• Nenhum resultado encontrado

PERFIL SÓCIO-DEMOGRAFICO DE MULHERES EM CONSULTA DE ENFERMAGEM PUERPERAL

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "PERFIL SÓCIO-DEMOGRAFICO DE MULHERES EM CONSULTA DE ENFERMAGEM PUERPERAL"

Copied!
6
0
0

Texto

(1)

ÁREA TEMÁTICA: SAÚDE

PERFIL SÓCIO-DEMOGRAFICO DE MULHERES EM CONSULTA DE ENFERMAGEM PUERPERAL

NIKKEL, FRANCIELLE TAMARA1 GEHRING, LETÍCIA BARROS2

LEMOS, JULIANA REGINA DIAS3 RAVELLI, ANA PAULA XAVIER4 OLENIKI, ANA CLÁUDIA DA SILVA5

RESUMO:

Introdução: O contexto social que a puérpera vivencia antes e após a gestação é importante para a saúde materno infantil e o profissional de saúde deve assistir defoma integral e humanizada, valorizando necessidades emocionais, sociais e físicas não só do binômio mãe-filho mas de toda a família, não focando somente o cuidado biológico. Objetivo: identificar o perfil sócio demográfico das puérperas atendidas no Projeto Consulta Puerperal de Enfermagem no ano de 2009. Metodologia: pesquisa realizada no Hospital Evangélico da cidade de Ponta Grossa através de entrevista estruturada com 148 mulheres no período puerperal entre os meses de Março e Novembro de 2009. A análise dos dados deu-se por estatística descritiva com os valores expressos em freqüências simples. Resultados: 55,4% (n=82) das mulheres tinham entre 21 e 30 anos, porém 27% (n=40) apresentavam idade inferior a 20 anos. Aproximadamente 48% (n= 71) delas eram casadas e 18% (n=27) eram solteiras. Em relação à escolaridade, foi visto que 51,4% (n=76) possuíam o Ensino Médio, sendo que para 17,6% delas o mesmo estava incompleto, e 43,2% (n=61) possuíam o Ensino Fundamental, com 20,9% das entrevistadas não tendo terminado este período de estudo. Apenas 22,3% (n=33) trabalham fora e somente 13,5% destas trabalhavam com carteira assinada, fato este que compromete a renda familiar a qual não ultrapassou 2 salários mínimos em 84,5% (n=125) das famílias. Conclusão: Percebemos que a gravidez esta ocorrendo em idade mais adequada para as modificações trazidas por este momento, diminuindo os índices de gestações de risco. Além disso, a maior parte das famílias tem baixa renda mensal devido ao fato de que as mulheres não possuem emprego e não podem ajudar nas despesas da casa, sendo sustentadas pelos companheiros. O nível de escolaridade não se mostrou tão baixo, mas o pouco tempo de estudo mostrou-se interferindo na renda familiar.

Palavras Chave: realidade sócio-econômica, Família, Enfermagem.

1 Acadêmico 4º ano do Curso de Graduação em Enfermagem, integrante do projeto CPE – francielletamara@hotmail.com

2 Acadêmico 4º ano do Curso de Graduação em Enfermagem, integrante do projeto CPE - legehring@hotmail.com

3 Mestre, Professor Assistente do Departamento de Enfermagem e Saúde Pública, coordenadora do Projeto CPE – lemos.jrd@terra.com.br.

4 Mestre, Professor Assistente do Departamento de Enfermagem e Saúde Pública, supervisora do Projeto CPE – apxr@hotmail.com.

(2)

Introdução

O contexto social que a puérpera vivencia antes e após a gestação é importante para a saúde materno infantil. A relação que a mulher e a família irão estabelecer com a criança desde asprimeiras horas após o nascimento interfere, também, no processo de amamentação e nos cuidados com a criança e com a mulher. Um contexto favorável, isto é, suporte social e afetivo, fortalece os vínculos familiares o que vem a ser uma condição básica para o desenvolvimento saudável do ser humano. (BRASIL, 2005)

Destaca-se aqui o período pós-parto, também chamado de puerpério, no qual a mulher passa por um momento de adaptações e mudanças na sua vida, com a chegada do seu recém nascido e todas as mudanças que ocorreram em seu organismo durante e após a gestação.

Uma atenção humanizada durante o pré-natal e puerpério é fundamental para a saúde materna e neonatal. É muito importante que os profissionais da área da saúde compreendam a pessoa como um todo, não só corpo e mente, mas sim como o ambiente social, econômico, cultural e físico no qual vivem estas mulheres (CANTO, 2006).

Com isso é possível prestar o devido atendimento conhecendo não só estado biológico destas mulheres, mas também todo o contexto social que estas estão inseridas.

Objetivos

Objetivo Geral:

• Identificar o perfil sócio-demográfico das puérperas atendidas pela CPE no hospital Evangélico, no ano 2009.

Objetivos Específicos:

• Conhecer a realidade social das famílias nas quais o binômio mãe-filho está inserido.

Metodologia

Pesquisa realizada no Hospital Evangélico da cidade de Ponta Grossa através de entrevista estruturada com 148 mulheres no período puerperal entre os meses de Março e Novembro de 2009. A análise dos dados deu-se por estatística descritiva com os valores expressos em freqüências simples. Os aspectos éticos foram assegurados contemplando a resolução 196/96 com parecer da COEP 63/2009.

Resultados

Os resultados mostram em relação ao perfil social e demográfico das mulheres atendidas na faixa etária observou-se que, 40 (27%) do total de 148 puérperas tinham idade menor e igual a 20 anos, 82 (55,4%) tinham entre 21e 30 anos e 26 (17,6%) puérperas apresentavam idade maior que 30 anos (tabela 1). Esses dados nos mostram que, as puérperas ainda são na sua maioria mulheres em idade adulta, mas que as adolescentes na faixa etária de menor e igual a vinte apresentaram uma grande parte da amostra 27% do total comprovando que a gravidez na adolescência é um fato comum e ascendente na sociedade atual.Segundo Branden (1998, p.73) que diz: “a gravidez impõe

(3)

riscos às adolescentes devido à sua imaturidade física e psicológica, à possibilidade de ocorrerem complicações gestacionais, e à inexistência de sistemas de apoio social e financeiro”.

O estado civil destas foi classificado em solteiras, casadas, amasiadas. Sendo assim, 27 (18%) mulheres eram solteiras, 71 (48%) casadas, 50 (33,8%) amasiadas (tabela 1). Fica claro no presente estudo que as mulheres na sua maioria apresentam companheiros seja pelo método tradicional casamento ou por uma união estável consideradas popularmente de “amasiadas”. Deste modo, das 148 puérperas, 121 isto é, 81,8% das mulheres que participaram da pesquisa apresentam uma forma de relacionamento seguro, o que é muito importante neste período de pós-parto como suporte social e afetivo para elas. Diante desta realidade o Código Civil Brasileiro, reconhece atualmente como entidade familiar a união estável entre homem e mulher configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida como objetivo de constituição de família (BRASIL, 2002).

Já quanto à escolaridade, outro dado levantado pelo presente estudo, revelou que, 31 (22,3%) puérperas apresentam ensino fundamental completo, 30 (20,9%) puérperas ensino fundamental incompleto; 50 (33,8%) ensino médio completo, 26(17,6%) puérperas incompleto, 2 (1,34%) ensino superior e 6 (4,05%) não informaram sua escolaridade(tabela 1). Diante disso, observou-se que, a maioria terminou o 2° grau. O nível de escolaridade materno mais elevado parece ser um bom determinante de sucesso da prática da amamentação exclusiva. Pesquisa realizada por Fadul & Xavier8 (1983) relatou a ocorrência mais precoce de desmame em grupo de mães com apenas primeiro e segundo graus. De acordo com FRANÇA et.al., (2007) as mães com formação acadêmica apresentam maior possibilidade de receber informações acerca dos benefícios da amamentação, sofrendo menor influência externa e rejeitando práticas que, de modo cientificamente comprovado, prejudicam a ocorrência da amamentação. Além disso, a instrução pode oferecer à mãe autoconfiança, dando-lhe segurança para que possa lidar com os possíveis problemas ou desconfortos da prática de amamentar.

(4)

A TABELA JÁ ESTA ARRUMADA, RETIRAR O COLORIDO DO 148

Tabela 1: Perfil Sócio demográfico de mulheres em Consulta de Enfermagem Puerperal

atendidas no Hospital Evangélico de Ponta Grossa.

n

%

Faixa etária

20

40

27,02

21-30

82

55,40

> 30

26

17,56

Estado civil

Solteira

27

18,24

Casada

71

47,97

Convivente

50

33,78

Escolaridade

Fundamental

64

43,23

Médio

76

51,34

Superior

02

1,34

Não informou

06

4,05

TOTAL

148

100

Fonte: Projeto CPE, Março a Novembro de 2009.

Na questão de trabalho, 33 (22,3%) das participantes trabalham fora de casa, sendo que, destas, somente 20 puérperas (13,5%) apresentavam carteira assinada, ou seja, trabalho formal; 115 (77,7%) não possuem emprego (tabela 2). Deste modo, fica claro que, as mulheres estão se tornando cada vez mais dependes dos seus parceiros. De acordo com Spindola et al (2006) “o que interfere na participação das mulheres no mercado de trabalho são a responsabilidade com a guarda, cuidado e educação dos filhos na família, além da insuficiência de creches e dos rendimentos obtidos serem insuficientes para cobrir os gastos de sua saída de casa”.

Outro fator social é a renda das mulheres, 2 mulheres (1,35%) possuíam renda até 1salário mínimo, 125 (84,5%) de um a dois salários, 14 (9,5%) de três a quatro, 7 (4,7%) mais que quatro salários(tabela 2). É possível com esses dados concluir que, como a maioria das mulheres não trabalha a renda familiar é dependente do emprego marido.

(5)

Tabela 2: Perfil Sócio demográfico de mulheres em Consulta de Enfermagem Puerperal

atendidas no Hospital Evangélico de Ponta Grossa.

n

%

Possui Trabalho

Sim

33

22,29

Não

115

77,70

Carteira Assinada

Sim

20

60,60

Não

13

39,39

Renda familiar

< 1 sm

2

1,35

1-2 sm

125

84,45

3-4 sm

14

9,45

> 4 sm

7

4,72

TOTAL

148

100

Fonte: Projeto CPE, Março a Novembro de 2009.

Conclusão

A maior parte das puérperas tem idade entre 21 e 30 anos, dado importante, pois mostra que as mulheres estão engravidando em uma idade na qual seu organismo está apto e maduro a gestar uma criança, diminuindo os índices de gestações de risco.

A maioria das puérperas era casada ou convivente e não possuíam emprego, tendo que viver apenas com o salário do companheiro. Como a mulher não trabalha, não tem a possibilidade de ajudar no orçamento doméstico, não tem assegurados os direitos trabalhistas, estando impedida de melhorar as condições de vida, fato que influencia no convívio em família. Essa situação faz com que apenas o homem sustente a casa, sendo a renda mensal relativamente baixa, afetando diretamente no nível de vida da família. O fato de a maior parte ter uma união estável proporciona a elas uma maior estabilidade emocional, além do suporte social no período pós-parto.

Em relação à escolaridade dessas puérperas, podemos concluir que a população está tendo maior acesso à educação, pois a maioria ao menos iniciou o ensino médio, ou seja, possui mais de oito anos de estudo. Porém, apesar da escolaridade não ser baixa, ela interfere diretamente na renda familiar, pois, quanto menos estudo, menor a qualificação profissional, e, como o mercado de trabalho está cada vez mais exigente, torna-se difícil a inserção no mesmo, e, quando consegue, a remuneração acaba sendo baixa.

Referências

1. ARAÚJO, OD; CUNHA, LA; LUSTOSA, RL; NERY, SI; MENDONÇA, MCR; CAMPELO, MAS. Aleitamento materno: fatores que levam ao desmame precoce.

Revista Brasileira de Enfermagem, v.61, n.4, 2008;

2. CASTRO, P. C. M. L.; ARAÚJO, C.D.L. Aleitamento materno: manual prático. Ed. CTP, Londrina 2006.

3. CARDOSO, LO; VICENTE, AST; DAMIÃO, JJ et. al. The impact of implementation of the Breastfeeding Friendly Primary Care Initiative on the prevalence rates of breastfeeding and causes of consultations at a basic healthcare center. Jornal de

Pediatria, 84(2): 147-153, 2008;

4. Unicef. Disponível em: www.unicef.org/brazil/aleitamento acessado em 22 de maio de 2009

(6)

5. FALEIROS, FTV; TREZZA, EMC; CARANDINA, L. Aleitamento materno: fatores de influencia na sua decisão e duração. Revista de Nutrição, 19(5): 623-630, 2006;

6. . LUCAS, A; MORLEY, R; COLE, TJ et. al. Early diet in preterm babies and

developmental status at 18 months. Lancet, 335: 1477-1481, 1990;

7. Fadul FD, Xavier LF. Fatores que contribuem para o desmame precoce. Rev Bras

Enferm. 1983;36(2):213-20.

8. FRANCA, Giovanny Vinícius Araújo de et al . Determinantes da amamentação no primeiro ano de vida em Cuiabá, Mato Grosso. Rev. Saúde Pública, São Paulo, v. 41, n. 5, Oct. 2007 .

Referências

Documentos relacionados

A vacina não deve ser administrada a imunodeprimidos, grávidas, menores de 1 ano de idade e hipersensibilidade a algum dos componentes da vacina e terapêutica concomitante

muito típica... Notam autores dessa corrente que o homem moder no nega a existencia da alma espiritual, degrada a criatura humana ao nivel dos animáis irracionais, proclama

As intervenções abordadas nesse trabalho se revelam como convites à um modelo de vida urbana mais sustentável, pensadas para a escala do pedestre e do ciclista para promover a

The objectives of the treatment are to restore GH secretion and/or action to normal, reduce IGF-I levels to age- and gender-matched controls, relieve signs and

Já no Pará, em Marapanim, 61% dos pescadores utilizam barcos com rabeta (ALVES, GUTJAHR e SILVA, 2015). Os pescadores da colônia apresentam, ainda, um total de 19 barcos

O menor sobrepotencial na região próxima ao ânodo, para a Sol III, deve estar relacionada à maior densidade de corrente limite, conforme pode ser observado na Figura 3, que

Depois de o componente primário ser validado como sendo adequado para utilização, qualquer desvio dos procedimentos de teste recomendados pode invalidar resultados esperados.. Têm

Roteiro Introdu¸ c˜ ao Protocolo Modelo OSI Camadas Exerc´ıcios 1 Introdu¸ c˜ ao 2 Protocolo Conceitos Pilha Vantagens 3 Modelo OSI Conceitos Gerais Figura 4 Camadas F´ısica