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PARECER. PT Unida na diversidade PT 2009/2107(INI) da Comissão do Ambiente, da Saúde Pública e da Segurança Alimentar

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AD\807123PT.doc PE431.038v02-00

PT

Unida na diversidade

PT

PARLAMENTO EUROPEU 2009 - 2014

Comissão do Ambiente, da Saúde Pública e da Segurança Alimentar

2009/2107(INI) 2.3.2010

PARECER

da Comissão do Ambiente, da Saúde Pública e da Segurança Alimentar dirigido à Comissão das Pescas

sobre um novo ímpeto para a estratégia de desenvolvimento sustentável da aquicultura europeia

(2009/2107(INI))

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PE431.038v02-00 2/6 AD\807123PT.doc

PT

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AD\807123PT.doc 3/6 PE431.038v02-00

PT

SUGESTÕES

A Comissão do Ambiente, da Saúde Pública e da Segurança Alimentar insta a Comissão das Pescas, competente quanto à matéria de fundo, a incorporar as seguintes sugestões na

proposta de resolução que aprovar:

A. Considerando que todas as formas de aquicultura devem ser sustentáveis e socialmente justas e que, consequentemente, não deve ser causado qualquer dano aos ecossistemas através de um aumento da concentração das substâncias naturais e da concentração das substâncias produzidas pelo Homem, tais como produtos químicos não degradáveis e dióxido de carbono, bem como através de perturbação física,

B. Considerando que as formas de aquicultura ambientalmente sustentáveis podem dar um contributo positivo para a protecção do ambiente, por representarem um modo alternativo de satisfazer uma grande parte da procura de produtos da pesca,

C. Considerando que a aquicultura e as instalações de produção associadas não devem levar a que pessoas sejam sistematicamente impedidas de satisfazer as suas necessidades básicas em matéria de alimentos, água e habitação,

D. Considerando que os peixes podem ser sujeitos a sofrimento e stress, e que muitas formas de aquicultura não cumprem os requisitos fixados pela UE para o bem-estar dos animais; que a devida aplicação das normas em matéria de bem-estar dos animais pode trazer importantes benefícios, como a melhoria da qualidade do produto e a redução dos danos ambientais,

E. Considerando que a UE é um importador líquido de produtos da aquicultura; que, além disso, é necessário um sistema de certificação fiável para os produtos da aquicultura, F. Considerando que cada vez mais novas raças de animais e novas variedades de plantas são

produzidas através da aquicultura para fins de consumo,

G. Considerando que a Comissão publicou recentemente uma Comunicação sobre a estratégia de desenvolvimento sustentável da aquicultura1,

1. Chama a atenção da Comissão para o facto de que muitas formas de aquicultura podem ter impactos negativos, quer para o bem-estar dos animais quer para a saúde humana, como a destruição de habitats, a utilização de produtos químicos para combater doenças, o

esgotamento e a salinização de água potável e de terras agrícolas, a contaminação de nutrientes, sobretudo em lagos e em regiões marinhas fechadas e semifechadas como a do Mar Báltico, e a perturbação da biodiversidade devido à fuga de peixes criados em

aquicultura, e exorta a Comissão a elaborar legislação que permita eliminar estes efeitos negativos;

2. Exorta a Comissão a incluir o bem-estar dos peixes (tendo em conta as suas presumíveis capacidades cognitivas e sensoriais) na sua política de aquicultura sustentável e a fazer

1

COM(2009) 162 final, Construir um futuro sustentável para a aquicultura: Um novo ímpeto para a estratégia de desenvolvimento sustentável da aquicultura europeia.

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PE431.038v02-00 4/6 AD\807123PT.doc

PT

investigação sobre indicadores de bem-estar, métodos de atordoamento e de abate e mecanismos de transporte para peixes;

3. Exorta a Comissão a criar um sistema de certificação sustentável para os produtos da aquicultura que vá mais longe do que o Regulamento (CE) n.º 1251/2008 e que, não se limitando à saúde animal, forneça também certificação sobre repercussões ambientais e sociais, segurança alimentar, bem-estar dos animais e aspectos económicos e financeiros, e chama a atenção da Comissão para o facto de que, no âmbito da FAO, já se realizaram progressos consideráveis rumo à criação de um tal sistema de certificação;

4. Salienta que existem grandes disparidades na regulamentação da aquicultura, o que pode levar as empresas a situarem a produção nos locais onde a regulamentação é menos

rigorosa, e insta a Comissão a não permitir a entrada no mercado europeu de produtos que não cumpram as normas de produção europeias;

5. Chama a atenção da Comissão para o facto de que novos métodos de produção utilizados na aquicultura e/ou novas raças de animais e variedades de plantas introduzidos no mercado desde 15 de Maio de 1997 podem ser abrangidos pelo Regulamento relativo aos novos alimentos e ingredientes alimentares, pelo que necessitam de autorização de

mercado;

6. Insta a Comissão a investigar in loco as condições de produção de peixes de viveiro no exterior da União Europeia e a informar sobre eventuais riscos sanitários;

7. Convida a Comissão a insistir em que todas as instalações de aquicultura no exterior da União Europeia sejam sujeitas a inspecção e controlo rigorosos, a fim de garantir que os produtos importados estejam em conformidade com as normas da União e que os produtores da UE disponham de condições de concorrência equitativas;

8. Salienta a necessidade de garantir que os produtos alimentares de origem aquática

produzidos ou importados na União Europeia cumpram normas elevadas, tanto a nível da protecção ambiental, como da saúde e segurança dos consumidores;

9. Convida a Comissão a elaborar, com carácter de urgência, critérios e orientações

específicos para o sector da aquicultura sobre a interpretação e a aplicação das directivas da UE relativas às avaliações de impacto ambiental; salienta que esse esforço não deverá prejudicar a capacidade dos governos nacionais e das autoridades locais para

estabelecerem os seus próprios critérios e orientações, tendo em conta as condições locais específicas;

10. Salienta que o respeito da biodiversidade deverá ser estabelecido como um princípio de base da política da União em matéria de aquicultura, tanto no que diz respeito às águas nacionais como à dimensão externa da estratégia para a aquicultura, apenas apoiando a criação de peixe quando as espécies em causa forem de origem local ou se encontrarem já bem integradas; solicita a realização de avaliações científicas dos riscos para qualquer introdução de espécies não autóctones, bem como a adopção de medidas para conter e controlar as espécies prejudiciais ao ambiente;

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PT

aplicação da Directiva-Quadro sobre a Água no que diz respeito às actividades de aquicultura; salienta, todavia, que essa orientação não deverá pôr em causa o objectivo geral do bom estado das águas, conforme estabelecido na Directiva-Quadro sobre a Água1;

12. Solicita à Comissão que promova um maior ordenamento do espaço marítimo no contexto da nova política marítima integrada da União Europeia2, como forma de coordenar as

acções da União em domínios conexos, incluindo a aquicultura;

13. Insta a Comissão a promover a investigação e o desenvolvimento no domínio da aquicultura, colocando a ênfase nos sistemas integrados e fechados de recirculação da água.

1Directiva 2000/60/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 23 de Outubro de 2000, que estabelece um

quadro de acção comunitária no domínio da política da água, JO L 327, 22.12.2000.

2

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RESULTADO DA VOTAÇÃO FINAL EM COMISSÃO

Data de aprovação 23.2.2010

Resultado da votação final +:

–: 0:

42 0 0 Deputados presentes no momento da

votação final

János Áder, Elena Oana Antonescu, Paolo Bartolozzi, Sandrine Bélier, Sergio Berlato, Milan Cabrnoch, Nessa Childers, Bas Eickhout, Edite Estrela, Elisabetta Gardini, Gerben-Jan Gerbrandy, Satu Hassi, Jolanta Emilia Hibner, Dan Jørgensen, Karin Kadenbach, Christa Klaß, Jo Leinen, Peter Liese, Kartika Tamara Liotard, Radvilė Morkūnaitė-Mikulėnienė, Gilles Pargneaux, Antonyia Parvanova, Sirpa Pietikäinen, Mario Pirillo, Vittorio Prodi, Frédérique Ries, Oreste Rossi, Daciana Octavia Sârbu, Carl Schlyter, Horst Schnellhardt, Richard Seeber, Theodoros Skylakakis, Bogusław Sonik, Catherine Soullie, Salvatore Tatarella, Anja Weisgerber, Sabine Wils, Marina Yannakoudakis Suplente(s) presente(s) no momento da

votação final

Jutta Haug, Anna Záborská, Elżbieta Katarzyna Łukacijewska Suplente(s) (nº 2 do art. 187º)

presente(s) no momento da votação final

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