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econõmicq Faculdade de Ciências Econômicas UFRGS nesta edição: ano 4 n9 7 RIO GRANDE DO SUL, : A IDÉIA DA INDÚSTRIA Sandra Jatahy Pesavento

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Faculdade

de Ciências Econômicas

UFRGS

econõmiCQ

nesta edição:

RIO GRANDE DO SUL, 1890-1930: A IDÉIA DA INDÚSTRIA

Sandra Jatahy Pesavento

DESENVOLVIMENTO DO CAPITALIS-MO E A REFORMA AGRÁRIA NO BRASIL

Silvio A. F. Cario

A PEQUENA PROPRIEDADE RURAL EM SANTA CATARINA

Otto G. Konzen

ECONOMIA, ECOLOGIA E POLUIÇÃO Aloísio Ely

TEORIA GERAL: AS CONCEPÇÕES DE KEINES E OS MODELOS INTER-PRETATIVOS

Fernando Ferrari Filho

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REITOR: Prof, Francisco Ferraz

DIRETOR DA F A C U L D A D E DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS; Prof. Edgar Irio Simm

VICE-DIRETOR: Prof. Walter Meucci Ñique

CHEFE DO DEPARTAMENTO DE CIENCIAS ECONÔMICAS: Prof. Ernani Hickmann

CONSELHO E D I T O R I A L : Prof. Pedro Cezar Dutra Fonseca (Presidente) Prof. Achyles Barcelos da Costa

Prof. Carlos Augusto Crusius Piof. Claudio Francisco Accurso Prof. Edgar Augusto Lanzer Prof. Ernani Hickmann Prof. Juvir Mattuella Prof. João Rogério Sansón

Profa, Maria Imilda da Costa e Silva Prof. Nali de Jesus de Souza

Prof. Nuno Renan L. de Figueiredo Pinto Profa. Otilia Beatriz Kroeff Carrion Prof. Paulo Alexandre Sphor Prof. Roberto Camps Moraes Profa. Yeda Rorato Crusius F U N D A D O R : Prof. Antonio Carlos Santos Rosa

A N Á L I S E ECONÔMICA publica dois números anuais nos meses de março e novembro. O preço da assinatura para 1986 é Cz$ 36,00, a ser pago através de cheque nominal para "Faculdade de Ciências Econômicas — UFRGS". Aceita-se permuta com revistas congêneres. Aceitam-se, também, livros para elaboração de resenhas ou recensões.

Toda a correspondência, material para publicação, assinaturas e permutas de-vem ser dirigidas a:

Prof. PEDRO CEZAR D U T R A FONSECA Revista Análise Econômica

Avenida João Pessoa, 52 — 39 andar 90,000 - Porto Alegre (RS) - Brasil

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COMENTÁRIOS

OS "CENTROS DE INFORMAÇÃO"

U m a i n o v a ç ã o na o r g a n i z a ç ã o dos C e n t r o s de P r o c e s s a m e n t o de D a d o s e n o seu r e l a c i o n a m e n t o c o m os u s u á r i o s .

M . L L E Ã O

Há um mal-estar freqüente nas empresas que utilizam serviços de computador, a partir de uma instalação central, de feição con-vencional. Esse mal-estar se manifesta sob a f o r m a de frustração e descontentamento, tanto mais pronunciados quanto maior a equi-pe de analistas e programadores incumbidas de desenvolver e man-ter as aplicações de inman-teresse dos usuários.

A fonte desta insatisfação pode se apresentar, em cada caso, como proveniente de situações peculiares a uma determinada em-presa e ao seu centro de computação, levando a atritos e discussões em que usuários e gerentes de processamento de dados (bem como analistas e programadores) se acusam reciprocamente de incompe-tência.

Na realidade, porém, se trata de um fenômeno de natureza m u i t o mais sistêmica que episódica, de caráter praticamente uni-versal, que provém de uma contradição inerente à configuração usual do processamento eletrônico de dados na empresa, cujos efeitos são inevitáveis, não importa quão qualificadas sejam as pes-soas envolvidas.

I A N A L I S E E C O N Ô M I C A | A N O 4 | N 9 7 | N O V E M B R O / 8 6 | p. 9 1 - 9 6 |

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À medida que cresciam os computadores, maiores e mais complexas se tornavam, t a m b é m , as aplicações sobre eles construí-das, enquanto crescia exponencialmente o tempo que se fazia ne-cessário para conceber, desenvolver e programar uma aplicação, não só porque seu volume impunha este esforço prolongado, como também porque os próprios sistemas operacionais das máquinas de grande porte também se tornavam pesados e complexos, exigindo, dos programadores e analistas, demorado esforço de treinamento e familiarização, até que atingissem completa desenvoltura diante das peculiaridades e da multiplicidade de recursos da máquina.

A contradição antes referida decorre da circunstância de nun-ca serem estátinun-cas as necessidades dos usuários, enquanto que ana-listas e programadores insistem em receber, daqueles, definições claras e precisas, logo no começo do ciclo de desenvolvimento, im-pondo, ainda, que tais definições permaneçam imutáveis por tem-po indeterminado. Como, tem-porém, é imtem-possível congelar as necessi-dades dos usuários, pois elas se acham em contínua mutação, re-fletindo o r i t m o da tomada de decisão no cenário empresarial e económico, resulta um hiato, ao cabo de um longo período de de-senvolvimento, entre aquilo que o usuário recebe e o que realmen-te necessita.

O problema se agrava porque, na rigidez com que são estrutu-radas as aplicações, é d i f í c i l modificar os relatórios programados, é praticamente impossível arrolar informações não previstas, mas agora reputadas essenciais, e, ademais, o programa não raro assume feição episódica, não ensejando a análise de dados históricos, para assistir no planejamento e na tomada de decisões, por parte da ge-rência.

Por o u t r o lado, é preciso reconhecer que analistas de sistemas e programadores têm razão quando alegam que não se podem ver envolvidos em um regime de projetos "a prestações", sujeitos a al-terações de momento a momento, seja no processamento dos da-dos, seja nos próprios dada-dos, seja, ainda, no f o r m a t o dos relatórios

(ou das telas de terminais).

O ciclo de atividades para o lançamento de uma aplicação en-volve numerosas etapas:

Estudo de viabilidade Anteprojeto Análise e Projeto Revisão do Projeto Desenvolvimento Teste

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Revisão final Validação Aprovação

Documentação definitiva Manutenção

Quanto mais cedo, nesta sucessão de etapas, forem fixadas as definições, mais eficiente o trabalho subseqüente, para progra-madores e analistas; mas, em contrapartida, maior será o hiato, an-tes apontado, que se manifesta, no f i m , entre o que o usuário espe-rava e o que realmente vem a receber. Para atenuar esse hiato, po-dem-se impor ajustes e redefinições ao projeto, ao longo de sua marcha, tornando mais demorado o processo de seu desenvolvi-mento e provocando atrasos na implantação, o que agrava o risco de novos desajustes com a realidade mutante.

Um levantamento mencionado na literatura, sobre a situação nos Estados Unidos, quanto aos atrasos no desenvolvimento de aplicações, nos centros convencionais de processamento de dados, mostra que tais atrasos se estendem por períodos que variam de três meses a seis anos; que a manutenção de programas responde por 50% a 70% dos atrasos no desenvolvimento de novas aplica-çês e que muitos usuários, em conseqüência, desalentados, optam por não fazer novas solicitações ao centro de computação, em virtude dos atrasos já patenteados nos pedidos anteriores, e que, f i -nalmente, há nítida deterioração nas relações usuário — centro de processamento de dados.

Esta deterioração se manifesta por um clima de recrimina-ções, sob o qual o usuário acusa o departamento de computação de

— não responder adequadamente às suas necessidades — não lhe fornecer os dados de que carece

— adotar postura inflexível no trato dos problemas ligados à tentativa de adequar as apurações às suas reais (e atuais) necessidades.

Por seu t u r n o , o pessoal da área de computação acusa os usuários de

— mudarem constantemente de opinião sobre o que constitui suas necessidades

— imporem prazos demasiados curtos para a alteração de apli-cações já definidas e em pleno processo de desenvolvimen-t p '

— fazerem pedidos de modificações que nem sequer são ra-zoáveis

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— ignorarem o impacto de suas atitudes sobre toda a gama de atividades do centro de computação e sobre a própria imagem deste ú l t i m o perante a empresa.

O impasse seria insolúvel, no quadro da tecnologia vigente nas décadas de sessenta e setenta. Mas os progressos em hardware e sofíw/are parecem apontar para um alívio nesta situação. Com efeito, em aproximadamente uma década, o custo do hardware tornou-se dez vezes menor, enquanto que, em cerca de cinco anos, as linguagens de programação se tornaram quatro vezes mais eficientes. Estes avanços suscitam a idéia de "levar inteligência ao usuário", isto é, oferecer-lhe recursos computacionais para que ele próprio, com as novas linguagens, mais acessíveis ao leigo

(user-friendly, como dizem os norte-americanos), desenvolva suas

aplicações, seja em microprocessadores dedicados ou ligados em redes, seja através de terminais inteligentes, ligados a um sistema central de grande porte.

Esta solução é, hoje, econômica e tecnicamente viável, pelo menos em algumas situações bem definidas. Sua adoção, porém, implica profunda retomada dos conceitos tradicionais sobre o pro-cessamento eletrônico de dados na empresa e sobre o modo de administrá-lo.

Uma palavra sobre as novas linguagens, ditas "não-procedu-rais" (1). Mais, talvez, que o barateamento do hardware, são elas as responsáveis pela nova tendência. O fenômeno está estreitamente ligado aos microprocessadores e ao advento dos "computadores pessoais" e dos small busine computers. As linguagens tradicionais de programação, para os computadores de porte médio e grande, são ditas "proceduais" porque se estruturam em procedimentos. Não basta que o programador saiba o que quer e qual o resultado final desejado; importa que ele saiba determinar o " c o m o fazer", para que o computador realize todos os passos necessários, até a obtenção do resultado. Nas linguagens "não-procedurais", o usuá-rio define seu objetivo, dizendo o que quer, deixando o como a cargo da linguagem. Na realidade, as coisas ainda não se passam as-sim, pois o estado da arte ainda é incipiente, mas a tendência é ine-gável.

Desta f o r m a , não só a programação pode ser assumida por não-iniciados, como, sobretudo, são eliminados muitos dos nume-rosos passos do ciclo de atividades antes referido, pois agora pode-se partir diretamente para o depode-senvolvimento da aplicação, a depu-ração dos erros e a documentação definitiva, deixando o restante para a fase de manutenção. A produtividade do processo aumenta

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consideravelmente e, sobretudo se assumida a atividade pelo pró-prio usuário, haverá extrema facilidade em redispor, redefinir, mo-dificar ou ampliar as apurações, na medida em que as necessidades do momento o i m p o n h a m , sem a morosa negociação destas provi-dências com o centro de computação.

Mas, para assumir este papel, o usuário carece de assistência, sob f o r m a de educação, apoio técnico, instrumentos de trabalho, disponibilidade de dados e facilidade de acesso, se necessário, ao sistema central.

Estas funções de apoio e assistência cabem, no novo contex-t o , ao Cencontex-tro de Processamencontex-to de Dados da empresa. Parcontex-tindo do reconhecimento de que o mal-estar acima descrito é real e até cer-to poncer-to inevitável, bem como das oportunidades que os avanços da tecnologia oferecem, muitas empresas estão designando alguns de seus analistas e programadores para uma nova missão — a de ajudar os usuários a desenvolverem suas próprias aplicações, usan-do microprocessausan-dores ou terminais usan-do computausan-dor central.

No bojo da nova configuração do Centro de Processamento de Dados, este grupo de suporte a usuários recebe a denominação de "Centro de Informações" (Information Center, como surgiu a denominação original, no Canadá).

O Centro de Informações não desenvolve aplicações para ousuá-rio; auxilia-o a fazê-lo, ele próprio, funcionando, a um tempo, como consultor, como especialista técnico e também como gerente de in-formações, que assegura o acesso aos dados (e zela, ao mesmo tem-po, por sua integridade e segurança). Esta assistência vai ao ponto de indicar equipamentos e o software a empregar em cada caso, em consonância com a política de padronização traçada pela empresa. Como conseqíjência, desponta uma nova estrutura para o Centro de Processamento de Dados. Três gerentes de mesma hie-rarquia podem ser visualizados, sob um único Diretor de Informá-tica: o gerente do Centro de Informações, o gerente dos Bancos de Dados e o gerente de Processamento de Dados. O primeiro assume as novas funções de assistência ao usuário, sem se subordinar ao ge-rente tradicional de processamento de dados (cujas resistências em abrir mão de certos aspectos do processamento centralizado pode-riam retardar a inovação), o segundo passa a se ocupar essencial-mente dos bancos de dados, sua estruturação, sua disponibilidade, sua organização, administração, preservação e segurança; finalmen-te, o terceiro é o gerente tradicional, que perdura naquelas aplica-ções que se conservam inerentemente centralizadas e convencio-nais, bem como para as atividades de processamento de dados

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des-fechadas pelos usuários, mas que se desenvolvem na instalação cen-tral, como é o caso de impressões e gravações em fita magnética ou em disco.

O principal dividendo da nova concepção é a elevação da tô-nica de management do usuário f i n a l , que passa a se "sentir á von-tade com o processamento da informação, capaz de fazer uso do mesmo em seu dia-a-dia, para aumento de sua eficiencia e melhoria de seu desempenho na tomada de decisão" (Dotson).

B I B L I O G R A F I A

H A M M O N D , W., L. M a n a g e m e n t c o n s i d e r a t i o n s f o r an i n f o r m a t i o n c e n t e r . IBM Systems Journal. 2 1 (2) : 1 3 1 - 6 1 , 1 9 8 2 .

D O T S O N . T h e I n f o r m a t i o n C e n t e r , fast relief f r o m p r o g r a m m i n g b a c k l o g ; c o m p u t e r -w o r l d . DEPTH, M a y 2 4 , 1 9 8 2 .

1 - N e o l o g i s m o , j á e m uso c o r r e n t e n o Brasil, o r i u n d o d o a d j e t i v o inglês procedural A r i g o r , deveria ser p r e f e r i d a a t r a d u ç ã o " l i n g u a g e n s não e s t r u t u r a d a s e m p r o c e d i m e n t o s " , o u , q u e m sabe, " l i n g u a g e n s n ã o - a l g o r f t m i c a s " , o u , a i n d a , " l i n g u a g e n s f u n c i o n a i s " . O au-t o r , n o e n au-t a n au-t o , se rende à p r e f e r ê n c i a d o s especialisau-tas, e m b o r a c o m r e l u au-t â n c i a .

Referências

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