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Aplicação das metodologias SWOT e PEST para análise do reposicionamento tecnológico na indústria do óleo e gás

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – UFF

ESCOLA DE ENGENHARIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

APLICAÇÃO DAS METODOLOGIAS SWOT E PEST PARA ANÁLISE DO REPOSICIONAMENTO TECNOLÓGICO NA INDÚSTRIA DO ÓLEO E GÁS.

AUTOR: CLÁUDIA DIAS PFLUEGER ORIENTADOR: GILSON BRITO ALVES LIMA

Niterói Agosto de 2020

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE ENGENHARIA

GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

CLÁUDIA DIAS PFLUEGER

APLICAÇÃO DAS METODOLOGIAS SWOT E PEST PARA ANÁLISE DO REPOSICIONAMENTO TECNOLÓGICO NA INDÚSTRIA DO ÓLEO E GÁS.

ORIENTADOR: GILSON BRITO ALVES LIMA

Niterói - RJ 2020

Projeto Final de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Graduação em Engenharia de Produção da Universidade Federal Fluminense, como requisito parcial para aquisição do Grau de Engenheiro de Produção.

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Ficha catalográfica automática - SDC/BEE Gerada com informações fornecidas pelo autor

Bibliotecário responsável: Sandra Lopes Coelho - CRB7/3389 P531a Pflueger, Cláudia Dias

APLICAÇÃO DAS METODOLOGIAS SWOT E PEST PARA ANÁLISE DO REPOSICIONAMENTO TECNOLÓGICO NA INDÚSTRIA DO ÓLEO E GÁS. / Cláudia Dias Pflueger ; GILSON BRITO ALVES LIMA, orientador. Niterói, 2020.

66 f. : il.

Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia de Produção)-Universidade Federal Fluminense, Escola de Engenharia, Niterói, 2020.

1. Energia elétrica. 2. Petróleo. 3. Fonte alternativa de energia. 4. Produção intelectual. I. LIMA, GILSON BRITO ALVES, orientador. II. Universidade Federal Fluminense. Escola de Engenharia. III. Título.

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-AGRADECIMENTOS

Aos meus pais, Oswaldo e Tereza, obrigada pela oportunidade e incentivo aos estudos.

À minha família, pelo apoio.

À Leonardo, obrigada por ser paciente e sempre positivo.

À UFF e a todos os meus professores pelo ensino de qualidade.

À Professora Níssia, pelas aulas que vão além do conteúdo programático. Ao Professor Uchoa, pela oportunidade de pesquisa acadêmica.

Ao Professor Gilson, a sua orientação foi primordial para a elaboração desse projeto.

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RESUMO

Com o objetivo de atender a previsão da demanda energética nos próximos anos é gerada uma expectativa de crescimento para o setor petrolífero e em paralelo também se desenvolve o mercado de produção de energia renovável. Dessa forma, o objetivo geral da pesquisa é o desenvolvimento de uma sistemática para analisar o reposicionamento tecnológico na indústria do óleo e gás no curto prazo, através da aplicação das metodologias SWOT e PEST. Nesse sentido, foi elaborado um survey composto por tópicos relacionados ao mercado de petróleo, os quais foram utilizados para estruturação da análise PEST. A pesquisa foi disponibilizada para profissionais com experiência que atuam no mercado e apresentou a formatação de resposta em escala tipo Likert de 5 pontos. A matriz SWOT foi originada a partir da análise dos resultados, com isso foi possível identificar o cenário estratégico de manutenção para o setor. Nesse sentido, propõe-se que as operadoras adotem estratégias inseridas no cenário de manutenção a fim de minimizar as ameaças e alavancar as forças.

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ABSTRACT

With the goal of supplying the forecasted energy demand over the next years, it is expected a growth in the oil and gas market as well as the development of the renewable’s energy production. Therefore, the main objective of the research is to perform an analysis of the oil and gas industry’s technological changes through the SWOT and PEST methodologies. Thereby, a survey was performed based on relevant topics of the oil and gas market, in which such questions were used to structure the PEST analysis. The survey presented a 5-point Likert scale response format and it was answered by energy specialists who have had years of experience and professional activity in the industry. The SWOT matrix was originated from the analysis of the results, therefore it was possible to identify the strategic scenario to the industry sector as maintenance. In this sense, it is proposed to the companies to adopt strategies according to the maintenance scenario in order to minimize threats and leverage forces.

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SIGLAS OU ABREVIATURAS

ANEEL Agência Nacional de Energia Elétrica

ANP Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis BEN Balanço Energético Nacional

BRENT Brent North Sea Crude BTU British Thermal Unit

COVID-19 Corona Virus Desease 2019 EPE Empresa de Pesquisa Energética

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IBP Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis MME Ministério de Minas e Energia

OMS Organização Mundial de Saúde ONU Organização das Nações Unidas

OPEP Organização dos Países Exportadores de Petróleo PEST Politico, Econômico, Social e Tecnológico

PIB Produto Interno Bruto RRF Resources for the future SIN Sistema Interligado Nacional

SWOT Strenghts (Forças), Weakenesses (Fraquezas), Opportunities (oportunidades) and Treats (Ameaças)

W Watt

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Tópicos SWOT ... 45

Tabela 2: Tópicos fatores internos ... 46

Tabela 3: Tópicos fatores externos ... 47

Tabela 4: Pontuação na Escala tipo Likert ... 51

Tabela 5: Pontuação fatores internos ... 51

Tabela 6: Pontuação na Escala tipo Likert ... 52

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Matriz elétrica brasileira ... 19

Figura 2: Capacidade Instalada de hidroelétrica ... 21

Figura 3: Capacidade Instalada de bioenergia ... 22

Figura 4: Capacidade Instalada de energia eólica ... 24

Figura 5: Capacidade Instalada solar ... 25

Figura 6: Participação da energia renovável na oferta interna de energia .. 26

Figura 7: Evolução da geração de energia elétrica renovável ... 27

Figura 8: Produção anual de energia eólica em GW/h ... 28

Figura 9: Produção anual de bioenergia em GW/h ... 29

Figura 10: Produção anual de energia solar em GW/h ... 29

Figura 11: Metodologia do estudo ... 33

Figura 12: Matriz SWOT ... 36

Figura 13: Estrutura PEST ... 37

Figura 14: Escala tipo Likert de 5 pontos ... 38

Figura 15: Escala fatores internos ... 39

Figura 16: Escala fatores externos ... 39

Figura 17: Posturas estratégicas da empresa. ... 40

Figura 18: Demanda mundial por petróleo ... 41

Figura 19: Índice do preço de serviços de 2014 à 2020. ... 42

Figura 20: Preço futuro BRENT e WTI em dólares por barril ... 43

Figura 21: Volume Global estocado por milhões de barris ... 44

Figura 22: Análise PEST ... 48

Figura 23: Modelo Fraqueza versus Força ... 49

Figura 24: Modelo Oportunidade versus Ameaça ... 50

Figura 25: Distribuição das respostas para os fatores internos ... 52

Figura 26: Distribuição das respostas para os fatores externos ... 53

Figura 27: Distribuição dos tópicos na SWOT ... 55

Figura 28: Distribuição das respostas SWOT... 56

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 12

1.1 O PROBLEMA DA PESQUISA ... 12

1.2 FORMULAÇÃO DA SITUAÇÃO PROBLEMA ... 14

1.3 OBJETIVO DA PESQUISA... 15

1.4 QUESTÕES DA PESQUISA ... 15

1.5 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO ... 16

1.6 ORGANIZAÇÃO DO ESTUDO ... 16

2 REFERENCIAL TEÓRICO ... 17

2.1 A MATRIZ ENERGÉTICA BRASILEIRA ... 17

2.1.1 Hidráulica ... 20

2.1.2 Biomassa ... 21

2.1.3 Eólica ... 23

2.1.4 Solar... 25

2.2 A EVOLUÇÃO DA MATRIZ ENERGETICA RENOVAVEL BRASILEIRA ... 26

2.3 BREVE PANORAMA HISTÓRICO SOBRE O SETOR DE ÓLEO E GÁS NO BRASIL ... 30

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ... 32

3.1 DETALHAMENTO DA PESQUISA ... 32

3.2 LIMITAÇŌES DA METODOLOGIA UTILIZADA ... 34

4 ESTUDO DE CASO... 35

4.1 APLICAÇÃO DA ANÁLISE SWOT E PEST NO SETOR DE EXPLORAÇÃO E PRODUÇÃO DE PETRÓLEO 35 4.1.1 Análise SWOT e PEST: Primeira Etapa ... 41

4.1.2 Análise SWOT e PEST: Segunda Etapa ... 47

4.1.3 Análise SWOT e PEST: Terceira Etapa ... 49

4.1.4 Análise SWOT e PEST: Quarta Etapa ... 50

4.2 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ... 54

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5 CONCLUSÃO ... 59 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 61 7 ANEXO A – FORMULÁRIO ... 64

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1 INTRODUÇÃO

1.1 O PROBLEMA DA PESQUISA

A sociedade tem se mostrado cada vez mais preocupada com as formas de consumo geral, entre produtos e serviços, e os seus consequentes impactos no meio ambiente (COSTA; TEODÓSIO, 2011). Logo, essas mudanças estão sendo percebidas pelas maiores empresas do setor de energia, que vêm demonstrando medidas para se adaptarem a uma eventual mudança na matriz energética, buscando maiores meios de geração de energia sustentáveis, e medidas mais eficientes de extração de óleo e gás e novas tecnologias (FREITAS,2011).

As fontes de geração de energia que compõem a matriz energética brasileira são: hidráulica, biomassa, solar, eólica, carvão, nuclear e petróleo e derivados (BEM, 2019). Pode-se classificar as fontes de energia de acordo com a capacidade de geração de energia ao longo do dia, assim é possível verificar, por exemplo, que as energias nuclear e térmica são capazes de manter a taxa de produção constantes, ao contrário das fontes eólica e solar que são produtivas apenas em certos períodos do dia. Assim é necessário balancear adequadamente a matriz energética a fim de assegurar o uso mais eficiente de energia (GOLDEMBERG; LUCON, 2007).

Considerando a tendência do aumento da demanda energética e o incentivo a geração de energia por meio de fontes renováveis, são afetados não só o mercado brasileiro como também as empresas que exploram o potencial energético local. Assim, inicia-se um processo gradual de transição da execução de projetos de exploração de fontes não renováveis para o desenvolvimento do mercado de produção de energia renovável (CARVALHO,2009).

O Brasil é um país que apresenta condições favoráveis para a implementação de energias renováveis. De acordo com os dados divulgados pelo Balanço Energético Nacional (BEN, 2018), publicado pela Empresa de Pesquisa Energética, aproximadamente 8,5 milhões de quilômetros quadrados de território nacional pertencem a bacias hidrográficas que são cortadas por trechos navegáveis. Além disso, o país possui mais de sete mil quilômetros de litoral, bem como condições climáticas favoráveis devido a alta incidência de raios solares e o volume de ventos. Ainda que o país possua um potencial natural inexplorado, em 2017, a participação de renováveis na matriz energética brasileira manteve-se a mais elevada no mundo.

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de acordo os dados divulgados pelo Balanço energético Nacional no relatório síntese, (EPE, 2018).

A fim de garantir a produção e distribuição de energia no mundo, é necessário observar como o crescimento populacional e demanda por energia estão relacionadas. De acordo com relatório Global Energy Outlook emitido pela Resources for the future (RRF), o aumento esperado para os próximos 20 anos entre 100 e 170 qBTU. Esse crescimento é pequeno quando comparado ao aumento de 190 qBTU entre 1990 e 2015 (NEWELL et al., 2020). Assim, a demanda por energia não é afetada somente pelo crescimento populacional, mas por gama de fatores como o desenvolvimento tecnológico e a automatização dos sistemas no processo de produção.

Assim, surgem questionamentos referentes as consequências diretas e indiretas do constante crescimento populacional, e como esse fator impacta o meio ambiente (PAULO,2010). Segundo relatório da ONU (2019), a população mundial deve crescer em 2 bilhões nos próximos 30 anos, atingindo uma marca de 9,7 bilhões em 2050. Nesse sentido, é necessário compreender como a matriz energética deve ser transformada para atender a demanda e produzir energia com baixas taxas de emissão de carbono.

Um forte engajamento social frente as questões climáticas e ambientais correm não só no mundo, mas também no Brasil. A população está cada vez mais consciente sobre os impactos que a sociedade causa no meio ambiente e assim demanda por politicas publicas concretas e efetivas (MELLO-THÉRY, 2011). A fim de projetar um novo plano energético, precisa-se compreender qual é a expectativa de crescimento da população brasileira e da produção energética.

De acordo com o estudo divulgado pelo IBGE (2019) a partir de 2046 é previsto que a taxa de crescimento populacional se torne negativa. Assim é possível verificar que o Brasil acompanha a tendência mundial de redução na taxa de crescimento populacional, porém a variação de consumo de energia no setor energético cresceu em 10,4% entre 2017 e 2018, de acordo Balanço Energético Nacional 2019.

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1.2 FORMULAÇÃO DA SITUAÇÃO PROBLEMA

A diversidade de rios, o volume de ventos e a incidência de raios solares colaboram para propagação e incentivo de geração de energia por meio de fontes renováveis no Brasil. Por outro lado, a indústria de óleo e gás também está crescendo no país, estimulada pela quebra do monopólio da operação da Petrobrás no Pré-Sal, prorrogação do regime do REPETRO e a revisão de regras de conteúdo local. Nesse sentido, o desafio do setor é produzir de forma mais eficiente e com baixos custos afim de conseguir atingir cada vez maior competitividade.

Segundo o Instituto Brasileiro de Petróleo, a transição energética é certa e já está ocorrendo suportada pelas forças de mercado, políticas públicas e avanços tecnológicos. Porém, para que a demanda energética seja atendida ao longo dos próximos anos, a matriz energética brasileira ainda requer uma participação significativa da indústria do óleo e gás (IBP, 2020). De acordo com EPE (2020), a demanda por energia deve crescer até 22% nos próximos dez anos, que deve ser atendida pelo crescimento do setor petrolífero no país.

A indústria do petróleo tem participação significativa na economia do Estado do Rio de Janeiro, de acordo com os dados divulgados pelo IBP. Visto que a indústria extrativa mineral representa 15% do PIB do estado, no qual esse percentual representa majoritariamente a atividade de exploração e produção de óleo e gás (IBP, 2020). Assim destaca-se a importância do setor na arrecadação de tributos para o estado, na contribuição para o desenvolvimento do mercado nacional e na atratividade para investimentos estrangeiros no país.

De acordo com dados divulgados pela Agencia Nacional de Petróleo (ANP, 2020), é esperado que nos próximos anos aumente a pressão competitiva no mercado de energia. Além disso, a partir de 2040 a matriz energética mundial será a mais diversificada já vista na história com a participação de óleo, gás, carvão e combustíveis não fosseis contribuindo cada um com aproximadamente 25% da produção de energia. Outra expectativa apresentada no relatório é que a demanda por óleo deve aumentar até 2030, quando atingirá um patamar de estabilidade. Ademais a demanda por gás natural crescerá vertiginosamente e superará a demanda por carvão como a segunda maior fonte de energia.

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1.3 OBJETIVO DA PESQUISA

O objetivo geral da pesquisa é o desenvolvimento de uma sistemática para analisar o reposicionamento tecnológico na indústria do óleo e gás no curto prazo, através da aplicação das metodologias SWOT e PEST.

Como objetivos específicos, apresentam-se:

• Levantar informações históricas das principais empresas do setor e relatórios de mercado de óleo e gás para investigar o comportamento da indústria;

• Analisar a tendência de mercado no setor de óleo e gás quanto a migração do sistema de produção atual para um sistema de energia sustentável

• Compreender como o setor de óleo e gás poderá ser transformado para atender a demanda por produção e comercialização de energia renovável no brasil.

Nesse sentido, será analisado a projeção da matriz energética do país assim como a área de atuação e investimento das principais operadoras de petróleo no país.

1.4 QUESTÕES DA PESQUISA

Alguns questionamentos foram proposta para apoio ao atendimento dos objetivos específicos:

• Qual é a tendência de mercado esperada nos próximos anos para as companhias de óleo e gás no Brasil?

• Qual a expectativa do aumento da demanda de energia renovável no Brasil?

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1.5 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO

Essa pesquisa busca analisar as empresas do setor de óleo e gás que possuem atividades de exploração no Brasil. Para este estudo, foram pesquisados dados e relatórios que podem ser encontrados com livre acesso nos sites das empresas selecionadas, sites dos órgãos reguladores do setor de óleo e gás e de energia no Brasil, e artigos e notícias publicadas em jornais ou revistas. Serão utilizadas somente informações publicas, ou seja, o estudo não abrange dados a nível gerenciais das empresas analisadas, tampouco serão realizados questionamentos ou pesquisas diretamente com a administração das empresas.

A pesquisa não comtempla todas as empresas participantes do mercado. Para tentar responder as questões propostas neste trabalho, serão analisadas somente as empresas de maior relevância do mercado brasileiro e global.

1.6 ORGANIZAÇÃO DO ESTUDO

O trabalho está estruturado em cinco capítulos, cujo conteúdo de cada um deles e seus respectivos objetivos estão descritos abaixo:

O capítulo 1 é composto pela contextualização do tema, formulação da situação problema da pesquisa, descrição do problema, definição do objetivo, descrição da questão da pesquisa e estruturação do trabalho.

O capítulo 2 apresenta o referencial teórico que suporta o assunto em estudo, o qual abrange uma base teórica sobre os seguintes temas: o setor de óleo e gás no Brasil, a matriz energética brasileira e o setor regulatório brasileiro.

O capítulo 3 compreende a metodologia utilizada para o desenvolvimento do trabalho.

O capítulo 4 é composto pela aplicação do método escolhido e a análise dos resultados obtidos.

O capítulo 5 apresenta as conclusões e as considerações finais do estudo, respondendo à questão inicial baseado nos objetivos da pesquisa. Além disso, são propostos trabalhos futuros que possam contribuir para uma análise mais profunda sobre o setor e buscar minimizar as principais limitações encontradas.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 A MATRIZ ENERGÉTICA BRASILEIRA

A base energética mundial foi construída através de fontes fosseis, assim a produção e consumo de energia por meio de fontes não renováveis acarretaram no aumento de emissões de gases poluentes e gases do efeito estufa, além disso contribuem para o esgotamento dos recursos naturais disponíveis (GOLDEMBERG; LUCON, 2007). Fontes fosseis são classificadas como não renováveis por serem consumidas numa velocidade maior do que o planeta é capaz de produzi-las. Assim, baseando no consumo atual de energia e na velocidade de exploração do meio, buscam-se alternativas para atender a demanda por energia com menores impactos ao meio ambiente e a sociedade.

As fontes renováveis ainda representam investimentos com bases estratégicas devido aos altos custo de instalação e baixo retorno agregado. Além disso, as fontes de produção estão concentradas em regiões especificas do país, sendo insuficientes para atender a demanda futura. A análise de quais tipos de fontes devem ter o foco para investimento deve ser feita a fim de garantir o melhor custo benefício. A questão sobre o desenvolvimento de energia renovável é fundamental para o crescimento sustentável em diversos aspectos econômicos e sociais, como: dependência de importação, impacto na balança comercial, geração de empregos, acesso a energia e desenvolvimento do parque industrial (CUNHA; PRATES, 2005).

Diferentemente da maioria dos outros países, o Brasil tem vantagens comparativas para produzir energia renovável. Assim, pode-se destacar que o país está a frente da media global na geração de energia limpa (FERRAZ; CODICEIRA, 2017). Atualmente, este posicionamento se deve a oferta interna energia produzida principalmente através das hidroelétricas, que em agosto de 2019 correspondeu à 66,3% da demanda brasileira de energia, porém a participação de eólica e solar continuam em crescimento (MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA, 2019).

Devido a diversos fatores como extensão territorial, clima e a disponibilidade recursos naturais, a produção de energia no Brasil foi historicamente favorecida e constantemente aprimorada. Entretanto, o

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crescimento das fontes hidráulicas está ameaçado devido ao custo agregado e a restrições. Logo, o Brasil deverá investir em novas oportunidades e enfrentar as barreiras comerciais e tecnológicas para viabilizar a instalação de novas energia renováveis (LOSEKANN; HALLACK, 2017).

Outro fator que impulsiona para a diversificação das fontes enérgicas é o tempo de instalação, pois uma hidroelétrica, por exemplo, pode demorar até seis anos para começar a operar por outro lado, dependendo do tamanho, um parque eólico pode ficar pronto em aproximadamente dezoito meses. Além disso, as condições meteorológicas podem afetar negativamente o volume de chuvas e consequentemente o nível dos reservatórios nas represas. Dessa forma, nos períodos de seca, com o baixo volume de água, a energia produzida através das hidroelétricas se torna mais cara (FERRAZ; CODICEIRA, 2017).

As fontes de energia renováveis são inesgotáveis, visto que suas quantidades se renovam constantemente ao serem usadas. Alguns exemplos de fontes renováveis são: hídrica, solar, eólica, biomassa, geotérmica, oceânica e hidrogênio. Algumas dessas fontes apresentam um período terminado de geração de energia elétrica ao longo do dia ou do ano, por exemplo, o parque eólico só opera quando há ventos. Já a energia solar, somente funciona durante o dia. Além disso, as fontes hídricas dependem de condições meteorológicas favoráveis, a fim de evitar as secas. Na figura 1 pode-se observar a participação de cada fonte de energia que compõe a matriz enérgica brasileira.

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Figura 1: Matriz elétrica brasileira Fonte: IRENA, 2018

Conforme apresentado na figura 1, o Brasil, em relação a distribuições de fontes, é composto por uma matriz energética diversificada, composta majoritariamente pela energia proveniente de fontes hidráulicas. Além disso, também é possível destacar uma distribuição proporcional entre biomassa, eólica e gás natural. De acordo com relatório apresentado pelo BEN (2019) as fontes de produção de energia são:

• Hidráulica • Biomassa • Eólica • Solar • Gás natural • Derivados de petróleo • Nuclear • Carvão e derivados

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2.1.1 Hidráulica

Segundo Vichi e Mansor (2009), a energia hidráulica é produzida em mais de 160 países, mas somente cinco são responsáveis por mais da metade da produção mundial, sendo eles: Brasil, Canadá, China, Rússia e os Estados Unidos. Além disso, em termos econômicos, a energia proveniente dessa fonte apresenta vantagens importantes como o baixo custo operacional em comparação com o investimento inicial. Outra vantagem relevante é a independência em relação aos combustíveis fosseis, assim a produção de energia através dessa fonte é praticamente insensível às flutuações do preço do petróleo e de outras commodities.

A possiblidade de explorar um recurso natural é uma vantagem estratégica para qualquer país. Dentre as vantagens, pode-se destacar a redução da dependência externa de fornecedores que tem como consequência o aumento da estabilidade em relação ao fornecimento de um serviço que é vital para a sociedade e a economia. As fontes hidráulicas possuem principalmente duas vantagens, sendo elas: o baixo custo de fornecimento quando comparado com outras fontes e fato da geração de energia através de hidroelétricas não emitirem um volume significativo de gases estufa para atmosfera (PEREIRA et al., 2012).

Santos et al. (2005) considera que mesmo as hidrelétricas não sejam uma fonte totalmente limpa de energia devido a emissão de gases causados do efeito estufa, essa fonte de energia apresenta um desempenho melhor do que as usinas termoelétricas. Assim, a geração de energia hidráulica produzida através das usinas de Itaipu, Xingó e Segredo emitem menos gases poluentes do que as termoelétricas.

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Figura 2: Capacidade Instalada de hidroelétrica Fonte: IRENA, 2018

Conforme apresentado na figura 2, o Brasil é considerando um dos países com elevada capacidade instalada de hidroelétricas, atrás apenas da China. Dessa forma, é possível verificar o potencial de geração de energia renovável já instalada no território.

2.1.2 Biomassa

De acordo com Hinrichs e Kleinbach (2003), a energia de biomassa é proveniente de matéria viva como os grão, as árvores e as plantas. A matéria vegetal também pode ser encontrada nos resíduos agrícolas e florestais, como os restos de colheitas ou o estrume dos animais. Assim, a bioenergia pode ser derivada de toda a matéria de origem de origem biológica que não estão imersos em formações geológicas. A matéria pode ser convertida em combustíveis gasosos, como o biogás, e líquidos ou serem queimados diretamente, como a lenha.

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A madeira é a fonte de biomassa mais popular, devido ao seu uso histórico em diversos aspectos da sociedade. Porém é importante destacar os impactos e problemas ambientais causados pelo uso intenso da madeira, visto que a extração da madeira de forma descontrolada, causa erosão, enchentes, assoreamento dos rios e a perda de nutrientes para a produção agrícola. (HINRICHS E KLEINBACH, 2003).

Segundo a International Renewable Energy Agency (IRENA, 2018), a participação de bioenergia representa mundialmente a capacidade instalada de aproximadamente 116 000 MW, dentre elas biomassa solida, resíduo renovável, biocombustíveis líquidos e biogás.

Figura 3: Capacidade Instalada de bioenergia Fonte: IRENA, 2018

A figura 3 apresenta a capacidade de bioenergia no mundo e nos cinco países com maiores destaques no ranking. É importante destacar que o Brasil está posicionado na liderança do ranking com 14 782 MW, seguido da China, Estados Unidos e Índia.

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Teoricamente, biodiesel é capaz de substituir totalmente o consumo de combustíveis fosseis. Entretanto a inserção desse combustível na matriz energética brasileira ocorre gradualmente e focado em mercados específicos, com o objetivo de garantir a irreversibilidade do processo. Além disso, a energia gerada pela queima dos biocombustíveis é maior do que o gasto energético necessário para o cultivo grãos e o processo de produção de biodiesel, ou seja, o saldo energético é positivo. A transformação do biodiesel em energia é um ciclo fechado de carbono, pois as emissões geradas a partir da queima dos combustíveis são balanceadas com o volume de carbono absorvido através da fotossíntese durante o crescimento das plantas (PEREIRA et al., 2012).

A biomassa composta por toda a matéria vegetal e orgânica existente, pode ser utilizada na produção de energia. A decomposição de lenham bagaço de cana de açúcar, cavaco de madeira, resíduos agrícolas e restos de alimentos, produzem gases que são usados para gerar energia (“FONTES DE ENERGIA”, [s.d.])

Os biocombustíveis são combustíveis originados de fontes biológicas que podem ser utilizados para substituir, parcialmente ou totalmente, combustíveis derivados de petróleo e gás natural em motores a combustão. Os principais tipos de biocombustíveis utilizados no Brasil são o etanol e o biodiesel. O etanol é produzido a partir da cana de açúcar, já o biodiesel é obtido através de óleos vegetais ou de gorduras animais e pode ser adicionado ao diesel em proporções variáveis (“Biocombustíveis”, [s.d.]).

O Brasil é um dos lideres na produção de etanol, um álcool de origem vegetal utilizados como combustível. O consumo de etanol aumentou cerca de 14% de agosto e até setembro de 2018 cerca de 164 milhões de barris foram produzidos, principalmente nos estados de São Paulo, Goiás e Minas Gerais. Já o biodiesel cresceu em 26% em 2018 e foram produzidos aproximadamente 25 milhões de barris (“Minas e Energia”, [s.d.])

2.1.3 Eólica

A energia eólica é produzida através do movimento das massas de ar, ou seja, o vento. A transformação da energia eólica em energia elétrica ocorre através da movimentação das hélices dos aero geradores. As torres eólicas

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possuem até 150 metros de altura e as hélices medem aproximadamente o tamanho de uma asa de avião.

Energia eólica é considerada uma das fontes mais promissoras de energia renovável, conforme Pereira et al (2012). Essa expectativa é gerada devido a classificação dessa fonte de energia como limpa, renovável e amplamente distribuída em nível global. Além disso, as eólicas também produzem energia sem emitir gases poluentes e possuem um custo de instalação que está reduzindo periodicamente. Em países como o Brasil, que possuem uma ampla rede hidrográfica, energia eólica é significativa pois não depende de água para gerar energia (PEREIRA et al., 2012).

Figura 4: Capacidade Instalada de energia eólica Fonte: IRENA, 2018

A figura 4 apresenta a capacidade instalada de energia eólica no mundo e nos cinco países com maiores destaques no ranking. Embora o Brasil esteja dentre os países participantes do ranking, apresenta apenas aproximadamente 13% da capacidade instalada da China em 2018.

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2.1.4 Solar

A energia solar é o tipo de energia mais abundante no planeta e está disponível de forma direta, como radiação solar, ou de forma indireta, como eólica. No Brasil estão disponíveis o uso da energia solar em ambas as formas, para aquecimento e iluminação, através do uso de painéis fotovoltaicos (PEREIRA et al., 2012).

Figura 5: Capacidade Instalada solar Fonte: IRENA, 2018

A figura 5 apresenta a capacidade instalada de energia solar no mundo e nos cinco países com maiores destaques no ranking, sendo a China a líder tanto na análise de capacidade instalada quanto na geração anual de energia em 2018. Mesmo possuindo campos solares instalados em território nacional, o volume produzido anual não é tão significativo quando comparado as outras fontes de energia.

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2.2 A EVOLUÇÃO DA MATRIZ ENERGETICA RENOVAVEL BRASILEIRA

O mercado de energia brasileiro tem evoluído ao longo dos últimos anos, passando por mudanças significativas nas fontes de geração de energia elétrica. Aliado as constatações de que o país possui condições climáticas e geográficas favoráveis a geração de energia renovável e, adicionalmente, incentivos fiscais para o setor, podemos observar, com base em estudos setoriais e informações públicas de órgãos oficiais, que a participação da geração de fontes renováveis, como eólicas, biomassa, e solar, cresceram significativamente ao longo dos últimos anos no Brasil (Balanço Energético Nacional, 2019).

A Empresa de Pesquisa Energética, doravante denominada EPE, tem como objetivo prestar serviços ao Ministério de Minas e Energia (MME) na área de estudos e pesquisas para auxiliar no planejamento do setor energético brasileiro, contribuindo para um desenvolvimento sustentável da infraestrutura energética do país. A EPE publica anualmente um relatório do balanço energético nacional apresentando dados referentes a contabilização histórica de energia gerada e consumo no Brasil para as principais fontes energéticas: petróleo, gás natural, energia elétrica, carvão mineral, energia eólica, biodiesel e produtos da cana (Empresa de pesquisa energética, https://epe.gov.br/pt).

A seguir serão apresentadas informações com o objetivo de suportar a tese de tendência de evolução e migração das fontes energias não-renováveis para fontes renováveis. Os dados utilizados na elaboração dos gráficos foram adquiridos no relatório Balanço Energético Nacional 2019.

Figura 6: Participação da energia renovável na oferta interna de energia Fonte: Autoria Própria com dados do Relatório do BEN 2019 – EPE

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Conforme ilustrado na figura 6 e apresentado no relatório anual do balanço energético de 2019 publicado pela EPE, com base de informações disponíveis até 2018, é possível observar a curva de crescimento anual na participação das energias renováveis na oferta interna de energia em relação ao total de energia disponibilizada no país, considerando a oferta de energia de fontes renováveis e não renováveis. Assim, destaca-se a evolução de 39% em 2014 para 45% em 2018, um aumento de 8% em 4 anos.

Figura 7: Evolução da geração de energia elétrica renovável Fonte: Relatório do Balanço Energético Nacional 2019 – EPE

Conforme ilustrado na figura 7, o crescimento da geração de energia renovável frente a geração de energia não renovável foi principalmente ocasionado pela redução gradual das fontes de petróleo e derivados e gás natural, e aumento nos derivados da biomassa da cana, hidráulicas e eólicas.

Analisando isoladamente o setor de energia elétrica, podemos observar a tendência de crescimento da geração renovável observando histórico da geração por fonte. A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) divulga em seu portal online dados de geração histórica anual de energia elétrica. Utilizando as informações públicas extraídas sobre o histórico do volume de energia elétrica produzida no país, em GWh, expressa pelos valores de carga de energia despachada no Sistema Interligado Nacional – SIN, podemos destacar o recente crescimento das gerações de energia eólica, biomassas e solar.

92263.0 120327.0 105354.0 99627.0 21329.0 40971.0 35905.0 43978.0 50648.0 50090.0 37036.0 33897.0 36460.0 1860.0 4169.0 20000.0 40000.0 60000.0 80000.0 100000.0 120000.0 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Oferta de energia, em mil tep

PETRÓLEO E DERIVADOS GÁS NATURAL

DERIVADOS DA CANA HIDRÁULICA

(29)

Figura 8: Produção anual de energia eólica em GW/h Fonte: Relatório do Balanço Energético Nacional 2019 – EPE

De acordo com os dados apresentados na figura 08, nota-se um aumento significativo na geração anual de energia eólica a partir de 2015. Entre 2014 e 2015, a geração de energia eólica apresentou um aumento de 201%, e um crescimento médio anual de 32% entre 2015 e 2018, elevando a sua participação na geração total de 1,2% em 2014 para 8,2% em 2018.

De acordo com o relatório da EPE, a fonte eólica obteve ao longo dos ultimo anos uma participação cada vez mais expressiva na composição da matriz elétrica brasileira, representando 9% da capacidade instalada em 2019, sendo assim a terceira maior em relação a capacidade instalada e a segunda dentre as renováveis. Além disso, até 2029 é esperado a fonte se desenvolva e atinja aproximadamente 17% de capacidade instalada, chegando a produzir entorno de 39,5 GW.

De toda a capacidade contratada nos leilões de energia nova em 2019, aproximadamente 34% (1.135,43MW) foram de usinas eólicas. Com mais de 15 GW já instalados e ainda 4,6 GW adicionais contratados, o Brasil já representa o 7º maior mercado de instalações onshore do mundo e em 2018 foi o 5º país em números de novas instalações” (PROJETOS EÓLICOS NOS LEILÕES DE ENERGIA – EPE,2019).

(30)

Figura 9: Produção anual de bioenergia em GW/h Fonte: Relatório do Balanço Energético Nacional 2019 – EPE

Conforme os dados apresentados nas figuras 09 e 10, apesar de ainda pouco representativas no total de energia gerada, pode-se observar o crescimento expressivo das fontes de biomassa e solar. A expressividades desses poderes energéticos foram basicamente inexistentes até 2014, representando juntas 0,1% em relação a capacidade de geração total no território nacional.

Figura 10: Produção anual de energia solar em GW/h Fonte: Relatório do Balanço Energético Nacional 2019 – EPE

De acordo com a figura 09, a biomassa apresentou um aumento de 762% entre 2014 e 2015, e manteve uma taxa de crescimento anual de 12% entre 2015 e 2018, passando a representar 1,6% do total da geração no período mais recente. A geração solar, que foi imaterial até 2016, apresentou um aumento de 481.9% entre 2017 e 2018, e durante os seis primeiros meses de

76.230 265.184 193.057 743.580 1248.560 722.945 6231.440 7536.164 9026.314 8746.025 3967.668 1000.0 2000.0 3000.0 4000.0 5000.0 6000.0 7000.0 8000.0 9000.0 10000.0 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 6M2019 GW/h Biomassas

(31)

2019 (6M2019) a sua geração já representa 74.4% do total da geração solar de 2018, indicando uma expectativa de crescimento novamente em 2019.

2.3 BREVE PANORAMA HISTÓRICO SOBRE O SETOR DE ÓLEO E GÁS NO BRASIL

A base da indústria do petróleo é a exploração e a produção, para isso uma alta gama de recursos são investidos em desenvolvimento tecnológico, ampliação do conhecimento geológico e na estruturação do supply chain. O Brasil possui aproximadamente 29 bacias sedimentares, cuja área ocupa 7,175 milhões de km2, porém apenas um discreto percentual dessas áreas está

disponibilizado para a execução das atividades de exploração e produção (ANP,2020).

A lei do petróleo, 9.487, de 1997 marcou a abertura do setor de exploração de petróleo no Brasil, decretando o fim do monopólio estatal desfrutado pela Petrobrás. Além disso, os fatores importantes foram a criação da Agencia Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e a implementação do modelo do concessões. Em 1999, foi realizado o primeiro leilão de blocos e a flexibilização do setor possibilitou que as empresas tivessem o acesso a reservas que posteriormente seriam responsáveis pelo crescimento da produção de petróleo nacional (COSTA; LOPES, 2010).

O setor petrolífero brasileiro é divido em 3 fases: a fase pré-monopólio, a fase do monopólio da Petrobras e a fase da livre concorrência. A primeira fase foi caracterizada concessões realizadas pelo governo federal com baixos retornos de produção. A segunda fase foi caracterizada alavancagem e pelo definitivo começo da indústria nacional de petróleo. A terceira fase é reconhecida pela quebra do monopólio e a chegada de novos entrantes (COSTA; LOPES, 2010).

O mercado de óleo e gás é constituído por empresas formadas por arranjos de fusões como estratégia para redução dos riscos frente aos altos investimentos necessários para estabelecimento da atividade. Uma das formas mais comuns para participação de projetos de blocos exploratórios é a formação de consórcios (COSTA; LOPES, 2010).

(32)

Em 2010, entrou em vigor o regime de partilha para a exploração e produção de petróleo e gás natural para as áreas do polígono do pré-sal. Para todo o restante, cerca de 98% do território total de bacias sedimentares, é vigente o regime de concessão. No regime de partilha, a empresa contratada para explorar e produzir numa determinada área divide com a União o petróleo e o gás natural extraídos. Esse é o regime mais comum nos países detentores de grandes reservas. No regime de concessão, a empresa ou consórcio, assume o risco exploratório, porém detêm a propriedade de todo o óleo e gás descoberto e produzido. As empresas são contratadas pela ANP em nome da União através de licitações publicas (ANP, 2020).

De acordo com painel dinâmico de produção de petróleo e gás natural disponibilizado pela ANP, em janeiro de 2020, os dados de petróleo equivalente por operador do contrato e campo apresentou uma distribuição de mais de 90% para a Petrobras, tendo as demais empresas, Equinor, Eneva e Shell, com uma margem de apenas 1,5%. No mesmo período, os dados apresentados para petróleo equivalente por concessionário e campo apresentou uma distribuição de mais de 70% para a Petrobras, 12% para Shell, 3,5% para Petrogal e as demais apresentaram uma margem entre 2 e 1% apenas. Dessa forma é possível verificar que a quebra do monopólio ainda não proporcionou um equilíbrio entre a atividade de empresas exploradoras no Brasil.

(33)

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

3.1 DETALHAMENTO DA PESQUISA

Neste trabalho foi desenvolvida uma pesquisa bibliográfica, exploratória e qualitativa, a partir da busca em bases de dados como Scholar Google, Scopus, Web of Science, periódicos Capes, para levantamento de artigos, livros, teses, dissertações e monografias referentes ao tema proposto. Ademais, a pesquisa também foi feita em sites governamentais e corporativos, para buscar informações referentes ao mercado e a estratégia das empresas selecionadas. Também foi realizado pesquisa com grupo focal e análise híbrida qualitativa PEST-SWOT. Em seguida, foi realizada a análise das informações obtidas e a seleção das informações relevantes para o tema.

Considerando o caráter qualitativo e exploratório do trabalho e as limitações dos acessos a dados corporativos, foi proposto uma análise de cenários do mercado brasileiro visando o desenvolvimento de empresas que atuam como operadores no setor de óleo e gás brasileiro.

Nesse sentido, a análise de cenários será realizada baseando-se nas metodologias SWOT (OLIVEIRA, 2007) e PEST (HO, 2014), que consideram as análises a partir dos seguintes respectivos fatores:

• Ambiente Externo (Fatores de Oportunidades e Ameaças) e • Ambiente Interno (Recursos de Forças e Fraquezas)

• Fatores ou Recursos Políticos • Fatores ou Recursos Econômicos • Fatores ou Recursos Sociais • Fatores ou Recursos Tecnológicos

A figura 11 apresenta o fluxograma das etapas percorridas no desenvolvimento da pesquisa:

(34)

Figura 11: Metodologia do estudo Fonte: Autoria própria

A metodologia do estudo foi dividida em cinco capítulos, sendo o capítulo 1 composto pela descrição, formulação da situação problema e definição dos objetivos da pesquisa. Em seguida, no capitulo 2, apresenta-se a revisão de literatura. O capitulo 3 é composto pela escolha do método da pesquisa. Posteriormente, no capitulo 4, realizam-se a coleta de dados, a aplicação do

Início

Definição do tema

Formulação da situação problema

Definição dos objetivos da pesquisa

Revisão de literatura

Coleta de dados Escolha do método

Análise dos resultados obtidos Conclusões e sugestões Fim Capítulo 1 Capítulo 2 Capítulo 3 Capítulo 5 Capítulo 4 Aplicação do método

(35)

método e a análise dos resultados obtidos. Por fim, no capitulo 5 expõe-se as conclusões e sugestões.

3.2 LIMITAÇŌES DA METODOLOGIA UTILIZADA

Para identificar uma tendência de mercado, de acordo com o objetivo proposto, será feita uma análise das informações históricas de empresas relevantes do mercado de óleo e gás, observando o posicionamento estratégico das mesmas nos últimos anos, assim buscando evidencias de uma tendência no setor.

Adicionalmente, para suportar esta tendência, será elaborado uma pesquisa composta por tópicos relacionados ao mercado de operação e exploração de óleo e gás no país. Ademais, o survey será estruturado na plataforma do Google Forms e apresentará uma formatação de resposta em escala tipo Likert de 5 pontos. A amostra deste estudo consiste em especialistas com experiência e atuação no mercado, entre diferentes funções, departamentos e subsetores. Ademais, a descrição detalhada será apresentada no próximo capitulo.

(36)

4 ESTUDO DE CASO

4.1 APLICAÇÃO DA ANÁLISE SWOT E PEST NO SETOR DE EXPLORAÇÃO E PRODUÇÃO DE PETRÓLEO

Conforme apresentado por Oliveira (2007), por meio do planejamento estratégico a empresa deve conhecer e melhor utilizar seus pontos fortes, conhecer e eliminar seus pontos fracos, conhecer e usufruir das oportunidades externas, conhecer e evitar as ameaças externas e, por último, estabelecer um plano de trabalho. Nesse sentido os itens podem ser descritos da seguinte forma: • Ponto forte: variável controlável que representa a diferenciação

da empresa, e lhe proporciona vantagem operacional.

• Ponto fraco: variável controlável que propicia uma desvantagem operacional, refletindo numa situação inadequada para a empresa.

• Oportunidade: variável incontrolável que pode favorecer a posição estratégica da empresa, se conhecida e aproveitada de forma proveitosa no momento correto.

• Ameaça: variável incontrolável que funciona como uma barreira a ação estratégica, podendo ser evitada caso seja descoberta em tempo hábil.

(37)

Figura 12: Matriz SWOT Fonte: Baseado em Oliveira (2007)

É importante destacar que a estratégia de aplicação da SWOT, ilustrada na figura 12, determinará se a análise produzirá benefícios para a empresa. Dessa forma, a análise SWOT quando bem aplicada pode trazer resultados produtivos. (FERREL; HARTLINE, 2009). Como cada organização possui características únicas é necessário desenvolver um modelo inédito que se adeque as especificidades do mercado e da empresa, o qual deve refletir as medidas quantitativas e qualitativas dos fatores externos e internos identificados (PRAHALAD; HEMEL, 1998).

A análise PEST aplicada em estratégias corporativas poder ser descrita como uma análise estrutural mais detalhada e sistemática da SWOT, relacionada aos fatores externos da matriz (BIVOLARU; ANDREI; VLAD PURCĂROIU, 2009).

Segundo HO (2014), a ferramenta PEST enquanto considerada um exercício de simples avaliação do meio externo, na verdade possui aspectos sistemáticos da técnica que devem ser considerados na condução do estudo. Assim, avaliação é realizada em quatro categorias diferentes do meio externo sendo elas:

(38)

intervenções governamentais e interferências das atividades politicas na economia.

• E – Fatores econômicos: considera as condições macroeconômicas do ambiente externo, mas também envolve os fatores sazonais.

• S – Fatores sociais: abrange os fatores sociais, ambientais e demográficos do âmbito externo.

• T – Tecnológicos: Inclui atividades tecnológicas relacionadas a infraestrutura, infraestruturas tecnológicas, desenvolvimento e mudanças tecnológicas que afetem o meio externo.

Figura 13: Estrutura PEST Fonte: Baseado em HO (2014)

Os fatores PEST, conforme apresentados na figura 13, estão geralmente além da direta influencia de uma organização, assim localizados no ambiente geral de uma empresa. Dessa forma, é possível identificar tendências no curto e no longo prazo (Fleisher and Bensoussan, 2003). De acordo com Thompson e Martin (2006), os fatores da análise PEST podem ser exemplificados como:

• Fatores políticos: politicas tributaria, acordos comerciais,

FA T O R E S E X T E R N O S OPORTUNIDADES AMEAÇAS P E S T

(39)

regulamentos ambientais, controles de seguranças, dentre outros.

• Fatores econômicos: taxa de juros, taxas de cambio, taxas de inflação e PIB.

• Fatores sociais: Tendências demográficas, fatores culturais, padrões de consumo, nível educacional, dentro outros.

• Tecnológicos: inovações e descobertas, tendências tecnológicas e etc.

A estratégia escolhida para apresentação da SWOT é uma combinação dos modelos apresentados nos trabalhos de alguns dos seguintes autores: (DAMASCENO, 2018) , (FERREIRA et al., 2019) e (DUTRA, 2014). Além disso, buscou-se adequar a metodologia as necessidades e especificidades do cenário brasileiro de produção de exploração de óleo e gás.

A primeira etapa da análise SWOT é a enumeração dos pontos fortes, pontos fracos, das oportunidades e das ameaças presentes no mercado nacional de produção petróleo e as respectivas justificativas. Os pontos listados foram encontrados através de ferramentas como o brainstorming, pesquisas, relatórios empresariais, noticiais do mercado, dentre outras fontes.

A segunda etapa é classificar cada um dos tópicos escolhidos anteriormente em pelo menos uma das categorias do PEST. Dessa forma será possível compreender como os diferentes fatores podem ser influenciados pela politica, economia, sociedade, tecnologia, meio ambiente ou pela lei.

Figura 14: Escala tipo Likert de 5 pontos Fonte: Autoria própria

A terceira etapa consistem em utilizar a Escala tipo Likert de 5 pontos para avaliar os itens selecionados na análise SWOT. A Escala tipo Likert é utilizada para classificações de 1 a 5, conforme ilustrado na figura 14.

Discordo

totalmente Discordo parcialmente

Não concordo nem discordo Concordo parcialmente Concordo totalmente 1 2 3 4 5

(40)

Figura 15: Escala fatores internos Fonte: Autoria própria

Figura 16: Escala fatores externos Fonte: Autoria própria

A pontuação foi implementada através de um questionário elaborado no Google Forms. Os tópicos selecionados na primeira etapa foram ponderados pelos entrevistados de acordo com a Escala tipo Likert adaptada em dois modelos, de acordo com as figuras 15 e 16.

A postura estratégica de uma empresa é constituída de escolhas direcionadas ao cumprimento e execução da missão. Dessa forma, tem como objetivo guiar a implementação das estratégias e politicas, a curto, médio e longo prazo necessárias para o desenvolvimento da empresa. Ademais, a instituição da postura estratégia é definida não só pela missão da empresa, mas também pela relação entre oportunidades e ameaças enfrentadas pela empresa, e pela relação entre seus pontos fortes e fracos frente às oportunidades e ameaças. Portanto a empresa pode escolher, ou já estar estabelecida, em uma das quatro posturas estratégicas, reconhecidas como: sobrevivência, manutenção, crescimento e desenvolvimento (OLIVEIRA,2007).

Fraqueza Média Fraqueza Neutro Média Força Força

1 2 3 4 5

Oportunidade Média Oportunidade Neutro Média Ameaça Ameaça

(41)

Figura 17: Posturas estratégicas da empresa. Fonte: Oliveira, 2007.

A estratégia de sobrevivência deve ser adotada somente quando não existir outra alternativa, visto que pode envolver a redução de custo, o desinvestimento e a liquidação do negócio. Já na estratégia de manutenção, a empresa utiliza seus pontos fortes para combater um ambiente predominado por ameaças através da implementação de planos de estabilidade, nicho ou especialização. Por outro lado, na estratégia de crescimento, a empresa usufrui das condições favoráveis que o mercado está proporcionando para minimizar seus pontos fracos por meio de inovação, internacionalização, joint venture ou expansão. Entretanto, a estratégia de desenvolvimento deve ser adotada quando há preponderância de pontos fortes e de oportunidades, dessa forma a empresa pode buscar o desenvolvimento de mercado, produtos ou serviços, crescimento financeiro, aumento da capacidade e da estabilidade (OLIVEIRA,2007).

A quarta etapa abrange a construção e verificação da matriz de posturas estratégicas, conforme figura 17, relacionando os fatos relevantes destacados na primeira etapa e ponderando os resultados encontrados na pesquisa. Assim espera-se analisar aspectos críticos do setor estudado e identificar em qual aspecto estratégico enquadra-se melhor no atual cenário.

(42)

4.1.1 Análise SWOT e PEST: Primeira Etapa

A disseminação do COVID-19 é o principal fator de impacto nas economias globais desde o inicio de 2020. A pandemia alcançou todos os continentes do mundo e já ocorreram milhares de fatalidades. Embora alguns países já tenham conseguido achatar acurva de contaminações, a tendência mundial ainda é de crescimento do número de infectados (OMS Situation Report – 84, 2020).

Devido a implementação em diversos países de quarentena e distanciamento social, os relatórios de trafego mostram que a população mundial está aderindo as novas regulamentações e permanecendo em casa. Por exemplo, o tráfego rodoviário caiu cerca de 45% na primeira semana de abril de 2020 quando comparado a semanas normais antes da ocorrência da pandemia.

Figura 18: Demanda mundial por petróleo Fonte: Rystad Energy, 2020.

Conforme apresentado na figura 18, com a restrição de movimentação de pessoas, cancelamento de voos, diminuição da demanda de combustíveis e outros motivos é esperado uma contração na demanda de petróleo em

(43)

aproximadamente 6,4% em 2020 quando comparado a demanda de 2019. Assim, estima-se que haverá uma queda na demanda de 2,5 bilhões de barris em 2020, porém essa retração ainda pode ser ainda maior caso a dissipação do vírus não seja controlada e a quarenta perdurar por um período mais longo (Rystad Energy Reserach and Analysis Report - April 2020).

Figura 19: Índice do preço de serviços de 2014 à 2020. Fonte: Rystad Energy, 2020.

De acordo com Rystad Energy (2020) o impacto esperado no mercado mundial é a redução em média de 8% dos preços em todos os serviços offshore, em concordância com a figura 19, porém é esperando que o impacto seja mais agressivo para as empresas especializadas nos serviços de perfuração devido ao aumento dos preços ocorrido em 2019. Assim, empresas que possuem um portfolio diversificado podem minimizar os impactos diretos ocasionados pela crise e pela redução de demanda no mercado.

De acordo os dados divulgados pelo IBP a variação recente dos preços do petróleo não está só relacionada a disseminação do coronavírus, mas também pelo frequente atrito entre os países produtores e pela falta de acordo entre a OPEP+ (Países exportadores de Petróleo + Rússia). Em janeiro de 2020, houve o aumento de 4% no preço devido a tensões entre o Estados Unidos e o

(44)

Irã após o falecimento do general Qasem Soleimani. Em março de 2020, a Arábia Saudita, por meio da estatal Saudi Aramco, aumentou a produção de seus campos e a aplicou descontos no barril. A falta de acordo para novos cortes na produção entre a Arábia Saudita e a Rússia ocasionou uma nova queda no preço do barril (IBP, 2020).

Figura 20: Preço futuro BRENT e WTI em dólares por barril Fonte: IBP com dados investing.

Destaca-se no relatório divulgado pelo IBP a comparação entre o volume de óleo armazenado em Cushing no Oklahoma EUA e o preço futuro do BRENT e WTI. Conforme apresentado na figura 20, a análise conclui que o crescimento do volume de óleo estocado no principal ponto de entrega de WTI, Cushing, contribuiu para a queda expressiva nos preços e o aumento do spread entre BRENT e WTI, os principais índices de preço de petróleo no mercado internacional.

(45)

Figura 21: Volume Global estocado por milhões de barris Fonte: Kayrros, 2020

Mesmo após o estabelecimento de um acordo entre os membros da OPEP+ para cortes na produção entorno de 10% a partir de maio de 2020, os volumes estocados continuaram a subir, vide figura 21. Pode-se considerar essa tendência com resultado da queda conjunta de preço e demanda, conforme os gráficos apresentados nas imagens 20 e 21 (IBP, 2020).

De acordo com IBP (2020), os grandes produtores de shale, nas bacias de Eagle Ford, Bakken e Permian no território americano no apresentam uma não produção viável caso o preço do petróleo permaneça abaixo de US$40 por barril. Ademais, de acordo com o relatório, certos países como a Rússia e Arábia Saudita dependem do setor petrolífero para obter o equilíbrio fiscal de suas economias.

A revisão das projeções do PIB brasileiro, disponibilizada pelo Ministério da Economia, JP Morgan, Goldman Sachs e Itaú, apresentam de forma geral crescimentos negativos. Visto que a propagação da COVID-19 será refletida na economia de todos os países, com quedas nas previsões do crescimento do PIB em 2020 quando comparado os resultados de 2019 (IBP,2020).

(46)

Tabela 1: Tópicos SWOT

Fonte: Autoria própria

Os tópicos apresentados na tabela 1, foram elaborados de acordo com o referencial teórico apresentado anteriormente. Cada item, está relacionado as estratégias apresentadas na literatura e busca compreender os posicionamentos adotados pelas operadoras e pelo mercado.

Ordem Tópicos

1 As operadoras realizarem acordos de corte na produção para compensar a queda da demanda, representa:

2 A correlação entre o preço de BRENT e as curva de contenção da pandemia, representa:

3 As operadoras limitarem a oferta devido a capacidade de armazenamento, representa:

4 O aumento do volume de óleo estocado contribuir para uma acentuada queda nos preços, representa:

5 Oscilações na demanda devido a pandemia, representa: 6 A flexibilização e corte nos custos para manutenção da saúde

financeira das empresas, representa:

7 A diversificação do portfolio, pelas operadoras, para mercados de geração de energia fora do óleo e gás, representa: 8 A forte correlação entre o BRENT e as decisões de cortes na

produção e postergações de projetos, representa: 9 As oscilações da taxa de câmbio frente a queda na

contratação de serviços, representa:

10 Variações do BRENT devido a tensões entre países produtores, representa:

11 A representatividade das exportações de petróleo frente aos PIB do BR, representa:

12 A inviabilidade de produção e operação com o BRENT abaixo do Break even, representa:

13 Adaptações das operadoras para a nova realidade de trabalho após a pandemia, representa:

14 O incentivo ao posicionamento das operadoras frente à responsabilidade social e ambiental, representa: 15 A digitalização dos processos com o objetivo de aumentar a

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Tabela 2: Tópicos fatores internos

Fonte: Autoria própria

A tabela 2 apresenta a classificação dos tópicos em fatores internos, forças e fraquezas das empresas, de acordo com os dados apresentados no referencial teórico.

1 3 6 7 8 13 14 15

Por falta de armazenamento, petróleo despenca nos EUA - 20/04/2020 - UOL Economia. Disponível em:

<https://economia.uol.com.br/noticias/afp/2020/04/20/por-falta-de-armazenamento-petroleo-despenca-nos-eua.htm>. Acesso em: 30 jul. 2020.

Pandemia e crise no mercado de óleo levam a um novo corte da produção brasileira, pela Petrobras | epbr. Disponível em:

<https://epbr.com.br/pandemia-e-crise-no-mercado-de-oleo-levam-a-um-novo-corte-da-producao-brasileira-pela-petrobras/>. Acesso em: 30 jul. 2020.

MENEZES, B. C. Estudo da diversificação energética das empresas de petróleo. 2005.

MALAFAIA, E. M. Avanço Das Práticas De Responsabilidade Social Corporativa No Setor De Petróleo: O Caso Da Petrobras. 2006.

Tópicos Força vs Fraqueza Referências Bibliográficas

IBP, COVID-19 e os impactos sobre o mercado de petróleo. 2020. RYSTAD ENERGY. COVID-19 REPORT. n. April, 2020.

WORLD HEALTH ORGANIZATION. Coronavirus Disease 2019. v. 14, n. 6, p. e01218, 2020. Petróleo opera sem direção única após acordo de corte na produção da Opep+ | Finanças | Valor Econômico. Disponível em:

(48)

Tabela 3: Tópicos fatores externos

Fonte: Autoria própria

A tabela 3 apresenta a classificação dos tópicos em fatores externos, oportunidades e ameaças do mercado, de acordo com os dados levantados no referencial teórico.

4.1.2 Análise SWOT e PEST: Segunda Etapa

Nessa etapa foi realizada a classificação dos fatores externos, oportunidades e ameaças, frente aos aspectos políticos, econômicos, sociais e tecnológicos.

2 4 5 9 10 11 12

Setor de petróleo e gás é responsável por 30% do PIB do Estado do Rio, diz Abespetro durante Brasil Offshore | Região dos Lagos | G1. Disponível em:

<https://g1.globo.com/rj/regiao-dos-lagos/noticia/2019/06/26/setor-de-petroleo-e-gas-e-responsavel-por-30percent-do-pib-do-estado-do-rio-diz-abespetro-durante-brasil-offshore.ghtml>. Acesso em: 30 jul. 2020.

Petróleo fecha em queda com aumento nos estoques e aumento da covid-19 nos EUA - ISTOÉ DINHEIRO. Disponível em:

<https://www.istoedinheiro.com.br/petroleo-fecha-em-queda-com-aumento-nos-estoques-e-aumento-da-covid-19-nos-eua/>. Acesso em: 30 jul. 2020.

Evolução dos custos médios de extração e refino da Petrobras – Snapshots – IBP. Disponível em:

<https://www.ibp.org.br/observatorio-do-setor/snapshots/evolucao-dos-custos-medios-de-extracao-e-refino-da-petrobras/>. Acesso em: 30 jul. 2020. Tópicos Oportunidades vs Ameaças

Referências Bibliográficas

IBP, COVID-19 e os impactos sobre o mercado de petróleo. 2020. RYSTAD ENERGY. COVID-19 REPORT. n. April, 2020.

WORLD HEALTH ORGANIZATION. Coronavirus Disease 2019. v. 14, n. 6, p. e01218, 2020.

Petróleo despenca às mínimas do início do século | Internacional e Commodities | Valor Investe. Disponível em:

(49)

Figura 22: Análise PEST Fonte: Autoria própria

A figura 22 apresenta a distribuição dos aspectos externos da pesquisa em relação a análise PEST. A classificação foi realizada considerando os aspectos que influenciam os tópicos selecionados, conforme a literatura disponibilizada, por exemplo, as tensões promovidas entre os países exploradores de petróleo são atribuídas a fatores políticos (IBP,2020). Já a correlações entre o BRENT e a propagação da pandemia está relacionado a criação de cenários otimistas, realistas e pessimistas, cujos resultados afetam diretamente o preço e o consumo esperado de petróleo, afetando ambas a economia e a sociedade (RYSTAD ENERGY, 2020). Além disso, outro fator econômico é a influencia da previsão de nível de estoque sob o fechamento de preços de contrato de petróleo (INFOMONEY,2020).

(50)

4.1.3 Análise SWOT e PEST: Terceira Etapa

Essa etapa consiste na elaboração e divulgação do formulário. A ferramenta escolhida foi o Google Forms devido a simplicidade de criação de pesquisas, a análise de dados e geração de gráficos. Google Forms é um aplicativo de gerenciamento de pesquisas que pertence ao Google, no qual os usuários podem utilizar a plataforma para pesquisar e coletar informações através de questionários e formulários sem custo adicional. As informações coletadas são transmitidas automaticamente para uma base de dados, onde é feita a análise padrão do sistema. É possível verificar a atualização dos gráficos gerados na ferramenta de acordo com o volume de respostas disponibilizadas. Além disso, caso necessário, também é possível utilizar o recurso de compartilhamento e colaboração com outros usuários. O compartilhamento do formulário pode ser feito para um publico alvo especifico ou disponibilizado em sites e redes sociais (GOOGLE,2020).

Figura 23: Modelo Fraqueza versus Força

(51)

Figura 24: Modelo Oportunidade versus Ameaça

Fonte: Autoria própria

As perguntas foram formatadas de acordo com o modelo apresenta nas figuras 23 e 24. O formulário foi previamente enviado para duas pessoas com o objetivo de realizar um teste piloto. Em seguida, a pesquisa de mercado foi divulgada para pessoas inseridas no setor de energia, principalmente óleo e gás no Brasil. Dessa forma, foram obtidas 25 respostas para os 15 tópicos do questionário. Visto que os respondentes eram especialistas com anos de experiência no mercado, o questionário não foi divulgado em redes sociais ou outras ferramentas de alcance público.

4.1.4 Análise SWOT e PEST: Quarta Etapa

Nessa etapa foi realizada a análise da distribuição dos dados obtidos na Escala tipo Likert. Através das ferramentas disponibilizadas no Google Forms, foi possível transferir os dados para um arquivo em Excel, assim facilitando a análise dos resultados. Primeiramente as respostas foram divididas em dois módulos, um referente a fatores externos e outro referente aos fatores internos, que correspondem a oito e sete perguntas respectivamente.

(52)

Tabela 4: Pontuação na Escala tipo Likert

Fonte: Autoria própria

Com o objetivo de identificar o peso de cada fator, de acordo com a opinião dos respondentes, foi feita a contagem de quantas vezes cada número da escala de 1 a 5 repetiu-se, conforme apresentado na tabela 4.

Tabela 5: Pontuação fatores internos

Fonte: Autoria própria

Em seguida, para os fatores internos, as pontuações 1 e 2 foram agrupadas com o objetivo de considerar toda a contagem referente as fraquezas, já as pontuações 4 e 5 foram agrupadas para considerar toda a contagem referente as forças. Dessa forma, foram obtidos os seguintes resultado disponibilizados na tabela 5.

Pontuação na Escala

tipo Likert Contagem

1 15

2 11

3 37

4 62

5 75

Fatores internos

Contagem

Fraqueza

26

Neutro

37

(53)

Figura 25: Distribuição das respostas para os fatores internos Fonte: Autoria própria

A figura 25 apresenta a distribuição das respostas coletadas para os fatores internos, na qual a força representa 68,5% do total.

Tabela 6: Pontuação na Escala tipo Likert

Fonte: Autoria própria

Aplicando a mesma metodologia para os fatores externos, com o objetivo de identificar o peso de cada fator, de acordo com a opinião dos respondentes, foi feita a contagem de quantas vezes cada número da escala de 1 a 5 repetiu-se, conforme apresentado na tabela 6.

26 37 137 0 20 40 60 80 100 120 140 160

FRAQUEZA NEUTRO FORÇA

Pontuação na Escala

tipo Likert Contagem

1 22

2 28

3 36

4 34

(54)

Tabela 7: Pontuação fatores externos

Fonte: Autoria própria

De mesmo modo, para os fatores externos, as pontuações 1 e 2 foram agrupadas para considerar toda a contagem referente as oportunidades, já as pontuações 4 e 5 foram agrupadas para considerar toda a contagem referente as ameaças. Assim, os dados obtidos nessa configuração podem ser observados na tabela 7.

Figura 26: Distribuição das respostas para os fatores externos Fonte: Autoria própria

A figura 26 apresenta a distribuição das respostas coletadas para os fatores externos, na qual a ameaça representa 50,9% do total.

Fatores externos Contagem

Oportunidade 50

Neutro 36

(55)

Conforme os dados apresentados, o grupo respondente classificou os tópicos com a predominância de forças e ameaças. Além disso, a classificação dos pontos fortes teve um destaque relevante frente as ameaças visto que 69% dos itens pontuados no aspecto interno foram equivalentes a uma força média ou força. Por outro lado, os itens ponderando no âmbito externo obtiveram uma distribuição mais homogênea em relação aos fatores classificados como oportunidade ou neutro.

4.2 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Analisando os resultados do questionário pode-se evidenciar o destaque das forças em relação as fraquezas, e das ameaças em relação as oportunidades. Dessa forma, dentre as oito perguntas do âmbito interno, os entrevistados classificaram-nas com mais frequência como média força ou força. Já, dentre as sete perguntas do âmbito externo, os entrevistados classificaram-nas com mais frequência como média ameaça ou ameaça.

A distribuição das respostas mostrou que apenas um tópico foi enquadrado como fraqueza e dois tópicos representam as oportunidades de mercado, conforme apresentado na figura 27.

Referências

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