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Aula 19 Teorema Fundamental das Integrais de Linha

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Academic year: 2021

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Aula 19

Teorema Fundamental das

Integrais de Linha

MA211 - Cálculo II

Marcos Eduardo Valle Departamento de Matemática Aplicada

Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica Universidade Estadual de Campinas

(2)

Motivação

O teorema fundamental do cálculo afirma que Z b

a

f (x )dx = F (b) − F (a),

em que F é uma primitiva de f , ou seja, F0 =f . Em outras palavras,

Z b a

F0(x )dx = F (b) − F (a).

(3)

Teorema 1 (Teorema Fundamental das Integrais de Linha) Seja C uma curva lisa descrita porr(t), a ≤ t ≤ b. Seja f uma

função diferenciável de duas ou três variáveis cujo vetor gradiente ∇f é continuo em C. Nesse caso,

Z

C

∇f · d r = f r(b) − f r(a).

Campo vetorial conservativo:

Podemos calcular a integral de um campo vetorial conservativo conhecendoF = ∇f apenas o valor de f nas extremidades da

(4)

Demonstração:

Suponha que f é uma função de três variáveis. Nesse caso, Z C ∇f · d r = Z b a ∇f r(t)r0(t)dt = Z b a  ∂f ∂x dx dt + ∂f ∂y dy dt + ∂f ∂z dz dt  dt Pela regra da cadeia e aplicando o teorema fundamental do cálculo, concluímos que

Z C ∇f · d r = Z b a d dtf r(t)dt = f r(b) − f r(a).

(5)

Exemplo 2

Determine o trabalho realizado pelo campo gravitacional

F(x) = −mMG

kxk3x,

ao mover uma partícula de massa m do ponto (3, 4, 12) para o ponto (2, 2, 0) ao longo de uma linha reta.

(6)

Exemplo 2

Determine o trabalho realizado pelo campo gravitacional

F(x) = −mMG

kxk3x,

ao mover uma partícula de massa m do ponto (3, 4, 12) para o ponto (2, 2, 0) ao longo de uma linha reta.

Resposta: Sabemos queF é um campo conservativo e F = ∇f com

f (x , y , z) = p mMG x2+y2+z2.

Pelo teorema fundamental das integrais de linha, Z C F · d r = f (2, 2, 0) − f (3, 4, 12) = mMG  1 2√2 − 1 13  .

(7)

Independência do Caminho

Definição 3 (Independência do caminho) Dizemos que a integral de linhaR

CF · d r de um campo vetorial

F contínuo em D é independente do caminho se

R

C1F · d r = R

C2F · d r para quaisquer dois caminhos C1e C2 que tenham os mesmos pontos iniciais e finais.

Corolário 4

A integral de linha de um campo vetorial conversativoF = ∇f é

(8)

Definição 5 (Curva Fechada)

Uma curva é ditafechada se seu ponto final coincide com seu

ponto inicial, ou seja,r(b) = r(a).

Teorema 6

A integral de linhaR

CF · d r é independente do caminho em D se e somente seR

CF · d r = 0 para toda curva fechada C. Corolário 7

SeF é um campo vetorial conservativo em D, então

R

CF · d r = 0 para toda curva fechada C em D. Como saber seF é um campo vetorial conservativo?

(9)

O seguinte teorema, que pode ser visto como a recíproca do Corolário 7, fornece uma resposta para essa pergunta. Teorema 8

Considere um campo vetorialF sobre uma região aberta conexa D. SeR

CF · d r = 0 para qualquer curva fechada C, entãoF é um campo vetorial conservativo, ou seja, existe f tal

queF = ∇f .

Veja a demonstração do Teorema 8 no livro texto!

O Teorema 8 infelizmente não fornece uma resposta prática para a pergunta: Como saber seF é um campo vetorial

(10)

Suponha que

F(x , y ) = P(x , y )i + Q(x , y )j

é um campo vetorial conservativo com P e Q com derivadas parciais de primeira ordem contínuas. Nesse caso, existe f tal queF = ∇f e, portanto,

P = ∂f

∂x e Q = ∂f ∂y. Pelo teorema de Clairaut, temos

∂P ∂y = ∂2f ∂y ∂x = ∂2f ∂x ∂y = ∂Q ∂x .

(11)

Teorema 9

SeF(x , y ) = P(x , y )i + Q(x , y )j é um campo vetorial

conservativo, em que P e Q possuem derivadas parciais de primeira ordem contínuas em um domínio D, então em todos os pontos de D temos

∂P ∂y =

∂Q ∂x .

(12)

A recíproca do Teorema 9 só é verdadeira para um tipo especial de região.

Definição 10 (Curva Simples)

Dizemos que C é uma curva simples se ela não se

autointercepta em nenhum ponto entre as extremidades, ou seja,r(t1) 6=r(t2)para todo a < t1<t2<b.

Definição 11 (Região Simplesmente Conexa)

Uma região conexa D é dita simplesmente conexa se toda curva simples fechada em D contorna somente pontos que estão em D.

Intuitivamente, uma região simplesmente conexa não contém buracos nem é constituída por dois pedaços separados.

(13)

Teorema 12

SejaF(x , y ) = P(x , y )i + Q(x , y )j um campo vetorial sobre

uma região D aberta e simplesmente conexa. Se P e Q possuem derivadas parciais de primeira ordem contínuas e

∂P ∂y =

∂Q ∂x , entãoF é um campo vetorial conservativo.

(14)

Exemplo 13

Determine se o campo vetorial

F(x , y ) = (x − y )i + (x − 2)j,

(15)

Exemplo 13

Determine se o campo vetorial

F(x , y ) = (x − y )i + (x − 2)j,

é ou não conservativo.

(16)

Exemplo 14

Determine se o campo vetorial

F(x , y ) = (3 + 2xy )i + (x2− 3y 2)j, é ou não conservativo.

(17)

Exemplo 14

Determine se o campo vetorial

F(x , y ) = (3 + 2xy )i + (x2− 3y 2)j, é ou não conservativo.

(18)

Exemplo 15

a) SeF(x , y ) = (3 + 2xy )i + (x2− 3y2)j, determine uma

função f tal queF = ∇f .

b) Calcule a integral de linha Z

C

F · d r, em que C é a curva

dada por

(19)

Exemplo 15

a) SeF(x , y ) = (3 + 2xy )i + (x2− 3y2)j, determine uma

função f tal queF = ∇f .

b) Calcule a integral de linha Z C F · d r, em que C é a curva dada por r(t) = etsen ti + etcos tj, 0 ≤ t ≤ π. Resposta:

a) A função potencial desejada é

f (x , y ) = 3x + x2y − y3+K , em que K é uma constante.

b) Z

C

(20)

Exemplo 16 Se

F(x , y , z) = y2i + (2xy + e3z)j + 3ye3zk,

(21)

Exemplo 16 Se

F(x , y , z) = y2i + (2xy + e3z)j + 3ye3zk,

é um campo vetorial conservativo, determine f tal queF = ∇f .

Resposta: A função potencial desejada é

f (x , y , z) = xy2+ye3z+k , em que k é uma constante.

Referências

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