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ANO XXXVIII - No. 421 - JUNHO DE 1997

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(1)

P rojeto

PERGUNTE

E

RESPONDEREMOS

ON-LINE

Apostolado Veritatis Spiendor

com autorizacáo de

Dom Estéváo Tavares Bettencourt, osb

(in memoriam)

(2)

DA EDIQÁO ON-LINE

Diz Sao Pedro que devemos estar preparados para dar a razáo da nossa esperanga a todo aquele que no-la pedir (1 Pedro 3,15).

Esta necessidade de darmos conta

da nossa esperanga e da nossa fé hoje é

• - mais premente do que outrora, visto que ;'. somos bombardeados por numerosas

• correntes filosóficas e religiosas contrarias á

fé católica. Somos assim incitados a procurar consolidar nossa crenca católica mediante um aprofundamento do nosso estudo.

Eis o que neste site Pergunte e

Responderemos propóe aos seus leitores:

aborda questoes da atualidade

controvertidas, elucidando-as do ponto de vista cristáo a fim de que as dúvidas se dissipem e a vivencia católica se fortalega no Brasil e no mundo. Queira Deus abengoar

este trabalho assim como a equipe de

Veritatis Splendor que se encarrega do respectivo site.

Rio de Janeiro, 30 de julho de 2003. Pe. Esteváo Bettencourt, OSB

NOTA DO APOSTOLADO VERITATIS SPLENDOR Celebramos convenio com d. Esteváo Bettencourt e passamos a disponibilizar nesta área, o excelente e sempre atual conteúdo da revista teológico - filosófica "Pergunte e Responderemos", que conta com mais de 40 anos de publicacao.

A d. Estéváo Bettencourt agradecemos a confiaga depositada em nosso trabalho, bem como pela generosidade e zelo pastoral assim demonstrados.

(3)

Ano xxxviii Junho 1997 421

"Por Causa do seu grande Amor..." (Ef 2,4)

Os Armenios professam a Fé Católica

Profecias Desmentidas

A Anticoncepcáo (Contracepcáo)

Nova Era: Desafios

Fundamentalismo: Que é?

Televisáo e Ética

(4)

Publicacáo Mensal N°421

Di reto r Responsável Estévao Bettencourt OSB

Autor e Redator de toda a materia publicada neste periódico

Diretor-Administrador:

D. Hildebrando P. Martins OSB Administrado e Oistribuigáo:

Edicóes "Lumen Christi"

Rúa Dom Gerardo, 40 - 5o andar - sala 501 Tel.: (021) 291-7122

Fax (021) 263-5679

Enderece» para Correspondencia: Ed. "Lumen Christi"

Caíxa Postal 2666

CEP 20001-970 - Rio de Janeiro - RJ Visite o MOSTEIRO DE SAO BENTO e "PER GUNTE E RESPONDEREMOS" na INTERNET:

http://www.osb.org.br. Impressaoe EncadernapSo

SUMARIO

"Por Causa do seu

grande Amor..." (Ef 2,4) 241 A respeito de Jesús Cristo:

Os Armenios professam a Fé Católica 242 A Bem da Verdade:

Profecías Desmentidas 248 O Médico estuda:

A Anticoncepcáo (Contracepgáo) 260 Sempre atuai:

Nova Era: Desafios 269 Mais urna vez:

Fundamentalismo: Que é? 276 Um Brado de Alerta:

Televisáo e Ética 284

Livros em Estante 285

COM APROVASÁO ECLESIÁSTICA

"MARQUES SAfíAIVA" Y

GRÁFICOS E EDITORES Uda. NO PRÓXIMO NÚMERO: Tels.: (021) 273-9498/273-9447

A Igreja e os Divorciados de novo casados (Joáo Paulo II). - «Separados, Unidos. Urna Esperanca Possível» (P. Salaün). - «Aborto Legal? Isso nao existe!» (L. C. Lodi da Cruz). - Atividade Humanitaria de Joao Paulo II. - Métodos Naturais: Paternidade Res ponsável. - A "Folha Universal" diz a Verdade? - O Livro de Urantia. - «Eunucos pelo Reino de Deus» (U. Ranke - Heinemann).

(PARA RENOVACÁO OU NOVA ASSINATURA:

R$ 25,00).

(NÚMERO AVULSO R$ 2,50).

O pagamento poderá ser á sua escolha:

1. Enviar em Carta, cheque nominal ao MOSTEIRO DE SAO BENTO/RJ.

2. Depósito em qualquer agencia do BANCO DO BRASIL, para agencia 0435-9 Rio na C/C 31.304-1 do Mosteiro de S. Bento/RJ, enviando em seguida por carta ou fax. comprovante do depósito, para nosso controle.

3. Em qualquer agencia dos Correios. VALE POSTAL, enderecado ás EDICÓES "LUMEN

CHRISTI" Caixa Postal 2666 / 20001-970 Rio de Janeiro-RJ

Obs.: Correspondencia para: Edicdes "Lumen Christi"

(5)

"POR CAUSA DO SEU GRANDE AMOR..." (Ef 2,4)

O mes de junho é dedicado ao Sagrado Coracao de Jesús. Esta devo-cáo tomou vulto especial por ocasiáo das aparicóes de Jesús a S. Margarida María Alacoque (t 1690), na época em que o jansenismo atemorizava os fiéis, propondo-lhes um Deus que nao quería a salvacáo de todos os homens,

mas apenas a dos eleitos. Em réplica a esta concepcáo, Jesús apresentou o

seu Coracáo, símbolo do amor de Deus por toda a humanidade, amor táo forte que assumiu o que é do homem para dar-lhe o que é de Deus.

Sao Paulo explana esse amor com muita énfase ao recordar a situacáo de gentíos e judeus antes de Cristo: estavam mortos sob o dominio do peca do... "Mas Deus rico em misericordia, por causa do seu grande amor..." O mas Deus é adversativo; inverte o quadro sombrío da morte, tornando-o lumi

nosa perspectiva de vida. Essa reviravolta é devida ao amor de Deus; o Apos

tólo faz questáo de realcar bem o amor gratuito: "Deus que é misericordioso,

por causa do grande amor... a nos, que estávamos mortos" (Ef 2,1-5). A mor te, no caso, nao era apenas ausencia de vida, mas era a revoita e a inimizade para com Deus. Nada havia no homem que pudesse provocar a benevolencia

divina. Mas precisamente nisto consiste o amor de Deus: ele nao precisa de

ser motivado pela amabilidade do seu objeto; ao contrario, é esse amor que cria a amabilidade do objeto. O homem nao é amado por Deus porque seja bom e amável, mas é bom e amável porque Deus o ama...

Amando-nos, Deus "nos tornou vivos em Cristo" (Ef 2,5). Como nos tornou vivos? - Enviando-nos o Filho, que assumiu o que é do homem no seio

da Virgem; "trabalhou com máos humanas, pensou com inteligencia humana,

agiu com vontade humana, amou com coracáo humano" (Gaudium et Spes

n° 22); a seguir, morreu na Cruz, ressuscitou e nos deixou Batismo e Eucaris

tía para participarmos da Vitoria de Cristo. Assim fomos salvos. Esta palavra, na linguagem religiosa, talvez esteja inflacionada e empalidecida. Para entendé-la, pensemos no que acontece na vida do dia-a-dia, quando alguém é arran cado das garras da morte (morte corporal); pensemos no que ocorre quando os bombeiros saivam alguém das chamas de um incendio ou quando a Defe-sa Civil retira vivo alguém soterrado pelos escombros de urna caDefe-sa que deDefe-sa- desa-bou! Como ai é claro e quase palpável o conceito de salvacáo! Sem dúvida, a vida cotidiana está cheia de parábolas ou de situacóes que sao imagens da-quilo que acontece no plano superior ou espiritual. Fomos salvos nao para morrer finalmente, mas para urna vida ainda mais preciosa do que a vida

terrestre..., salvos para a vida eterna. E salvos pela grapa, gratuitamente. Entende-se entáo que Jesús apareca neste mes de junho sob o símbo

lo do Coracáo a recordar a verdade básica do Cristianismo ou a extraordinaria facanha do amor de Deus, facanha esquecida ou empalidecida na mente de muitos fiéis. Recordando-a, o Senhor pede urna resposta á altura do dom de

Deus: "Eis o Coracáo que muito amou os homens, mas deles só tem recebido ingratidao".

E. B.

(6)

Ano XXXVIII - N° 421 - Junho de 1997 A respeito de Jesús Cristo:

OS ARMENIOS PROFESSAM A FÉ CATÓLICA

Em síntese: Os armenios se tornaran) cristaos no século IV. No sé-culo VI, porém, separaram-se da Igreja Católica, aderindo ao monofisismo, condenado pelo Concilio de Calcedonia em 451; tal heresia professava haverem Cristo urna só Pessoa (divina) e urna só natureza (tendo a natu-reza divina absorvido a humana); a fórmula de Calcedonia reconhecia em Cristo urna Pessoa (divina) e duas naturezas (a divina e a humana). Em 1741, após outras tentativas de reuniao com Roma, urna parte do povo armenio voltou á plena comunháo com a Igreja Católica. Eis, porém, que no dia 13/12/96 o Catholicos (Patriarca) armenio Karekin I visitou o Papa e assinou com Joao Paulo II urna Declaragáo pela qual professam, católi cos e armenios, a mesma fé cristológica ou calcedonense. Está assim removido um serio obstáculo para a plena comunháo de católicos e armenios. Existem outros, talvez de menor vulto, como o primado do Papa e os dogmas mariológicos. Valiosas conversagóes entre teólogos católi cos e armenios tém aplainado o caminho e continuarao a aplainá-lo até a plena comunháo dos armenios com os católicos. O relacionamento entre Joao Paulo II e o Patriarca Karekin I é muito fraterno e alvissareiro.

A Armenia é pouco conhecida em nosso Brasil, onde a colonia

armenia nao é numerosa.

Trata-se de um país situado a SO da Asia e a NE da Turquía, outrora

integrante da Uniáo das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Foi conquista da a regiao por Alexandre Magno em 328 a.C. e em 66 a.C. por Roma. Em 301 tornou-se a primeira nacáo a fazer do Cristianismo a sua religiáo oficial. O país esteve depois sob o controle bizantino, quando a capital do Imperio Romano foi transferida de Roma para Bízáncio (Constantinopla). Aos bizantinos sucederam-se os persas, os árabes, os mongóis, os tur cos otomanos. A influencia russa se fez mais e mais sentir no século XIX. Após a primeira guerra mundial (1914-1918) foi criada urna República

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OS ARMENIOS PROFESSAM A FÉ CATÓLICA

Armenia, a qual sem demora foi absorvida pela URSS e pela Turquía. Desde a desintegragáo da URSS (1989) a Armenia é urna República

li-vre, associada á Comunidade Russa.

Vejamos quem sao os armenios e como se sitúa o Cristianismo na

Armenia.

1. QUEM SAO OS ARMENIOS?

Os armenios sao um povo de origem indoeuropéia, que se

autodenominou Hay (Hayk, no plural). Alguns séculos antes de Cristo,

estabeleceram-se no planalto da Anatólia Oriental (atual Turquía) e ñas

regióes orientáis da Asia Menor. Constítuiam a Grande Armenia (em tor

no do monte Ararat). Entre 95 e 55 a.C, sob o imperio de Tigran o Gran de, os armenios atingiram o auge de sua prosperidade. Todavía foram sucessivamente retalhados pela Pérsia e por Roma, donde se originaram

a Persarménia (ao Oriente) e a Armenia Romana (ao Ocidente). No curso

dos séculos, os armenios constituiram reinos e principados próprios,

sem-pre ameacados por povos vizinhos. Em 1375 foram dominados pelos tur cos otomanos e perderam sua independencia até nosso século.

Após a primeíra guerra mundial (1914-1918), tendo caído o Imperio

Otomano, foi criada a República Armenia independente, de breve

dura-cáo (1918-20), pois o seu territorio foi ocupado pelos turcos e os russos soviéticos. Quando a URSS se desfez em 1989, a República Armenia do

Cáucaso tomou-se independente e agregou-se á Comunidade dos Esta

dos Independentes; atualmente é a menor e a mais densamente povoada das ex-repúblicas soviéticas; tem a superficie de 29.800 km2 e conta 3.426.000 de habitantes, segundo a estimativa de 1992; um milhao e meio de armenios moram na capital Erevan, a "Cidade Rosa". Por conseguinte, a Armenia atual é apenas um fragmento da antiga Persarménia; a sua populacáo consta de 94% de armenios e pequeñas minorías de russos e curdos. Quase um mílhao e meio de armenios moram ñas outras repúbli cas ex-soviéticas (Rússía, Georgia, Azerbaijao). Outros dois milhóes de armenios estáo dispersos pelos Estados Unidos, a Franca, o Líbano... Os armenios da diáspora, embora tenham perdido o uso da sua língua materna, conservam viva a sua consciéncia étnica. A maioria dos armenios é crista.

2. O CRISTIANISMO DA ARMENIA

Os armenios foram levados á fé crista por um missíonário chamado

Gregorio o Iluminador. Este nobre armenio foi educado na Asia Menor

(Capadócia), onde foi ordenado presbítero. Voltando para a Armenia, con-verteu o rei Tíridate II entre 280 e 290. Esta conversao ocasionou a da nacáo inteíra; o clero pagáo, primeramente hostil, passou a ¡ncorporar-se á Igreja em fileiras cerradas. O Cristianismo na Armenia se organizou em torno de urna sede central ocupada por Sao Gregorio e seus sucessores.

(8)

Gregorio o Iluminador recebeu do Bispo de Cesaréia da Capadócia (que o ordenou) o título de Katholikós, isto é, dotado de jurisdicáo universal. É de notar que na Armenia nao foi adotado o celibato do clero, nem mes-mo o dos Bispos (que ñas comunidades orientáis costumam ser

celibatá-rios, recrutados entre os monges).

A rápida conversáo dos armenios ao Cristianismo nao deixou de

encontrar resistencia; houve tentativas de voltar ao paganismo; houve

tam-bém conflitos entre o Katholikós ou Bispo Primaz e o soberano, ora por

motivos religiosos, ora por motivos políticos. O rei armenio temia que a

conversáo ao Cristianismo o tornasse dependente do Imperio de

Constantinopla, também ele cristáo. Nada, porém, impediu a implantacáo

sempre mais profunda do Evangelho no seio do povo armenio - o que se

deve á acáo particularmente zelosa dos grandes Bispos que foram Nerses

(364-374) e Shahak (390-420).

Nerses reuniu em 365 um primeiro Concilio nacional, que fixou as regras disciplinares para a comunidade crista armenia. No inicio do sécu-lo V, sob o pastoreio do Bispo Shahak, o sabio Meshrop dotou a língua

armenia de um alfabeto original, tornando-a urna língua de cultura, espe

cialmente cultura crista; traduziu para o armenio a S. Escritura, a Liturgia e obras dos Padres da Igreja. Formou-se assim a Liturgia de rito armenio, afim á bizantina e á antioquena, Liturgia até hoje muito viva. Destes fatos resultou a síntese entre a nacáo armenia e o Cristianismo, síntese que se protraiu através dos séculos, apesar das tentativas, de soberanos estrangei-ros, de dissolver esta alianca, impondo crencas estranhas ao povo armenio. Aconteceu, porém, que no século V se registraram disputas

cristológicas movidas por duas correntes heréticas: a dos Nestorianos

(condenados pelo Concilio de Éfeso em 431) e a dos Monofisitas (conde

nados pelo Concilio de Calcedonia em 451). Os armenios ficaram afasta-dos afasta-dos debates teológicos. No século VI, porém, sofreram o influxo afasta-dos monofisitas da Mesopotámia e da Siria, de modo que em meados do

sé-culo VI aderiram ao Monofisismo; este afirmava haver em Cristo urna só

Pessoa (divina) e urna só natureza (divina), tendo sido a natureza huma

na absorvida pela divina.

Em 562 o Imperador bizantino Mauricio obteve do rei Khosrau II a cessáo da parte ocidental da Armenia. Tentou entáo levar para a fé orto doxa calcedonense o povo armenio; todavía só conseguiu a adesáo de vinte e um Bispos; os demais ficaram firmes no Monofisismo - o que provo-cou o cisma do povo armenio. A resistencia ao Imperador bizantino nao era devida apenas a motivos religiosos; muitos armenios receavam ser domina dos politicamente por Bizáncio; daí recusarem a própria fé dos bizantinos.

A divisáo religiosa dos armenios determinou o seu relacionamento com a Sé de Roma, que professa a doutrina de Calcedonia. Na Idade

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OS ARMENIOS PROFESSAM A FÉ CATÓLICA

Media houve algumas tentativas de reuniáo com a Sé de Roma. A tenta tiva bem sucedida e de caráter estável até hoje deu-se em 1741; verdade

é que desde o tempo das Cruzadas havia na Cilícia (Turquia meridional)

urna pequeña comunidade armenia unida a Roma.

O fato é que atualmente existem armenios católicos e armenios se parados de Roma. Estes últimos contam 6.000.000 de fiéis, organizados em dois Patriarcados, um em Etchmiadzin perto de Erevan (Armenia), sen do o respectivo Patriarca reconhecido praticamente como o Chefe de todos os armenios cristáos. O outro Patriarcado tem sede no Líbano, em Antelias. O Patriarca de Etchmiadzin, Karekin I Sarkassian, esteve em visita ao Papa entre 10 e 14/12/96, após urna primeira visita realizada de 15 a 19/4/1983. Era acompanhado por urna comitiva importante, onde se

en-contravam os Bispos armenios de Jerusalém e de Constantinopla1.

O ponto alto da visita ocorreu aos 13/12/96, quando o Santo Padre recebeu em sua Biblioteca particular o Patriarca Karekin I. Examinemos

as ocorréncias desta visita.

3. A VISITA DE KAREKIN I AO PAPA

Após discursos de parte a parte, foi assinada por Joáo Paulo II e Karekin I urna Declaracáo de Fé dotada de enorme importancia, porque por ela católicos e armenios professam a reta fé definida pelo Concilio de Calcedonia. Assim pós-se termo á dissidéncia de doutrina ou á heresia monofisita que separava Roma e os cristáos armenios.

Visto que a Declaracáo é longa, destacamos, a seguir, os seus prin cipáis tragos.

O Papa Joáo Paulo Meo Patriarca Karekin I professam "a fé comum na SS. Trindade, que católicos e armenios receberam do Evangelho de Cristo e da Santa Tradicáo da Igreja". Segue-se o tópico novo e mais significativo:

"O Papa e o Patriarca consideran) com particular satisfagao o grande progresso que as suas comunidades realizaran) na procura comum de unidade em Cristo, o Verbo de Deus feito carne. Deus períeito em sua Divindade, homem períeito em sua humanidade, sua Divindade está uni

da a sua humanidade na pessoa do Filho Único de Deus, numa uniáo que

é real, períeita, sem confusáo, sem alteragáo, sem divisáo, sem alguma

forma de separagáo".

Este texto corresponde exatamente ao que o Concilio de Calcedonia promulgou em 451 para afastar a heresia monofisita. As quatro fórmulas 1 Éde notar que posteriormente, aos 25/01/97, também esteve em visita ao Santo Padre o Patriarca Aram I Keshishian, de Antelias.

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adverbiais de Calcedonia retornam na Declaracáo conjunta: a Divindade e a humanidade se unem em Cristo

sem confusáo ou sem se fundir, sem que a humanidade fosse

ab-sorvida pela Divindade;

sem alteragáo, ficando intato o que é de Deus e o que é do homem; sem divisáo, sem que houvesse dois eu (um divino e outro humano) em Jesús ou preservada a unicidade da Pessoa Divina;

sem alguma forma de separacáo; em tudo e por tudo Jesús agía

como Deus e homem, realizando o que se chama a atividade teándrica ou divino-humana.

A fórmula de Calcedonia ("em Jesús Cristo há urna Pessoa Divina e duas naturezas - a divina e a humana") prestou-se a mal-entendidos na época em que foi promulgada (451). Os cristáos de lingua grega usavam e abusavam de dialética, lancando confusáo em seus ouvintes. Tal aca-bou sendo o caso dos armenios, cuja lingua original nao era o grego; rejeitaram a definicáo de Calcedonia, julgando que implicava urna recaí

da no Nestorianismo condenado pelo Concilio de Éfeso em 431.

Ao voltar á sua patria, o Katholikós armenio explicou aos seus fiéis

os acontecimentos de Roma.

4. OS ECOS DO ENCONTRÓ

Aos 22/12/1996 o Patriarca armenio Karekin I celebrou a S. Missa na catedral de Etchmiadzin, durante a qual expós á assembléia o que acon tecerá exatamente por ocasiüo de sua visita ao Papa e as igrejas de Roma.

Antes do mais, recordou ser "verdade sólida, indiscutível, que Cristo fundou urna única Igreja, deu á humanidade um só Evangelho, pregou urna só verdade". E continuou:

"Em nossa Declaragao comum adotamos claramente, como itinera rio fundamental, a via da cooperagao no nosso testemunho cristao em

nossos tempos... Principalmente dissemos que certas discussóes

verificadas outrora no decorrer da historia entre as nossas duas Igrejas no tocante a determinadas questóes dogmáticas e, em particular, com referencia ao entendimento da Pessoa de Jesús Cristo, estao atualmente ultrapassadas, porque em conseqüéncia dos estudos recíprocos, dos encontros e dos diálogos, chegamos á mesma conclusáo sobre aquilo

que está expresso de modo maravilhoso e com clareza sem par por um dos personagens mais santos da nossa Igreja - Nerses Shnordali; com

efeito, reconhecemos Cristo como Deus perfeito e Homem períeito, e pro-fessamos que as duas naturezas - a divina e a humana - nao estáo

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OS ARMENIOS PROFESSAM A FÉ CATÓLICA

paradas uma da outra, mas unidas sem confusáo. Foi esta a verdade que

nos restabelecemos em nossa Declaragáo comum".

Como se vé, o Katholikós quis assim cancelar todo resquicio de

he-resia monofisita que ainda pesasse sobre os cristáos armenios.

Compre-ende-se, porém, que a importante Declaragáo ainda nao é o ponto final

das divergencias entre os armenios e a Sé de Roma; ainda há que

aprofundar a doutrina do primado e da infalibilidade do Papa como

tam-bém a dos dogmas mariológicos (Imaculada Conceicáo e Assuncáo cor

poral).

O Patriarca armenio e a Santa Sé estáo dispostos a continuar as

conversacóes teológicas para atenuar ou mesmo apagar as diferencas e

favorecer assim a plena comunháo entre Roma e Etchmiadzin.

Alias, o S. Padre Joáo Paulo II, em seu discurso de recepcáo do

Katholikós no mesmo dia 13/12/96, fez pronunciamentos muito

alvissareiros, dizendo entre outras coisas:

"Este novo encontró é para nos motivo de grande alegría, de

reco-nhecimento e de confíanga. Antes do mais, demos gragas ao Pai das

lu-zes (Tg 1,17), que nos chamou á comunháo do seu Filho. É dele que vem

todo dom períeito. Sede benvindos nesta casa e em nossa Igreja, pois

que sois para nos irmáos bem-amados. Estai certos de que a vossa visita

é realmente uma béngáo para o sucessorde Pedro, para a Igreja de Roma

e para toda a Igreja Católica... A comunháo profunda que neste momento

experimentamos, tem sua fonte em nossa fé comum no único Senhor, fé

selada pelo dom do Batismo...

Em virtude da sucessáo apostólica, que nos permite reconhecer reci

procamente a validade do sacerdocio ministerial e o episcopado, as

nos-sas Igrejas celebram os mesmos sacramentos, em particular o Batismo e a Eucaristía. Por conseguinte, elas podem juntas glorificar a Deus Pai, Filho e Espirito Santo e ser o sinal e o sacramento do plano de amor de Deus, que quer congregar na unidade todos os seus fílhos dispersos (Jo 11,52). Por conseguinte, as nossas Igrejas estáo ocupadas na mesma missáo em prol do mundo de hoje. Por isto tencionamos cumprirjuntos esta missáo, cada qual segundo a sua tarefa específica, cuidando da por-gáo do rebanho que Cristo confiou a cada um dos seus pastores, consci

entes de que realmente precisamos uns dos outros. É neste espirito de

reciprocidade fraterna que a Igreja armenia católica, a qual tem as mes-mas raizes espirituais e a mesma cultura que a vossa Igreja, tem também o lugar na missáo e contribuí para nos unir ainda mais".

Resta agora pedir ao Senhor Deus que leve a termo a obra iniciada e

realize a plena comunháo entre católicos e armenios, já que o pomo de dissidéncia de maior vulto (a divergencia cristológica) foi removido.

(12)

PROFECÍAS DESMENTIDAS

Em síntese: Pululam em nossos dias as "profecías" de fim do mundo precedido de catástrofes, guerras, que apavoram muita gente. O presente

artigo reúne alguns casos de predigóes que nao se cumpríram, procuran

do assim evidenciar que se trata de prqjegóes da imaginagSo de muitas pessoas angustiadas pela atual situagao do mundo; nao vendo solugao

humana para a problemática contemporánea, apelam para urna

interven-gao de Deus ou de extraterrestres, que modificarao o rumo da historia ou

porao fim a presente fase. O curso mesmo dos últimos anos tem desmen

tido varías "profecías". Ao crístáo compete viver cada día em atitude de vigilancia e prontidáo, pois cada dia, e nao somente os últimos dias do século XX, pode ser, para ele, o dia do grande desfecho de sua caminha-da terrestre ou o do encontró final com o Senhor. Parece que nao se pode

excluir que há quem se aproveite da crendice popular para

ganhardinhei-ro, sugestionando-a desonestamente.

As profecías neste fim de milenio pululam, predizendo catástrofes e flagelos dos mais diversos tipos... Todavía quem acompanha o noticiario, pode verificar que as noticias se contradizem por vezes ou que sao

desmentidas pelo próprio curso dos acontecímentos. É importante consi

derar este aspecto da questáo para se poder aquilatar a veracidade e a

autoridade de tais predicoes. - É o que será feíto ñas páginas

subseqüen-tes.

1. O TERCEIRO SEGREDO DE FÁTIMA

Como se sabe, Maria SSma. no ano de 1917 terá transmitido á Irma Lucia em Fátima tres segredos. Os doís primeíros já foram revelados; o terceiro devia ser manifestado em 1960. Dado, porém, que nao o foi, muitas pessoas até hoje pretendem imaginar e descobrir qual o seu teor. Em conseqüéncia a imprensa e alguns "videntes" tém divulgado o que deva ter sido o conteúdo do terceiro segredo. Nos últimos tempos, tornou-se flagrante a contradicao entre esses oráculos, o que demonstra a sua in

consistencia. Com efeito,

1) O jornal O GLOBO, a 1/2/1997, p. 33, publicou a seguinte noticia: 248

(13)

profecías desmentidas

«LISBOA. Misterio que durou quase 80 anos, a terceira previsao de

Nos-sa Senhora de Fátima finalmente se tornou pública: a derrubada do impe

rio colonial portugués pelo comunismo internacional, ocorrida em 1974. A

revelagáo foi feita pela revista "Viseo", que ouviu fontes do Vaticano e

confirmou a historia com a Irma Lucia de Jesús, a única testemunha viva

das aparigóes da padroeira de Portugal, entre maio e outubro de 1917, na

Cova da iría, a cem quilómetros de Lisboa.

Segundo a "Visáo", o Vaticano só nao revelou o segredo antes para

nao entrar em conflito com o Governo Salazare, depois, para nao tumul

tuar aínda mais aja agitada maré política portuguesa do pós-25 de abril

de 1974. 'O Vaticano nao quena meterno mesmo saco os socialistas Mario

Soares, Almeida Santos e Costa Gomes, e um Partido Comunista prepon

derante em determinada fase, diz a revista»

No texto atrás, é de notar que a referencia ás "fontes do Vaticano" é

muito vaga; nao se aponta alguma instancia concreta nem os nomes das

pessoas responsáveis. Doutro lado, verifica-se que nenhum órgao oficial

da Santa Sé publicou a noticia em pauta. O Papa Joáo Paulo II nunca se

referiu ao terceiro segredo de Fátima; muito menos se pode dizer que revelou ou autorizou a revelagáo do famoso segredo. Donde se vé que é

inconsistente a noticia transcrita pela revista VISÁO e retransmitida pelo

jornal O GLOBO.

2) O periódico DESTINO, ano Vil, n° 108, novembro de 1995, traz em sua capa de rosto a mánchete: "Enfim Revelado! O 3o Segredo de

Fátima". Ás pp. 36-40 prossegue: "Portador de estigmas semelhantes aos

de Cristo, Giorgio Bongiovanni divulga pelo mundo o terceiro segredo de Fátima". O artigo devido a Cadu Silveira refere o seguinte:

«Portador de estigmas semelhantes aos de Cristo, Giorgio Bon

giovanni divulga pelo mundo o terceiro segredo de Fátima

'Recebida Máe Celeste a missáo de divulgarpelo mundo o terceiro

segredo de Fátima, que o Vaticano nao ousou revelar'. As palavras do italiano Giorgio Bongiovanni sao proferidas num tom calmo e convincen te. Mas nao é apenas sua voz que provoca a crenga no ouvinte. Na verda-de, é seu corpo o mais forte testemunho de que ele nao mente quando diz

que recebeu urna mensagem diretamente de María, a máe de Jesús. Giorgio é um estigmatizado, como o foram Sao Francisco de Assis e San

ta Teresa de Ávila. Ele traz na testa, ñas máos, nos pés, nos flancos e

sobre o coragáo estigmas semelhantes ás feridas que Jesús recebeu ao ser crucificado. Médicos do mundo inteirojá o examinaram e nao conse-guiram explicar por que motivo seus ferimentos nao infeccionam e o san-gue das chagas coagula em tres segundos e nao em seis minutos, como seria natural.

(14)

Giorgio explica que sua primeira visao de María ocorreu em abríl de

1989, na Italia. 'A aparígáo tinha aspecto feminino e seu brilho superava o

do Sol', conta ele. 'Ela se identifícou como 'A máe do menino' e disse que

me confiaría urna missáo.' Em novas manifestagoes, a figura luminosa

afirmou a Giorgio que ele era a reencamagáo de Francisco - o menino

portugués que, juntamente com sua Irma Jacinta e sua prima Lucia, teste-'

munhou as aparígóes de Nossa Senhora do Rosárío em Fátima, entre 13

de maio e 13 de outubro de 1917.

Seguindo oríentagóes de María, em 2 de setembro de 1989 Giorgio

chegou a Fátima, em Portugal».

A Virgem SSma. terá revelado a Bongiovanni as palavras que ela

dirigiu a Lucia em 1917 e que DESTINO reproduz as pp. 39s:

«E agora proclame em meu nome - Um grande castigo caira sobre a

humanidade, nao hoje, nem amanhá, mas na segunda metade do sáculo 20.

Eujá havia revelado aos meninos Mélanie e Maximin em La Sálete

e hoje repito a vocé, porque a humanidade tem pecado e pisoteado o

"dom" que havia feito. Nao existe ordem em nenhum lugar do mundo e

Satanás reina nos mais altos postos, decidindo a diregao das coisas. Ele,

efetivamente, conseguirá introduzir-se nos mais altos lugares da Igreja. Ele chegará a seduzir o espirito dos grandes dentistas que inventam as

armas com as quais será possivei destruir em poucos minutos grande

parte da humanidade. Terá sob seu dominio os poderosos que govemam

os povos e os incitará a fabricar enormes quantidades dessas armas. E,

se a humanidade nao se opusera tudo isso, estarei obrigada a deixarlivre

o brago de meu Filho. Entao se verá que Deus castigará os homens com mais severidade do que fez no diluvio. Chegará o tempo dos tempos e o fim dos fins; se a humanidade nao se converter e tudo continuar como agora, o piorderá agravarse muito mais e os grandes e os potentes

pere-cerao junto aos pequeños e aos fráeos. Também para a Igreja chegará o

tempo e suas maiores provas. Cerdeáis se oporáo a cardeais, bispos a

bispos, Satanás caminhará por entre suas filas e em Roma haverá

mu-dangas. O que está podre caira, e o que cairjá nao se levantará mais. A

Igreja será ofuscada e o mundo transtornado pelo terror. Chegará o tem po em que nenhum reí, imperador, cardeal ou bispo esperará aquele que no entanto vira, porém para castigar segundo os designios de seu Pai. Urna grande guerra comegará na segunda metade do secuto 20. Fogo e

fumaga cairao do céu, as aguas dos océanos se tomaráo vapore a espu ma subirá mexendo e afundando tudo. Milhóes e milhóes perecerao a

cada hora e aqueles que ficarem com vida invejaráo os morios. Porqual-quer lugar por onde se olhe, haverá angustia, miserias, ruinas em todos os países. Está vendo? O tempo se aproxima cada vez mais e o abismo

(15)

profecías desmentidas 22

aumenta sem esperanga. Os bons perecerao junto aos maus, os grandes com os pequeños, os príncipes da Igreja com seus fiéis e os governantes

com seus povos. Haverá morte por todas as partes por causa dos erros

cometidos pelos insensatos e pelos partidarios de Satanás, o qual entao, e só entao, reinará sobre o mundo, e por fim, quando aqueles que

sobre-viverem a tudo isso estiverem aínda com vida, proclamaráo novamente a

Deus e a sua gloría e Lhe servirao como em um tempo, quando o mundo nao era táo pervertido como agora. Vai, minha menina, e conta tudo. Eu,

para tal fim, estarei sempre ao seu lado para ajudá-la».

Como se vé, esta revelagáo do segredo nao concorda com a ante rior. Ademáis o porta-voz do oráculo, estigmatizado, deve, antes do mais,

ser submetido a exames médicos para se avaliar o seu estado de saúde.

3) Outros intérpretes concordam, em grande parte, com as

predi-góes de Giorgio Bongiovanni: prevéem flagelos múltiplos sobre a térra. Este tipo de "profecías" explica-se pela sítuagáo em que se acha o mundo

presente: há crises diversas na economía, na política, no uso dos recur sos da ciencia e da tecnología. Muitas pessoas se apavoram... Ademáis fim de século e fim de milenio suscitam a idéia de fim do mundo; daí julgarem muitos que deve haver um fim da era presente para dar inicio a urna nova era. Esse fim será calamitoso, pois se eré que Deus vai punir a

humanidade entregue á devassidáo e á corrupeáo. Todavía as pessoas honestas escaparáo das calamidades e veráo a bonanga sobre a térra. Este é um tipo de consolagáo e reconforto subjetivos que muitos cida-dáos de hoje criam para si e transmitem aos seus semelhantes; encon-tram aceitacáo, porque muita gente está descrente dos meios

convencio-nais de salvar da crise a sociedade contemporánea. Todavía é ilusoria a consolagáo que assim vai proposta, pois carece de fundamento em docu-mentagáo objetiva e fidedigna.

2. O APOCALIPSE

O Apocalipse é um dos livros que mais se prestam a despertar

con-cepcóes fantasiosas a respeito dos próximos anos. Na imprensa

brasilei-ra, podem-se colher algumas noticias que evidenciam a falsidade de tais predigoes.

Com efeito. A revista INCRÍVEL, de maio 1996, pp. 76-79,

apresen-ta um artigo de Carlos Vasconcellos intitulado "Apocalipse em

Novem-bro". A mánchete explica: "De passagem pelo Brasil, o monge Ornar

Khayan fala da busca religiosa do homem, faz profecías sobre a política, o futuro do país e anuncia para breve a Terceira Guerra Mundial". Se-guem-se trechos do artigo:

«A equipe de INCRÍVEL chegou ao Rio Othon Palace, em

Copacabana, as 16h45min para a entrevista com o monge taoísta Ornar

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Khayan, hospedado no quarto 2.519. Depois de aguardar alguns minu tos, a reportagem foi atendida por urna jovem loura, de camiseta branca, caiga jeans e pés descalgos. Era urna disclpula. Ela disse que o mestre receberia a equipe assim que terminasse sua "meditagáo da tarde".

Khayan que afirma ter 94 anos, e nao aprésenla termais que 60 -é filho de urna fídalga alema com um nobre indiano e nasceu em um navio inglés, em aguas brasileiras. Desta mistura, veio ao mundo um monge budista do ramo tantrayanico (chamado no Ocidente de lamaísmo, refe rente aos lamas do Tibete), arcebispo da Igreja Gnóstica Taoísta (segui

dora do Tao, o Caminho, segundo a filosofía tibetana), médico homeópata e, conforme artigos apresentados por seus discípulos brasileiros,

Grao-Mestre Rosa Cruz, Gráo-Cópta da Magonaría Egipcia e muitos outros títulos.

Ele, ao estilo oriental, só se pronunciando na terceira pessoa,

acres-centou: "O mestre também é doutor honorís causa 104 vezes. Algumas

informagoes que Ihe passaram estáo desatualizadas."

Ornar Khayan diz falar 72 línguas, incluindo as mortas, e possuirum ampio conhecimento da etimología das palavras...

Usando de mediunidade e de conhecimentos místicos, Khayan

garantiu que o apocalipse está chegando. E deu data, local e motivo da Terceira Guerra Mundial. Será em novembro deste ano, na China, por confíitos étnicos. "Muitos esperam que seja no Oriente Medio, mas nao será", garantiu. O conflito deverá durar seis meses, se alastrar por toda

Asia e África, arrasando o continente europeu e culminando com a captu

ra do papa. "Nao será este papa, que deverá perecer no meio deste ano", ressaltou.

Mudangas no eixo da Térra, testes nucleares secretos, degelo dos icebergs, maremotos e terremotos deverSo fazer varias regióes submergi-rem até o ano 2000 - sao previsóes de Khayan que lembram muitas das profecías de Nostradamus. Entre as faixas da térra apontadas por ele estáo as ilhasjaponesas, parte dos Estados Unidos (incluindo a California), partes do Brasil (como a cidade de Olinda, em Pemambuco) e varios bair-ros do Rio (Copacabana, lina do Govemador, Ipanema). "Mas será do

Brasil, deste caos atual, que vira a luz para a Era de Aquarius, que

come-gara no ano 2020, com o mundo reencontrando seu equilibrio. Até Iá, um tergo da humanidade morrerá. Mas isso é apenas urna pequeña passa-gem neste grao de arela no cosmos. Nao se trata da Kaliyuga, o fím de todo o universo", disse o monge. Na data, 2020, outra coincidencia com as profecías de Nostradamus».

A profecía relativa ao Apocalipse e ao inicio da terceira guerra mun dial devia cumprir-se em novembro de 1996. Até hoje, porém, nada

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acon-PROFECÍAS DESMENTIDAS 13

teceu - o que bem mostra que se tratava de ficc.áo imaginosa. Nao há por que nos determos em longos comentarios, já que toda a noticia sobre Ornar Khayan carece de seriedade. - Sobre Nostradamus, a que se refe re Carlos Vasconcellos como o profeta queja teria predito o que O. Khayan predisse, ver o subtítulo 4 deste artigo.

3. "OS PROFETAS QUE ERRARAN!"

A revista MARIE CLAIRE, n° 63, junho de 1996, á p. 60, apresenta considerares de Walter Falceta Jr. sob o título "Profetas que erraram". Dentre as suas ponderagóes destacamos as seguintes:

"Seguidores de Saint-Germain - alquimista que viveu na Franga no século 18 e que, em uma de sua encamagóes, teña sido o pai de Jesús -também dizem que o mundo vai sucumbir em breve. O místico tena dito que, no próximo século, o planeta sería devastado por uma guerra nucle ar, que precedería a chegada do terceiro milenio. Elizabeth Prophet, líder de um dos grupos seguidores do alquimista, orienta seus adeptos nos EUA a construir abrigos nucleares para se proteger da hecatombe. Elajá

tem o seu, em Montana.

A maiorparte das profecías modernas para o apocalipse só poderá serchecada depois do ano 2000, época preferida pelos místicos e visio narios para o fim dos tempos. Muitas previsóes, no entanto, já perderam o prazo de validade - e sem que houvesse daño nenhum ao planeta. Co-nhega aquí alguns dos profetas que erraram:

• Lee Jang-Rim: em 28 de outubro de 1992, levou 100 mil fiéis da Igreja Missionária Dami, na Coréia, a esperar pelo minuto final, previsto para a meia-noite. Uma chuva incandescente cama sobre o planeta e nu-vens carregadas de dragóes desceriam á Térra. Nesse momento, prome tía o profeta, seus seguidores ascenderiam ao céu. Passada a meia-noite, nada aconteceu e Jang-Rim foi processado - pelo menos 46 fiéis haviam doado a ele todos os seus bens.

• Marina Tsvygun: a líder da estranha Grande Irmandade Branca, seita que mistura cristianismo e crenga em extraterrestres, ordenou a cen tenas de seguidores que no día 14 de novembro de 1993 se reunissem em Kiev, capital da Ucrania, para aguardar o fim do mundo. Como o pla

neta nao se abalou, os liéis deram inicio a um quebra-quebra na cidade; 500 pessoas foram presas.

• Johannes Stoeffler: o astrólogo e matemático alemáo anunciou um diluvio para 20 de fevereiro de 1524. Alemaes e franceses construí-ram "arcas" para sobreviver á inundagao. Como se sabe, Stoeffler errou.

• Nostradamus: o físico e astrólogo que viveu na Franga no século 16 teria previsto, segundo alguns de seus intérpretes, que o mundo

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baria em 10 de maio de 1988, com um terremoto que comegaria em Los

Angeles (EUA). Nesse día, houve um tremor na cidade, mas os estragos

foram bem menores do que supunha Nostradamus: resumiram-se a al-guns condutos rompidos e muito pánico entre os que conheciam a profecía". Como se observa, Nostradamus terá predito o fim do mundo para

1988. Passou-se a data e nao se cumpriu a profecía. A seguir, mostrare mos que as "Centurias" proféticas de Nostradamus sao tao obscuras e imprecisas que podem ser interpretadas de diversas maneiras e contradito-riamente. Para o fim do mundo, segundo Nostradamus, há diversas datas.

4. NOSTRADAMUS

Miguel de Nostradamus (1503-1566) era um judeu convertido ao

Cristianismo (o nome Nostradamus é a forma latina de Notre-Dame). Nasceu em Saint-Rémy (Franca). Estudou matemática, medicina e far macéutica. Muito jovem, aprendeu a contemplar o astrolábio (bacia cheia

de agua, onde se projetavam os raios do sol) e as estrelas, afim de ler os

destinos dos homens nos desenhos tragados sobre a agua ou no céu pelas estrelas. Suas predicóes estao formuladas ñas "Centurias", cente

nas de estrofes de quatro versos cada urna. O teor desses versos é obs

curo, pois está redigido em dialeto provencal (da Provenga, Franca), do século XVI, enxertado de outras línguas. Os comentadores reconhecem que os textos de Nostradamus sao suscetíveis de mais de urna interpreta-cáo em virtude do seu estilo lacónico e por estarem redigidos em provencal do séc. XVI enxertado de outras linguas. Além disto, os comentadores, para descobrir o sentido de certas palavras do texto, tém que deslocar as respectivas letras, de modo que Rapis significaría París, Nercaf designa ría a Franca, Chypre equivalería a Henryc... Quanto aos comentarios dos estudiosos, nao raro violentam o texto do "profeta", ou, se nao o vio-lentam, parecem arbitrarios, podendo ser substituidos por outros táo "vá lidos" quanto os do comentarista. Ademáis é de notar que os comentadores de Nostradamus, desejando ler nos seus textos acontecímentos da histo ria mundial, combinam entre si as quadras tiradas de diversas Centurias, como se, distantes urnas das outras, descrevessem todas o mesmo evento

(alias, dizem os comentadores que Nostradamus mesmo espalhou suas

profecías sem ordem cronológica nem lógica para que a censura do sécu

lo XVI nao o punisse).

Vejamos em particular o que se refere ao fim do mundo.

Urna das mais famosas comentadoras de Nostradamus é a Sra. Erika Cheetham, que escreveu o livro "As Profecías de Nostradamus" (Ed.

Nova Fronteira, Rio de Janeiro 1977). Erika, tendo estudado o provencal,

traduziu as Centurias para o vernáculo e acrescentou-lhes um comenta

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PROFECÍAS DESMENTIDAS 15

A autora afirma que as profecías de Nostradamus se estendem até

1999, o que significa que o fim do mundo está para ocorrer naquele ano ou quicé no ano seguinte.

Outros comentadores discordam, admítindo que as profecías de Nostradamus tentam prever a historia até 3797, como o próprio "profeta"

assevera no seguinte texto:

"J'ai composé livres de pmphéties, lesquelles contentant chacun

cent quatrains astronomiques de prophéties, lesquelles j'ai un peu voulu

rabouterobscurément, et son perpétuelles vaticinations pourd'ici á l'année 3797".

Este texto pode ser assím traduzido:

"Compus livros de profecías, cada um dos quais contém cem qua-dras astronómicas de profecías, que eu quis elaborar obscuramente um pouco; sao vaticinios perpetuos para daqui até o ano 3797".

Na verdade, a própria Erika Cheetham admite que Nostradamus tenha profetizado o fim do mundo para o mes de fevereiro de 2769.

5. AS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ

As Testemunhas de Jeová constituem urna denominacáo religiosa derivada do Protestantismo, queja nao é crista, pois nao acredita na SS. Trindade nem em Jesús Cristo Deus e Homem. O seu fundador é Charles Taze Russell (1852-1916), oriundo de familia presbiteriana. Calculou a

data da segunda vinda de Cristo para 1914. Muita gente nos Estados

Unidos deu crédito a esta "profecía" e se filiou á agremiacáo fundada por

Russell. Contudo em 1914 nada do previsto aconteceu. Russell entio

explicou: "O Senhor aínda concede um pouco de tempo" e indicou o ano

de 1918 como o do inicio de um reino milenarista (de mil anos) de Cristo

sobre a térra. A morte, que o colheu em 1916, poupou-o de novo desen

gaño.

O sucessor de Charles Russell - Joseph Franklin Rutherford (1869 -1942) -viu-se obrigado a refazeros cálculos, indicando em conseqüén-cia o ano de 1925 como o da vinda de Cristo e o da batalha final de

Harmaguedon. Muitas pessoas, aflitas pela dura situacáo do mundo após a guerra de 1914 -1918, aderiram férvidamente a tal profecía... Dado que em 1925 também nada do predito ocorreu, Rutherford se pos a rever todo o calendario das Testemunhas e houve por bem nao fixar de ¡mediato data alguma para o cumprimento das suas profecías. Em 1968, porém,

Nathan Knorr, entáo presidente da Sociedade, afirmou, pela revista

"Despertai", que o día de Harmaguedon cairia em 1975, segundo a crono logía bíblica. Tal cronología era proposta nos seguintes termos: Adáo foi

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criado no outono do ano 4.026 a.C; donde se segué que em 1975 se completariam 6.000 anos da existencia do género humano. Esses 6.000 anos seriam seguidos do reino milenar de Cristo, paralelo ao descanso sabático em que o Senhor Deus entrou após os seis dias da criacáo do

mundo. - O seguinte presidente da Sociedade "Torre de Vigía", Frederick

Franz, interrogado pela revista Time (11/07/1977,p. 39s) a respeito do nao cumprimento da profecía em 1975, respondeu que a contagem deve ser alterada, pois o sétimo dia só comecou após a criacáo de Eva, a qual foi posterior á de Adáo; visto que a duracáo do intervalo entre o surto de Adáo e o de Eva ainda nao foi revelada pelo Senhor Deus, nao se pode

aínda dizer quando comecará o sétimo milenio da humanidade ou o reino milenar de Cristo!

Sem comentarios...

6. MAHIKARI

A corrente religiosa Mahikari vem do Japáo e tenta implantar-se no

Brasil.

A revista MARIE CLAIRE, n° e artigo citados atrás, publica as pp.

62s a seguinte noticia:

«Urna mochila e urna porgao de reais - essa é a receita da Mahikari

para quem estiverpleiteando um lugarno Éden. A seita de orígemjapone

sa que chegou em 1974 ao Brasil, e que afirma ter 800 mil seguidores no mundo, acredita que o apocalipse chegará antes do que esperam os esotéricos do Planalto: até o final dos anos 90. Assim, orienta seus segui dores a ter sempre á mao urna especie de kit-apocalipse - mochila de emergencia que incluí 15 itens indispensáveis, alimentos nao-pereciveis, capa e guarda-chuva (veja depoimento de urna ex-mahikari ñas pp. 257s). O fim, segundo a seita, será precedido porterríveis catástrofes climáticas, que traráo ao mundo fome e privagáo. Nesse caso, a mochila mahikari tornase urna especie de passe para o paraíso, que, segundo a organiza-gao, deverá suceder á hecatombe.

Para estar entre os sobreviventes, no entanto, urna bem fornida

lancheira nao basta. É necessário ainda que o candidato ao Nirvana

te-nha antes se purificado, processo que na Mahikari envolve tempo - e, principalmente, dinheiro.

O tempo é gasto no recebimento diario do "okiyome", urna especie de béngéo aplicada por iniciados nos seguidores e que tena

porfinalida-de ungi-los com a "energía da sétima dimensáo". É feita diariamente ñas

cinco sedes da seita em Sao Paulo: depois de orarpara Deus (eles

acre-ditam na existencia de um Criador), mahikari espalmam as maos e as posicionam a 30 centímetros de distancia de urna parte do corpo da

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PROFECÍAS DESMENTIDAS 17

soa a ser "purificada". Os pontos váo mudando no decorrer do processo, que dura 50 minutos.

Um dos dirigentes da seita em Sao Paulo (ele pediu para nao ser identificado por nao ter autorizagao da matriz japonesa para dar entrevis tas) explica o objetivo do okiyome: "Serve para purificar a humanidade do

carma acumulado, do excesso de materialismo e dos erros cometidos contra a natureza e as criaturas de Deus".

Depois de recebera "béngáo", os adeptos da Mahikarisáo convida

dos a fazer um "agradecimento" ao Criador- e ai é que entra o dinheiro. A gratidao deve serexpressa em reais. O valor fica a criterio dos "beneficia dos", que costumam dar entre R$ 1 e R$ 2. Como o okiyome deve ser recebido de preferencia todos os dias, no final, a salvagao nao sai por

menos de R$ 30 por mes. Isso sem contar a contribuigao obrigatória de

R$ 14 que os adeptos tém de dar mensalmente á seita ("para manter o canal de comunicagáo com Deus"), os freqüentes "convites" que recebem

para ajudarna construgáo de um ou outro memorial no Japao em honra a um mestre mahikari, e as taxas de pagamento dos seminarios que os

seguidores tém de cursarpara galgar niveis mais altos na organizagáo

-um deles, para entrar no estágio intermediario, custa R$ 500.

Levando-se em conta o fato de a Mahikari ter 5 mil adeptos só no Brasil, é de se supor que, pelo menos, ñas finangas, está sólidamente preparada para o apocalipse».

Como se vé, faltam tres anos para acontecerem as catástrofes

pre-ditas para a década de 1990. É lícito perguntar: se em sete anos nada

ocorreu do predito, acontecerá algo nos últimos tres anos?

A noticia atrás é interessante também porque mostra como o di nheiro corre juntamente com as "profecías".

7. CONCLUSÁO

Ainda outros varios exemplos se poderiam citar de "profecías" nao cumpridas. A ansia de prever o fim dos tempos atuais parece corresponder á consciéncia que os homens tém, de estar vivendo urna época ingrata,

atormentada por diversos perigos, sem que se veja solugáo humana para

a inseguranga e o medo que dominam muita gente. Conseqüentemente

apelam para o Transcendental ou para Deus, que "dará um jeito" a este mundo; esse "jeito" é imaginado muito fantasiosa e arbitrariamente - o

que redunda na variedade de "profecías" que pululam na sociedade con temporánea.

O bom senso e o espirito de fé católica desaconselham o dar crédi

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reconforto e consolacáo, que nao resistem a uma crítica sadia. A genuína fé ensina que o Senhor recusou explicitamente revelar a data do fim do mundo ou do fim de alguma época (cf. Me 13,23; At 1,7). O que importa realmente ao crista o, é estar vigilante e viver cada dia como se fosse o último dia de sua passagem pela térra; o hoje do cristáo pode ser o dia do encontró final com o Senhor. Isto estrutura a vida dos fiéis e dá-lhe uma nota de seriedade e paz. Somente o pecado é temível e deplorável; onde nao há pecado, há paz, confianca e esperanca no Senhor e na sua

infalí-vel Providencia.

Viver o dia-a-dia na presenca de Deus e servir-lhe de coracáo ale gre e tranquilo - tal é a vocacáo do cristáo também nos dias atuais.

APÉNDICE

Julgamos interessante transcrever, a seguir, o depoimento de Andrea, egressa da Sociedade Mahikari, tal como foi publicado pela re vista MARIE CLAIRE, n° citado, p. 64:

"ATEA MORTE DOS MAMONAS ERA UM SINAL DO APOCALIPSE

Andrea (nome ficticio), 36 anos, ex-membro da Mahikari

Há seis anos, recebi o okiyome (especie de béngao) de uma amiga e sentí uma grande serenidade. Procurava um caminho de aperíeigoa-mento espiritual, mas nao tinha certeza se o encontraría na Mahikari. Os dirigentes insistiram para que eu me tornasse uma Kumité (membro oficial

da organizagao). Quando meu pai morreu, o okiyome me reconfortou muito. Decidí aceitar o convite. Mesmo assim, continuava me sentindo pressio-nada pelos orientadoras. Volta e meia eles insistiam para que eu fízesse determinada coisa: que trabalhasse pela entidade, que participasse de todas as cerimónias, que trouxesse amigas etc. Sentía que, quanto mais

eu fazia pela Mahikari, mais era solicitada - minha dedicagao nunca era

suficiente.

Desde o comego, percebi muitas coisas erradas lá dentro. Mas ia

ficando porque me sentía bem, física e espiritualmente, com o okiyome. A

Mahikari diz que o ser humano é livre, mas tem determinagóes que lem-bram o cristianismo medieval. Proíbem o sexo antes e fora do casamento e desaconselham todo tipo de remedio. Dizem que o okiyome resolve tudo. Algumas máes deixam até de aplicar vacinas nos filhos.

Eles envolvem os seguidores pelo medo: falam em castigos,

espiri-tos maus e catástrofes do fim do mundo. Eu mesma nunca acreditei nesse

apocalipse. Jamáis preparei a tal mochila de emergencia. Os líderes or-ganizavam aulas com demonstragóes práticas de como prepará-la. Os itens 'indispensáveis' incluiam uma saboneteira e uma toalhinha para que

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PROFECÍAS DESMENTIDAS 19

as pessoas pudessem ¡impar as m§os antes de manipular o Omitama (medalha 'sagrada' que os Kumités carregam sempre com eles). Nunca assisti a essas aulas e sempre perguntava: 'E se a tragedia acontecer na rúa e a sua mochila estiverem casa, de que adíanta?'

Um día, levei um párente ao templo e um Kumité Ihe perguntou: 'Quando é que vocé vai fazer o seminario (curso de iniciagáo para se

tornar um membro da Mahikari)?' Ele respondeu que nao sabia. O Kumité

disse: 'Nao sabe? Se vocé nao fizer logo, quando o Batismo de Fogo (maneira pela qual os adeptos da seita chamam a catástrofe que provoca rá o fim do mundo) chegar, vocé vaimorrerí' Qualquerdesgraga que acon tecía era um sinal de que o Batismo de Fogo estava chegando - da guerra no Líbano á morte dos Mamonas Assassinas.

Este ano, tive acesso ao conteúdo de urna reuniáo feita por um dirigente com urna equipe de orientadores. O líder recomendava que nao se admitissem aidéticos nos templos, 'para evitar a contaminagáo'. Nao sei o que me irritou mais: se a ignorancia ou a discriminagáo. Em determi nado momento, um orientador perguntou qual o conselho que deveria dar a urna integrante que quisesse se separar de um nao-integrante (para casáis adeptos da Mahikari, o casamento é indissolúvel). A resposta foi que ele deveria apoiara separagáo, desde que ela parecesse inevitável e nao comprometesse a situagao financeira da mulher.

A partir daí, caí na real: fiz as contas e constatei que os "agradeci-mentos" que os membros destinam á manutengáo da organizagáo dari-am, pelo menos, para manter urna segunda entidade. Decidí sair.

Hoje, em vez de lamentar o tempo que perdí lá, prefiro ver o saldo positivo da minha experiencia: tive apoio no momento em que perdí pes soas queridas, descobri um espago no meu coragao para ajudar os ou-tros, aprendí a conviver com pessoas totalmente diferentes de mim e, cla

ro, a prestar mais atengao antes de me envolver com elas."

Rezar a vida e Viver a Orasáo, por Frei Alberto Beckháuser OFM. - Ed. Vozes, Petrópolis 1997, 105 x 160mm, 172 pp.

Este precioso livreto é, de certo modo, urna introdugáo á vida de oragáo entendida como "um langar-se em Deus, um mergulhar no miste rio. Poderíamos talvez comparara oragáo com o sal que se langa na agua.

Ele se comunica com a agua de tal modo que se diluí na agua, sem deixar de ser sal" (p. 16). Após esta explanagáo de ordem doutrinária, o autor considera diversas modalidades e fórmulas de oragáo (Liturgia das Horas

e devogoes populares) de maneira clara e profunda. Tratase de válido subsidio de espiritualidade.

(24)

A ANTICONCEPQÁO (CONTRACEPQÁO)

Damos prosseguimento á serie de artigos do Dr. Joáo Evangelista dos Santos Alves sobre a reprodugáo humana. Já foram abordados os temas referentes ao inicio da vida humana e ao aborto em PR 419 (abril 97) e 420 (maio 97) respectivamente. As páginas que se seguem,

consi-deraráo a anticoncepcáo, que pode ser praticada mediante métodos de barreira (a camisinha, o diafragma, os espermicidas) e métodos invasivos (ligadura de trompas, vasectomia e pílulas anticoncepcionais). O autor do artigo explana a acáo desses recursos com minucias científicas de gran de utilidade. - Ao Dr. J. E. dos Santos Alves seja consignada, mais urna

vez, a gratidao da Redacáo de PR.

1. MÉTODOS DE BARREIRA

Os métodos contraceptivos sao aqueles que impedem a concep-cao da vida humana, interrompendo o processo fisiológico de sua forma-cáo iniciado pelo ato sexual. Numerosos sao os meios utilizados atual-mente para esse fim. Varios deles sao muito antigos e foram sempre di fundidos com o objetivo de transformar a sexuaiidade humana em prática sem compromisso, banalizada e promiscua. Sao os chamados "métodos de barreira", que servem de obstáculo, de barreira mecánica ou química, á penetracáo dos espermatozoides no útero: o condón ou preservativo ou "camisinha", usado pelo homem; o diafragma1 e os espermaticidas (com primidos, cremes, etc.) usados pelas mulheres. Esses métodos - além de nao atingirem eficazmente o fim a que se propóem, pelo elevado índice

de falhas - foram sempre fatores estimulantes da promiscuidade sexual

e, conseqüentemente, da propagacáo de doencas venéreas; estas se cronificavam e deixavam graves seqüelas - inclusive esterilidade irre-versível - em muitos homens e mulheres, sobretudo na época anterior aos antibióticos, pela precariedade dos tratamentos de entao, mas tam-bém nos días atuais.

Além disto, todos eles tém efeitos colaterais, pouco ou mais graves, sobre o organismo e o psiquismo das pessoas que os usam. Muitos efei tos sao até insuspeitados, como, por exemplo, possíveis conseqüéncias nocivas causadas pela absorcao, através do epitelio vaginal, de

subs-1 DIAFRAGMA - ariefato anticoncepcional usado pela mulher, que consiste em um dispositivo de borracha para ser ajustado sobre o coló uterino a fim de evitar a

pene-tragao dos espermatozoides.

(25)

A ANTICONCEPgÁO (CONTRACEPgÁO) 211

táncias espermatotóxicas ai colocadas com freqüéncia e mantidas por

tempo variável. Esses métodos dispensam maiores comentarios.

Nos dias presentes, estamos assistindo, em escala mundial, a um recrudescimento das antigás doencas venéreas e ao surgimento, quase epidémico, de outras novas entidades nosológicas sexualmente trans-missíveis, nao obstante os poderosos medicamentos existentes. Atribui-se isto á promiscuidade crescente, favorecida que é pela difusáo de

anti-concepcionais modernos e antigos.

2. MÉTODOS INVASIVOS: LIGADURA DE TROMPAS E VASECTOMIA

Outros métodos anticoncepcionais sao chamados invasivos porque, de certa forma, agridem o organismo humano: a ligadura de trompas, a vasectomia e os anticoncepcionais hormonais (as chamadas "pílulas", as injecoes de depósito, os "implantes", etc.). Estes métodos - além de desor-denarem a natureza do ato sexual e lesarem a integridade corporal e fisiológica das pessoas as quais sao aplicados - atingem gravemente o espirito e a nobreza da Medicina, esvaziando-a de seu conteúdo ético e desvirtuando sua finalidade. A supressáo da funcáo generativa - pela ligadura de trompas ou pela vasectomia - constituí cirurgia mutiladora, realizada quase sempre por causas alheias ao problema de saúde, ou situando-se fora do contexto terapéutico; extrapola portanto a aleada do médico, cuja funcáo primordial é prevenir e tratar doencas, aliviar a dor e

diminuir o sofrimento nos casos incuráveis.

1) A experiencia clínica mostra que a cirurgia para ligadura de trom pas pode causar disturbios hormonais1 em muítas mulheres, devidos ao fato de que o ato cirúrgico pode prejudicar a vascularizacáo dos ovarios, pois é possível que as arterias nutridoras dos ovarios sejam parcialmente lesadas juntamente com as da trompa. Como conseqüéncia, a funcáo ovariana poderá ser afetada, resultando supressáo da ovulacáo, o que significará ausencia de progesterona2, que é necessária ao equilibrio hormonal e á regularidade menstrual. A falta de progesterona nao é ino

cua, porque o estrogénio3 deixa de ser neutralizado e a acáo constante

deste hormónio pode desencadear urna serie de problemas para o orga nismo feminino. Dores pélvicas crónicas sao outros síntomas que dao

lugar a queixas de muitas pacientes submetidas a ligadura de trompas.

1 HORMÓNIO - Substancia produzida por um tecido orgánico e que transportada, geralmente pela corrente sanguínea, a outro tecido, Ihe excita a atividade funcional. Por exemplo: os hormónios produzidos pela hipófíse sao levados a outras glándulas, como tireóide, ovarios, testículos, etc., fazendo com que estas funcionem.

2 PROGESTERONA é o hormónio produzido pelo ovario na segunda fase do ciclo

reprodutor, ou seja, após a ovulagao. Prepara a mucosa uterina para acolher o em-briáo, se ocorrer a fecundagao.

(26)

2) A vasectomia consiste na ligadura do conduto deferente, por onde passam os espermatozoides que sao ejaculados no coito. Ocluido o conduto deferente, os espermatozoides ficam retidos e nao sao mais eli

minados juntamente com o líquido espermático, o qual continua a ser

ejaculado, pois tem origem em estruturas que ficam além do ponto de

oclusáo. Alguns médicos que aplicam o método em seus clientes,

refe-rem o temor, nao infundado, de ocorrer impotencia sexual como

conseqü-éncia da vasectomia. Sabe-se também que podem ocorrer reacóes

auto-imunes pela formacáo de anticorpos anti-espermatozóides.

Mais recentemente, artigo publicado no Jornal da Associacáo Mé

dica Americana (JAMA 269{7): 873-882,1993)' mostra ser maior a inci dencia de cáncer de próstata entre os vasectomizados.

3) Ambos os métodos, ligadura de trompas e vasectomia, sao ge-ralmente considerados irreversíveis, nao só pela dificuldade de recons-trucáo cirúrgica e recuperacáo anatómica satisfatórias, mas também pe las possíveis conseqüéncias prejudicial sobre as gónadas (ovarios e tes tículos), que podem ficar alteradas na funcáo reprodutiva e também na

funcáo hormonal. A irreversibilidade, porém, é relativa, no sentido de que

a reversáo da fertilidade nao ocorre espontáneamente, pois exige inter-vencáo cirúrgica reconstrutora mais delicada que a mutiladora. O resulta do é incerto, porém possível. Portanto, a indicacao cirúrgica reconstrutora torna-se válida pela possibilidade de éxito, maior atualmente gracas ás novas técnicas de micro-cirurgia.

3. MÉTODOS INVASIVOS: PÍLULAS ANTICONCEPCIONAIS

Sao também chamadas contraceptivos hormonais oráis ou

ano-vulatórios.

Nao se conhecem ainda, com precisao, o mecanismo íntimo de acáo das pílulas anticoncepcionais nem todas as conseqüéncias que seu uso prolongado pode causar ao organismo da mulher e á sua descenden cia. Porém, alguns aspectos do mecanismo de acáo das "pílulas" sao

conhecidos. Agindo sobre o hipotálamo2 e a hipófise3, interferem as

"pílu-1 "In conclusión, the results from this study support the hypothesis that vasectomy ¡ncreases the risk ofprostate cáncer. The overall risk ofprostate cáncer was increased by 56% and risk afíer 20 years following the vasectomy was elevated by 89%" (JAMA, vol. 269, n° 7, pág.881).

2 HIPOTÁLAMO - Regiao do cerebro, localizada em sua parte central e inferior.

Con-tém centros controladores de determinados processos vitáis como o metabolismo de

certas substancias, o sonó, a temperatura do corpo, etc., e as fungóes genitais, pelo

controle que exerce sobre a glándula hipófise.

3 HIPÓFISE - ou Pituitaria - Glándula de secregao interna do tamanho de urna ervitha,

pesando menos de 1g. ligada ao assoatho cerebral (regiao do hipotálamo) por um

pedículo. Está alojada em pequeño estojo ósseo na base do cránio, que a protege. É

(27)

AANTICONCEPQÁO (CONTRACEPgÁO) 23 las" em toda a fisiología endocrina feminina, alterando o ¡nter-relaciona-mento glandular, comandado que é por estímulos provenientes daquelas

estruturas. Sabe-se, assim, que o efeito anticoncepcional dessas subs tancias é conseqüéncia de malfazeja acáo direta sobre o delicadissimo sis

tema endocrino feminino, alterando-lhe o funcionamento normal e

impondo-Ihe um ritmo patológico; este pode tornar-se estável e persistir assim altera do, mesmo após a retirada da causa (suspensáo do uso das "pílulas").

Compóem-se, as "pílulas", da associacao de hormónios estrogénicos e progestogénicos; nao se pode excluir qualquer desses hormónios de ser responsável pelos efeitos produzidos, pois se tem verificado que am bos podem interferir sinergicamente e os progestogénios podem ser

metabolizados em estrogénios, sendo estes, geralmente, os mais respon

sabilizados.

É muito difícil escolher a pílula anticoncepcional que oferece riscos

menos graves. Mesmo os pesquisadores encontram dificuldades para

selecionar criterios através dos quais os progestogénios e estrogénios possam ser devidamente comparados, pois entram em jogo varios fato-res nem sempre facéis de serem avaliados. Para se sentir a dificuldade

do problema, basta observar o grande número de produtos existentes no

mercado: um mesmo laboratorio possui dois e até tres produtos, variando

ñas substancias e ñas dosagens.

Quanto as doses, nem sempre as menores sao menos agressivas,

pois se trata eventualmente de hormónio de maior potencia, superando a

atividade biológica dos outros hormónios usados em doses mais eleva

das. Cada laboratorio procura obter a preferencia dos médicos, aprego-ando certas características dos seus produtos e apresentaprego-ando-os como se fossem os melhores, os menos perigosos. Na verdade, isto nao

ocor-re, pois, se assim fosse, tal ou tal produto obteria unanimidade dos recei-tuários e outros seriam abandonados. Alguns produtos utilizados durante muitos anos no mundo inteiro por milhóes de mulheres, sadias ou nao, eram anunciados como sendo os que ofereciam mais seguranca, mas fo-ram posteriormente retirados do mercado, certamente por motivos graves.

Sabe-se, por outro lado, que cada pessoa tem seus sistemas

enzi-máticos com algumas características próprias, que metabolizam melhor

certas substancias e outras nao. Cada pessoa tem suas idiossincrasias1,

secregáo interna pormeio de hormónios específicos, que caem na circulagáo e agem, cada um, sobre a glándula a que se destina. Assim, temos: adrenocorticotrofina (ACTH), para as glándulas supra-renais ou adrenais; tireotrofína, para a tireóide; gonadotrofina, para as gónadas (ovarios e testículos). Além desses, produz outros hormónios, como: somatotrofína, que é o honvónio do crescimento; prolactina, que excita a formagáo de /e/te pelas mamas, etc.. A hipófíse, porsua vez, é controlada pelo hipotálamo. 1 IDIOSSINCRASIA - Característica peculiar a um individuo, devido a qual ele reage diferentemente da maioría, em relagáo a certos medicamentos ou tratamentos.

(28)

tem seus fatores predisponentes a determinadas doencas e, portante, a

determinadas complicares. E tu do isto é difícil de avaliar, de precisar. Já

foi dito, com acertó, que toda mulher que toma pilula anticoncepcional, está se submetendo a urna verdadeira experiencia em escala mundial. E a experiencia continua em andamento, a tal ponto que se pode afirmar que, na historia da humanidade, em tempo algum, urna droga, com meca

nismo de acao nao devidamente esclarecido e com tantos efeitos colaterais

e complicagóes possíveis, foi liberaimente aplicada a táo grande número de pessoas, normáis ou doentes, por tempo táo prolongado.

Sobre o mecanismo de acao das pilulas contraceptivas convém assinalar ainda um fato importante: o seu possível efeito abortivo. Veja

mos.

As "pilulas" impedem a gravidez por dois efeitos: 1) inibem a ovula-cáo, isto é, impedem a liberacáo do óvulo, que fica retido no ovario; 2) modificam as características do muco cervical1, dificultando a penetracáo dos espermatozoides no útero, em direcáo as trompas.

Acontece que, algumas vezes, esses efeitos falham: pode haver urna ovulacáo de escape, e um número suficiente de espermatozoides pode vencer a barreira do muco cervical alterado pela "pilula" e fecundar o óvulo, dando inicio ao novo ser humano. Este, ao chegar no útero, en contrará um ambiente hostil, pois os hormónios artificiáis que compóem as "pilulas" nao preparam bem a mucosa uterina para recebé-lo. Mesmo assim, o novo ser poderá nidar-se e a gravidez prosseguir normalmente

até o termo: será urna "faina" do método. Porém, o mais provável, neste caso, é que nao haja nidacáo2 ou que esta ocorra imperfeitamente e o endométrio3 descame, provocando urna hemorragia tipo menstrual, que consiste, no caso, em um aborto oculto, sem que a mulher o saiba: ai está

0 possível efeito abortivo.

A simples análise dos aspectos já conhecidos do mecanismo de

acao das "pilulas" permitiría concluir pela existencia dos numerosos efei tos colaterais graves, que a experiencia veio demonstrar. Inclusive em

documento do Ministerio da Saúde sobre gravidez de alto risco estáo re

lacionados muitos desses efeitos colaterais. A simples leitura daquele documento seria suficiente para, agindo sensatamente, excluirem-se as 1 MUCO CERVICAL - Secregáo mucosa do coló uterino. As vezes é fluida,

semelhan-te á "clara de ovo cru", que desee pela vagina e umedece os óigaos exsemelhan-ternos (periodo

fértil do ciclo reprodutor), outras vezes é espessa e fica retida no próprio coló uterino

(período infértil).

2 NIDACÁO - Nidifícagao - Implantagao do embriáo, já na forma de blastocisto, no

endométrio do útero grávido.

3 ENDOMÉTRIO - Mucosa que reveste a cavidade uterina e onde o embriáo se

ani-nha.

(29)

A ANTICONCEPgÁO (CONTRACEPgÁO) 25

"pílulas" das condutas de programas de planejamento familiar, principal mente em pacientes que apresentam fatores de risco obstétrico, pois a administracao dessas substancias vai agravar os referidos fatores de ris co e acrescentar outros, na mesma paciente.

Sao numerosos os efeitos colaterais das pílulas anticoncepcionais.

Eles podem incidir praticamente sobre todos os aparelhos e órgaos do corpo: aparelho cardiovascular, digestivo, respiratorio, urinario. Podem produzir efeitos nocivos sobre a coagulacáo sanguínea, sobre o sistema

nervoso central, sobre o metabolismo, sobre os órgáos genitais, sobre as

mamas, sobre a visáo, audicáo, etc.. Podem desencadear o cáncer em certos órgaos de pessoas predispostas ou agravar cáncer preexistente, inclusive ativar cáncer subclinico, que talvez permanecesse latente inde

finidamente.

Os tumores estrógeno-dependentes desenvolvem-se em tecidos

cujas mitoses1 sao aceleradas pela acáo do hormónio estrogénio. Assim, 0 aparecimento de cáncer estrógeno-dependente (na mama, por exem-plo) pode ser desencadeado pelo uso prolongado desse hormónio, em pacientes susceptíveis ao desenvolvimento daqueles tumores. Também admite-se que possa agir como co-fator, em sinergismo com o HPV (pa piloma virus humano), no desencadeamento do cáncer do coló uterino.

Contra-indicacóes médicas ao uso de pílulas anticoncepcio

nais:

É difícil distinguir entre contra-indicacóes relativas e

contra-indica-?5es absolutas, pois cada pessoa apresenta particularidades difíceis de aquilatar.

Enumeramos, entre outras, as seguintes:

Portadoras ou com antecedentes pessoais ou familiares de: hiper-tensáo arterial, diabete, tumores malignos hormónios-dependentes (cán

cer da mama, cáncer do endométrio, etc.).

Portadoras ou com antecedentes pessoais de: flebite, embolia,

va-rizes, coronariopatia, cardiopatia crónica, hiperlipidemia, hepatopatia,

ne-fropatia, enxaqueca, epilepsia, psicose, certos disturbios visuais, tumor maligno de qualquer órgáo ou tipo, tumor benigno hormónio-dependente

(mioma uterino, nodulo e displasia mamaria, etc.), mastopatia funcional,

displasia cervical, tumor hipofisário, certas endocrinopatias, colagenoses, anemia falciforme, etc. Mulheres obesas. Mulheres magras. Mulheres fu mantes. Mulheres com 35 anos de idade ou mais. Mulheres com mais de 5 anos de uso de "pílulas", em quaisquer condigóes. Adolescentes, etc.

1 MITOSE - Modo de divisáo celular, típico das células somáticas e das células

germinativas dos seres superiores.

Referências

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