UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO
PROJETO NOSSA ESCOLA PESQUISA SUA OPINIÃO – PÓLO RS CURSO “ESCOLA E PESQUISA: UM ENCONTRO POSSÍVEL”
ANA GORETE SCHNEIDER PREISSLER
HORTA CASEIRA
Projeto de pesquisa junto ao Curso de Extensão “Escola e Pesquisa: um encontro possível”. Coordenadora: Dra. Nilda Stecanela
Caxias do Sul 2010
SUMÁRIO
1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO...03
1.1 Dados dos pesquisadores...03
2. TEMA...03 2.1 Delimitação do problema...03 2.2 Problema...03 3. JUSTIFICATIVA...03 4. HIPÓTESES...03 5. OBJETIVOS...04 5.1 Objetivo Geral...04 5.2 Objetivos específicos...04 6. METODOLOGIA...05 7. POPULAÇÃO/AMOSTRA...05 8. RECURSOS...06 8.1 Recursos Humanos...06 8.2 Recursos Materiais...06 9. CRONOGRAMA...06 10. REFERENCIAL TEÓRICO-METODOLÓGICO...07 11. REFERÊNCIAS...07 12. ANEXOS...08
1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL PRÓ-REITORIA DE EXTENÇÃO
CURSO DE EXTENSÃO: “Escola e Pesquisa Um Encontro Possível“ Coordenadora: Drª Nilda Stecanela
Orientadora: Gisele Rizzon
Período: março a agosto de 2010 Autora: Ana Gorete Schneider Preissler Co-autores: Os alunos e famílias
2. TEMA
2.1. Delimitação do Tema
Horta Caseira Espelhada na Horta Escolar
2.2. Problema:
Será que as hortaliças produzidas em casa são realmente saudáveis?
3. JUSTIFICATIVA
A opção pela não utilização de produtos químicos, se deve ao impacto ambiental que eles causam, alterando rápida e drasticamente as condições de equilíbrio anterior, causando um desequilíbrio na ecologia local e um descontrole sobre as populações de pragas e doenças. Ainda, invariavelmente são produtos redutores da atividade orgânica e causando sérios danos à saúde.
Temos nós a noção de quantidade, diretamente proporcional aos impactos de poluição e destruição da natureza que nós geramos pessoalmente? (PELIZOLLI, Marcelo p. 05)
Baseado em tais dados, esse tema foi o mais votado entre os alunos e tamanho foi o empenho e dedicação dos envolvidos. Mostrar aos moradores locais que as hortaliças mais viçosas, na grande maioria das vezes, são as mais impregnadas com nutrientes inorgânicos químicos e largamente sem controle algum vendidos a pessoas leigas e totalmente ingênuas em relação a tais problemas. Produzir, então hortaliças saudáveis e converter os resíduos orgânicos locais em adubo natural sem risco algum, instigou os alunos a pôr em prática esse projeto. Outro forte motivo foi desmistificar aos colegas professores, funcionários, e alunos da Escola São José do Morro Tico Tico de Bom Princípio de que grama, folhas e demais inços são insumos naturais e não lixo como a maioria menciona.
4. HIPOTESES
Muitas famílias dizem que não possuem horta devido a: - Não possuírem espaço adequado;
- Não terem tempo para se dedicar;
- Acesso fácil ao mercado local e sortido, com grande variedade de produtos hortifrutigranjeiros.
5. OBJETIVOS
5.1. Objetivo geral
Os alunos do 9º ano irão pesquisar o número de famílias que possuem Horta e levar seus conhecimentos adquiridos na disciplina de Química, além dos portões da Escola. Este projeto visa principalmente orientar as pessoas sobre o uso de produtos químicos e auxiliar assim, essas famílias a produzirem hortaliças mais saudáveis e consequentemente a instituírem hortas em suas residências, caso não possuam. A longo prazo, este projeto devido a sua grande importância se estenderá também para as lavouras. Este projeto será desenvolvido em duas etapas, sendo a primeira parte realizada através de um questionário e a segunda a aplicação e prática. Os alunos irão pesquisar e orientar a prática da Horta Caseira, espelhada nos moldes da Horta Escolar.
5.2. Objetivos específicos
O objetivo específico maior será a utilização e o reaproveitamento das sobras provenientes da merenda escolar.
Colocar em prática conhecimentos ministrados durante as aulas de Química, referente ao uso e manuseio de agrotóxicos.
Colocar em prática conhecimentos ministrados durante as aulas de Física, referentes à importância dos fatores abióticos para o desenvolvimento dos bióticos, no caso, as plantas.
Orientar as famílias da importância da luz adequada para a fotossíntese e o bom desenvolvimento das hortaliças.
Explicar a interatividade entre homem, planta e demais seres ali existentes para o equilíbrio ecológico.
Orientar sobre a melhor hora do dia para regar as plantas, a fim de evitar excesso de umidade e consequentemente o desenvolvimento de fungos.
Mostrar na prática a construção de uma composteira e seu manejo correto para evitar odores e atrair vetores de doenças.
Enfatizar o não uso de defensivos químicos de toda e qualquer natureza que prejudiquem a saúde do ser humano.
Mostrar a importância das hortaliças saudáveis colhidas somente com o uso de adubo orgânico.
Aproveitar toda a biomassa resultante do jardim (grama, folhas das árvores...) como forração dos canteiros, para evitar o contato direto das verduras com a terra, a fim de evitar a contaminação.
Incentivar a conjugar hortaliças, ervas de cheiro e ervas daninhas, para que essas sirvam de alimento para os insetos e demais predadores.
Orientar as pessoas a lançarem um olhar diferente e cada vez mais familiarizado sobre a horta e o inço que nela consta, como um ambiente adequado e equilibrado entre os seres ali existentes.
Desenvolver nas crianças e nas famílias o amor pela terra, pela natureza e pelo gosto de cultivá-la.
6. METODOLOGIA
A metodologia de um projeto de pesquisa indica os caminhos que serão trilhados no seu desenvolvimento. A metodologia de pesquisa desse projeto será a pesquisa de opinião, pois esta
permite averiguar a existência de algum problema: confirmar a continuidade de uma ação que já está em andamento: compreender a visão que as pessoas têm de um fato ou de alguma ação em curso: detectar a dimensão de algum problema ou de alguma ação: refletir sobre como agir, como mudar, como superar ou como reafirmar as posições ou caminhos já escolhidos. (MONTENEGRO, RIBEIRO. 2002, p.25).
Através dela, acredito que se tornará mais claro saber aquilo que a comunidade, tanto escolar quanto os moradores do bairro conhecem, pensam e acreditam sobre a importância de possuir hortas e seu manejo correto. A pesquisa de opinião será conhecida através da aplicação de um questionário, principal ferramenta de uma pesquisa de campo.
7. POPULAÇÃO/AMOSTRA
A população alvo mora no Morro Tico-Tico. Neste bairro, localiza-se a Escola São José. A Escola funciona em dois turnos, sendo a educação infantil (séries iniciais) no turno da manhã e as séries finais no turno da tarde. Atualmente a Escola possui 309 alunos. Este total está formado pelos ciclos de 1º, 2º, 3º, 4º e 5º ano com uma turma de cada no turno da manhã e pelo 6º, 7°, 8º e 9º com duas turmas no período da tarde. O número de famílias é 280 e são de classe média. São famílias humildes (não no sentido financeiro) em sua maioria, com casas próprias. São muito trabalhadores e pais presentes e participativos em relação à Escola. Por estar localizada em um pólo industrial moveleiro, calçadista e de confecção, o bairro está em grande expansão, com casas cada vez mais sofisticadas e modernas.
8. RECURSOS
8.1. Recursos Humanos:
Os recursos humanos envolvidos foram, além de mim, os vinte e três alunos, as famílias do bairro, alguns pais voluntários, a diretora, a vice e a orientadora pedagógica.
8.2. Recursos Materiais:
Os recursos materiais foram: papel, tinta, impressora, caneta e todo o material de construção, como: postes, cimento, tela, tijolos, um portão de ferro, mudas de hortaliças, enxada, rastelo, pá, luvas e recurso financeiro para as compras.
9. CRONOGRAMA
Mês/Atividade Março Abril Maio Junho Julho Agosto
Escolha do tema X Aplicação do questionário X Seminário sobre os resultados da pesquisa (professor/aluno) X Tabulação de dados X Pesquisa sobre Agrotóxicos (tema) X Construção da Horta Escolar X Adubação da horta
com biomassa local X
Orientação às famílias sobre o aproveitamento de resíduos orgânicos X Plantio de hortaliças na Horta Escolar X Organização da composteira X
10. REFERENCIAL TEÓRICO-METODOLÓGICO
Auxiliar os alunos a planejar, montar e colocar em prática o projeto Horta Caseira, a partir da pesquisa de opinião, não envolveu apenas a comunidade escolar e a comunidade do bairro, mas sim os alunos entre si. Estreitou principalmente laços entre professor e aluno, pois houve transformação dos participantes da aula em comunidades de aprendizagem, implicando ações conjuntas de construção de conhecimentos em que todos participam da mediação das aprendizagens dos demais.” (MORAES, 2007, p.3)
Assim, o planejamento coletivo busca a ação concreta: envolvendo todos os sujeitos da comunidade escolar a buscar sob as mais variadas formas que a educação pode oferecer para a formação e aprimoração pessoal do indivíduo. É como eu sempre digo e reforço aos meus alunos: ”Quando a pessoa entra em contato com o conhecimento e não muda suas atitudes, então não houve aprendizado.”
O ser humano sente-se um verdadeiro Deus em termos científicos e tecnológicos, pois renega sua raiz esquecendo-se que faz parte da natureza e essa é sua essência de vida. No livro: A Teia da Vida (CAPRA, 2004, p.80 apud PRIGOGINE, p. 22), o autor menciona a importância da natureza e a relação do homem com a mesma.
Eu estava muito interessado no problema da vida. ... Sempre pensei que a existência da vida está dizendo alguma coisa muito importante a respeito da natureza.
Como nós seres humanos, dotados de raciocínio, estamos tratando as plantas da natureza que não é nossa, apenas fazemos parte dela? Como pode o homem fornecer “veneno” para as plantas e depois se alimentar delas? Baseado nessas indagações e profundas preocupações, nosso projeto se fortaleceu desenvolvendo a Horta Caseira e a Horta Escolar em relação ao uso da biomassa como nutriente saudável.
11. REFERÊNCIAS
MONTENEGRO, Fábio; RIBEIRO, Vera Masagão. Nossa escola pesquisa sua opinião: manual do professor. São Paulo: Global, 2002.
MORAES, Roque. Participando dos jogos de aprendizagem. In: MORAES, R.; LIMA, V. M. R. Pesquisa em sala de aula: tendências para a educação em novos tempos. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2004.
PELIZZOLI, Marcelo Luiz. Correntes da ética ambiental. Rio de Janeiro, VOZES, 2002.
RIO GRANDE DO SUL. Secretaria Estadual da Saúde. Centro Estadual de Vigilância em Saúde. Agrotóxicos: impactos à saúde e ao ambiente. Porto Alegre, CEVS, 2005.
CAPRA, Fritjof. A teia da vida: uma nova compreensão científica dos sistemas vivos. São Paulo: Cultrix, 1996.
12. ANEXOS
Os alunos da Escola São José, do Morro Tico Tico, realizaram a pesquisa para verificar se a comunidade possuía horta caseira.
Alunos realizando a pesquisa
