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PMEPC
Torres Vedras
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE
PROTEÇÃO CIVIL DE TORRES VEDRAS
Versão 5
Agosto 2017
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL DE TORRES VEDRAS AGOSTO 2017 VERSÃO 5.0 P.2/76
Ficha técnica
TITULO
Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Torres Vedras
EDIÇÃO
Versão 5 – Agosto 2017 – versão de consulta pública
REALIZAÇÃO
Câmara Municipal de Torres Vedras
GESTÃO DO PROJETO
Carlos BernardesPresidente da Câmara Municipal de Torres Vedras
COORDENAÇÃO
Sérgio MoraisTécnico Superior do Serviço Municipal de Proteção Civil
EQUIPA TÉCNICA
Adélia SimõesTécnica Superior da Área de Informação Geográfica e Cartografia
Fernando Barão
Comandante Operacional Municipal
Filipa Araújo
Técnica Superior da Área Técnico Florestal
Nuno Patricio
Técnico Superior da Divisão de Ordenamento do Território
Sérgio Morais
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL DE TORRES VEDRAS AGOSTO 2017 VERSÃO 5.0 P.3/76
Índice
Índice de ilustrações ... 5 Índice de mapas ... 5 Índice de tabelas ... 6 Lista de acrónimos ... 7 Referências legislativas ... 9 Registo de atualizações ... 10Histórico de atualizações do PMETV. ... 10
Registo de exercícios ... 10
Histórico dos exercícios e simulacros de teste ao PMETV. ... 10
Registo de ativações do Plano ... 10
PARTE I – ENQUADRAMENTO ... 11
1. Introdução ... 12
2. Finalidade e objetivos ... 14
3. Tipificação dos riscos ... 15
4. Ativação do Plano ... 17
4.1. Competência para ativação do Plano ... 17
4.2. Critérios para a ativação do Plano ... 18
PARTE II – EXECUÇÃO ... 22
1. Estruturas ... 23
2. Responsabilidades ... 24
2.1. Estruturas de Direção ... 24
2.2. Estruturas de Coordenação ... 24
2.2.1. Estruturas de Coordenação Politica... 24
2.2.2. Estruturas de Coordenação Institucional... 25
2.3. Estruturas de Comando ... 25
2.3.1. Posto de Comando Municipal (PCMun) ... 25
3. Organização ... 27
3.1. Infraestruturas de relevância operacional ... 27
3.2. Zonas de Intervenção ... 28
3.3. Mobilização e coordenação de meios ... 31
3.3.1. Coordenação de meios ... 31
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL DE TORRES VEDRAS AGOSTO 2017 VERSÃO 5.0 P.4/76 3.3.3. Notificação Operacional ... 33 4. Áreas de Intervenção ... 34
4.1. Gestão administrativa e financeira ... 35
4.2. Reconhecimento e avaliação ... 37
4.3. Logística ... 39
4.3.1. Apoio logístico às forças de intervenção ... 39
4.3.2. Apoio logístico às populações ... 43
4.4. Comunicações ... 47 4.4.1. REPC e ROB ... 48 4.4.2. Rede de comunicações da CMPC ... 51 4.4.3. Rede de Radiocomunicações do SMPC ... 51 4.4.4. Rede de Radioamadores ... 53 4.5. Gestão da informação ... 55
4.5.1. Gestão da informação necessária para a atividade da CMPC ... 55
4.5.2. Gestão da informação pública ... 57
4.6. Confinamento e/ou evacuação ... 59
4.7. Manutenção da ordem pública ... 63
4.8. Serviços médicos e transportes de vítimas ... 65
4.8.1. Emergência médica ... 66
4.8.2. Apoio Psicológico ... 69
4.9. Socorro e salvamento ... 70
4.10. Serviços Mortuários ... 72
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Índice de ilustrações
Ilustração 1 - Mecanismos para a ativação do PMETV. ... 21
Ilustração 2 - Esquema da organização e comando do teatro de operações. ... 30
Ilustração 3 - Organograma do Sistema de Comunicações do PMETV. ... 47
Ilustração 4 - Organização das comunicações em caso de emergência. ... 49
Ilustração 5 - Arquitetura da Rede Estratégica de Proteção Civil no Município de Torres Vedras. ... 50
Ilustração 6 - Arquitetura da Rede de Radiocomunicações do SMPC. ... 52
Ilustração 7 - Procedimentos para a emergência médica. ... 68
Índice de mapas
Mapa 1 - Enquadramento geográfico do concelho de Torres Vedras. ... 15P.6/76
Índice de tabelas
Tabela 1 - Critérios para a ativação do Plano, de acordo com o grau de gravidade e de probabilidade
da ocorrência. ... 20
Tabela 2 - Estruturas de direção, coordenação e de comando no sistema de proteção civil. ... 23
Tabela 3 - Grau de prontidão e de mobilização. ... 33
Tabela 4 - Procedimentos para a gestão administrativa e financeira. ... 35
Tabela 5 – Procedimentos para as operações de reconhecimento e avaliação. ... 37
Tabela 6 - Procedimentos para apoio logístico às forças de intervenção... 39
Tabela 7 - Procedimentos para apoio logístico às populações. ... 43
Tabela 8 - Procedimentos relativos às comunicações. ... 53
Tabela 9 - Procedimentos para a gestão da informação necessária para a atividade da CMPC. ... 55
Tabela 10 - Procedimentos para a gestão da informação pública ... 57
Tabela 11 - Procedimentos de confinamento e/ou evacuação. ... 59
Tabela 12 - Procedimentos para manutenção da ordem pública... 63
Tabela 13 - Procedimentos para a emergência médica. ... 66
Tabela 14 - Procedimentos para o apoio psicológico. ... 69
Tabela 15 - Procedimentos para o socorro e salvamento... 70
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Lista de acrónimos
ACOM Área de Comunicação
AEP Associação dos Escoteiros de Portugal
AMN Autoridade Marítima Nacional
ANPC Autoridade Nacional de Proteção Civil
APA Agência Portuguesa do Ambiente
APC Agentes de Proteção Civil
ARADO Associação de radioamadores do Oeste
BVTV Bombeiros Voluntários de Torres Vedras
CB Corpos de bombeiros
CCOD Centro de Coordenação Operacional Distrital
CDOS Comando Distrital de Operações de Socorro
CHO Centro Hospitalar do Oeste
CMPC Comissão Municipal de Proteção Civil
CMTV Câmara Municipal de Torres Vedras
CNE Corpo Nacional de Escutas
CNOS Comando Nacional de Operações de Socorro
CNPC Comissão Nacional de Proteção Civil
CODIS Comandante Distrital de Operações de Socorro
COM Comandante Operacional Municipal
COS Comandante das Operações de Socorro
CVP Cruz Vermelha Portuguesa
DAS Divisão de Ambiente e Sustentabilidade
DDS Divisão de Desenvolvimento Social
DF Divisão Financeira
DGS Direção-Geral de Saúde
DIOM Divisão de Infraestruturas e Obras Municipais
DIOPS Dispositivo integrado de operações de Proteção e Socorro
DON Diretiva Operacional Nacional
DTT Divisão de Transportes e Trânsito
EAPS Equipas de Apoio Psicossocial
EAT Equipas de Avaliação Técnica
ERAS Equipas de Reconhecimento e Avaliação da Situação
ERAVM Equipas Responsáveis por Avaliação de Vítimas Mortais
FA Forças Armadas
GNR Guarda Nacional Republicana
ICNF Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas
INEM Instituto Nacional de Emergência Médica
INMLCF Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses
IPMA Instituto Português do Mar e da Atmosfera
IPSS Instituições Particulares de Solidariedade Social
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ISS Instituto da Segurança Social
LBPC Lei de Bases da Proteção Civil
LNEG Laboratório Nacional de Energia e Geologia
MSO Município de Sustentação Operacional
NecPro Necrotérios Provisórios
NEP Norma de Execução Permanente
OCS Órgãos de Comunicação Social
PCDis Posto de Comando Distrital
PCMun Posto de Comando Municipal
PCO Posto de Comando Operacional
PEERS Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para o Risco Sísmico na Área Metropolitana de Lisboa e Concelhos Limítrofes
PJ Polícia Judiciária
PM Polícia Marítima
PMETV Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Torres Vedras
PSP Polícia de Segurança Pública
REPC Rede Estratégica de Proteção Civil
ROB Rede Operacional de Bombeiros
SCERA Serviço de Comunicações de Emergência Radioamador
SEF Serviço de Estrangeiros e Fronteiras
SGO Sistema de Gestão das Operações
SIPOS Sistema Integrado de Operações de Proteção e Socorro
SMAS Serviços Municipalizados de Água e Saneamento de Torres Vedras
SMPC Serviço Municipal de Proteção Civil
TO Tetro de Operações
VCOC Veículo de Comando e Comunicações
ZA Zona de Apoio
ZCAP Zona de Concentração e Apoio à População
ZCL Zona de Concentração Local
ZCR Zona de Concentração e Reserva
ZI Zona de Intervenção
ZRnM Zonas de Reunião de Mortos
ZRR Zona de Receção de Reforços
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Referências legislativas
Resolução n.º 30/2015, de 7 de maio – Diretiva relativa aos critérios e normas
técnicas para a elaboração e operacionalização de planos de emergência de
proteção civil;
Edital nº 12/2012, Diário da República, 2.ª série — N.º 2 — 3 de Janeiro de 2012 -
Regulamento da Atividade Municipal da Proteção Civil;
Diretiva Operacional Nacional n.º 1/2010, de janeiro – Dispositivo Integrado de
Operações de Proteção e Socorro;
Resolução nº 22/2009, de 23 de outubro – Plano Especial de Emergência para o
Risco Sísmico da Área Metropolitana de Lisboa e Concelhos Limítrofes (PEERS--AML);
Lei nº 65/2007, de 12 de novembro – Organização da Proteção Civil Municipal;
Declaração da Comissão Nacional de Proteção Civil (CNPC) nº 97/2007, de 6 de
fevereiro – Estado de Alerta para as Organizações Integrantes do SIOPS;
Decreto-Lei nº 134/2006, de 25 de julho, alterado pelo Decreto-Lei nº 72/2013, de
31 de maio – Sistema Integrado de Operações de Proteção e Socorro (SIOPS);
Lei nº 27/2006, de 3 de Julho, alterado pela Lei nº 80/2015, de 3 de agosto – Lei de
Bases da Proteção Civil (LBPC).
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Registo de atualizações
Histórico de atualizações do PMETV.
VERSÃO APROVAÇÃO DATA DE OBSERVAÇÕES
1.0 09/01/2002 Elaborado de acordo com o Decreto-Lei nº 291, de 19 de Dezembro de 1994 2.0 16/09/2005 Elaborado de acordo com o Decreto-Lei nº 291, de 19 de Dezembro de 1994
3.0 ---
Elaborado e enviado para a ANPC não tendo sido submetido para apreciação por parte da CNPC dada a posterior publicação da Resolução nº 25/2008, de 18 de
julho. Efetuado nova revisão (4.0) de acordo com o novo diploma
4.0 09/12/2010 Elaborado de acordo com a Resolução nº 25/2008, de 18 de julho. Aprovado pela Resolução nº 32/2010, de 09 de dezembro
Registo de exercícios
Histórico dos exercícios e simulacros de teste ao PMETV.
VERSÃO DATA DO EXERCÍCIO TIPO DE EXERCÍCIO CENÁRIO
2.0 21/04/2005 27/04/2006 LIVEX LIVEX Sismo
4.0 28/04/2011 02/05/2013 LIVEX LIVEX Acidente rodoviário com multivitimas Sismo
Registo de ativações do Plano
Histórico de ativações do PMETV.VERSÃO ATIVAÇÃO DATA DESATIVAÇÃO DATA MOTIVO
2.0 24/11/2006 24/11/2006
Ocorrência de fenómenos meteorológicos adversos, traduzidos sobre a forma de precipitação intensa e contínua que se fez sentir em quase todo o país e que originaram inundações e cheias em diversos pontos do concelho.
3.0 23/12/2009 04/01/2010
Ocorrência de uma Ciclogénese Explosiva, tendo ocorrido rajadas de vento na ordem dos 150 km/h, originando vários danos em diversos pontos do concelho.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL DE TORRES VEDRAS AGOSTO 2017 VERSÃO 5.0 Parte I - Enquadramento P.12/76
1. Introdução
A preocupação com a organização do sistema de socorro é desde há muito tempo uma
constante no quotidiano dos agentes de proteção civil que têm responsabilidades nessa
matéria. Em muitas situações de emergência, mediante a dimensão da ocorrência,
verifica-se a atuação, em simultâneo, de diversos agentes, entidades e organismos
estruturalmente independentes uns dos outros. Estes factos levaram à necessidade de se
estipular métodos e formas de atuação, para que a resposta a um determinado evento
esteja devidamente organizada. Quem, Quando e De Que Forma, são as respostas que se
podem encontrar naquilo a que se veio definir como Planos de Emergência.
Os planos de emergência de proteção civil regem-se pela Diretiva relativa aos critérios e
normas técnicas para a elaboração e operacionalização de planos de emergência de
proteção civil (Resolução n.º 30/2015, de 07 de maio), assim como, os critérios e normas
técnicas emanados pela Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) através do seu
Manual de apoio à elaboração e operacionalização de Planos de Emergência de Proteção
Civil (Setembro, 2008), e o disposto na Lei de Bases da Proteção Civil (LBPC) - Lei n.º
27/2006, de 3 de Julho, que define os objetivos e princípios reguladores da atividade de
proteção civil e estabelece as ações de coordenação, direção e execução das diferentes
atividades.
Assim, os planos de emergência de proteção civil constituem-se documentos formais nos
quais as autoridades de proteção civil, nos seus diversos níveis, exprimem a sua intenção
relativamente ao modo como pretendem que atuem os vários organismos, serviços e
estruturas empenhadas numa futura ação de proteção civil.
De acordo com a referida Diretiva, o Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de
Torres Vedras, adiante designado por PMETV, é um plano geral, elaborado para enfrentar a
generalidade das situações de emergência que se admitem para o âmbito territorial e
administrativo do município de Torres Vedras, e através do qual se pretende clarificar e
definir as atribuições e responsabilidades que incumbem a cada um dos agentes de
proteção civil intervenientes em situações de ocorrência ou iminência de ocorrência de
acidente grave ou catástrofe, suscetível de atingir pessoas, bens ou o ambiente.
Pretende-se igualmente dar orientações e definir baPretende-ses e princípios gerais para programas de treino
e avaliação dos agentes de proteção civil, bem como, assegurar o controlo das operações
de emergência e a organização das ações de reabilitação.
O Diretor do Plano é o Presidente da Câmara Municipal de Torres Vedras. O seu legítimo
substituto, é a Vice-Presidente da Câmara Municipal de Torres Vedras.
O PMETV entra formalmente em vigor, para efeitos de execução, no primeiro dia útil
seguinte ao da publicação da deliberação de aprovação em Diário da República, e será
revisto no prazo máximo de 5 anos, ou atualizado sempre que se considere necessário.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL DE TORRES VEDRAS
AGOSTO 2017 VERSÃO 5.0
Parte I - Enquadramento P.13/76
O presente Plano encontra-se integrado funcionalmente no sistema nacional de proteção
civil, articulando-se a nível distrital com o Plano Distrital de Emergência de Lisboa, a nível
Nacional com o Plano Nacional de Emergência e a nível municipal com os Planos Municipais
de Emergência de Proteção Civil dos municípios vizinhos e demais instrumentos de gestão
territorial locais.
O PMETV Plano encontra-se estruturado em 3 partes, a saber:
Na Parte I – Enquadramento: apresenta-se o enquadramento geral do Plano,
identifica-se a finalidade e objetivos, os principais riscos, e definem-se os
mecanismos e circunstâncias que fundamentam a ativação/desativação do PMETV.
Na Parte II – Execução: aborda-se a organização da resposta, define-se o quadro
orgânico e funcional da Comissão Municipal de Proteção Civil (CMPC) a convocar
na iminência ou ocorrência de situações de acidente grave ou catástrofe, bem
como o dispositivo de funcionamento e coordenação das várias forças e serviços a
mobilizar em situação de emergência. Identifica-se e descreve-se também as
diversas áreas de intervenção, entidades envolvidas e formas de atuação.
Na Parte III – Inventários, Modelos e Listagens – apresenta-se um conjunto de
documentação de apoio à resposta operacional, nomeadamente a identificação
dos recursos públicos e privados existentes, contactos, modelos de relatórios,
entre outros.
Os responsáveis pelos diversos serviços da Câmara Municipal de Torres Vedras (CMTV), dos
agentes de proteção civil e de outras entidades e organizações de apoio, devem informar o
Serviço Municipal de Proteção Civil (SMPC) sempre que ocorra qualquer alteração que
contribua para melhorar a eficácia do PMETV ou, pelo contrário, que ponha em causa a sua
execução conforme planeado.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL DE TORRES VEDRAS AGOSTO 2017 VERSÃO 5.0 Parte I - Enquadramento P.14/76
2. Finalidade e objetivos
O PMETV constitui-se como um documento formal no qual se exprime, entre outros, a
organização da resposta a situações de acidente grave ou catástrofe, definindo as
estruturas de Direção, Coordenação, Execução e Comando, bem como a forma como é
assegurada a articulação e a intervenção das organizações integrantes no Sistema
Integrado de Operações de Proteção e Socorro (SIOPS) e de outras entidades públicas e
privadas a envolver nas operações.
Em suma, o presente Plano tem os seguintes objetivos:
Providenciar, através de uma resposta concertada, as condições e os meios
indispensáveis à minimização dos efeitos adversos de um acidente grave ou
catástrofe;
Definir as orientações relativamente ao modo de atuação dos vários organismos,
serviços e estruturas a empenhar em operações de proteção civil;
Definir a unidade de direção, coordenação, execução e comando das ações a
desenvolver;
Coordenar e sistematizar as ações de apoio, promovendo maior eficácia e rapidez
de intervenção das entidades intervenientes;
Inventariar os meios e recursos disponíveis para acorrer a um acidente grave ou
catástrofe;
Minimizar a perda de vidas e bens, atenuar ou limitar os efeitos de acidentes
graves ou catástrofes e restabelecer o mais rapidamente possível, as condições
mínimas de normalidade;
Assegurar a criação de condições favoráveis ao empenhamento rápido, eficiente e
coordenado de todos os meios e recursos disponíveis num determinado território,
sempre que a gravidade e dimensão das ocorrências justifique a ativação do
PMETV;
Habilitar as entidades envolvidas no plano a manterem o grau de preparação e de
prontidão necessário à gestão de acidentes graves ou catástrofes;
Promover o aviso e informação da população, de modo a que possam ser seguidas
as instruções das autoridades e adotadas as medidas de autoproteção mais
convenientes.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL DE TORRES VEDRAS
AGOSTO 2017 VERSÃO 5.0
Parte I - Enquadramento P.15/76
3. Tipificação dos riscos
O concelho de Torres Vedras localiza-se no distrito de Lisboa, encontrando-se delimitado a
Norte pelo concelho da Lourinhã, a Nordeste pelo concelho do Cadaval, a Este pelo
concelho de Alenquer, a Sul pelos concelhos de Sobral de Monte Agraço e Mafra e a Oeste
pelo Oceano Atlântico. Com uma área total de 407 km2, o município subdivide-se
administrativamente em 13 freguesias.
No mapa seguinte, o qual pode ser consultado com maior detalhe na Parte III do presente
plano, pode observar-se a localização do concelho de Torres Vedras e respetivas
freguesias, assim como, o seu enquadramento administrativo na região e em Portugal
Continental.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL DE TORRES VEDRAS
AGOSTO 2017 VERSÃO 5.0
Parte I - Enquadramento P.16/76
Torres Vedras caracteriza-se por ser um território bastante diversificado no que respeita,
entre outros, aos riscos a que está sujeito.
Com cerca de metade da área do concelho ocupada por zonas de mato e floresta, os
incêndios florestais são um dos principais riscos deste concelho, e que mais vezes se
manifesta. A par deste, outros riscos possuem tal suscetibilidade que pela frequência com
que ocorrem ou pelo impacto que possuem caso se manifestem, merecem especial
atenção.
Neste sentido, consideram-se os seguintes fenómenos/eventos como os riscos mais
relevantes no concelho de Torres Vedras:
Incêndios florestais;
Cheias e inundações;
Sismos e Tsunamis;
Movimentos de massa;
Incêndios urbanos;
Acidentes industriais;
Ventos fortes.
Parte I - Enquadramento P.17/76
4. Ativação do Plano
A ativação do PMETV é aplicável aos casos de iminência ou ocorrência de acidente grave ou
catástrofe, em que as consequências expectáveis ou verificadas apresentem tal gravidade
e dimensão que exija o acionamento de meios públicos e/ou privados adicionais.
Com a ativação do PMETV pretende-se assegurar a colaboração das várias entidades
intervenientes, garantindo a mobilização mais rápida dos meios e recursos afetos ao Plano
e uma maior eficácia e eficiência na execução das ordens e procedimentos previamente
definidos.
4.1. Competência para ativação do Plano
De acordo com o artigo 3º, número 3, alínea c) da Lei n.º 65/2007, cabe à Comissão
Municipal de Proteção Civil (CMPC) a determinação da ativação do Plano Municipal de
Emergência. No entanto, em condições excecionais, quando a natureza da emergência
assim o justificar, por razões de celeridade do processo e/ou no caso de ser impossível
reunir a totalidade ou a maioria dos seus membros, a CMPC poderá reunir com composição
reduzida e deliberar a ativação do Plano.
De acordo com o artigo 10º, nº 2, do Regulamento da Atividade Municipal da Proteção Civil
(Edital nº 12/2012, Diário da República, 2.ª série — N.º 2 — 3 de Janeiro de 2012), a CMPC
tem a seguinte composição reduzida:
a) O Presidente da Câmara Municipal e/ou o Vereador com a competência delegada,
que preside;
b) O Comandante Operacional Municipal;
c) Um elemento do Comando do Corpo de Bombeiros Voluntários de Torres Vedras
(BVTV);
d) Um elemento do Comando de cada uma das forças de segurança presentes no
Município.
O PMETV é ativado sempre que se verifique um dos seguintes pressupostos:
1. Mediante decisão da CMPC, no caso iminência ou ocorrência de uma situação de
acidente grave ou catástrofe, da qual se prevejam danos elevados para as
populações, bens e ambiente e que justifique a adoção imediata de medidas
excecionais;
2. Automaticamente, no caso de ocorrência de acidente grave ou catástrofe com
danos elevados para as populações, bens e ambiente, quando não for possível ativar
Parte I - Enquadramento P.18/76
o Plano por impossibilidade da CMPC se reunir. Tal será posteriormente deliberado
em sede de reunião da CMPC.
3. A publicitação da ativação/desativação do PMETV será feita, sempre que possível,
pela Área de Comunicação da CMTV, através do seu sítio na internet
(www.cm-tvedras.pt), redes sociais (p.e. Facebook), mensagens eletrónicas que circulam nos
diversos painéis informativos distribuídos pela cidade, e pelos vários órgãos de
comunicação social que se encontram identificados na lista de contactos (Parte
III-2), entre outros.
Quando a publicitação da ativação/desativação do PMETV não puder ser efetuada através
dos meios anteriormente referidos, serão utilizados outros meios de difusão, recorrendo,
por exemplo, a viaturas com altifalantes. As questões relacionadas com a gestão da
informação podem ser consultadas com maior detalhe na Parte II-4.5 do presente Plano.
4.2. Critérios para a ativação do Plano
Dado que o PMETV é um plano geral destinado a enfrentar a generalidade das situações de
emergência, a transversalidade dos riscos nele considerados torna difícil a definição de
parâmetros e de critérios específicos para se proceder à sua ativação.
Embora dada a transversalidade dos riscos considerados no PMETV seja difícil a definição
de parâmetros universalmente aceites e coerentes, considerou-se que os critérios que
permitem apoiar a decisão de ativação do PMETV são suportados na conjugação da escala
de intensidade das consequências negativas das ocorrências, ou seja, grau de gravidade,
com o grau de probabilidade/frequência de consequências negativas, conforme definidos
na Diretiva Operacional Nacional (DON) nº 1/ANPC/2007, de 16 de Maio.
A avaliação do grau de probabilidade de ocorrência de acidente grave ou catástrofe é da
competência do SMPC e da ANPC, em estreita colaboração com diversas entidades
tecnicamente capazes para o efeito, nomeadamente a Agência Portuguesa do Ambiente
(APA), o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), o Instituto de Conservação da
Natureza e das Florestas (ICNF), a Direção-Geral de Saúde (DGS), o Laboratório Nacional de
Energia e Geologia (LNEG), entre outros.
Para efeitos de avaliação do grau de probabilidade por parte do SMPC, e sempre que tal
seja tecnicamente possível, será recolhida informação no terreno pelos técnicos do
Município, a qual será posteriormente analisada e validada pelo SMPC e/ou CMPC.
Para efeitos de tomada de decisão, de acordo com a DON nº 1/2007 da ANPC, definiram-se
dois graus de probabilidade a partir dos quais se estabelecerá a respetiva situação de
emergência. Assim, os graus de probabilidade tidos como referência para o PMETV são:
Elevada;
Confirmada.
Parte I - Enquadramento P.19/76
No que se refere à avaliação do grau de gravidade da iminência ou ocorrência do acidente
grave ou catástrofe, esta deverá ser realizada em sede do SMPC, do Posto de Comando
e/ou da CMPC, mediante informação fornecida:
Pelo COM;
Pelos representantes das entidades com assento na CMPC;
Pelos agentes de proteção civil, entidades e organismos de apoio;
Pelos presidentes de juntas de freguesia;
Pelos técnicos da Câmara Municipal de Torres Vedras;
Outras entidades tecnicamente habilitadas.
No âmbito da análise dos critérios para ativação do Plano, de acordo com a DON nº 1/2007
da ANPC, foram considerados as situações com os seguintes graus de gravidade:
Moderada;
Acentuada;
Critica.
Recolhida a informação e avaliados os graus de probabilidade e gravidade, será efetuado o
respetivo ponto de situação. Desta forma, o Diretor do Plano e a CMPC terão à sua
disposição informação de suporte e de apoio à decisão de ativação do Plano.
Os critérios e mecanismos determinantes para a ativação do Plano, que determinam o
início da sua obrigatoriedade em função dos cenários nele considerados, encontram-se
descritos na Tabela e na Ilustração seguintes, respetivamente.
Importa sublinhar que se entende que é sempre preferível ativar o Plano antecipadamente
do que demasiado tarde, assim como será sempre preferível desmobilizar meios que se
tenham verificado desnecessários do que mobilizá-los após verificada a sua necessidade em
plena situação de emergência.
As ações a serem desencadeadas no âmbito da ativação do PMETV encontram-se descritas
na Parte III.
Esta tipificação de critérios não impede que o Plano possa ser ativado em outras
circunstâncias, de acordo com a iminência ou ocorrência de acidente grave ou catástrofe.
Parte I - Enquadramento P.20/76
Tabela 1 - Critérios para a ativação do Plano, de acordo com o grau de gravidade e de probabilidade da ocorrência.
GRAU DE GRAVIDADE
MODERADA ACENTUADA CRÍTICA
Tratamento médico necessário, mas sem vítimas mortais Algumas hospitalizações Retirada de pessoas por um período de vinte e quatro horas
Algum pessoal técnico necessário
Alguns danos Alguma disrupção na
comunidade (menos de vinte e quatro horas) Pequeno impacte no
ambiente sem efeitos duradoiros
Alguma perda financeira
Número elevado de feridos e de hospitalizações.
Número elevado de retirada de pessoas por um período superior a vinte e quatro horas.
Vítimas mortais.
Recursos externos exigidos para suporte ao pessoal de apoio.
Danos significativos que exigem recursos externos. Funcionamento parcial da
comunidade com alguns serviços indisponíveis. Alguns impactes na
comunidade com efeitos a longo prazo.
Perda financeira significativa e assistência financeira necessária Situação crítica. Grande número de feridos e de hospitalização. Retirada em grande escala de pessoas por uma duração longa. Significativo número de vítimas mortais. Pessoal de apoio e reforço necessário. A comunidade deixa de conseguir funcionar sem suporte significativo. Impacte ambiental significativo e ou danos permanentes. GRA U D E P ROBA BI LI DA D E ELEVADA
É expectável que ocorra em quase todas as circunstâncias; E ou nível elevado de incidentes registados; E ou fortes evidências; E ou forte probabilidade de ocorrência do evento; E ou fortes razões para
ocorrer;
Pode ocorrer uma vez por ano ou mais.
DECLARAÇÃO DE
SITUAÇÃO DE ALERTA ATIVAÇÃO DO PLANO ATIVAÇÃO DO PLANO
CONFIRMADA
Parte I - Enquadramento P.21/76 ACIDENTE GRAVE OU CATÁSTROFE ACIDENTE GRAVE OU CATÁSTROFE IMINENTE Grau de gravidade da ocorrência? ATIVAÇÃO DO PMETV DECLARAÇÃO DE SITUAÇÃO DE ALERTA – SE PROBABILIDADE ELEVADA - Agravamento previsível da ocorrência (se confirmada)? SIM NÃO Moderada NÃO SIM Decisão? Início Fim Legenda:
Marcador de início do processo
Tomada de decisão
Marcador de fim do processo Grau de
probabilidade ≥ elevado?
AS ENTIDADES DE PROTEÇÃO CIVIL ATUAM
DENTRO DO SEU FUNCIONAMENTO NORMAL Reduzida ou residual Acentuada ou crítica Ilustração 1 - Mecanismos para a ativação do PMETV.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL DE TORRES VEDRAS AGOSTO 2017 VERSÃO 5.0 Parte II - Execução P.23/76
1. Estruturas
As ações a desenvolver no âmbito do PMETV visam criar as condições favoráveis ao rápido,
eficiente e coordenado empenhamento de todos os meios e recursos municipais e/ou
outros resultantes de eventual ajuda externa solicitada, apoiando a direção, o comando e
a conduta das operações de proteção civil e socorro de nível municipal.
A organização prevista no PMETV centra-se nas estruturas de direção, estruturas de
coordenação política e institucional e estruturas de comando, nos seus vários níveis
(nacional, distrital e municipal), o que garante a articulação dos intervenientes em caso
emergência. Na tabela seguinte identificam-se as estruturas de direção, coordenação e de
comando previstas no PMETV, devidamente estruturadas no sistema nacional de proteção
civil, nomeadamente no patamar municipal.
Tabela 2 - Estruturas de direção, coordenação e de comando no sistema de proteção civil.
ESTRUTURAS
DIREÇÃO POLÍTICA COORDENAÇÃO POLÍTICA COORDENAÇÃO INSTITUCIONAL COMANDO
PA
TA
M
A
R
Nacional Primeiro-Ministro Comissão Nacional
de Proteção Civil Centro de Coordenação Operacional Nacional Comando Nacional de Operações de Socorro Distrital Comandante Distrital de Operações de Socorro Comissão Distrital de Proteção Civil Centro de Coordenação Operacional Distrital Comando Distrital de Operações de Socorro
MUNICIPAL Presidente da Câmara Municipal de Torres Vedras Comissão Municipal de Proteção Civil Comissão Municipal de Proteção Civil Comandante das Operações de Socorro
No ponto que se segue indica-se de forma resumida as missões previstas para as estruturas
de direção, coordenação e comando, dando-se especial destaque ao nível de intervenção
municipal.
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2. Responsabilidades
2.1. Estruturas de Direção
A Autoridade Politica de Proteção Civil do concelho de Torres Vedras é o Presidente da
Câmara Municipal, a quem cabe desencadear, na iminência ou ocorrência de acidente
grave ou catástrofe, as ações de proteção civil de prevenção, socorro, assistência e
reabilitação adequadas a cada caso.
Compete à Autoridade Política de Proteção Civil do Município de Torres Vedras:
a) Convocar a Comissão Municipal de Proteção Civil (CMPC;
b) Criar condições para o desenvolvimento das ações previstas no PMETV;
c) Garantir informação permanente à Autoridade Política de Proteção Civil de
escalão superior;
d) Difundir os comunicados oficiais que se mostrem adequados às situações previstas
na Lei, em articulação com a CMPC e o Posto de Comando;
e) Declarar a situação de alerta de âmbito municipal.
2.2. Estruturas de Coordenação
2.2.1. Estruturas de Coordenação Politica
A coordenação política do PMETV é assegurada através da Comissão Municipal de Proteção
Civil (CMPC).
A CMPC, presidida pelo Presidente da Câmara Municipal, ou pelo seu substituto legal, é o
órgão de coordenação política, em matéria de proteção civil, tendo como composição e
competências as que constam, respetivamente, no nº 2 e nº 3 do artigo 3º da Lei n.º
65/2007, de 12 de Novembro.
Para efeitos do presente Plano, a CMPC reunirá nas instalações dos Bombeiros Voluntários
de Torres Vedras (BVTV), ou alternativamente em sala de reuniões da Câmara Municipal de
Torres Vedras.
Aquando de situações de alerta ou emergência, sempre que tal se justifique necessário, a
convocação dos elementos que compõem a CMPC será efetuada pela forma mais expedita
(telefone móvel ou fixo, correio eletrónico, comunicação rádio ou pessoalmente).
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2.2.2. Estruturas de Coordenação Institucional
A coordenação institucional do PMETV é, também, assegurada através da CMPC.
De acordo com n.º 2 do artigo 49º da Lei n.º 27/2006 de 3 Julho (Lei de Bases de Proteção
Civil), os centros de coordenação operacional apenas se constituem a nível nacional,
regional e distrital. Embora o atual quadro legal não preveja a constituição de um centro
de coordenação operacional municipal, o facto é que o artigo 11º da Lei n.º 65/2007, de 12
de Novembro, indica que as comissões municipais de proteção civil asseguram a nível
municipal a coordenação institucional (para além da coordenação política), sendo deste
modo responsável pela gestão da participação operacional de cada força ou serviço nas
operações de socorro a desencadear.
2.3. Estruturas de Comando
A Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) dispõe de uma estrutura operacional
própria, assente em comandos operacionais de socorro de âmbito nacional (CNOS) e
distrital (CDOS), competindo a esta estrutura assegurar o comando operacional das
operações de socorro e ainda o comando operacional integrado de todos os corpos de
bombeiros.
Ao nível municipal, sempre que tal se justifique, de acordo com o artigo 14º da Lei n.º
65/2007, de 12 de Novembro, cabe ao COM, entre outros, acompanhar permanentemente
as operações de proteção e socorro que ocorram na área do concelho e assumir a
coordenação das operações de socorro de âmbito municipal.
O COM é também responsável por assegurar a articulação com o CDOS, informando
permanentemente o Presidente da Câmara Municipal e a CMPC de modo a maximizar a
eficácia e eficiência das operações.
Ao nível municipal, sempre que tal se justifique necessário, poderá ser criado um Posto de
Comando Municipal (PCMun).
2.3.1. Posto de Comando Municipal (PCMun)
Ao nível municipal é constituído um único Posto de Comando Municipal (PCMun) que
garante a gestão exclusiva da resposta municipal ao acidente grave ou catástrofe, e é
responsável pelo acionamento de todos os meios disponíveis na área do município, pela
gestão dos meios de reforço que lhe forem enviados pelo escalão distrital e pela gestão de
todas as operações de proteção civil decorrentes do evento em questão. O PCMun é
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montado com apoio do SMPC e reportam operacional e permanentemente ao CDOS ou ao
Posto de Comando Distrital (PCDis), caso estabelecido.
O responsável pela coordenação do PCMun é o COM, o qual deverá informar
permanentemente o Presidente de Câmara Municipal.
As missões dos Postos de Comando Operacional (PCO) encontram-se definidas no
Decreto-Lei n.º 134/2006, de 25 de Julho, sendo este constituído por três células, cada uma com
um responsável: célula de planeamento, célula de combate e célula de logística. Estas
células são coordenadas diretamente pelo Comandante das Operações de Socorro (COS), o
qual pode ser assessorado por três oficiais, um adjunto para a segurança, outro para as
relações públicas e outro para a ligação com outras entidades.
Genericamente, são competências do posto de comando operacional:
a) A recolha e o tratamento operacional das informações;
b) A preparação das ações a desenvolver;
c) A formulação e transmissão de ordens, diretrizes e pedidos;
d) O controlo da execução das ordens;
e) A manutenção das operacionalidades dos meios empregues;
f) A gestão dos meios de reserva.
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3. Organização
3.1. Infraestruturas de relevância operacional
No concelho de Torres Vedras encontram-se sedeadas infraestruturas de várias entidades
que possuem um papel preponderante no âmbito do presente Plano, seja pela relevância
operacional que possuem, seja pelo apoio técnico ou logístico que podem prestar.
Assim, identificam-se adiante as principais infraestruturas de relevância operacional no
âmbito do presente Plano:
Bombeiros Voluntários de Torres Vedras (39°05'22.4"N 9°15'47.0"W);
Bombeiros Voluntários de Torres Vedras – Secção da Silveira (39°06'36.9"N
9°21'52.4"W);
Bombeiros Voluntários de Torres Vedras – Secção do Maxial (39°08'15.3"N
9°10'38.3"W);
Centro Hospitalar do Oeste – Unidade de Torres Vedras (39°05'10.2"N 9°15'26.3"W);
Centro Operacional Municipal - Estaleiro Municipal (39°06'05.6"N 9°16'39.7"W);
Estaleiro dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento de Torres Vedras –
SMAS (39°06'22.4"N 9°15'26.4"W);
GNR – Destacamento de Trânsito de Torres Vedras (39°03'25.9"N 9°14'26.5"W);
GNR – Destacamento Territorial de Torres Vedras (39°05'29.4"N 9°15'48.5"W);
Posto da GNR de Santa Cruz (39°08'05.6"N 9°22'23.0"W);
PSP de Torres Vedras (39°05'19.8"N 9°15'44.6"W);
Serviço Municipal de Proteção Civil de Torres Vedras (39°05'28.6"N 9°15'24.1"W).
No mapa seguinte, o qual pode ser consultado com maior detalhe na Parte III do presente
plano, evidencia-se a localização e distribuição destas infraestruturas:
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Mapa 2 - Infraestruturas de relevância operacional.
3.2. Zonas de Intervenção
A resposta operacional que se desenvolve na área do Município é designada por Zona de
Intervenção (ZI). Em função das informações obtidas através das ações de reconhecimento
e avaliação técnica e operacional, esta delimitação geográfica poderá ser alterada.
Nos termos do Sistema Integrado de Operações de Proteção e Socorro (SIOPS), a ZI
divide-se em Zona de Sinistro (ZS), Zona de Apoio (ZA), Zona de Concentração e Redivide-serva (ZCR) e
Zona de Receção de Reforços (ZRR), em que:
a) Zona de Sinistro (ZS) – corresponde à área na qual se desenvolve a ocorrência, de
acesso restrito, onde se encontram exclusivamente os meios necessários à
intervenção direta, sob a responsabilidade exclusiva do comandante das
operações de socorro (COS). A zona de sinistro pode ser de nível local ou
supramunicipal caso a ocorrência ultrapasse a área territorial do município.
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b) Zona de Apoio (ZA) – zona adjacente à ZS, de acesso condicionado, onde se
encontram os meios de apoio e logísticos estritamente necessários ao suporte dos
meios de intervenção e/ou onde se estacionam meios de intervenção para
resposta imediata em caso de necessidade.
c) Zona de Concentração e Reserva (ZCR) – zona onde se localizam
temporariamente meios e recursos disponíveis sem missão imediata, onde se
mantém um sistema de apoio logístico e assistência pré-hospitalar e onde têm
lugar as concentrações e trocas de recursos pedidos pelo posto de comando
operacional. A ZCR no concelho de Torres Vedras será definida pelo COS e será
sempre que possível instalada na imediação das zonas dos teatros de operações.
d) Zona de Receção de Reforços (ZRR) – zona de controlo e apoio logístico, sob a
responsabilidade do Comandante Operacional Distrital, para onde se dirigem os
meios de reforço e apoio logístico disponibilizados, antes de atingirem a ZCR.
Sempre que possível a ZRR no concelho de Torres Vedras será no Parque Regional
de Exposições, na Expotorres, nomeadamente na zona do ecocentro e do mercado
grossista/abastecedor (39°05'38.6"N 9°16'00.5"W) ou outra a designar pelos
CODIS.
Na ilustração seguinte apresenta-se a estrutura da organização e comando do teatro de
operações.
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POSTO DE COMANDO OPERACIONAL
TEATRO DE OPERAÇÕES Adjunto para a segurança Adjunto para as relações públicas Adjunto para ligação com outras entidades ZONA DE APOIO ZONA DO SINISTRO ZONA DE CONCENTRAÇÃO DE RESERVA Célula de
planeamento Célula de combate
Célula de logística
Assessorado
Coordena-se com
Comandante das operações de socorro Responsável por CDOS COM* CMPC CCOD ZONA DE RECEPÇÃO DE REFORÇOS Le ge n da : CD OS – Co m an do Di st ri ta l d e O pe ra çõe s de S oc or ro ; C CO D – C en tro d e Co or de na çã o O pe ra cio na l D is tr it al; CM PC – C om is sã o M un ic ip al d e P rot eçã o C ivil ; CO M – Co m an dan te Op era ci on al M un ic ip al . * Em alg un s ca sos o CO M p od erá se r qu em s e en con tra re sp on sá ve l pe lo pos to de co m an do op era ci on al , si tu aç ão em q ue s e ar tic ul ará dire ta m en te c om a C M PC ou , c as o s ej am n ece ss ár ios m eios a dic io na is , c om o C DO S.
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3.3. Mobilização e coordenação de meios
3.3.1. Coordenação de meios
O Sistema de Gestão das Operações (SGO) é uma forma de organização de Teatros de
Operações (TO) que se desenvolve de uma forma modular. A decisão do desenvolvimento
da organização é da responsabilidade do COS, que a deverá utilizar sempre que os meios
disponíveis do primeiro alarme e posteriormente do segundo alarme se mostrem
insuficientes.
A assunção da função de COS deve ter em conta as competências, atribuições legais e
capacidade técnica da entidade representada, tendo em vista a resolução adequada da
situação. A evolução da situação pode levar ao aumento da complexidade da operação e
consequentemente do TO, pelo que o processo de transferência da função de COS é de
vital necessidade, competindo a um elemento de Comando do Corpo de Bombeiros com a
responsabilidade da área onde decorre a ocorrência, assumir essa função.
Daqui resulta que a responsabilidade da assunção da função de COS cabe, por ordem
crescente (de acordo com a Diretiva Operacional Nacional n.º 1/2010 – Dispositivo
Integrado das Operações de Proteção e Socorro):
a) Ao chefe da primeira equipa a chegar ao TO, independentemente da sua
titularidade;
b) Ao mais graduado dos Bombeiros no TO;
c) Ao Comandante do Corpo de Bombeiros da área de atuação;
d) Ao Comandante Operacional Municipal;
e) A um Comandante de Bombeiros designado pelo respetivo CODIS, se a situação o
justificar e de acordo com a DON n.º1 de 2010;
f) A um elemento da estrutura do Comando Distrital ou Nacional da ANPC.
Os Capitães dos Portos têm, de acordo com o Decreto-Lei n.º 44/2002, de 2 de Março,
competências de Proteção Civil na faixa litoral e nos espaços do Domínio Público Hídrico
sob Jurisdição da Autoridade Marítima Nacional (AMN). Deste modo, os Capitães dos Portos
de Peniche e/ou Cascais assumem as funções de COS no seu espaço de jurisdição e em
estreita articulação com o CDOS.
Deste modo cabe ao COS mobilizar ou solicitar aos demais representantes das entidades
intervenientes a mobilização dos meios necessários para resposta à ocorrência, bem como
proceder à coordenação das operações de proteção e socorro no âmbito do presente Plano.
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3.3.2. Mobilização de meios
A mobilização de meios será prioritariamente efetuada com recurso a meios públicos e ou
privados existentes nas áreas do município menos afetados pelo acidente grave ou
catástrofe, os quais atuarão de acordo com as prioridades identificadas nas várias áreas de
intervenção.
Desta forma, aquando da ativação do Plano é fundamental a mobilização rápida, eficiente
e ponderada de meios e recursos, de acordo com os seguintes critérios:
a) Utilizar os meios e recursos adequados ao objetivo, não excedendo o
estritamente necessário;
b) Dar preferência à utilização de meios e recursos públicos sobre a utilização de
meios e recursos privados;
c) Dar preferência à utilização de meios e recursos detidos por entidades com as
quais tenha sido celebrado protocolo de utilização, sobre a utilização de meios e
recursos privados;
d) Obedecer a critérios de proximidade e de disponibilidade na utilização de meios e
recursos.
Os meios dos agentes de proteção civil são solicitados ao CDOS pelo COS e são colocados à
disposição deste. Por outro lado, o COM, através da CMPC e SMPC, requisita os meios das
entidades privadas, colocando-os posteriormente à disposição do COS, que afetará esses
meios de acordo com as necessidades.
O inventário dos meios e recursos encontra-se na Parte III do Plano. A mobilização e
requisição de recursos e equipamentos, deverá ser feita através do modelo de requisição
constante também na Parte III do Plano.
Sempre que for ativado um estado de alerta especial para o SIOPS observa-se o incremento
do grau de prontidão das organizações integrantes do SIOPS com vista a intensificar as
ações preparatórias para as tarefas de supressão ou mitigação das ocorrências, de acordo
com a tabela seguinte:
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Tabela 3 - Grau de prontidão e de mobilização.
Nível Grau de prontidão Grau de mobilização (%)
Azul Imediato 10
Amarelo Até 2 horas 25
Laranja Até 6 horas 50
Vermelho Até 12 horas 100
3.3.3. Notificação Operacional
O SMPC tem acesso a um conjunto de informação proveniente de diversos sistemas de
monitorização, quer de modo direto, quer através de informação proveniente do patamar
nacional.
Aquando da receção de informação acerca da iminência ou ocorrência de acidente grave
ou catástrofe, o SMPC desencadeia um conjunto de avisos (ver Parte II, ponto 4.5.2 –
Gestão da Informação Pública) e alertas. Entenda-se por alertas as notificações
operacionais com o objetivo de informar e alertar os diversos agentes de proteção civil,
organismos e entidades de apoio para a necessidade de intensificar as ações preparatórias
para as tarefas de prevenção ou mitigação das ocorrências. São objeto de notificação os
eventos ainda não confirmados e as ocorrências que se encontrem em curso.
Face à natureza da ocorrência, para efeitos de notificação operacional poderão ser
considerados os seguintes canais:
a) E-mail;
b) Rede telefónica (Tlm/Tlf/Fax.);
c) Mensagem escrita (SMS);
d) Radiocomunicação (ver Parte II, ponto 4.4 do Plano)
e) Presencial.
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4. Áreas de Intervenção
Nesta Parte do Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Torres Vedras (PMETV)
apresentam-se as áreas de intervenção básicas da organização geral das operações. Para
cada uma das áreas de intervenção encontram-se identificados os responsáveis pelas
mesmas, seus substitutos, entidades intervenientes, a estrutura de coordenação e as
missões a cumprir. A ativação das diferentes áreas de intervenção previstas no PMETV
dependem de:
Natureza concreta de cada acidente grave ou catástrofe;
Necessidades operacionais;
Evolução da resposta operacional.
Importa ainda sublinhar que, conforme estabelecido no Plano Especial de Emergência de
Proteção Civil para o Risco Sísmico na Área Metropolitana de Lisboa e Concelhos Limítrofes
(PEERS), na eventualidade das estruturas municipais ficarem parcial ou totalmente
inoperativas em resultado de um evento sísmico, o Município de Torres Vedras terá como
Município de Sustentação Operacional (MSO), o Município de Leiria, nomeadamente
através do corpo de Bombeiros Voluntários de Leiria, o qual assumirá as missões definidas
nos pontos que se seguem para o corpo de Bombeiros Voluntários de Torres Vedras.
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4.1. Gestão administrativa e financeira
Tabela 4 - Procedimentos para a gestão administrativa e financeira.GESTÃO ADMINISTRATIVA E FINANCEIRA
ENTIDADE COORDENADORA
Responsável: Presidente da CMTV ou Vereador com competências delegadas Substituto: Vice-Presidente ou Vereador da Área Administrativa e Financeira
ENTIDADES INTERVENIENTES OUTRAS ENTIDADES QUE POSSAM PRESTAR APOIO
Câmara Municipal de Torres Vedras (CMTV): Serviço Municipal de Proteção Civil (SMPC), Divisão de Infraestruturas e Obras Municipais (DIOM), Divisão de Ambiente e Sustentabilidade (DAS) e Divisão Financeira (DF)
Entidades que compõem a CMPC Juntas de Freguesia
Águas do Tejo Atlântico Associações de Socorros CDOS
Empresas de bens de primeira necessidade Empresas de construção civil
Empresas de transportes
Empresas de venda de combustíveis INEM
IPSS com atividade no concelho Outras empresas/entidades OBJETIVOS
Assegurar as atividades de gestão administrativa e financeira, inerentes à mobilização, requisição e utilização dos meios e recursos necessários à intervenção;
Garantir a utilização racional e eficiente dos meios e recursos; Gerir e controlar os tempos de utilização de recursos e equipamentos; Gerir os processos de seguros;
Supervisionar negociações contratuais;
Acionar os protocolos celebrados com as entidades detentoras dos recursos e equipamentos necessários às operações de proteção civil;
Identificar modos de contacto com fornecedores privados ou públicos de bens, serviços e equipamentos necessários às operações de emergência de proteção civil;
Garantir um procedimento transparente sem favorecimento de entidades públicas ou privadas em detrimento de outras;
Manter atualizada a relação de meios e recursos empenhados e disponíveis;
Definir e implementar, com a colaboração das restantes Áreas de Intervenção, os processos de identificação do pessoal ligado às operações de socorro.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL DE TORRES VEDRAS AGOSTO 2017 VERSÃO 5.0 Parte II - Execução P.36/76 GESTÃO DE MEIOS:
1. Os meios e recursos pertencentes aos agentes de proteção civil e aos organismos e entidades de apoio serão colocados à disposição do Posto de Comando Operacional e da CMPC, que os afetarão de acordo com as necessidades verificadas;
2. Deverá ser dada preferência à utilização de meios e recursos públicos (ou detidos por entidades com as quais tenha sido celebrado protocolo de utilização) sobre a utilização de meios e recursos privados; 3. Os pedidos de reforço de meios só são considerados válidos quando apresentados pelo Comandante de
Operações de Socorro (COS), Comandante Operacional Municipal (COM) ou pelo Diretor do PMETV;
4. Todos os meios adicionais que as entidades intervenientes necessitem pedir deverão ser requisitados através de modelo próprio presente na Parte III;
5. O SMPC, apoiando-se nos vários serviços da Câmara Municipal de Torres Vedras (CMTV), nomeadamente na DIOM e na DAS, controla os tempos despendidos pelas diferentes equipas de obras (pertencentes à CMTV, entidades públicas e privadas) nos vários locais de modo a garantir a maximização da sua eficácia e eficiência.
GESTÃO DE PESSOAL:
1. Na mobilização dos agentes de proteção civil aplica-se o disposto no artigo 25º da Lei de Bases da Proteção Civil;
2. A coordenação dos meios materiais e humanos a empenhar deverá ser realizada pelo Posto de Comando Operacional (PCO) na sua área de intervenção e pela CMPC de acordo com a organização prevista na Parte II do PMETV;
3. No decurso das operações, os agentes de proteção civil e as entidades e organismos de apoio deverão acautelar os períodos de descanso e a rotatividade dos seus recursos humanos;
4. O pessoal voluntário, cuja colaboração seja aceite a título benévolo, deverá apresentar-se, se outro local não for divulgado, nas Juntas de Freguesia, para posterior encaminhamento, e a sua atividade será coordenada pelo SMPC.
GESTÃO DE FINANÇAS:
1. Cada entidade e organismo interveniente nas ações de emergência ficará responsável pela gestão financeira e de custos associados aos meios e recursos próprios empenhados;
2. Caso os agentes de proteção civil e organismos e entidades de apoio se confrontem com a necessidade de aquisição/contratação de bens e serviços (p.e. reparação de equipamentos) e não possuam capacidade financeira ou não consigam satisfazer tais necessidade em tempo útil, poderão endereçar ao Diretor do PMETV, através da CMPC, uma requisição para o efeito (conforme modelo disponível na Parte III); 3. Para o efeito o Diretor do Plano apoiar-se-á na Divisão Financeira (DF) da CMTV de modo a serem
disponibilizadas verbas e/ou meios para estes casos excecionais e pontuais. Na Parte III encontram-se identificados um conjunto estabelecimentos e serviços que poderão assegurar a resposta a eventuais necessidades que surjam neste âmbito;
4. A Divisão Financeira, articulando-se com o Diretor do PMETV através do SMPC, ficará responsável pelas negociações contratuais com entidades privadas, pela gestão dos processos de seguros e controlo e gestão dos tempos;
5. O controlo e registo da utilização dos meios públicos e privados requisitados (localização dos mesmos e tempos de utilização) será assegurado pelo SMPC, o qual se apoiará no DIOM e na DAS da CMTV; 6. O pessoal integrado nos serviços, agentes e entidades constantes deste Plano, mesmo que requisitados,
continuam a ser remunerados pelos organismos de origem, não podendo ser prejudicados, de qualquer forma, nos seus direitos;
7. A declaração de situação de calamidade por parte do Governo permitirá à CMTV candidatar-se a auxílios financeiros conforme definido no Decreto-Lei n.º 225/2009, de 14 de Setembro. Nas situações em que o
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Parte II - Execução P.37/76
Governo tenha declarado a situação de calamidade, a autarquia deverá articular-se com a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) no sentido de recorrer à conta de emergência titulada pela segunda, de modo a apoiar a reconstrução e reparação de habitações, unidades de exploração económica e outras necessidades sociais prementes (o acesso a fundos disponibilizados pela conta de emergência titulada pela ANPC carece de despacho conjunto dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das Finanças e da Administração Interna). A autarquia poderá ainda recorrer ao Fundo de Emergência Municipal gerido pela Direção-Geral das Autarquias Locais;
8. Caso a magnitude dos danos assim o justifique, a CMTV poderá criar e gerir uma Conta de Apoio de Emergência a qual poderá receber donativos por parte de particulares e entidades privadas, sendo os mesmos utilizados para suportar os custos associados às ações de emergência e reabilitação.
4.2. Reconhecimento e avaliação
Tabela 5 – Procedimentos para as operações de reconhecimento e avaliação.
RECONHECIMENTO E AVALIAÇÃO
ENTIDADE COORDENADORA
Responsável: COS (ERAS)
Substituto: Comandante Operacional Municipal
ENTIDADES INTERVENIENTES OUTRAS ENTIDADES QUE POSSAM PRESTAR APOIO
BVTV PSP GNR PM
Câmara Municipal de Torres Vedras (CMTV): Serviço Municipal de Proteção Civil (SMPC)
Divisão de Infraestruturas e Obras Municipais (DIOM) Divisão de Ambiente e Sustentabilidade (DAS)
Entidades que compõem a CMPC Juntas de Freguesia
Outras empresas/entidades
OBJETIVOS
Avaliar as áreas afetadas onde deverão ser desencadeadas ações de busca e salvamento, nomeadamente tendo em conta as informações disponibilizadas, eventualmente, pelas Equipas de Reconhecimento e Avaliação da Situação (ERAS) e Equipas de Avaliação Técnica (EAT);
Proceder aos reconhecimentos essenciais à recolha e confirmação da informação disponível, com a maior brevidade possível, de forma a avaliar objetivamente a situação de emergência;
Acionar e coordenar a atuação de grupos técnicos constituídos, a fim de procederem à avaliação imediata dos prejuízos e danos sofridos e intervenção pertinente.
PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL DE TORRES VEDRAS AGOSTO 2017 VERSÃO 5.0 Parte II - Execução P.38/76 INSTRUÇÕES ESPECIFICAS
EQUIPAS DE RECONHECIMENTO E AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO – ERAS:
1. As ERAS têm como principal objetivo dotar o COS de informação indispensável ao processo de tomada de decisão;
2. As ERAS caracterizam-se pela sua grande mobilidade e capacidade técnica e têm como principal missão percorrer as zonas de intervenção, por via aérea e/ou terrestre e recolher informação específica sobre as consequências do evento em causa, nomeadamente no que se refere a:
Locais com maiores danos no edificado; Locais com maior número de sinistrados; Núcleos habitacionais isolados;
Operacionalidade das infraestruturas críticas (escolas, hospitais, quartéis de bombeiros, instalações das forças de segurança, etc.);
Eixos rodoviários de penetração na(s) ZS; Vias principais e alternativas;
Focos de incêndio.
3. Cada ERAS é constituída por 2 elementos do corpo de bombeiros designar de acordo com a missão específica que lhe for atribuída. As ERAS estarão dotadas do meio de transporte mais adequado à sua missão, assim como de meios de comunicação indispensáveis à passagem da informação ao COS;
4. Estas equipas elaboram Relatórios de Situação, que em regra deverão ser escritos, podendo
excecionalmente, ser verbais e passados a escrito no mais curto espaço de tempo possível e comunicados à respetiva entidade coordenadora. Os modelos de relatório a adotar constam na Parte III do presente Plano.
EQUIPAS DE AVALIAÇÃO TÉCNICA - EAT
1. As EAT têm como principal objetivo dotar a entidade coordenadora de informação imediata sobre as infraestruturas afetadas. A sua missão é a de reconhecer e avaliar a estabilidade e operacionalidade de estruturas, comunicações e redes, tendo em vista o desenvolvimento das operações, a segurança do pessoal do DIOPS e das populações e o restabelecimento das condições mínimas de vida;
2. Cada EAT é constituída no mínimo por 3 elementos a designar de acordo com a missão específica que lhe for atribuída. As EAT estarão dotadas do meio de transporte mais adequado à sua missão, assim como de meios de comunicação indispensáveis à passagem da informação para a entidade coordenadora;
3. Estas equipas elaboram Relatórios de Situação, que em regra deverão ser escritos, podendo
excecionalmente, ser verbais e passados a escrito no mais curto espaço de tempo possível e comunicados à respetiva entidade coordenadora. Os modelos de relatório a adotar constam na Parte III do presente Plano.