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Resolucao_60_98 Aprova a política tarifária de águas

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Terça..felr., 29 de Dezembro de 1998

I SÉRIE - Número 51

BOLETIM DA REPÚBLICA

PUBUCAÇAo OFICIAL DA REPÚBLICA DE MoçAMBIQUE

SUPLEMENTO

IMPRENSA NACIONAL DE MoçAMBIQUE

AVISO

A matéria a publicar no -Boletim da Rep4bUClllo deve ler remetida em çópla devidamente autenticada, um. por Clllda assunto, donde conste, além das lndlcaçee. necass4rlas para eSse efelto, o averbamento seguinte, 888lnado elll,llentloado:

r~~'~go.n~

;~or:-r::

~-nbJar:•••• , •

!•

SUMÁRIO

Conselho de Ministros: • ResoIuçio n" 'DI!IlI:

Aprova a Polltica Tarif6ria de Águas.

•••••••••••••••••••••••••••••••

CONSELHO DE MINISTROS

Resalução

.0

60/!18

de 13 de Dezembro

A melhoriado bem-estarda popu\açloeo desenvolvimento do pafs de forma sustentável são objectivos fundlllllentais em que o Governo se compromete a alcançar com a implementaçio da Po1ftica Nacional de Águas. aprovada por Resoluçio iJ.07195, de

8 de Agosto. Nela reafirma-se o valor econõmíco e soçial da água e sublinha-se a import4nc:ia de se promover a recuperação de

custos atrav6s da prática de preços socíal e economícameete justos.

Uma actuaçio sistemática e ordenadora na dres de preços. caracterizada pela multiplicidade de agentes intervenientes. requer um ins11'Ulllenloorientador e regulador complementar.

Nestes termos, o Conselho de Ministros, no Arnbito da compelênciaque 1be6atribuída pelaalmeu) do n° I do artigo 153 da Constituição da Repl1blica, determina:

Único.

a

aprovada a Po1ftica Tarifária de Águas em anexo à presente Resolução, da qual 6 parte integrante.

Aprovada pelo Conselho de Ministros. Publique-se.

O Primeiro-Ministro. Pascoal Manuel Mocumbi.

-PoUtica Tarifária de Águas Introdução

O desenvolvimento sustentável de um Pafs está intimamente ligado à adequada gestão dos seus recursos e, em particular, dos seus recursos hídricos. A política de gestão de recursos hídricos deveestardirigidaàsa\isfaçiodasnccessidades actuars e assegurar a sua disponibilidade para gerações futuras .

Porque a água 6 um recurso finito. 6 imperiosa uma gestão

cuidadao integrada dos recursos hídricos. envolvendo pessoas ligadasaosectorbem comotodaasccíedade, comum planeamento transversal que garanta a coordenação e interligação entre-as maIbas do planeamentc sectorial e do planeamento regional e provincial. A cooperaçio institucional. técnica e financeira entre

OSdiferentes intervenientes Jleve permitir o seu envolvimento na

gestão. construção. operação e manutenção das infra-estruturas. Uma boa gestlo dos recursos hídricos exige grandes investimentos em infra-estruturas. cujos custos de operação, manutenção,reàbilitaçio eexpansão. devem ser remunerados por tarifas e taxas adequadas. O deseevolvimeatc sustentável dos recursos hídricos balanceia três factores: o custo. o preço. is!tl 6 a-latIfa, e o valor, tendo como pano de fundo 8funçio SOCialque a

água desempenha para a saI1de e bem-estar das populações. A situação ecoll6mica e financeira das empresas e de outrss unidades do sector da água do país 6 extremamente deficitária, consequência, em cettamedida, da prática de tarifas muito aquém dos custos reais.

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232-(44)

,

1 stRIE-NÚMERO SI

A Polltica Nacional de Águaa. define a água como um bem eeonõmícoe, assim sendo. aatarifaa devem reflectir a necessidade de recuperar os custos.

Dada a eonjuntura econÓll)icaque o país atrlllVessa.lncennvos adequados devem ser aplicados J'lll'll que os 'aestl»'es da água,'

providenciem um serviço de melhllt qualidade. 'âos seus utentes,. que por sua vez se sentiria motivados a pagar por esse serviço.

1.Âmblto

A polltica do Governo sobre aa tarifaa de água estende-se h generalidade dos seus usos e utíhzações, nomeadamente:

- ao uso da água bruta captada com o fi", de servir o abastecimento h aglom~rados ,populaoiollaiS. h agro· pecullria. ao abastecimellto industrial. h produçlo de energia hldroel4ctrica e outros usos. mediante licença ou concessão;

- ao uso da água potável para o consumo doméstico, comercial ou industrial;

- ao uso da água para o saneamento;

- h utilizaç!o da água como meio receptor e depurador.

:z.

PrIncípios da Política Tarifária

SIoprincfljiôs{undamentaisda Politica Tarifária de Águaa os seguintes:

Princ(p1o do Utilizador· Pagador e Poluidor-Pagador

A água é um bem com valor econémico devendo ser paga por quem a utiliza de acordo com o custo de sua disponlbillzaçlo. CotIComitantemente.o Governopromoverã, através de adequadas tarifas.ocontrolo dasactividades poluidoras da água incentivando o tratamento de efluentes que a tenham como meio receptor.

Prlncfplo do equidade

A água é um bem social. pela sUaimportAncia para a saóde e bemestardoserhumano. Assim. as tarifas devem serestabelecidas de modo a garantir o acesso aos serviços básicos de água e saneamento a todas as camadas da população,

Princfplo da protecçl1o do ambiente e do uso eficiente do dgua

A utilizaçlo racional dos recursos hldrlcos e o controlo das actividades contaminadoras de águas contribuem para a preservaçlo do meio ambiente. As tarifas devem reflectir o custo socialdeutilizaçlodaágua. estimular a suaconservação. prqmover o seu uso racional e penalizar o seu desperdício.

PrInc(pio da sustentab/lldade

As tarifas serão estabelecidas de modo que as empresas e unidadesprestadorasde serviços sejam sustentáveisOUcaminhem

paraasustentabllldadeeconómicaefinanceira, atravésdacnberturs dos custos de operaçlo. manutençlo e gestao. asseguralldo simultaneamente a sua viabilidade política, social e ambiental,

Princ(plo da descentralizoçl1o e da gest40 participativa

A flxaçlo de tarifas será feita de modo a queOnlvel do serviço preatadocorrespondah procura eh 'vontadedepagàl'do utilizador. OOovemoestimulaaparticipaçlodos utilizadores econsumidores na gestlo dos serviços e infra-estrullJraf hidráulicas. através de mecanismosadequadosdeestabelecimentode tarifas. sem prejuízo da independencia operacional dos gestores.

01listemas tarifllrios e mecanismos de ea!abelecimento das tarifas promovem eestlmulam aprogresliva descentra1izaçlo doa poderes reguladores e de gestlo para as autarquias. outros órgloB do podet'loca! e para o sector privado.

3.ObjeetlWa

A política Tarifária é concebida cbmo insltUmento através do qual o Governo pretende atingir os aeguillles objectivos:

Melhorar a provisão de lerviços de abastecimento de água e saneamento na medidadas necesaidadea básicas de cada um. de acordo com a procura e capacidade económica dos utilizadores e consumidores de modo a reflectir o valor económico daIgUI<

Promoveradefesad08 conlumidoreBe utilizadores mediante a sua participação nos processos de decisilo sobre os níveis de serviços e sua relaçlo com os respectivos custos. Promover o investimento necelsllrio para o crescimento da cobertura dos serviços e a sua melhoria qualitativa e quantitativa. possibilitandoparceriascom osectorprivado. Melhorar a gestlo dos recursos hídríeos nacionais. através do financiamento adequado dos serviços de informação e previsão hidrolégica e da gestão de infra-estruturas hidráulic8B e de medidas de conservação da água e protecção do meio ambiente.

4. SlstemllS Tarif4rios

01 princípiol de política enunciados encontram aplicaçlo particular nos diferentes usos e utilizaçlles da águacom relevância na vídaeconómiS:ae social do país. Para oefeíto,810identificados

seis listemas tarifários. nomeadamente os aplicáveis h:

dguabruta,'

dgua potdvel em zonas urbanas: dgua potável em zonas rurai.J: saneamento convenclonal; saneamento a baixo custo: dgua para irrigaçl1o.

, Para cada um dos sistemas particularizam-oe os objectivos a a1canÇ8\',os critérios a observar na fixaçlo das tarifas e taxas. descreve-se a estruturadas tarifas aplicáveil. Quando os níveis de elaboração das estruturas tarifárias o justifiquem. o Seu desenvolvimento é feito em documentol separados que seria anexados a este documento mail geral.

4.1. Sistema tarifárlo aplicável. 'aoa bruta

Em Moçambique todosOSrecursos hldricos alo do domínio

jldblico. O sistema tarifário aplicável h água bruta abrange o aproveitamento privativo de águas superficiais e subterrâneas para o consumo humano, irrigaçlo. produção de energia hidroel6ctrica e oeees flnl. bem como a rejeição de efluentes em riosOUaquíferos. mediante licença ou conceBslo.

4.1.1. Objectivos a lllcançar

O sistema tarifllrio aplicável h água bruta será particularizado para cada bacia hidrográfica. em princípio. por forma a alcançar os seguintes objectiVaI:

Recuperarosl(ustosde gestlo da baciahldtográfica. incluindo os de operação e manutençlo da rede hidrométrica nela localiwla;

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Recuperar, inicialmente, oscustosde operação e manutenção das inCra-estruturas hidráulicas póblicas de retenção, regulaçiio ou ttansporte, ficando a cobertura dos custos de investimento para uma fase posterior;

Recuperar os encargos de estrutura da administraçlo regional que supervisa e apoia a gestão da bacia proporcionalmente aos recursos financeiros gerados pela bacia;

Incentivaro tratamento de efluentes antes do seu lançamento nos corpos receptores.

4.L2. Critérios a obsenar

Será gratuita a água bruta de uso comum, utilizada para satisfazer necessidades domésticas, incluindo o abeberamento de gado e rega em pequena escala, sem uso de sifões ou meios mecanizados.

Serápagaaáguabrutautilizadamediantelicençaouconcesslo porcaptaçõesdestinadas ao abastecimento deáguaaaglomerados Ulbanos, ~ irrigaçiio e outros fins; será igualmente paga a iigua utilizada para a geração de energia hidroeléctrica, piscicultura e lazer.

Será paga a rejeiçiio de efluentes nosCUISOB de água e nos

aquíferos em funçiio dos partmetros de poluiçiio a fixar em regulamentaçlo própria e das condiçõe~ sdeio-econ6micas prevalecentes em cada área.

4.u.

Estrutura tar1Il\rla

A estrutura de tarifas aplicáveis ~ água bruta inclui taxas fixas e variáveis. válidas para cada bacia hidrognlfica.

TOJ«lSfixas

TlUtldedúponibilivJç4bdetJguDbruta-serádevidapelaposse de uma licença ou COIICCSsiiodo uso de água bruta. Esta taxa destinar-se-á a cobertura de uma parte doa custos fixos dos organismos responsáveis pela gestlo dos recursos hídricos e das bacias hidrográficas.

Renda d4I concusiJes - será paga periodicamente uma taxa fixa correspondente a uma renda, nos casos de concessiio de uso de água bruta.

Tualvari6w1s

TlUtl tk captJlflJo dedgUD bruta lIIJo reglÜaril/JdlJ - aser estabelecida nas bacias em que niio existem obras hidráulicas de regularizaçiio,fixadaem funçiiodotipode"tilizaçJo, dacapacidade potencial de extraeçio ou do 1:onsumo medido da água e das condiçlles particulares da bacia. Visa promover a raciona1izaçiio do uso e a disciplina da conservaçiio, sobretudo em bacias com potencial de conflito.

TlUtl de captaç60 dedgUD bruta lIIJo reglÜaril/JdlJ - a ser estabelecidaemcursosdeáguaregularizadosporobru hidráulicas ou em albufeiras. fixada em funçiio do tipo de ubllzaçlo. Será calcul. em t\mçiio do volume de água bruta concedido ou medido quando ela se destina aos sistemas de abaatecimeIlto de águaedeirrigaçiio; do ndmerode XiInwatWhoraproduzidos para as centrais hidroeléctricas.

TlUtl tkiÚSctirgD deeJ/lUllltes nosCIUWS4edglUluq ••qeros

- filladaem funçiio do volume autorizado do dascarp, do tipo e concentraçiio do efluente.

4.2. Sistema tar1f6rlo aplicável ao abastecimento de água urbano

O sistema tarifário aplicável ~ água potável para ao abastecimento aaglomeradospopulacionai. urbanizados abrange os sistemas de abastecimento de água potável que se servem de redes póblicas de distribuiçiio que usualmente se encontram nas grandes cidades, em áreas peri-urllanas e em vilas.

4.2.1. Objeetlvos • alcançar

O sistema tarifário aplicável ao abastecimento de ásu4 urbano será particularizado para cada sistema de abastecimento de água por forma a que as tarifas sejam diforenciaclas em funçiio das condições particulares de produçiio e gestiio. Os objectivos a alcançar silo nomeadamente:

Recuperarintegralmonllloscusto.deoperaçioemanutenção a curto prazo;

Iniciar a recuperação dos custos de investimento a médio prazo, principalmente nas grandes cidades. Aumentar a cobertura e o nível de aerviço, com particular prioridade para as zonas perá-urbanas, a flDl de raduzir as despesas com a água para as camadas da populaçiio com baixos

rendimentos; .

Promover a doscentralizaçiio dos serviços e assegurar a sua sustentabilidade, atra~ de melhorias nas técnicas e instrumentos de gestlo a utilizar.

4.2.2. CrI""'oa • olIservar

Oscrit6rios a observar no estabelecimento e filUlçAodas tarifas serlio os seguintes:

As tarifas devem comapomler aos níveis de serviços disponihilizados aosconsumidores. O estabelecimento de tarifas deverá, sempre que possível, observar o critério volum6trico, como formado assegurar amediçiio da água e a participaçiio 40s utilizadores nosislema de gestlo; As tarifas para o consumo dotn6atIco devem aproximar-se

de forma gradual do nível do cobertura dos custos de operaçIo, DtanntençAo e ,estio; posterionnente deveriio, igualmente de forma gradual, recuperar o. custos do investimento;

A tarifa de água para os fODtoDáriosserá fixada segundo crit6rios sociais de modo a permitir o llCessoIIágua pelas camadas de baixo rendimento e desencorajar a prática da venda informal da 4pa;

As tarifas para O COD8UDIO industrial e comercial devem

cobritoscustos totaiadeprocluçiodaáguanocurtoprazo; Pua o cQen10 das tarifas, periodicamente adoptar-se-iio

mocaolsmos de indexaçiio de preços para _gorar uma adequada actllalizeçlo das mesoAS,

4.2.3. ERrutura Tar1f6rla

A estrutura de tarifa de água para abastecimento urbano será, em gorai. binomial. comportando uma componente fixa e outra variável, A estrutura diferenciará o COIISUttIOdoméstico ou equiparado de oulros tipoa do conaumo, por eumpIo a indóstria e os serviços.

Ac01llpOM1IteJbus lIlriindependente cio consumo, estando

associada ao C1I8tll da diaponibilizaçle da água potável,

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232··(46) 1 StluE-NÚMERO SI

exemplo, a amortizaqlo ao investilltento, o aluguer do contador. etc. Esta componente visa dar a necessária segurança aos operadores no planeamento das operações. assegurando-Ihes a recu~d08 investllllÍ>ntosrea1iUld~ paraexpandiracobertura ou universalizar a tnee!)çlo da.proiJ.uJ.lo.~ d~ consumos.

AcomponentS varl4vel será vohllll~trica, \.8toé, assoCliada.ao volume de água medido. e será fixada em funç&o do cqsto médio de produç&oda água. O balanço das duas componentes será feito Cll80a caso. por forma!l/{UO o.erll$io votUDlétrico da tarifa Seja sempre respeitado, aaindo como elemento promotor do bom

~ptnhll

dos operadol'es, diséiPlinador do consumo e da pái'flclp4/Jlo do»" tllil1z~c1õrês a''outros interessados no ab~&an1el1tlflli gél/al)."

A tarifa parafomendrlas será fixada observando unicamente critérios volumétricos. devendo ser I1nlca para cada sistéma de abaslecimento de água. Dela tIio podérá resultar, para 11IIImesmo

consumo. factura de valor superior ao do consumo dllllliclllário, 4.3. Sistema tarIIlhio llplldval8O'ab •• teelmento de "'"'

mral

Sistema tllriflrio do abasteellllento dé'ág\lll torai abranse as fontes rurais diapmas S01l'l1 forma de ~os lofuros, equipados com bombas manuais.

4.3.1. Qbjectl\'Oll a,a1_~

Estender e aprofundar o prlhclpio

da:

construç&o das fontes de áSUade acordo com a demanda a eJ~mular. lias comunidades. o sentido da propriedade.das mesmas,

AIaegurat

,a. suslBnlllbilidlliJe do· Inwstlmento pllbllco na construçlo de fontes dispersas.

Olll'l\lltl.rs parljf\p/lçlo.das c:o)llunidades rurais beneficiárias na co~ dos custos de operaçln, manutençAo e I08t1n das fontes:

4.3..1

CJ'lt'rlos ~ 9bservar

Os bllnêllcUrlbi'tlas /l)ntesit&illl'óblisaçlo de contribuir com dinheitITou oufr(Ja1l&mem espkie,· pllfâ'08llnearsos com a sua

Ib!t~Ab'hla'tl\lte1lçld.Ii.

tcmna

jlkrilêulÍll'dt> que se revestirá a ge8llo destes l'bnllt1s será' da 'reIpoJlSalilllaiitle das próprias comunidades, ou das respectivils autoridadér.

Em cadafon~ dav«á ser mada capacidade para a8sesurarque as operaç&s correntes

de

manutençlo sejam feitas ao ntvellocal. O OOVllmOpromoverá a utilla~ dlls çircuiloS comerciais

\l~ 1!arJI'~ 8prIW1s1Pawnenll1da peças sobressalontes e feml8lOlllaS.,indiçlIIIsavolw manutençlo das fontes.

OsulJlell84OllN<j:ldblllll8o,pFiVadOl que 1lomercla1illam 4SUa polllvel,llIRLlIlls'dafur.os<el'DÇoum •••. rurall. esl81to sujeitos a licenciamento obript6l'io por p8llte 'da adIlIinillt8flo local, podendo esta limitar01preços a aplicar, por forma a evitar easos

eventuais de espeoll\itlllh

No, IIItl1l1llJ1ll1'1lIIó1I1t1_ al&lllllftlOsIlara estabelecer uma

estruMá tarlfirlá' \latlI u f(lll'te8 dispét11U devido a srande heterogeneidade de práticas adoptadas em diferentes partes do ~, que \fIn·tllIsdé tat'lfD' 'VOIlJllll!tribasàtarifas pot famJlla. kecbmendé-se qlIe'8&IItIIÜl!lfIll8\YUturàiiquemelhor se adequem ·.·fOlllll·(lll'l<tll~e lliIlail&

4A. Slstellla tàrltAt'lo apllClivelllQ •• _to COftvenélona1 . O sistema tarifário aplicável ao saneamento abrange a colecta e drenagem das águas residuais e das 4SUas pluviais.

4.4.1.ObJectlv08 a a1cailçar

Melhorar a qualidade de vida das popuIaçOes bem como promover a protecçln do meio ambIente dos efeitos nocivos das ásuas residuais e pluviais.

Garantir a operaçio, manutençln e lestlo sustenlll"e) dos sistemas do saneamento através de um adequado fmanciamento.

Encorajar o Itwestlmento em slatemas sustentá".ls de saneamento,

4A.2. CrltlIrl08 a oblervar

As tarifasaplicáveisaosaneamenlOdaverln, paracadaslstema, aproximar·se progressivamente dos custOi de operação, manutençllll e ,estio das Itlfra·estrUtul'll8.

O lançamento de áSUas residuais em' rede pI1bllCáde colecta, setA pago da modo proporcionai ao volume de ásua enll8Utllldo, havendo tarifas diferenciadas para os utilizadores domésticos ou equlparados e indll8triais. podelldo, para estas Illtimos. baver lima graduaçio s11pllftllentarem fUlIÇInda poluiCjIn causada.

A utIIiZllÇIndas redes pl1bllcas de drenaaem pluvial será paga pelos respectivos beneficiários sob a forma de uma taxa anual asresada • contribulçio predial,

4A.3. lWrutara tarIfAria

A. estrutura sem composta pcla8 seguintes 1lJJU18:

A.

taxa

de saneamelllo de dglUl8 residuais terá a estrutura binomial do sistema local de abastecimento de água e será proport:.lonal ao valor da faclura da água. vartando de acordo com o tipo de utilizador e a llaturezado eft\lent.e; A _ desaneamenló dedglUllt pllfViaLJ terá uma estrutura

simpleslncorporando08 custosdeoperaçin emanutençln dos diversos sistemas divididos proporcionalmente pelos pr6di0l servidos.

4.5. Sistema tarfIlirlo apl1c6vel ao llIIIeIUDe:IIto a baixo 0Qt0

O sistema tarifário aplleável ao saneamento a baixo custo abrange osuportepl1blicoaprostarb tiuníllasde baixo rendimento vivendo em !doas rurais e peri-urbanas desproviciaa de sistemas convencionais de sanearneÍllo.

4.5.1.Objectiva. a alcançar

Assegur,ar prosressivamento maior compartlclp~lo e responsabi1lzaçlo dos beneficilrios na provido de serviços da saneamento a baixo cu,slO.

Melhorar

«

qualidade. de vida das popuJaçlles vivendo em aonas rurais • per\-urbanu.

4.5.2. CrltlIt'loI a obIervar

Os CUStosdos serviços de Saatoaltlento' a bailto custo serIn flnaneiados pela comunidade. O método do Cl!Iculoe a forma de recuperaqllll deases custos serln definidos loealmento, cabendo ao BBtaI!o a promoçlo e e4U8aç1n SlIl1ltária bom como a disponibllizaçl0 de assessoria técnica.

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4.6. Sistema tariflírio aplicável à6gua para irrigação O sistema tarifário aplicável à água para irrigaçAo abrange os sistemas de irrigaçAo cujas infraestruturas slio propriedade do Estado.

4.6.1. Objectivos especlflcos a observar

PromllVer a reabilitação e a utilizaçlio rentável das infra-estruturas de irrigação.

Contribuir para a conservaçlio dos recursos natvrais e do ambiente, mediante a utilizaçlio de procedimentos e técnicas que limitem as perdas de água e desencoragem arejeiçlio de efluentes com poluentes.

Criarascondiçõe8de sustentabilidadefinanceiraaosoperadores alr8v~ da recuperaçlio dos custes pelos serviços prestados.

Harmonizar gradualmente as tarifas e taxas praticadas no país com as praticadas nos países de montante.

4.6.2. Critérios a observar

As tarifas aplicáveis ao uso da água para irrigaçlio deverãc, para cada sistema, aproximar-se progressivamente dos custos de operaçlio, manutençlio e gestlio das infra-estruturas.

As tarifas aaplicarseriio. em princípio, volumétricas. Nas fases iniciais de introduçlio desta política poderlio ser aplicadas tarifas pnrunidadede superfície irrigada, atento às variáveis que influem na produtividade dos terrenos.

4.6.3. Estrutura tarifária

A estrutura tarifária será organizada de modo a promover a melhnr e mais racional utilizaçlio da água de rega, bem como incentivar a introduçlio dos avanços tecnológicos para o uso de melhores métodos de irrigaçlio.

5. Enquadramento lastltucioaal 5.1. Água bruta

AgestlioestratégicadaáguabrutaéumaatribuiçliodoMinist6rio das Obras Pliblicas e Habitaçlio atrav~ da Direcçlio Nacional de Águas. cabendo às Administrações Regionais de Águas a gestlio operacional de água bruta, constituindo suas receitas as taxas cobradas aos utentes.

Competirá às Administrações Regionais de Águas e outros interessados:

(o) Propor a modificação das tarifas e taxas em vignr, seguindo as directrizes e regulamentaçlio emanadas dos organismos competentes;

(b)Proporcrit6rios,estrutura.métodosdecálculoefórmulas de ajustamento automático das tarifas e taxas;

(e)Propor o faseamento da aplicaçllo de tarifas e taxas até serem alcançados os objectivos de recuperaçlo de

custos;

(ti)Cobrar e gerir a$ receitas provenientes da aplicaçAo das tarifas e taxas.

Nas bacias onde ainda nlio estlio criadas as Administraçlies Regionais de Águas essas competências serlio assumidas pela Direcçlio Nacional de Águas, ou sobre quem ela delegue estas competências.

As tarifas e taxas de água bruta serlio aprovadas pelo Ministro das Obras PIlblicas e Habitação. ouvido o CQnselbo Nacional de Águas.

S.2. Abastecimento de 6gua a cldades e centros urbaaIzados Constituem bens do domínio pãblíeo, os sistemas de captaçlio, tratamento e distribuiçlio de água potável, em cidades e centros urbanizados.

As infra-estruturas dos sistemas de abastecimento de água e saneamento do país e as deficiências da sua gestlio, reclamam avultados ínvestímentos e intervenções. a serem realizadas antes de se proceder à transferência dos respectivos serviços para as autarquias.

A transferência dos serviços de abastecimento de água e saneamento para as autarquias exigirá, numa fase inicial. a prestaçlio de assessnria técnica e económico-financeira pelo Governoàs autarquias, de modo aquesepossaelevargradualmente asuacapacidadede planeamento e gestIo. O Minist6rio das Obras PIlblicas e Habitação será o instrumento do Governo para a execuçlio do apoio às autarquias neste domínio.

O Governo encoraja agestlo aut6nomae rentável dos serviços e a parceriaentre aadministraçAo pI1blicae osectnr privado. oque contribuirá para um melhor serviço ao co'nsumidor, atraindo novas capacidades.

Compete ao Ministério das Obras PIlbUcas e Habitação:

(o)Definir directrizes que regulam a fixaçlio das tarifas de água potável e fiscalizar o seu cumprimento;

(b)Dar parecer sobre as tarifas e taxas a aplicar nas cidades;

(e)Definir a política de investimentos ouvidas as aufàrquias e mobilizar fundos para a sua execução;

(ti)Representar o Estado no respeitante à propriedade dos sistemas de abastecimento de água cuja infra-estrutura se estenda para fora do território autárquico;

(e) Coordenar com as entidades competentes. a regulamentaçlo, calendarização e supervisão do processo de descentralizaçlio da tutela dos serviços de abastecimento de água para os órglos dos distritos autárquicos, incluindo o apoio necessário à legalizaçlo. dos operadores;

(fJEm relaçlo aos serviços de abastecimento de água sob controlo do Governo. caberá, ouvidas as autarquias aprovar tarifas e taxas de água potável, quando nlio se dispuser de modo diferente.

Competirá às autarquias:

(o)A tutela da gestlio dos sistemas de água;

(b)Representar o EstadoDOrespeitanteàpropriedadedessas

infra-estruturas hidráulicas, nos casos em que a gestlo do abastecimento de águasejaefectuada poroperadores privados'

(c) Decidir ~ 'afectaçlio dos bens do doraínio pI1blico aos operadores que executam o abastecimento de água;

(ti)Aprovar as tarifas e taxas a aplicar na autarquia. ouvida a Direcçlo Nacional de Águas;

(e) Outorgar a explnraçlio dos serviços sob o seu controlo. em coordenaçlio com as entidades competentes. Nos locais em que ainda nlio existam órglos autárquicos as suascompetéociasserlio assumidas transitoriamente pelos órglios distritais do Governo.

Competirá aos operadores que executam o abastecimento de água:

(o)Proporamodificaçllode tarifas e taxas em vigor. seguindo as direclrizes contidas na Política Tarifária de Águas eI ou estabelecidos nos contratos de gestlo ou concessão;

(6)

232--(48) 1 StRfE-NOMERO 51

(b)Propororit6ri08,estrutura, métodos decãlculo e fórmulaa de ajustamento automático de tarifas;

(c)Propor o faaeamento do incremento de tarifaa e-taxas; (d) Cobrar e gerir o valor das tarifas e taxas;

(e) Implementar os projectos de investimento.

5.3.ÁpRural

Compete Acomunidade beneficiária das fontes de água:

(a)Numa primeira fase. gerir as suas fontes de água;

(b)Numa fase posterior, envolver-se na gesdo dos fundos para a construçlo do poço ou furo e gradualmente passar acontribulrtambém para os custos de conslrUÇlo. Os poços e furos construídos em áreas rurais por entidades püblícas, ou com fundos pábUcos. constituem bens do domínio pãblico, cabendo aos órglos distritais do Governo desempenhar as funções de proprietário.

S.4.Sueamellto convencionai

O saneamento convencional será tutelado a nível local pelaa autarquias, recebendo para tal a assessoria técnica e econdmico-financeira do Ministério das Obras PlibUcas e Habitaçlo e.outras entidades afins.

Constituem bens do domínio póbIlco os sistemas de recolha, transporte e descarga de águas residuais. O saneamento convencional poderá ser gerido por operadores privados.

Competirá aos operadores responsávels pelo saneamento:

(a)Propor a modificaçlo das taxas e tarifas, "guindo as directrizes da Polftica T~fária de Águas;

(b)Propororitérios, estrutura, métodos decálculoe fórmulaa de ajustamento automático de tarifas;

(c)ProporOfaseamento de IIJlIlcaçlode taxas:

(Ii) Gerir as receitas provenientes daa taxas cobradas.

Competirá ao Ministério das Obras Pliblicas e Habitaçlo:

(a)Definir as directrizes que regulam a fixaçlo das taxas de serviços de saneamento com uso de água e monitorar o seu cumprimento;

(b) Aprovar as tarifas e taxas de saneamento ouVidas as autarquias.

5.5. Sueameuto • baixo custo

O pspel do Estado relativamente ao saneamento a baixo custo consistirá fundamentalmente na promoçlo de iniciativas locais. Compete a cada comunidade beneficiária oraanlzar-se loca1mentepara a sestlo e manutençlo das 801uç6espáblicas de saneamento e, numa fase posterior, gerir directamente os fundos destinados ao investimento em saneamento a baixo custo.

5.6.ÁIUlI para IrrIpçIo

Àágua bruta destinada Alrrigaçlo 6aplicável oenqUadramento institucional expresso no ponto 5.1.

Preço - 2 484,OOMT

Referências

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