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DEPARTAMENTO: .... : ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES (POI)
CURSO ... : MESTRADO E DOUTORADO EM ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS (CMCD)
DISCIPLINA ... : SUSTENTABILIDADE E ORGANIZAÇÕES (S&O)
PROFESSOR ... : RENATO J. ORSATO
2º SEMESTRE /2015 PROGRAMA
EMENTA
Nas duas últimas décadas, o número de pesquisas e publicações acadêmicas na área de sustentabilidade se expandiu muito no contexto genérico de estudos organizacionais. Uma vez que o tema sustentabilidade é essencialmente multidisciplinar, o curso tem uma abordagem transversal, referenciando-‐se nas disciplinas de estudos organizacionais e de administração de empresas
Com relação as áreas de administração e temas de pesquisa, existem muitas incertezas quanto às condições específicas que favorecem ou dificultam a lucratividade de investimentos socioambientais feitos por empresas. Nesse sentido, o curso foca em investimentos socioambientais que possam gerar, simultaneamente, benefícios públicos e lucros privados, caracterizando situações de ganha-‐ganha, como ficou comumente conhecido.
OBJETIVOS DA DISCIPLINA
Ao concluir este curso, os alunos terão uma compreensão das áreas de pesquisa em sustentabilidade e organizações, compreendendo:
Teorias organizacionais e perspectivas teóricas em sustentabilidade
1. (Natural) Resourse based view of the firm 2. Organizational Learning
3. As perspectiva da modernização ecológica e deep ecology
Áreas de administração e temas de pesquisa (e teorias associadas)
4. Estratégia: Vantagem competitiva e sustentabilidade
5. Operações: Pensamento enxuto; ecologia e simbiose industrial
6. Suprimentos e Logística: Cadeias de valor compartilhado; logística reversa 7. Recursos Humanos: Motivação e competências para a sustentabilidade
8. Finanças: Debate “pays to be green”; mercados de carbono voluntários e regulados 9. Marketing: Selos, normas e reputação socioambiental
10. Empreendedorismo: Empreendedorismo socioambiental (individual e corporativo)
Em particular, os alunos aprenderão a estabelecer uma relação entre os temas tratados pelas disciplinas tradicionais de administração e os temas socioambientais via um Trabalho de Final de Curso (TFC).
METODOLOGIA
Hoje, em contextos onde o acesso a dados está extremamente facilitado, a questão fundamental para a pesquisa é sua interpretação. Nesse sentido, o curso e Sustentabilidade e Organizações envolve uma preleção de material acadêmico (artigos científicos, relatórios de pesquisa, estudos de caso, etc.) como é feito tradicionalmente em disciplinas orientadas para a pesquisa. Contudo, o curso é baseado em um método que permite aos alunos
transformarem dados em informação através de sua interpretação sistemática. Isso é feito através da discussão da biblioragrafia básica, moderada pelo professor, complementada por seminários e tarefas práticas que visam o treinamento para a lógica da pesquisa e publicação.
O processo de aprendizagem também é baseado no método de aprender fazendo. A maioria das sessões será formada pelos seguintes componentes:
1. Breve apresentação, pelo professor, do tema e suas questões de pesquisa genéricas;
2. Três alunos se voluntariam para apresentar e liderar a discussão dos artigos indicados na bibliografia básica;
3. Cada aluno apresentará um dos artigos indicados (máximo 20 minutos), seguida por sua discussão (em média 20’ por artigo);
4. Identificação, em grupo, de direções e perguntas de pesquisa sobre o tema em questão.
Para que o trabalho em classe seja produtivo, é fundamental que os alunos façam seu tema de casa. Espera-‐se que os participantes façam uma leitura minuciosa e crítica dos textos indicados e estejam preparados a apresenta-‐los e discuti-‐los em classe.
CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO
Genericamente, a avaliação dos alunos está baseada na qualidade das interpretações e reflexões dos textos. Em termos específicos, os alunos serão avaliados segundo os seguintes critérios:
Participação (10 pontos)
Todos os alunos deverão arquivar os resumos/apresentações dos textos recomendados para cada sessão no dropbox do eClass até 60 minutos antes da sessão do dia. Em princípio, a entrega deste material é apenas uma
licença para operar, que ficará a disposição do professor para verificar a compreensão do aluno sobre os temas
tratados e, eventualmente, servir de balizador da nota de participação na avaliação final.
Apresentações (20 pontos)
A avaliação da apresentação terá como parâmetros a clareza e objetividade, e a demonstração da capacidade de entendimento do tema tratado no texto, bem como a visão crítica durante o debate do texto com os outros alunos, da forma e articulação das ideias apresentadas.
Tarefa de Meio de Curso (30 pontos)
Aproximadamente na metade do curso os alunos deverão desenvolver uma pesquisa bibliográfica e apresenta-‐ la em forma de relatório e em aula. As instruções para a elaboração da tarefa serão fornecidas no início do curso.
Trabalho de Final de Curso (40 pontos)
Cada aluno deve escolher um dos temas de Sustentabilidade e Organizações, listados no plano de aulas e tratados ao longo do curso, para desenvolver um trabalho individual de final de curso. As instruções para o PPA encontram-‐se no anexo.
PLANO DE AULAS E BIBLIOGRAFIA OBRIGATÓRIA
O plano de aulas definitivo será apresentado ao início do curso , principalmente no que diz respeito às referências bibliográficas que, no momento, são apenas indicativas do conteúdo a ser tratado. Sugestões de referências bibliográficas a ser incluídos no curso podem ser enviados ao Prof. Orsato (renato.orsato@fvg.br).
Aula 1. Introdução
(PS: nesta sessão não haverá líder de pesquisa. Os alunos precisam apenas ler os textos recomendados) • Reinhardt, F. (1999). Market Failure and the Environmental Policies of Firms: Economic Rationales for
‘Beyond Compliance’ Behavior. Journal of Industrial Ecology, 3 (1), 9-‐21.
• Orsato, R. (2006). Competitive Environmental Strategies: When Does It Pay to Be Green? California
Management Review, 48 (2), 127-‐141.
• Berchicci, L., & King, A. (2007). Postcards from the Edge: A Review of the Business and Environment Literature, The Academy of Management Annals, 1 (1), 513-‐547.
Aula 2. Base da Pirâmide e Valor Compartilhado
• Hillman, A.J., & Keim, G.D. (2001). Shareholder Value, Stakeholder Management, and Social Issues: What's the bottom line? Strategic Management Journal, 22 (2), 125-‐139.
• Prahalad, C. K., & Hammond, A. (2002). Serving the World’s Poor, Profitably. Harvard Business Review, 8 (9), 48-‐57.
• Karnani, A. (2007). The Mirage of marketing to the Bottom of the Pyramid. California Management
Review, 49 (4), 90-‐111.
• Perez-‐Aleman, P., & Sandilands, M. (2008). Building value at the top and the bottom of the global supply chain, California Management Review, 51 (1), 24-‐49.
Aula 3. Base da Pirâmide e Valor Compartilhado
• Vachani, S., & Smith, N.C. (2008). Socially Responsible Distribution: Distribution Strategies for reaching the bottom of the pyramid. California Management Review, 50 (2), 52-‐84.
• Garrette, B., & Karnani, A. (2010). Challenges in Marketing Socially Useful Goods to the Poor. California
Management Review, 52 (4), 1-‐19.
• London, T., Anupindi, R.; Sheth, S. (2010). Creating mutual value: Lessons learned from ventures serving base of the pyramid producers. Journal of Business Research, 63(6), 582-‐594
• Porter, M.E., & Kramer, M.R. (2011). Creating Shared Value. Harvard Business Review, 89 (1/2), 62-‐77.
Aula 4. Intangíveis e Valor Reputacional
• Berens, G., & Van Riel, C. B. (2004). Corporate associations in the academic literature: Three main streams of thought in the reputation measurement literature. Corporate Reputation Review, 7 (2), 161-‐ 178.
• Doh, J.P., Howton, S.D., Howton, S.W., & Siegel, D.S. (2010).
Does the Market Respond to an
Endorsement of Social Responsibility? The Role of Institutions, Information, and Legitimacy. Journal of
Management, 36 (6), 1461-‐1485.
• Surroca, J., Tribo ́, J.A., & Waddock, S. (2010). Corporate Responsibility and Financial Performande: The role of intangilble resources. Strategic Management Journal, 31 (5), 463-‐490.
Aula 5: (Natural) Resource Based View
• Barney, J. (1991). Firm resources and sustained competitive advantage. Journal of management, 17 (1), 99-‐120
• Hart, S. L. (1995). A natural-‐resource-‐based view of the firm. Academy of management review, 20 (4), 986-‐1014.
• Barney, J. B., Ketchen, D. J., & Wright, M. (2011). The future of resource-‐based theory revitalization or decline? Journal of Management, 37(5), 1299-‐1315.
• Busch, T. (2011). Organizational adaptation to disruptions in the natural environment: The case of climate change. Scandinavian Journal of Management, 27(4), 389-‐404.
• Berchicci, L., Dowell, G., & King, A. (2012). Environmental capabilities and corporate strategy: exploring acquisitions among US manufacturing firms. Strategic Management Journal, 33(9), 1053-‐1071.
Aula 6. Vantagem competitiva e sustentabilidade
• Bowman, C., & Ambrosini, V. (2000). Value Creation Versus Value Capture: Towards a Coherent Definition of Value in Strategy. British Journal of Management, 11 (1), 1-‐15.
•
Orlitzky, M., Siegel, D. S., & Waldman, D. A. (2011). Strategic Corporate Social Responsibility andEnvironmental Sustainability. Business Society, 50 (1), 6-‐27.
• Hart, S.L., & Dowell, G. (2011). Natural-‐Resource-‐Based View of the Firm: Fifteen Years After. Journal of
Management, 37 (5), 1464-‐1479.
Aula 7. Employee Engagement & Sustentabilidade (Tarefa 1)
• Garavan, T. (2010). Human resource development and society: Human Resource Development’s role in embedding corporate social responsibility, Sustainability and Ethics in Organizations. Advances in
Developing Human Resources, 12, (5), 487-‐507.
• De Villiers, C., Naiker, V., & Van Staden, C. J. (2011). The Effect of Board Characteristics on Firm Environmental Performance. Journal of Management, 37 (6), 1636-‐1663.
Aula 8: Customer Engagement & Sustentabilidade (Tarefa 1)
• Lyon, T.P., & Montgomery, A. (2013). Tweetjacked: The Impact of Social Media on Corporate Greenwash. Journal of Business Ethics, 118 (4), 747-‐757.
• Hanna, R., Rohm, A., & Crittenden, V. L. (2011). We’re all connected: The power of the social media ecosystem. Business Horizons, 54 (3), 265-‐273.
• Whelan, G., Moon, J., & Grant, B. (2013). Corporations and Citizenship Arenas in the Age of Social Media. Journal of Business Ethics, 118 (4), 777-‐790.
Aula 9: Apresentação e Discussão da tarefa 1 (instruções a serem repassadas pelo professor)
• Apresentação da Tarefa 1.
Aula 10: Organizational Learning & Sustainability
• Fiol, C. M., & Lyles, M. A. (1985). Organizational learning. Academy of management review, 10(4), 803-‐ 813
• Dodgson, M. (1993). Organizational learning: a review of some literatures.Organization studies, 14(3), 375-‐394.
• Siebenhüner, B., & Arnold, M. (2007). Organizational learning to manage sustainable development. Business strategy and the environment, 16(5), 339-‐353.
Aula 11: Serviços Ecosystêmicos e Estratégias de Sustentabilidade
• Liu, S., Costanza, R., Farber, S., & Troy, A. (2010). Valuing ecosystem services: theory, practice, and the need for a transdisciplinary synthesis. Annals of the New York Academy of Sciences, 1185, 54–78. doi:10.1111/j.1749-‐6632.2009.05167.x
• Daily, G. C., Polasky, S., Goldstein, J., Kareiva, P. M., Mooney, H. a, Pejchar, L., … Shallenberger, R. (2009). Ecosystem services in decision making: time to deliver. Frontiers in Ecology and the
Environment, 7(1), 21–28. doi:10.1890/080025
• Houdet, J., Trommetter, M., & Weber, J. (2012). Understanding changes in business strategies regarding biodiversity and ecosystem services. Ecological Economics, 73, 37–46.
doi:10.1016/j.ecolecon.2011.10.013
• Laurans, Y., Rankovic, A., Billé, R., Pirard, R., & Mermet, L. (2013). Use of ecosystem services economic valuation for decision making: questioning a literature blindspot. Journal of Environmental
Management, 119, 208–19. doi:10.1016/j.jenvman.2013.01.008
Aula 12: Organizational Adaptation to Climate Change
• Linnenluecke, M., Griffiths, A., & Winn, M. (2012). Extreme Weather Events and the Critical Importance of Anticipatory Adaptation and Organizational Resilience in Responding to Impacts.
Business Strategy and Environment, 21 (1), 17-‐32.
• Linnenluecke, M., Stathakis, A., & Griffiths, A. (2011). Firm relocation as adaptive response to climate change and weather extremes. Global Environmental Change, 21 (1), 123-‐133.
• Goodal, A.H. (2008). Why Have the Leading Journals in Management (and Other Social Sciences) Failed to Respond to Climate Change, Journal of Management Inquiry, 17 (4), 408-‐420.
• Berkout. F. (2012). Adaptation to climate change by organizations. WIREs Clim Change, 3 (1), 91–106.
Aula 13 As perspectivas da Modernização Ecológica e da Deep Ecology
• Orsato, R,J. and Clegg, S. (2005). Radical Reformism: Towards Critical Ecological Modernisation.
Sustainable Development Journal 13, pp. 253-‐257.
• Drengson, A. and Devall, B. (2010). The Deep Ecology Movement: Origins, Development & Future Prospects. The Trumpeter, Vol. 26, No. 2.
• McLaughlin, P. (2012) Ecological Modernization in Evolutionary Perspective. Organization &
Environment, 25(2), p. 178–196. Aula 14: Apresentação dos TFCs
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR (LIVROS)
• Epstein, M. (2008). Making Sustainability Work: Best Practices in Managing and Measuring Corporate, Social,
Environmental, and Economic Impacts. Sheffield: Greenleaf.
• Orsato, R. (2009) Sustainability Strategies, When does it Pay to be Green. London: Palgrave McMillan. • Reinhardt, F. (2000). Down To Earth: Applying Business Principles to Environmental Management. Boston,
• Russo, M. (2010). Companies on a Mission: Entrepreneurial Strategies forGrowing Sustainability
Responsibility and Profitability. Stanford University Press. Stanford, CA.
• Vogel, D. (2006). The Market for Virtue: The Potential and Limits of Corporate Social Responsibility. Brookings Institution Press: Washington, DC.
INSTRUÇÕES PARA A TAREFA DE MEIO DE CURSO (TMC)
As Instruções para a TMC será repassada aos alunos nas primeiras semanas de aulas.
INSTRUÇÕES PARA O TRABALHO DE FINAL DE CURSO (TFC)
Cada aluno deve escolher um dos temas de Sustentabilidade e Organizações, listados no plano de aulas e tratados ao longo do curso, para desenvolver um Trabalho de Final de Curso, (TFC). Caso o aluno já tenha o tema de sua pesquisa, a escolha de uma área para o TFC relacionada a sua pesquisa de dissertação ou tese é recomendável. Caso contrário, o aluno deve escolher uma área que gostaria de entender melhor como forma de ajudar na sua definição de tema de estudo. O TFC consiste, em princípio, em uma primeira versão de um
artigo acadêmico. Com relação a apresentação, cada aluno terá 20 minutos para apresentar o seu TFC,
seguidos de 30 minutos para perguntas, esclarecimentos e discussões sobre o tema. A seguir estão listadas as fases previstas para o desenvolvimento do TFC:
• data a ser definida -‐ Pesquisa inicial para a definição do TFC individual ;
• data a ser definida -‐ Sessão de perguntas e respostas e orientação para a elaboração dos TFCs; • data a ser definida -‐ Apresentação do (rascunho) dos TFCs
• data a ser definida -‐ Entrega do texto
Prazos:
• A apresentação (ppt) deverá ser salva no eClass até as 9:00h do dia (definir) • Os TFCs (doc) deverão ser salvos no dropbox do eClass no dia (a definir).