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Resultados de um programa piloto de desestigmatização de saúde mental juvenil

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Academic year: 2021

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w w w . e l s e v i e r . p t / r p s p

Artigo

original

Resultados

de

um

programa

piloto

de

desestigmatizac¸ão

da

saúde

mental

juvenil

Marta

Gonc¸alves

a,b,∗

e

Carla

Moleiro

a

aInstitutoUniversitáriodeLisboa(ISCTE-IUL),Cis-IUL,Lisboa,Portugal bHarvardMedicalSchool,Boston,EstadosUnidosdaAmérica

informação

sobre

o

artigo

Historialdoartigo: Recebidoa6demarçode2015 Aceitea23dejunhode2016 On-linea1deagostode2016 Palavras-chave: Juventude Saúdemental Desestigmatizac¸ão Estratégiasdecontacto Contextoescolar Vídeos

r

e

s

u

m

o

Introduc¸ão:Oestigmacontinuaaserumabarreirasignificativaparaapromoc¸ãoefetivada saúdementaljuvenil.Oestigmatemestadoassociadodeformanegativacomoscuidados desaúdemental.

Objetivo:Oobjetivodeste artigo éapresentar os resultadosde um testepilotode uma intervenc¸ãoparaadesestigmatizac¸ãodasaúdementalbaseadaemvídeo,administrada emambienteescolar(n=207).

Método:Assalasdeauladeumaescolaforamselecionadasaleatoriamenteparaogrupode intervenc¸ãoedecontrolonoestudo,pertencendotodososalunosemcadasaladeaulaao mesmogrupo.Aosadolescentesnogrupodetratamentofoimostradoumvídeotocandoem temascomooestigmadoscuidadosdesaúdementalexpostoporumajovempar.Ambos osgruposdeintervenc¸ãoedecontroloforamavaliadosemtrêsmomentosdistintos–pré, póseummêsdefollow-upcomosseguintestrêsinstrumentos,adaptadoscomautorizac¸ão dosrespetivosautores:EscaladeAutoestigmanaProcuradeAjuda(SSOSH),deVogeletal., EscaladeEstigmaSocialemrelac¸ãoa AjudaPsicológica (SSRPH),deKomiyaetal.,eo QuestionáriodeAtribuic¸ãoparaCrianc¸as(AQ-8-C),deCorrigan.

Resultados:Aintervenc¸ãoreduziusignificativamenteaspontuac¸õesnastrêsescalaspara ogrupode tratamentonoperíodopós-intervenc¸ão.Estedeclínionapontuac¸ãoentreo grupodetratamentofoisignificativamentemaiordoqueodeclínionosvaloresobservados no grupo de controlo. A diminuic¸ão do estigma permaneceu maior para o grupo de tratamentodoqueparaogrupodecontrolonoperíododeacompanhamento,emboraestes resultadosnãotenhamalcanc¸adosignificânciaestatística.Apósoajusteparaindicadores socioeconómicos,anodeescolaridadeesexo,foramidentificadosefeitosdeintervenc¸ão significativosnoperíodopósnoautoestigmaenaprocuradeajuda.

Conclusão:Oestigmadesempenhaumgrandepapelnanecessidadenãoatendidade cuida-dosdesaúdemental.Alémdediminuiroacessoaoscuidadosdesaúdemental,oestigma tambémpodeprejudicardiretamenteosadolescentesatravésdareduc¸ãodaautoestima.

Autorparacorrespondência.

Correioeletrónico:marta.goncalves@iscte.pt(M.Gonc¸alves).

http://dx.doi.org/10.1016/j.rpsp.2016.06.005

0870-9025/©2016OsAutores.PublicadoporElsevierEspa ˜na,S.L.U.emnomedeEscolaNacionaldeSa ´udeP ´ublica.Este ´eumartigoOpen Accesssobumalicenc¸aCCBY-NC-ND(http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/).

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Aimportânciadodesenvolvimentodeintervenc¸õesrápidasedebaixocustodereduc¸ãodo estigmaécrucialparamelhoraroacessoaotratamentodesaúdementalparaaquelesque necessitamdomesmo.

©2016OsAutores.PublicadoporElsevierEspa ˜na,S.L.U.emnomedeEscolaNacionalde Sa ´udeP ´ublica.Este ´eumartigoOpenAccesssobumalicenc¸aCCBY-NC-ND(http:// creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/).

Results

of

a

pilot

program

for

the

de-stigmatization

of

youth

mental

health

Keywords: Youth Mentalhealth De-stigmatization Contactstrategies Schoolenvironment Videos

a

b

s

t

r

a

c

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Introduction:Stigmaremainsasignificantbarriertotheeffectivepromotionofyouthmental health.Stigmahasbeenassociatednegativelywiththementalhealthcare.

Objective: Theaimofthisarticleistopresenttheresultsofapilottestofan interven-tionforthede-stigmatizationofmentalhealthbasedonvideoadministeredintheschool environment(N=207).

Method:Theclassroomsofaschoolwererandomizedtotheinterventionandcontrolgroup inthestudy,allstudentsineachclassroombelongingtothesamegroup.Adolescentsinthe treatmentgroupwereshownavideotouchingonissuessuchasthestigmaofmentalhealth careexposedbyayoungpeer.Bothinterventionandcontrolgroupswereevaluatedatthree differenttimes-pre,postand1monthoffollow-upwiththefollowingthreeinstruments adaptedwithpermissionoftheirauthors:SelfStigmaofSeekingHelpScale(SSOSH)of Vogeletal.,SocialStigmaforReceivingPsychologicalHelpScale(SSRPH)ofKomiyaetal. andAttributionQuestionnaire-Childrenform(AQ-8c)ofCorrigan.

Results: Theinterventionsignificantlyreducedscoresinthethreescalesforthetreatment grouppost-intervention.Thisdeclineinscoreswithinthetreatmentgroupwassignificantly greaterthanthedeclineinvaluesobservedinthecontrolgroup.Thedecreasestigma remai-nedhigherforthetreatmentgroupthanforthecontrolgroupatfollow-up,althoughthese resultsdidnotreachstatisticalsignificance.Afteradjustingforsocio-economicindicators, gradeandgender,significantinterventioneffectswereidentifiedinthepostinself-stigma andinseekinghelp.

Conclusion: Stigmaplaysabigroleinunmetneedformentalhealthcare.Inadditionto loweringtheaccesstomentalhealthcare,stigmacanalsoharmdirectlyadolescentsby reducingself-esteem.Theimportanceofdevelopingarapidresponseandlowcostof redu-cingstigmaiscriticaltoimproveaccesstomentalhealthtreatmentforthoseinneedof it.

©2016TheAuthors.PublishedbyElsevierEspa ˜na,S.L.U.onbehalfofEscolaNacional deSa ´udeP ´ublica.ThisisanopenaccessarticleundertheCCBY-NC-NDlicense(http:// creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/).

Introduc¸ão

DeacordocomoPlanoNacionaldeSaúdeMentalde 2007-20161, as perturbac¸ões de foro mental da infância e da

adolescênciarepresentamgrandesencargosparaasociedade quer em termos humanos quer financeiros. Muitas delas são recorrentes e crónicas, e podem ser precursoras de perturbac¸ões muito incapacitantes na idade adulta. Nesse sentido,oProgramaNacionaldeSaúdeEscolar,baseadoem estudosdeavaliac¸ãode custo-efetividadedas intervenc¸ões preventivas2–4,evidenciaqueestetipodeintervenc¸õestem

demonstrado que 1D gasto na promoc¸ão da saúde, hoje, representaumganhode14Demservic¸osdesaúde,nofuturo. Atendendoànecessidadedeprevenirproblemasdesaúde mentalomaisprecocementepossível,éfundamental,mas não suficiente, o aumento da informac¸ão acercada saúde

mentaleproblemasassociados,especificamente,quantoaos fatoresderisco,característicasassociadas,recursos profissio-naisetratamentos5.Torna-seigualmenteimportanteintervir

nos fatoresquepossam estar naorigem da dificuldade no acessoaosservic¸osequecontribuemparaumaintervenc¸ão tardiae,porvezes,mesmoparaaausênciadeprocura.Esta situac¸ãodeve-seemgrandeparteaoestigmaassociadoaos problemas de saúde mental6–8. As ac¸ões que fomentem a

procura de ajuda profissionalpara os problemas de saúde mental das crianc¸as e adolescentes na escola, em vários grausdeensinoeáreasdeformac¸ão,assumem,pois,extrema relevância9,10.Estetipodeac¸õesinclui,atravésdocontacto

etestemunhodeadolescentes,osresultadospositivos asso-ciados à experiênciade ajudapara osproblemasde saúde mental11.Osadolescenteseosrespetivospaisaindapensam

que «sóos malucos»recorremaoservic¸ode saúdemental equeosquerecorrem«sãogozadospelosamigos»12–16.

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De acordo com o Pacto Europeu para a Saúde e Bem--Estarde200817,maisdemetadedasperturbac¸õesmentais

têmoseuinícionaadolescência.Tambémdeacordocomo PlanoNacionaldeSaúdeMental2007-2016esegundoaRegião Europeia da Organizac¸ãoMundial de Saúde,uma emcada 5crianc¸asapresentaproblemasdesaúdemental.Apesardo sofrimentoassociado,afaltadeacessoaosservic¸osdesaúde mentalcontinuaaconstituirumentraveaumaintervenc¸ão atempada.Umdosobstáculosdoacessoaosservic¸osé,sem dúvida,oestigma associadoaos problemasdesaúde men-tal. As escolas, às quais os alunos se sentem vinculados, podemter umpapel fundamental namelhoria da saúdee na diminuic¸ão das desigualdades sociais, tornando-se um espac¸ofavorávelàdesmistificac¸ãodepreconceitos associa-dosaosproblemasdesaúdementaleemqueoacessoaos servic¸osde saúdementalpodeedeveserdebatidocomos alunos,pelaintervenc¸ãodosprofessores,interlocutores pri-vilegiados na sua relac¸ão. O Programa Nacional de Saúde Escolar(Despacho 12045/2006) reconhece a necessidadede definirmetasdesaúdeeprioridadesbaseadasnaevidência científica,comoobjetivodeobterganhosemsaúdeamédio elongo prazo para ascrianc¸as e adolescentes. Da mesma forma, os programas de educac¸ão para a saúde do Minis-tériodaEducac¸ão incluemaintervenc¸ãoespecíficanaárea da saúdemental,focalizada naprevenc¸ão daviolência em meioescolar,particularmenterelevantenoatualcenário esco-lar e social. Não existe, no entanto, uma intervenc¸ão nas escolasparaadesestigmatizac¸ãoda saúdemental.A nível internacionalfoiconduzidaumameta-análise18eumarevisão

sistemáticadeestudossobreareduc¸ãodoestigmaem adoles-centeseadultos19,sendoqueenquantoumaconcluiqueas

intervenc¸õesanalisadasproduzirampoucamudanc¸a,aoutra deixaaportaabertaanovosestudos.

Oobjetivodonossoestudo,entretantorecentemente publi-cadoeminglêsnaAdolescentPsychiatry20,foiavaliaratéque

pontoaestigmatizac¸ãodosproblemasdesaúdementalentre adolescentespodediminuiratravésdeumvídeodeum/a ado-lescentedescrevendooseuproblemaeexperiênciadeacesso acuidadosdesaúdemental.Ateoriadocontacto intergru-paldeAllport21,revistaporPettigreweTropp22,éomodelo

teóricosubjacenteaodesenvolvimentodanossaintervenc¸ão, namedidaemqueocontactotemsidoconsideradoummeio eficazparaareduc¸ãodopreconceitoentregrupos.Segundo osautores,areduc¸ãodopreconceitopodeserdiminuídapor condic¸ões optimais de contacto – o mesmoestatuto entre gruposnasituac¸ão,objetivoscomuns,cooperac¸ão intergru-palesuportelegal.Estateoriajáfoitestadapreviamenteem intervenc¸õesquepretendiamreduziroestigma relacionado compessoasportadorasdedoenc¸amental23,24.

Método

Amostra

Participaramneste estudo207adolescentes entreo 7.◦ eo 9.◦ ano de escolaridade de umaescolapública na área da GrandeLisboa,tendoassuasturmassidoaleatoriamente atri-buídasaogrupoexperimental(n=115)ouaogrupocontrolo (n=92).Assalasdeauladeumaescolaforamselecionados

Tabela1–Caracterizac¸ãosociodemográficadaamostra (n=207) Intervenc¸ão Controlo (n=115) (n=92) n % n % Feminino 61 53,0 39 42,4 Anoescolar 7.◦ 27 23,5 40 43,5a 8.◦ 38 33,0 17 18,5a 9.◦ 50 43,5 35 38,0a

Indicadoressocioeconómicosn.decarrosnafamília

0 8 7,0 7 7,6

1 45 39,1 32 34,8

2 62 53,9 53 57,6

Quartopróprio 90 78,3 62 67,4

a Diferenc¸adequi-quadrado(␹2)entreogrupodeintervenc¸ãoeo

grupodecontroloésignificativaaoníveldep<0,05.

aleatoriamenteparaogrupodeintervenc¸ãoedecontrolono estudo,pertencendotodososalunosemcadasaladeaulaao mesmogrupo.

Ogrupodeintervenc¸ãofoiconstituídopor53%de rapari-gas,sendoque23,5%frequentavao7.◦anodeescolaridade.Em termosdeestatutosocioeconómico,78,3%dosjovensdogrupo deintervenc¸ãoafirmavaterquartopróprioe53,9%2carros emcasa.Ogrupodecontrolo,porseuturno,foientão consti-tuídopor42,4%deraparigas,sendoque43,5%frequentavamo 7.◦ anodeescolaridade.Emtermosdeestatuto socioeconó-mico,67,4% dosjovensdogrupodecontroloafirmaramter quartopróprioe57,6%2carrosemcasa.Daanáliserealizada entreos2grupos,apenasseencontraramdiferenc¸as significa-tivasemtermosdeanodeescolaridade,conformeatabela1.

Descric¸ãodaintervenc¸ão

ResultadodeumaparceriacomaEscolaSuperiordeTeatro eCinemaecomoInstitutode ApoioàCrianc¸a,realizámos umvídeo de10 minutoscom umaadolescentede15 anos deidade,querespondeulivrementeàsseguintesperguntas: Quemé(filme,livro,blogue,alimentosfavoritos,passatempos, qualidades,talentos,fraquezas)?Comoosoutrosadescrevem (familiares, amigos,professores)? Comofoi asua experiên-ciadeapoiopsicológico(razão,tratamento,durac¸ão,aspetos positivos,relac¸ão,resultados)?Apósestaexperiência,deque formasealterounamaneiracomovêospsicólogosououtros adolescentesqueprocurampsicólogos?Dequemodo(s)pensa que um/a psicólogo/a pode ajudar um/a adolescente? Em 3palavras,comodescreveriaumpsicólogo?Comoseimagina daquia5anos(sonhos,projetos)?Edaquia10anos?

Oproblemaapresentadopelaadolescenteprendia-secom aseguintesituac¸ão–umdiadesapareceu,comec¸ouafumar não só tabaco e os pais andavam preocupados porque não conseguiam ajudar.Na criac¸ão deste vídeo, tivemosa preocupac¸ãodeescolherumaproblemáticaquefosseum pro-blemamentalcomumenãoumadoenc¸amentalgrave.Por outro lado, o vídeo foi analisado por um painel de juízes independentes (profissionaisdesaúdeede educac¸ão),para assegurarqueajovemerapercecionadacomoatrativa,asua

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queixaeoseudiscursocomorealistas,eaexperiênciacomo apoiopsicológicodescritodeformapositivaecredível,como umprocessodecrescimentopessoal.

Instrumentos

Todososadolescentesforamavaliados3vezes,comos seguin-tesinstrumentosadaptadosparaportuguêscomautorizac¸ão dosrespetivosautores:EscaladeAutoestigmanaProcurade Ajuda (SSOSH), de Vogel et al.25, Escalade Estigma Social

emrelac¸ão aAjudaPsicológica (SSRPH),deKomiyaetal.26,

e o Questionário de Atribuic¸ão para Crianc¸as (AQ-8-C) de Corrigan27.ASSOSHfoidesenvolvidaporVogeletal.25com

umaamostradeestudantesuniversitáriosparaavaliaro auto-estigmaassociadoàprocuradeajudapsicológica.Essaescala écompostapor10itenseaspropriedadespsicométricassão adequadasparaoestudo,umavezqueapresentaumaforte consistênciainterna(0,91)eboaconfiabilidadeteste-reteste (0,72).ASSRPH,desenvolvidaporKomiyaetal.26,écomposta

por5itensqueavaliam apercec¸ãodeestigma social asso-ciado à procura de ajuda profissional. Apresenta umaboa consistênciainterna(0,73)entreamostrasdeestudantes uni-versitários.OAQ-8-CéumaversãocurtadoQuestionáriode Atribuic¸ãoe mede,pormeio de umavinheta, 7fatoresde interesse:perigosidade,medo,responsabilidade,pena,raiva, ajudaeevitamento28.

As3escalasforamadaptadasparaPortugalpelaprimeira autoraeasuaequipaporumprocessocompletodeadaptac¸ão culturalde itens com traduc¸ão, retrotraduc¸ão, comparac¸ão dasversõeseaplicac¸ãopilotocommodificac¸õesdepalavras eexpressões.Oobjetivodesteprocessoéqueoconteúdodas 3escalassemantivesse,masquepudesseserfacilmente com-preendidonaculturaportuguesa.

Procedimento

Apósautorizac¸ãodadirec¸ãodaescolaedacoordenac¸ãodos respetivos anos de escolaridade, o projeto foi apresentado aosalunoserespetivosencarregados deeducac¸ão,e distri-buídososconsentimentosinformadosacadaum/a(aluno/ae encarregado/adeeducac¸ão).Istofoiconsideradocomosendo a semana um (14-18 de janeiro de 2013) do programa. Na semana2(21-25dejaneirode 2013)foramrececionadosos consentimentosinformadoserealizadaaprimeiraavaliac¸ão (pré-teste).Nasemana4(4-8defevereirode2013)ovídeode 10 minutos foi apresentado ao grupo experimental e as segundas avaliac¸ões foram realizadas a ambos os grupos, de intervenc¸ão e controlo. Na semana 8 (4-8 marc¸o de 2013), ambos os grupos receberam a terceira avaliac¸ão. A fim de assegurar que todos os participantes receberam a intervenc¸ão,o vídeo foi também apresentadoao grupo de controlonasemana9(11-15demarc¸ode2013).Umavezque esteestudoserefereamenoreseasituac¸õesdeparticular vulnerabilidade, seguimos todos os procedimentos éticos e o anonimato foi garantido, de acordo com as normas internacionais29,30enacionais31.

Análiseestatística

Paraavaliarasdiferenc¸asentreosgruposexperimentalede controlonomomentoinicial(pré-teste),avaliamosprimeiro

Tabela2–Médiasemcadaumdos3tempos nas3medidas(n=207)

Pré Pós Follow

AutoestigmanaProcuradeAjuda(a10)

Intervenc¸ão 24,05 21,68 22,89 Controlo 26,43 25,16 25,54

EstigmaSocialnaRecec¸ãodeAjudaPsicológica(b6)

Intervenc¸ão 13,01 11,87 11,76 Controlo 13,16 12,67 12,68 Atribuic¸ão(c8) Intervenc¸ão 21,23 18,02a 18,24 Controlo 21,95 21,57 21,23 a significativoaoníveldep<0,05.

diferenc¸asnasvariáveisindependentesentreosgrupos, utili-zandotestesdequi-quadrado:sexo,anodeescolaridade(7.◦, 8.◦e9.◦),e2medidasdeestatutosocioeconómico(númerode carrosnafamíliaeseojovemtemquartopróprio).Emsegundo

Tabela3–Médiasemcadaumdos3temposnamedida (a10)AutoestigmanaProcuradeAjuda(n=207)

(1=discordototalmente;5=concordototalmente)

Pré Pós Follow

Eusentir-me-iainadaptadosefosseaumpsicólogoprocurarajuda psicológica

Intervenc¸ão 2,49 1,75 1,68

Controlo 2,60 2,20 2,05

Aminhaautoconfianc¸anãoestariaameac¸adaseeuprocurasseajuda profissional

Intervenc¸ão 3,39 3,40 3,41

Controlo 3,41 3,20 3,02

Procurarajudapsicológicafar-me-iasentirmenosinteligente

Intervenc¸ão 1,73 1,46 1,59

Controlo 1,96 1,95 1,98

Aminhaautoestimaaumentariaseeufalassecomumpsicólogo

Intervenc¸ão 3,19 3,57 3,14

Controlo 3,10 3,13 3,08

Aminhavisãodemimmesmonãoiriamudarsóporqueescolhiprocurar umpsicólogo

Intervenc¸ão 3,60 3,52 3,32

Controlo 3,39 3,60 3,26

Far-me-iasentirinferiorsepedisseajudaaumpsicólogo

Intervenc¸ão 1,69 1,60 1,64

Controlo 2,15 2,03 2,05

Sentir-me-iabemseescolhesseprocuraraajudadeumprofissional

Intervenc¸ão 3,52 3,80 3,39

Controlo 3,10 3,23 3,18

Seeufosseaumpsicólogo,ficariamenossatisfeitocomigopróprio

Intervenc¸ão 1,98 1,80 1,75

Controlo 2,10 2,05 2,05

Aminhaautoconfianc¸apermaneceriaamesmaseeuprocurasseajuda profissionalparaumproblemaqueeunãopudesseresolver

Intervenc¸ão 3,39 3,54 3,27

Controlo 3,23 3,31 3,13

Sentir-me-iapiorsenãopudesseresolverosmeusprópriosproblemas

Intervenc¸ão 3,55 2,89 2,91

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Tabela4–Médiasemcadaumdos3temposnamedida (b6)EstigmaSocialnaRecec¸ãodeAjudaPsicológica (n=207)(1=discordototalmente;5=concordo totalmente)

Pré Pós Follow

Consultarumpsicólogoporproblemasemocionaisouinterpessoaiséalgo socialmenteestigmatizado

Intervenc¸ão 1,82 1,57 1,63

Controlo 1,92 1,77 1,82

Éumsinaldefraquezapessoalouinadaptac¸ãoiraumpsicólogopor problemasemocionaisouinterpessoais

Intervenc¸ão 2,03 1,69 1,80

Controlo 2,00 1,94 1,81

Aspessoasveemalguémdeformamenosfavorávelsesouberemque ele/elaconsultouumpsicólogo

Intervenc¸ão 2,33 2,20 2,16

Controlo 2,43 2,34 2,30

Éaconselhávelqueumapessoaomitaqueconsultouumpsicólogo

Intervenc¸ão 2,35 2,17 2,09

Controlo 2,44 2,21 2,21

Aspessoastendemagostarmenosdequemrecebeajudapsicológica

Intervenc¸ão 2,02 1,88 2,03

Controlo 2,07 2,21 2,16

Aspessoaspensamqueéumsinaldefraquezapessoalouinadaptac¸ãoir aumpsicólogoporproblemasemocionaisouinterpessoais

Intervenc¸ão 2,43 2,33 2,10

Controlo 2,37 2,21 2,32

lugar, procedeu-se a equac¸ões multivariadas de estimac¸ão generalizadas(GEE)paraidentificarosefeitosdaintervenc¸ão noperíodopós-intervenc¸ão(semana4)efollow-up(semana8) emrelac¸ãoaotempobasal(semana2).OmodeloGEE contri-buiparaanão-independênciadasobservac¸õesdecadaaluno. Para cada variável dependente,estimou-se um modelo de regressãocomasinterac¸õesdogrupodetratamentovezeso indicadordetempo.Aimportânciadainterac¸ãoentre trata-mentoetempomostra-nososefeitosdotratamentonotempo. Tambémseincluiunestesmodelosderegressãoasvariáveis independentes,comocovariáveisdecontrolo.

Tabela5–Médiasemcadaumdos3temposnamedida (c8)Atribuic¸ão(n=207)(1=nada;9=muito)

Pré Pós Follow

EusentiriapenadoCarlos

Intervenc¸ão 4,81 3,30 2,95

Controlo 4,95 3,98 3,56

QuãoperigosoéqueachasqueoCarlosé?

Intervenc¸ão 1,98 1,54 1,61

Controlo 2,15 1,98 2,02

QuantomedoteriasdoCarlos?

Intervenc¸ão 1,65 1,35 1,59

Controlo 1,70 1,76 1,65

AchoqueCarlosdeveserculpadopeloproblemapsicológico

Intervenc¸ão 1,52 1,36 1,53

Controlo 1,32 1,73 2,08

AchoqueoCarlosdeveriaestarnumaturmaespecialparaalunoscom problemas,enãonumaturmanormalcomoaminha

Intervenc¸ão 2,22 1,96 2,29

Controlo 2,85 3,00 3,29

QuãozangadotesentiriascomoCarlos?

Intervenc¸ão 1,29 1,23 1,27

Controlo 1,20 1,52 1,73

QualaprobabilidadedeajudaresoCarloscomostrabalhosdaescola?

Intervenc¸ão 6,19 5,87 5,27

Controlo 5,66 5,15 4,61

TentariaestarafastadodoCarlosdepoisdasaulas

Intervenc¸ão 1,63 1,48 1,73

Controlo 2,40 2,45 2,50

Resultados

Osmotivosdeprocuradeajudapsicológicamaisfrequentes apontadospelosadolescentesquejátinhamprocuradoajuda sãoproblemasfamiliares,emespecialaseparac¸ãodospais, problemasnaescola,principalmentesociais,eproblemas pes-soais,nomeadamenteanecessidadededesabafar.

Tabela6–Equac¸õesdeestimac¸ãogeneralizada:efeitodovídeonosresultadosdoestigma(n=207)

EscaladeAutoestigma naProcuradeAjuda

EscaladeEstigmaSocial naRecec¸ãodeAjuda

Psicológica

Questionário deAtribuic¸ão paraCrianc¸as

Coef SE Coef SE Coef SE

Tratamento -0,028 0,022 -0,005 0,038 -0,053 0,057 Pós -0,011 0,014 -0,037 0,029 -0,061 0,042 Follow-up -0,018 0,014 -0,042 0,030 -0,033 0,043 Tratamento×pós -0,053a 0,019 -0,049 0,038 -0,092 0,059 Tratamento×follow-up -0,024 0,019 -0,049 0,039 -0,070 0,059 Feminino 0,004 0,018 0,013 0,031 -0,055 0,047 Anoescolar 8.◦ 0,028 0,025 0,024 0,042 0,027 0,059 (referenteao7.◦) 9.◦ 0,003 0,023 -0,022 0,038 -0,167a 0,058 Númerodecarrosnafamília 0,002 0,013 -0,012 0,023 -0,016 0,033 Jovemtemquartopróprio 0,004 0,018 -0,024 0,031 -0,095 0,046

cons 3,608 0,030 2,594 0,051 3,293 0,073

cons,coefficientontheconstantterm.

(6)

Aintervenc¸ãoreduziu significativamente as pontuac¸ões emtodasas3escalasdeestigma(autoestigmaparaaprocura deajuda,estigmasocialparaprocurarajuda,atribuic¸ão)parao grupodetratamentonoperíodopós-intervenc¸ão(tabelas2-5). Este declínio na pontuac¸ão entre o grupo de tratamento foi significativamente maior doque o declínionos valores observados no grupo de controlo. Emtodas as 3 medidas, a diminuic¸ão do estigma permaneceu maior para o grupo detratamentodoquepara ogrupocontrolonoperíodode acompanhamento, embora estes resultados não tivessem alcanc¸adosignificânciaestatística(tabelas2-5).

Após o ajustamento para as variáveis independen-tes/covariáveis de controlo, como o número de carros na família ouseo adolescente tem quartosó para ele, oano deescolaridadeeosexo,foramtambémencontradosefeitos significativosdaintervenc¸ãonoperíodopós-intervenc¸ãono autoestigma(tabela6).Osefeitosdotratamentoajustadoao modeloforamsemelhantesemmagnitudeedirec¸ãoparaas outras2escalasdeestigmaduranteoperíodopós-tempo,mas nãoforamsignificativosaonívelp<0,05.Nãoforam identifi-cadosefeitossignificativosnofollow-up.

Conclusão

O objetivo deste estudo foi avaliar o impacto de uma intervenc¸ãoparaadesistigmatizac¸ãodasaúdemental adoles-centebaseadanumvídeo,comconteúdoespontâneodogrupo de pares. A intervenc¸ãocentrou-se na visualizac¸ão de um vídeodeumajovemquedescreveoseuproblemapsicológico easbarreiras,eosaspetospositivosenegativosdoscuidados desaúdemental.Onossoestudodiferedosexistentes18,19,

na medida em que nós testámos apenas o efeito de uma intervenc¸ãode contactosemconjugar com aestratégiade educac¸ão,atravésdeumvídeosobreumaúnicapessoa.

Osdadosdenossoestudoapontamparaofactodovídeo utilizadosetermostradoumaferramentaadequadaparaa desestigmatizac¸ão de problemas psicológicos em Portugal. Aintervenc¸ãoreduziusignificativamenteosníveisdeestigma em torno do cuidado da saúde mental no período pós--intervenc¸ão para as 3 medidas de estigma em análises nãoajustadasereduziusignificativamente oestigma sobre a autoestigma, mesmo após o ajustamento. Estes resul-tados preliminares deste estudo piloto são sugestivos de umimpactodecurtoprazodestaintervenc¸ãorelativamente rápida ebarata, em atitudes dos adolescentes em relac¸ão aoscolegascomproblemaspsicológicoseemrelac¸ãoauma potencialidaaopsicólogo.Sugerimosemestudosfuturos adi-cionaracomponenteeducativa.

Estratégiasdebaixocustoparareduziroestigmasão neces-sárias,dadasasbaixastaxasdetratamentoparajovenscom doenc¸amental32, eporqueaidentificac¸ãoetratamento da

doenc¸amentalemidadesprecocesétãoimportanteparaa saúdee resultados sociaisao longoda vida33. Porqueeste

foiapenasumestudopiloto,adeterminac¸ãodavalidadedos resultadosrequerestudoadicional.Ageneralizac¸ãodoestudo élimitada,namedidaemqueovídeoretrataaexperiênciade apenasumaadolescentede15anosdosexofemininoenão, porexemplo,de2adolescentesdosexomasculinoede2do

sexofeminino,comidadescompreendidasentreos12-16anos deidade.

Poroutrolado,devidoaconsiderac¸õesdeordemprática, o desenho do estudo randomizou salas de aula dentro de umaescola,masmedeaevoluc¸ãodoestigmaentreos alu-nosnassalasdeaula.Enquantoarandomizac¸ãoeaavaliac¸ão inicialelongitudinalequilibraosparticipantesdogrupode intervenc¸ãoecontroloemmuitosfatores,podehaver confu-sãoseassalas deaula detratamentotiverem mudadoem aspetosimportantesnãorelacionadoscomaintervenc¸ão.Um esquemadealeatorizac¸ãoparaummaiornúmerodealunos, dentrodeummaiornúmerodesalasdeaula,numestudode follow-uppodeajudarasuperarestapossívelameac¸aparaa validadedosnossosresultados.

Outra limitac¸ão é que apenas uma das 3 medidas de avaliac¸ãofoiadaptadaparaadolescentes.

Apesar destas limitac¸ões, os resultados da intervenc¸ão permitem reduzir o estigma, de forma rápida e de baixo custo.Torna-senecessáriotransformaresteestudopilotonum ensaioclínicoaleatório,utilizandoretratosdevários adoles-centesnumaamostramaiordeestudantesportugueses,para verificarseoefeitodaintervenc¸ãoidentificadonopós-teste podepersistirporumperíodomaislongo.

Financiamento

A primeira autora recebeu da Fundac¸ão Portuguesa para a Ciência e Tecnologia a bolsa de pós-doutoramento SFRH/BPD/48528/2008paraesteestudo.

Conflito

de

interesses

Osautoresdeclaramnãohaverconflitodeinteresses.

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Tabela 1 – Caracterizac¸ão sociodemográfica da amostra (n = 207) Intervenc¸ão Controlo (n = 115) (n = 92) n % n % Feminino 61 53,0 39 42,4 Ano escolar 7
Tabela 3 – Médias em cada um dos 3 tempos na medida (a10) Autoestigma na Procura de Ajuda (n = 207)
Tabela 6 – Equac¸ões de estimac¸ão generalizada: efeito do vídeo nos resultados do estigma (n = 207) Escala de Autoestigma

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