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Mixdown. no Sonar. Parte II

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Academic year: 2021

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TECNOLOGIA | SONAR

Daniel Farjoun é autor do livro MIX – O poder da mixagem, e trabalha com mixagens para todo o Brasil pelo site:

www.opoderdamixagem.com.br

Mixdown

Mixdown

no Sonar

a edição passada, vimos que

an-tes de tomar qualquer atitude relativa ao mixdown, é preciso pensar no produto final que você está produ-zindo. Se sua produção vai para CD, DVD, DVD-Áudio, rádio AM ou FM, Internet ou qualquer outro suporte é necessário ajustar o Sonar para este fim. Ao finalizar um projeto do Sonar, o normal é que se queira exportar tudo o que há nele. Vamos partir des-te princípio e depois desenvolver ou-tras possibilidades.

Para poder abrir a janela de exporta-ção de arquivos (menu file/export/ audio), é necessário que antes você defina todas as pistas que quer que se-jam exportadas. O Sonar reconhece as pistas mutadas e exporta apenas as ativas, ou seja, aquelas que você escu-ta. Clips mutados também não são exportados. O que é exportado é apenas aquilo que você está ouvin-do no projeto.

Existe a possibilidade também de ex-portação apenas das pistas “soladas” no projeto. Por exemplo: se você tem uma música completa (bateria, baixo, teclados, etc), mas quer exportar apenas as pistas da voz e dos violões, basta “solar” estas pistas e abrir a ja-nela de exportação através do menu file/export/audio.

Olá Pessoal!

Neste mês,

continuamos o

assunto “mixdown”

vendo a parte prática.

O Sonar traz inúmeras

possibilidades de

ações e configurações

dependendo do uso

que você faz do

software.

É de olho nestes

detalhes que vamos

mergulhar no assunto

N

Parte II

NOME DO ARQUIVO

(FILE NAME)

No campo “nome do arquivo”, você insere o nome do arquivo que será exportado, como o nome da música que você produziu, por exemplo. Se você está em um processo de produ-ção e nomeia seus projetos com nomes tipo amanhecer.cwp, amanhecer2.cwp, amanhecer3.cwp, e assim por diante, para cada mudança significativa que faz na música, é importantíssimo nomear o arquivo de acordo com o nome do projeto. Assim você saberá qual exportação corresponde a qual ar-quivo. Se chegar lá na frente e você preferir o resultado do arqui-vo amanhecer2.wav, já saberá que

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www.backstage.com.br 95

SONAR |TECNOLOGIA

deve ir ao arquivo amanhecer2.cwp para fazer qualquer ajuste que queira.

ARQUIVOS DO TIPO (FILES

OF TYPE)

É neste campo que você define o tipo de arquivo que será exportado. Se .wav, .wma, .mp3 ou qualquer outro formato dentro das opções do Sonar. Seguem algumas descrições dos tipos mais usados:

• Wave – É o formato de áudio digital padrão usado pelo windows e por CDs. A extensão do arquivo é .wav; • Broadcast Wave (time-stamped) – É um arquivo wave que carrega as se-guintes informações: Descrição – Uma breve descrição do que é o arqui-vo de até 256 caracteres.

Originator – É o autor do arquivo broadcast wave. Esta informação é captada através do campo “Author” que encontra-se na janela que se abre ao clicar no menu “File / Info...” Originator Reference – Uma iden-tificação de referência criada pelo próprio Sonar.

Time Reference – O SMPTE (Society of Motion Picture and Television Engineers) time stamp para o início do arquivo. SMPTE é o sinal de sincronismo que permite que áudio e vídeo, por exemplo, estejam sem-pre juntos.

• Windows Media Advanced Streaming Format – É o formato de compressão de áudio da microsoft. A extensão do arqui-vo é .wma. Se arqui-você escolher este tipo de arquivo, aparecerá mais uma janela para preenchimento de outras infor-mações sobre o arquivo, como o tipo de codificação (qualidade final do ar-quivo) que se deseja, nome do arqui-vo, autor, etc. Pode ser considerado como o MP3 da Microsoft que eu

par-ticularmente prefiro ao invés do tra-dicional MP3. É bom para o inter-câmbio de arquivos pela internet du-rante o processo de gravação à distân-cia que já é uma grande realidade. Nas mesmas configurações que o MP3, oferece melhor qualidade de áudio. • MP3 – É o formato mpeg-3 cuja ex-tensão é o tão conhecido .mp3. É preci-so comprar a licença do codec MP3 para salvar nesta opção direto do Sonar.

SOURCE CATEGORY

Neste campo, você pode escolher uma das quatro opções abaixo: • Entire Mix – Cria um único* ar-quivo de toda a sua mix. É exportado tudo do jeito que você ouve, se você não alterar as configurações padrão do campo mix enables.

• Main Outputs – Cria um único* arquivo para cada uma das saídas principais de sua placa que você esco-lhe no campo Source Buses/Tracks Field. Digamos que você mande áudios distintos para as saídas 1 e 2 - 3 e 4 - 5 e 6. Com esta opção, você pode exportar cada uma delas separadamente e ter como resultado 3 arquivos distintos. • Tracks – Cria um* arquivo para cada pista do projeto que você

seleci-onar no campo Source Buses/Tracks Field. Selecionar este tipo pode ser muito útil para você exportar todas as pistas do seu projeto para passar, por exemplo, para outro computador que use outro sistema de gravação. A van-tagem neste caso é poder aplicar os efeitos e automações (se você quiser assim é claro) em cada uma das pistas antes de exportar, automaticamente. É bom também para você ter cada uma das pistas como um único “clip”. Falo isto porque muitas vezes em uma pista podemos encontrar dezenas de clips e fragmentos de gravações que são pequenos arquivos armazenados na pasta de áudio do projeto. Se fossemos pegar a pasta de áudio para levar para o outro computador, seria uma loucura identificar cada pedaço e colocar no lugar certo da música. Justamente por isto, é bom poder exportar todas as pistas de uma vez (ou aquelas que você selecionar no campo Source Buses/Tracks Field) sabendo que você pode ter:

1) Todas as pistas com a mesma du-ração

2) Pistas com duração otimizada 1) Para exportar todas as pistas com a mesma duração, basta, antes de abrir a janela de exportação, selecionar o projeto de acordo com a duração de-sejada. Digamos que você quer expor-tar o projeto do compasso 1 até o 60. Basta selecionar este trecho na barra horizontal que marca os compassos clicando no número 1 e arrastando o mouse até o número 60. Tendo seleci-onado o trecho desejado, basta abrir a janela de exportação de áudio e seguir o procedimento descrito nesta maté-ria. Todas as pistas criadas terão a mesma duração, ou seja, se você tiver

É bom também para você

ter cada uma das pistas

como um único “clip”.

Falo isto porque muitas

vezes em uma pista

podemos encontrar

dezenas de clips e

fragmentos de gravações

que são pequenos arquivos

armazenados na pasta de

áudio do projeto

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TECNOLOGIA | SONAR

10 pistas no projeto, todas elas vão começar no compasso 1 e terminar no compasso 60.

2) Pense no caso 1, só que imagine que uma das 10 pistas só tinha áudio até o compasso 5. É um grande

des-perdício de espaço no HD criar um arquivo que vá até o compasso 60, certo?

Neste caso, antes de abrir a janela de exportação, simplesmente não sele-cione qualquer trecho de compassos. Deixe tudo sem seleção e abra a janela de exportação. O Sonar irá reconhe-cer automaticamente que, ao selecio-nar a opção “tracks”, todas as pistas selecionadas terão sua duração até o último clip de áudio na pista, evitando o desperdício de espaço em branco. • Buses – Cria um arquivo para cada bus que você selecionar no campo Source Buses/Tracks Field. Se você pos-sui, por exemplo, um bus chamado “base”, outro “vozes” e outro “main” (onde está toda a música), você pode em um único processo de exportação obter 3 arquivos, cada um com o áudio de cada bus. O resultado final será um arquivo (wav por exemplo) da base sem as vozes, outro só com as vozes e outro com tudo junto. Simples e rápido. * É possível criar mais de um arquivo com a opção split mono ativada, que irá salvar 2 arquivos mono ao invés de 1 estéreo.

CHANNEL FORMAT

Neste campo, você define se o arqui-vo exportado será mono, estéreo ou surround. Veja as opções: Mono – Todos os arquivos exporta-dos (buses, tracks, mains ou entire

mix) serão obrigatoriamente mono. Stereo – Todos os arquivos expor-tados, mesmo aqueles original-mente mono, serão exportados em dois canais (L e R).

Split Mono – Todos os arquivos ex-portados, mesmo aqueles original-mente estéreo, serão exportados como mono. Um arquivo mono para L e outro arquivo mono para R. Multichannel – Todas as pistas ex-portadas de um projeto surround s e r ã o r e d u z i d a s a u m a r q u i v o multichannel (multicanal) con-tendo o número de canais confi-gurados na aba “surround” da ja-nela que se abre ao clicar no menu “Options/Project...”

SOURCE BUSES/TRACKS

É neste campo que são selecio -nados os itens que devem ser exportados, de acordo com o esco -lhido em “source category”. Se você escolher a opção “tracks”, apenas as pistas aparecerão nes-te campo. S e escolher a o pção “Buses”, apenas os Buses apare -cerão nesta lista.

SAMPLE RATE

Aqui você escolhe a taxa de amos-tragem dos arquivos que serão expor-tados. É bom lembrar que CD de áudio usa 44100 Hz.

BIT DEPTH

Aqui você escolhe a profundidade de bits dos arquivos que serão exporta-dos. É bom lembrar que o CD de áudio usa 16 bits. Se você vai fazer uma redução, ou seja, gravou em 24 e vai passar para 16, é importante ati-var a opção de Dithering a seguir.

DITHERING

Sempre que houver uma redução da taxa de bits, é importantíssimo que o dither seja aplicado para reduzir ou evitar ruídos provenientes do erro de quantização ou distorção harmônica no sinal. Você pode escolher um dos tipos abaixo: • Retangular • Triangular • Pow-r 1 • Pow-r 2 • Pow-r 3

Os melhores resultados serão alcan-çados usando o Pow-r 3, embora seja o que mais solicita recursos da CPU. É bom lembrar que não se deve aplicar dither sobre dither com esta configura-ção. O som ficará abafado, sem brilho.

MIX ENABLES

É neste campo que você encontrará uma série de opções de ativação/ desativação de recursos que serão ex-portados. Como padrão, o Sonar dei-xa tudo selecionado, garantindo que o seu mixdown soará exatamente como você escuta quando dá play na música. Veja as opções disponíveis para exportação:

Deixe tudo sem seleção e abra a janela de exportação.

O Sonar irá reconhecer automaticamente que, ao

selecionar a opção “tracks”, todas as pistas selecionadas

terão sua duração até o último clip de áudio na pista,

evitando o desperdício de espaço em branco

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TECNOLOGIA | SONAR

98 www.backstage.com.br • Track Mute/Solo – Toda as pistas que estiverem mutadas não serão ex-portadas. Da mesma forma, se hou-ver alguma pista “solada”, apenas esta(s) pista(s) serão exportadas. • Bus Mute/Solo – Da mesma forma que acontece com as pistas, os buses mutados não são exportados e os buses solados são exportados. • Track Automation – Se você desmarcar esta opção, qualquer automação de pan ou volume, in-cluindo o volume e pan que você con-figura na pista, será ignorada ao criar o novo arquivo. Será usada a amplitude da gravação original daquele áudio (volume) e o pan ficará no centro. • Clip Automation – Ao desmarcar esta opção, o Sonar ignora toda e qualquer automação de clip, seja ela de “gain” ou de pan.

• Bus Automation – Funciona da mesma forma que funciona o track automation.

• FX Automation – Se você fez alguma automação de plug-in e não deseja escutá-la no mixdown, basta desmarcar esta opção. Todas as automações de plug-ins serão desabilitadas. Para desabilitar a automação de uma pista específica ou plug-in específico, basta desmarcar o bo-tão RD que fica ao lado de M, S e R em cada pista ou no canto superior direi-to nas janelas dos plug-ins.

• Track FX – Todos os plug-ins inseri-dos no campo FX das pistas serão ig-norados, inclusive os softsynths se-rão ignorados pelo Sonar. Se você quer fazer um mixdown da sua mixagem e comparar com ela “original”, sem equalização, efeitos, etc, basta des-marcar esta opção para criar a versão “crua” em termos de efeitos.

• Bus FX – Desmarcando esta opção, todos os efeitos ou plug-ins aplicados

aos buses serão desabilitados na hora da criação do(s) arquivo(s).

• Fast Bounce – Quando esta opção está marcada, o Sonar exporta o áudio da forma mais rápida que seu compu-tador permite. Quando desmarcada, o Sonar exporta o áudio em tempo-real, ou seja, se a música tem 3 minu-tos, você terá que esperar 3 minutos para que o Sonar exporte o arquivo. ATENÇÃO: Desmarque esta opção se você estiver trabalhando com Soft Synths que trabalham em tempo-real. Principalmente se você usa o

Kontakt, a minha experência diz que é sempre bom exportar em tempo-real para “garantir” que os áudios sai-am sem cortes. Por garantia, ouça o resultado final do início ao fim. Se preferir, dê um Freeze no Kontakt (ou outro Soft Synth), ou mesmo, seleci-one as pistas desejadas (midi e áudio) e use a função bounce to track (não esqueça de mutar o synth depois, para não ter o áudio duplicado).

• Audible Bounce – Esta opção só pode ser marcada quando a Fast Bounce esti-ver desmarcada, por uma razão óbvia: Se você vai escutar o mixdown, que seja em tempo-real. Quando esta op-ção também estiver desmarcada (além

da fast bounce), você não ouve nada durante o processo de exportação, em-bora dure o mesmo tempo. Audible Bounce também é importante para aqueles que usam periféricos externos como processadores de efeitos. É com esta opção que garantimos que o áudio que está sendo endereçado aos processadores de efeitos externos será usado também no mixdown. • 64-bit Engine – Se você não usa o Sonar normalmente em 64 bits para poupar o uso da CPU, pode habilitar esta opção na hora da exportação. Lembre-se de desligá-la após o pro-cesso caso você não queira usar du-rante as gravações e mixagens nova-mente.

ADD TO AUDIO CD TRACK LIST

Esta opção só aparece para ativação quando você exporta áudio em wave, 16 bits e 44.1 kHz, o formato padrão do CD. Aparecerá a caixa de diálogo do gravador de CD do Sonar (CD Burner) com o arquivo .wav já pré-carregado na lista das faixas do CD.

ADD TO CAKEWALK

PUBLISHER

Marque esta opção quando você ex-porta áudio como um arquivo mp3. O publisher irá iniciar automaticamente com o arquivo .mp3 carregado nele.

PRESET

Deixei este campo por último, pois agora você já conhece melhor todas as opções.

Neste campo, você pode escolher configurações que vêm de fábrica jun-to com o Sonar para diversos tipos de exportação que você pode fazer. Você pode também configurar as exporta-ções da sua maneira, incluindo ou

Fast Bounce :

quando esta opção

está marcada, o

Sonar exporta o

áudio da forma mais

rápida que seu

computador permite

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SONAR |TECNOLOGIA

não automações, alterando o tipo de arquivo, mudando o sampling rate ou bit depth, enfim, todas as opções existen-tes podem ser programadas e salvas para que você não te-nha o trabalho de configurar tudo manualmente depois.

Algumas das opções que vêm de fábrica são:

• [All] – Tudo habilitado, como padrão do Sonar. Repare que o Dither usado é o Triangular, que é um dos que conso-mem menos CPU. Por isto é padrão. Se você quiser mais qualidade, escolha o Pow-r 3.

• Entire Mix – No FX – Todas as opções de efeitos de bus, track e automação dos mesmos são desligadas. Note que o Sonar prepara todas as configurações para o formato pa-drão do CD que é 16 bits e 44100 Hz. Não se esqueça de alterar o dither se quiser mais qualidade final.

• Raw Tracks – Exporta as pista cruas, sem efeitos, sem automações, nada. Da forma como elas foram gravadas. Ideal para levar os arquivos para mixagem, por exemplo, em outro estúdio, caso o usuário não tenha bom conheci-mento sobre mixagem.

• All – Ignore Mute/Solo – Exporta toda a mix, mas igno-ra as pistas mutadas e soladas. Vai tudo junto.

Para salvar o seu preset, basta clicar no campo do preset, digitar o nome desejado para ele e clicar no ícone do disquete ao lado direito.

Não se esqueça de antes de criar os arquivos definir o lugar no HD em que estes serão salvos.

Para finalizar o processo de exportação, basta clicar no bo-tão Export que fica ao lado do “nome do arquivo”. Para cancelar o processo, basta clicar no botão Cancel ou apertar a tecla ESC do seu teclado.

Obrigado pela leitura e até a próxima edição!

e-mail para esta coluna:

musilab@gmail.com

Você pode também configurar as

exportações da sua maneira, incluindo

ou não automações, alterando o tipo de

arquivo, mudando o sampling rate ou bit

depth, enfim, todas as opções existentes

podem ser programadas e salvas

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