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A VIOLÊNCIA E O PROCESSO HISTÓRICO DE PRODUÇÃO E REPRODUÇÃO HUMANA E DA SOCIEDADE

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Academic year: 2019

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A VIOLÊNCIA E O PROCESSO HISTÓRICO DE PRODUÇÃO E REPRODUÇÃO HUMANA E DA SOCIEDADE*

Daniel Ricardo de Oliveira**

RESUMO:Este artigo tem por finalidade discutir como a violência em suas várias expressões se constitui uma força que move a história. Foram analisadas as primeiras formas de sociedade e o papel da violência na produção e satisfação de necessidades condicionantes às relações humanas. No final deste artigo, serão trazidas algumas considerações refletindo a violência e luta de classes.

PALAVRAS CHAVE:Violência; homem; processo histórico.

ABSTRACT: This article has for purpose to argue as the violence in its some expressions if it constitutes a force

that moves history. The first forms of society and the paper of the violence in the production and satisfaction of condition necessities to the relations had been analyzed human beings. In the end of this article, the violence and fight will be brought some considering reflecting of classrooms.

KEY WORDS:Violence; man; historical process

Introdução

A violência é uma temática presente em diversos estudos das ciências humanas e sociais, não somente na contemporaneidade, mas desde tempos remotos, talvez devido a sua presença multifacetária de difícil combate em todos os períodos na história da humanidade.

É evidente que não se pretende esgotar um tema tão complexo, são trazidas apenas algumas inquietações quando se articula o ser humano e a violência, mas principalmente, como o processo histórico de transformação da sociedade recebeu impulsos violentos e como ela aparece em forma de força motriz das revoluções.

Pensar o ser social em sua natureza, realizando uma aproximação com a violência, gera indagações como as seguintes: o homem por ser um animal, é dotado de violência, ou essa é um produto da sociabilidade humana, que possibilita sua produção e reprodução? E ainda, se for inerente ao humano, porque não desapareceu com o aumento do desenvolvimento cognitivo e a capacidade perceptiva que ampliam os níveis de compreensão, determinando comportamentos ético-morais? Ou então, o ser humano não nascendo com a violência em si, a desenvolve para sua sobrevivência, mas como permanece na contemporaneidade, de formas cada vez mais complexas e específicas, mesmo com todo o avanço alcançado, tanto no sentido econômico, como político e social?

Para estudar a temática “violência”, torna-se prudente não deixar de considerar o campo social, mesmo porque ela somente aparece como tal, se for direcionada ao outro, transformando sua natureza, mesmo que contrária a vontade alheia, ou seja, está diretamente ligada ao processo de compreensão do outro, sendo um ser da mesma espécie ou não, considerando, até mesmo um objeto inanimado dentro de uma perspectiva global, uma visão de mundo, ainda que não se explicite essa compreensão da mundialidade em sua totalidade.

Na tentativa de responder às perguntas apresentadas, faz-se importante contextualizar o objeto estudado em suas especificidades.

* Artigo produzido como parte integrante do processo avaliativo das disciplinas Supervisão de estágio I e Oficina

de integração teoria/ prática I de responsabilidades dos docentes Profª MS Celeste Aparecida Pereira Barbosa e Profª Dra. Edna Aparecida Carvalho Pacheco

** Aluno do 3º ano do curso de Serviço Social do Centro Universitário Barão de Mauá

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A violência surge como um produto de relações desenvolvidas, do homem com a natureza ou entre si, sendo grande viabilizadora da sobrevivência do ser humano em determinados contextos e períodos, se complexificando para além das primeiras necessidades humanas, de acordo com as mudanças na sociedade, atendendo a interesses diversos.

Desta forma, diante da necessidade de sobrevivência, ou na ausência de bens disponíveis à coletividade, o homem natural, para manter-se em condições de se produzir e reproduzir faz valer sua animalidade através da violência para garantir sua conservação.

Todavia, com a satisfação de suas necessidades essenciais, tantas outras vão surgindo, na dialética do desenvolvimento das forças produtivas e pelas relações sociais contraídas. Assim, as necessidades são transformadas e ampliadas, produzindo a sociedade em suas formas mais complexas e o homem como produto dela.

Por isso a violência atravessa as diversas formas de sociedade, se fazendo presente em todas elas, desde a transformação do homem pelo trabalho em sua gênese, até a realidade do trabalho que torna um fim em si mesmo na contemporaneidade, nas guerras ditas santas, que não purifica ao ateísmo do holocausto. É, portanto, uma das forças utilizadas para conquistas e satisfações.

Não se trata de uma apologia à violência, exaltando-se a conquistas sangrentas da barbárie, pelo contrário, procura-se demonstrar nesse artigo, na ausência de qualquer juízo valorativo, que o processo de produção e reprodução do homem também é possibilitado pela violência e suas conseqüências.

A VIOLÊNCIA E O PROCESSO HISTÓRICO DE PRODUÇÃO E REPRODUÇÃO HUMANA E DA SOCIEDADE

Conforme estudos realizados em obras de autores clássicos como Karl Marx, Friedrich Engels e Jean Jacques Rousseau, é possível afirmar que a violência em suas várias facetas está presente em todos os modelos de sociedade, utilizada como instrumento para os processos de transformação na história da humanidade.

A violência e o homem natural

O homem como animal se diferencia das outras espécies, dada sua capacidade teleológica que se funda no trabalho.

Por essa capacidade de projetar, pelo trabalho, passa a desenvolver suas forças produtivas que possibilitam a criação de instrumentos que venham a auxiliar na superação de adversidades.

A ação do homem sobre a natureza não é pacífica, mas sim, dotada de certa animalidade, seja na caça e pesca, ou mesmo na confecção de vestimentas que lhe abriga no frio, ou proteja seu invólucro carnal do sol escaldante; na demarcação de territórios, no estabelecimento dos clãs, tribos ou castas e até mesmo na formação familiar e proteção de seus membros.

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Para se afirmar que o homem nasce violento, ou tem em si a violência latente, seria preciso desconsiderar a condições reais para sua existência.

A partir do desenvolvimento da comunicabilidade, principalmente da linguagem, o homem torna-se social e por isso, desenvolve princípios, normas e regras norteadores do convívio em sociedade, como a ética e a moral.

Em Rousseau (1959, p.38) “a transição do estado natural ao civil produz no homem mudança notável, substituindo em sua conduta a justiça ao instinto e dando aos seus atos a moralidade de que antes careciam”, mas todo esse processo não é garantia de harmonia, pelo contrário, é com violência que ele se estabelece e legitima e, sendo a liberdade algo natural ao ser humano, sua conservação se dá por meios violentos, pois a moralidade e justiça não estão para todos em condições reais de existência.

De acordo com o filósofo alemão Karl Marx (1982, p.19), “os homens têm que estar em condições de viver para fazer história”, assim, pelo desenvolvimento das forças produtivas e das relações sociais contraídas, além das necessidades básicas para produção e reprodução do ser social, são criadas outras novas que determinam a relação de necessidade como o primeiro ato histórico.

Com isso, os indivíduos nascem com relações sociais determinadas e independentes de suas respectivas vontades. Portanto sua satisfação nem sempre se dá de forma amistosa.

Escravidão e violência

Para discorrer sobre a violência especificamente no período escravocrata, faz-se necessário retomarmos o pensamento de Aristóteles quando afirmava que os homens não são iguais; uns nascem para a escravidão e outros para o domínio.

Alguns aspectos desta teoria encontram sustentabilidade na realidade daquele período, pois uma vez nascido escravo, morreria escravo, ainda que as condições para o nascimento, a configuração social, são construções históricas determinadas pelo próprio homem.

Em uma sociedade escravagista, o escravo se faz pela violência que é arrancado do solo e pela força que se mantém preso aos grilhões da subserviência, contudo, como analisa Rousseau (1959, p.42) além dos aspectos violentos da própria relação, ainda que cultural, entre senhores e escravos, a harmonia não era estabelecida por um determinismo, por vezes, os rebelados que “renunciavam à liberdade, para não renunciar a qualidade de homens” travavam sangrentos combates, sendo ceifadas vidas, como se nada representassem.

A violência é utilizada como uma forma de imposição político-ideológica, de classes, de etnias, gêneros e religiões, como produto de processos em um contexto social que a relação de indiferença e exclusão são tratadas como naturais e exteriores as complexidades de determinados modelos de sociedade, trazendo em si valores éticos-morais que balizam a conduta humana.

Assim, pensando inicialmente o sistema escravista, seja no sentido grego, ou em outros períodos históricos, como o Brasil do século XIX, a segregação racial ganha legitimidade também no apoio eclesiástico, pois o negro era visto com um ser sem alma, que nascera para servir ao branco sem nada receber, exceto a alimentação, para que continuasse existindo, sendo espoliado de qualquer possibilidade futura.

E o velho Moisés já havia pronunciado o “Não matarás”.

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A legitimação e manutenção desse processo, por ter sua origem na infra-estrutura, dialeticamente elevam essa concretude a uma superestrutura, que a faz parecer natural por meio da cultura, política e educação.

Capitalismo, luta de classes e violência

Na (i)lógica do sistema capitalista, os homens se tornam coisas, pela alienação e reificação, e as coisas “tomam formas” e tudo se mercantiliza, as relações familiares, a cultura, a religião, as verdades e mentiras. Essa realidade é tensionada na “fase imperialista” desse modo de produção, mesmo que essa violência, por vezes, não se materialize na objetividade carnal, trazendo outros aspectos, como político-ideológico que coisifica a relação entre homens com a própria humanidade.

As várias metamorfoses do capital, até sua fase madura, devido o processo de apropriação e expropriação do trabalho coletivo, têm como uma das refrações da questão social, a violência. Essa apresenta semelhanças em suas explicitações e motivos diversos se comparado com outros momentos históricos, outras ordens societárias. No entanto, no sistema capitalista, traz especificidades e se complexifica, em decorrência das transformações societárias, fruto de alterações nas relações sociais e no mundo do trabalho.

Para Marx e Engels (2001, p.28) “a burguesia rasgou o véu da emoção e de sentimentalidade das relações familiares e reduziu-as a mera relação monetária”. Assim, a moral das relações consangüíneas e suas determinações se dissolvem em um emaranhado de interesses antagônicos e excludentes.

Ao analisar o processo histórico que possibilitou a produção e reprodução humana, a violência se corporifica nas ações destinadas a sobrevivência e satisfação das necessidades determinadas historicamente, contribuindo para o processo de apropriação privada.

Na Revolução Industrial e as profundas mudanças por ela introduzidas na sociedade, decorrentes do modo de produção e apropriação de riquezas, torna-se evidente que a violência, mesmo em contextos diferentes, guarda semelhanças em sua “utilização”.

Se para aquisição do alimento, na antiguidade o homem precisava utilizar a violência, no sistema capitalista, essa realidade permanece de forma parecida.

O trabalhador inserido no sistema produtivo vende sua força de trabalho e recebe em troca o salário, que viabiliza o mínimo necessário para continuar produzindo e reproduzindo, no entanto, os que não estão inseridos nesse processo, como poderão se alimentar?

Outro exemplo pode ser levado à questão do vestuário. Observe que são tratados apenas aspectos efetivamente necessários à sociabilidade humana.

Na condição de “homem natural” para proteção seja do frio, do calor, de insetos, o sujeito se utilizava da violência na retirada do couro de outros animais confeccionando sua vestimenta. O sistema capitalista, além de tirar a possibilidade do indivíduo confeccionar suas próprias roupas, ainda que inserido no processo fabril de vestuário, em geral, é alienado do produto de seu trabalho, tendo que comprar sua própria produção, uma vez que utilizam instrumentos, meios de produzir de outrem.

Então, aqueles que fazem parte dessa parcela produtora de riquezas têm a possibilidade de apropriação, despendendo parte do salário adquirido com a venda da força de trabalho, na compra de vestimentas de forma que possa se apresentar perante a sociedade. E os que assim não estão, como adquirir por meios próprios suas vestes, já que não possuem os meios de produção e o capital para sua compra?

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Escravo e proletário:

- O escravo está vendido para sempre - evidentemente considerando aquele contexto histórico - e o proletário tem de se vender diariamente e hora a hora.

- O escravo é propriedade de um senhor, tem sua existência assegurada pra que continue cumprindo sua função estabelecida, já o proletário se torna propriedade não de um senhor, mas de toda a classe burguesa, tendo o trabalho comprado quando dele se necessita e por isso, não tem sua existência assegurada. Somente está assegurada a existência a classe dos proletários, pois atende a interesses da burguesia.

Servo e proletário:

- O servo tem a posse e o usufruto de um instrumento de produção de trabalho, a terra, o proletário, ao contrário, utiliza instrumentos de produção que não lhe pertencem, contra o recebimento de uma parte do produto, ou seja, o servo entrega e o proletário recebe.

- O servo, assim como o escravo, tem sua existência assegurada, o proletário não a tem, a não ser enquanto classe.

A classe trabalhadora, quando se vê tolhida dos meios que assegure acessos aos produtos do trabalho coletivo encontra na violência uma das formas de transformar essa realidade, pois historicamente, como o homem realizou suas conquistas, na ausência de alternativas?

Mas o processo de conquista violenta está para todas as classes sociais. A violência apresenta aspectos históricos singulares e coletivos na medida em que indivíduos isolados passam a identificar semelhanças e diferenças entre si. Em condições reais se reconhecem como uma classe que se distingue de outra e para vigorar seus interesses travam uma luta marcada pelo antagonismo econômico-político-social, podendo ocorrer dentro de um combate ideológico ou por confronto armado.

As Revoluções são as locomotivas que movem a história e a violência o combustível. É com violência que os bárbaros “tomam” o Império Romano, contribuindo para a passagem de um mundo antigo à feudalidade, podendo se estender essa análise a tantas outras revoluções, como na Reforma no século XVI, que concedeu um novo impulso violento ao processo de expropriação da massa do povo e na francesa, com o papel desempenhado por Louis Bonaparte que usurpou o seu poder pela exploração da guerra de classe na França.

Se o processo histórico de construção das diversas sociedades se deu pelas lutas de classes antagônicas, a violência se torna a força que move a história e a Guerra uma forma de intercâmbio.

Segundo o pensamento de Marx (1983, p.105) “na história real é sabido que a conquista, a subjugação, o assassínio para roubar, em uma palavra, a violência, desempenha o grande papel”. Desta forma, os processos transacionais societários são viabilizados pela violência empregada, seja em aspectos econômicos, políticos ou sociais, que se configuram com a imposição do poder.

Nas diversas fases do capitalismo, seja na industrial, monopolista ou imperialista, a violência constitui instrumento para imposições classistas, bem como, para conservação da ordem, principalmente pelos aparatos coercitivos do Estado que é fundamental em todas as ordens sociais, pois “se torna a forma em que os indivíduos de uma classe dominante fazem valer os seus interesses”. (MARX, 1982, p.72).

Se durante as metamorfoses do capital, as crises recessivas sempre estiveram presentes, é na década de 1980, com a crise do Estado - Providência, que as explicitações das contradições inerentes a esse modo de produção, se manifestam com maior aprofundamento.

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estrutural sofre profundas alterações, pois o trabalho é cada vez mais coletivo e a apropriação é ainda mais privada.

Contudo, a relação entre Estado, Mercado e sociedade civil, tem o mercado como norteador das relações econômicas, ético - políticas e sociais, desenvolvendo relações de consumo, onde o ter prevalece em detrimento do ser. E os que não têm?

As relações se coisificam e a violência adotada pelo sistema capitalista, produz violentos reflexos em toda a estrutura social.

A violência se apresenta com uma potência em três sentidos: econômico, pelo processo de superação de cada fase do desenvolvimento das forças produtivas, derrubando uma “velha” sociedade e construindo uma “nova”, ainda que, essa se submeta as condições de produção e de intercâmbio da primeira, político, pela forma de controle desenvolvido para se legitimar a relação de exploração e por fim social, pois ela não ocorre por si só, é um produto de homens reais em condições reais, consubstanciada pelas relações sociais desenvolvidas no processo de produção e reprodução da existência humana.

Analisando o capitalismo, o pensador alemão, entende que desde a gênese desse modo de produção, marcada pela destruição violenta de forças produtivas e conquistas de novos mercados, ao mesmo tempo em que expande fronteiras, as crises recessivas se tornam cíclicas.

Seguindo ainda o pensamento de Marx (1983, p.145) “a violência é a parteira de toda a velha sociedade que está grávida de uma nova”. Pelos aspectos tirânicos e usurpadores todos os modelos anteriores de sociedade, pautados na divisão de classes foram superados, mesmo porque, “tudo que é sólido se desmancha no ar”. Sendo assim, dadas as próprias contradições, a superação do capitalismo, torna-se inevitável. As armas utilizadas pela burguesia voltam-se contra ela mesma, pois não forjou apenas os instrumentos que levam a Revolução, mas os homens que os manejam.

A luta de classes e a tomada de poder político do Estado pelo proletário teriam como efeito, em uma relação de causalidade, a libertação de toda a sociedade, pois a classe trabalhadora “toma sob seu controle as suas condições de existência e as de todos os membros da sociedade”. (MARX, 1982, p.61)

Como isso ainda não ocorreu, a análise de Rousseau (1959, p.37) no século XVIII continua atual, quando afirma que “o homem nasceu livre e não obstante, está acorrentado em toda a parte”.

Considerações finais

A violência é algo inerente ao humano, inato ou, assim como o próprio homem, é também produto da ação dialética do ser com a natureza e fruto do desenvolvimento das relações sociais? E ainda, qual o papel da violência do processo de produção e reprodução da sociedade, desde os modelos mais “primitivos” à contemporaneidade.

É importante ressaltar, que não se pretende em um artigo responder todas essas indagações e “dar conta” de interpretar o real em suas várias articulações, nesse complexo emaranhado de situações que permeiam o cotidiano de cada ser social.

Porém, é possível realizar algumas reflexões que fundamentam as inquietações suscitadas a partir da temática proposta para estudo; a violência!

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Esse aprisionamento, dentro da perspectiva do materialismo histórico e dialético é violento por si só e não foi realizado por vias pacíficas, em momentos de transições naturais, pelo contrário, ocorre pelo domínio violento de uma classe sobre a outra, em condições materiais - portanto reais - de produção.

As várias facetas da violência contra a natureza humana, do humano genérico, por interesses de uma classe dominante, possibilitam a supressão do homem pelo homem.

Por não ser inato do ser humano, mas sim da sociedade, a violência não desapareceu com o desenvolvimento das forças produtivas, ou mesmo, pelos aspectos culturais e morais de cada realidade, porque na dialética da materialidade em condições reais e profundas o ser social está em constante transformação, desenvolvendo novas necessidades e diversos mecanismos para sua satisfação.

Essa luta de indivíduos ou de classes se dá pela subordinação ao poder das coisas e pelas necessidades a partir delas construídas e cultivadas. Assim, as condições indispensáveis para se afirmar os interesses de uma classe, muitas vezes, são criadas por meio de uma violência brutal.

Contudo, com certeza torna-se necessário um maior aprofundamento na discussão sobre violência, na análise histórica da sociedade em cada conjuntura e como essa força motriz opera nos diversos contextos sociais. Não se apresentou verdades e mentiras nesse artigo, apenas inquietações que possibilitarão outros estudos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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