UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA CURSO DE BACHARELADO E LICENCIATURA EM ENFERMAGEM
RAFAEL PIRES SILVA
O GERENCIAMENTO DE RISCOS OCUPACIONAIS E AS INTERFERÊNCIAS NA SAÚDE DO TRABALHADOR EM PLATAFORMA DE PETRÓLEO
NITERÓI 2013
RAFAEL PIRES SILVA
O GERENCIAMENTO DE RISCOS OCUPACIONAIS E AS INTERFERÊNCIAS NA SAÚDE DO TRABALHADOR EM PLATAFORMA DE PETRÓLEO
Trabalho de Conclusão apresentado ao Curso de Graduação em Enfermagem e Licenciatura da Universidade Federal Fluminense como requisito parcial para a obtenção do titulo de Bacharel e Licenciado em Enfermagem.
Orientadora: Profª Drª GEILSA SORAIA CAVALCANTI VALENTE
Niterói 2013
S 586 Silva, Rafael Pires.
O gerenciamento de riscos ocupacionais e as interferências na saúde do trabalhador em plataforma de petróleo / Rafael Pires Silva. – Niterói: [s.n.], 2013.
60 f.
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense, 2013.
Orientador: Profª. Geilsa Soraia Cavalcanti Valente. 1. Enfermagem do trabalho. 2. Gestão de segurança. 3. Riscos ocupacionais. 4. Saúde do trabalhador. I. Título.
O GERENCIAMENTO DE RISCOS OCUPACIONAIS E AS INTERFERÊNCIAS NA SAÚDE DO TRABALHADOR EM PLATAFORMA DE PETRÓLEO
RAFAEL PIRES SILVA
Trabalho de conclusão de curso apresentada ao Corpo Docente do Programa de Graduação em Enfermagem, Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa, da Universidade Federal Fluminense, como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Enfermeira.
Trabalho de Conclusão de Curso aprovado em:
Profª. Drª. Geilsa Soraia Cavalcanti Valente – EEAAC/UFF - Orientadora
Profª. Drª. Elaine Antunes Cortez – EEAAC/UFF - 1ª. Examinadora
Profª. Drª. Alessandra Conceição Leite Funchal Camacho – EEAAC/UFF – 2ª. Examinadora
Profª. Drª. Marilda Andrade – EEAAC/UFF - Suplente
NITERÓI 2013
SUMÁRIO 1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
1.1.1
, p.10 1.1 INTRODUÇÕES AO ESTUDO, p. 10
O que significa a palavra offshore, 1.1.2
p. 10 O que é enfermagem offshore,
1.1.3
p. 10
Qual a escala de trabalho do enfermeiro offshore, 1.1.4
p. 11 Qual a função do enfermeiro offshore
1.2 OBJETOS DO ESTUDO, p. 13 1.3 QUESTÕES NORTEADORAS, p. 13 1.4 OBJETIVOS, p. 13 1.5 JUSTIFICATIVAS, p. 13 , p. 11 2. REVISÃO DE LITERATURA, p. 15
2.1 HISTÓRICOS DA SAÚDE DO TRABALHADOR, p. 15
2.2 DESCRIÇÕES DAS NORMAS REGULAMENTADORAS, p. 17 2.3 RISCOS OCUPACIONAIS, GERÊNCIA DE RISCOS, p. 21 3. METODOLOGIA, p. 26
3.1 QUADRO DE CATEGORIZAÇÃO DOS ARTIGOS, p. 31 4. ANÁLISE E DISCUSSÃO, p. 42
4.1 CARACTERIZAÇÕES DOS ARTIGOS, p. 42 4.2 DISCUSSÃO, p. 44
4.2.1 O gerenciamento dos riscos ocupacionais, p. 44
4.2.2 Riscos ocupacionais e as interferências na saúde do trabalhador, p. 47 4.2.3 A saúde do trabalhador de plataforma de petróleo, p. 50
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS, p. 53 6. OBRAS CITADAS, p. 56
Dedicatória
Dedico este trabalho ao meu bom e generoso DEUS pela força e sustentação para a realização desta graduação. Dedico também aos meus pais e namorada Bruna pelo enorme apoio, força e privilégios que me proporcionaram ao estar do meu lado todo o tempo.
.
Agradecimentos
o Ao meu incansável e inalcançável Deus agradeço, pois em cada momento da minha vida me fez acreditar e sonhar que poderia alcançar este sonho. A Fé que Ele colocou em meu coração me proporcionou a alegria de viver e a Fé para alcançar todos os meus objetivos. Meu Senhor Jesus Cristo, eu te agradeço por tudo que fez, faz e fará em minha vida.
o A Prof. Drª Geilsa Soraia Cavalcanti Valente, por ter aceitado meu pedido de orientação, e pela paciência em me orientar nesse processo de conclusão de curso e ao longo da graduação. Agradeço por acreditar que seria possível a elaboração deste trabalho e consequentemente me dado apoio para a realização do mesmo.
o Aos meus pais Silvio Silva e Solange de Fátima Pires Silva eu agradeço porque desde o meu nascimento fizeram tudo por mim e ao longo do curso de graduação não foi diferente, com todas as lutas e dificuldades eles me ajudaram, me deram forças, me apoiaram e cumpriram muito mais do que simplesmente os seus respectivos papéis de pais, foram amáveis, amigos, compreensivos, companheiros, conselheiro e atenciosos. Obrigado.
o A minha querida namorada Bruna Maiara Ferreira Barreto eu agradeço pela sua ajuda, paciência e amor que deste ao longo de graduação, pois foi e é minha grande companheira ao longo do curso de graduação. Agradeço pelo seu amor em todos os momentos.
o A Prof. Drª Alessandra Conceição Leite Funchal Camacho agradeço as oportunidades e conhecimentos que me proporcionou desde o início da faculdade, me proporcionando a oportunidade de conhecer o verdadeiro mundo acadêmico. Obrigado pelo incentivo, apoio e por acreditar em meu trabalho.
o Aos meus amigos, que tornaram esse momento menos difícil.
o A todos que direta ou indiretamente participaram dessa minha trajetória. o Agradeço ao Evandro pelos favores oferecidos na coordenação.
Epígrafe
O maior empreendimento do enfermeiro do trabalho está em contribuir para evitar os acidentes e doenças, pela identificação e eliminação dos riscos existentes no ambiente de trabalho.
Trabalho de Conclusão de Curso
Resumo
Este estudo evidencia os principais riscos ocupacionais na saúde do trabalhador relacionando-os com a gerência de enfermagem dentro de cada empresa ou plataforma de petróleo. Foi de fundamental importância de compreendermos todos os mecanismos de trabalho, as relações entre as instituições e seus empregados, sejam elas públicas ou privadas. Assim, o gerenciamento dos riscos ocupacionais destes profissionais se tornou muito mais fácil e efetivo, pois o conhecimento do processo de trabalho e também dos principais riscos ocupacionais, possibilitou a elaboração das prevenções quanto aos principais riscos inerentes a estes trabalhadores. O objeto de estudo foi o seguinte: O gerenciamento dos riscos ocupacionais em plataformas de petróleo. Os objetivos foram os seguintes: identificar as principais interferências do trabalho em plataformas de petróleo na saúde do trabalhador; descrever a atuação do enfermeiro no gerenciamento dos riscos ocupacionais em plataformas de petróleo; analisar como o gerenciamento de riscos ocupacionais pode promover a saúde do trabalhador em plataformas de petróleo. Quanto a abordagem metodológica foi realizado uma revisão bibliográfica integrativa, com abordagem qualitativa. A busca destes artigos ocorreu durante o ano de 2012. Os resultados indicaram que as empresas que possuíam enfermeiros que faziam planejamentos para a prevenção de acidentes tiveram menos notificações de acidentes de trabalhos e doenças relacionadas ao trabalho já que o trabalho intenso para prevenir estas enfermidades estava sendo realizados com maior vigor. Mostrou também que as empresas que não notificam os acidentes de trabalho nem tem planejamento quanto à prevenção dos principais riscos no trabalho tiveram maior prevalência de afastamentos por motivos de doenças ocupacionais e acidentes de trabalho. A conclusão que se obteve foi que o gerenciamento de riscos ocupacionais é um enorme desafio para toda equipe multiprofissional de saúde de determinadas empresas petrolíferas, ou demais empresas não petrolíferas. Existe uma alta relevância com relação ao planejamento de metas de prevenção de acidentes, pois o ambiente de trabalho que possui mapas de riscos, que é um plano gerencial de prevenção e cuidados com relação a acidentes de trabalho mostrou-se fundamental na prevenção dos principais tipos de acidentes de trabalho.
ABSTRACT
This study highlights the main occupational risks in occupational health relating them to the nursing management within each company or oil rig. Was of fundamental importance to understand all the mechanisms work, the relationships between the institutions and their employees, whether public or private. Thus, the management of occupational hazards of these professionals has become much easier and more effective, because knowledge of the work process and also the main occupational risks, enabled the development of preventions regarding the main risks to these workers. The object of study was the following: The management of occupational hazards on oil rigs. The objectives were: to identify the main interference of work on oil rigs in occupational health; describe the nurse's role in the management of occupational hazards on oil rigs; analyze how risk management can promote occupational health worker oil platforms. Regarding the methodological approach was conducted a literature review integrative, qualitative approach. The search of these items occurred during the year 2012. The results indicated that companies had nurses who were planning to prevent accidents had fewer reports of work accidents and work-related diseases since the intense work to prevent these diseases was being conducted with greater force. It also showed that companies that do not report workplace accidents or have planning regarding the prevention of major risks at work had a higher prevalence of departures for reasons of occupational diseases and accidents at work. The conclusion was obtained that the management of occupational risks is a major challenge for the entire multidisciplinary team of health of certain oil companies, or other companies do not oil. There is a high relevance to the planning goals of accident prevention, because the work environment that has risk maps, which is a management plan for prevention and care with respect to accidents at work was essential in the prevention of major types of workplace accidents.
1.1.1 O que significa a palavra offshore? 1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
1.1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO
Para começar a falar de saúde, em especial a saúde do trabalhador, é essencial compreendermos todo o mecanismo de trabalho, as relações entre as instituições e seus empregados, sejam elas públicas ou privadas. Assim veremos tudo o que é necessário para manter, promover e cuidar da saúde destes trabalhadores, baseando-se nas principais causas, evidências de acidentes e riscos ocupacionais para promover a prevenção dos mesmos e quando necessário cuidar destes trabalhadores.
Este estudo mostra-se com alta relevância e importância para a enfermagem, pois o trabalho em ambiente offshore vem crescendo enormemente, possibilitando a atuação do enfermeiro neste ambiente de trabalho. A pesquisa realizada fez este estudo muito relevante, pois o quantitativo de estudos sobre ambientes offshore é muito baixo. Logo, as evidências quanto a justificativa deste estudo tornam-se visíveis, pois este ambiente é uma possibilidade de emprego para enfermagem, e o estudo realizado possibilita informações quanto ao ambiente offshore para esta classe profissional.
Mas, antes de entender o que são riscos ocupacionais, gerência de riscos, acidentes de trabalhos e demais nomenclaturas, vamos entender o conceito de enfermagem offshore, segundo Marques (2010).
Offshore tem o seguinte significado, longe da costa.
1.1.2 O que é enfermagem offshore?
São enfermeiros que atuam no âmbito offshore, ou seja, enfermeiros que atuam em plataformas ou navios.
1.1.3 Qual a escala de trabalho do enfermeiro offshore?
Os enfermeiros trabalham em turnos de 12 horas, sendo a escala de 14x14, ou seja, 14 dias em casa e 14 dias na plataforma, e/ou a escala de 14x21, o que significa dizer que o enfermeiro trabalha 14 dias e descansa 21 dias.
1.1.4 Qual a função do enfermeiro offshore?
O enfermeiro offshore deverá planejar, promover, prevenir os riscos ocupacionais inerentes a saúde do trabalhador em plataformas de petróleo e não se eximir de funções curativas em casos de acidentes de trabalho no ambiente offshore.
Diante deste entendimento, agora podemos falar de toda a dinâmica do trabalho do enfermeiro em ambiente offshore, suas atribuições e demais pertinências.
Além do conceito o que é ser enfermeiro offshore, conceituamos também o que vem a ser uma indústria petroquímica. De acordo com Almeida (2003) em seu estudo descreve que uma indústria química é uma indústria de processos, ou seja, toda indústria que produz algum tipo de material químico como produto final. Este conceito é muito importante, pois revela a grande insalubridade e risco de trabalhar com produtos químicos, riscos estes que caberá ao enfermeiro gerenciar ao longo de suas jornadas de trabalho.
Para Almeida (2003), o complexo químico industrial é um conjunto de indústrias cuja dinâmica é regida por fatores comuns, pois se constitui de um segmento de uma mesma cadeia petroquímica produtiva que visam o mesmo mercado consumidor. Estas empresas possuem trabalhadores sob uma jornada de trabalho cansativa e árdua o que pode gerar riscos e doenças ocupacionais.
Conforme a Lei de nº 8.213, de 24 de julho de 1991, existem planos da Previdência Social, transcritos através do artigo 19, que definem como acidentes de trabalho tudo aquilo que ocorre pelo exercício de trabalho, a serviço da instituição empregatícia seja ela pública ou privada, ou ainda pelo serviço de trabalho de segurados especiais, que causaram lesões corporais ou perturbações funcionais, que causem a morte ou redução da capacidade do trabalho de cada profissional, permanente ou temporária. Consideram-se como acidentes de trabalho as doenças profissionais e aquelas derivadas do trabalho. (BRASIL, 1991)
A saúde do trabalhador nos mostra que todo trabalhador doente, mesmo que ainda bem fisicamente, mas com sua saúde mental enfraquecida, debilitada é prejudicial para o bem estar do mesmo. Logo o desenvolver do trabalho deste profissional estará prejudicado, pois não
renderá como um profissional bem cuidado e em plena forma física. Com isso pode-se ver que a prevenção de riscos ocupacionais, o cuidado do trabalhador em seu ambiente de trabalho e as boas condições de vida oferecidas pelo governo, sociedade e instituições empregatícias são essenciais para o pleno desenvolvimento deste profissional em sua profissão.
É de fundamental importância relatar que os locais de trabalho de muitos profissionais são insatisfatórios, e como exemplo tem os profissionais de enfermagem, que são evidenciadas por problemas na organização, deficiência de recursos humanos e materiais e área física inadequada do ponto de vista ergonômico. Assim, através de uma breve comparação observam-se as péssimas condições de trabalho de muitos profissionais. Estes são fatores de riscos predisponentes de riscos ocupacionais. (GALLAS, FONTANA, 2010)
Todo trabalhador deve estar em boas condições de trabalho para que possa desenvolver as suas funções da melhor maneira possível, assim os riscos ocupacionais devem ser extintos ao mínimo possível para que os riscos ocupacionais sejam reduzidos. Porém, os riscos sempre permanecerão eminentes, pois os trabalhadores estarão desenvolvendo as suas funções e com isso estarão correndo estes riscos.
Diante disto, surgiu em mim o interesse de desenvolver este estudo que aborda o tema saúde do trabalhador e os riscos ocupacionais na vida dos mesmos em plataformas de petróleo. Pois o tema me agradou devido as excelentes oportunidades de pesquisas para a elaboração do Trabalho Monográfico juntamente com as boas perspectivas para a prevenção de acidentes de trabalho e o tratamento destes profissionais em plataformas de petróleo.
De acordo com esse contexto, justifica-se saber o posicionamento e identificação de cada profissional com respeito aos riscos ocupacionais no ambiente de trabalho, pois estes trabalhadores vivenciam a cada dia estes riscos e com isso ficam expostos a acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. (SOARES et al, 2008)
Conforme a Norma Regulamentadora nº 33 de 22 de dezembro de 2006, define e traça um objetivo, que tem como requisitos mínimos a identificação, reconhecimento, avaliação, monitoramento e controle de riscos em espaços confinados de forma a garantir a saúde deste trabalhador. Assim o gerenciamento da segurança e saúde deverá ser planejada, programada, implementada e avaliada pelo profissional de saúde da instituição empregadora. Com isso medidas técnicas de prevenção, administrativas e pessoais deverão ser oferecidas a estes
profissionais para que venham desempenhar seu trabalho em espaços confinados. (BRASIL/MTE, 2012)
Pesquisas tem evidenciado que existe uma avaliação de saúde pior nos trabalhadores manuais do que em trabalhadores predominantemente administrativo. Devido a isto, podemos correlacionar com a NR nº 33 que visa implementar medidas de educação e saúde para esses trabalhadores em plataformas de petróleo, visto que são trabalhadores predominantemente manuais. (HOFELMANN, BLANK, 2007)
Segundo o Ministério do trabalho, foi decretado em 2011, a Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho (PNSST), que mostra objetivo de promover a melhoria da saúde, qualidade de vida e prevenção de acidentes a este trabalhador, acidentes estes que na maioria das vezes estão relacionados ao trabalho e que ocorrem no curso dele. Assim se faz necessário a eliminação dos riscos no ambiente de trabalho. (BRASIL/MTE, 2011)
1.2 OBJETO DE ESTUDO
Diante destas disposições e evidências conhecidas e reconhecidas no ambiente de trabalho, traçou-se como objeto de estudo seguinte: O gerenciamento dos riscos ocupacionais em plataformas de petróleo.
1.3 QUESTÃO NORTEADORA
• Como se dá a atuação do enfermeiro no gerenciamento dos riscos ocupacionais em plataformas de petróleo para prevenir as principais interferências na saúde do trabalhador e promover a saúde do mesmo em ambiente offshore?
1.4 OBJETIVOS
• Identificar as principais interferências do trabalho em plataformas de petróleo na saúde do trabalhador.
• Descrever a atuação do enfermeiro no gerenciamento dos riscos ocupacionais em plataformas de petróleo.
• Analisar como o gerenciamento de riscos ocupacionais pode promover a saúde do trabalhador em plataformas de petróleo.
Ao longo da Graduação e Licenciatura em Enfermagem foi ocorrendo um desenvolvimento e uma expectativa em mim de estudar essa temática, visto que esta área, saúde do trabalhador em ambiente offshore, é muito pouco explorada. Assim juntou-se a minha vontade de estudar o assunto com a deficiência de estudos no mesmo, e logo pode-se dar início ao projeto. Esta temática foi trabalhada e aprimorada por mim ao longo da graduação para melhor ser mostrada e abordada neste estudo.
Deve-se salientar que a maior motivação de tal estudo se deve a realização de um curso referente o trabalho em plataformas de petróleo, offshore. Pois neste curso eu compreendi as atribuições do enfermeiro na assistência de enfermagem neste ambiente confinado, e com isso desenvolveu em mim uma vontade estudar a saúde destes trabalhadores.
A respeito das atribuições de enfermagem na plataforma, deve-se contar com a ajuda incondicional destes profissionais para a gestão destes riscos, já que os trabalhadores possuem todo o conhecimento técnico e prático do seu trabalho. Assim tornam-se indispensáveis as opiniões e ações para prevenção de acidentes de trabalho abordada por estes profissionais. (NASCIMENTO et al, 2010)
Assim, a relação entre cada profissional e o enfermeiro para a promoção da saúde no ambiente de trabalho, plataformas de petróleo, se faz necessário em todos os momentos. Por isso, a motivação em estudar os riscos ocupacionais e a saúde do trabalhador em plataformas de petróleo, se fez a cada dia mais e mais prazerosa para mim.
Devido ao pouco estudo e pesquisa neste ambiente de trabalho, que no momento é novo, o presente estudo se faz muito relevante para a prática de pesquisa no país e órgãos de fomento relacionados a pesquisa. Pois este estudo é muito relevante para mim, devido ao assunto que é do meu agrado e ao fato de ser pouco pesquisado conforme anteriormente já falado. Já para a enfermagem este estudo mostra total relevância, visto que é um estudo que integra diversos artigos em um só estudo, que é este trabalho de conclusão de curso, possibilitando assim a todos os enfermeiros e profissionais de saúde utilizar esta fonte de informações.
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1 HISTÓRICO DA SAÚDE DO TRABALHADOR
Para começarmos a falar sobre a história da saúde do trabalhador em nosso país, Brasil, precisamos entender como se dava a relação de trabalho desta classe trabalhadora em nossa sociedade. Portanto, começaremos desde o passado antes de Cristo para mostrar que as doenças sempre tiveram uma ligação direta com o processo de trabalho.
Para Araújo (2012), existe uma associação entre o trabalho e o desencadeamento de processo saúde-doença e isto foi encontrada em papiros egípcios e na civilização greco-romana. Os serviços de mais elevado risco eram feitos por povos escravos das nações conquistadas.
De acordo com Araújo (2012),
Lucrécio, um século antes da Era Cristã, com a sensibilidade e indignação próprias de um poeta, indagava acerca dos cavouqueiros das minas: “Não viste ou ouviste como morrem em tão pouco tempo, quando ainda tinham tanta vida pela frente”?
De acordo com Araújo (2012), na idade moderna a relação de saúde-doença, concernente ao trabalho estava diretamente ligada a extração mineral, já que esta era a principal atividade ligada ao processo colonial da época. Esta extração mineral envolvia diversos metais pesados que atingiam diretamente a saúde destes trabalhadores.
Após a Revolução Industrial passaram a ocorrer outros tipos de acidentes e riscos para a ávida destes trabalhadores, e estes eram acidentes graves, como mutilações e os mesmos eram fatais. Dentre estes trabalhadores encontravam-se mulheres e crianças. (ARAÚJO, 2012)
Conforme Araújo (2012) afirma que,
A situação só se modificaria com intensos movimentos sociais, que obrigou a políticos e legisladores, a introduzirem medidas legais de controle das condições e dos ambientes de trabalho. (ARAÚJO, 2012)
Para o controle legal da saúde dos trabalhadores foram necessárias medidas legais para viabilizar o trabalho destes profissionais que outrora viviam em situações e condições precárias de trabalho. Para isso ocorreram movimentos sociais para que políticos e legisladores mudassem a lei concernente às formas de trabalho.
Segundo Marques (2013), a enfermagem do trabalho surgiu quando as primeiras leis de acidentes de trabalho foram elaboradas na Alemanha em 1884, que posteriormente chegou ao Brasil por meio do decreto legislativo de nº 3724 de 15 de janeiro de 1919.
Ainda de acordo com Marques (2013), a enfermagem do trabalho foi incluída na equipe de saúde ocupacional por meio da portaria nº 3.460 do Ministério do Trabalho, em 1975. Neste período foi criado no Rio Grande do Sul o primeiro sindicato de enfermagem.
A especialização da enfermagem do trabalho no Brasil é recente. Antigamente a enfermagem do trabalho no Brasil era entendida como um direcionamento apenas para o atendimento emergencial. No entanto, Marques (2013) afirma que o desempenho profissional, principalmente do enfermeiro do trabalho esta crescendo a cada dia, seja por meio da assistência direta aos trabalhadores e familiares ou no desempenho de atividades gerenciais, educativas, de integração ou de pesquisa.
Segundo Marques (2013),
A enfermagem do trabalho é um ramo da enfermagem de saúde pública e, como tal utiliza os mesmos métodos e técnicas empregadas na saúde pública visando à promoção da saúde do trabalhador; proteção contra os riscos decorrentes de suas atividades laborais; proteção contra agentes químicos, físicos e biológicos e psicossociais; manutenção de sua saúde no mais alto grau de bem-estar físico e mental e recuperações de lesões, doenças ocupacionais ou não ocupacionais e sua reabilitação para o trabalho. (MARQUES, 2013)
O enfermeiro do trabalho é o profissional que possui de certificado de conclusão de curso de especialização em enfermagem de trabalho em nível de pós-graduação. Este enfermeiro atua prestando assistência a saúde dos trabalhadores, através do planejamento de metas de prevenção de doenças ocupacionais e dos acidentes de trabalho.
No começo do século passado, século XX, havia diversas formas de trabalho, produção no meio industrial e dentre eles podemos citar o Fordismo e o Taylorismo, que por meio destes haviam uma produção em série dos produtos industrializados. Existia também a indústria têxtil, manufaturas, mas que foi decrescendo com o aumento da indústria.
De acordo com a Lei Federal de nº 8080 de 19 de setembro de 1990, Brasil (2012), em seu artigo 6º a saúde do trabalhador a vigilância epidemiológica e sanitária, além da assistência integral terapêutica e farmacológica, deve ser oferecida pelo sistema único de saúde (SUS) para oferecer proteção, promoção e recuperação da saúde do trabalhador. Isto é essencial para o entendimento da saúde do trabalhador que antes não estava vinculado diretamente ao SUS, quer hoje oferece cuidados diretos a esta população.
Logo, como descrito acima, podemos ver que o governo vem agindo para viabilizar melhores condições de vida para os trabalhadores, viabilizando melhores condições de trabalho, condições de terem atendimento médico, entre outros. Portanto, podemos ver que a ligação de saúde-doença esta diretamente atrelada ao trabalho e que o mesmo influencia diretamente na vida e condição de vida e social das pessoas, trabalhadores e de sua família. 2.2 DESCRIÇÃO DAS NORMAS REGULAMENTADORAS
De acordo com o Ministério do Trabalho, através da Portaria de nº 128 de 11 dezembro de 2009, a NR nº 04 orienta que as empresas privadas e públicas, órgãos públicos da administração direta e indireta e dos poderes Legislativo e Judiciário, que possuem pessoas com vínculo empregatício, regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, obrigatoriamente deverão ter serviços especializados de Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho, para promover a saúde do trabalhador e promover a sua integridade no ambiente de trabalho. Portanto, para que esta NR se cumpra é preciso que as empresas possuam Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, e logo poderão exigir dos profissionais os seguintes requisitos para integrar o seu pessoal: Enfermeiro do Trabalho, pois o enfermeiro deverá ser portador de certificado de conclusão de curso de especialização em Enfermagem do Trabalho, em nível de pós-graduação, ministrado por universidade ou faculdade que mantenha curso de graduação em enfermagem. (BRASIL/MTE, 2012)
Logo, observamos que é essencial ter um enfermeiro do trabalho, com especialização comprovada, para o trabalho em uma indústria petrolífera, visto que este enfermeiro será o elemento fundamental para a promoção da saúde neste ambiente, pois em ambiente de trabalho offshore não há médicos, assim o enfermeiro fica responsável por estes profissionais, o que torna a nossa profissão ainda mais valiosa e imprescindível.
Segundo o Ministério do Trabalho, Brasil, através da Portaria de nº 292 de 8 de dezembro de 2011, vem alterar o anexo 1 da NR de nº 6, que altera o item I referente a
Equipamentos de Proteção Individual (EPI) contra quedas de diferenças de nível, que logo passar a vigorar a retificação ocorrida através da seguinte maneira: o cinturão de segurança deverá ter dispositivos de trava-quedas, para proteger o profissional de quedas em operações com movimentações verticais ou horizontais; cinturão de segurança com Talabarte, para proteger o profissional de riscos de quedas em trabalhos com altura. (BRASIL/MTE, 2012)
De acordo com o MTE/Brasil (2012),
Para os fins de aplicação desta Norma Regulamentadora - NR, considera-se Equipamento de Proteção Individual - EPI, todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. (BRASIL, MTE, 2012)
Ainda de acordo com o MTE/BRASIL (2012), a NR de nº 6 afirma que é necessário o uso de EPI conjugado, pois oferecerá maior proteção ao trabalhador. Entende-se que EPI conjugado é composto por vários dispositivos de segurança que é fornecido pelo fabricante em conjunto, associado, para proteger de diversos riscos eminentes que o trabalhador possa sofrer ao cumprir a sua missão. Assim, o mesmo proporcionará maior segurança a este profissional.
Toda empresa deverá fornecer aos seus empregados, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias: estes equipamentos deverão ser entregues aos profissionais sempre quando não for possível realizar o trabalho livre de doenças ocupacionais, ou que venha trazer riscos eminentes a saúde do trabalhador; e para atender as situações de emergências.
De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego, Brasil, através da Portaria nº 236 de 10 de junho de 2011, irá mostrar que a NR nº 7, que fala sobre o Programa de controle médico de saúde ocupacional, estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação, por parte de todas as instituições empregadoras que venham a admitir trabalhadores, empregados, do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO, com o intuito de preservação e promoção da saúde dos seus trabalhadores. (BRASIL/MTE, 2012)
Ainda de acordo com o MTE/Brasil (2012), a NR nº 7, que foi alterado pela Portaria nº 236, de 10 de junho de 2011 relata que caberá a empresa que esta contratando a mão de obra prestadora de serviços informar a empresa contratada dos riscos existentes e também ajudar na elaboração e implementação do PCMSO nos locais de trabalho onde os serviços vão ser prestados.
Assim de acordo com a NR nº 7, iremos ver que toda empresa que tem seus empregados deverá planejar e implementar os serviços médicos, equipe multiprofissional, para a orientação e prevenção de acidentes de trabalho ou de doenças advindas de riscos ocupacionais. Para isso os empregadores tem como responsabilidades a implementação da PCMSO sem custos efetivos para o trabalhador, garantindo de acordo com a lei a eficácia e eficiência da PCMSO.
Conforme o MTE/Brasil (2012), a NR nº 9, Programa de prevenção de riscos ambientais, através da Portaria nº 25 de 29 de dezembro de 1994, estabelece que todos os empregadores e instituições empregadoras que tem seus empregados, têm por obrigação a preservação e integridade da saúde dos seus trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e controle dos riscos ambientais que possam existir no ambiente de trabalho, tendo assim que proteger o meio ambiente e os recursos naturais, de acordo com o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA.
De acordo com a NR nº 9, do MTE/Brasil (2012), a PPRA deve ser desenvolvida pelo empregador ou instituição empregadora em cada local, estabelecimento da empresa, para a participação dos trabalhadores. Deve-se ter um conteúdo com bastante abrangência e profundidade das características dos riscos e necessidades de controle naquele ambiente de trabalho.
O PPRA deverá ter a seguinte estrutura:
• planejamento anual com estabelecimento de metas, prioridades e cronograma; • estratégia e metodologia de ação;
• forma do registro, manutenção e divulgação dos dados; e
• periodicidade e forma de avaliação do desenvolvimento do PPRA.
Para o MTE/Brasil (2012), este deverá ser efetuada sempre que for necessário e pelo menos uma vez ao ano, para uma análise e avaliação geral do PPRA para a melhoria do seu desenvolvimento e ajustes necessários para as novas prioridades e metas.
Para o Ministério do Trabalho e Emprego, Brasil, a NR nº 15 através da Portaria nº 291 de 8 de dezembro de 2011, afirma que “Limite de Tolerância” é a concentração ou intensidade máxima ou mínima, que estará relacionada com o tempo de exposição ao agente, e que não causará dano a saúde do trabalhador durante a sua vida de trabalho. Para limites acima da tolerância prevista nesta norma regulamentadora, que esta presente em seus anexos, encontram-se as seguintes atividades insalubres: limites de tolerância para ruídos contínuos ou
intermitentes; limites de tolerância para ruídos de impacto; limites de tolerância para exposição ao calor; radiações ionizantes; agentes químicos cuja insalubridade é caracterizada por limite de tolerância e inspeção no local de trabalho; limites de tolerância para poeiras minerais.(BRASIL/MTE, 2012)
De acordo com o MTE/Brasil (2012), os trabalhadores em condições insalubres terão direito a um adicional, incidente sobre o salário mínimo da região em que trabalha. Sendo estes percentuais divididos por grau de insalubridade de cada trabalhador, que é conforme o descrito a seguir: 40% para grau máximo de insalubridade; 20% para grau médio de insalubridade; 10% para grau mínimo de insalubridade.
Para o Ministério do Trabalho e Emprego, Brasil, a NR nº 17, Ergonomia, afirma através da Portaria nº 13 de 21 de junho de 2007 que, deve existir parâmetros para a adaptação de trabalho as características psicofisiológicas dos trabalhadores, para que os mesmos venham a ter o máximo de conforto, segurança e desempenho em seu ambiente de trabalho. Nestas condições de trabalho estão incluídos o levantamento, transporte e descarga de materiais, o mobiliário, os equipamentos e as condições ambientais do trabalho e a organização do trabalho.(BRASIL/MTE, 2012)
O MTE/Brasil (2012), relata que as condições de trabalho vividas por estes trabalhadores em seu ambiente de trabalho é de fundamental importância para o bom funcionamento do setor e a realização das suas atividades. Pois os mesmos devem estar com os aspectos físicos, emocionais, psicológicos bem, e o ambiente de trabalho deve estar ao máximo possível organizado para viabilizar uma melhor e maior ergonomia destes trabalhadores.
De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego, Brasil, a NR nº 24, Condições sanitárias e de conforto nos locais de trabalho, através da Portaria nº 13 de 17 de setembro de 1993, afirma que para o cumprimento da presente norma regulamentadora é necessário ter no ambiente de trabalho o aparelho sanitário, que são peças ou equipamentos destinados para o uso de água para fins higiênicos, e como exemplo temos mictório, banheira, bebedouro, entre outros; gabinete sanitário, que também é conhecido como latrina, retrete, patente, privada, WC, entre outros; e por fim o banheiro que é o conjunto de peças e equipamentos destinados para o uso corporal. Estas instalações sanitárias deverão ser separadas por sexo. (BRASIL/MTE, 2012)
Para o MTE/Brasil (2012) as áreas destinadas a sanitários deverão atender as exigências essenciais mínimas para atender com conforto e qualidade aos trabalhadores da empresa. Os órgãos regionais competentes em Segurança e Medicina do Trabalho poderão fazer fiscalizações e perícias para cobrar das instituições empregadoras o que foi exigido por lei para os seus trabalhadores.
Ainda de acordo com o MTE/Brasil (2012), a NR nº 24 afirma que as instalações sanitárias deverão realizar processos permanentes de higienização, para que essas instalações sanitárias sejam mantidas limpas e desprovidas de quaisquer odores durante a jornada de trabalho. Assim o profissional poderá desfrutar de maneira adequada e segura das instalações sanitárias.
Conforme o Ministério do Trabalho e Emprego, Brasil, afirma na NR nº 32, Segurança e saúde no trabalho em serviços de saúde, através da Portaria nº 1748 de 30 de agosto de 2011, que tem por objetivo estabelecer diretrizes básicas para serem implementadas para a proteção e segurança a saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde, e também todos aqueles que realizam atividades de promoção a saúde em geral. (BRASIL/MTE, 2012)
Para o MTE, Brasil, os riscos biológicos, químicos, de radiações ionizantes, de resíduos, das lavanderias, da limpeza e conservação, da manutenção de máquinas e equipamentos são os riscos ocupacionais iminentes que os profissionais de saúde em geral estão submetidos. (BRASIL/MTE, 2012)
2.3 RISCOS OCUPACIONAIS - GERÊNCIA DE RISCOS
Para começar a falar sobre o gerenciamento dos riscos a esses trabalhadores, é preciso saber que toda fonte de informações prévias concernentes a determinados riscos ocupacionais estejam registradas em prontuários, documentos que relatem acidentes de trabalho para a consulta direta do enfermeiro, além disso, outras formas de registros também são importantes. A partir daí o enfermeiro irá analisar estes registros para ter orientação ao que falar para esses pacientes quantos aos riscos ocupacionais que estão sendo prevalentes no meio de trabalho dos mesmos. Assim o enfermeiro irá trabalhar gerenciando estes riscos ocupacionais ao longo dos seus dias de trabalho.
O registro de enfermagem mencionado acima é fundamental para o desempenho de atividades preventivas e curativas. O conselho federal de enfermagem, Cofen 2013, afirma na resolução 311 de 2007 que o registro de enfermagem é uma atividade fundamental para a
prática e desempenho das atividades de enfermagem, visto que é uma atividade privativa do enfermeiro. O registro de enfermagem possibilita ao enfermeiro o conhecimento das principais doenças, riscos, conhecimento da saúde do trabalhador e planos terapêuticos que podem ser implementados para a melhoria da saúde destes trabalhadores. Esta resolução aprova o código de ética da enfermagem, possibilitando os profissionais de enfermagem permanecerem atuando em todo o território nacional.
Ainda de acordo com o Cofen 2013, a resolução de nº 389 de 2011 delimita em seu anexo do artigo 5º as especialidades de enfermagem, e dentre estas especialidades encontra-se a enfermagem offshre e aquaviária. Esta especialidade é fundamental na área de enfermagem, pois possibilita o enfermeiro se especializar em uma voltada somente para o ambiente offshore. Com o título de especialização em enfermeiro offshore, os mesmos poderão trabalhar em plataformas atuando de forma pontual e segura, auxiliado pelos registros de enfermagem que possibilitarão o conhecimento da saúde dos trabalhadores de sua plataforma.
Marin (2003 apud Silveira e Marin 2006)1
Knoplich (1995 apud FERNANDES E CARVALHO 2000)
afirmam que o cuidado é o foco de atenção da enfermagem, porque os profissionais de enfermagem são responsáveis pela produção e gerenciamento de informações que irá influenciar de forma direta e indireta a qualidade e o resultado dos serviços de enfermagem prestados. Por isso os Sistemas de Informação em Enfermagem (SIE) começaram a ser definidos e implantados para ajudar na assistência, facilitar e agilizar a atividade do enfermeiro em adquirir, armazenar e analisar dados, referências dos pacientes, com o intuito de definir as necessidades e o planejamento dos cuidados a serem administrados a esses pacientes.
2
Visto que os acidentes de trabalho, os riscos ocupacionais estão cada vez maior neste ambiente de trabalho, é importante relacionar tais riscos e acidentes de trabalho com o gerenciamento dos mesmos pelo enfermeiro, pois o mesmo irá analisar tais riscos e acidentes através de dados estatísticos, documentos que relatem estes acidentes e riscos, e logo o
afirma que no Brasil, ocorre uma prevalência das doenças musculoesqueléticas, com predomínio das doenças da coluna, que são a primeira causa de auxílio-doença e a terceira causa de aposentadoria por invalidez, isto devido as doenças ocupacionais causadas pelo trabalho excessivo e manual.
1
Marin, Heimar de Fátima. Os componentes de enfermagem do prontuário eletrônico do paciente. In: Massad E, Marin HF, Azevedo Neto S, Lira ACO, Rocha AF, Leão BF, et al. O prontuário eletrônico do paciente na assistência, informação e conhecimento médico. São Paulo (SP): OPAS/OMS, 2003, p. 73-83.
2
enfermeiro irá planejar e implementar projetos e propósitos de gerenciamento de riscos para procurar minimizar o máximo possível.
Para Fernandes e Carvalho (2000) ocorreu uma grande contribuição deste estudo com relação a uma maior contribuição ao fato de abordar uma população inserida na indústria de petróleo, na qual exposição aos fatores de risco são iminentes. Assim foi avaliada a partir do processo de trabalho, revelando não apenas os fatores de risco em geral para a coluna lombar, mas as atividades de risco próprias da indústria de perfuração de petróleo que afligiam aqueles trabalhadores.
Segundo Fernandes e Carvalho (2000),
Possas (1989 apud FERNANDES E CARVALHO 2000)3
Grupos homogêneos de exposição definidos para a população de trabalhadores de indústria de perfuração de petróleo na Bahia, 1994.
compartilha do ponto de vista que (...) O caráter cumulativo e demorado dos efeitos, (...), dificulta a percepção do nexo causal entre o trabalho e a doença, muito mais claro no caso do acidente do trabalho dado o seu caráter súbito e traumático.
Conforme o presente estudo em relação a saúde do trabalhador em plataformas de petróleo mostra-se cada vez mais relevante devido aos fatos e riscos ocupacionais que ocorrem nessa área, iremos considerar de suma importância a análise de dados estatísticos publicados em estudos e pesquisas, como os descritos a seguir:
Grupo Ocupações n % 1) Trabalhadores cuja história ocupacional implica exclusivamente atividades administrativas ou de escritório, trabalho sentado com possibilidade de mudança postural, como Engenheiros; assistente, ajudante e auxiliar administrativos; técnicos de fluido; químicos; vigilantes e outras ocupações com conteúdo de trabalho semelhante do ponto de vista da demanda sobre a 278 27,0 3
levantar e andar, sem manuseio de cargas coluna vertebral. 2) Trabalhadores cuja história ocupacional implica atividades com manuseio de peças e equipamentos, manuseio de carga ocasional, trabalho em bancadas e em oficinas Mecânicos, soldadores e eletricistas. 290 28,3 3) Trabalhadores com histórico ocupacional de atividades que implicam manuseio habitual de carga, levantamento em flexão e rotação simultâneas, flexão de tronco para sustentação de carga com braços
Plataformistas, torristas e auxiliares
de plataforma. 458 44,6
Total 1026 100,0
Fonte: Fernandes e Carvalho, 2000, p. 663.
Como estão demonstrados na tabela acima os trabalhadores que realizam o trabalho braçal, pesado é a grande maioria e estes são os que adquirem maiores doenças ocupacionais e correm riscos no seu ambiente de trabalho. Através do conhecimento estatístico sobre as doenças, riscos ocupacionais e classe de trabalhadores atingidos, a enfermagem poderá
planejar estratégias que atendam de forma direta a recuperação, proteção e prevenção para a saúde dos trabalhadores.
Para Silveira e Marin (2006) o aumento do volume de dados e consequentemente a crescente expansão de sistemas de informações, nas instituições de saúde, desenvolveram muitos métodos de documentações. Estes avanços possibilitarão e proporcionarão ações de enfermagem mais sustentadas e pontuais, pois os dados passaram a estar organizados por meio de documentações de forma exata e específica, disponibilizados aos profissionais.
Todo meio de armazenamento e registros de doenças, riscos e acidentes de trabalho é válido, pois proporciona de forma imediata a ação do profissional de saúde, enfermeiro, a análise dos dados de prevalência de doenças e acidentes, podendo assim agir de forma direta e pontual. Por isso a importância das anotações e registros de enfermagem, pois irá facilitar e proporcionar ao enfermeiro o gerenciamento dos riscos ocupacionais, não importando aonde estes ocorra, mas proporcionando a atenção e assistência de qualidade aos trabalhadores que precisem destes cuidados.
3. METODOLOGIA
Conforme afirma Minayo (2010), o conceito de metodologia, foco da discussão é um assunto cheio de controvérsias. Pois há pessoas que igualam a métodos e técnicas, como nos manuais e textos americanos, que são produzidos para a formação de pesquisadores.
Segundo Minayo (2010), a teoria e a metodologia caminham juntas e vinculadas. Minayo afirma que o conjunto de técnicas constitui o instrumental necessário para aplicar-se a teoria, portanto aqui é tratado como elemento fundamental para a coerência metodológica e sistemática da investigação.
O Trabalho em questão tem como objetivo identificar os riscos ocupacionais em plataformas de petróleo e sua interferência na saúde do trabalhador em Plataforma de Petróleo. Foi realizado uma Revisão Bibliográfica Integrativa, com abordagem qualitativa.
De acordo com Figueiredo e Souza (2005), a pesquisa qualitativa se observa quando o objeto é traduzido em seu subjetivismo, ou seja, quando a pesquisa se refere a um fenômeno não mensurável.
De acordo com Minayo (2010),
Regras universais e padrões rígidos permitindo uma linguagem comum divulgada e conhecida no mundo inteiro, atualização e críticas permanentes fizeram da ciência a “crença” mais respeitável a partir da modernidade.
Para Minayo (2010), método qualitativo é todo aquele que se aplica para estudar a história, das relações, das representações, das crenças, das percepções e das opiniões, estes que são produtos das interpretações que os seres humanos fazem a respeito de como vivem, constroem seus artefatos e a si mesmos, sentem e pensam. Minayo (2010) afirma que as pesquisas qualitativas se conformam melhor a investigação de grupos e segmentos delimitados e focalizados, de histórias sociais sob a ótica dos atores, de relações e para análises de discursos e de documentos.
Conforme Figueiredo e Souza (2005), a pesquisa bibliográfica é quando se faz o levantamento de toda bibliografia já publicada relacionada ao tema em estudo, desde livros, jornais, revistas, monografias, dissertações, teses, além de outras fontes como eventos científicos, debates, meios de comunicação como televisão, rádio, vídeos, filmes, entre outros.
O Trabalho de revisão bibliográfica relacionada ao tema Riscos ocupacionais e as interferências na saúde do trabalhador em plataforma de Petróleo foi realizado a busca nas principais bases de dados eletrônicos relacionadas à saúde no Brasil. A busca ocorreu em literatura impressa, sites, dentre outras fontes de comunicação. As bases de dados eletrônicas pesquisadas foram: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS); Scientific Electronic Library Online (SCIELO) e Medline contidas na BVS - Biblioteca Virtual da Saúde.
Para a realização destas buscas nas bases de dados foram utilizados os seguintes descritores: enfermagem do trabalho, gerenciamento de segurança e riscos ocupacionais, utilizando o operador boleano OR. Não foi utilizado o operador boleano AND, porque não foram encontrado artigos que possuíssem os descritores mencionados acima.
Como critérios de inclusão, foram selecionados estudos em Português e Inglês, para incluir estes artigos no estudo foram selecionados apenas os que estiverem com textos completos e que abordem a temática em questão. Foi realizado recorte temporal para a leitura dos artigos publicados entre os anos 2006 a 2012.
Para o critério de exclusão realizei uma breve leitura dos resumos e títulos dos respectivos artigos e textos selecionados e após o entendimento de todo o assunto, foram excluídos aqueles que não tratem do assunto proposto a ser estudado. Também foram excluídos todos os artigos que não tenham sido publicados nos últimos sete anos.
A realização de um estudo desta natureza traz contribuições científicas para os profissionais se aperfeiçoarem e terem uma única fonte tratando de diversos artigos sobre uma mesma temática.
A este respeito Minayo (2010), evidência que:
Na sociedade ocidental, a ciência é a forma hegemônica de construção de conhecimento, embora seja considerada por muitos críticos como um novo mito da atualidade por causa de sua pretensão de ser o único motor e critério de verdade.
Nas buscas realizadas até o ano de 2012 na base de dados Scientific Electronic Library Online (SCIELO), na qual foram encontrados 157 artigos, e selecionados 9 artigos que
atendiam aos critérios da pesquisa, pois os mesmos eram potencias para a elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso. De acordo com os critérios de exclusão, foram realizados os recortes temporal e leitura dos títulos e resumos dos mesmos.
Após a seleção destes artigos, foi realizada uma leitura analítica de cada estudo, com preenchimento de uma tabela de coleta de dados, que contém: Ano, Autor, Titulação, Nome da Revista/Livro, Base de dados. A essência do conteúdo foi delimitada para a construção de categorias temáticas. As Recomendações do(s) autor (es) foram discutidas nos resultados de pesquisa.
Foi realizada uma busca na biblioteca da escola de engenharia da Universidade Federal Fluminense – UFF na qual foi encontrada uma tese de dissertação de mestrado a qual abordava o tema proposto neste estudo.
Para a análise de toda a produção analisada será utilizada uma categorização temática de conteúdo segundo Minayo (2010). Através desta categorização realizou-se a discussão dos resultados.
Mas antes da discussão dos resultados, foi realizada uma caracterização dos artigos para descrever como foi achado os artigos nas bases de dados Lilacs, Medline e Scielo.
Para analisar o estudo, primeiramente foi realizada a escolha dos descritores enfermagem em saúde do trabalhador, gerenciamento de riscos e riscos ocupacionais em português, utilizando operador boleano OR. A pesquisa foi realizada ao longo do ano de 2012, nas bases de dados contidas na BVS - Biblioteca Virtual da Saúde: Lilacs e Medline; além da Scielo. Assim foram escolhidos 22788 artigos.
Os 22631 artigos encontrados na BVS eram da Medline e Lilacs e 157 artigos eram da Scielo. A partir de então foi realizados recortes na pesquisa que estava sendo realizada para estreitar ao máximo os artigos selecionados ao conteúdo proposto a ser estudado. Então na BVS foram excluídos 20257 artigos por não serem textos completos, restando apenas 2374 artigos.
Para continuar a seleção dos artigos que realmente iriam interessar para o estudo foi realizado um recorte temporal de 2006 a 2012 dos 2374 artigos que restavam, assim foram excluídos 1205 artigos dos encontrados na BVS, restando apenas 1169. Após dada a continuidade da análise aos artigos, dos 1169 artigos restantes foram excluídos 113 artigos por não se tratar das bases de dados Medline e Lilacs, pois foi proposto selecionar apenas artigos destas bases de dados.
Após a exclusão de 113 artigos, restaram 1056 artigos, dos quais 299 artigos eram da Lilacs e 757 eram da Medline. Destes 1056 artigos foram excluídos 1045 artigos após leitura de títulos e resumos, pois os mesmos não se tratavam dos objetivos a serem estudados. Assim de todos os artigos selecionados previamente na BVS, apenas 11 artigos se tratavam do proposto a ser estudado e destes 11 artigos, 9 eram da Lilacs e 2 da Medline.
Após a leitura breve dos 2 artigos da Medline que eram em inglês, foi realizada a exclusão dos mesmos por não se tratar do assunto a ser estudado.
A busca ocorreu também na base de dados Scielo, onde foi usado os mesmos descritores já mencionados anteriormente. Nesta base de dados foram encontrados 157 artigos, porém foram realizados recortes para aproximar mais os artigos dos objetivos a serem estudados.
Desta forma, dos 157 artigos selecionados previamente foram excluídos 60 por recorte temporal de 2006 a 2012, restando apenas 97 artigos. Nestes 97 artigos foi realizada uma breve leitura de títulos e resumos e a partir daí foram excluídos mais 88 artigos, pois não se tratavam do assunto a ser estudado. Logo na base de dados Scielo foram selecionados apenas 9 artigos para construção do estudo.
Os 18 artigos selecionados para o estudo foram analisados e organizados em uma tabela contendo o ano de publicação, autor e titulação; tipo de publicação, métodos e técnicas usadas; essência do conteúdo e produção do conhecimento; bases de dados; e recomendações dos autores.
Para tanto, dos 22788 artigos analisados, apenas 18 artigos foram selecionados para o estudo, dentre eles 9 artigos eram da Lilacs (50%) e 9 artigos da Scielo (50%).
. 3; 17% 2; 11% 1; 6% 7; 38% 3; 17% 2; 11% 2011 2010 2009 2008 2007 2006
Gráfico 1: Quantidade e porcentagem de artigos por ano
Para o quantitativo de artigos por ano de publicação encontrou-se o seguinte resultado: no ano de 2011 foram encontrados N=3 (16,66%) dos artigos selecionados; em 2010 foram encontrados N=2 (11,11%); no ano de 2009 foi encontrado apenas N=1 (5,55%); no ano anterior, 2008, foi encontrado um N=7 (38,88%); em 2007 foram publicados N=3 (16,66%); e por fim no ano de 2006 foram publicados um N=2 (11,11%). Percebe-se que no ano de 2008 foram encontrados o maior número de publicações de acordo com o tema proposto, o que possibilitou assim com os textos dessa época dar maior ênfase ao tema que está sendo estudado. Referente ao ano de 2012 não foram encontrados artigos durante o período das buscas.
Em relação ao quantitativo de tipos de abordagens metodológicas adotadas nos respectivos artigos selecionados, observou estudos de natureza quantitativa em 55,55% (n=10), enquanto os estudos de natureza qualitativa se apresentavam com 44,44% (n=8) dos casos.
Dos estudos selecionados na Scielo, Lilacs e Medline, os mesmo apresentavam abordagens metodológicas do tipo quantitativo e qualitativo, não sendo evidenciado nenhum outro tipo de metodologia. Percebe-se que as publicações com abordagem quantitativa e qualitativa estão quase em equilíbrio, evidenciando que a pesquisa em relação a saúde do trabalhador estão pareadas e são constantes no meio científico.
Tipo de Estudo N F ( %)
Quantitativo 10 55,55
Qualitativo 8 44,44
Fonte: BVS, 2012
Dentre as publicações analisadas para a elaboração deste estudo, 66,66 % (n=12) dos artigos foram escritos por enfermeiros. As profissões de nutrição, engenharia, psicologia e fonoaudiologia correspondem a 5,55 % (n=1) dos artigos escritos cada uma. Ressalta-se que dois artigos ficaram sem identificação profissional, o que corresponde a 11,11 % (n=2) dos artigos analisados.
A análise e discussão deste estudo também ocorreu através de uma tese de dissertação de mestrado da escola de engenharia da UFF a qual abordava a temática deste estudo. A tese com a titulação de, O sistema de gestão de segurança e saúde dos trabalhadores: estudo de caso em uma indústria petroquímica no RJ, o que foi fundamental para a construção deste trabalho de conclusão de curso, visto que o quantitativo de trabalhos produzidos nesta área de pesquisa é muito baixo, com isso este trabalho se fez importantíssimo ao longo da construção do meu estudo.
Diante desta perspectiva, observa-se a alta prevalência de estudos com relação a riscos ocupacionais envolvendo enfermeiros. Isto mostra a importância da atividade profissional do enfermeiro na prevenção de acidentes ocupacionais. Assim como, o seu potencial risco em desenvolver doenças ocupacionais ligadas a sua profissão.
O quadro a seguir irá descrever a categorização de cada artigo selecionado para a elaboração deste trabalho de conclusão de curso.
3.1 QUADRO DE CATEGORIZAÇÃO DOS ARTIGOS
Ano/Autor/ Titulação/ Título/Nome da Revista Tipo de Publicação e abordagem metodológica Essência do Conteúdo / Produção do Conhecimento Base de Dados Recomendações do(s) autor(es) 2011, Sylvia Boechat Coutinha, Ana Claudia Fiorini, Iára Bitante de Oliveira, Maria do Rosário Dias de Oliveira Latorre, Léslie Piccolotto Ferreira; Sintomas vocais e sensações laríngeas em trabalhadores de uma usina de álcool e açúcar expostos a riscos ocupacionais. Revista da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia. Foi um estudo em campo, descritivo-exploratório no qual se observou os trabalhadores analisou-se os dados relatados pelos trabalhadores. Quantitativo. Análise de dados de pacientes previamente selecionados em grupos para a observação ativa dos seus sinais e sintomas que ocorriam devido as suas atividades diárias no trabalho. LILACS Evitar exposições a riscos químicos e físicos no trabalho, pois são estes levam complicações em suas vidas no local de trabalho. 2008, Regina Stella Spagnuolo, Renata Cristina Silva Baldo, Ivan Amaral Guerrini; Análise
epidemiológica dos acidentes com material biológico registrados no Este estudo é retrospectivo, descritivo e com abordagem quantitativa, pois foram Analisou-se as fichas de notificações de acidentes de trabalho referentes a unidades de saúde SCIELO Como recomendações temos o oferecimento de cursos de aperfeiçoament o para esses
Centro de Referência em Saúde do Trabalhador - Londrina-PR. Revista Brasileira de Epidemiologia. levantadas fichas com notificações de acidentes de trabalho com material biológico. Estas fichas referem-se ao período de 1 ano de Londrina, no período de um ano, para determinar o perfil dos trabalhadores acidentados. Com isso observou-se também os tipos de acidentes mais comuns nestes profissionais. profissionais, oferecidos por suas instituições de trabalho e pelo governo também. Oferecer vacinas para esses trabalhadores para evitar problemas futuros e aumentar a oferta de recipientes para descartar materiais perfuro-cortantes. 2010, Samanta Rauber
GallasI, Rosane Teresinha Fontana, Biossegurança e a enfermagem nos cuidados clínicos:
contribuições para a saúde do trabalhador. Revista Brasileira de Enfermagem. Estudo qualitativo que teve como objetivo investigar concepções e práticas de enfermagem. Coletou-se os dados através de entrevistas e observações sistemáticas.
Este artigo mostra a negligência dos trabalhadores de enfermagem quanto ao uso de EPI’s e a sobre carga de trabalho dos mesmos. Portanto estes acontecimentos são fatores predisponentes para a ocorrência de acidentes de trabalho.
SCIELO Sugere-se que os profissionais que são acometidos por tais acidentes, assim também como os demais profissionais, venham deixar os seus ambientes de trabalho mais limpos e saudáveis. Deve-se também atentar para as negligências quanto à biossegurança. 2008, Jorge Alberto Bernstein Iriart Roberval Passos de Oliveira Shirlei da Silva Xavier Alane Mendara da Silva Costa
Estudo de natureza qualitativa, centrado na análise em O estudo realizado teve como objetivo a análise das representações e LILACS O estudo demonstram a necessidade de maior divulgação e
Gustavo Ribeiro de Araújo Vilma Sousa Santana, Representações do trabalho informal e dos riscos à saúde entre
trabalhadoras domésticas e
trabalhadores da construção civil. Ciência e
Saúde Coletiva. profundidade de casos de acidentes de trabalho não-fatais identificados na base de um estudo de coorte prospectiva. percepções sobre a informalidade do contrato de trabalho e dos riscos à saúde entre trabalhadores informais acidentados. Os trabalhadores reconhecem a importância do trabalho formal, pois o mesmo oferece garantias dos direitos trabalhistas. discussão dos direitos trabalhistas e da construção de políticas públicas que contemplem sua segurança e saúde. No que diz respeito aos trabalhadores da construção civil, faz-se necessário maior fiscalização do cumprimento da legislação trabalhista. 2008, Jorgana Fernanda de Souza Soares Marta Regina Cezar-Vaz Raul Andrés Mendoza-Sassi Tabajara Lucas de Almeida Ana Luiza Muccillo-Baisch Maria Cristina Flores Soares Valdecir Zavarese da Costa, Percepção dos trabalhadores avulsos sobre os riscos ocupacionais no porto do Rio Grande do Sul, Rio Grande do Sul, Brasil. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro. É um estudo transversal, descritivo, com abordagem quantitativa dos dados, realizado no porto do Rio Grande com trabalhadores portuários avulsos. Para o segundo a epidemiologia, o risco é a probabilidade da ocorrência de um acontecimento relativo à saúde. Porém cada indivíduo tem uma percepção de risco, porque os seres humanos possuem distintas percepções acerca dos riscos aos quais estão expostos. Ou seja, os riscos estão inerentes a cada profissional, mas cada um tem a percepção diferente dos mesmos. Mesmo tendo aumentado a tecnologia, LILACS Recomenda-se que sejam realizadas ações com os trabalhadores, em consonância com a atividade desenvolvida, para formulação de procedimentos que efetivamente diminuam a exposição aos riscos ocupacionais e conseqüenteme nte, atenuem as doenças e os acidentes que podem ocorrer a este trabalhador.
porém vieram novos riscos a estes
trabalhadores. 2008, Helena Hemiko
Iwamoto, Karoline Faria de Oliveira, Gilberto de Araújo Pereira,
Bibiane Dias Miranda Parreira e Bethania Ferreira Goulart, Saúde ocupacional: controle médico e riscos ambientais. Acta Sci. Health Sci. Este é um estudo retrospectivo. Foi realizada a coleta de dados dos trabalhadores. O estudo tem como diretrizes a prevenção, o rastreamento e o diagnósticos precoce dos agravos a saúde do trabalhador. Existe o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), da Universidade Federal do Triângulo Mineiro que avalia a adesão dos trabalhadores ao programa, que visa melhorar a qualidade de vida. SCIELO Em saúde ocupacional recomenda-se buscar novas estratégias
para que haja maior adesão dos trabalhadores aos programas de promoção, prevenção e reabilitação da saúde. 2008, Silvia Helena Henriques Camelo Emília Luigia Saporiti Angerami, Riscos psicossociais no trabalho que podem levar ao estresse: uma análise da literatura. Ciência do Cuidado em Saúde. Revisão bibliográfica. O estudo tende a identificar as categorias de riscos psicossociais relacionadas ao trabalho e que podem levar ao estresse. A partir da identificação destes riscos realizar a elaboração de estratégias de gerenciamento de riscos no ambiente de trabalho. SCIELO Sugere-se inquestionavel mente a importância da participação das instituições na elaboração de estratégias para identificação dos riscos psicossociais presentes no trabalho que podem levar ao estresse ocupacional, bem como
a implementação de intervenções que promovam resultados benéficos ao trabalhador. 2007, Doroteia Aparecida
Höfelmann Nelson Blank, Auto-avaliação de saúde entre trabalhadores de uma indústria no sul do Brasil. Revista de Saúde Pública. Estudo transversal com amostra probabilística de 482 trabalhadores de indústria metal-mecânica de Joinville. Quantitativo. Trabalhadores de uma indústria fizeram uma auto-avaliação de sua saúde e também de fatores associados. E na prevalência desta auto-avaliação prevaleceram os fatores socioeconômica/d emográfica, estilo de vida, psicossocial e situação de saúde, como os principais aspectos negativos relacionados a saúde destes trabalhadores. LILACS Sugere-se realização de mais estudos com maior aprofundament o na mensuração de aspectos relacionados ao controle e demandas físicas e psicológicas no ambiente de trabalho e que logo possa
inferir a relação causa e
efeito.
2008, Karine Kummer Gemelli,
Eunice Fabiani Hilleshein, Liana Lautert, Efeitos do trabalho em turnos na saúde do trabalhador:
revisão sistemática. Rev Gaúcha Enferm., Porto Alegre (RS). Este estudo é uma revisão sistemática da literatura. Foram incluídos os artigos com delineamento transversal, estudo de coorte e caso-controle.
Este estudo teve como objetivo descrever o efeito do trabalho em turnos na saúde do trabalhador. Para
isto, foi realizado estudo para analisar a saúde do trabalhador que trabalha em turnos ou mesmo em horários fixos, etc., e com isso
avaliar as influências sobre SCIELO Sugere-se, o desenvolvimen to de investigações com outros tipos de delineamentos, que permitam o acompanhame nto mais preciso da influência do trabalho em turnos na saúde ocupacional.
a vida, saúde destes
trabalhadores. 2006, Denise Tolfo
Silveira, Heimar de Fátima Marin, Conjunto de Dados Mínimos em Enfermagem:
identificação de categorias e itens para a prática de enfermagem em saúde ocupacional ambulatorial. Revista Brasileira de Enfermagem. É um estudo descritivo retrospectivo. Quantitativo.
Este estudo tem como objetivo descrever a categorização dos elementos identificados na prática da consulta de enfermagem na saúde ocupacional. Mas para a realização desta tarefa, foi utilizado a recurso da informatização da informação, ou seja, todas as informações previamente guardadas no SIE - Sistema de Informação de Enfermagem, foram analisadas para se obter os principais riscos ocupacionais.
SCIELO Este estudo ressalta a importância de determinar um conjunto de dados essenciais que tenha prioridade nos desenhos de formulários que alimentam as bases de dados, para que estes dados possam ser melhor documentados e estruturados nos sistemas de informação. 2008, Daiana Picoloto, Elaine da Silveira, Prevalência de sintomas osteomusculares e fatores associados em trabalhadores de uma indústria metalúrgica de Canoas – RS. Ciência e Saúde Coletiva. Trata-se de uma pesquisa quantitativa. Foi utilizado o método epidemiológic o analítico observacional, transversal para que fossem obtidos os dados de prevalência da sintomatologia na população Foi realizado um estudo com o objetivvo de conhecer os sintomas osteomusculares apresentados pelos trabalhadores de uma indústria metalúrgica do município de Canoas-RS e a associação destes com variáveis sociodemográfica
SCIELO Sugere-se que a prevenção de sintomas osteomuscular es em
trabalhadores seja uma tarefa interdisciplinar . Para isto existe uma área preventiva que está em pleno crescimento dentro dos programas de saúde das
em estudo e seus fatores associados. s e ocupacionais. empresas, objetivando a melhora da qualidade de vida dos trabalhadores e a diminuição dos custos, principalmente com os afastamentos dos funcionários. 2007, Mônica Bonagamba
Chiodi, Maria Helena Palucci Marziale, Maria Lúcia do Carmo Cruz Robazzi, Acidentes de trabalho com material
biológico entre trabalhadores de unidades
de saúde pública. Revista Latino-americana de Enfermagem. Trata-se de pesquisa exploratória com uso da abordagem quantitativa para análise dos dados. Este estudo investigou a ocorrência de acidentes de trabalho (AT) com exposição a material biológico entre trabalhadores da saúde, atuantes em Unidades de Saúde Pública do Município de Ribeirão Preto, SP. SCIELO Recomenda-se que nas estratégias de prevenção à ocorrência de acidentes de trabalho com material perfurocortante devem incluir ações conjuntas, estabelecidas entre trabalhadores e a gerência dos serviços e devem ser voltadas à melhoria das condições de trabalho em geral.
2006, Marcia Tereza Luz Lisboa, Marcia Moreira de Oliveira, Lidiane Dias Reis, O trabalho noturno e a prática de enfermagem: Uma percepção dos
estudantes de enfermagem. Revista de Enfermagem da Escola Ana Nery. Trata-se de um estudo quantitativo. O estudo vem trazendo relevância sobre o trabalho noturno e SUS implicações prejudiciais e diretas na saúde do trabalhador de enfermagem. A pesquisa foi elaborada a partir SCIELO Sugere-se, portanto, a inclusão da temática, trabalho noturno, para discussão em sala de aula sobre o trabalho de enfermagem e
de estudantes de enfermagem, que embora apenas uma minoria dos acadêmicos de enfermagem tenha tido experiência com o trabalho noturno, a maioria conhece alguns efeitos negativos que podem ser ocasionados pelo trabalho noturno, porém muitas vezes os associam apenas aos aspectos fisiológicos. a saúde do trabalhador de enfermagem. Tratando desta temática ainda no curso de Graduação em Enfermagem, haverá um melhor preparo e conscientizaçã o do futuro profissional. 2007, Elizabeth Rose Costa Martins, Regina Célia Gollner Zeitoune, As condições de trabalho como fator desencadeador Do uso de substâncias psicoativas pelos Trabalhadores de enfermagem, Revista da Escola de Enfermagem Ana Nery. Trata-se de um estudo do tipo descritivo com abordagem qualitativa. O estudo teve como objeto o uso de substâncias psicoativas pelos trabalhadores de enfermagem e sua relação com o trabalho. No estudo o objetivo foi mostrar as condições de trabalho como um fator que desencadeia o uso dessas drogas pelos trabalhadores de enfermagem. Condições de trabalho que estão relacionadas com quantitativo de pessoal para equipe de enfermagem baixo, muitos pacientes, e daí por diante. LILACS Recomenda-se buscar conhecer a realidade de trabalho dos profissionais de enfermagem de forma tal que seja possível acompanhar situações em que há a utilização de drogas psicoativas pelo profissional e, juntamente com a equipe do serviço de saúde do trabalhador, propor um plano de atenção a este trabalhador.
