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1. ORIGEM E EVOLUÇÃO LEGISLATIVA NO BRASIL.

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A Seguridade Social

Sumário • 1. Origem e evolução legislativa no Brasil – Questões comentadas de concursos públicos – Questões de concursos

1. ORIGEM E EVOLUÇÃO LEGISLATIVA NO BRASIL.

A preocupação com os infortúnios da vida tem sido uma angústia constante da humanidade. Desde tempos remotos, o homem tem se ajustado no sentido de reduzir os efeitos das adversidades de sua existência, como doença, velhice, etc.

Com o tempo, nota-se a assunção por parte do Estado de alguma parcela de responsabilidade pela assistência aos desprovidos de renda até, finalmente, ser criado um sistema securitário coletivo e compulsório.

A previdência social é tida como uma ação pública destinada a amparar a população de riscos e contingências previstos em lei. Vale dizer, destina-se a subs-tituir ou reforçar a remuneração nos casos em que esta deixa de ser recebida em decorrência de algum risco social, definido em lei.

No campo do direito comparado, podemos citar Inglaterra e Alemanha como países que começaram, desde cedo, a se preocupar com a questão da proteção social. Tal preocupação veio com a alteração nas relações de trabalho, à época da Revolução Industrial, em que trabalhadores foram deslocados para as cidades e lá se submeteram a condições muito precárias de trabalho, com riscos sociais. Essa circunstância geralmente os levava à incapacidade, à falta de condições para se sustentarem ou para ampararem seus dependentes e, até mesmo, à morte.

Na Inglaterra, a chamada “Lei dos Pobres” estabeleceu que caberia à comuni-dade a responsabilicomuni-dade pela assistência aos mais necessitados, trazendo a noção da obrigatoriedade da contribuição para fins sociais.

Na Alemanha, aponta-se a figura de Otto Von Bismarck, que criou leis que insti-tuíram o seguro-doença (1883), o seguro contra acidentes (1884) e o seguro de invalidez e velhice (1889). Tem-se, neste país, o surgimento do seguro social, patro-cinado pelo Estado, que versava sobre a proteção social para os casos de doença, invalidez e velhice.

A preocupação com o seguro social se espalhou pelo mundo e tem-se conhe-cimento de que a primeira constituição a trazer o termo Seguro Social foi a do México, em 1917.

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Mais tarde, em 1942, na Inglaterra, foi criado o plano Beveridge que trouxe a participação de todos os trabalhadores e a cobrança compulsória de contribuições sociais. O objetivo desta era financiar o sistema da seguridade social relativo às ações da saúde, previdência e assistência social.

Nos dias atuais, o modelo trazido pelo Plano Beveridge foi substituído por alguns países, como Chile e Uruguai, por políticas previdenciárias sem qualquer participação do Estado.

Em análise da questão no Brasil, pode-se dizer que a proteção social em nosso país teve início com a assistência privada de obras religiosas e a benemerência particular. Até então, não havia políticas públicas no sentido de proteção social.

Em 10 de janeiro de 1835, surgiu a primeira sociedade mutualista de socorro à velhice do empregado do setor público, proposto pelo Ministro da Justiça, o Barão de Sepetiba.

A Lei nº 3.397 de 1888 inaugurou o seguro social de amparo ao empregado público, patrocinado pelo Estado, instituindo a Caixa de Socorros em cada uma das estradas de ferro do Estado.

Em seguida, em 1904, surge, por iniciativa de 51 funcionários, a Caixa Montepio dos Funcionários do Banco do Brasil, atual PREVI .

Houve, portanto, no final do século XIX, algumas normas que criaram meca-nismos securitários, mas o marco da Previdência Social no Brasil é a conhecida Lei

Eloy Chaves.

Adotada no regime da Constituição de 1891, a Lei Elói Chaves (Decreto Legisla-tivo nº 4.682 de 24/01/1923) foi o primeiro texto normaLegisla-tivo a instituir, oficialmente, no Brasil, a Previdência Social, com a criação de caixas de aposentadorias e pensões para os ferroviários. Nesse modelo, havia contribuições dos trabalhadores, dos empregadores e do Estado, com direito à aposentadoria para o segurado e pensão por morte do segurado para os dependentes.

Isso se deu em face das manifestações gerais dos trabalhadores, na medida em que se tratava de setor estratégico para o desenvolvimento nacional àquela época.

Previam essas caixas a aposentadoria por invalidez, a ordinária (tempo de serviço), a pensão por morte e assistência médica aos empregados e diaristas que executavam serviços em caráter permanente. Foi estabelecida, também, em cada uma das empresas de estrada de ferro existentes na ocasião, uma caixa de aposentadoria e pensões (custeio) para os respectivos empregados.

Por volta de 1930, foram criadas as CAP’s — caixas de aposentadorias e pensões dos empregados nos serviços de força e luz. No período da Revolução, a Previ-dência passou a ser estruturada por categorias profissionais.

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Em 1933, criou-se a caixa de aposentadoria e pensões dos marítimos e, a partir de 1934, registra-se a criação dos Institutos de Aposentadoria e Pensões — dos comerciários (IAPC) e dos bancários (IAPB).

Em 1936, registra-se a criação do Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Industriários (IAPI) e, em 1938, a criação do Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Empregados dos Transportes de Cargas (IAPTC).

Na Constituição de 1934 foi que, pela primeira vez, utilizou-se da expressão “previdência” sem o adjetivo "social" que veio aparecer somente na CF de 1946, já com a tríplice previsão da base de financiamento, a cargo da União, dos empre-gados e empregadores.

No regime da Constituição de 1946, com o advento da LOPS (Lei Orgânica da Previdência Social) – Lei nº 3.807, de 26/08/60 –, o sistema previdenciário foi padro-nizado, com ampliação da proteção social e criação de vários benefícios, como os auxílios natalidade, funeral e reclusão.

Em 21/11/1966, o Decreto-Lei nº 72 unificou os diversos Institutos de Aposenta-doria e Pensões, criando o INPS: instituição em que foi centralizada a organização da Previdência Social.

Dada a grande quantidade de mudanças implementadas na legislação previ-denciária desde então, foi concebida a primeira Consolidação das Leis da Previ-dência Social (CLPS), baixada pelo Decreto nº 77.077, de 24/01/77, que, entretanto, não tinha força de lei, fazendo-se necessária a consulta aos textos da LOPS em caso de conflito aparente de normas entre os referidos textos normativos. Em 1984 foi aprovado o texto da segunda CLPS, baixado pelo Decreto nº 89.319, de 23/01/84.

Em 1977, foi instituído o Sistema Nacional de Previdência Social e Assistência Social — SINPAS — pela Lei nº 6.439, de 01 de julho de 1977, com objetivo de integrar as ações governamentais no setor. O sistema era composto dos seguintes membros:

• INPS – Instituto Nacional de Previdência Social, responsável pela concessão

e manutenção das prestações previdenciárias;

• INAMPS – Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social,

responsável pela assistência médica;

• IAPAS – Instituto de Administração Financeira da Previdência Social,

respon-sável pela arrecadação, fiscalização, e cobrança das contribuições desti-nadas ao custeio da previdência e assistência social;

• CEME – Central de Medicamentos, distribuidora de medicamentos

gratuita-mente ou a baixo custo.

• FUNABEM – Fundação do Bem-Estar do Menor, executora da política no setor; • LBA – Fundação Legião Brasileira de Assistência, responsável pela prestação

de assistência médica às pessoas carentes;

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Com o advento da Constituição de 1988, o constituinte, pela primeira vez, trouxe o conceito de Seguridade Social, adotado e disciplinado, sistematicamente, no capítulo da Ordem Social pelos artigos 194 a 204, em que foram implementadas significativas mudanças no setor:

• Previdencia Social, assistência e saúde passam a integrar o conceito amplo de seguridade social.

• A Previdência Social será organizada pela forma de um regime geral, terá caráter contributivo e filiação obrigatória.

• A saúde passa a ser um direito constitucional garantido a todos, sem, contudo, exigir contribuição prévia.

• A assistência social será prestada a quem dela necessitar e não exige, também, contribuição prévia do beneficiário.

Com o novo modelo de proteção social adotado pela Constituição de 1988, as estruturas organizacionais tiveram que ser revistas e alteradas para atender às novas demandas.

• É criado o INSS, resultante da fusão do IAPAS e INPS com natureza jurídica autárquica pelo Decreto nº 99.350, de 27/06/1990, autorizado pela Lei nº 8.029, de 12/04/1990.

• O INSS, uma autarquia federal, passa a ter atribuição de conceder e manter os benefícios previdenciários e, também, de arrecadar, cobrar e fiscalizar as contribuições previdenciárias.

• As ações e serviços públicos de saúde integrarão uma rede regionalizada e hierarquiza e constituirão um sistema único (SUS).

Em 1991, em cumprimento ao preceito constitucional previsto no artigo 59 do ADCT foram instituídos os novos Planos de Custeio e Benefícios da Seguridade Social, aprovados, respectivamente, pelas Leis nº 8.212 e 8.213/91, regulamentadas inicial-mente pelos Decretos nº 356 e 357, de 07/12/1991.

Novos Regulamentos de Custeio e Benefícios foram aprovados pelos Decretos nº 611 e 612, de 21/07/1992 e mais tarde pelos de nº 2.172 e 2.173, de 05/03/1997. O Regulamento da Previdência Social, unificando as disposições dos demais, foi aprovado pelo Decreto nº 3.048, de 06/05/1999 que já sofreu, também, inúmeras alterações.

Em 1998, com a Emenda Constitucional nº 20 houve a primeira “reforma previ-denciária” que objetivou introduzir mecanismos de equilíbrio financeiro e atuarial do sistema, lançando bases para nova metodologia de cálculos dos salários de benefícios dos segurados, restringindo o acesso prematuro ao benefício.

Na esteira da EC nº 20/98, a Lei nº 9.876/99 disciplinou em plano infraconstitucional as reformas, instituindo o fator previdenciário aplicado ao cálculo dos benefícios de aposentadoria por idade e por tempo de contribuição e modificou a qualificação legal dos segurados autônomo e equiparado a autônomo ao passar a considerá-los como

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contribuintes individuais, flexibilizando o respectivo regime de custeio, com a progres-siva extinção do critério de escala de base. Estendeu, também, o salário--maternidade a todas as seguradas da previdência social, dentre outras mudanças.

Em 29 de maio de 2001, foi promulgada a Lei Complementar nº 109, que disci-plinou o Regime Facultativo Complementar de Previdência a que se refere o art. 202 da Constituição Federal.

Em dezembro de 2002, foi editada a Medida Provisória nº 83 que, mais tarde convertida na Lei nº 10.666 de 08/05/2003, trouxe grandes modificações na área de arrecadação e benefícios. A partir daí, extinguiu-se a escala de salário-base para os contribuintes individuais e facultativos, estendeu-se a aposentadoria especial aos contribuintes individuais que prestarem serviços às empresas por meio das cooperativas de trabalho e aos individuais que realizarem serviços, nas coopera-tivas de produção, quando submetidos a agentes nocivos e agressivos à saúde e à integridade física.

Em dezembro de 2003, fala-se em nova “reforma previdenciária” trazida pela EC nº 41, de 30 de dezembro do respectivo ano. Esta reforma atingiu, precipua-mente, a previdência dos servidores públicos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios, alterando as regras até então vigentes.

Em outubro de 2004, foi criada a Secretaria da Receita Previdenciária, pela Medida Provisória nº 222/2004, convertida na Lei nº 11.098/2005, responsável pela arrecadação, fiscalização, lançamento e normatização de receitas previdenciárias.

O INSS, então, passou a ter atribuição apenas para concessão e manutenção dos benefícios previdenciários.

Em julho de 2005, com a edição da Medida Provisória nº 258/2005, a Secretaria da Receita Previdenciária foi extinta e criada a “Super Secretaria” – a Secretaria da Receita Federal do Brasil –, vinculada ao Ministério da Fazenda, com a competência para arrecadar, fiscalizar, lançar e normatizar as receitas da União, incluindo, agora, as receitas das contribuições previdenciárias.

No entanto, em novembro de 2005, decorreu o prazo para que a MP nº 258/2005 fosse convertida em lei e, novamente, passamos a conviver com a Secretaria da Receita Federal e a Secretaria da Receita Previdenciária, ligadas, respectivamente, ao Ministério da Fazenda e ao Ministério da Previdência Social.

As competências das antigas secretarias voltaram a ser as mesmas antes da MP nº 258/2005.

A Secretaria da Receita Previdenciária, vinculada ao Ministério da Previdência

Social, tinha, então, a atribuição para arrecadar, fiscalizar, lançar e normatizar as receitas das contribuições previdenciárias. Ao INSS, cabia apenas a concessão e a manutenção dos benefícios previdenciários.

A Secretaria da Receita Federal, vinculada ao Ministério da Fazenda, continuava com a atribuição de administrar as receitas das contribuições da Seguridade Social, excluídas aquelas previdenciárias.

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Em 16 de março de 2007, a Lei nº 11.457 extinguiu, com efeitos a partir de 02/ maio/2007, a Secretaria da Receita Previdenciária e a Secretaria da Receita Federal passou a se chamar Secretaria da Receita Federal do Brasil, “Super Receita”, vincu-lada ao Ministério da Fazenda, com a atribuição de arrecadar, cobrar e fiscalizar todos os tributos federais, incluindo, agora, a partir de 02 de maio de 2007, as contribuições previdenciárias. Os créditos previdenciários originários, a partir de então, pertencem à União, segundo a nova lei.

HOJE: o INSS tem a atribuição de conceder e manter os benefícios previdenci-ários e o benefício de prestação continuada da assistência social, mais conhecido como LOAS, não mais atuando na arrecadação e na cobrança das contribuições chamadas previdenciárias.

A atribuição de arrecadar, cobrar e fiscalizar as contribuições previdenciárias é da Secretaria da Receita Federal do Brasil, vinculada ao Ministério da Fazenda. ► RESUMINDO:

A Proteção Social – Origem

A preocupação com os infortúnios da vida tem sido uma angústia constante da humanidade. Desde tempos remotos, o homem tem se ajustado no sen-tido de reduzir os efeitos das adversidades de sua existência, como fome, doença, velhice, etc.

Com o tempo, nota-se a assunção por parte do Estado de alguma parcela de responsabilidade pela assistência aos desprovidos de renda até, finalmente, ser criado um sistema securitário coletivo e compulsório.

Resumidamente, a evolução da proteção social compreende o aumento da responsabilidade do Estado pelo bem estar da sociedade de modo cada vez mais abrangente, visando à proteção total – a seguridade social.

Hoje, no Brasil, entende-se por seguridade social o conjunto de ações do Es-tado no sentido de atender às necessidades básicas de seu povo nas áreas de Previdência Social, Assistência Social e Saúde.

Conceituação

A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinado a assegurar os direitos à saúde, à previdência e à assistência social (CF/88, art. 194, caput).

A saúde é direito de todos e dever do Estado (art. 196, CF/88). Assim, indepen-dente de contribuição, qualquer pessoa tem o direito de obter atendimento na rede pública de saúde.

A assistência social será prestada a quem dela necessitar (art. 203, CF/88), ou seja, àquelas pessoas que não possuem condições de manutenção próprias. Assim como a saúde, independe de contribuição para o sistema. O requisito para o auxílio assistencial é a necessidade do assistido.

A previdência social é seguro coletivo, contributivo, compulsório, de organização estatal (INSS), organizado no regime financeiro de repartição simples e deve conciliar este regime com a busca de seu equilíbrio financeiro e atuarial (art. 201, CF/88).

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► Histórico no Mundo

Inglaterra, 1601 Poor Relief Act – primeiro ato relativo à assistência social

Alemanha, 1883 Chanceler Bismark obteve a aprovação do parlamento de seu projeto de seguro de doença, que foi seguido pelo seguro de acidentes de trabalho (1884) e pelo seguro de invalidez e velhice (1889)

1891 Encíclica Rerum Novarum, de Leão XIII

1917 A primeira Constituição a mencionar o seguro social foi a do MÉXICO 1919 A Constituição de Weimar traz vários dispositivos relativos à Previdência Estados Unidos,

1935

A partir do modelo Bismarkiano, esta técnica protetiva espalhou-se pelo mundo, sendo que, no período entre as duas grandes guerras, houve uma maior abrangência da técnica, atingindo um número cada vez maior de pessoas. Neste período, pode-se citar o Social Security Act.

Inglaterra 1942

Relatório BEVERIDGE. Este relatório, responsável pelo surgimento do plano de mesmo nome, foi que deu origem à Seguridade Social, ou seja, a responsa-bilidade estatal não só do seguro social, mas também de ações na área de saúde e assistência social.

► Histórico no Brasil

1543 Exemplos mais antigos da proteção social brasileira – santas casas 1808 Montepio para a guarda pessoal de D. João VI

1835 Criação do MONGERAL, Montepio Geral dos Servidores do Estado

1891 A Constituição de 1891 foi a primeira a conter a expressão “aposentadoria”, que era concedida a funcionários públicos, em caso de invalidez.

1923

Ainda sob a égide da Constituição de 1891, foi editada a Lei Eloy Chaves (Decreto--Legislativo n° 4.682, de 24/01/1923), que criou caixas de aposentadorias e pensões para os ferroviários, por empresa.

Apesar de não ser o primeiro diploma legal sobre o assunto securitário (já havia o Decreto-Legislativo n° 3.724/19 sobre o seguro obrigatório de acidentes do trabalho), devido ao desenvolvimento posterior da previdência e à estrutura interna da “lei” Eloy Chaves ficou esta conhecida como o marco inicial da Previdência Social. 1926/28 A Lei n° 5.109, de 20.12.1926, estendeu o regime da Lei Eloy Chaves aos portuários e marítimos; e pela Lei n° 5.485 de 30.06.1928, ele foi estendido ao pessoal das

empresas de serviços telegráficos e radiotelegráficos.

1930 Criação do Ministério do Trabalho 1933 Criação do primeiro IAP, dos marítimos – IAPM (Decreto n°22.872 de 29.06.1933). 1934

A Constituição de 1934 foi a primeira a estabelecer a forma tríplice da fonte de custeio previdenciária, com contribuições do Estado, do empregador e do em-pregado. Foi, também, a primeira Constituição a utilizar a palavra “Previdência”, sem o adjetivo “social”.

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1946 A Constituição de 1946 foi a primeira a utilizar a expressão “previdência social”, substituindo a expressão “seguro social”. 1960 A Lei n° 3.807, de 26/08/1960, unificou toda a legislação securitária e ficou conhecida como a Lei Orgânica da Previdência Social – LOPS. 1963 Instituição do Fundo de Assistência e Previdência do Trabalhador Rural – FUNRURAL, instituído pela Lei n° 4.214, de 02.03.1963. 1965 Ainda na CF/46, foi incluído, em 1965, parágrafo proibindo a prestação de benefício sem a correspondente fonte de custeio. 1966 IAPs foram unificados no INPS, por meio do Decreto-Lei n° 72, de 21.11.1966. 1967 1967 A Lei n° 5.316, de 14.09.1967, integrou o seguro de acidentes de trabalho à previdência social, fazendo assim desaparecer este seguro como ramo à parte. 1971

A Lei Complementar n° 11, de 25.05.1971, instituiu o Programa de Assistência ao Trabalhador Rural (PRORURAL), de natureza assistencial, cujo principal benefício era a aposentadoria por velhice, após 65 anos de idade, equivalente a 50% do salário-mínimo de maior valor no País.

1977 A Lei n° 6.439/77 institui o SINPAS.

1988 A Constituição de 1988 tratou, pela primeira vez no Brasil, da Seguridade Social, entendida esta como um conjunto de ações nas áreas de Saúde, Previdência e Assistência Social.

1990 O SINPAS foi extinto em 1990. A Lei n° 8.029, de 12/04/1990, criou o INSS – Instituto Nacional do SEGURO SOCIAL –, autarquia federal, vinculada ao hoje MPS, por meio da fusão do INPS com o IAPAS.

1991 Lei n° 8.212 (Plano de Custeio e Organização da Seguridade Social) e Lei n° 8.213 (Plano de Benefícios da Previdência Social). 1999 Decreto n° 3.048/99.

EC 20/98 1ª Reforma da Previdência, transformando aposentadoria por tempo de serviço em aposentadoria por tempo de contribuição. EC 41/03 2ª Reforma da Previdência, mudando regras de aposentadoria do servidor, com o fim da integralidade e da paridade. EC 47/05 Complementa a EC nº 41/03, trazendo mais uma regra transitória.

MP 222/04, convertida na Lei nº 11098/05.

Criação da Secretaria da Receita Previdenciária, vinculada ao Ministério da Pre-vidência Social com atribuição de fiscalizar, cobrar e arrecadar as contribuições previdenciárias.

MP nº 258/05

Extinção da Secretaria da Receita Previdenciária – SRP-, conferindo à Secretaria da Receita Federal do Brasil a atribuição, também, da fiscalização, cobrança e arrecadação das contribuições previdenciárias.

Decorreu o prazo para sua conversão em lei e manteve-se, então, a SRP. Lei nº

11457/07

Extinção da SRP. A Secretaria da Receita Federal passa a ter a denominação de Secretaria da Receita Federal do Brasil – SRFB –, com a atribuição, a partir de maio/07, de fiscalizar, arrecadar e cobrar as contribuições previdenciárias.

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QUESTõES COMENTADAS DE CONCURSOS PúBLICOS

01. (Defensoria Pública da União/CESPE/2010) A Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo n.º 4.682/1923), considerada o marco da Previdência Social no Brasil, criou as caixas de aposentadoria e pen-sões das empresas de estradas de ferro, sendo esse sistema mantido e administrado pelo Estado.

► Comentário

Essa assertiva enconse errada na medida em que a caixa de aposentadoria e pensão dos tra-balhadores das estradas de ferro não era somente com contribuições do Estado. Havia contribuições das empresas e dos próprios trabalhadores.

Porém, está correta a parte em que diz que a Lei Eloy Chaves é considerada o marco da Previ-dência Social no Brasil.

Fundamentação: Art. 3º, Decreto 4682/23.

02. (Advogado da União/CESPE/2006) – Após modelo de previdência social concebido por William Beveridge, implantado na Inglaterra a partir de 1946, novos sistemas surgiram no cenário nacional mundial: o social-democrata, adotado nos países nórdicos, cujo objetivo era asse-gurar renda a todos mediante redistribuição igualitária; e o liberal ou residual, cujo exemplo mais expressivo é o Chile, caracterizado, especialmente, pela individualização dos riscos sociais.

► Comentário

A assertiva está correta e demonstra dois sistemas distintos de previdência social que surgiram, tendo, de um lado a Inglaterra como representante do modelo social-democrata e, de outro, o Chile com um sistema liberal.

03. (Fiscal INSS/Alterada/CESPE/1997) – O Sistema Nacional de Previdência e As sistência Social (SINPAS), introduzido em 1977, buscou reorganizar a previdência social, integrando suas diversas atividades, por meio de órgãos tais como: INPS, INAMPS, FUNA BEM, DATAPREV e IAPAS.

► Comentário

A assertiva encontra-se correta, na medida em que, de fato, o SINPAS buscava organizar a Previ-dência e a Assistência Social no Brasil com a integração de vários órgãos acima citados, além da LBA e CEME.

Fundamentação: Arts. 3º e 4º, ambos da Lei 6439/77.

QUESTõES DE CONCURSOS

01. (Analista Judiciário/Área Judiciária/TRT 21ª Região/CESPE/2010) – As atuais regras constitucio-nais impedem que os municípios tenham seus próprios institutos de previdência.

GAB: Certo  Errado 02. (Analista Judiciário/Área Judiciária/TRT 21ª Região/CESPE/2010) – Até a década de 50 do século

XX, a previdência social brasileira caracterizava-se pela existência de institutos previdenciá-rios distintos que atendiam a diferentes setores da economia.

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03. (Analista Judiciário/Área Judiciária/TRT 21ª Região/CESPE/2010) – Com a criação do Instituto Nacional do Seguro Social, foram unificados, nesse instituto, todos os órgãos estaduais de previdência social.

GAB: Certo  Errado 04. (Defensor Público do Estado do Ceará/CESPE/2008) – No ordenamento jurídico brasileiro,

a primeira referência a instituições que promovessem ações relacionadas ao que hoje se denomina seguridade social foi feita pela Constituição de 1824, que criou as casas de socor-ros, consideradas embriões das santas casas de misericórdia.

GAB: Certo  Errado 05. (Advogado Pleno/Paraná Previdência/CESPE/2007) – No Brasil, o primeiro texto constitucional

a adotar e tratar da criação das casas de socorros públicos foi a Constituição da República de 1824.

GAB: Certo  Errado 06. (Advogado Pleno/Paraná Previdência/CESPE/2007) – O Decreto-legislativo n. 4.682, de

24/01/1923 – famosa Lei Eloy Chaves – é considerado, pela maioria dos autores, o marco inicial da previdência social no Brasil, tendo determinado a criação de uma caixa de aposentadoria e pensões para os empregados em empresas de estrada de ferro.

GAB: Certo  Errado 07. (Advogado Pleno/Paraná Previdência/CESPE/2007) – A partir de 1933, o governo abandonou

o método de criar pequenas instituições (caixas) previdenciárias porque elas, muitas vezes, não tinham condições financeiras para arcar com os benefícios previdenciários dos seus segurados, criando entidades de âmbito nacional, nas quais foram englobados trabalhado-res de uma mesma atividade.

GAB: Certo  Errado 08. (Advogado Pleno/Paraná Previdência/CESPE/2007) – A Lei n. 3.807/1960 ( Lei Orgânica da Previ-dência Social) uniformizou a legislação previdenciária das diferentes categorias de trabalha-dores, amparadas por distintos institutos previdenciários.

GAB: Certo  Errado 09. (Advogado Pleno/Paraná Previdência/CESPE/2007) – A LBA e a FUNABEM foram partes

inte-grantes do SINPAS, criado pela Lei n. 6439/1977.

GAB: Certo  Errado 10. (Procurador/INSS/Alterada/CESPE/1998) – A Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo n.°4.682, de

1923), primeira norma a instituir no Brasil a previdência social, que criou as caixas de aposen-tadorias e pensões para ferroviários, prevendo benefícios das aposenaposen-tadorias por invalidez e ordinária, pensão por morte e assistência médica, apenas alcançou os em pregados das empresas de estradas de ferro, cujas funções estivessem definidas como de maior risco, em face da atividade empresarial desenvolvida.

GAB: Certo  Errado 11. (Fiscal/INSS/CESPE/1997) – A Lei Eloy Chaves foi o grande marco da Previdência Social no Brasil.

No entanto, alguns institutos jurídicos securitários existentes hoje, nas modernas legislações, já haviam sido concebidos no Brasil, por instrumentos legais, muito tempo antes.

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12. (Procurador/INSS/CESPE/1997) – O Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) resultou da fusão do INPS e do INAMPS, com petindo-lhe, entre outras atribuições, promover a arrecadação, a fiscalização e a cobrança das contribuições incidentes sobre a folha de sa lários e demais receitas a eles vinculadas, na forma da legislação em vigor.

GAB: Certo  Errado 13. (Procurador/INSS/CESPE/1996) A evolução histórica da Seguridade Social contou com dois

momentos marcantes: na Inglaterra, a famosa Lei dos Pobres (Poor Law), em 1601, instituiu a Assistência Social, quando a Previdência Social, sob inspiração do Otto Von Bismark, foi instituída na Alemanha, em 1883, com a criação de uma série de seguros sociais.

GAB: Certo  Errado GAB FUNDAMENTAÇÃO 01 E Art. 40, caput, CF 02 C Doutrina 03 E Art. 17, Lei 8029/90 04 C Doutrina 05 C Doutrina 06 C Art. 1º, Decreto 4682/23 07 C Doutrina 08 C Art. 2º, Lei 3807/60 09 C Art. 4º, Lei 6439/77 10 E Art. 1º, Decreto 4682/23 11 C Doutrina

12 E Art. 17, caput, Lei 8029/90 13 C Doutrina

Referências

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