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RAILSON RODRIGUES SISTEMA SUPERVISÓRIO EM UMA PLANTA DE MONTAGEM AUTOMOBILISTICA. Cidade Ano

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Cidade Ano

Ponta Grossa 2018

RAILSON RODRIGUES

SISTEMA SUPERVISÓRIO EM UMA PLANTA DE

MONTAGEM AUTOMOBILISTICA

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Ponta Grossa 2018

SISTEMA SUPERVISÓRIO EM UMA PLANTA DE

MONTAGEM AUTOMOBILISTICA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Engenharia Elétrica.

Orientador: Carlos Junior

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RAILSON RODRIGUES

SISTEMA SUPERVISÓRIO EM UMA PLANTA DE

MONTAGEM AUTOMOBILISTICA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Engenharia Elétrica.

BANCA EXAMINADORA

Prof. Luiz Henrique Domingues

Prof. Paulo Abdala

Prof. Thiago Mej

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RODRIGUES, Railson. Sistema supervisório em uma planta de montagem automobilística. 2018. 22 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Elétrica) – UNOPAR, Ponta Grossa, 2018.

RESUMO

Os sistemas programáveis ou softwares são um dos meios que se pode obter maior produtividade e qualidade na linha de produção. Nesse sentido, existe o sistema supervisório também chamado de SCADA (Supervisory Control and Data Aquisition), o qual consiste em um conjunto de programas, geralmente ligados a uma rede de equipamentos eletrônicos, que estabelece estratégias de controle e supervisão através da emissão de informações referentes ao processo de produção. Em geral, o sistema supervisório permite o monitoramento e rastreamento de informações sobre um processo produtivo. No caso da indústria automobilística, ele pode ser utilizado como uma ferramenta diferencial a fim de obter maior produtividade. Desse modo, buscou-se responder o seguinte problema de pesquisa: De que modo o sistema supervisório pode contribuir para uma linha de produção de uma planta de montagem automobilística? Com isso, obteve-se como objetivo geral: analisar o funcionamento de um sistema supervisório na linha de produção de montagem automobilística. Quantos aos objetivos específicos: definir o processo de automação na indústria automotiva; apresentar o sistema supervisório no controle da planta industrial; descrever as vantagens de utilizar um sistema supervisório. Esta pesquisa teve como método a Revisão de Literatura. O sistema supervisório é um sistema que faz uso de software para monitoramento e controle de variáveis e dispositivos de um processo. Ele armazena dados do processo e fornece informações da automação industrial. O sistema supervisório pode ser utilizado em vários âmbitos, dentre eles, destaca-se a planta automobilística. Os dados que o sistema pode fornecer podem contribuir para diversos pontos de operação, além do controle inteligente, a fim de levar a planta ao ponto de operação desejado.

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RODRIGUES, Railson. Supervisory system in an automobile assembly plant. 2018. 22 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Elétrica) – UNOPAR, Ponta Grossa, 2018.

ABSTRACT

The programmable systems or softwares are one of the means that can achieve greater productivity and quality in the production line. In this sense, there is the supervisory system also called SCADA (Supervisory Control and Data Acquisition), which consists of a set of programs, usually linked to a network of electronic equipment, which establishes control and supervision strategies through the issuance of information regarding to the production process. In general, the supervisory system allows the monitoring and tracking of information about a production process. In the case of the automobile industry, it can be used as a differential tool in order to achieve higher productivity. In this way, we tried to answer the following research problem: How can the supervisory system contribute to a production line of an automobile assembly plant? With this, it was obtained as general objective: to analyze the operation of a supervisory system in the line of production of automobile assembly. How many specific objectives: define the automation process in the automotive industry; present the supervisory system in the control of the industrial plant; describe the advantages of using a supervisory system. This research had as a method the Literature Review. The supervisory system is a system that makes use of software for monitoring and controlling the variables and devices of a process. It stores process data and provides industry automation information. The supervisory system can be used in several areas, among them, the automobile plant stands out. The data that the system can provide can contribute to several points of operation, in addition to intelligent control, in order to bring the plant to the desired point of operation.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1- Modelo Pirâmide de Automação ... 10

Figura 2- Exemplo de uma sala de controle com painéis HMI e MTU ... 12

Figura 3- Arquitetura de um sistema SCADA ... 17

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ... 8 2. CONTEXTUALIZAÇÃO DA AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL ... 10 3. SISTEMA SUPERVISÓRIO NA PLANTA AUTOMOBILÍSTICA ... 13 4. FUNCIONAMENTO DO SISTEMA SUPERVISÓRIO E SUAS VANTAGENS .. 17 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 21 REFERÊNCIAS ... 22

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1. INTRODUÇÃO

Devido à alta competitividade, as indústrias buscam melhoria da eficiência na linha de produção aliada à redução de custos. Sendo assim, se faz necessária aplicação de ferramentas para aumentar a disponibilidade de equipamentos. Para evitar problemas em falha de máquinas e parada da linha de produção, a automação industrial possibilita detectar as falhas, e, com efeito, otimizar as sequências de operações.

Os sistemas programáveis ou softwares são um dos meios que se pode obter maior produtividade e qualidade na linha de produção. Nesse sentido, existe o sistema supervisório também chamado de SCADA (Supervisory Control and Data Aquisition), o qual consiste em um conjunto de programas, geralmente ligados a uma rede de equipamentos eletrônicos, que estabelece estratégias de controle e supervisão através da emissão de informações referentes ao processo de produção.

O tema descrito é de extrema importância para o futuro da indústria, onde cada vez se fala na indústria 4.0. Por se tratar da área de automação, ele é um sistema que envolve outras especialidades da área da engenharia e devem ser realizados estudos das áreas onde serão implementadas, pois pode ajudar na linha de produção, visando monitoramento em tempo real de todo processo produtivo.

Em geral, o sistema supervisório permite o monitoramento e rastreamento de informações sobre um processo produtivo. No caso da indústria automobilística, ele pode ser utilizado como uma ferramenta diferencial a fim de obter maior produtividade. Desse modo, buscou-se responder o seguinte problema de pesquisa: De que modo o sistema supervisório pode contribuir para uma linha de produção de uma planta de montagem automobilística?

Com isso, obteve-se como objetivo geral: analisar o funcionamento de um sistema supervisório na linha de produção de montagem automobilística. Quantos aos objetivos específicos: definir o processo de automação na indústria automotiva; apresentar o sistema supervisório no controle da planta industrial; descrever as vantagens de utilizar um sistema supervisório.

Esta pesquisa teve como método a Revisão de Literatura. Para coleta de dados foram utilizados artigos, dissertações, teses através da pesquisa no Google. A seleção de materiais ocorreu pela escolha de trabalhos que estavam relacionados

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ao objeto de estudo aqui proposto, no período de 2000 até 2018. As palavras-chaves para seleção dos estudos foram: montagem automobilística, controle da planta industrial, sistema supervisório na linha de produção. Os principais autores utilizados foram Azevedo (2011), Buissa (2005), Gil (2007), Paganotti (2014), entre outros.

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2. CONTEXTUALIZAÇÃO DA AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL

A Automação Industrial envolve um conjunto de técnicas de controle e dos sistemas fabris de produção, das quais é criado um sistema ativo, capaz de fornecer a resposta adequada em função das informações que recebe do processo em que está atuando (WEG, 2002). Baseia-se, fundamentalmente, na execução de tarefas previamente planejadas e busca controlar sequências de operações sem necessitar da intervenção do homem. Entre os dispositivos eletro-eletrônicos podem-se utilizar computadores, supervisórios, controladores, etc.

A International Society of Automation (ISA) ou Sociedade Internacional de Automação estabeleceu em cinco níveis hierárquicos a automação industrial. Em 2010 foi feita uma atualização desta subdivisão na ISA-95/2010 (SILVA, 2017).

Figura 1- Modelo Pirâmide de Automação

Fonte: Silva (2017)

Na pirâmide é apresentado os cinco níveis de automação, o nível 1 refere-se aquele em que as máquinas estão vinculadas a produção e é composto pelos sensores, transmissores, dispositivos, etc. O nível 2 consiste no controle de todos os equipamentos da automação e abarcar os controladores lógicos programáveis (CLP), os sistemas de controle distribuído (SDCD), unidades terminais remotas, dispositivos eletrônicos inteligentes, etc. O nível 3 busca concentrar, controlar, alocar recursos, também supervisionar e estabelecer pontos de operação dos

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controladores do nível 1 e 2, neste nível é que estão os sistemas SCADA que centralizam as informações em banco de dados e enviem para os níveis 4 e 5 que são os administrativos. O nível 4 tem a finalidade de planejar e programar a planta fabril, realizar o controle e a logística de suprimentos. Nesse nível está o Sistema de Execução da Manufatura. Quanto ao nível 5 este consiste na administração e gerenciamento de todos os recursos da organização (SILVA, 2017).

O controle automático de processos no sistema de automação integra tecnologias diferentes, o que propicia o surgimento de funções como o monitoramento, alarme, intertravamento, comparação de variáveis, operação lógica, armazenamento em memória, entre outros. Do ponto de vista de supervisão e do controle de processos, as principais transformações denotam a necessidade de fazer uso de sistemas integrados, denominados de sistemas SCADA (Supervisory Control and Data Acquisition), que relacionam todos os níveis de automação, disponibilizando as principais informações da planta industrial num ambiente chamado de supervisório (RIBEIRO, 2013).

Na automação, a utilização dos sistemas supervisórios permite a comunicação rápida e confiável entre equipamentos e o uso de mecanismos padronizados, que são fatores indispensáveis no conceito de produtividade industrial. O seu uso tem por objetivo permitir que a maior quantidade de dispositivos possam estar interligados, compartilhando recursos, deixando dados dos sistemas disponíveis para o ambiente industrial, oferecendo rapidez, confiabilidade e redução de custo para a empresa (COGHI, 2003).

Existem, atualmente, vários tipos de sistemas automatizados que visam maior produtividade, controle e qualidade. Nesse cenário, a automação tornou-se uma ferramenta indispensável para as empresas, incluindo as empresas do setor automotivo (COGHI, 2003).

Assim, diante a disseminação da tecnologia de informação nos últimos 20 anos, o modo de operar nas indústrias foi se modificando. Busca-se continuamente a melhoria do processo quanto à qualidade do produto, a velocidade de produção, mas também se visa à redução de perdas da produção. Diante disso, são utilizadas técnicas que auxiliam na gestão da produção, como por exemplo, sistemas de automação que usam a computação e a comunicação para automatizar, monitorar e controlar os processos industriais. Dentre estes sistemas de automação,

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destacam-12

se os sistemas supervisórios, também denominados de SCADA (Supervisory Control and Data Aquisition) (SILVA; SALVADOR, 2005).

Os sistemas supervisórios relacionam todos os níveis de automação, disponibilizam as principais informações da planta industrial num ambiente chamado de supervisório.

Figura 2- Exemplo de uma sala de controle com painéis HMI e MTU

Fonte: Costa (2016)

O sistema SCADA é um sistema de controle constituído por um pacote de software instalado em uma estação principal MTU (Master Terminal Unit) reservado ao controlo local de processos distribuídos por meio da aquisição de dados oriundos dos controladores locais RTU (Remote Terminal Unit), fazendo a execução do processamento dos dados, compilando históricos, gerando alarmes, criando bases de dados e estatísticas, e assim, efetuando um controlo de alto nível de uma rede de automação por comandos automáticos (scripts) ou manuais através de um painel sinótico de comandos e informações chamado de HMI (ARRUDA; PEREIRA, 2012).

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3. SISTEMA SUPERVISÓRIO NA PLANTA AUTOMOBILÍSTICA

A contextualização histórica da indústria automotiva mundial é configurada pelas formas de fabricação e produção dos automóveis associadas aos modelos de gestão do trabalho. Desse modo, a sua evolução está relacionada com o surgimento da ciência da Administração, onde Frederic W. Taylor e Henri Fayol iniciaram esses estudos (GIL, 2007).

Foi então a partir do século XX, com o advento da Revolução Industrial que se criou uma nova realidade para as organizações, principalmente no que se refere ao aumento de fábricas e de mão de obra especializada por parte dos operários. Consequentemente, tal cenário exigiu métodos totalmente novos de administração, o que acarretou no surgimento da Escola de Administração Clássica ou Científica, tendo como um de seus principais expoentes Frederick Taylor (1856- 1915) nos Estados Unidos e Henri Fayol (1841-1925), na França. O princípio básico dessa Escola era o de maximizar a produtividade por meio de baixos custos de produção (GIL, 2007).

O que se pode notar é que a Teoria Clássica focalizava na produtividade das tarefas realizadas pelos trabalhadores. Partindo disso que Taylor desenvolveu um sistema de administração, o qual tinha como fundamento à racionalização do trabalho, mais especificamente na simplificação dos movimentos requeridos para a execução das tarefas, objetivando a redução do tempo consumido (GIL, 2007). Esse modelo tem como principais características: seguir pressupostos tayloristas (produtividade), ser responsável por trâmites burocráticos e transações processuais, ter foco na tarefa, custos e nos resultados produtivos.

No contexto da produção automobilística, Henry Ford, no início do século XX, acrescenta novas concepções ao Taylorismo, desenvolvendo o Fordismo. A produção em massa que Henry Ford desenvolveu e a complexidade dos materiais que eram produzidos foram algumas das causas da necessidade de se ter uma programação da linha da produção. Ressalta-se, portanto, que Henry Ford inseriu um novo conceito no processo de trabalho com respaldo em um ritmo de produção veloz e sem flexibilidade, caracterizadas pela alta repetitividade de tarefas nas linhas de produção (FRAINER, 2010).

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Na década de 80, um novo contexto exigiu nova tecnologia de gestão da produção, o que acarretou no surgimento e expansão do modelo japonês (Toyotismo). De modo geral, outros modelos foram se desenvolvendo e se estabelecendo na indústria, com vistas a melhorar a produção aliada a qualidade do produto (FRAINER, 2010).

De acordo com Paganotti (2014), a indústria automobilística tem sido considerada uma das mais instigantes cadeias produtivas desde o seu advento. A indústria automobilística desenvolveu uma otimização produtiva que gerou modelos de referência no que diz respeito a linha de montagem, introdução de práticas de qualidade e da recente manufatura enxuta, verticalização do processo produtivo e “desverticalização”, o que impulsionou as indústrias a buscarem inovações nos processos e produtos.

A indústria automotiva, mais especificamente a que está relacionada pela manufatura dos veículos, é composta por múltiplos sistemas e processos. Os processos presentes em uma indústria automotiva podem ser divididos em duas plantas fabris: a primeira responsável pela fabricação e montagem do sistema completo de Powertrain, enquanto a segunda é a planta de Assembly, responsável pela construção da estrutura do veículo, assim como pela pintura e montagem final do veículo (SILVA, 2017).

No Brasil, existe uma diversidade de linhas de montagem automobilística, segundo Buissa (2005) a maioria das indústrias adota linhas de produção “multi-modelos” com uma grande faixa de modelos. No entanto, esta variedade de modelos pode acarretar em um impacto nos custos de mão-de-obra direta e nos custos indiretos em uma montadora.

Desse modo, é recorrente o uso de sistemas de computação e de comunicação, os quais possibilitam um maior controle da planta industrial, a fim de facilitar o acesso aos dados, permite também um melhor controle do processo produtivo, possibilitando a fácil detecção de falhas no sistema de abastecimento e tornando o processo mais simples e confiável (BUISSA, 2005).

Mediante a necessidade de facilitar o acesso aos dados, surgiram sistemas de controle, os quais trabalham de maneira remota. Assim, tem-se o sistema supervisório ou SCADA (Supervisory Control And Data Acquisition), que se

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caracteriza por ser um sistema de controle e monitoramento de plantas, equipamentos e processos industriais (SILVA, 2017).

Os primeiros sistemas supervisórios eram telemétricos e começaram a ser utilizados nas últimas décadas do século 20, onde o contexto computacional e tecnológico ainda era limitado e pouco acessível. Este sistema, basicamente, permitia informar de modo periódico o estado corrente do processo industrial, eram somente utilizados para funções de monitoração de processos. Todavia, com o passar dos anos, os computadores tornaram-se cada vez mais potentes para atender à crescente demanda mundial. Na década de 90 já havia muitos fabricantes de sistemas supervisórios disputando seu espaço em meio ao crescente mercado industrial, então tais sistemas incorporam funções de controle do processo (PAIOLA; VIEIRA, 2009).

No século XXI, os sistemas de automação industrial utilizam de vários programas supervisórios desenvolvidos por inúmeras empresas de tecnologia com protocolos de comunicação e drivers de aquisição de dados, que são desenvolvidos em especial para CLP’s (Controladores Lógico Programáveis). O funcionamento de um sistema supervisório é feito basicamente pela comunicação com um CLP por meio de uma interface de comunicação ou drivers de comunicação (AZEVEDO; AZEVEDO, 2011).

A partir daí, o núcleo principal fica responsável pela disseminação e coordenação das informações para os demais sistemas integrados, estabelecendo a forma como os dados são ordenados na memória do CLP. Estas interfaces devem ler e escrever na memória de um CLP, executando o protocolo particular daquele equipamento. As informações que chegam ao sistema são mostrados na forma de gráficos, animações, relatórios, facilitando ao operador do sistema o acompanhamento das operações (AZEVEDO; AZEVEDO, 2011).

Pode-se então afirmar que os sistemas SCADA são softwares que propiciam o monitoramento de informações e variáveis de um processo produtivo, as informações podem ser obtidas através de equipamentos de aquisição de dados e, posteriormente, podem ser manipuladas, analisadas, armazenadas e, em seguida, apresentadas ao usuário através de uma interface, condicionando a supervisão e o controle de uma planta automatizada, podendo apontar alarmes e indicar ações a

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serem tomadas, ou ainda, interferir no processo por medida de segurança (PAIOLA; VIEIRA, 2009).

Em suma, a evolução tecnológica dos sistemas supervisórios trouxe inúmeros benefícios para indústrias de grande porte, incluindo a indústria automobilística, trazendo mais eficiência e qualidade na operação das plantas modernas. Ressalta-se que no século XXI existem disponíveis no mercado ferramentas que utilizam o conceito de supervisórios inteligentes, os quais fazem uso de técnicas como lógica nebulosa, mineração de dados e outros, com vistas de tentar prever comportamentos do sistema ou descobrir novos padrões (PAIOLA; VIEIRA, 2009).

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4. FUNCIONAMENTO DO SISTEMA SUPERVISÓRIO E SUAS VANTAGENS

Um sistema de supervisão divide-se basicamente em três características principais: aquisição de dados, que recolhe o estado e valores dos equipamentos de campo e a compilação da informação em um equipamento central; o processamento de dados, a partir da criação de históricos, alarmes, bases de dados e processamento automático por estruturas pré-programadas (scripts) e disponibilização de dados para níveis superiores; interface humano-máquina, que disponibiliza informação do sistema para um operador por meio de painéis sinóticos, o que permite executar comandos manuais e definir pontos de funcionamento (setpoints) para operação dos processos na rede (SOUZA, 2005).

Operacionalmente, um sistema SCADA utiliza um equipamento central que viabiliza a supervisão e gestão total do sistema e um ou mais controladores locais (RTU’s), o controlo do processo é realizado localmente e a supervisão centralmente (COSTA, 2016).

Figura 3- Arquitetura de um sistema SCADA

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18 A comunicação entre a MTU e as RTU’s ocorre por meio de uma rede de comunicações que usa um cabo como meio físico de transmissão ou através de uma rede local Ethernet para instalações de média dimensão. Para instalações de dimensões maiores ou de difícil acesso podem-se usar ondas rádio UHF/VHF, micro-ondas, wireless, GSM (Global System for Mobile Communications), etc. (COSTA, 2016).

Quanto a aquisição de dados de um sistema SCADA, este começa pelos dispositivos de campo (sensores e atuadores) que enviam e recebem sinais do seu controlador de processo (PLC-RTU) ou para um transmissor (RTU), a RTU envia os dados para a MTU através de uma rede de comunicação, rede industrial ou comercial. Os dados provenientes das RTU podem chegar à MTU em um protocolo definido para a rede utilizada (COSTA, 2016).

O uso do sistema SCADA na planta automobilística envolve vários elementos, dentre eles, pode-se citar: pneumáticos, hidráulicos, eletrônicos e de software, entre outros. Para aplicação do sistema SCADA, o autor Silva (2017) enfatiza a importância de especificar cada um desses elementos, delimitando seu funcionamento e suas limitações, a fim de obter um projeto automatizado que funcione de maneira eficaz e assegure o fornecimento de dados confiáveis.

Através do uso de plataformas, é possível mapear o componente gráfico e de configuração do sistema do software para simulação da linha de produção da planta automobilística, além de monitorar os processos realizados, assim como comunicar a simulação com o resto do sistema (SILVA, 2017).

Silva (2017) elucida que o projeto e implementação de um sistema de controle e monitoramento SCADA da linha de produção deve primeiramente configurar a comunicação entre o CLP utilizado e o software SCADA escolhido, então desenvolver o software de maneira a atender todos os requisitos propostos, elaborar sinóticos com animações e botões de comando, além de sistema de alarmes e relatórios.

Uma das aplicações que o sistema SCADA permite é o visualizador de sinópticos, que refere-se a uma representação diagramática animada e interativa em tempo-real, na maioria das vezes, formada por gráficos 2D vectoriais disponibilizados por linguagens como o SVG ou WPF, de um processo controlado através de um operador (ARRUDA; PEREIRA, 2012).

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Figura 4- Exemplo de sinóptico automotivo

Fonte: Silva (2013)

Desse modo, o sistema SCADA aumenta a eficiência e velocidade de processos, além da facilitar a identificação de falhas, o que mostra o benefício de sua funcionalidade, em especial, para monitoramento e controle eficientes da linha de produção (SILVA, 2013).

Em uma planta automobilística, os sistemas supervisórios podem fornecer dados que podem ser visualizados e controlados na automação industrial, como por exemplo: a temperatura; pressão; umidade; nível; peso; vazão; tensão; corrente, entre outros (BARROS, 2012).

Os sistemas de controle computadorizados monitoram, controlam e realizam diagnósticos sobre processos de larga escala, gerando um número de variáveis, fazendo com que operadores encontrem dificuldades para efetivamente monitorar esses dados, analisar o estado atual, detectar e diagnosticar anomalias e realizar ações apropriadas de controle. Para evitar estes transtornos, surgiram os sistemas inteligentes que incorpora uma variedade de técnica, que integram diferentes abordagens a fim de melhorar o desempenho da planta, reduzir custos de operação, facilitar o trabalho do operador em tarefas intensivas, e permitir ao operador estar

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mais informado e realizar melhores decisões para tornar a planta mais segura (BARROS, 2012).

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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Para alcançar o objetivo proposto, primeiramente, contextualizou-se o surgimento da automação industrial, depois se discorreu sobre o sistema supervisório na planta automobilística, e então, foi descrito sobre o funcionamento do sistema supervisório e suas vantagens.

Com isso, foi possível verificar que o sistema supervisório é um sistema que faz uso de software para monitoramento e controle de variáveis e dispositivos de um processo. Ele armazena dados do processo e fornece informações da automação industrial. A utilização dos sistemas supervisórios permite a comunicação rápida e confiável entre equipamentos e o uso de mecanismos padronizados, que são fatores indispensáveis no conceito de produtividade industrial.

O sistema supervisório pode ser utilizado em vários âmbitos, dentre eles, destaca-se a planta automobilística. Os dados que o sistema fornece podem contribuir para diversos pontos de operação, além do controle inteligente, tendo como principal finalidade levar a planta ao ponto de operação desejado.

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REFERÊNCIAS

ARRUDA, T. A.; PEREIRA, G. A. S. Arquitetura de Hardware e Software para Supervisão e Controle de um Carro Autônomo. Congresso Brasileiro de Automática, Campina Grande, 2012.

AZEVEDO, Cleverson L. de; AZEVEDO, Diogo Küster de. Monitoramento de medidores de água via sistema supervisório. 63 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação de Tecnólogo em Eletrônica). Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Curitiba, 2011.

BARROS, T.M. Sistema supervisório inteligente de processos na indústria do petróleo e gás: aplicação em uma coluna de destilação simulada integrada a instrumentação real. Dissertação de mestrado. Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Natal, 2012.

BUISSA, G.N. Utilização de tecnologia Wireless no sistema de abastecimento de uma linha de montagem de automóveis. 159 f. Mestrado em Engenharia Automotiva. Universidade de São Paulo. São Paulo, 2005.

COGHI, A.M. Critérios para seleção de redes para automação industrial. Revista Mecatronica, 2003.

COSTA, P. A.R. Integração de múltiplas redes de automação. Dissertação de mestrado. Instituto Superior de Lisboa. Lisboa, 2016.

FRAINER, D.M. A estrutura e a dinâmica da indústria automobilística no Brasil. Tese de doutorado em Ciências Econômicas. 137 f. UFRGS, Porto Alegre, 2010. GIL, A. Gestão de Pessoas: Enfoque nos papeis profissionais – São Paulo: Atlas, 2007.

PAGANOTTI, José Antonio O processo inovativo na indústria automobilística: um estudo de caso em empresas automobilísticas da Região do ABC. São Caetano do Sul: USCS-Universidade Municipal de São Caetano do Sul, 2014.

PAIOLA, C.E.G.; VIEIRA,R.C. Métodos Computacionais para Otimização de Processos Metalúrgicos. Anais do XIII Seminário de Automação de Processos da ABM, 2009.

RIBEIRO, E.A. Supervisão industrial a luz das normas ISSO/IEC 91. Dissertação de Engenharia de Teleinformática. Universidade Federal do Ceará, 2013.

SILVA, L.F. e. Projeto de automação CLP-SCADA de uma linha de produção simulada de portas automotivas. 117 f. Trabalho de Conclusão de Curso. Brasília, DF, 2017.

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SILVA, A.P.G. da; SALVADOR, M. O que são sistemas supervisórios? Wectrus, 2005. Disponível em: http://www.wectrus.com.br/artigos/sist_superv.pdf. Acesso em 18 de abril de 2018.

SOUZA, R.B. Uma arquitetura para sistemas industriais e sua aplicação em processos de elevação artificial de petróleo. Dissertação de Mestrado.

Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Natal, 2005.

WEG S.A. Automação de Processos Industriais - PC12 Design Center. Apostila para treinamento interno, Jaraguá do Sul, [2002]. Jaraguá do Sul: Weg S.A., 2002.

Referências

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