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ATLETISMO PARA TETRAPLÉGICO POR LESÃO MEDULAR: ESTUDO DE UM CASO. RESUMO

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Academic year: 2021

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ATLETISMO PARA TETRAPLÉGICO POR LESÃO MEDULAR: ESTUDO DE UM CASO.

Lincoln dos Santos Andrade1

Lucas Camilo Richter Barbosa da Silva1 Gisele Cristina Galli1 Rosangela Marques Busto2

Abdallah Achour Junior2 José Eugênio Zanineli3

RESUMO

Este estudo teve como objetivo acompanhar as possíveis alterações na freqüência cardíaca em um indivíduo adulto tetraplégico da cidade de Londrina-Pr. O treino teve duração média de 40 minutos, com desvio de 17,08, quatro vezes por semana. O número de batimento cardíaca inicial foi mínimo de 70 bpm e máxima de 84 bpm. A média dos batimentos cardíacos durante o trabalho ficou em média de 74 a 117 bpm. O valor de alteração foi em média de com desvio padrão para o batimento cardíaco inicial de 6,42 e ao final do trabalho de 16,38. Os dados obtidos no mês de março a setembro, serão comparados e analisados através de tratamento estatístico para verificar se a preparação física para a meia maratona do Rio de Janeiro proporcionou uma adaptação cardiorrespiratória. Está análise servirá de parâmetro para o planejamento de novos treinamentos visando a participações em competições nacionais e internacionais.

Palavras Chave: Esporte, Basquetebol, Força de Membros Superiores, Deficiência Física, Paratletas.

INTRODUÇÃO

O Atletismo é denominado como esporte-base, porque sua prática corresponde a movimentos naturais do ser humano: correr, saltar e lançar. A história do atletismo pode ser dividida em três períodos: o primeiro, de suas origens, nas civilizações primitivas, à extinção dos antigos jogos olímpicos, pelo imperador romano Teodósio, no ano de 393 d.C.; o segundo, da Idade média, a época de atividade descontínua ou mesmo de decadência para as competições de pista e campo, ao século passado, quando educadores vitorianos introduziram os esportes nas escolas inglesas, definindo-os, codificando-os e mais tarde difundindo-os pela Europa; e o terceiro, do renascimento dos jogos olímpicos, em 1896, com o barão francês Pierre de Coubertin, ao atletismo dos dias atuais ( ).

O Atletismo, de acordo com a Confederação Brasileira de Atletismo, é um esporte com provas de pista (corridas), de campo (saltos e lançamentos), provas combinadas, como decatlo

1 Acadêmica do Curso de Esporte da Universidade Estadual de Londrina, membro do Grupo de Estudo Dimensões do Esporte Adaptado. 2Docentes da Universidade Estadual de Londrina, membros do Grupo de Estudo Dimensões do Esporte Adaptado.

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e heptatlo (que reúnem provas de pista e de campo), o pedestrianismo (corridas de rua, como a maratona), corridas em campo (cross country), corridas em montanha, e marcha atlética. (CBAt, 2007)

Amputados, cadeirantes, deficientes visuais, deficientes mentais e paralisados cerebrais competem no atletismo, tanto no masculino como no feminino. Os atletas recebem uma classificação de acordo com o grau de deficiência de cada um, para que haja equilíbrio nas competições. (CPB, 2007)

Classificação Funcional

Com o objetivo de promover uma competição justa em um universo tão distinto de atletas com deficiência física foi decidido agrupá-los em classes de acordo com a amplitude do comprometimento motor ou visual. Os atletas pertencem a seis grupos no Movimento Paraolímpico:

• Atleta com paralisia cerebral • Atleta com lesão medular • Atleta com amputação • Atleta com deficiência visual • Atleta com deficiência mental

• Les autres (inclui todos os atletas com alguma deficiência de mobilidade não incluída nos grupos acima)

No atletismo, esportistas de todas as categorias de deficiência representadas no IPC (Comitê Paraolímpico Internacional) competirão nas seguintes divisões:

As classes 11, 12 e 13, que abrangem os diferentes níveis de deficiência visual. A classe 20, que abrange os atletas com deficiência intelectual.

As classes 32-38, que abrangem os atletas com diferentes níveis de paralisia cerebral – tanto cadeirantes (32-34), quanto não-cadeirantes (35-38).

As classes 40-46, que abrangem atletas não-cadeirantes com diferentes níveis de amputação ou outras deficiências, incluindo "les autres" (por exemplo, nanismo).

As classes 51-58, que abrangem atletas cadeirantes com diferentes níveis de lesão medular e amputações.

“F” representa classes de Field, e “T” representa classes de Pista (Parapan, Rio-2007). Esporte na Reabilitação

Os lesados medulares por sua condição física deteriorada têm alterado várias funções motoras que os levam ao sedentarismo e o esporte tem sido considerado um recurso impar nos programas de reabilitação de deficientes físicos, pois permite ao individuo a utilização de suas capacidades e a aprendizagem de habilidades que contribuirão para seu desempenho em funções de seu potencial de reabilitação. Colabora ainda na prevenção de distúrbios secundários e na reabilitação social, física e psíquica dos portadores de deficiência.

Alguns efeitos da prática esportiva ainda durante a hospitalização:

 Elevação de capacidades funcionais, como a cardiovascular e a neromuscular;

 Complementação dos tratamentos médico e fisioterápico;

 Suporte psíquico;

 Maior independência e capacidade de iniciativa;

 Aprendizagem prática de formas motoras lúdicas, que tornem mais agradável o tempo de hospitalização;

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 Contribuir para a educação e a adoção de condutas comportamentais, após a alta hospitalar, que assegurem a continuidade do processo voltado para a saúde física, mental e bem-estar social;

 Preparação para reassumir funções sociais (como o trabalho, família, estudo, lazer ativo, etc.)

 Facilitar a transição entre ser “doente” e “apto”.(Souza, 1994, p.26)

“Em relação a pratica esportiva esta pode contribuir para uma melhora do autoconceito, assim como fatores relacionados à reintegração social e auto-estima, uma vez que pacientes desportistas tiveram um escore diminuído quanto à ansiedade e depressão. Neste sentido podemos assinalar que a escolha de uma atividade esportiva possa ser decorrente de uma maior flexibilidade quanto ao processo de reintegração social minimizando os problemas decorrentes do isolamento social enfrentado por esta parcela da população”. (MELLO, et al 2000 p.74).

Objetivo

Este estudo tem como objetivo acompanhar a variação de freqüência cardíaca de um atleta tetraplégico durante sua preparação para a participação na Meia Maratona do Rio de Janeiro/2007.

MÉTODO Sujeitos

Participa deste estudo 01 sujeito do gênero masculino, diagnosticados como tetraplégicos por lesão medular, com 33 anos, inscritos no projeto “O Esporte na Saúde e na Qualidade de Vida de Pessoa com Paraplegia por Lesão Medular”, desenvolvido pelo Departamento de Ciências do Esporte no Centro de Educação Física e Esportes da Universidade Estadual de Londrina. Coleta de Dados

Os dados foram obtidos através do controle de freqüência cardíaca durante as sessões de treino realizadas na Pista de Atletismo do Centro de Educação Física e Esportes da Universidade Estadual de Londrina.

Polar?

A bicicleta contém um medidor de distância – Aquecimento RESULTADOS

O sujeito participante deste estudo possui curso superior, adquiriu a tetraplegia em acidente automobilístico no ano de 2002.

O treinamento teve início no mês de março de 2007, na Pista de Atletismo do Centro de Educação física e Esporte da Universidade Estadual de Londrina, no período noturno, visando sua participação na Meia Maratona do Rio de Janeiro que ocorrerá no dia 02 de setembro.

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Frequência Cardíaca Inicial (4 Meses) 76,6 75,3 71,7 73,7 6,3 5,4 4,2 5,6 0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0

março Abril Junho Julho

média desvio

Frequência Cardíaca Máxima (4 meses)

129,5 116,0 116,8 109 15,9 2,7 8,2 29,3 0,0 20,0 40,0 60,0 80,0 100,0 120,0 140,0

março Abril Junho Julho

média desvio

Os resultados preliminares mostram que a menor freqüência cardíaca inicial e quanto foi a diminuição mês a mês apresentada pelo atleta foi 58 batimentos cardíacos, na 14o. sessão de treino.

A maior freqüência cardíaca registrada ocorreu na 24o com 171 batimentos, sessão após três meses de treino.

Os dados demonstram os resultados obtidos após cinco meses de trabalho. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os dados obtidos no mês de março a setembro, serão comparados e analisados através de tratamento estatístico para verificar se a preparação física para a meia maratona do Rio de Janeiro proporcionou uma adaptação cardiorrespiratória. Está análise servirá de parâmetro

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para o planejamento de novos treinamentos visando a participações em competições nacionais e internacionais.

BIBLIOGRAFIA

Busto, R.M., Achour Junior, A., Medole, F. O., Marçal, A. F. & Bruniera, C. A. V (2007) Projeto Integrado O Esporte na Saúde e na Qualidade de Vida de Pessoas com Paraplegia por Lesão Medular. Universidade Estadual de Londrina, 2007.

CPB – Comitê Paraolimpico Brasileiro. Atletismo. Busca realizada em 19 de agosto de 2007. Disponível no site: http://www.cpb.org.br/modalidades/integra.asp?modal=atletismo

CBAt, Confederação Brasileira de Atletismo, 2007. Origens do Atletismo. Busca realizada em 19 de agosto de 2007. Disponível no site: http://www.cbat.org.br/acbat/historico.asp Parapan, Rio, 2007. Atletismo. Busca realizada em 19 de agosto de 2007. Disponível no site:

Referências

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