa diária, curá-la, uma ardente esperança.”

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AGRADECIMENTOS

À DEUS, que em todos os dias da minha vida sempre me deu forças para nunca desistir frente às adversidades momentâneas.

À minha orientadora, Prof.a Dr.a Angélica Lemos Debs Diniz, por seu apoio e amizade, além de sua dedicação, competência profissional e científica, formação humanística e especial atenção nas revisões e sugestões, fatores fundamentais para a conclusão deste trabalho.

Ao Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Universidade Federal de Uberlândia, na pessoa do Prof. Dr. Miguel Hernandes Neto, pelo apoio à minha participação no mestrado.

Aos professores e médicos assistentes do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia que, direta ou indiretamente, contribuíram para a realização e conclusão desta pesquisa. Aos professores da Pós-Graduação em Ciências da Saúde da UFU (PGCS-UFU), Prof. Dr. Miguel Tanus Jorge, Prof. Dr. Paulo Tanus Jorge, Prof.a Dr.a Nívea de Macedo Oliveira Morales e Prof.a Dr.a Vânia Olivetti Steffen Abdallah, que em muito foram determinantes para minha formação.

Às secretárias da PGCS-UFU, Gisele e Viviane, pelo carinho especial e competência no suporte de nossas necessidades acadêmicas.

Ao Dr. Túlio Augusto Alves Macedo, pelo altruísmo científico, ao permitir a utilização do programa SysArea©, do qual foi um dos idealizadores, para realização desta

pesquisa.

Ao colega de mestrado, Dr. Cairo Antônio Guedes Júnior, pela amizade e apoio em todas as fases desta pesquisa.

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RESUMO

OBJETIVO: O objetivo do presente estudo foi avaliar a eficácia do Power Doppler

(PD), por meio da quantificação da Densidade Vascular (Índice de Vascularidade - IV),

como um novo instrumento clínico preditor de resposta patológica à quimioterapia neoadjuvante no câncer de mama. MÉTODO: para este estudo observacional prospectivo recrutou-se 20 pacientes com diagnóstico histológico de carcinoma mamário infiltrante e indicação de quimioterapia neoadjuvante. Foram avaliados a densidade vascular do tumor pelo IV e o maior diâmetro tumoral, antes, após 2 ou 3 ciclos de quimioterapia e após o final deste tratamento. Estes achados foram comparados e se avaliou a associação com a resposta patológica, bem como a concordância interobservador. Foram utilizados o teste exato de Fisher, o teste de Wilcoxon-Mann-Whitney, coeficiente de correlação de Spearman e coeficiente de Pearson. Sensibilidade, especifidade, valores preditivos negativos e positivos para

resposta histológica também foram calculados. Valores de p < 0,05 foram considerados estatisticamente significantes. RESULTADOS: o IV mostrou sensibilidade de 88,88%, especificidade de 100%, valor preditivo positivo de 100% e negativo de 91,66% para resposta patológica, bem como, fortemente, associou-se com esta. O variação do IV, tanto aumento quanto diminuição, após 2 ou 3 ciclos de quimioterapia, predisse significativamente a resposta histológica final. CONCLUSÃO: o PD, pela quantificação do IV, evidenciou forte correlação e poder preditivo de resposta histológica à quimioterapia neoadjuvante.

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ABSTRACT

OBJECTIVE: The aim of this study was to evaluate the efficacy of Power Doppler

(PD), by quantifying the Vascular Density (Vascularity Index - VI), as a new predictor clinical tool of pathologic response to neoadjuvant chemotherapy in breast cancer, in order to guide the clinician on the effectiveness of chemotherapy as well as the choice of surgical technique by the surgeon. METHOD: For this prospective observational study, 20 patients were recruited with a histological diagnosis of infiltrating breast carcinoma and an indication for neoadjuvant chemotherapy. The tumor vascular density and largest tumor diameter before treatment, after 2 or 3 cycles of chemotherapy and at the end of treatment were evaluated by ultrasound Power Doppler. These findings were

compared, and the association with the pathologic response was analyzed. Fisher’s

exact test, Wilcoxon-Mann-Whitney test, Spearman’s correlation coefficient and Pearson’s coefficient were used. The sensitivity, specificity and positive and negative

predictive values for the histological response were also calculated. P values < 0.05 were considered statistically significant. RESULTS: VI showed a sensitivity of 88.88%, specificity of 100%, positive predictive value of 100% and negative predictive value of 91.66% for the pathologic response, as well as being strongly associated with it. The variation of VI, in terms of either an increase or decrease after 2 or 3 cycles of chemotherapy, significantly predicted the final histological response. CONCLUSION: By quantifying of the VI, PD showed a strong correlation with and predictive power for the histological response to neoadjuvant chemotherapy.

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

PD Power Doppler

IV Índice de Vascularidade GLOBOCA N Global Cancer Statistics

SEER Surveillance Epidemiology and End Results CLI Carcinoma Lobular Invasor

CDI Carcinoma Ductal Invasor RPC Resposta Patológica Completa

FAC 5-Fluorouracil, Adriamicina e Ciclofosfamida

HER-2 Receptor para Fator de Crescimento Epidérmico Humano tipo 2 RE Receptor de Estrogênio

US Ultrassonografia Bidimensional RM Ressonância Magnética Mamária QT Quimioterapia

PET Tomografia por Emissão de Pósitrons 18-FDG 18-Fluordesoxiglicose

TC Tomografia Computadorizada

VEGF Fator de Crescimento Vásculo-Endotelial UICC União Internacional Contra o Câncer ACT Adriamicina, Ciclofosfamida e Docetaxel MHZ MegaHertz

PRF Frequência de repetição de pulsos KHZ KiloHertz

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

MRM Mastectomia Radical Modificada CCM Cirurgia Conservadora da Mama

RECIST Response Evaluation Criteria in Solid Tumors RC Resposta Completa

RP Resposta Parcial DE Doença estável DP Doença progressiva pT1 Tumor ≤ 2cm à patologia

N0 Linfonodos sem metástase rs Response score

ns Não significativo p Nível de significância

> Ǿ Maior diâmetro tumoral

CD Molécula de adesão que pertence à família de glicoproteínas transmembranas.

MUC1 Proteina transmembrana do tipo 1 expressa no epitélio ductal STARD Standards for Reporting of Diagnostic Accuracy

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: RM evidenciando realce heterogêneo precoce em mama esquerda. ... 20

Figura 2: Tomografia por emissão de pósitrons acoplada a Tomografia computadorizada revelando aumento da captação de FDG na mama. ... 21

Figura 3: Angiogênese fisiológica (a) e patológica (b). ... 24

Figura 4: Protocolo de avaliação de resposta.. ... 30

Figura 5: Conceito de Índice de Vascularidade. ... 30

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Características tumorais... 28

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ... 15

1.1. Conceito e Epidemiologia ... 15

1.2. Terapia Neoadjuvante ... 16

1.3. Métodos de Diagnóstico ... 18

1.4. Angiogênese ... 22

1.5. Ultrassonografia com Power Doppler ... 24

1.6. Justificativa ... 25

2. OBJETIVO ... 26

3. CASUÍSTICA E MÉTODOS ... 27

3.1. Considerações Éticas ... 27

3.2. Casuística e Critérios de Inclusão e Exclusão ... 27

3.3. Método ... 29

3.4. Análise Estatística ... 32

4. RESULTADOS ... 34

5. DISCUSSÃO ... 36

6. CONCLUSÃO ... 41

7. REFERÊNCIAS: ... 42

ANEXO I ... 49

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1. INTRODUÇÃO

1.1.Conceito e Epidemiologia

O câncer da mama é o tipo de câncer que mais acomete as mulheres, depois do câncer de pele não melanoma, tanto em países em desenvolvimento quanto em países desenvolvidos. Cerca de 1,45 milhões de casos novos dessa neoplasia foram diagnosticados no ano de 2008 em todo o mundo, o que representa 23% de todos os tipos de câncer em mulheres. Segundo a Organização Mundial de Saúde, o número de casos de câncer de mama no mundo nos últimos 25 anos duplicou (aumento de 113%) (Parkin; Bray; Ferlay et al., 2002). Em 2012, são esperados, para o Brasil, 52.680 casos novos de câncer da mama, com um risco estimado de 52 casos a cada 100 mil mulheres, sendo considerada a principal causa de morte por neoplasia maligna feminina neste país, responsável por 10.834 óbitos no ano de 2006, seguido dos cânceres de pulmão com 6.599 óbitos e cólon-reto-ânus com 5.679 óbitos (Ministério da Saúde, 2009). Nos Estados Unidos são estimados 232.340 novos casos e 39.620 mortes por câncer de mama em 2013 (Silva; Hortale, 2012), o que o torna um importante problema de saúde pública. Segundo dados da Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer, por meio de seu grupo de estudo GLOBOCAN, há pelo menos um risco 4 vezes maior de desenvolver câncer de mama em mulheres que habitam países desenvolvidos, como da América do Norte e Europa, quando comparadas àquelas que habitam as áreas menos desenvolvidas, em especial, África e Ásia (Ferlay; Bray; Pisani et al., 2002). De acordo

com os Registros Hospitalares do Instituto Nacional do Câncer do Brasil, no período de 2000 a 2001, 50% dos tumores de mama foram diagnosticados nos estádios III e IV (Menonça; Silva; Cauda, 2004), enquanto nos Estados Unidos, os dados divulgados pelo SEER (Surveillance Epidemiology and End Results) mostram que 61% dos casos são

diagnosticados enquanto a doença está confinada ao seu sítio primário (equivalente ao estádios I e IIa), enquanto apenas 6% dos casos apresentam metástases (estádio IV) no momento do diagnóstico. Os restantes 31% apresentam doença regional, e em apenas 2% não se conhece o estadiamento inicial (Ries; Melbert; Krapcho et al., 2005). Nas

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havido aumento da taxa de diagnóstico em estádios iniciais (carcinoma in situ e estádio

I), não houve diminuição do diagnóstico em estádios mais avançados (estádios II a IV). Portanto, a redução da letalidade por câncer de mama nessa população não pode ser explicada somente pelo rastreamento mamográfico (Schootman; Jeffe; Reschke et al., 2004; Marmot; Altman, 2013). Como os casos em estádio avançado tem se mantido em percentuais inalterados nos últimos anos, associado ao aumento das expectativas estéticas em relação ao tratamento oncológico, há uma tendência ao aumento da indicação da terapia sistêmica neoadjuvante.

1.2.Terapia Neoadjuvante

A terapia sistêmica neoadjuvante, tais como quimioterapia, hormonioterapia e, atualmente, a terapia-alvo, é definida como uma terapia sistêmica iniciada antes do tratamento locorregional. Inicialmente, a quimioterapia neoadjuvante, também denominada quimioterapia primária ou pré-operatória, era indicada em pacientes com câncer de mama inflamatório ou locorregionalmente avançado. Atualmente, esta indicação foi estendida a pacientes com câncer de mama operável, mesmo em estádios iniciais, que não seriam candidatas à cirurgia conservadora da mama sem a realização da mesma (Tardivon; Ollivier; Khoury; Thibault, 2006). Os estudos randomizados não mostraram diferenças entre a quimioterapia neoadjuvante e a quimioterapia adjuvante quanto à sobrevida global ou à sobrevida livre de doença (Rastogi; Anderson; Bear et

al., 2008). Assim, pacientes com indicação de quimioterapia adjuvante podem realizar o

mesmo esquema na neoadjuvância, com possibilidade de converter uma mastectomia em cirurgia conservadora da mama.

Idealmente, a quimioterapia neoadjuvante deve ser utilizada quando: 1) a paciente receberia o mesmo tratamento na adjuvância; 2) há entendimento e comprometimento da paciente quanto ao esquema proposto e 3) existe equipe multidisciplinar. Esta última é essencial para avaliar o diagnóstico inicial, planejar o tratamento pré e pós-operatório sistêmico, definir o manejo cirúrgico, determinar quem está ou não respondendo ao tratamento proposto e determinar o tratamento radioterápico pós-operatório.

A quimioterapia neoadjuvante permite uma avaliação in vivo do efeito do

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17

um tratamento mais individualizado, baseado na avaliação clínica, imagenológica e patológica do tumor (Wolff; Berry; Carey et al., 2008). A resposta patológica é um

meio de identificação de resposta à quimioterapia neoadjuvante. Tumores maiores e com maior comprometimento linfonodal apresentam menor probabilidade de resposta, enquanto tumores pouco diferenciados e com alto grau nuclear parecem ser mais sensíveis à quimioterapia pré-operatória (Petit; Wilt; Velten et al., 2004). Uma análise

retrospectiva de pacientes que receberam quimioterapia neoadjuvante, contendo antraciclina, mostrou que carcinomas lobulares infiltrantes (CLI) apresentam menores taxas de resposta patológica completa (RPC) do que carcinomas ductais infiltrantes (CDI) (3% versus 15%; p < 0,001), mesmo após ajuste para o status do receptor

hormonal. Apesar da menor taxa de RPC, pacientes com CLI apresentam sobrevida global e sobrevida livre de doença significativamente maiores do que pacientes com CDI (Tubiana-Hulin; Stevens D; Lasry et al., 2006). Níveis elevados de proliferação

celular (avaliados através de Ki-67) têm sido relacionados com uma maior taxa de resposta à quimioterapia neoadjuvante (Petit; Wilt; Velten et al., 2004).

Vários estudos mostram que o status do receptor hormonal é uma variável

independente significativamente associada à RPC. Tumores com receptor de estrogênio negativo têm maior sensibilidade à quimioterapia neoadjuvante do que aqueles com receptor de estrogêncio positivo (Guarneri; Broglio; Kau et al., 2006).

Um estudo retrospectivo que avaliou 534 pacientes tratadas com paclitaxel e 5-fluorouracil, adriamicina e ciclofosfamida (FAC) neoadjuvante mostrou que tumores HER-2 (receptor para fator de crescimento epidérmico humano do tipo 2) positivos apresentam maiores taxas de RPC após quimioterapia primária (33% versus 15%, p <

0,001). Após a estratificação por status do receptor de estrogênio (RE) taxas de RPC

foram de 50% para HER-2+/ER-, 30% par HER-2-/ER-, 19% para HER-2+/ER+ e 6% para HER-2-/ER+. Pacientes com câncer de mama triplo-negativo (receptores hormonais e HER-2 negativos) apresentam maiores taxas de RPC à quimioterapia do que pacientes não triplo-negativos (22% versus 11%, p < 0,034). No entanto, a presença

de doença residual leva a uma piora de sobrevida nos triplo-negativos em relação aos não triplo-negativos (Andre; Mazouni; Liedtke et al., 2008; Burcombe; Maktis;

Richman et al., 2005).

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tumores com RE e/ou RP positivos e HER2 negativo, luminal B os tumores com RE e/ou positivos e HER2 positivo, basal os com RE, RP e HER2 negativos e HER2, os com RE e RP negativos e HER2 positivo. Os subgrupos basal (maioria RE negativo) e HER-2 positivo apresentam maiores taxas de RPC que os tumores luminais (RE positivos) (Rouzier; Perou; Symmans et al., 2005; Carey; Dees; Sawyer et al., 2007).

Na maioria dos estudos publicados, a quimioterapia primária também aumenta sobrevida global em pacientes que experimentam uma resposta patológica completa (Newman, 2004), quando comparadas com aquelas que ainda apresentam doença residual. Resposta patológica completa que tem sido cada vez mais frequente com os novos esquemas de quimioterapia, com superior qualidade de vida nas pacientes que tiveram suas mamas preservadas (Kumar; Singh; Pradhan et al., 2007; Mauri; Pavlidis; Ioannidis, 2005). Infelizmente, nem todas as pacientes respondem à quimioterapia neoadjuvante, sendo importante avaliar a resposta individualmente. Aproximadamente 20 a 30% dos casos não respondem ou respondem pouco à quimioterapia (Kuo; Chen; Hsieh et al., 2008). Para este subgrupo de pacientes, predição precoce de resistência é desejável, para diminuição de custos e poupar as pacientes de sofrimento desnecessário, mas, sobretudo, para não se perder a janela de oportunidade de controle local, com deterioração da condição clínica geral e evolução para inoperabilidade, situação em que também se espera pouca resposta à radioterapia. Por tudo isso, faz-se necessária a existência de um método de alta acurácia na avaliação de resposta tumoral à quimioterapia.

1.3. Métodos de Diagnóstico

As modalidades diagnósticas disponíveis atualmente para identificação de resposta tumoral mamária à quimioterapia neoadjuvante incluem o exame físico, mamografia, ultrassom bidimensional (US) e ressonância magnética (RM). Os métodos de imagem parecem ser promissores na monitorização da resposta do câncer de mama à

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reação desmoplásica e a esteatonecrose, associada ao trauma da biópsia, podem também comprometer a eficácia do exame físico (LAGALLA, 1998). Já a ressonância, embora um método de alta sensibilidade, apresenta moderada concordância interobservador e, talvez por isso, especificidade variável de 37 a 97%, custo elevado em relação aos demais métodos e está disponível em poucos centros, o que o inviabiliza nos países em desenvolvimento (Kim; Lee et al., 2004; Keune; Jeffe et al., 2010; Denis; Chapron et al., 2004; Yeh; Slanetz; Kopans et al., 2005). O método ideal de imagem deveria não só avaliar aspectos anatômicos da massa tumoral, mas principalmente a presença de células viáveis, o que em última análise determinaria o grau de resposta ao tratamento. Existem várias formas de se determinar a presença de função celular: por meio da quantificação de seu metabolismo, através, por exemplo, da captação de glicose através da Tomografia por emissão de pósitrons – 18 Fluorodesoxiglicose; avaliando atividade de membrana pela absorção de Tecnécio99 – Sestamibi na cintilografia mamária; ou caracterizando a angiogênese tumoral (vascularidade) pela Ressonância mamária, um aspecto da função celular ligado à produção de fatores de crescimento pelo tumor em resposta à hipóxia (FOURNIER, 2007).

Os primeiros exames de ressonância magnética das mamas, utilizando contraste venoso paramagnético (gadolínio), foram realizados no final da década de 1980, em mulheres portadoras de carcinoma já conhecidos. Esses estudos demonstraram que os carcinomas mamários apresentavam intenso realce após administração de contraste venoso, e que a maior intensidade do realce, na maioria dos tumores, era observada nos primeiros 5 minutos (kuhl, 2007).

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como no carcinoma ductal in situ. O grau de atividade angiogênica, que parece ser

pré-requisito para invasão tecidual e crescimento tumoral maligno, parece não ser o habitual para o carcinoma ductal in situ, onde a interação entre células tumorais e o estroma

adjacente não é sempre encontrada (Mameri; Kemp; Goldman, et al., 2008).

Figura 1: RM evidenciando realce heterogêneo precoce em mama esquerda. Fonte: Fernanda P A Pereira, Radiologia Brasileira, 2009.

A Ressonância Magnética mamária tem maior acurácia que os métodos convencionais para monitorizar resposta à quimioterapia (QT) neoadjuvante. O critério funcional da RM é mais fidedigno que o critério anatômico na correlação com os achados da anatomia patológica, o que na prática significa que a área captante residual à RM tem maior correspondência com o tamanho do tumor verificado no espécime cirúrgico, em comparação com o diâmetro da lesão medido na mamografia ou na US (Balu-Maestro; Chapellier; Bleuse et al., 2002).

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celulares. Tem-se, então, um processo muito útil em oncologia. O aparelho é a Tomografia por emissão de pósitrons (PET), que já está em uso clínico desde 1990, e a glicose marcada é a 18-fluorodesoxiglicose (18-FDG) (KIM, 2004).

A tomografia por emissão de pósitrons (PET) é um exame de imagem da Medicina Nuclear que utiliza radiotraçadores de meia-vida curta e ultracurta, emissores de pósitrons, que ao sofrerem decaimento (mudança nos constituintes do núcleo –

prótons e nêutrons) emitem pósitrons, uma partícula de massa igual ao elétron, porém de carga oposta. Tal procedimento de imagem molecular tem uma sensibilidade em detectar alterações bioquímicas dos tecidos, sendo, atualmente, capaz de revelar a existência de áreas com até 4 mm. É importante entender que as alterações moleculares e metabólicas dos tecidos ocorrem antes de haver alterações morfológicas. A PET, portanto, é capacitada para demonstrar anormalidades antes que ocorram alterações anatômicas evidenciáveis pelos métodos de imagens convencionais (Ueda; Tsuda; Asakawa et al., 2008).

Figura 2: Tomografia por emissão de pósitrons acoplada a Tomografia computadorizada (FDG-PET/TC) revelando aumento da captação de FDG na mama (setas).

Fonte: Vieira S C, Radiologia Brasileira, 2011.

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tratamento sobre o tumor, para que seja possível continuar, parar ou mudar o regime quimioterápico. A redução na intensidade do metabolismo tumoral é indício de resposta terapêutica satisfatória. PET pode ser muito útil nesta avaliação, apesar do alto custo e pouca disponibilidade, e capaz de, no início do tratamento, demonstrar alterações metabólicas induzidas pela quimioterapia (Ho; Rostom, 2007). A PET pode demonstrar a não resposta do tumor à terapia convencional. Observa-se boa correlação entre o estudo realizado ao término do primeiro ciclo de quimioterapia e a resposta patológica ao término do tratamento. Estudo recente observou que declínio de captação de FDG igual ou superior a 50% é indicativo de sensibilidade ao esquema quimioterápico, enquanto alterações de captação mais modestas estão relacionadas com tumores não responsivos. Em neoadjuvância e recidiva tumoral, a PET é mais útil do que o exame clínico e a mamografia no acompanhamento da terapêutica e na distinção entre fibrose e tumor residual (Juweid; Cheson, 2006).

1.4. Angiogênese

A angiogênese é essencial à sobrevivência de tumores. Apesar das anormalidades genéticas que promovem o crescimento tumoral, a sobrevida das células neoplásicas agrupadas em formações sólidas não seria possível a partir do diâmetro de 1mm não fosse a formação de novos vasos sanguíneos. A exígua medida de 1mm representa a distância máxima através da qual oxigênio e nutrientes podem ser oferecidos por simples difusão nos tecidos, dispensando a irrigação de vasos sanguíneos próprios. Além deste tamanho, na ausência de vascularização neoformada, o tumor deixa de aumentar e ocorre morte celular induzida pela hipóxia. Essa transição, a partir de algo em torno de 1mm, é conhecida como “ativação angiogênica”. Quando o tumor

ultrapassa essa fase, novos vasos são formados continuamente. A hipóxia em áreas necróticas do tumor é um estímulo permanente para o crescimento da vascularização (Folkman et al., 2003).

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indutores de permeabilidade vascular sendo 50.000 vezes mais potente que a histamina. Sua síntese e liberação resulta em vasodilatação na rede vascular mais próxima. A permeabilidade vascular aumenta a partir da formação de fenestrações nesta rede capilar que possibilita a fuga de macromoléculas, proteínas e diversos fatores que retardam a absorção do edema intersticial e transformam um estroma normalmente anti-angiogênico em um ambiente pró-anti-angiogênico.

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Figura 3: Angiogênese fisiológica (a) e patológica (b).

Fonte: Donald M McDonald, Nature Medicine, 2003.

As células endoteliais recém formadas em volta de um tumor sólido são, provavelmente, o grupo mais ativo biologicamente entre as células de seu estroma e chegam a representar 25% do global da massa tumoral.

O VEGF é produzido tanto pelas células tumorais quanto pelas células endoteliais próximas. Áreas de hipóxia e necrose tumoral funcionam com estímulo permanente à angiogênese, garantindo o aporte nutricional necessário e oferecendo via de acesso para que células tumorais possam atingir a circulação do hospedeiro e migrar para outros tecidos distantes na formação das metástases (Bergers; Benjamim, 2003). A relação próxima entre angiogênese e tumorigênese, e a evolução biológica dos tumores já foi confirmada (Wang; Dan; Fan; Wen, 2010).

1.5. Ultrassonografia com Power Doppler

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25

em oncologia é a ultrassonografia com mapeamento Doppler. Empregando o modo

Doppler colorido e pulsado, a vascularidade pode ser avaliada in vivo, com identificação

de vasos tão pequenos quanto 0,2mm de diâmetro (Laking; West et al., 2006).

As alterações na vascularização do tumor têm correspondência com a resposta histopatológica e, por isso, o estudo da vascularidade pode ser usado como um instrumento objetivo complementar para avaliação de resposta à quimioterapia no câncer de mama. A vascularidade tumoral diminuída ao final do tratamento indica boa resposta, enquanto a vascularidade aumentada ou não alterada indica ausência de resposta (Kim; Lee et al., 2004). Em 50% destas pacientes, as mudanças dos padrões de vascularização, detectadas por meio do Doppler, apareceram 4 semanas antes da

alteração de tamanho ser detectada usando a ultrassonografia modo B (Lagalla; Caruso; Finazzo, 1998; Singh; Pradhan; Shukla, et al., 2005). Reporta-se uma acurácia geral entre 85 e 90% do Color Doppler, mas há casos onde os achados histopatológicos

demonstraram a presença de células tumorais, sem que algum sinal Color pudesse ser

detectado. O Power Doppler, a mais recente técnica de imagem de fluxo sanguíneo,

pelo mapeamento da densidade de células nos vasos sanguíneos ao invés de sua velocidade e que é ângulo independente, apresenta maior sensibilidade analítica de sinais de fluxo, mesmo em regiões mais profundas da mama e para vasos de pequeno calibre e fluxo lento, do que o Color Doppler (Lagalla; Caruso; Finazzo, 1998).

O Índice de Vascularidade (IV), ou Densidade Vascular, é um parâmetro baseado nos achados do Doppler colorido, para quantitativamente avaliar in vivo a

vascularidade aumentada, oferecendo a vantagem de cobrir a área de corte tumoral inteira, evitando um viés de sinal a partir de porções selecionadas da respectiva área tumoral (Chen; Cheng; Liang et al., 2000).

1.6. Justificativa

(26)

26

2.

OBJETIVO

O objetivo do presente estudo foi avaliar a eficácia do método Power Doppler,

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27

3.

CASUÍSTICA E MÉTODOS

3.1. Considerações Éticas

Todas as pacientes assinaram o termo de Consentimento Informado, de acordo com o protocolo do Comitê de Ética em Pesquisa, análise final nº. 235/11 para o protocolo registro CEP/UFU 021/11.

3.2. Casuística e Critérios de Inclusão e Exclusão

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28

questão, com tumores que não apresentassem vascularização ao Doppler, bem como pacientes em tratamento sistêmico para outra neoplasia concomitante.

A idade das pacientes variou de 33 a 81 anos (média de 52,26 ± 14,31). Clinicamente, o maior diâmetro tumoral variou de 3 a 10 cm (média de 6,26 ± 1,54). Nove pacientes foram estadiadas clinicamente como estádio IIB, dez como estádio III e apenas uma paciente como estádio IV, que estava em boas condições clínicas e tinha metástase óssea isolada. As características histológicas e imunohistoquímicas dos tumores estão descritas na tabela 1. A quimioterapia intravenosa foi administrada aproximadamente a cada 3 semanas, por 8 ciclos, esquema 4AC-4T (adriamicina - 60 mg/m², endovenosa em 1h, e ciclofosfamida – 600 mg/m², endovenosa em 1h, concomitantemente, por 4 ciclos, seguidas por mais 4 ciclos de docetaxel – 100 mg/m², endovenosa em 1h).

Tabela 1: Características tumorais

Característica Número total

de pacientes (n=20) Histologia

Carcinoma ductal invasivo Carcinoma lobular invasivo

Grau tumoral

I II III

Receptor de Estrógeno

Positivo Negativo Desconhecido

Receptor de Progesterona

Positivo Negativo Desconhecido

Receptor para fator de crescimento epidérmico humano do tipo II

(29)

29

3.3. Método

As pacientes foram submetidas ao exame de ultrassonografia sob uso de equipamento Medison Sonoace X6® Samsung, com transdutor linear de 5 a 12 MHZ, antes, depois dos 2 ou 3 primeiros ciclos e após a quimioterapia, conforme ilustrado pela figura 4. Após a identificação da massa, foi realizada a mensuração dos diâmetros longitudinal, ântero-posterior e látero-lateral, com o transdutor posicionado no eixo longitudinal para as duas primeiras medidas e axial para a última medida. Em seguida, acionou-se o modo Power Doppler, com ajuste de filtro de 50, PRF(Pulse Repetition Frequency) em 1,5 KHz e janela acústica englobando todo o tumor. Com o transdutor nas posições axial e longitudinal, foram realizadas varreduras lentas nos sentidos crânio

-caudal e látero-lateral, com o objetivo de se identificar a imagem com maior número de vasos sanguíneos. A fim de não subestimar a intensidade da vascularização, a sonda foi posicionada suavemente sobre a pele com mínima compressão. Todas as pacientes foram avaliadas pelo mesmo imagenologista, com larga experiência em imagem mamária, sendo as dez últimas pacientes também avaliadas por um segundo imagenologista, cegado em relação à avaliação do primeiro, a fim de se determinar a concordância interobservador do método.

Foram obtidas três imagens do tumor com mapeamento vascular pelo método

Power Doppler e as imagens foram armazenadas no computador em formato JPEG. Após o exame, as imagens previamente armazenadas foram recuperadas para quantificação da densidade vascular. A margem do tumor foi contornada usando um cursor e a quantificação dos sinais vasculares coloridos dentro da área demarcada foi feita automaticamente pelo programa SysArea©1.1. (Instituto de Radiologia, Universidade de São Paulo).O resultado vem expresso como Índice de Vascularidade –

(30)

30

Figura 4: Protocolo de avaliação de resposta. 1 MRM = Mastectomia Radical Modificada; 2 CCM = Cirurgia Conservadora da Mama; 3 QTneo = Quimioterapia neoadjuvante.

Figura 5: Conceito de Índice de Vascularidade (IV): número de pixels coloridos dentro da seção tumoral (área demarcada por pontilhado fino) / número total de pixels na mesma seção (área demarcada por pontilhado grosseiro).

Em um primeiro momento, realizou-se a avaliação da resposta tumoral precoce pelo Power Doppler, após 2 ou 3 ciclos de quimioterapia, quando se determinou a

variação do IV, aumento ou diminuição em relação ao IV pré-quimioterapia, comparando-se este achado com a resposta patológica pós-quimioterapia. Em um segundo momento, após o término da quimioterapia, determinou-se a resposta tumoral tanto pelo maior diâmetro da massa quanto pelo IV, segundo os critérios RECIST 1.1 –

(31)

31

maior diâmetro tumoral e para densidade vascular. Considerou-se resposta completa (RC) o desaparecimento da imagem nodular mamária ao ultrassom (maior diâmetro tumoral) e desaparecimento dos sinais vasculares na lesão mamária ao Power Doppler.

Foi considerada resposta parcial (RP) quando a diminuição do maior diâmetro tumoral e do IV foi de 30% ou mais, sem aparecimento de novas lesões. Considerou-se doença estável (DE) quando a redução do tumor mamário e do IV fosse menor do que 30% ou houvesse aumento menor do que 20%, sem o aparecimento de novas lesões. A doença progressiva (DP) foi definida como aumento maior ou igual a 20%, ou surgimento de novas lesões. A definição desses parâmetros, para a densidade vascular, foi feita de forma arbitrária, extrapolando o critério morfológico RECIST 1.1.

As pacientes foram reunidas em dois grandes grupos. O primeiro foi composto por pacientes com resposta completa e parcial, e denominado grupo de respondedoras e

o segundo por pacientes que apresentaram doença estável e progressiva, sendo denominado grupo de não respondedoras.

Levando-se em consideração um dos objetivos da quimioterapia neoadjuvante, possibilitar cirurgia conservadora da mama, na avaliação anatomopatológica da peça cirúrgica final, pós-quimioterapia, considerou-se arbitrariamente como respondedoras

as pacientes que apresentaram neoplasia residual na mama ≤ 2 cm e axila negativa, ou

ausência de neoplasia residual e como não-respondedoras as demais. A avaliação foi

feita por patologista experiente e sem conhecimento das respostas clínicas apresentadas ao ultrassom Power Doppler, bem como do esquema e ciclos de quimioterapia

(32)

32

3.4. Análise Estatística

As variáveis contínuas foram descritas como média e desvio-padrão. Foram calculadas frequência e porcentagem para as variáveis nominais. As pacientes foram agrupadas de acordo com as suas respostas ao Power Doppler (Índice de

Vascularidade), maior diâmetro tumoral e resposta patológica. Sensibilidade, especificidade, acurácia e valores preditivos positivo e negativo dos diversos parâmetros ultrassonográficos foram calculados para predição de resposta patológica. A diferença entre dois grupos foi determinada pelo teste exato de Fisher para variáveis nominais e

pelo teste de Wilcoxon-Mann-Whitney, em escala ordinal. O estudo do grau de

associação foi realizado por meio coeficiente de correlação de Spearman. A

concordância interobservador, na aquisição das imagens de mapeamento vascular, foi testada pelo coeficiente de correlação de Pearson. Já a concordância interobservador, na

Figura 1:Diagrama de avaliação de resposta ao Power Doppler. 1 = Índice de Vascularidade; 2 = Resposta Patológica (≤ pT1 e N0); Ausência de Resposta Patológica (> pT1 e/ou > pN0); 3 = número de pacientes avaliadas em cada momento.

Carcinoma Mamário Infiltrante

(20)3

2 a 3 ciclos

Quimioterapia

Neoadjuvante

(20)

IV

1

(12) Resposta

Patológica2 (1)

Ausência de resposta Patológica2

Resposta

Patológica2 (10)

Ausência de resposta Patológica2 (2)

Término de Quimioterapia (20) Respondedor ↓IV1 ≥ 30% (12) Não respondedor

↓IV1˂ 30%

(33)

33

aplicação do software SysArea©, foi determinada pelo coeficiente de concordância de Kendall. Foi realizado o teste de normalidade de todas as variáveis estudadas, pelo teste

de Lilliefors, determinando-se que tanto o maior diâmetro tumoral, quanto a densidade

vascular, antes e após a quimioterapia, apresentaram distribuição livre. O mesmo foi encontrado para a distribuição da resposta patológica pós-quimioterapia e para os valores de densidade vascular nas últimas dez pacientes avaliadas para análise de concordância interobservador na aplicação do software SysArea©. Em relação à análise

de concordância na aquisição de imagens de mapeamento vascular das dez últimas pacientes, a distribuição foi normal, justificando o uso de um teste paramétrico. Valores de p < 0,05 foram considerados estatisticamente significativos em todas as análises. Todos os cálculos foram feitos por meio dos pacotes estatísticos Statistical Package for SocialSciences - SPSS 17.0 (SPSS Inc., Chicago, Illinois, EUA) e Biostat 5.0 (Instituto

(34)

34

4.

RESULTADOS

Entre as 20 pacientes que finalizaram o protocolo, 9 foram não respondedoras ao anatomopatológico final e 11 respondedoras. Já em relação à Densidade Vascular, 8 não respondedoras e 12 respondedoras. Na avaliação pelo maior diâmetro tumoral 15 responderam e 5 não responderam. As taxas de respostas foram de 60% nas avaliações pelo Índice de Vascularidade, de 55% pela patologia, e 75% pelo maior diâmetro tumoral. O IV médio pré-quimioterapia do grupo respondedor patológico foi de 6.52% ± 10.83 e do não respondedor de 6.14% ± 8.36 (p = 0,5978). A mediana do IV pré-quimioterapia foi de 4.65% para as respondedoras e de 2.99% para as não respondedoras, conforme tabela 2. Uma variação típica observada no grupo com resposta patológica foi a queda do IV após 2 ou 3 ciclos de quimioterapia, em relação ao IV pré-quimioterapia, o que ocorreu em 90,1% dos casos. Já no grupo não respondedor, o IV variou para cima em 77,77% dos casos após 2 ou 3 ciclos (p = 0,0055), tabela 2. A mediana do IV após 2 ou 3 ciclos de quimioterapia foi de 1.89% para o grupo respondedor (anatomopatológico) e de 4.97% para o não respondedor (p = 0,0724). A distribuição dos valores de IV tanto pré-quimioterapia quanto pós-quimioterapia não foi normal (p < 0,01). A resposta ao Power Doppler, avaliada pelo IV, segundo critério

arbitrário extrapolado do RECIST, pós-quimioterapia, correlacionou-se fortemente com a resposta anatomopatológica, com rs (response score) de 0,8167 (p < 0,0001), tabela 3.

Já a correlação entre a resposta pelo maior diâmetro tumoral e a anatomopatológica foi moderada, rs de 0,4658 (p = 0,0288). Não houve correlação entre resposta morfológica, pelo maior diâmetro tumoral, e resposta funcional, determinada pelo IV (rs de 0,2609 e p = 0,2409), tabela 3. Houve uma fraca concordância entre as variações percentuais da densidade vascular, IV, e o maior diâmetro tumoral, segundo critérios RECIST, TAUxy = 0,3283 (p = 0,0187). O Power Doppler, por meio do IV pós-quimioterapia,

(35)

35

do IV, e r = 0,9993 (IC95%: 0,99 – 1,00) com p < 0,0001, para maior diâmetro tumoral. A concordância interobservador na aplicação do programa SysArea© para cálculo do IV nas dez últimas pacientes também foi forte, TAUxy (Kendall) = 0,8222 (p = 0,0005). As

concordâncias são mostradas na tabela 5.

Tabela 2: Resposta Patológica em relação à variação do IV após 2 ou 3 ciclos de quimioterapia.

Variável Nº de

pacientes (%)

Nº de

Respondedores (%)

Nº de Não Respondedores (%)

Valor de p

(

Mann-Whitney)

Nº pacientes (%)

IV1 pré-quimioterapia médio

Mediana (IV) pré-quimioterapia

IV pós 2 ou 3 ciclos de quimioterapia: ↑IV

↓IV

Mediana (IV) pós 2 ou 3 ciclos

20 (100%)

20 (100%) 8 (40%) 12 (60%)

11 (55%)

6.52% ± 10.83

4.65% 11 (100%) 1 (9,1%) 10 (90,9%) 1,89% 9 (45%)

6.14% ± 8.36

2.99% 9 (100%) 7 (77,8%) 2 (22,2%) 4,97% ns* (p=0,5978) ns p=0,0055 (Fisher)

ns (p=0,0724)

Tabela 3: Associação entre as respostas morfológica e funcional com a resposta patológica

Resposta Resposta Patológica

(rs3) Resposta Power

Doppler (rs)

Coeficiente Correlação

Spearman (valor-p)

Resposta-IV1

Resposta Morfológica (>Ǿ2- RECIST4)

rs=0,8167

rs=0,4658

rs=0,2609

p < 0,0001

p < 0,0288 p < 0,2409

1 – Índice de Vascularidade; 2 – >Ǿ = maior diâmetro tumoral; 3 – rs = grau de associação; 4 – RECIST

(36)

36

Tabela 4: Propriedades dos testes funcional (Power Doppler) e morfológico (ultrassonografia bidimensional) para resposta patológica.

Propriedade do teste Power Doppler(IV)1 Ultrassonografia bidimensional

Sensibilidade Especificidade

Valor preditivo positivo Valor preditivo negativo Acurácia

88,88% (IC95%: 63 – 113%) 100% (IC95%: 83 – 117%) 100%

91,66% 95%

44,44% (IC95%: 6 – 82%) 90,90% (IC95%: 72 – 110%) 80%

66,66% 70%

1 – IV = Índice de Vascularidade.

Tabela 5: Concordância interobservador avaliada nas 10 últimas pacientes recrutadas.

Aquisição da Imagem

Concordância SysArea© Significância IV1 2 (IV)

r = 0,9977 p < 0,0001 (Pearson)3

Concordância r = 0,9993 p < 0,0001

Interobservador (Pearson)

TAUxy=0,8222 p = 0,0005 (Kendall)

(37)

37

5. DISCUSSÃO

(38)

38

especifidade menores quando da análise apenas das características morfológicas das lesões (Nadrljanski; Miloševic et al. 2013).

Este é o primeiro estudo que correlaciona a Densidade Vascular (Índice de Vascularidade), determinada pelo Power Doppler, com o resultado patológico

pós-quimioterapia.

Como não houve diferença significativa, ao anatomopatológico, entre os grupos respondedor e não respondedor com relação aos valores de IV pré-quimioterapia, a densidade vascular inicial não pode ser considerada preditora de resposta patológica à quimioterapia. Este achado está em concordância com outros da literatura (Kuo; Chen; Hsieh et al. 2008; Boonjunwetwat; Prueksadee et al. 2005). A resposta tumoral não é determinada apenas pela presença de vasos sanguíneos, de forma a chegar o agente citotóxico, de tal forma que atualmente a pesquisa científica está concentrada cada vez mais no perfilamento genético dos tumores, por meio da expressão de genes que se

associam a maior índice mitótico, invasividade e metastatização, bem como mecanismos de resistência tumoral a agentes genotóxicos. Alguns imunoperfis, como as células malignas CD44+CD24- ou as que expressam a proteína MUC1, apresentam este comportamento (Hattrup; Gendler, 2006; Abraham; Fritz; McClellan et al. 2005).

(39)

39

associados ao aumento da angiogênese após 1 a 2 ciclos daquele estudo, comparando-se à resposta patológica (Kedar; Cosgrove; Smith et al. 1994).

É sabido que métodos de imagem puramente anatômicos têm limitações na avaliação da extensão tumoral residual, em função de modificações induzidas pela quimioterapia, como necrose tumoral, fibrose estromal, estatonecrose, bem como pelo padrão de resposta, que pode ser por diminuição concêntrica do tumor ou por fragmentação deste (Singh; Pradhan; Shukla et al. 2005; Peintinger; Kuerer et al. 2006). Sabe-se também que o crescimento de tumores se correlaciona fortemente com a atividade angiogênica induzida por hipóxia local. Logo uma avaliação desta atividade proveria uma prova funcional associada à presença de células neoplásicas viáveis (Laking; West et al. 2006). O IV é uma medida quantitativa simples, menos sujeita à subjetividade, do que o que vem sendo mostrado na literatura, onde se leva em consideração ou a contagem de vasos no interior e periferia do tumor, ou o cálculo de índices de resistência e pulsatilidade, com baixa reprodutibilidade, bem como o uso de complexos escores, de pouco aplicação prática (Kumar; Singh; Pradhan et al. 2007; Singh; Pradhan; Shukla et al. 2005). Este estudo encontrou sensibilidade, especificidade, valores preditivos positivo e negativo semelhantes aos da ressonância magnética e cintilografia mamária, exames já estabelecidos na literatura para esta indicação, mas de alto custo e pouco disponíveis, sobretudo em países em desenvolvimento (Ollivier; Balu-Maestro; Lecl`ere, 2005). A ultrassonografia Power

Doppler, por outro lado, é mais acessível, prontamente disponível, sem uso de meio de

contraste ou radiação (Kuo; Chen; Hsieh et al. 2008).

Nossos achados de concordância interclasse, tanto na aquisição de imagens de mapeamento vascular, quanto na aplicação do programa SysArea©, foram quase exatos,

sugerindo grande reprodutibilidade do método e curva de aprendizagem rápida, já que foram analisados os dez últimos casos. Tal aspecto é importante, pois está associado a melhor especificidade do teste, ao contrário do que é encontrado nos estudos de ressonância magnética (kuhl, 2007; Ollivier, 2005). Não houve, na literatura científica atual, qualquer estudo avaliando está propriedade da Ultrassonografia Power Doppler,

nesta indicação, o que é considerado fundamental na avaliação da qualidade de uma pesquisa sobre testes diagnósticos, sobretudo em imagem. Tal propriedade, concordância interclasse, faz parte de uma lista de checagem chamada Standards for

(40)

40

critério STARD é considerado pelos principais periódicos do mundo, na revisão de uma pesquisa em teste diagnóstico. Em última análise, a concordância é um parâmetro de validação de um teste, pois mede a propriedade de se obter os mesmos resultados após várias repetições, inclusive por examinadores diferentes (Selman, 2011).

Este estudo, por meio de seu achados, propõe, ao Índice de Vascularidade, aplicação não só na predição precoce de resposta tumoral à quimioterapia, como, sobretudo, na orientação do cirurgião quanto à possibilidade de conservação da mama, já que os padrões de resposta do IV evidenciaram maior grau de associação e sensibilidade do que aqueles do maior diâmetro tumoral, em relação à resposta patológica pós-quimioterapia.

(41)

41

6. CONCLUSÃO

O Índice de Vascularidade (densidade vascular), determinado a partir do Power

Doppler, demonstrou ser um método eficaz na monitorização das alterações vasculares

(42)

42

7. REFERÊNCIAS:

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(49)

49

ANEXO I

Planilha da relação de pacientes

NOME DIÂM 1 PRÉ QT DIÂM 1 PÓS QT IV PRÉ QT IV PÓS 2/3 QT RESP PATOL

APS 4,1 2,9 37% 1,23% CDIG3, 3,3 cm, ULCERA PELE, LNF -

JMSA 3,6 2,3 31,76% 0,00% CDIG2, 0.3X0.2 cm, LNF 1+/6

MRSL 2,13 1,73 4,38% 1,64% CDIG2, 1,5X1,1 cm, LNF -

ELA 5,68 6,06 2% 7,65% CDIG3, 8cm, ulcera pele, lnf -

AVP 4,8 2,35 7,25% 1,27% CDIG2, 5cm, LNF 1+/10

ACSS 4,22 0 5,99% 5,09% AUSÊNCIA NEO RESIDUAL, LNF -

AMA 2,8 1,5 2,40% 6,42% CDIG2, 2,8cm, 1/2 lnfSN c/ 2 micro 0.1cm

BVCSC 3,91 0 5,19% 2,47% CDIG2 multifocal, 0.4cm/Cdis multi cribri

REKS 2,95 1,4 4,13% 5,00% AUSÊNCIA NEO RESIDUAL, LNF -

SOD 5,4 1,85 0,3167 0 ausência neo residual, LNF-

AFL 4,85 6,9 1,2084 1,4282 CDIG3, 8cm, extensa necrose, lnf 3+

MCB 2,3 1,2 1,0168 0 Cdis, residual, linf.neg, 14/14-

ANV 2 2,35 2,97 5,4068 CDIG1, 2,5cm, multifocal, lnf 2+/2

ABM 4,51 2,9 1,8956 4,9764 CDIG2, 2,7x2cm, derme infiltrada, 5/13 linf.+

LMS 4,23 1,31 1,79 0 ausência de neoplasia residual. LFN -

LMF 6,2 2,1 3,0177 5,8294 CDIG3, 10x10x4cm, pele ulcerada, Nx

VLN

5.9 2.6 3,7222 8,9798 CDIG2, pT2pN1a, derme infiltrada

CFC 3.82 0 5,2976 2,1441 CDIG3, residual(R1), microscópico, multifocal, linf. -

MIO 3,5 0 4,92 1,25 ausência neoplasia residual e linf. -

MBM 2 0,87 7,53 4,47 CDIG2, 0.5cm, LS negativo

Respondedor 1

(50)

50

NOME Resposta Doppler Pós QT Resp.>Diâm. Resp.Patológ. IV Donizeti IV Cairo

APS 1 2 2

JMSA 1 1 1 28,96 33,01

MRSL 1 2 1 3,64 7,82

ELA 2 2 2 2,57 2,66

AVP 2 1 2

ACSS 1 1 1 6,97 6,58

AMA 2 1 2

BVCSC 1 1 1

REKS 1 1 1

SOD 1 1 1

AFL 2 2 2

MCB 1 1 1

ANV 2 2 2 33,69 34,27

ABM 2 1 2 2,12 2,33

LMS 1 1 1 1,91 2,7

LMF 2 1 2 3,48 3,48

VLN 2 1 2

CFC 1 1 1 7,52 7,93

MIO 1 1 1

MBM 1 1 1 4,96 4,71

Respondedor 1

N. Respondedor 2

QT – quimioterapia

(51)

51

ANEXO II

Imagem

Figura 1: RM evidenciando realce heterogêneo precoce em mama esquerda.
Figura 2: Tomografia por emissão de pósitrons acoplada a Tomografia computadorizada (FDG-PET/TC)  revelando aumento da captação de FDG na mama (setas)
Figura 3: Angiogênese fisiológica (a) e patológica (b).
Figura  4:  Protocolo  de  avaliação  de  resposta.  1  MRM  =  Mastectomia  Radical  Modificada;  2  CCM  =  Cirurgia Conservadora da Mama; 3 QTneo = Quimioterapia neoadjuvante
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Referências

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