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FUNCIONÁRIO PúBLICO - EQUIPARAÇÃO DE VENCIMEN TOS - PESSOAL DAS SECRETARIAS DA CÂMARA, SENA

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-exigir-se-á concurso de títulos e pro-vas. Como se vê, a Constituição em vigor criou um novo obstáculo à efe-tivação do impetrante, sem concurso. E não aproveita êle a efetivação con-cedida, aos funcionários interinos da União, dos Estados e Municí-pios, no art. 23 das Disposições Transi-tórias desta última Constituição. O parágrafo único dêsse art. 23 excetuou da efetivação de que se tratava, os que estivessem exercendo interinamente car-gos vitalícios e os que houvessem sido inabilitados em concurso para o cargo exercido. O impetrante ficou atingido pelas duas exceções. Além de ter sido havido como inabilitado no concurso em que estêve, anteriormente, inscrito, para provimento efetivo da cadeira por êlé regida, exerce, interinamente, cargo que no art. 187 da mesma Constituição foi declarado vitalício. Não ficou, portan-to, beneficiado com a efetivação auto-mática conferida pelo citado art. 23 das m2ncionadas Disposições Transitórias. Funcionário interino era êle ao ser promulgada a Constituição. Interino continuou êle na vigência dessa Cons-tituição, sem direito nenhum a opor a

que a cadeira por êle ocupada seja in-, cluída no concurso _ que, em conformi-dade com a citada lei estadual n. 164, de setembro do ano passado, deverá realizar-se.

Custas pelo impetrante.

São Paulo, 2 de fevereiro de 1949. - Teodomiro Dias, Presidente. - Ber-nardes Júnior, Relator. - J. R. A. Valim. - João M. C. Lacerda. -Paulo Costa. - H. da Silva Lima. -Gomes de Oliveira. - Camargo Ara-nha. - Justino Pinheiro. - Davi Fi-lho. - Trasíbulo de Albuquerque. -J. Barbosa de Almeida. - J. Augusto de Lima. - Ulysses D6ria. - Paulo Colombo. - Vasconcelos Leme. - Al-meida Ferrari. - Meireles dos Santos. - Pedro Chaves. - Amorim Lima.

-Percival de Oliveira. - A. M. Câmara Leal. - Fernandes Martins. - Juárez Bezerra. - Edgar Bittencourt. - Joa,.-quim de Silos Cintra. - Rafael de Barros Monteiro. - Manuel Carlos. -J. C. de Azevedo Marques. - Frederi-ro Roberto. - Clóvis de Morais Bar-ros. - J. M. Gonzaga. - Macedo Vi-eira. - Renato Gonçalves. - Leme da Silva.

FUNCIONÁRIO PúBLICO -

EQUIPARAÇÃO DE

VENCIMEN-TOS -

PESSOAL DAS SECRETARIAS DA CÂMARA,

SENA-DO

E SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

-

Os cargos dos funcionários da Secretaria do Supremo

Tribunal Federal assemelham-se aos de igual categoria das

Secretarias da Câmara dos Deputados e do Senado Federal;

têm, portanto, os seus titulares direito à diferença de

venci-mentos a êstes atribuída posteriormente à Lei 284-10-36.

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL União Federal versus Mário Natal e Silva e outros

Apelação cível n.o 344 - Relator: Sr. Ministro ARMANDO PRADo

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos êstes autos de Apelação Cível n.o 344, do Distrito Federal, em que figuram como

apelante a União Federal e recorrente o Dr. Juiz de Direito da Primeira Vara da Fazenda Pública, ex officio, e, como apelados, Mário Natal e Silva, Eduardo de Drumond e Guilherme Siqueira:

(2)

Acordam os Ministros da Primeira Turma do Tribunal Federal de Recur-sos, pelos motivos constantes do rela-tório e das notas taquigráficas anexos, em negar provimento, unânimemente, ao recurso ex-officio e à apelação da União Federal.

Rio de Janeiro, 25 de outubro de 1949. - Armando Prado, Presidente e Relator.

RELATÓRIO

O Sr. Ministrf' A1'mando Prado -No presEónte feito, a Sentença de 1.a

instância foi proferida pelo douto Juiz, Dr. João José de Queiroz e se lê desde fls. 102 até fls. 108.

Adoto o seu minucioso relatório e passo a transcrevê-lo:

Vistos, etc.

Mário Natal e Silva, Eduardo Dru-mond Alves e Guilherme Siqueira, fun-cionários da Secretaria do Supremo

Tribunal Federal, propõem contra a União Federal a presente ação ordi-nária pleiteando sej a a ré condenada a pagar-lhes diferença de vencimentos, a saber:

- quanto ao primeiro, entre os de cargo de Protocolista e os de Oficial da Secretaria do Supremo Tribunal Fe-deral, até 30-9-1946, data em que foi promovido a êste último; - quanto ao segundo, entre os de Oficial Adminis-trativo Padrão L, e os de igual cate-goria, do Supremo Tribunal Federal, Padrão M, desde 1-3-1945, data de sua transferência, e - quanto ao terceiro, entre os de Servente, Classe D, e os que são percebidos pelos Serventes do Congresso Nacional, Padrão F, tudo como se liquidar na execução, sem pre-juízo de outras vantagens outorgadas a funcionários públicos por leis poste-riores, com juros da mora e custas. Como fundamento do pedido alegam, em síntese, o seguinte:

- que, em acórdão unânime, profe-rido a 16-5-1938 na Apelação Cível n. 7.086, reconheceu o Supremo Tribunal Federal, a favor de Teófilo Gonçalves Pereira e outros funcionários de sua Secretaria, a assemelhação dos cargos

aos de iguais categorias da Secretaria

da Câmara dos Deputados e Senado Federal, tendo, em conseqüência, aquê-les funcionários obtido, em acórdão de 7-12-1942 na Apelação Cível n. 8.190, as respectivas diferenças de vencimen-tos, decorrentes de leis posteriores, ao reajustamento ordenado pela Lei n. 284, de 1936;

- que, embora portadores dos mes-mos direitos reconhecidos aos seus co-legas da Secretaria do Supremo Tri-bunal Federal na Apelação Cível n. 8.190, citada, e nas de ns. 9.006 e 9.009, posteriormente julgadas, estão os autores em situação de flagrante e injustificável desigualdade, em relação àquêles seus colegas, vencedores nas ações que intentaram;

- que, quanto ao autor Mário Natal e Silva, tendo sido nomeado, a 12-6-40, Protocolista, Padrão K, passou a Ofi-cial Administrativo, classe K, em vir-tude do decreto-lei n.O 3.800, de 6-11-1941, o qual a despeito de ter o cargo de Protocolista sido sempre equiparado ao de Oficial, como reconheceu oS. T. F. na Apelação Cível n. 7.622 -aumentou de uma letra o segundo, dei-xando injustamente de lado o primeiro, e, assim, conforme a jurisprudência ci-tada (Apelações Cíveis ns. 8.190 e 9.006), tem o direito de haver a dife-rença entre vencimentos de Protocolis-ta, classe K, e os de Oficial Adminis-trativo, classe M, nos últimos cinco anos, até 30-9-1946, data em que foi promovido a essa última classe;

- que, quanto ao autor Eduardo de Drumond Alves tendo sido, em 1-3-1945, transferido para a Secretaria do S. T . F., como Oficial Administrativo, classe K, e promovido em 27-4-1945 a classe L, tem, em face de caso julgado, rigo-rosamente idêntico (ApeI. Cível n.o 9.006), direito à diferença entre os vencimentos que vem recebendo e os da classe M, que cabem aos Oficiais da Secretaria do Supremo, desde a data de sua transferência, 1-3-1945;

- que, quanto ao autor Guilherme Siqueira, tendo sido nomeado, em 11--10-39, Lavador de Carros, padrão C, passou a Servente, classe C, (mais tar-de, a 27-4-1945, promovido à classe

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-113

D), em virtude do dec. lei n.o 3.809, de 6-11-1941, o qual, entretanto, reconhe-ceu aos Serventes do Senado Federal o direito à percepção de vencimentos do padrão F e, assim, tem êle, também, pela equiparação existente, direito de pleitear

°

recebimento da diferença en-tre os seus e tais vencimentos;

- que os autores, fundados em tais argumentos e no artigo 88 do C. P . C., requereram assistência na Apelação Cí-vel n.o 9.090, interposta em ação mo-vida por funcionários da Secretaria do S. T. F., a isso se opondo

°

Dr. Pro-curador Geral da República, embora deixando entrever a procedência dos di-reitos pleiteados por êles autores.

Com a inicial foram produzidos os documentos de fls. 13 a 32.

Citada, entrou a União com a contes-tação de fls. 40. na qual o ilustre Pro curador Gallotti sustenta, em suma, o seguinte:

- que, tendo a Lei n.o 5.622, de 22-12-1928, assemelhado, quanto aos vencimentos, os cargos de iguais atri-buições em diversas repartições fede-rais, equiparação essa expressamente revogada pelo art. 48 da Lei n.O 284, de 28-10-1936, a partir de 1-1-1937, compreende-se fôsse acolhida a primei-ra das ações propostas por funcionários da Secretaria do Supremo, visando fôs-sem considerados equivalentes, para êsse efeito, até 31 de dezembro de 1936, os cargos que ocupavam e os ocupados por seus colegas das duas Casas do Congresso Nacional;

- que na segunda e seguintes ações, porém: reclamando, após 31-12-1936, a equiparação questionada, as decisões proferidas contrariam não só o disposto em lei (Lei n.o 284, de 28-10-1946), como também a disposição constitucio-nal vigente (Constituição de 34, art. 67, letra a, Carta de 37, art. 93, letra a) e Constituição de 46, art. 97, letra

a) em que não dá aos Tribunais com-petência para fixar vencimentos de seus funcionários, mas, apenas, propor ao Legislativo a sua fixação, o que acertadamente pleitearam os autores na primeira das ações referidas, quanto

aos vencimentos e sua equiparação, a partir de 1937;

- que, a partir de 1-1-1937, tendo a citada lei n.o 284 revogado a preten-dida equiparação de vencimentos entre cargos de iguais atribuições (art. 13 das Disposições Transitórias), não é

lí-cito ao Poder Judiciário, por ato pró-prio, restabelecer daí em diante aquela equiparação, pois lhe compete declarar e reconhecer direitos assegurados em lei e não criá-los, exclusivamente por decisão sua;

- que as decisões posteriores cita-das se contrapõem à letra da lei e não aproveitam aos autores, que não foram partes naquelas demandas e não podem consequentemente, invocar coisa jul-gada;

- que, além disso, incidiu em equí-voco o acórdão proferido na apelação n.o 8.190, ao considerar que os autores não ficaram enquadrados no reajusta-mento operado com a Lei n.o 284 e ar-gumentar com o seu art. 20, e isso por-que, nas tabelas que lhe vieram anexas, figurem os funcionários do Supremo, com os respectivos padrões de venci-mentos, e o art. 20 somente diz respeito aos funcionários da Câmara dos Depu-tados;

- que em face de haver a citada lei criado um direito de exceção para os funcionários das Casas Legislativas, não pode o Supremo, sem ter competên-cia legislativa, estender aquela exceção aos seus funcionários, não sendo certo, também, que houvesse caso julgado, quando a Lei n.o 284 fêz cessar as equi-parações decretadas por leis anteriores, pois foi ela promulgada em 1936, sendo a sentença, da primeira ação, de 8-11-1937 e o acórdão, de 15-5-1938;

- que, finalmente, deve a ação ser julgada improcedente, na parte em que não incorreu em prescrição.

A fls. 54 foi proferido o despacho saneador, no qual se determinou a jun-tada, pelos autores, dos documentos que se encontram de fls. 60 a 97, sôbre os quais se pronunciou a ré a fls. 98. Rea-lizada a audiência de instrução e jul-gamento, como consta do têrmo, por

(4)

copIa, a fls. 101, me vieram os autos para julgamento.

Isto pôsto:

- Considerando que, realmente, a 15 de setembro de 1945, proferiu o Su-premo Tribunal Federal, por sua Pri-meira Turma, na Apelação Cível n.o 9.006, decisão negandô provimento à apelação interposta pela União de sen-tença do insigne Juiz Elmano Cruz, que reconheceu a diversos funcionários da Secretaria do Supremo Tribunal o di-reito a percepção de diferença de ven-cimentos, em virtude de assemelhação a funcionários de igual categoria, das Casas do Congresso Nacional, assegu-rando-lhes o pagamento_ das diferenças vencidas e vincendas (certidão de fls.

,,) a 97).

- Considerando que tais decisões confirmaram a jurisprudência firmada no Pretório Excelso; em casos análo-gos, reiterando o direito à assemelha-ção de vencimentos de postulantes na mesma situação de funcionários de igual categoria, da Câmara dos Deputa-dos e do Senado Federal, e exercendo atribuições idênticas (Apelação Cível n.o 8.190, Ação Rescisória n.o 105 e Apelação Cível n.o 7.086);

Considerando que, dêsse modo, o mais alto colégio judiciário da Repú-blica reiterou, inequivocamente, o re-conhecimento de direitos idênticos aos que, por esta ação, pretendem lhes se-jam assegurados os autores, o que, se em rigor técnico não constitui coisa jul-gada, se erige "em precedente intangí-vel a abonar o petitório dos autores ... a alicerçar-lhes as pretensões", como acertadamente considerou o citado juiz Elmano Cruz (fls 92 v.);

- Considerando que, tendo o Supre-mo Tribunal se pronunciado por una-nimidade, na Rescisória intentada para anular aquêles arestos, julgando-a im-procedente, tal decisão importa em pro-nunciamento definitivo sôbre a maté-ria em exame, o que levou o Ministro Aníbal Freire, voto vencido na Apela-ção Cível n.o 8.790 e nos embargos que se lhe seguiram, a mudar seu ponto de vista, por não ser justo negar a uns

o que deliberadamente se concedeu a outros (Voto, a fls. 96);

- Considerando que, segundo o en-tendimento na instância máxima, a Lei n.O 284, de 1937, revogando a asseme-lhação determinada na de n.o 5.622, de 1928, não atinge a situação dos fun-cionários do Supremo Tribunal, por já terem êstes seus cargos equiparados e, mais, que aquela Lei n. 284, mandan-do ajustar aos novos padrões os ven-cimentos dos funcionários da Câmara dos Deputados, ipso facto determinou o ajustamento dos vencimentos dos fun-cionários a êles j á assemelhados, na da-ta da sua promulgação;

- Considerando, mais, que, nas de-cisões citadas, não fixou o Poder Judi-ciário os vencimentos de seus funcio-nários, mas, apenas, interpretou, no exercício legítimo de suas funções cons-titucionais, as leis aplicáveis à es-pécie;

Considerando, finalmente, que os au-tores provaram a sua situação de fun-cionários da Secretaria do Supremo Tribunal Federal, a saber: a) o autor Mário Natal e Silva, como Oficial Administrativo, classe K, desde 6-11--1941 (decreto-lei n.o 3.!;00), até 30-9-1946, quando foi promovido à classe M, cujos vencimentos pretende, nos úl-timos cinco anos, parte não prescritt

(documentos de fls. 15 e 19); b) - u autor Eduardo de Drumond Alves, como Oficial Administrativo, classe L, desde

1.0 de março de 1945, data de sua trans-ferência, até o presente (documento de fls. 20 e 60), e c) - o autor Guilherme Siqueira, como Servente, classe C, até 27-4-1945 e, dessa data até o presente, em igual cargo, classe D, (documento de fls. 28 e 29);

Considerando, ainda, tudo o mais que dos autos consta, notadamente a ma-téria de direito aventada nos acórdãos citados, juntos aos autos por certidões

(documentos de fls. 61 a 97),

Julgo procedente a ação para conde-nar, como efetivamente condeno, a União Federal a pagar aos autores a diferença entre os vencimentos que efe-tivamente receberam e os que efetiva-men te recebem funcionários de igual

(5)

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-categoria de qualquer das Casas do Congresso Nacional, sem prejuízo de outras vantagens outorgadas, por leis gerais, aos funcionários públicos, as-segurando-lhes o recebimento das dife-renças vencidas e vincendas, sendo que, ao autor Mário Natal e Silva, apenas as vencidas de 27 de novembro de 1941

- as anteriores estão prescritas - a

30 de setembro de 1946, data de SU:l

equiparação de fato; - ao autor Edu-ardo de Drumond Alves, as vencidas e vincendas a partir de 1 de março de

1945, e, ao- autor Guilherme Siqueira, as vencidas e vincendas, a partir de 27

de novembro de 1941, pois as anterio-res estão panterio-rescritas, tud~ como fôr apu-rado em execução. Condeno, mais, a ré, União Federal, a pagar juros de mora, contados na forma legal, e nas custas da ação. Recorro ex-olficW.

Lida e publicada a sentença na au-diência de 4 de junho de 1947 (fls.

1091, dela apelou a União Federal, a

3 de julho (fls. 109 vo ), arrazoando ràpidamente a fls. 111 e 112.

Nesta instância, como o Exmo. Sr. Dr. Alceu Barbêdo, Subprocurador Ge-ral afirmasse suspeição - (fls. 121), foi-lhe designado, como substituto, o Exmo. Sr. Dr. Adhemar Vidal que, a fôlhas

123-127, sustenta que a contestação de fls. 40, lavrada pelo eminente dr. Luiz GaIlotti, hoje Procurador Geral da Re-pública, merece maior exame, tal a niti-,!ez com que foram defendidos os seus vários pontos de vista. Conclui o pa-recer, pedindo o provimento da apela-O ção.

E' o relatório. VOTO

O Sr. Ministro Armando Prado (Re-lator) - Confirmo a sentença pelos seus próprios fundamentos, que são os mesmos estabelecidos pelo egrégio Su-premo Tribunal Federal no julgamento da Apelação Cível n.o 8.190, do Dis-trito Federal, nos Embargos que lhe foram opostos, bem como na Ação Res-cisória n.o 105 e na Apelação Cível n.o

9.006, sendo que, nesta última, que se 'seguiu às outras, na ordem cronológica, ficou assentado que o Pretório Excelso,

reiteradamente, em casos análogos, mandou fazer a assemelhança de ven-cimentos dos postulantes, na mesma si-tuação dos funcionários de igual cate-goria das Secretarias da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, que exercessem atribuições idênticas.

O eminente Ministro Aníbal Freire, voto vencido na Apelação êível n.o

8. 190 e nos embargos, reconhecendo que se tratava de pronunciamento defini-tivo, modificou o seu entender, porque não seria justo, naquela altura da ques-tão negar a uns o que deliberadamente se concedera a outros, em idêntica condição.

Nos julgamentos, a que me refiro, foram aventadas, discutidas e resolvi-das a favor dos postulantes tôresolvi-das as questões agora revividas, brilhante-mente, na contestação de fls. 40, que nos autos ficou sem acréscimo de ele-mentos novos, por parte do Ministério Público Federal, no sentido de roborar a defesa do dispositivo do art. 4 e ou-tros, da Lei n.o 284, de 28 de outubro de 1936.

Sendo assim, nego recurso ex-officio e União Federal.

VOTO

provimento ao à apelação da

O Sr. Ministro Sampaio Costa (Re-visor) - Nego provimento ao recurso de ofício e à apelação da União Fede-ral, para confirmar, como confirmo, a decisão apelada. A situação dos apela-dos é idêntica às de colegas seus, fun-cionários do Supremo Tribunal Federal, que obtiveram ganho de causa, em acór-dãos do Supremo Tribunal Federal, proferidos nas apelações cíveis n.o

8.190, 9.006 e 9.009. Naquelas apela-ções também foram trazidos à baila os mesmos argumentos, ora invocados pela União, a fim de demonstrar a impro-cedência do pleiteado. A Egrégia Su-prema Côrte, porém, os rejeitou, assim como desacolheu ação rescisória pro-posta para anulação de seu julgado. Não há, na espécie, coisa julgada, prõ-priamente. Mas, as decisões acima refe-ridas não podem deixar de refletir sua autoridade sôbre a hipótese 8ub judice,

(6)

valendo como princlplos informativos, de indiscutível valor. E' o que ensi-nam o~ publicistas de respeito aos li-mites subjetivos de coisa julgada. E, recentemente, a lei, cujo número não me acode à memória - lei de 1948

-em que se reafirma o princípio esta-belecido em leis anteriores e nos

jul-~ados do Supremo Tribunal Federal a que me reportei, da referência a equi-paração de vencimentos entre funcio-nários da secretaria do Supremo Tri-bunal Federal e funcionários da Câ-mara e do Senado Federal.

VOTO

O SI'. Ministro Cunha Vasconcelos - Já julguei contràriamente ao ponto de vista que vv. excias estão adotando. A sentença a que me refiro, foi refor-mada pela Supremo Tribunal Federal.

A União propôs uma l'escisória, sem re-sultado. O Supremo Tribunal Federal entendeu que seus funcionários tinham o direito que perseguiam.

O caso presente está nas condições do que julguei. Daria, pois, pela im-procedência da ação. Entretanto, o Su-premo Tribunal Federal, que é maior

'1<: nós, que pode mais que nós, já afirmou o direito. E é por isso que e:,;tou de acôrdo com vv. excias.

DECI8ÃO

Como consta da ata, a decisão foi a seguinte:

Negou-se provimento, unânime mente, ao recurso ex-o/ficio e à apelação da União Federal. Presidiu o julgamento o Exmo. Sr. Ministro Presidente Ar-mando Prado.

FUNCIONARIO PÚBLICO -

TRANSFORMAÇÃO DE CARGO

INSTITUTO DE RESSEGUROS DO BRASIL

-

A transformação de cargo de provimento efetivo em

cargo em comissão se deve operar com ressalva da situação

pessoal do titular.

TRIBUNAL FEDERAL DE RECURSOS Armando Barbosa Jacques versus União Federal

Recurso de mandado de segurança n.o 473 - Relator: Sr. Ministro ELMANC CRUZ

ACÓRDÃO

Vistcs, relatados e discutidos êstes autos de Recurso de Mandado de Se-gurança n.o 473, do Distrito Federal, em _ que é recorrente o Dr. Armando Barbosa Jacques e recorrida a União Federal:

Acordam os Juízes do Tribunal Fe-deral de Recursos, por _maioria de vo-tos, em dar provimento ao que foi in-terposto, para o fim de conceder a se-gurança impetrada tudo nos têrmos dos votos constantes das notas taquigrá-ficas em anexo e que dêste ficam fa-zendo parte integrante, Custas ex-lege.

Rio, 6 de março de 1950. - Ábner de Vasconcelos, Presidente adhoc.

-},'lma.JlO Cruz, Relator.

RELATÓRIO

O Sr. Ministro Elmano Cruz -Dl'. Armando Barbosa J acques im-,etrou mandado de segurança contra 2.tos dos dirigentes do Instituto de Res-segurus do Brasil que o destituiu da função de médico-chefe, embora sem prcju;zo econômico, para subordiná-lo à condição de simples médico do mes-mo Instituto.

Sua petição é a seguinte:

"0 impetrante :foi provido no cargo isolado de médico-chefe supervisor do péssoal do Instituto de Resseguros do Brasil por portaria de 1-2-1946.

Nesta época, vigorava o decreto-lei n.O 1.805, de 27-11-39, que, aprovando

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