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ESTADO DE MATO GROSSO DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO CORREGEDORIA-GERAL DA DEFENSORIA PÚBLICA

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ATO 01/2009/CGDP-MT

Institui o Regulamento do processo de acompanhamento do Estagio probatório dos membros da Defensoria Pública.

O CORREGEDOR-GERAL DA DEFENSORIA PÚBLICA, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo art. 26, incisos de I a XIII, da Lei Complementar Estadual 146/2003 e pelo art. 39 do Regimento Interno da Corregedoria-Geral da Defensoria Pública e

Considerando que o membro da Defensoria Pública adquire estabilidade somente após três anos de exercício do cargo (art. 34, §1º, da LCE 146/2003);

Considerando que no referido período o membro da Defensoria Pública tem o seu trabalho e a sua conduta avaliados pelos Órgãos da Administração Superior da Defensoria Pública, para referidos fins;

Considerando que a referida avaliação deve levar em conta os aspectos relacionados no art. 36 e 37 do Regimento Interno da Corregedoria-Geral da Defensoria Pública;

Considerando que é atribuição da Corregedoria-Geral o acompanhamento do estágio probatório do membro da Defensoria Pública, como também a apresentação ao Conselho Superior da Defensoria Pública do respectivo relatório final (art. 50, § 1º da LCE 146/2003).

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RESOLVE:

Art. 1º - Fica instituído o Regulamento do Estágio Probatório do membro da Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso.

CAPÍTULO I

DO INÍCIO E DA DURAÇÃO DO ESTÁGIO PROBATÓRIO

Art. 2º - Ao tomar posse no cargo de Defensor Público Substituto, o membro da Defensoria Pública, antes de entrar em exercício, será submetido a estágio de orientação, findo o qual deverá, sob pena de exoneração, comprovar a entrada em exercício junto ao órgão de atuação, no prazo de dez dias, mediante declaração, sob as penas da lei (art. 45 e parágrafos, da Lei Complementar Estadual nº 146/2003).

Parágrafo único - O estágio probatório terá início a partir da data da declaração a que alude o caput deste artigo e transcorrerá durante o prazo de 03 (três) anos de exercício do cargo, no qual não se computarão os dias em que o membro da Defensoria Pública estiver afastado de suas funções, salvo nas hipóteses previstas no art. 49 e incisos, da Lei Complementar Estadual nº 146/2003.

CAPÍTULO II DA AVALIAÇÃO

Art. 3º - A avaliação do membro da Defensoria Pública em estágio probatório levará em conta os seguintes aspectos:

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I - a sua conduta na vida pública e particular e o conceito que goza na comarca;

II - a operosidade e a dedicação no exercício do cargo; III - a presteza e a segurança nas suas manifestações processuais;

IV - a eficiência no desempenho de suas funções, verificada através das referências dos Procuradores da Defensoria Pública em sua inspeção permanente, dos

elogios insertos em julgados dos Tribunais, da

publicação de trabalhos forenses de sua autoria e das observações feitas em correições e visitas de inspeção; V - o número de vezes que já tenha participado de listas de promoção ou remoção;

VI - a freqüência e o aproveitamento em cursos oficiais, ou reconhecidos, de aperfeiçoamento;

VII - o aprimoramento de sua cultura jurídica, através da publicação de livros, teses, estudos, artigos e obtenção de prêmios relacionados com sua atividade funcional;

VIII - a atuação em Defensoria Pública que apresente particular dificuldade para o exercício das funções; IX - a participação nas atividades da Defensoria Pública a que pertença e a contribuição para a consecução dos objetivos definidos pela Administração Superior da Defensoria Pública;

X - a atuação comunitária para prevenir ou resolver conflitos; e

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CAPÍTULO III

DA OBTENÇÃO DOS DADOS Seção I

Das Disposições Gerais

Art. 4º - Os dados para a análise pela Corregedoria-Geral dos aspectos descritos no artigo anterior serão obtidos a partir das seguintes fontes:

I - relatórios individuais e trabalhos elaborados e remetidos mensalmente pelo membro da Defensoria Pública em estágio probatório;

II – relatório de fiscalização permanente encaminhados pelos Procuradores da Defensoria Pública;

III - relatórios de acompanhamento de estágio probatório

e pareceres encaminhados pelos Procuradores da

Defensoria Pública e Defensores Públicos especialmente designados para atuarem como auxiliares da Corregedoria-Geral;

IV - inspeções e correições; e V - outras.

Seção II

Do Relatório Individual

Art. 5º - Durante o estágio probatório, o membro da

Defensoria Pública deverá remeter, mensalmente,

relatório individual de atuação no período, para o endereço eletrônico da Corregedoria-Geral disponível na internet, no prazo legal.

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Seção III

Dos Dados Relativos à Atividade Processual Subseção I

Da Remessa dos Trabalhos

Art. 6º - O relatório mencionado no artigo anterior deverá ser instruído com cópia gravada em CD-Room de todos os trabalhos realizados pelo Defensor Público Substituto durante o respectivo período.

§ 1º - Os trabalhos a que se refere o caput deste artigo deverão ser encaminhados até o quinto dia útil de cada mês, especialmente as peças processuais a que se refere o art. 129, inciso VII, da Lei Complementar 80/1994. § 2º - O Corregedor-Geral poderá determinar, a qualquer tempo, que o membro da Defensoria Pública faça remessa de cópia impressa de trabalhos elaborados, devidamente protocolizados.

Subseção II

Da Análise dos Trabalhos

Art. 7º - Recebidos os trabalhos na forma mencionada no

artigo anterior, serão estes encaminhados pela

Secretaria da Corregedoria-Geral aos Procuradores e Defensores Públicos designados para atuarem como auxiliares deste Órgão, para a respectiva análise e posterior emissão de parecer prévio.

Parágrafo único - Não os recebendo até o quinto dia útil de cada mês, o Secretário da Corregedoria-Geral informará nos autos do processo de estágio probatório respectivo, dando ciência do ocorrido ao Corregedor-Geral, que determinará a adoção das providências cabíveis.

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Art. 8º - O Auxiliares da Corregedoria-Geral, à vista das cópias dos trabalhos apresentados, examinarão mensalmente a atuação funcional de cada membro da Defensoria Pública em estágio probatório e elaborarão pareceres prévios sobre o desempenho funcional, emitindo os conceitos abaixo relacionados:

I - ótimo; II - bom;

III - regular;

IV - insuficiente; ou V - ruim.

Art. 9º - Os conceitos relacionados no artigo anterior serão lançados para cada um dos seguintes aspectos:

I - forma gráfica e qualidade redacional; II - adequação técnica e conteúdo jurídico;

III - sistematização lógica e nível de persuasão; IV - atuação extrajudicial.

§ 1º - Para efeito deste artigo, compreende-se:

I - por forma gráfica, os aspectos externos do trabalho jurídico, isto é, a formatação da página e do texto, o meio utilizado (manuscrito, máquina ou computador), tamanho, cor e forma da fonte utilizada, limpeza, existência ou não de rasuras, referências bibliográficas e adequação ou não às normas técnicas em vigor;

II - por qualidade redacional, os aspectos ortográficos, sintáticos, de pontuação e de concordância, que possibilitam a fácil compreensão do texto;

III - por adequação técnica, a conformidade da exposição jurídica contida no trabalho com os preceitos legais, doutrinários e jurisprudenciais relacionados com a matéria em discussão, respeitada a independência funcional;

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IV - por conteúdo jurídico, a circunscrição da abordagem ao âmbito do Direito, sem desconsideração, contudo, das Ciências auxiliares;

V - por sistematização lógica, a exposição das idéias não somente de acordo com a técnica jurídica, mas de forma a ser facilmente compreendida pelo interlocutor; VI - por nível de persuasão, a possibilidade da argumentação, pelo concurso dos demais dados em produzir efeitos no interlocutor; e

VII - por atuação extrajudicial, o êxito nos

procedimentos administrativos extrajudiciais,

especialmente na realização de ajustamentos de conduta.

§ 2º - O parecer prévio de que trata o art. 8º, após homologação pelo Corregedor-Geral, será juntado aos autos do processo de estágio probatório pela Secretaria da Corregedoria-Geral, providenciando o encaminhamento de cópia ao membro da Defensoria Pública em estágio probatório, para conhecimento.

Art. 10 - Até trinta dias após o trânsito em julgado da decisão favorável de estabilidade na carreira, poderá o Defensor Público solicitar à Secretaria da Corregedoria-Geral a restituição dos respectivos trabalhos.

Parágrafo único - Vencido o prazo de que trata este artigo, os trabalhos poderão ser inutilizados ou incorporados ao acervo jurídico-institucional.

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Dos Dados Relativos à Conduta

Art. 11 - A conduta do membro da Defensoria Pública em estágio probatório na sua vida pública e particular e o conceito que goza na comarca serão avaliados com base nos dados extraídos das seguintes fontes:

I - pareceres encaminhados pelos Auxiliares da

Corregedoria-Geral especialmente designados; II - visitas de inspeções e correições; e III - outras.

Art. 12 - Qualquer pessoa poderá fornecer à

Corregedoria-Geral informações sobre a conduta do membro da Defensoria Pública em estágio probatório.

CAPÍTULO IV

DO PROCESSO DE ACOMPANHAMENTO Seção I

Da Instauração

Art. 13 - À vista da comunicação de entrada em exercício de que trata o art. 45 e parágrafos, da Lei Complementar Estadual nº 146/2003, o Corregedor-Geral expedirá portaria de instauração do processo de acompanhamento do estágio probatório do membro da Defensoria Pública.

§ 1º - A portaria será instruída, dentre outros, com os seguintes documentos:

I - cópia do ato de nomeação no cargo de Defensor Público Substituto;

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II - cópia da publicação no Diário Oficial do ato mencionado no inciso anterior;

III - cópia do termo de posse no referido cargo;

IV - cópia da portaria de designação ou ato de promoção;e

V - cópia da comunicação de entrada em exercício do membro da Defensoria Pública em estágio probatório.

§ 2º - A portaria e os documentos mencionados no parágrafo anterior serão autuados como "PROCESSO DE ACOMPANHAMENTO DE ESTÁGIO PROBATÓRIO DE MEMBRO DA DEFENSORIA PÚBLICA", sendo registrado em livro próprio, tendo suas folhas numeradas e rubricadas pelo Secretário da Corregedoria-Geral.

§ 3º - Na capa dos autos deverão ser anotadas as datas do início e término do estágio probatório.

§ 4º - Procedida a instauração do processo, será remetida ao respectivo membro da Defensoria Pública em estágio probatório cópia da portaria de instauração.

Seção II

Da Instrução do Processo

Art. 14 - O processo deverá ser instruído com os seguintes formulários e documentos a serem produzidos durante o estágio:

I - formulário de controle de remessa dos trabalhos mensais;

II - relatórios mensais individuais do membro da Defensoria Pública em estágio probatório;

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III - informações dos membros da Defensoria Pública sobre a conduta dos Defensores Públicos em estágio probatório;

IV - ficha funcional atualizada;

V - pareceres dos Auxiliares da Corregedoria-Geral sobre os aspectos relacionados no artigo 3º deste Ato;

VI – relatório final do Corregedor-Geral sobre os aspectos relacionados no artigo 3º deste Ato; e

VII - Ata da reunião do Conselho Superior da Defensoria Pública em que for aprovado o Relatório Final do Estágio Probatório.

Parágrafo único - Os formulários e documentos que instruírem o processo após a sua instauração também deverão ser numerados e rubricados pelo Secretário da Corregedoria-Geral.

Seção III

Do Acesso ao Processo e do Contraditório

Art. 15 - É assegurado aos integrantes dos órgãos da Administração Superior e ao membro da Defensoria Pública em estágio probatório, mediante prévia solicitação ao Corregedor-Geral, acesso ao processo.

Art. 16 - Sempre que dos autos constarem anotações que importem em demérito, serão comunicadas ao Defensor Público interessado, a fim de que possa contraditá-las, no prazo de 10 (dez) dias, por escrito.

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CAPÍTULO V

DO PARECER E DO RELATÓRIO FINAL

Art. 17 - A Secretaria da Corregedoria-Geral, 3 (três) meses antes do término previsto para a conclusão do estágio probatório, deverá determinar ao Serviço de Apoio que atualize todos os formulários e demais documentos do processo, abrindo vista aos Auxiliares da Corregedoria-Geral, para fins de análise e elaboração do parecer final.

Art. 18 - Com o parecer final, os autos irão conclusos ao Corregedor-Geral para a elaboração do relatório final, que deverá ser remetido, 3 (três) meses antes de decorrido o triênio, ao Conselho Superior da Defensoria Pública, prosseguindo-se nos termos das disposições

legais previstas nos termos do § 1, do artigo 50 da Lei

Complementar Estadual nº 146/2003.

CAPÍTULO VI

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 19 - As normas e medidas estabelecidas neste Ato

não prejudicam outras previstas na legislação

institucional e nos demais Atos desta Corregedoria-Geral e da Defensoria Pública-Geral.

Art. 20 - Este Ato entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Cuiabá – MT, 17 de março de 2009.

ANDRÉ LUIZ PRIETO

Referências

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