RECOMENDAÇÕES PARA A REABILITAÇÃO DO
CONVENTO DE MADRE DE DEUS DA
VERDERENA – CASO DE ESTUDO
Andreia Valença Pires1Apires.179@estbarreiro.ips.pt
Ana Brás2
ana.bras@estbarreiro.ips.pt
Resumo
O objetivo do presente trabalho é propor algumas soluções para a preservação do Conven-to da Madre de Deus da Verderena, no Barreiro, Portugal.
Procurando promover a reabilitação do património da região de Setúbal, o Instituto Poli-técnico de Setúbal (ESTBarreiro/IPS) tem vindo a apresentar recomendações de reabilita-ção do edificado recente e antigo da região.
O convento da Madre de Deus da Verderena foi construído no século XVI pelos Francis-canos Arrábidos. Foram realizadas obras para adaptar o edifício novas funções, nomeada-mente uma biblioteca municipal e é usado ainda pela Universidade da Terceira Idade.
Assim como a maioria dos edifícios antigos construídos com parede autoportantes de al-venaria e materiais muito porosos, é afetado por problemas de eflorescências que requerem medidas apropriadas de intervenção. No entanto, os profissionais envolvidos na área da conservação partilham a opinião que muitas dos problemas relacionados com cristalização de sais tendem a agravar, ao invés de minimizar, após obras de conservação, mesmo quando orientadas para resolver o problema. Esta afirmação refere-se essencialmente ao aumento dos danos provocados na superfície.
Este artigo mostra dados de inspeção e de diagnóstico, bem como uma proposta de solu-ção de reparasolu-ção para as anomalias detetadas e danos agravados por obras realizadas ante-riormente no edifício pela introdução de materiais e recurso a soluções construtivas que não se revelaram eficientes.
O estudo tem vindo a ser desenvolvido desde 2012 com vista à promoção de algumas me-didas para a reabilitação do monumento adaptado a novos usos, tendo em consideração fa-tores históricos, arquitetónicos, aspetos da sua conceção e a sua integração urbana nos pa-drões de vida modernos de conforto.
O principal desafio consiste em preservar a identidade do espaço permitindo que os edifí-cios antigos sejam usufruídos de acordo com as necessidades contemporâneas e simultane-amente desenvolver metodologias com vista à minimização dos custos de uma intervenção.
Palavras-chave: Conservação e Reabilitação do Património, Recomendações
Técnicas, Comportamento Higrotérmico.
1 Arquiteta, MSc Course “Mestrado em Conservação e Reabilitação do Edificado”, ESTBarreiro – Instituto Politécnico de Setúbal
2 Professora Adjunta Convidada, Secção de Construção e Ambiente, ESTBarreiro – Institu-to Politécnico de Setúbal, MSc Course ’’Mestrado em Conservação e Reabilitação do Edifica-do”, Barreiro, Portugal
1 Introdução
Este caso de estudo visa analisar as técnicas e princípios a aplicar na reabi-litação do Convento de Madre de Deus da Verderena, Barreiro, construído no século dezasseis pelos Franciscanos Arrábidos – Capuchos [9][10][11]. Atual-mente comporta outras funções, tendo sido adaptado numa biblioteca munici-pal e usado ainda pela Universidade da Terceira Idade. Durante as décadas de 1970 e 1990 foram feitas obras de adaptação do edifício a estes novos usos. No entanto, estas intervenções foram inadequadas face ao estado de conservação do edifício, nomeadamente no que diz respeito à envolvente opaca exterior [1]. O edifício é classificado como Interesse Municipal (Aviso n.º 18 805/2007, DR, 2ª série, n.º 190, de 2-10-2007 (classificação camarária)) [9].
No que concerne a edifícios religiosos, a adaptação a novos usos é mais sensível já que, por norma, acolhem outros significados. Permitir que estes edifícios sejam usufruídos de acordo com as necessidades contemporâneas é transportar o património arquitetónico, histórico e cultural para as gerações fu-turas, prevenindo assim que os edifícios antigos sejam abandonados por não se adaptarem à vida moderna[2][3][4][6][7][8].
2 Objetivos e motivação
Pretende-se propor soluções para a conservação do convento de Madre de Deus da Verderena, sito no Barreiro. O estudo tem em consideração os fatores históricos e arquitetónicos por detrás da sua conceção, a adaptação a novos usos, a sua integração urbana e os requisitos contemporâneos relativamente ao conforto no interior dos edifícios.
A metodologia adotada foi a seguinte:
— Caracterização histórica e arquitetónica no edifício, assim como os princípios e valores por detrás da sua conceção;
— Estudo da tipologia, sistemas construtivos e materiais usados;
— Análise das obras de adaptação do edifício para fins culturais, refe-renciando a documentação obtida com inspeção in situ;
— Análise e diagnóstico de anomalias;
— Estudo do comportamento higrotérmico na zona ocupada pela Uni-versidade da Terceira Idade.
3 Análise e Diagnóstico do Estado de Conservação
3.1 Uso do edifício
Relativamente ao convento de Madre de Deus da Verderena, o principal objetivo era preservar a espacialidade e volumetria da configuração original.
Contudo, era necessário uma reorganização dos compartimentos em torno do claustro, nomeadamente, a transformação dos dormitórios na Biblioteca Muni-cipal (1º piso), enquanto o piso térreo seria ocupado pela Universidade da Ter-ceira Idade (U3I). A Figura 1 e a Figura 2 mostram as áreas descritas.
Figura 1: Zona afeta à U3I (piso
tér-reo) Figura 2: Zona afeta à Biblioteca Mu-nicipal (1º piso)
3.2 Inspeção do edifício e diagnóstico de anomalias
A inspeção do Convento foi levada a cabo tendo em linha de conta diversos fatores, nomeadamente, geometria, características estruturais, caracterização física e química dos constituintes dos elementos de uma forma geral e, em par-ticular, na zona afeta à biblioteca e U3I. A avaliação inclui ainda a análise do caderno de encargos e das peças desenhadas de projeto das obras efetuadas nos anos 70 e 90 [13][14]. Este estudo foi crucial no estabelecimento de um diag-nóstico correto. Da revisão de projeto observou-se não conformidades entre as peças desenhadas e o construído, como por exemplo a ausência de paredes construídas, mas mencionadas em desenho. Foi prescrita em peças escritas do projeto a aplicação de argamassas de reparação de base comentícia pelo que, anteriormente à inspeção visual, era esperado encontrar um número significa-tivo de anomalias associados ao seu emprego.
A avaliação do estado de conservação das envolventes do edifício (paredes e coberturas), quer interiores, quer exteriores, foi feita baseada na investigação histórica, inspeção visual in situ, análise laboratorial e ainda por entrevistas aos gestores dos bens municipais e ao responsável pela gestão do edifício em estudo. Dada a importância patrimonial do edifício, só foram usadas técnicas de inspeção e diagnóstico pouco ou nada destrutivas.
A análise histórica feita previamente permitiu aos autores perceber as téc-nicas adotadas e as características dos materiais usados nos trabalhos de reab i-litação do convento (nomeadamente no que diz respeito à aplicação de novos materiais) e a sua compatibilidade com os existentes.
A Figura 3 mostra uma fotografia aérea do convento, bem como a sua ori-entação solar.
Figura 3: Fotografia aérea do Convento de Madre de Deus da Verderena e orientação solar. O retângulo azul marca a zona onde se desenvolvem a biblioteca (1ºpiso) e a
U3I (piso térreo) [15].
A Tabela 1sintetiza as principais anomalias observadas. A situação A, mostra degradação generalizada nos recobrimentos das paredes de alvenaria. A análise dos documentos relativos a obras efetuadas confirma a aplicação de argamas-sas de base cimentícia, que são incompatíveis química, física e mecanicamente com o substrato. No que diz respeito à aplicação de esquemas de pintura (situ-ação A –Tabela 1), a aplic(situ-ação de determinado tipo de tintas pode agravar os danos na superfície da parede devido a sais solúveis. A acumulação de sal está diretamente relacionado com a existência de uma camada de tinta [17][18] no sentido em que a água transportada no interior da parede, que transporta sais solúveis, deverá atingir a superfície externa do conjunto e depositar-se à super-fície formando eflorescências. O uso de tintas que impedem a evaporação e o funcionamento normal da parede, resultam em danos na superfí-cie[17][19][20]. A situação A e B da Tabela 1 são exemplos desta anomalia.
As humidades ascensionais são difíceis de tratar. Há muitas técnicas de tra-tamento, como por exemplo a criação de barreiras químicas ou físicas, criação de um potencial oposto ao potencial capilar, criação de drenos atmosféricos ou tubos de arejamento, aplicação de um revestimento com porosidade controla-da, a criação de uma nova parede que esconda as anomalias e a ventilação da base das paredes. A maior da parte das soluções mostra-se inadequada ou ine-ficiente no tratamento de humidades ascensionais em edifícios históri-cos[22][23]. No caso do edifício em estudo considera-se mais eficaz a aplica-ção de camadas com porosidade e porometria controladas [27].
Tabela 1: Principais danos observados no convento, especialmente perto da U3I e bi-blioteca
A- Elementos afetados
Paredes, rebocos exteriores, pinturas e cantaria
Anomalias:
Degradação, fissuração e desagregação das ar-gamassas;Empolamento das tin-tas;Eflorescências;Colonizações biológicas; Infiltrações de águas de origem pluvial nos pa-ramentos;Gárgulas de escoamento disfuncionais;
Vandalismo.
B- Elementos afetados
Paredes, rebocos exteriores, pinturas
Anomalias
Humidades em paredes exteriores; Degradação, fissuração e desagregação das ar-gamassas;Empolamento das tintas;Humidades
ascensionais;Vandalismo.
C- Elementos afetados
Abóbada a descoberto pero da biblioteca
Anomalias
Degradação da abóbada, especialmente das ar-gamassas das juntas entre os tijolos;Infiltrações
de águas provenientes da cobertura.
D- Elementos afetados
Terraço
Anomalias
Sistema de escoamento das águas pluviais dis-funcional no terraço;Zonas de empoçamento e acumulação de água devido a pequenas penden-tes;Anomalias no sistema de impermeabilização por baixo dos mosaicos cerâmicos;Anomalias em
pontos singulares como soleiras e platibandas que levam à infiltração de água;Inexistência de
juntas de esquartelamento entre os mosaicos
E- Elementos afetados
Parede de alvenaria
Anomalias
Problema estrutural devido ao peso das abóba-das. A fissura, ao abrir, facilita a entrada de água para dentro das estruturas, comprometendo ainda mais a estabilidade do elemento e acelerando a sua degradação. A situação tende a agravar e, se não for solucionada, prevê-se o desligamento
A situação C- Tabela 1mostra o intradorso de uma abóbada a descoberto onde se observou cristalização de sais e fenómenos de lixiviação nas argamas-sas das juntas da alvenaria (Figura 4).
Figura 4: Cristalização de sais e fenómenos de lixiviação nas argamassas das juntas dos tijolos na abóbada
O maior benefício de proteger o intradorso de uma abóbada é a redução da presença de humidades dentro da estrutura de alvenaria que a constitui [24][25]. A presença de água e a sua circulação dentro dos poros é uma das causas de maior degradação das argamassas[24][26][27]. Dependendo das condições de temperatura e humidade, a água, quer no estado líquido, quer no estado gasoso, permite fenómenos de gelo/degelo, facilitando a entrada de sais que cristalizam dentro da rede formada pelos poros, acabando por influenciar na perda de resistência mecânica das argamassas e capacidade de aderência à alvenaria. O fenómeno de lixiviação presente ocorre por duas vias: águas infil-tradas pela cobertura em terraço por cima da abóbada (situação D- Tabela 1), mas também devido à falta de proteção/ausência de reboco, no intradorso. Nes-tas condições, as argamassas de cal das junNes-tas entre os tijolos são diretamente afetadas pelas condições ambientais higrotérmicas.
3.3 Comportamento higrotérmico na zona da U3I
Parte do piso térreo será ocupado pela U3I durante a primavera. Neste sen-tido, efetuou-se um estudo higrotérmico com o objetivo de assegurar condições de conforto.
Ambos os rebocos interiores dos espaços em estudo (U3I e biblioteca) apresentam anomalias semelhantes: degradação, fendilhação e desagregação. Foram recolhidas algumas amostras por forma a medir a humidade e higrosco-picidade das argamassas, de modo a relacionar com as anomalias descritas an-teriormente (Figura 5 e Figura 6).
Figura 5: Área selecionada para a re-colha das amostras na U3I.
Figura 6: Exemplo do aspeto visual da parede na zona da U3I.
Foram recolhidas 6 amostras com 1 a 2 cm de profundidade da superfície da parede. A Tabela 2 mostra os resultados do teor de humidade e da higrosco-picidade para as 6 amostras colhidas a 35 e 60 cm do pavimento interior.
Tabela 2: Teor de humidade e higroscopicidade na zona da U3I.
Amostra Altura do chão (m) Teor de Humidade (% peso) Higroscopicidade (% peso) A 0,35 4,1 1,7 B 0,35 4,8 1,7 C 0,35 5,3 1,2 D 0,60 6,1 2 E 0,60 5,1 1,4 F 0,60 4,1 10,8
O aumento de massa das amostras indicia que se está na presença de mate-riais higroscópicos, por norma sais solúveis, que têm a capacidade de absorver o vapor de água presente na atmosfera, quando as condições ambientais de Hr da zona da terceira idade são superiores a 65% [16].
A figura seguinte mostra a variação das condições higrotérmicas interiores e exteriores da zona da U3I durante a campanha de monitorização in situ com o auxílio de um termohigrometro (Figura 7).
Figura 7: Variação de temperatura do ar e humidade relativa, interior e exterior, no convento (zona da U3I) (de abril a maio de 2012).
De acordo com os resultados, é possível observar que as condições higr o-térmicas interiores e exteriores do convento (na zona a U3I):
— A temperatura do ar interior está compreendia dentre os 16ºC e os 22ºC;
— A temperatura exterior está compreendida entre os 9ºC e os 33ºC;
— A HR interior varia entre os 60% e os 90%.
4 Conclusões
O convento da Madre de Deus da Verderena, assim como a maioria dos edifícios antigos construídos com parede autoportantes de alvenaria e materiais muito porosos, é afetado por problemas de eflorescências que requerem medi-das apropriamedi-das de intervenção. Este estudo apresenta o diagnóstico efetuado e algumas medidas de reparação para os danos agravados por obras realizadas anteriormente no edifício.
Qualquer solução de reparação deverá ter em linha de conta não só melho-rias no conforto ambiental no interior do edifício, mas também prevenir danos causados por infiltrações. De acordo com esta linha orientadora, as recomen-dações para a reabilitação são:
a) Restabelecer a integridade do envelope do edifício tendo em conta os requesitos de conforto, resistência e estéticos. Neste sentido, tin-tas e rebocos interiores e exteriores deverão ser removidos. Novos rebocos deverão ser executados, tendo em conta questões de com-patibilidade, de porosidade e porometria controladas, após ensaios
in situ;
b) Correção das pendentes e do sistema de impermeabilização da co-bertura em terraço;
c) Novos arranjos exteriores por forma a prevenir ou minimizar que a água proveniente da chuva se infiltre junto às fundações do
edifí-cio. Acrescenta-se ainda que que se deve evitar qualquer arranjo exterior que necessite de um sistema de irrigação, como por exem-plo, uma zona relvada;
d) No que diz respeito às recomendações específicas para a ventilação e controle da HR na área afeta à U3I, durante a estação de aqueci-mento é necessário aquecer o ar interior sem exceder a amplitude térmica de 3ºC. Na estação de arrefecimento, a renovação de ar de-verá ser garantida durante a noite. Devido à fraca ventilação de ar nesta zona, sugere-se que o uso de aparelhos de aquecimento e de-sumidificação seja cuidadosamente agendado, por forma a prevenir que a saúde dos utentes da U3I se agrave.
5 Agradecimentos
Os autores deste trabalho agradecem o acesso à informação relativa ao convento disponibilizada pela Câmara Municipal do Barreiro.
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