Au la - 0 6
PO RTU G U ÊS
Queridos Alunos(as), sejam bem-vindos!Nesta aula vamos estudar um recurso intratextual chamado de paródia, mas que também pode ser um gênero textual, como a paródia de música.
Vamos lá?
Antes de falar sobre paródia, especificamente,
vamos lembrar um pouco do conceito de
intertextualidade.
A intertextualidade é um recurso muito comum e é como se fosse uma conversa entre os textos.
Sabe quando lemos um texto e nos lembramos de outro? Isso pode ser a intertextualidade: quando um texto faz referência explícita ou implícita a outro texto. Esse tema é muito amplo e por isso é sempre estudado nas aulas de língua portuguesa. Por ora, vamos ver dois tipos:
1. Intertextualidade ampla: algo que te faz lembrar, uma menção.
2. Intertextualidade restrita: referência pontua /específica. Pode ser de conteúdo ou de forma e conteúdo.
Como exemplo, a intertextualidade entre dois textos de uma mesma área, notícias do mesmo dia, sobre o mesmo assunto etc. Ela acontece quando o autor de um texto imita ou parodia, tendo em vista efeitos específicos, estilos, registros ou variedades de língua.
O termo “paródia”, derivado do grego (parodès) significa “canto ou poesia semelhante à outra”. Trata-se de uma releitura cômica, geralmente envolvida por um caráter humorístico e irônico que altera o sentido original, criando assim, um novo.
Podemos dizer que parodiar é um exercício entre textos cujo objetivo é levar o leitor a fazer uma reflexão crítica a respeito do que acontece na sociedade. De modo irreverente, contribui para a formação de leitores/sujeitos mais reflexivos e politizados.
Os originais de referência para o meme acima são os quadros O Grito, de Edvard Munch e Mona Lisa ou A
Gioconda, de Leonardo Da Vinci. Além da parodística
cômica, o conjunto imagem e texto inserem o meme na vertente da paródia crítica.
Os memes poderiam ser representantes legítimos da paródia (e do intertexto) nas mídias sociais. Isso porque eles recuperam o sentido original do texto e mudam, criando novos sentidos de acordo com o contexto, de forma atualizada.
O u t ro s exe m p lo s de pa ró d ia
Nesta charge, intitulada “O Pequeno Abaporu”, o cartunista brasileiro Adao Iturrusgarai constrói uma relação entre o quadro “Abaporu”, de Tarsila do Amaral, e o personagem do livro “O Pequeno Príncipe”, de Antoine de Saint-Exupéry.
Ao juntar personagens e estilos de quatro obras
consagradas na arte mundial, essa paródia produz uma caricatura desses quadros de forma bem humorada (uma característica do gênero meme), com a selfie de Mona Lisa.
Cra se
O que é?
Crase é a fusão das vogais “a”: a + a = à.
Eu vou assistir à televisão.
a a
preposição artigo
Eu vou andar na rua.
em a
preposição artigo
Nota-se que a crase ocorre quando a preposição a exigida pela regência de um verbo ou de um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) se funde com:
• o artigo feminino a(s): Ele voltou à fazenda logo depois do almoço.
• os pronomes demonstrativos aquele(s), aquela(s), aquilo: Ela pediu àquele menino que a ajudasse a levar as compras.
Ca so s de oco rrê n cia de cra se
Quando usar a crase
• Antes de palavras femininas, com substantivos, adjetivos ou verbos cuja regência exija a preposição a.
Dirigiu-se à diretora da empresa para resolver o problema.
• Antes de expressões adverbiais femininas e locuções conjuntivas ou prepositivas.
Reuniram-se à noite para o jantar. • Indicando horas.
Chegarei ao local combinado às 18 horas. Quando a crase é facultativa
• Com pronome possessivo + substantivo feminino
Apresentou-se à sua equipe. / Apresentou-se a sua equipe. • Antes de substantivos próprios
Encaminhei à/a Joana a nota fiscal. • Depois da palavra até.
Dirigiu-se até à/a rua de sua casa.
Quando não usar a crase
• Antes de palavras masculinas. Fiz o percurso a cavalo. • Antes de verbos.
Ficava a insistir naquele assunto. • Antes de quase todos os pronomes.
Entregue uma cópia do memorando a todos. • Entre palavras repetidas.
Finalmente estavam face a face.
• Antes de palavras no plural antecedidas pela preposição a.
Dirigia-se a pessoas mais velhas.
• Antes de numerais (com exceção das horas) Moro a cinco quilômetros da sua casa.
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HÁ ou A
HÁ: é o verbo haver que é usado no
passado, por fazer referência a algo que
já aconteceu.
Me formei
há três anos.
A: é a preposição a referindo-se a um
tempo que ainda acontecerá.
Exe rcício s
3. ... alguns meses o Ministro revelou-se disposto ... abrir ... discussões em torno do acesso dos candidatos e dos partidos ... televisão. a) A – a – as – à b) Há – a – às – a c) A – à – às – a d) Há – à – as – à e) Há – a – as - à https://blog.mayalingerie.com.br/wp-content/uploads/2020/03/meme2.png
1. Leia a frase abaixo e explique porque não ocorre crase.
Quando volto a mim positiva.
2. O meme ao lado parodia um personagem de uma antiga novela. Qual o nome desse personagem?
6. Em “ir à farmácia”, o uso da crase antes da palavra “farmácia” é:
a) proibido b) facultativo c) obrigatório
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4. Na frase “Fui à capital de Alagoas nas férias passadas.”, o à é a fusão da preposição a, exigida pelo verbo Fui, com:
a) o artigo definido “a”.
b) o pronome demonstrativo “a”. c) o pronome pessoal oblíquo “a”.
5. Se o verbo Fui fosse substituído pelo verbo visitei, ocorreria a crase? Justifique.
7. Para você, o que a imagem acima quis dizer em relação à ida ao mercado e à farmácia durante a quarentena?