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4. ANÁLISE E DISCUSSÃO

4.1 CARACTERIZAÇÕES DOS ARTIGOS

Para a caracterização destes artigos, utilizei as recomendações dos autores e após construí um fluxograma ilustrativo que evidencia a pesquisa realizada nas bases de dados BVS e SCIELO.

Alguns autores relataram que ao se evitar que os trabalhadores fossem expostos aos riscos profissionais de suas respectivas empresas, o número de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais seria mínimo. Mas para que isso aconteça se faz necessário trabalhar de forma contínua com uma educação em saúde para prevenção de doenças.

Como contribuição dos autores, ficou evidenciado que se deve ter mais políticas públicas voltadas para segurança e saúde dos trabalhadores, e juntamente com essas políticas trabalhos de fiscalização para o cumprimento destas políticas. Esta questão que foi levantada em decorrência as negligências e imprudências dos trabalhadores em seus ambientes de trabalho. Vale lembrar que nem todos trabalhadores são negligentes e imprudentes.

O levantamento de dados concernente as principais atividades, classe de trabalhadores, principais doenças, dentre outros aspectos, são fundamentais para as empresas planejarem estratégias que possibilitem o controle dos riscos ocupacionais para a melhoria da qualidade de vida dos seus funcionários. Mas para que o controle do enfermeiro sobre a saúde dos trabalhadores da empresa seja eficaz, se faz necessário que a empresa possua sistemas de informações para o registro dos dados concernentes a saúde do trabalhador e suas principais doenças ocupacionais.

Segundo as recomendações dos autores mencionadas acima, o enfermeiro que planeja uma ação, implementa esta ação e gerencia tudo o que esta ao seu alcance referente ao seu planejamento será bem sucedido, pois desta forma estará trabalhando de forma preventiva, possibilitando a proteção, prevenção e recuperação da saúde do trabalhador quando necessário. O fluxograma a seguir mostra os passos da busca nas principais bases de dados.

4.2 DISCUSSÃO

Para a discussão deste estudo, foi necessário a realização de categorias temáticas, conforme Minayo (2010) descreve em sua obra. A construção das três categorias que serão discutidas a seguir foi realizada através da leitura da essência do conteúdo e recomendações dos autores.

Os autores recomendaram a realização de um gerenciamento sobre os principais riscos ocupacionais, mencionando a prevenção que poderia ser realizada, pois as interferências na saúde destes trabalhadores são enormes e os riscos fazem parte da rotina de suas respectivas funções. A terceira categoria foi elaborada de acordo com a tese de mestrado utilizada para a elaboração deste trabalho, pois se fez necessário discutir a saúde dos trabalhadores que ficam confinados em plataformas durante períodos prolongados. Por meio destas categorias, obteve- se as discussões a seguir.

Quanto a produção do conhecimento fornecida através da seleção dos artigos, ficou evidenciado que a negligência, imprudência dos profissionais causam muitos acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. Analisando as fichas de notificação e relacionando os tipos de doenças com os tipos de profissões, pôde-se trabalhar de acordo com a necessidade dos trabalhadores da empresa. Assim, o enfermeiro fazendo uso das notificações, informações prévias das empresas com relação a saúde dos trabalhadores, poderá agir de forma preventiva e segura.

4.2.1

De acordo com a NR 4 toda empresa pública ou privada que possui trabalhadores com vínculo empregatício sob o regime de CLT deve ter serviços especializados de Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho, para promover a saúde do trabalhador e promover a sua

O gerenciamento dos riscos ocupacionais

Os riscos ocupacionais são decorrentes de processos de trabalho e com origem em certos componentes materiais, máquinas, ferramentas, instalações, espaço físico, métodos de trabalho dentre outros fatores que possam gerar riscos iminentes a saúde destes trabalhadores.

Para começar a análise dos dados é necessário fazer uma breve comparação entre os principais riscos, acidentes ocupacionais, para que depois seja realizado um planejamento para a gerência destes riscos. Sendo assim, o enfermeiro é o personagem principal na realização do planejamento e gerência de riscos ocupacionais em seu ambiente de trabalho.

integridade no ambiente de trabalho. E dentre os profissionais que integram este quadro profissional de segurança e medicina do trabalho enquadra-se o enfermeiro do trabalho como elemento fundamental para o gerenciamento dos riscos ocupacionais, e assim preservar e prevenir acidentes de trabalho. (BRASIL/MTE, 2012)

Logo, a este respeito, Spagnuolo et al (2008), analisaram a distribuição dos acidentes de trabalho com exposição a material biológico das fichas de notificação registradas no Centro de Referência de Saúde do Trabalhador de Londrina. E esta pesquisa revelou a alta incidência de acidentes ocorridos com perfurações o que reforça a necessidade urgente de permanente vigilância e treinamentos contínuos quanto aos cuidados na manipulação desses objetos.

Assim vimos que ao analisar tais dados que a notificação compulsória gera uma epidemiologia dos principais acidentes ocupacionais nestes profissionais de saúde, fazendo assim o enfermeiro repensar e planejar uma educação, um treinamento contínuo dos profissionais de saúde em seu ambiente de trabalho. O enfermeiro realizando uma educação contínua estará prevenindo riscos ocupacionais e gerenciando estes riscos favorecendo assim um trabalho seguro.

Segundo Marin (2003 apud SILVEIRA e MARIN 2006)4

Ainda de acordo com Camara (2001 apud SILVEIRA e MARIN 2006) , a enfermagem apresenta como foco o cuidado e logo os profissionais de enfermagem se tornam responsáveis pela produção e

gerenciamento de informações que influenciaram direta e indiretamente na qualidade da assistência prestada ao cliente. Logo os Sistemas de Informação em Enfermagem (SIE) começaram a ser definidos e implantados para apoiar a prática assistencial, facilitando assim a função do enfermeiro em adquirir, armazenar e analisar os dados dos pacientes, com o intuito de definir as necessidades e o planejamento do cuidado.

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Marin, Heimar de Fátima. Os componentes de enfermagem do prontuário eletrônico do paciente. In: Massad E, Marin HF, Azevedo Neto S, Lira ACO, Rocha AF, Leão BF, et al. O prontuário eletrônico do paciente na assistência, informação e conhecimento médico. São Paulo (SP): OPAS/OMS, 2003, p. 73-83.

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Camara GR. Sistemas de informações em saúde do trabalhador. In:Carvalho Neto A, Salim CA, (organizadores). Novos desafios emsaúde e segurança no trabalho. Ministério do Trabalho e Emprego. Belo Horizonte (MG): Fundacentro, PUC- Minas, Instituto de Relações de Trabalho; 2001. p. 241-58.

, as informações contidas no SIE para o profissional de enfermagem que atua nas atividades

envolvidas à saúde ocupacional, sempre irá proporcionar um conjunto de ferramentas para realizar sua ação e prestar assistência com qualidade.

Para Silveira e Marin (2006) os sistemas de informações de enfermagem são essenciais para a elaboração de um planejamento de enfermagem e consequente gerenciamento dos riscos ocupacionais de trabalhadores de qualquer área profissional. Assim os trabalhadores de plataformas de petróleo como as demais classes profissionais são beneficiadas com o acesso ao SIE, já que o acesso as informações de saúde dos profissionais ajudam ao profissional de saúde a planejar e gerenciar estes riscos ocupacionais, possibilitando ao trabalhador o cuidado e a prevenção adequadas no seu ambiente de trabalho e também a sua saúde.

É necessário que seja coletado um conjunto mínimo de informações com relação a saúde trabalhador no processo de enfermagem segundo Silveira e Marin (2006), e logo estas informações podem ser padronizadas de acordo com as necessidades essenciais de cada classe de trabalhador, ou seja, os dado coletados com relação aos principais riscos ocupacionais a determinadas classe de trabalho, de acordo com o ambiente de trabalho, o processo de trabalho que cada classe trabalhadora realiza e a condição de trabalho, podem ser padronizados de acordo com os exemplos citados acima para facilitar a tomada de decisão do enfermeiro, para que o enfermeiro tenha uma ação pontual e não dispersiva.

Chiodi, Marziale e Robazzi (2007) inferem em seu estudo que podem ocorrer subnotificações de acidentes de trabalho, mas ainda é incerto afirmar o que leva os trabalhadores a notificarem ou não seus acidentes. Desta forma, o mapeamento de acidentes de trabalho e dos principais riscos ocupacionais se torna difícil, uma vez que não se sabe o número de trabalhadores afetados e nem o quantitativo certo de acidentes que estão ocorrendo com estes trabalhadores.

Para Vieira e Cunha (2010), o gerenciamento dos riscos ocupacionais para a prevenção de acidentes ocupacionais, se tornará melhor quando a participação efetiva dos trabalhadores juntamente com a equipe multidisciplinar de segurança do trabalho se efetivar, e logo o planejamento das orientações e prevenções que devem ser seguidas pelos trabalhadores, visto que os mesmos conhecem as necessidades reais de suas funções. Mas claro que não deixando de lado as padronizações com relação a segurança orientadas pela equipe de segurança e saúde do trabalho.

O enfermeiro como elemento fundamental para prevenção e proteção da saúde dos trabalhadores em uma plataforma de petróleo deve ter uma escuta ativa para as reclamações dos trabalhadores, pois como Nascimento et al (2010) afirmam, a participação dos trabalhadores no processo de formulação das orientações de segurança e saúde é de fundamental importância, pois eles sabem melhor do que ninguém dos seus principais riscos. Logo o auxílio entre o sistema de informação de enfermagem com as falas, reclamações destes trabalhadores com relação aos principais riscos ocupacionais captadas pelo enfermeiro, será de grande valia, pois facilitará o enfermeiro a planejar o gerenciamento da assistência em saúde para estes trabalhadores.

4.2.2

Do ponto de vista da saúde, são nos acidentes e doenças que visualizamos a materialização dos riscos industriais sobre as pessoas. Mas a limitação no entendimento do trabalho humano pode ser fonte de reducionismo na compreensão dos problemas de saúde

Riscos ocupacionais e as interferências na saúde do trabalhador

De acordo com o Brasil (2013) a Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, que dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social, a definição de acidente de trabalho descrita em seu artigo 19 é aquele que ocorre pelo exercício do trabalho, a serviço da empresa, ou ainda pelo serviço de trabalho de segurados especiais, provocando lesão corporal ou perturbação funcional, que cause a morte ou redução da capacidade do trabalho, permanente ou temporária. São considerados também como acidente de trabalho os acidentes de trajeto, as doenças profissionais e as doenças do trabalho.

Os acidentes mencionados acima e que estão relacionados diretamente com cada profissão, influenciam diretamente a vida do trabalhador, já que impossibilitam o mesmo de desempenhar a sua função. Devido a isto, estes riscos ocupacionais inerentes a profissão de cada trabalhador de plataforma de petróleo devem ser gerenciados para prevenir ao máximo estes acidentes, e assim não influenciando o desempenho profissional e posteriormente problemas na empresa.

Para Almeida (2003) o acidente de trabalho se apresenta como um problema global devido ao alto índice de ocorrência. A morte e o afastamento dos trabalhadores de suas respectivas funções geram reflexos econômicos e políticos para a toda a sociedade. Pois estes trabalhadores serão menos produtivos, o que vai gerar menos receitas para as empresas e mais despesas para os cofres públicos e até mesmo as empresas.

provocados pelo mundo da produção industrial. A partir de conceitos históricos sobre riscos ocupacionais entende-se que toda doença advinda do trabalho em que o profissional exerce a curto ou a longo prazo, ou acidentes de trabalho pode-se considerar como um risco ocupacional. Assim, o risco ocupacional pode ser em decorrência do ambiente físico, das máquinas e equipamentos, dos produtos e substâncias tóxicas, além das influências psíquicas sobre o trabalhador. (PORTO 2000 apud NASCIMENTO et al 2010)6

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PORTO, MFS. Análise de risco nos locais de trabalho: conhecer para transformar. Cadernos de Saúde Pública do Trabalhador: Instituo Nacional de Saúde do Trabalhador. São Paulo: Kingraf. 2000.

Os riscos ocupacionais são fatores que ocorrem ao longo da vida do trabalhador e que pré-dispõem o trabalhador a uma exposição a determinados fatores de risco que irá influenciar diretamente na sua saúde, ou seja, todo risco ocupacional deve ser identificado e logo “combatido” o mais intensamente possível pra assegurar ao trabalhador saúde e perfeitas condições de trabalho. Pois o trabalhador que adoece devido ao seu trabalho, seja de forma direta ou indiretamente, não será produtivo e será muito mais dispendioso para a instituição empregadora.

Segundo Gemelli, Hilleshein e Lautert (2008), o trabalho em turnos afeta diretamente a saúde do trabalhador, estes turnos podem ser fixos, rotativos ou plantões. Este tipo de trabalho altera o biorritimo de vida do trabalhador e como consequência pode gerar alterações na qualidade de vida, pois os ciclos biológicos estarão sendo alterado.

Ainda de acordo com Gemelli, Hilleshein e Lautert (2008), o trabalho em turnos produz alterações significativas na saúde do trabalhador, e os profissionais que são mais afetados são os que trabalham em turnos rotativos e noturnos.

De acordo com o estudo de Gemelli, Hilleshein e Lautert (2008), o trabalho em turnos que é uma rotina de muitos profissionais de plataformas de petróleo e de outras categorias profissionais trás alterações importantes na saúde do trabalhador. Algumas dessas alterações são descritas a seguir: alterações cardiovasculares, alterações do sono e vigília, alterações musculoesqueléticas, alterações metabólicas, cansaço, insatisfação no trabalho, erros humanos e acidentes de trabalho e relacionamento familiar prejudicado. Vale ressaltar os dois últimos prejuízos a saúde do trabalhador, visto que os trabalhadores de plataformas de petróleo trabalham em alto mar, espaços confinados, estão longe da família e trabalham em turnos, o que é um facilitador a exposição aos riscos ocupacionais.

Para Coutrin (2000 apud CARVALHO, PEDROSA e SEBASTIÃO 2011)7

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Coutrim, MX; Carvalho, LRF; Arcuri, ASA. Avaliação dos métodos analíticos para a determinação de metabólitos do benzeno como potenciais biomarcadores de exposição humana ao benzeno no ar. Química Nova [Internet]. v. 23, n. 5, maio. 2000. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/qn/v23n5/3057.pdf

em relação ao estudo de doenças hematológicas, em especial a Leucemia Mielóide Aguda, a exposição no ambiente de trabalho a determinados produtos, o consumo de produtos nocivos aumentaram e como consequência causou agravos a saúde da população trabalhadora. Em relação as exposições ambientais a patologia mais prevalente é a Leucemia Mielóide Aguda que possui alta letalidade.

A partir da afirmação deste estudo, percebe-se que as situações vividas no ambiente de trabalho e o próprio ambiente de trabalho em si, esta intimamente relacionada com a saúde dos profissionais, visto que estes trabalhadores estão ligados diretamente ao processo de produção. Logo, a propensão de doenças hematológicas em trabalhadores expostos a produtos tóxicos, químicos é muito superior aos trabalhadores das demais classes profissionais.

Mediante aos riscos que o ambiente de trabalho e a profissão pode causar, Carvalho, Pedrosa e Sebastião (2011) afirmam que é de suma importância o conhecimento do profissional de saúde em relação as possíveis patologias que determinadas profissões em seu ambiente de trabalho podem provocar. Assim como os profissionais de saúde das instituições de saúde devem conhecer quais possíveis patologias podem estar associadas a determinadas profissões.

As patologias hematológicas, além de outras doenças ocupacionais, interferem bruscamente na qualidade e força de trabalho de todo profissional em idade economicamente ativa. De acordo com o estudo acima mencionado os produtos e o meio ambiente de trabalho influenciaram diretamente na saúde dos profissionais que estavam em plena atividade física. Profissionais aposentados também sofreram com tais patologias, visto que muitas doenças se manifestaram com o decorrer do tempo.

Entende-se através da análise destas referências que são muitas as doenças advindas do trabalho que cada trabalhador exerce. Mediante a isto se faz necessário o mapeamento destas doenças ocupacionais e das ocupações profissionais que estes trabalhadores exercem para o planejamento adequado da educação para prevenção de acidentes e doenças laborais destes trabalhadores.

De acordo com Almeida (2003), os riscos concernentes a lesões agudas ou crônicas que são provocados por temperaturas altas, máquinas ruidosas ou perigosas, substâncias tóxicas e até mesmo explosões. O levantamento destes riscos e acidentes (lesões) de trabalho decorre do sofrimento vivenciado ao longo dos anos por estes trabalhadores. Estes problemas são mapeados pela equipe multidisciplinar, na qual se enquadram os enfermeiros, médicos, engenheiros e os próprios trabalhadores. Dessa forma, as instalações, processos e substâncias de trabalho são classificados de acordo com os potenciais riscos em causar danos a saúde dos trabalhadores.

Quanto a ergonomia no trabalho, o MTE (2013) afirma que as empresas tem que ter condições de trabalho psicofisiológicas adequadas para os trabalhadores, para proporcionar conforto, segurança e desempenho eficiente no trabalho.

Para Almeida (2003), a ergonomia é outro fator que pode ser gerenciado pelo enfermeiro para gerar menos ocorrência de doenças ocupacionais aos trabalhadores. O processo de trabalho, que se refere às condições físicas e ambientais do trabalho, e os fatores relativos aos indivíduos como sexo, idade, nível de aprendizagem, condições de vida e saúde, são fundamentais para o conhecimento dos trabalhadores e a consequente elaboração de um projeto para a empresa que possa melhorar as condições de trabalho.

Todo trabalhador corre riscos em seu ambiente de trabalho, porém existem trabalhos que são muito mais perigosos, como é o caso dos trabalhadores de indústrias petroquímicas. A interferência na saúde destes trabalhadores é em decorrência de acidentes de trabalho, mas o conhecimento do enfermeiro em plataformas de petróleo em planejar o gerenciamento destes riscos minimiza os acidentes e doenças ocupacionais.

4.2.3

A respeito da saúde do trabalhador, plataformas de petróleo e riscos ocupacionais, foi realizadas buscas, procuras de trabalhos científicos e percebemos de forma frustrante que

A saúde do trabalhador de plataforma de petróleo

O trabalho em plataformas de petróleo vem crescendo a cada dia e com isso os riscos inerentes a profissão se tornam mais evidentes. A população que trabalha em ambiente offshore sofre com riscos altíssimos relacionados a sua profissão, pois estão em ambientes confinados, trabalham com materiais pesados e de difícil manipulação. Além disso, encontram-se isolados da população, ou seja, estão trabalhando em grupo, mas isolado da família, parentes, amigos, entre outros, o que torna o trabalho ainda mais árduo.

ainda é uma área muito pouco explorada, evidenciando assim um quantitativo muito baixo de trabalhos. A importância de trabalhos e pesquisas nesta área é de suma importância, para que se elaborem os principais riscos, e assim gerenciar os mesmos e atuar na prevenção. Deve-se contar com ajuda dos trabalhadores para a elaboração destes riscos, pois os mesmos sabem e vivem esses riscos no seu dia a dia.

De acordo com Almeida (2003), no processo de industrialização os trabalhadores passaram a trabalhar em ambientes não muito propícios para o trabalho, além de trabalharem com substâncias tóxicas, máquinas perigosas, extensas jornadas de trabalho, entre outros. Porém, a regulamentação social e técnica do trabalho em defesa do trabalhador em meio da industrialização originaram e institucionalizaram a disciplina técnica como higiene e segurança no trabalho e a medicina do trabalho, tendo assim como objetivos a prevenção de acidentes e doenças advindas do trabalho.

A implementação destas disciplinas foram fundamentais no ambiente de trabalho, visto que muitas doenças e acidentes de trabalho ocorriam por falta de prevenção, com isso a saúde dos trabalhadores destas indústrias melhorou.

Almeida (2003) fez uma pesquisa para a elaboração de seu trabalho sobre o potencial de perigos existentes em uma indústria petroquímica e com isso visualizou os seguintes perigos:

LISTA DE POTENCIAIS PERIGOS EXISTENTES

Escorregões ou quedas no piso, devido a superfícies de piso escorregadio e não uniformes. Quedas devido a espaços abertos em pisos e canaletas.

Quedas de pessoas em alturas.

Perigos associados com manuseio, transporte ou levantamento manual de ferramentas, materiais, entre outros.

Ambiente térmico inadequado, como muito quente. Possibilidade de incêndios e explosões.

Exposição a substâncias perigosas. Exposição a partes móveis de equipamentos.

Atividades monótonas e repetitivas. Níveis de iluminação deficientes.

A listagem acima se refere a potenciais problemas que podem ocorrer no meio de trabalho e que pode gerar danos a saúde do trabalhador a curto, médio ou longo prazo.

Mediante a exposição realizada acima, infere-se que a saúde de trabalhadores em plataformas de petróleo se encontra em constantes provações, pois os riscos que estes trabalhadores estão expostos são enormes, além das questões sociais e psicológicas.

Quanto às questões psicológicas, pode-se dizer que é um drama vivenciado por todos

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