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CASO DAS ATIVIDADES ARMADAS NO TERRITÓRIO DO CONGO (República Democrática do Congo v. Uganda)

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CASO DAS ATIVIDADES ARMADAS NO TERRITÓRIO DO CONGO (República Democrática do Congo v. Uganda)

(MEDIDAS CAUTELARES) Decisão de 1º de julho de 2000

Histórico do processo e das demandas das partes (parágrafo 1º ao 17)

A Corte começou por recordar que, em 23 de junho de 1999, o Congo instaurou um procedimento contra a Uganda a respeito de uma controvérsia relativa a “atos de agressão armada perpetrados pela Uganda no território da República Democrática do Congo em violação flagrante da Carta das Nações Unidas e da Carta da Organização da Unidade Africana”;

Em seu requerimento, o Congo se referiu, para fundar a competência da Corte, a declarações feitas pelos dois Estados em aplicação do parágrafo 2º do artigo 36 do Estatuto. O Congo requereu à Corte que: “Declarasse e julgasse que:

a) a Uganda é culpada por um ato de agressão conforme previsto no artigo 1º da Resolução 3314 da Assembléia Geral das Nações Unidas de 14 de dezembro de 1974 e na jurisprudência da Corte Internacional de Justiça, em violação ao artigo 2º, parágrafo 4º, da Carta das Nações Unidas;

b) ainda, a Uganda viola continuamente as Convenções de Genebra de 1949 e seus Protocolos Adicionais de 1977, em flagrante desrespeito às regras elementares do direito internacional humanitário nas zonas de conflito, sendo igualmente culpado de violações maciças aos direitos do homem, ignorando o direito costumeiro mais elementar;

c) mais especificamente, ao usar da força para tomar posse da barragem hidrelétrica de Ingá, e ao provocar voluntariamente e regularmente cortes maciços da energia elétrica, em desrespeito ao prescrito no artigo 56 do Protocolo Adicional de 1977, a Uganda é responsável por grandes perdas humanas, dentre os 5 milhões de habitantes da cidade de Kinshasa e seus arredores;

d) ao abater em Kindu, em 9 de outubro de 1998, um Boeing 727, propriedade da companhia Congo Airlines, e provocando assim a morte de 40 civis, a Uganda igualmente violou a Convenção Relativa à Aviação Civil Internacional de 7 de dezembro de 1944, assinada em Chicago, a Convenção de Haia de 16 de dezembro de 1970 para a Repressão da Captura Ilícita de Aeronaves e a Convenção de Montreal de 23 de setembro de 1971 para a Repressão de Atos Ilícitos Dirigidos contra a Segurança da Aviação Civil.

Conseqüentemente, e conforme as obrigações jurídicas internacionais acima mencionadas, que declarasse e julgasse que:

1) qualquer força armada da Uganda que participa da agressão deve deixar, sem demora, o território da República Democrática do Congo;

2) a Uganda tem a obrigação de assegurar que os nacionais, tanto pessoas físicas quanto jurídicas, retirem-se imediata e incondicionalmente do território do Congo;

3) a República Democrática do Congo tem o direito de obter da Uganda o ressarcimento de todas as pilhagens, destruições, remoções de bens e pessoas e outros atos ilegais imputáveis à Uganda e pelos quais a República Democrática do Congo se reserva o direito de fixar posteriormente uma avaliação precisa dos prejuízos, conjuntamente com sua demanda de restituição dos bens removidos.”

Em 19 de junho de 2000, o Congo apresentou à Corte uma demanda de indicação de medidas cautelares pela qual ela requer à Corte que indique com urgência as medidas cautelares seguintes:

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“1) o governo da República da Uganda deve ordenar às suas forças armadas que se retirem imediata e completamente de Kisangani;

2) o governo da República da Uganda deve ordenar às suas forças armadas que cessem imediatamente todo combate ou atividade militar no território da República Democrática do Congo, que se retirem imediata e completamente desse território, e devem parar imediatamente de fornecer, direta ou indiretamente, qualquer apoio a qualquer Estado ou grupo, organização, movimento ou indivíduo que esteja engajado ou disposto a se engajar em atividades militares na República Democrática do Congo;

3) o governo da República da Uganda deve tomar todas as medidas possíveis para que as unidades, forças ou agentes que estão ou poderiam estar submetidas à sua autoridade, que se beneficiam ou poderiam beneficiar-se de beneficiar-seu apoio, assim como as organizações ou pessoas que poderiam encontrar-beneficiar-se sob beneficiar-seu controle, sua autoridade ou sua influência,parem imediatamente de cometer ou de incitar crimes de guerra ou qualquer outra exação ou ato ilícito contra qualquer pessoa no território da República Democrática do Congo;

4) o governo da República da Uganda deve cessar imediatamente qualquer ato que tenha por finalidade ou por efeito interromper, entravar ou dificultar ações visando beneficiar a população das zonas ocupadas de seus direitos humanos fundamentais, em particular a saúde e a educação;

5) o governo da República da Uganda deve cessar imediatamente toda exploração ilegal dos recursos naturais da República Democrática do Congo, bem como toda transferência ilegal de bens, equipamentos ou pessoas para seu território;

6) o governo da República da Uganda deve doravante respeitar plenamente o direito à soberania, à independência política e à integridade territorial que possui a República Democrática do Congo, bem como os direitos e liberdades fundamentais que possuem todas as pessoas no território da República Democrática do Congo.

De qualquer forma, a República Democrática do Congo se permite respeitosamente lembrar a Corte dos poderes que lhe são conferidos pelos artigos 41 de seu Estatuto e 75 de seu Regulamento, que a autorizam, no presente caso, a indicar todas as medidas cautelares que considerar necessárias, com finalidade de pôr fim à situação intolerável que perdura na República Democrática do Congo, e em particular na região de Kisangani.”

Por cartas datadas de 19 de junho de 2000, o presidente da Corte se endereçou às partes nos termos seguintes:

“Agindo conforme as disposições do parágrafo 4º do artigo 74 do Regulamento da Corte, chamo pela presente a atenção das partes sobre a necessidade de agir de maneira que qualquer decisão da Corte sobre a demanda de indicação de medidas cautelares possa ter os efeitos pretendidos.”

Audiências públicas ocorreram em 26 e 28 de junho de 2000. Argumentação das partes (parágrafo 18 ao 31)

A Corte observou que, em audiência, o Congo reiterou, essencialmente, a linha de argumentação desenvolvida em seu requerimento e em sua demanda de indicação de medidas cautelares. Referindo-se à jurisprudência da Corte, o Congo especificou que as condições de urgência e de risco de prejuízo irreparável às quais está subordinada a indicação de medidas cautelares estavam reunidas no caso em tela e acrescentou que “quando um conflito armado ocorre e coloca em perigo não somente os direitos e interesses do Estado, mas também a vida de seus habitantes, a urgência das medidas cautelares e o caráter irreparável do prejuízo não podem ser questionados”. O Congo, dessa forma, observou que “o fato de que certas altas autoridades da Uganda oficialmente declararam aceitar retirar suas tropas da região de Kisangani e de que o início de uma retirada efetivamente ocorreu não pode ... de forma alguma colocar em questão” a necessidade de indicar com urgência medidas, e que “essas declarações não visavam... a totalidade do território do Congo”; o Congo igualmente sustentou que existia “uma conexão adequada entre as medidas demandadas e os direitos

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protegidos”; ele expôs, com base na comparação entre o texto da demanda de indicação de medidas cautelares e o texto do requerimento que instaurou o procedimento, que as “categorias de fato visadas são similares” e que as “regras de direito aplicáveis são similares”; ele ainda alegou que a Corte tem competência prima facie “para conhecer da controvérsia que é objeto do requerimento”, tendo em vista as declarações de aceitação de sua jurisdição obrigatória depositadas pelas duas partes. O Congo, por fim, indicou que “nenhum elemento extraído do contexto político e diplomático do presente caso é suscetível de impedir a Corte de tomar as medidas que as circunstâncias exigem”; ele pontuou que “o Conselho de Segurança adotou uma resolução – a Resolução 1304 de 16 de junho de 2000 – na qual exigiu que a Uganda retirasse suas tropas não somente de Kisangani, mas também da totalidade do território do Congo, sem demora”; e referindo-se à jurisprudência da Corte, observou que “não se pode... extrair da competência paralela do Conselho e da Corte um obstáculo qualquer ao exercício, por esta, de sua jurisdição”.

A Uganda, em audiência, observou que suas forças armadas penetraram em maio de 1997 na região leste do Congo, a convite do Sr. Kabila, para colaborar com suas forças armadas, com o objetivo de pôr fim às atividades dos rebeldes anti-Uganda. As forças ugandenses permaneceram na região leste do Congo após o Sr. Kabila ter se tornado presidente, novamente a convite deste. O ajuste assim concluído com o presidente Kabila foi formalizado por um acordo escrito datado de 27 de abril de 1998; a Uganda acrescentou que “não tem nenhum interesse territorial na República Democrática do Congo”, que “há um vazio político completo na região leste do Congo” e que “lá não há mais ninguém para conter os rebeldes anti-Uganda ou garantir a segurança da fronteira ugandense”. A Uganda especificou ainda que “por sua vez, buscou cumprir todas as obrigações a ela incumbidas em virtude do Acordo de Lusaka”, concluído entre as partes no conflito e visando resolver o conflito e estabelecer um plano para a paz na região; que “tanto o referido requerimento quanto a demanda repousam sobre alegações absurdas que não representam nenhum elemento de prova para a Corte”; que “levando em consideração as circunstâncias, a demanda da República Democrática do Congo é inadmissível, e isso porque a Corte está impedida legalmente de exercer seus poderes em virtude do artigo 41 do Estatuto”, porque “o objeto da demanda de indicação de medidas cautelares é idêntico, na sua essência, às questões abordadas pela Resolução [1304] do Conselho de Segurança de 16 de junho [de 2000]”. A Uganda fez valer, a título subsidiário, que “mesmo se a Corte tivesse competência prima facie em virtude do artigo 41, preocupações de reserva e prudência judiciária militam vigorosamente contra o exercício do poder discricionário da Corte em matéria de indicação de medidas cautelares”. A Uganda sustentou que havia aí “ausência de qualquer conexão precisa entre a demanda e a reivindicação original”, e que “a demanda [do Congo não satisfaz] o critério de urgência ou risco de prejuízo irreparável” e que não pode “aí haver urgência tendo em vista que o Congo aguardou quase um ano antes de depositar uma demanda”. A Uganda expôs, por fim, que “o Acordo de Lusaka institui um mecanismo global para assegurar a ordem pública” e que constitui um acordo internacional vinculante... que deve reger as relações entre as partes no conflito”; que “o Conselho de Segurança e o Secretário Geral declararam repetidamente que o referido acordo...constitui o único processo viável para instaurar a paz na República Democrática do Congo, e para instaurar a paz entre a República Democrática do Congo e seus vizinhos...”; e que “as medidas cautelares específicas demandadas pela República Democrática do Congo estão em contradição direta com o Acordo de Lusaka e com as Resoluções do Conselho de Segurança – aí compreendida a Resolução 1304... – que exigem a implementação do Acordo. O arrazoamento da Corte (parágrafo 32 ao 46)

A Corte ressaltou que cada uma das duas partes fez uma declaração reconhecendo a jurisdição obrigatória da Corte conforme o parágrafo 2º do artigo 36 do Estatuto da Corte, a Uganda em 3 de outubro de 1963 e o Congo em 8 de fevereiro de 1989, nenhuma das duas declarações incluindo reservas. A Corte considerou, por conseguinte, que as declarações constituíam, prima facie, uma base sobre a qual sua competência poderia estar fundada no caso em tela.

A Corte observou que, em sua demanda de indicação de medidas cautelares o Congo se referiu à Resolução 1304 (2000), adotada em 16 de junho de 2000 pelo Conselho de Segurança agindo em virtude do Capítulo VII da Carta das Nações Unidas; o texto da referida resolução foi aí citado in extenso. A Corte observou ainda que a Uganda argumentou que a demanda de indicação de medidas cautelares do Congo trata essencialmente das mesmas questões da Resolução; que a referida demanda é, portanto, inadmissível e que essa demanda não possui objeto, visto que a Uganda aceitou plenamente a Resolução em questão e a está cumprindo. A Corte considerou, todavia, que a Resolução 1304 (2000) do Conselho de Segurança e as

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medidas tomadas em execução daquela não poderiam impedi-la de agir em conformidade com seu Estatuto e seu Regulamento, e recordou que:

“Mesmo se a Carta‘demarca claramente as funções da Assembléia Geral e do Conselho de Segurança especificando que, em relação a uma controvérsia ou a uma situação qualquer, a primeira não deve fazer nenhuma recomendação sobre tal controvérsia ou tal situação, a menos que o Conselho de Segurança a demande,... nenhuma disposição similar figura na Carta sobre o Conselho de Segurança e a Corte. O Conselho possui atribuições políticas; a Corte exerce funções puramente judiciais. Os dois órgãos podem, portanto, exercer suas funções distintas mas complementares a propósito dos mesmos eventos.’”

A Corte ressaltou, então, que, no presente caso, o Conselho de Segurança não tomou nenhuma decisão que impediria prima facie que os direitos reivindicados pelo Congo pudessem “ser considerados como direitos que devessem ser protegidos por indicação de medidas cautelares” e que o Acordo de Lusaka, ao qual a Resolução 1304 (2000) do Conselho de Segurança se refere e que constitui um acordo internacional que vincula as partes, também não poderia impedir a Corte de agir em conformidade com seu Estatuto e seu Regulamento. A Corte não estaria, portanto, impedida de indicar medidas cautelares em um processo pelo único motivo de que um Estado que trouxe simultaneamente diversos casos similares perante ela, somente solicitou tais medidas em um deles e, conforme o parágrafo 1º do artigo 75 de seu Regulamento, a Corte pode decidir examinar de ofício se as circunstâncias de um caso exigem a indicação de medidas cautelares.

A Corte observou que o poder de indicar medidas cautelares que possui em virtude do artigo 41 de seu Estatuto, tem por objeto salvaguardar o direito das partes enquanto aguardam que ela profira sua decisão, e pressupõe que um prejuízo irreparável não pode ser causado aos direitos em litígio em um processo judicial; e que os direitos que, segundo o requerimento do Congo, constituem o objeto do litígio são essencialmente seus direitos à soberania e à integridade territorial, à integridade de seus bens e de seus recursos naturais, bem como seus direitos ao respeito às regras de direito internacional humanitário e dos instrumentos relativos à proteção dos direitos do homem.

A Corte ressaltou que não foi contestado que as forças armadas ugandenses se encontravam sobre o território do Congo, que combates ocorreram sobre esse território entre essas forças armadas e a de um Estado vizinho, que esses combates acarretaram um grande número de mortes entre civis bem como prejuízos materiais importantes e que a situação humanitária permanece muito preocupante; e que não é mais contestado que violações graves e repetidas dos direitos do homem e do direito internacional humanitário, aí compreendidos os massacres e outras atrocidades, foram cometidos sobre o território do Congo. Tendo em vista as circunstâncias, a Corte entendeu que as pessoas, os bens e os recursos que se encontram no território do Congo, em particular na zona do conflito, permanecem gravemente vulneráveis, e que existe um sério risco de que os direitos em litígio no presente caso sofram um prejuízo irreparável. A Corte estimou, por conseguinte, que medidas cautelares devem ser indicadas com urgência, com a finalidade de proteger esses direitos, e ressaltou que o parágrafo 2º do artigo 75 do Regulamento lhe reconhece o poder de indicar medidas total ou parcialmente diferentes daquelas que lhe foram solicitadas. Em relação aos elementos de informação à sua disposição, e em particular o fato de que o Conselho de Segurança constatou em sua Resolução 1304 (2000) que a situação do Congo “continua a constituir uma ameaça à paz e à segurança internacionais na região”, a Corte entendeu que existe um sério risco de ocorrerem fatos de natureza a agravar ou estender a controvérsia ou a tornar a solução mais difícil.

O texto completo do dispositivo (parágrafo 47) é o seguinte: “Por esses motivos,

A Corte,

Indica a título provisório, enquanto aguarda a decisão no caso instaurado pela República Democrática do Congo contra a República da Uganda, as medidas cautelares seguintes:

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As duas partes devem, imediatamente, prevenir e se abster de qualquer ato, em particular de qualquer ação armada, que poderia trazer prejuízo aos direitos da outra parte em relação a qualquer sentença que a Corte possa proferir no caso, ou que poderia agravar ou estender a controvérsia trazida perante ela ou de tornar a solução mais difícil;

2) Por unanimidade,

As duas partes devem, imediatamente, tomar todas as medidas necessárias para cumprir todas as suas obrigações em virtude do direito internacional, em particular em virtude da Carta das Nações Unidas e da Carta da Organização da Unidade Africana, bem como a Resolução 1304 (2000) do Conselho de Segurança das Nações Unidas datada de 16 de junho de 2000;

3) Por unanimidade,

As duas partes devem, imediatamente, tomar todas as medidas necessárias para assegurar, na zona do conflito, o pleno respeito aos direitos fundamentais do homem, bem como as regras aplicáveis do direito humanitário.”

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