• Nenhum resultado encontrado

Roteiro de Áudio. SOM: abertura (Vinheta de abertura do programa Hora do Debate )

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Roteiro de Áudio. SOM: abertura (Vinheta de abertura do programa Hora do Debate )"

Copied!
10
0
0

Texto

(1)

Roteiro de Áudio

Episódio

1

Combatendo o preconceito: argumentação e

linguagem

Programa

prevenção contra DST: Linguagem

Hora de Debate. Campanhas de

em alerta

SOM: abertura (Vinheta de abertura do programa “Hora do Debate”)

HILDA

Olá! Meu nome é Hilda e agora você ouve pela Rádio Unicamp o programa “Hora do Debate”

ANTONIO:

E eu sou o Antônio. É um prazer estar de novo com vocês.

HILDA:

No nosso último programa, falamos sobre doenças sexualmente transmissíveis. No programa de hoje, atendendo a pedidos de nossos ouvintes, vamos continuar conversando sobre o tema.

ANTONIO:

É isso mesmo, Hilda. Vamos falar, especificamente, sobre campanhas de prevenção contra as DSTs. Muitas têm sido promovidas pelo próprio Estado brasileiro. Você se lembra de alguma delas?

HILDA

Não tá lembrando, né? Então, solta uma aí!

(2)

MÚSICA: campanha publicitária - carnaval 2008- Ministério de Saúde

“ Na cama, na praia ou na rua. Com camisinha, eu vou/ sem camisinha, eu não vou.

Com sol, com chuva, ou com lua. Com camisinha, eu vou/ sem camisinha, eu não vou.

Com um, com dois ou com três. Com camisinha, eu vou/ sem camisinha eu não vou

Com homens, mulheres, não sei. Com camisinha, eu vou/ sem camisinha eu não vou

Com camisinha, eu vou/ sem camisinha eu não vou [...] Qual é a sua atitude na luta contra a Aids?”

ANTONIO:

E aí, o que você achou da campanha? Ligue para a gente e dê sua opinião.

HILDA:

O nosso telefone, você já sabe: (19) 3289-2121.

ANTONIO:

Ou mande um e-mail para horadodebate@radiounicamp.com.br

SOM: telefone

ANTONIO: Alô, quem fala e de onde?

BRUNO: Bruno, moro em Santo André.

ANTONIO:

Bruno, tudo bom? o que achou da campanha?

BRUNO

Pelo menos tem que se proteger, pelo que dizem. Sempre usar camisinha, usar preservativo.

(3)

ANTONIO

E para que público você acha que foi direcionada essa campanha?

BRUNO:

Para os jovens, né? Carnaval, festa... Que os jovens são meio desligados, então, não tão nem aí, é bom sempre ta alertando.

ANTONIO: Legal, valeu, Bruno.

SOM: TELEFONE HILDA: Alô. Quem é? ANDREA: Me chamo Andrea HILDA: De onde você fala, Andrea?

ANDREA: Sou aqui de São Paulo.

HILDA:

Então, o que você achou da campanha que ouviu aqui?

ANDREA:

Eu hein? (Risos). Olha, tipo assim, tem gente que quer várias loucuras, assim sabe, assim, vários casais fazendo umas loucuras, acho que sendo com camisinha, mas às vezes, nem com a camisinha adianta, que acaba sendo, não um pecado, acaba, entre aspas, sendo assim, uma coisa fechada, e quem faz, fica querendo fazer, tá gostoso, sei lá, continua fazendo.

HILDA:

(4)

incentiva o sexo?

ANDREA

Eu acho que aqui, o Brasil é um país assim, como é Carnaval, como é turismo, todo mundo vem pra cá, o que importa é usar camisinha e eles ganharem dinheiro, pra mim, eu acho que é isso.

HILDA

Ok, Andrea, obrigada pela sua participação.

HILDA

É, Antônio, parece que a questão é polêmica mesmo. Podemos ver que práticas sexuais que fogem do que chamamos de “normalidade” são vistas como imorais e quando uma campanha apresenta essa diversidade, ela pode ser interpretada como um incentivo à promiscuidade.

ANTONIO

Sim, sem dúvida. Há muitas campanhas que geram polêmica, ainda mais quando se trata de relações que sofrem preconceito.

HILDA

É verdade, Antônio, e para falar desse assunto, nosso correspondente Moacir está em Porto Alegre, na Nuances, Grupo pela livre opção sexual, uma ONG que atua na cidade em defesa dos direitos humanos e promoção da saúde dos homossexuais. É isso, Moacir?

MOACIR

Olá Hilda! É isso mesmo, eu estou aqui em Porto Alegre, na Nuances, com Fernando Pocair, representante da ONG e doutorando em Educação. Olá Fernando, vamos ao nosso tema de hoje: o que tu

(5)

achas das campanhas promovidas pelo Ministério da Saúde sobre prevenção de DSTs?

FERNANDO

A gente vê, enfim, a introdução da discussão das sexualidades minoritárias na produção das políticas públicas. Hoje a gente vê um programa que, enfim, aponta como referência mundial, que seguramente tem os seus problemas, mas que a discussão da sexualidade e das homossexualidades é consistente.

MOACIR

Por que raramente vemos campanhas específicas para o público homossexual?

FERNANDO

Eu até lembro de uma...de uma... de um comercial que passava na TV e que eu achava muito bom, muito bacana, mas ele não durou muito tempo, ele não fica muito, quer dizer, talvez ainda se tenha medo de bancar isso, tem uma série de coisas em jogo, né? Negociar com as bancadas, o governo tem sempre que negociar, então, quem sai perdendo é quem vale menos.

MOACIR

Muito obrigado, Fernando. Voltamos agora para o estúdio.

HILDA

Obrigado Moacir. Já, já a gente volta para conversar mais um pouquinho com o Fernando.

ANTONIO

Quando pensamos nas questões da sexualidade das minorias, como disse o Fernando, podemos ver como é complexo lidar com a questão do preconceito e como falar de sexo é mesmo muito

(6)

complicado.

HILDA

(tom de brincadeira) E olha que beleza é a tecnologia!

HILDA

Recebemos um e-mail que comenta a campanha da qual o Fernando falou. Segundo nosso ouvinte Paulo, no ano de 2005, uma campanha do Ministério voltada ao público homossexual foi tirada do ar, depois de 15 dias, pelo Conselho de Regulamentação Publicitária, e o motivo alegado foi que “a propaganda agredia ao núcleo familiar”.

ANTONIO

Um caso de censura mesmo. Sabe que eu nunca tinha parado pra pensar nessas dificuldades para se produzir esse tipo de campanha?

HILDA

Mas afinal, o que além do preconceito faz com que o sexo seja algo tão proibido?

ANTONIO O que será?

HILDA

Isso é o que veremos no próximo bloco.

SOM: Vinheta de encerramento do bloco

MÚSICA: Camisinha - Bonde do Tigrão

SOM: “Mentira, mentira tu perdeu tá sem camisinha Caô, você tá enganada camisinha tava guardada”

HILDA:

Dando sequência ao nosso programa vamos agora para as ruas ouvir algumas

(7)

opiniões sobre o uso da camisinha.

ANTONIO:

Vamos direto para Cuiabá com o nosso correspondente. Fala Manoel.

MANOEL:

Olá Antônio! Estamos aqui na capital Mato-grossense e vamos falar com o João. Para você, em que situação se deve usar camisinha?

JOÃO:

Geralmente uma pessoa, um cristão, ele tem sua esposa, ele não anda se prostituindo, então, ele evitaria de usar isso aí. Eu acho muito errada essa distribuição de camisinha que eles usam em Carnaval, essas coisas, em vez de entregar panfletos, panfletos evangélicos ou pregar. O mais certo era ele... seria investir na pregação evangélica, quer dizer, distribuir uma Bíblia. A palavra de Deus ensina tudo, ensina, a pessoa não precisa de uma camisinha para fazer uma prevenção, se ele lê a palavra de Deus ele fica precavido de tudo, de todas essas coisas.

MANOEL:

Muito obrigado, João, pela sua participação. Voltamos para o estúdio.

ANTONIO:

Valeu Manoel! E já que estamos falando sobre o assunto, vamos perguntar agora sobre isso para o Padre Rossini, que está conosco no telefone.

SOM: Telefone dando linha

HILDA:

Vamos a uma questão polêmica: por que a Igreja Católica é contra o uso de camisinha?

(8)

PADRE:

Olha, a argumentação é bastante longa, mas resumindo no que é possível, a Igreja e os especialistas no assunto dizem que não há uma segurança de 100% no uso da camisinha e, também, a camisinha facilitaria a promiscuidade.

ANTONIO:

Pregar a abstinência e a fidelidade pode ter um efeito em curto prazo na contenção das DSTs?

PADRE:

Eu acredito que sim. O importante deveria ser a obediência a essa pregação. Mas fica difícil no mundo moderno, onde a imprensa, a televisão, falam abertamente da sexualidade, onde não se vê mais o sexo como um grande pecado, uma coisa anormal, pelo contrário, se vê como algo bom para o ser humano.

ANTONIO:

Gostaríamos, então, de agradecer a sua ligação.

HILDA:

Continuando, vamos voltar a Porto Alegre, na ONG Nuances, com o nosso correspondente Moacir.

MOACIR:

Voltamos aqui como nosso entrevistado Fernando. Eu queria fazer uma última pergunta: qual você acha que é a melhor maneira de se falar sobre sexo? Como vocês, na Nuances, abordam esse tema?

FERNANDO:

A gente sempre teve muito essa discussão do prazer, da autonomia, do livre arbítrio do corpo. Na realidade

(9)

assim, dessacralizar o sexo, torna-lo algo comum da experiência. Entender realmente a sexualidade como um dispositivo e tornar o sexo, o prazer, como algo qualquer, como qualquer outro tipo de possibilidade de prazer, o prazer de escutar música, o prazer de produzir uma obra de arte. Por que o sexo é tão problemático? Por que o prazer sexual é tão problemático?

MOACIR:

Essa é uma boa pergunta. Muito obrigada Fernando. Vamos ficando por aqui. Até mais. É com vocês no estúdio.

HILDA:

Obrigada Moacir. Eu tenho um palpite para responder essa pergunta. Acho que a sociedade concebe o sexo de maneira muito diversa, com influências de todos os tipos, como por exemplo da mídia, da ciência e da religião.

ANTONIO:

Sim. E isso tudo também influencia na decisão de usar ou não preservativo.

HILDA:

E temos que pensar que mesmo com a recomendação do Ministério, da ciência ou da Igreja, na hora H, a decisão de se usar a camisinha é uma decisão pessoal, né?

ANTONIO:

Eu diria do casal. Mas é bem isso que você falou. Por se tratar de algo tão íntimo é sempre difícil para o Estado, médicos, ou até mesmo a Igreja, fazerem as suas recomendações. No fundo, é um tipo de prevenção que não pode ser fiscalizada.

(10)

É verdade. Diferente das campanhas de prevenção da dengue, nas quais os agentes entram na sua casa e olham tudo pra ver se você não está deixando água parada. Nas campanhas de DSTs agente nenhum pode chegar em um casal para ver se eles estão ou não usando a camisinha. (tom de brincadeira)

ANTONIO:

É, mas embora o papel do Estado seja informar e prevenir, isso não significa que seja fácil. Ainda há muita resistência de alguns setores da sociedade.

HILDA:

Você tem razão. Bom, o papo está bom, mas está dando a nossa hora..

ANTONIO:

Então, vamos ficando por aqui, com mais um programa “Hora do Debate”.

HILDA:

Foi um prazer contar com a participação de todos vocês. Até a próxima.

ANTONIO:

Até e tenham um bom dia.

SOM: vinheta final do programa

Roteiro:

Mónica Graciela Zoppi Fontana(Coordenadora)

Equipe:

Heloísa Rutschmann Fonsechi Leandro Rodrigues Alves Diniz

Referências

Documentos relacionados

Eu, como aluna do 6º ano do MIM, tinha objectivos que iam de encontro aos propostos pelos estágios parcelares, já que pretendia adquirir prática e preparação, quer para o Internato

Persze nem nyíltan, mert a nővére ragaszkodott hozzá, hogy egyedül legyen a hivatalnokkal, de Rachel úgy gondolta, jobb lesz, ha hall mindent, már csak azért is, hogy biztos

Marque a alternativa CORRETA: a) As duas afirmativas são verdadeiras. d) As duas afirmativas são falsas... Ao final do ensino fundamental, os alunos devem ser capazes de

Pensar a formação continuada como uma das possibilidades de desenvolvimento profissional e pessoal é refletir também sobre a diversidade encontrada diante

Este estudo possibilitou caracterizar o perfil pré e pós intervenção de mulheres de 50 a 65 anos, em período pós-menopausa, residentes na área urbana do município de

velocidade das ações ainda não esteja atendendo ao que o conselho gostaria que fosse e a gente tem entendimento que pra algumas das questões a gente percebe que essa aflição,

Por fim, na terceira parte, o artigo se propõe a apresentar uma perspectiva para o ensino de agroecologia, com aporte no marco teórico e epistemológico da abordagem

Later on, Metzger [21] proved that each Rovella map admits a unique absolutely continuous (w.r.t. Lebesgue) invariant probability measure (SRB). We shall refer these measures as