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REFLEXÃO, CONSTRUÇÃO E IDENTIDADE: O PIBID NO CURSO DE PEDAGOGIA UENF

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II CONINTER – Congresso Internacional Interdisciplinar em Sociais e Humanidades Belo Horizonte, de 8 a 11 de outubro de 2013

REFLEXÃO, CONSTRUÇÃO E IDENTIDADE: O PIBID NO CURSO DE

PEDAGOGIA UENF

SILVA, LIZ D. T. A. (1); LUQUETTI, ELIANA C. F. (2)

1. Aluna do Programa de Pós-graduação em Cognição e Linguagem/UENF lizdaiana@ig.com.br

2. Doutora em Linguística; Professora do Laboratório de Estudos de Educação e Linguagem, do Programa de Pós-graduação em Cognição e Linguagem e Coordenadora do

PIBID/Pedagogia/UENF elianafff@gmail.com

RESUMO

O presente artigo tem o objetivo de apresentar uma breve discussão sobre o Programa Institucional de Iniciação a docência no processo de formação docente do curso de Pedagogia da Universidade Estadual do Norte Fluminense. Assim, frente aos desafios encontrados no curso superior, como, a valorização do magistério, evasão acadêmica, formação de excelência, evidenciamos a partir do ponto de vista dos graduandos, através de relatos a percepção de seu processo formativo. Portanto, acreditamos que a inserção do PIBID na formação dos docentes concretiza e fundamenta a compreensão e a construção do conhecimento, que também se torna possível promover a ruptura entre teoria e prática.

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1. INTRODUÇÃO

O presente artigo buscou evidenciar a percepção dos alunos sobre o processo formativo no âmbito da atuação no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) do Curso de Licenciatura em Pedagogia da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF).

O artigo fundamentou-se a partir de um modelo de pesquisa assentado sobre a reflexão sobre a formação docente visando a relação entre a teoria e prática, a fim de enfatizar a importância da experiência da atuação profissional. Através deste trabalho pretende-se apontar como a experiência do PIBID auxilia na complementação dos estágios onde esses futuros profissionais são supervisionados e orientados em sua formação profissional, permitindo que eles se diferenciem de um professor, muitas vezes mais experiente, ao estar a todo o momento refletindo sobre sua própria prática docente, bem como das práticas de outros profissionais a sua volta.

Para a concretização deste estudo, utilizamos os seguintes procedimentos metodológicos: A pesquisa bibliográfica que reuniu várias obras de diversos autores que abordava a temática proposta. Levantamento dos seguintes dados: realização de entrevistas com os graduandos de pedagogia, integrantes do PIBID, procurando analisar qual a percepção do programa para os graduandos, análise dos dados coletados durante a pesquisa de campo relacionando os com o estudo teórico, visando através da síntese contribuir para implantação de um diagnostico dos resultados obtidos e a contribuição para a formação dos bolsistas.

Desde 2010 é oferecido em duas escolas municipais de Campos dos Goytacazes o PIBID com a participação de 20 alunos do curso de Licenciatura de Pedagogia nos turnos da manhã e tarde. Atendendo da educação Infantil até o 5º ano do ensino fundamental.

Na prática pedagógica, o momento de reflexão era destinado a analisar o que está sendo realizado com os alunos e essa reflexão da prática contribui para a formação inicial. Assim os bolsistas, ao longo das ações, estão adquirindo experiências para sua formação docente de maneira contínua, conhecendo a realidade do ambiente escolar, não apenas em sala de aula, mas de todo o processo de gestão educativa através do planejamento, estratégias de ensino e operacionalização das atividades. Nóvoa (2003) nos faz refletir quanto às experiências vividas no espaço escolar, quando diz que:

É evidente que a Universidade tem um papel importante a desempenhar na formação de professores. Por razões de prestígio, de sustentação científica, de produção cultural. Mas a bagagem essencial de um professor adquire-se na escola, através da experiência e da reflexão sobre a experiência. Esta reflexão não surge do nada, por uma espécie de geração espontânea. Tem regras e métodos próprios. (NÓVOA, 2003, p. 5)

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No que se refere a temática da vivencia no contexto escolar, Freire (2003) destaca a importância de propiciar condições aos educandos, em suas relações uns com os outros ou com o (a) professor (a), de ensaiar a experiência, de assumir-se como uma pessoa social e histórica, que pensa, se comunica, tem sonhos, que tem raiva e que ama. A educação é uma forma de intervir no mundo, ela não é neutra, nem indiferente. Quanto à formação inicial para o exercício da docência, o Programa Institucional de Iniciação a Docência - PIBID Pedagogia é uma possibilidade para os acadêmicos que estão em formação à iniciação à docência nas escolas. De acordo com o portal do MEC, ao que diz respeito ao PIBID:

O programa oferece bolsas de iniciação à docência aos alunos de cursos presenciais que se dediquem ao estágio nas escolas públicas e que, quando graduados, se comprometam com o exercício do magistério na rede pública. O objetivo é antecipar o vínculo entre os futuros mestres e as salas de aula da rede pública. Com essa iniciativa, o Pibid faz uma articulação entre a educação superior (por meio das licenciaturas), a escola e os sistemas estaduais e municipais. A intenção do programa é unir as secretarias estaduais e municipais de educação e as universidades públicas, a favor da melhoria do ensino nas escolas públicas em que o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) esteja abaixo da média nacional, de 4,4. Entre as propostas do PIBID está o incentivo à carreira do magistério. (BRASIL, 2011)

Podemos apontar que, PIBID visa criar essa relação entre a universidade e escola pública, levando universitários que estão cursando Pedagogia licenciatura, para a escola com o intuito de melhorar a qualidade do ensino e construir um espaço de ação – reflexão - ação para qualificar a prática pedagógica das bolsistas. As Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em Pedagogia, licenciatura (BRASIL, 2011a), afirmam que:

No Art. 6º A estrutura do curso de Pedagogia, respeitadas a diversidade nacional e a autonomia pedagógica das instituições, constituir-se-á de: I - um núcleo de estudos básicos que, sem perder de vista a diversidade e a multiculturalidade da sociedade brasileira, por meio do estudo acurado da literatura pertinente e de realidades educacionais, assim como por meio de reflexão e ações críticas, articulará: d) utilização de conhecimento multidimensional sobre o ser humano, em situações de aprendizagem; e) aplicação, em práticas educativas, de conhecimentos de processos de desenvolvimento de crianças, adolescentes, jovens e adultos, nas dimensões física, cognitiva, afetiva, estética, cultural, lúdica, artística, ética e biossocial;

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k) atenção às questões atinentes à ética, à estética e à ludicidade, no contexto do exercício profissional, em âmbitos escolares e não-escolares, articulando o saber acadêmico, a pesquisa, a extensão e a prática educativa; III - um núcleo de estudos integradores que proporcionará enriquecimento curricular e compreende participação em: b) atividades práticas, de modo a propiciar vivências, nas mais diferentes áreas campo educacional, assegurando aprofundamentos e diversificação de estudos, experiência utilização de recursos pedagógicos; (BRASIL, 2011)

Os acadêmicos em iniciação à docência necessitam conhecer a prática pedagógica nas escolas e em diferentes escolas, para que sejam oportunizados momentos de vivência e de conhecimentos, de como é estar frente aos alunos, e suas as diversas realidades. O ambiente escolar precisa ser repleto de oportunidades, nas quais alunos e acadêmicos possam vivenciar em conjunto um processo contínuo de conhecimento, pois a prática docente se desdobra na relação professor-aluno. Para Barreto (2003):

[...] o conhecimento é produto das relações dos seres humanos entre si e com o mundo. Nestas relações homens e mulheres são desafiados a encontrar soluções para situações para as quais é preciso dar respostas adequadas. A cada resposta novas situações se apresentam e outros desafios vão se sucedendo. Estas respostas e suas consequências representam experiência adquirida e constituem o conhecimento das pessoas. São registradas na memória e ajudarão a construir novas respostas. Portanto as pessoas são sujeitos e não objeto nesse processo de conhecimento (BARRETO, 2003, p. 60).

Contudo, entendermos que é na relação entre teoria e prática que percebemos algumas fragilidades do curso, por isso a necessidade do acadêmico estar diariamente no ambiente escolar. É na prática que se consolida o aprender da docência, somente a teoria estudada não faz professoras, precisamos, tanto da teoria, quanto da prática. Porém, no curso a discussão teórica ainda prevalece sobre a prática.

Dentro dessa temática, ressaltamos que Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF), oferece estágio de 300 horas, realizado durante o curso, que é uma possibilidade para que os acadêmicos possam consolidar a iniciação à docência oferecida ao longo do curso, já que muitos acadêmicos não participam de projetos de iniciação a docência e grupos de pesquisas. Além das atividades curriculares, a Universidade proporciona aos acadêmicos diversos cursos de extensão, eventos, que contribuem para a formação integral, contribuindo para a construção do conhecimento, de diferentes temáticas e conteúdos trabalhados durante a formação.

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Portanto, é possível perceber que, entre as discussões frequentemente realizadas no ambiente acadêmico, uma das questões sempre em pauta é a formação de professores, a qual geralmente tem demonstrado ser insuficiente e bastante frágil, uma vez que não tem propiciado uma formação adequada aos futuros docentes e, logo, não os tem auxiliado no trato das peculiaridades inerentes ao ato de ensinar.

Preocupados então com a qualidade da formação que tem sido oferecida aos futuros docentes, o que em maior ou menor grau, acaba por se refletir na eficácia do ensino que se tem atualmente e, consequentemente, com a situação real da educação básica pública, surge o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), o qual busca promover a construção de uma articulação entre o ensino superior e o básico por meio da contemplação de ações didáticas que levem em consideração essas instâncias.

No Brasil, a Lei de Diretrizes e Bases da educação brasileira, a LDB Lei n° 9394/96, e os Parâmetros Curriculares Nacionais - PCN’s (1997, p. 65) possuem uma característica inovadora comum quanto ao trabalho com projetos educativos na escola: “ao nortear a ação pedagógica através das referências e dos parâmetros básicos, esse conjunto de leis permite ao educador grande autonomia de ação, capaz de levar em conta, antes de tudo, as realidades de cada aluno, de sua escola e de sua região”. Nesse sentido, a LDB, por sua vez, exige explicitamente a elaboração de projetos pedagógicos que definem a identidade, os objetivos e a metodologia a serem desenvolvidos pela escola. Baseado neste parecer da Lei, é que deve ser adotado nas escolas o trabalho com projetos, uma vez que esta nova postura pedagógica é introduzida através de projetos de trabalho que é um plano de ação com atividades diversificadas gerando situações de aprendizagem que favorecem aos alunos à busca de conhecimentos.

2. NOVOS CAMINHOS PARA FORMAÇÃO DOCENTE: POLÍTICAS

EDUCACIONAIS

Abordaremos os percursos da formação do educador no âmbito das políticas educacionais. A representação social da profissão professor é um ponto de tensão. A fim de minimizar essas tensões e oferecer medidas que auxiliem a formação docente aos enfretamentos que já fazem parte da vida escolar, medidas legislativas têm proporcionado aos educadores caminhos que possam valorizar o magistério, uma vez que o magistério é visto como profissão de estado de decadência. Após a Constituição de 1988, o Estatuto da Criança e do Adolescente, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Tais recursos inserem a criança de 0 a 6 anos na educação básica, garantindo o direito da criança à educação e, consequentemente, impondo ao Estado a obrigatoriedade de oferta nas instituições de ensino.

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A partir da década de 1990, marcada por várias reformas, entre elas a da educação básica e da formação de seus professores, esse fato tornou relevante investigar, especialmente no que diz respeito ao professor de educação infantil. Na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB - nº 9394/96 constitui a Educação Infantil com a primeira etapa da Educação básica, conforme afirma o Art. 62, a saber:

A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em nível superior, em cursos de licenciatura, de graduação plena, em universidades e institutos superiores de educação admitida, como formação mínima para o exercício do magistério na educação infantil e nas quatro primeiras séries do ensino fundamental, a oferecida em nível médio, na modalidade normal.

No livro de Sonia Kramer sobre os profissionais da educação infantil (2008), o tema da formação de profissionais da educação infantil no contexto das políticas educacionais no Brasil, inicialmente, situa a educação infantil no cenário político nacional e apresenta desafios deste campo. Em seguida o assunto da formação de profissionais de educação infantil, um dos maiores desafios das políticas educacionais, e trata da importância das mudanças curriculares do curso de pedagogia e destaca-se a relevância desta articulação no que se refere às crianças e ao trabalho pedagógico nas creches, pré-escolas.

Kramer (2008, p.19) afirma que:

[...] A LDB de 1996 afirma que a educação infantil é a primeira etapa da educação básica e assegura o direito de todos à educação. Coloca-se, assim, a necessidade de ações educativas de qualidade, o que demanda a formação dos profissionais da educação infantil, questão básica na educação da criança de 0 a 6 anos.

Assim, formação inicial e a continuada fazem parte de um processo contínuo que forma o profissional da educação e, ao mesmo tempo, a profissão de educador. Para o MEC, uma nova prática de educação infantil implica oportunizar aos seus docentes o acesso a competências, habilidades e conhecimentos específicos, cuja aquisição deve ser o objetivo central da formação inicial e continuada dos mesmos. A realidade brasileira exige que o professor da educação infantil tenha uma competência polivalente, o que significa dizer, nos termos dos Referenciais Curriculares Nacionais (BRASIL, MEC/SEF, 2001, p.41), que:

Ao professor cabe trabalhar com conteúdos de naturezas diversas, que abrangem desde cuidados básicos essenciais até conhecimentos específicos provenientes das diversas áreas de conhecimento. Este caráter polivalente

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demanda por sua vez, uma formação bastante ampla do profissional que deve tornar se, ele também, um aprendiz, refletindo constantemente sobre sua prática, debatendo com seus pares, dialogando com as famílias e a comunidade e buscando informações necessárias para o trabalho que desenvolve. São instrumentos essenciais para a reflexão sobre a prática direta com as crianças a observação, o registro, o planejamento e a avaliação.

Nesse caso, é fundamental que haja a valorização dessa conquista, reforçando-se a aprendizagem. Como educadores, temos a possibilidade de criar espaços de aprendizagem nos quais os conflitos possam se manifestar de forma sadia e equilibrada e nos quais os conflitos não sejam mais necessários. Acreditar em nossa capacidade de superar essas situações, tomando-as como desafios constantes em nosso fazer cotidiano, é acreditar em nossa capacidade de transformar e de educar.

3. O QUE É O PIBID/PEDAGOGIA

PIBID é o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência foi iniciado por meio da primeira chamada de projetos com Edital da CAPES publicado no dia 24 de Janeiro de 2008. Hoje o projeto está oficialmente incluído no orçamento e sua criação definitiva como política de Estado está consolidada no Decreto Presidencial Nº 7.219 de 24 de Junho de 2010. O Projeto PIBID é um programa de atuação dos alunos de licenciaturas, conjuntamente com docentes de seu curso e professores de rede pública de Ensino para a implantação de metodologias inovadoras de Ensino na Rede Pública, permitindo uma interação efetiva entre Escola e Universidade, valorizando a carreira docente e permitindo um contato dos licenciados com seu futuro campo profissional.

A atuação dos graduandos, sem que se confunda com o Estágio Supervisionado, ao atuar junto com alunos da rede pública sob a dupla supervisão do coordenador do subprojeto e do supervisor da escola, traçando estratégias conjuntas de ação para o desenvolvimento dos conteúdos.

São objetivos do programa: Incentivar a formação de professores para a educação básica, especialmente para o ensino médio; Valorizar o magistério, incentivando os estudantes que optam pela carreira docente; Promover a melhoria da qualidade da educação básica; Estimular a integração da educação superior com a educação básica no ensino fundamental e médio, de modo a estabelecer projetos de cooperação que elevem a qualidade do ensino nas escolas da rede pública; Fomentar experiências metodológicas e práticas docentes de caráter inovador, que utilizem recursos de tecnologia da informação e da comunicação, e que se orientem para a superação de problemas identificados no processo ensino-aprendizagem.

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Os objetivos do PIBID na escola em linhas gerais são: desenvolver e facilitar a compreensão da linguagem científica; aplicar métodos de incentivo à leitura e à escrita; estimular interpretações de textos; incentivar à autonomia e à criatividade dos alunos. Sendo a leitura e a escrita dois subsídios essenciais para a aprendizagem no sistema educacional, um indivíduo que não tenha essas duas habilidades está condenado ao fracasso escolar e à exclusão social. É de total importância que os futuros educadores e profissionais da área da educação estabeleçam metas para auxiliar os alunos no meio que oportunizará seu futuro junto à sociedade conhecimento, a curiosidade de aprender a aprender, porque educar é formar, incluindo, necessariamente, a formação moral do educando. Como nos mostra Freire, as consequências deste enfoque para o ensino são enormes.

4. RELATOS DE EXPERIÊNCIAS DOS PIBIDIANOS: GERANDO

CONHECIMENTOS, AFIRMANDO IDENTIDADES

Através dos relatos das primeiras experiências dos alunos do curso Licenciatura em Pedagogia da Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF), que ainda em formação inicial já se encontra atuando em sala de aula por meio do PIBID. Foi elaborado um questionário semiestruturado com 13 perguntas, aplicados a 16 bolsistas. Com a finalidade de evidenciar a percepção em relação a sua formação e sobre o PIBID. Assim levantamos de forma aleatória as respostas referentes a formação acadêmica, foi indagado:

“Em sua opinião você esta tendo uma formação acadêmica significativa para a realidade escolar?”

Informante 01 “a minha formação acadêmica está sendo muito produtiva, tenho a teoria e o PIBID me dá a oportunidade da pratica, além do estágio.”

Informante 03 “Sim. Felizmente a UENF, o PIBID e os professores tem tornado minha formação discente proveitosa e que eu tenha a possibilidade de trabalhar diante da realidade das escolas.”

Informante 05

“Sim, conhecendo as teorias, questionando e pesquisando.”

Informante 15

“Sim. E o que mais sentia falta antes de entrar para o PIBID era a pratica escolar, mas a realidade escolar não condiz muitas vezes com as teorias.”

Com base nas respostas, é importante ressaltar, que todo o acadêmico, seja do curso que for, deve procurar envolver-se em projetos que a Universidade oportuniza nos cursos, para praticar as ações estudadas na teoria. Observamos que os acadêmicos possuem a consciência do nível de formação oferecida. Alem de compreender a importante de participação em projetos.

Ressaltamos também que a pesquisa-ação possibilita que o educador intervenha dentro de uma problemática, analisando-a e proponha metodologias com objetivo de mobilizar os participantes, construindo novos saberes, e reafirmando a valorização e identidade docente.

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“Como você classifica sua formação?” Informante

04

“Classifico como boa, podendo melhorar com a participação em congressos, seminários oportunizados pela instituição.”

Informante 05

“Regular”

Informante 11

“Os professores e o que estudamos na graduação nos mostram a realidade escolar e muitas questões que realmente são validas na formação. Classifico como satisfatória a minha formação.”

Informante 14

“Boa, a UENF é uma excelente universidade! Sempre quis estudar aqui e hoje realizo um sonho.”

Nossa intenção de pergunta sobre essa temática, é apontar a concepção própria de formação. Os alunos apresentam satisfação com a formação, alem de afirmarem o desejo de estudar na UENF.

“Como você considera que o programa contribui para sua formação?”

Informante 02 “Desde o momento que me faz elaborar as estratégias para alcançar objetivos propostos, avaliar os resultados, me avaliar enquanto profissional e bolsista.”

Informante 08

“O projeto possibilita aprimorar a relação teoria e pratica, sendo de extremamente importante para a nossa formação”

Informante 11

“contribui com um ponto muito relevante. A experiência. Estar dentro da escola conhecendo cada aluno e professores, conhecendo o seu contexto social e cultural é uma experiência enorme para minha formação.”

Informante 15

“o programa contribui para a minha formação de forma que além de absorver as teorias ensinadas na graduação, eu posso coloca-las em pratica na sala de aula.”

Podemos, portanto verificar que os alunos concretizam suas ações em atuação em sala de aula, oportunizadas pelo PIBID. Vimos que o projeto de intervenção pedagógica pode ser uma estratégia de trabalho conforme o que está preconizado na LDB, nos Parâmetros Curriculares e nos estudos pedagógicos contemporâneos. Segundo Lewin (1975, p. 98), a dinâmica de grupo é o estudo das forças que agem no seio dos grupos, suas origens, consequências e condições modificadoras do comportamento do grupo. Sua importância para organização é a de que, considerando os grupos responsáveis em atingir os objetivos institucionais educativos, a variação no comportamento do grupo é de conhecimento vital para o gestor pedagógico. A formação do grupo fundamenta-se na ideia de consenso nas relações interpessoais, ou seja, concordância comum sobre os objetivos e sobre os meios de alcançá-los, resultando a solidariedade grupal. Para Kurt Lewin “O comportamento é produto de um campo de determinantes interdependentes conhecidos como espaço de vida”.

“Considera a docência como uma atividade gratificante para sua realização profissional?”

Informante 06

“Com certeza. Fico feliz por poder contribuir para a formação de muitos cidadãos que um dia irão também atuar em nossa sociedade.”

Informante 07

“Em alguns momentos. As dificuldades são muitas, a realidade não é fácil. Mas quando determinamos e vemos os resultados dos trabalhos (através da culminância) é muito gratificante.”

Informante 10

“Sim.O profissional não pode ter utopias e quando descobre a beleza do papel que desempenha vendo as transformações que pode causar, é possível se realizar enquanto docentes. Profissionais do magistério frustrados são aqueles

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que não sabiam a realidade. Os que conhecem e ainda assim lutam por ela e defendem a Educação, utilizando os meios possíveis para que ela se dê plenamente, conseguem se realizar.”

Informante 01

“A docência com certeza é uma atividade gratificante, vejo sempre nos rostinhos dos meus alunos um sorriso, sorriso este, conquistado pelo meu trabalho, sinto que eles gostam das aulas e isso pra mim é uma realização.”

Assim, a docência vive uma situação bastante delicada, por outro convive com a histórica desqualificação de seu trabalho pelas sucessivas assessorias pedagógicas, que periodicamente proclamam uma nova proposta pedagógica que desqualifica todo o trabalho feito até então. Mesmo assim os informantes demonstram a gratificação docente.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente artigo apresentou uma breve apreciação sobre a percepção dos alunos sobre seu percurso formativo do curso de Licenciatura em Pedagogia da Universidade Estadual do Norte Fluminense, que participam do PIBID. Em relação às experiências adquiridas, podemos relatar que foi de grande contribuição para a formação acadêmica, pois auxiliou na concretização da teoria por meio da prática em sala de aula. Assim, os bolsistas, ao longo das ações, estão adquirindo experiências para sua formação docente de maneira contínua, conhecendo a realidade do ambiente escolar, não apenas em sala de aula, mas de todo o processo de gestão educativa através do planejamento, estratégias de ensino e operacionalização das atividades. Para Freire (1996, p. 39) “na formação permanente dos professores, o momento fundamental é o da reflexão crítica sobre a prática. É pensando criticamente a prática de hoje ou de ontem que se pode melhorar a próxima prática”.

O PIBID possibilita também, aos envolvidos, condições de investigar sua própria prática de uma forma crítica e reflexiva. Como também tem propiciado aos seus participantes, experiências enriquecedoras oportunizadas pelo Programa, que não só permitem um diálogo real entre a teoria e a prática, como não só estabelecem melhores referenciais para o exercício docente, mas também ampliam o arcabouço teórico e instrumental da Universidade formadora na qualificação desses futuros professores da Educação Básica.

REFERÊNCIAS

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BARRETO, R.G.; LEHER, R. Trabalho docente e as reformas neoliberais. BARROSO, João. Formação, projecto e desenvolvimento organizacional. In: BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais, Introdução: Brasília. 1997.

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