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Mapeamento da produção científica internacional sobre intenção empreendedora

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Academic year: 2021

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ISSN: 2178-9010 set/dez 2019

DOI: http://dx.doi.org/10.7769/gesec.v10i3.901

Mapeamento da produção científica internacional sobre intenção

empreendedora

Mappingthe international scientific production about entrepreneurial

intention

Evangelina da Silva Sousa1 Raimundo Eduardo Silveira Fontenele2 Áurio Lúcio Leocádio Silva3 José Milton de Sousa Filho4

Resumo

O objetivo desta pesquisa foi mapear a produção científica internacional sobre intenção empreendedora. Realizou-se um estudo exploratório e descritivo, no qual os dados coletados foram constituídos de 813 artigos científicos sobre “entrepreneurial intention”,indexados àbase de dados da Scopus, publicados entre 1993 a 2018.Foram delineadosa evolução da produção científica sobre o tema; os autores mais prolíficos; os periódicos com maior volume de publicaçõese as obras de maior impacto. Com auxílio

do software bibliométrico

VosViewer foi possível analisar as redes bibliométricas de: coautoria; cocitação, acoplamento bibliográfico e coocorrência de palavras-chave (no resumo, no título e nas palavras-chave). Os resultados indicaram interação entre os pesquisadores, evidenciando concentração no tocante a produção científica sobre intenção empreendedora. As principais linhas de pesquisa sobre “entrepreneurial intention” são: empreendedorismo social; variáveis de nível pessoal envolvendo gênero e traços de personalidade, educação empreendedora e modelos teóricos de intenção empreendedora.Com esta pesquisa buscou-sefornecer um panorama mais amplo acerca da produção científica internacional sobre intenção empreendedora, econtribuircom a categorização do arcabouço teórico da literatura atual sobre o tema.

Palavras-chave: Intenção empreendedora. Produção científica internacional. Redes bibliométricas.

Abstract

1

Doutoranda em Administração e Controladoria na Universidade Federal do Ceará (UFC).

2

Professor do Programa de Pós-Graduação em Administração e Controladoria da UFC.

3

Professor do Programa de Pós-graduação em Administração e Controladoria da UFC.

4

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The objective of this research was to map international scientific production on entrepreneurial intention. An exploratory and descriptive study was carried out and the data collected were consisted of 813 scientific articles on entrepreneurial intention, indexed to the Scopus database, published between 1993 and 2018. The evolution of the scientific production on the theme was outlined; as well as the most prolific authors, the periodicals with the largest volume of publications and the researches with the greatest impact. The bibliometric software VosViewer was used to analyze the bibliometric networks of:coauthorship; co-citation, bibliographic coupling, and co-occurrence of keywords (in abstract, title and keywords). The results indicated interaction among the researchers, evidencing concentration on the scientific production about entrepreneurial intention. The main lines of research on entrepreneurial intention are: social entrepreneurship; personal-level variables involving gender issues and personality traits, entrepreneurship education and core model and theoretical issues about entrepreneurial intention. This research aimed to provide a broader panorama of the international scientific production and to contribute to the categorization of the theoretical framework of current literature on the subject.

Keywords: Bibliometric Networks. Entrepreneurial Intention. International Scientific Production.

Introdução

As mudanças ocorridas a partir da década de 1980, como processo de reestruturação produtiva, novos padrões de concorrência internacional, precarização do trabalho e as dificuldades surgidas na estrutura funcional do setor público, contribuíram para o fortalecimento do empreendedorismo, uma vez que as atividades empreendedoras haviam perdido espaço para o emprego em grandes corporações, após a Segunda Guerra Mundial (Serafim, Martes & Rodriguez, 2012).

Tais mudanças ocorridas na sociedade provocaram um cenário de incerteza e de desequilíbrio que contribuíram para o crescimento do interesse de pesquisas no campo do empreendedorismo (Martens& Freitas, 2008), estimulando o desenvolvimento de investigaçõescientíficas a partir das perspectivas econômica, sociocultural e comportamental (Landström, Harirchi,&Åström, 2012).

Empreender é um processo mental que enfatiza oportunidades sobre ameaças, sendo a identificação das oportunidades um processo intencional (Krueger, Reilly,& Carsrud, 2000). Assim, o avanço da produção científica sobre o tema com as obras seminais de Shapero e Sokol (1982) e Shapero (1984) impulsionaram as pesquisas sobre intenção empreendedora que se beneficiou do suporte teórico da psicologia social, embora seja uma área de pesquisa consolidada no campo do empreendedorismo (Liñán & Fayolle, 2015).

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A expansão das investigações envolvendo osmodelos de intenção empreendedora como uma estrutura conceitual,iniciada na década de 1990, confirmou a aplicabilidade do conceito em vários cenários, transformando-oem uma área heterogênea de estudo que requer sistematização e categorização (Liñán&Fayolle, 2015).

Ao considerarque as publicações científicas evidenciam tendências e influência na área (Liñán & Fayolle, 2015)e que as especialidades de pesquisa são agentes de mudança na ciência (Morris & VeerMartens, 2008), torna-se oportuno investigarcomo se estruturam as investigações científicas sobre intenção empreendedora, sobretudo ao explorar a análise de redes bibliométricas, visto que propicia a classificação e a estruturação do campo de pesquisa, diante dos conjuntos de dados encontrados na literatura (Knutas, Hajikhani, Salminen, Ikonen, & Porras, 2015). A análise de redes bibliométricasutiliza medidas de relacionamento que evidenciam as relações entre unidades bibliométricas (periódicos, autores, artigos, palavras-chave) e geram mapas de visualização (Klavans & Boyack, 2006) que consistem em uma representação da estrutura e da interconexão de elementos de determinada área do conhecimento (Morris & VeerMartens, 2008).

Destarte, esta pesquisa tem como objetivomapeara produção científica internacional sobre intenção empreendedora, utilizando redes bibliométricas em relaçãoaos seguintes parâmetros: a) distribuição temporal das publicações; b) autores mais prolíficos; c) periódicos com maior volume de publicações; d) obras de maior impacto; e) redes de coautoria; f) redes de cocitação; g) redes de acoplamento bibliográfico e h) redes decoocorrência de palavras-chave.

Para atingir o objetivo proposto, esta pesquisa utilizou a base de dados Scopus, uma vez que osperiódicos internacionais são o canal mais apreciado para a divulgação do conhecimento, devido àabrangência da circulação das publicações científicas produzidas e ao prestígio que exercementre os pesquisadores (Goulart& Carvalho, 2008).

Após esta introdução, o artigo avança com a apresentação do suporte teórico, metodologia e discussão dos resultados. Por fim, apresentam-se as considerações finais, compreendendo contribuições, limitações e sugestões para pesquisas futuras.

Suporte Teórico 2.1 Intenção empreendedora e seus modelos

A intencionalidade é fulcral para o processo empreendedor, posto que ideias e intenções são o alicerce para a criação de novos empreendimentos,e os estudos sobre intenção

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empreendedora devem atentar para relações complexas entre as ideias dos empreendedores e seus consequentes resultados (Bird, 1988).

A intenção empreendedora aponta o esforço e o estímulo que o indivíduo dispõe para executar um comportamento empreendedor (Cantner, Goethner & Silbereisen, 2017) e se tornou a perspectiva preponderante que subsidia a investigação de fatores cognitivos que motivam o indivíduo a empreender (Fayolle& Liñán, 2014; Krueger, 2017).

As pesquisas sobre intenção empreendedora encontram-se em rápida evolução e formam um expressivo quadro teórico em virtude de estudos seminais desenvolvidos na década de 1980 (Kibler, 2013; Liñán & Fayolle, 2015). Porém, foi a partir dos anos 90, que a aplicação de modelos desempenhou papel crucial no desenvolvimento das investigações sobre intenção empreendedora (Liñán& Fayolle, 2015), a exemplo de Nowiński e Haddoud (2019), Galvão, Marques e Marques (2018), Paul, Hermel e Srivatava (2017), Santos, Roomi e Liñán (2016), Kautonen, vanGelderen e Fink (2015), Fayolle, Liñán e Moriano (2014) e Vinogradov, Kolvereid e Timoshenko (2013).

Liñán e Fayolle (2015) destacam que existem duas linhas de pesquisas distintas, mas convergentes no campo da intenção empreendedora. A primeira origina-se da psicologia social e tem como escopoa análise comportamental, oriunda do processo mental que envolve crenças e atitudes que induzem a ações efetivas, tendo como referências a Teoria Social Cognitiva de Bandura (1989) e aTeoria do Comportamento Planejado de Ajzen (1991).Já a segunda linha é específica para o campo do empreendedorismo, compreendendo a Teoria do Evento Empreendedor de Shapero (1984) ea Teoria da Intencionalidade de Bird (1988).

Oliveira, Vieira, Laguía, Moriano e Soares (2016) relatam que os modelos de intenção empreendedora surgiram de limitações e críticas referentes aos modelos de traços de personalidade, pois a intenção empreendedora resulta da associação entre fatores sociais e pessoais, mas que exigem suporte teórico consistente para analisá-la e predizê-la por meio de perspectiva que integre o indivíduo ao seu contexto. Tais modelos explicitam que a constituição de novos negócios deve antepor-se ao desenvolvimento de intenções para criá-los, e por meio da compreensão de tais intenções é possível predizer a ação empreendedora (Shook, Priem &McGee, 2003).

Pesquisa de Guerrero, Rialp e Urbano (2008) apresenta a evolução e a análise empírica dos seis principais modelos de intenção empreendedora desenvolvidos, nas décadas de 1980 e 1990: Modelo de Evento Empresarial (Shapero, 1984), Teoria do Comportamento Planejado (Ajzen, 1991), Orientação à Atitude Empreendedora (Robinson, Stimpson, Huefner,& Hunt,

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1991), Modelo Básico Intencional (Krueger& Carsrud, 1993), Modelo do Potencial Empreendedor (Krueger&Brazeal, 1994) e Modelo de Davidsson (1995).

O primeiro modelo configurado por Shapero (1984),concebe a criação de negócios como um evento que pode ser explicado pela interação entre iniciativas, habilidades, gerenciamento, autonomia relativa e risco. Assim, a intenção empreendedora deriva da percepção de desejabilidade e viabilidade e da propensão para agir sobre as oportunidades, uma vez que a inércia guia o comportamento até que seja interrompida (Kruegeret al., 2000).

O segundo modelo concebido Ajzen (1991) delineou a Teoria do Comportamento Planejado (TCP), preconizando que qualquer comportamento exige planejamento, e este é predito pela intenção em adotar esse comportamento. Desse modo, a intenção é formada por três elementos: (a) atitudes do indivíduo em relação ao comportamento, (b) normas subjetivas sobre o comportamento proposto, e (c) a percepção do indivíduo sobre o controle do comportamento (Ajzen, 1991; Guerreroet al., 2008).

Em seguida, Krueger e Carsrud (1993) aplicaram a TCP no campo do empreendedorismo. Os autores concluíram que a TCP centrada nas intenções do indivíduo é bem fundamentada e prediz ampla variedade de comportamentos planejados. Desse modo, a intenção é o melhor preditor de um comportamento, tanto conceitual como empiricamente, deixando espaço para se estudar novas abordagens como iniciação ao risco (Guerreroet al., 2008).

Krueger e Brazeal (1994) elaboraram o Modelo do Potencial Empreendedor, baseando-se nos modelos de Shapero (1982) e Ajzen (1991). Os autores postulavam que a etapa antecedente à ação empreendedora envolvia um determinado potencial para execução de tal ação - o potencial empreendedor como preditor do empreendedorismo. Atitudes e atividades empreendedoras sofrem influência das aspirações cognitivas do indivíduo. O Modelo do Potencial Empreendedor estabelece que a intenção empreendedora é decorrente de fatores ambientais ou sociais, e as situações provocadas pela atuação desses fatores concebem novas percepções individuais, constituindo atitudes que determinam as suas intenções, expressas pelo comportamento (Krueger&Brazeal, 1994).

O último modelo apresentado por Guerreroet al. (2008) foi o desenvolvido por Davidsson (1995). O modelo testou uma atração econômico-psicológica de fatores que influenciam as intenções do indivíduo para iniciar os negócios. Destarte, a intenção pode ser influenciada pela convicção definida por atitudes gerais e de domínio e pela situação atual (Guerreroet al., 2008).

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Diante dadefinição e da aplicabilidade de tais modelos, Linãn e Fayolle (2015) identificaram, por meio de análise de citações, os 24 principais artigos mais citados pela comunidade científica e os classificaram em seisgrupos temáticos que envolvem investigação de: 1) elementos centrais domodelo que retratam questões metodológicas ou teóricas; 2) influência de características pessoais, variáveis psicológicas e demográficas ou experiência na intenção empreendedora; 3) programas de educação empreendedora vinculados à intenção empreendedora; 4) influência doscontextos locais, culturais e institucionais na configuração da intenção empreendedora, 5)empreendedorismo como processo e elo entre intenção e comportamento; e 6) novas áreas de pesquisa envolvendo investigações sobre empreendedorismo social e sustentável, e outros correlatos.

Apresenta-se, a seguir, a análise de redes bibliométricas, um dos focos desta pesquisa para investigar a literatura sobre intenção empreendedora.

2.2 Análise de redes bibliométricas

Os métodos bibliométricos, que buscam uma proximidade com o corpus científico, associados à análise contextual proporcionam o estudo de tendências da produção científica nacional e internacional sobre determinado tema de pesquisa, com a identificação de autores, coautores, instituições, recortes geográficos e temporais (Bufrem& Prates, 2005)por meio da construção e da análise demapas bibliométricos (Van Eck & Waltman, 2009).

Os principais indicadores bibliométricos baseiam-se na apuração do volume de publicações de:citações, coautorias, acoplamento bibliográfico, cocitações, coocorrência de palavras-chave, autores,journals e instituições(Okubo, 1997; Soares, Picolli,&Casagrande, 2018) que possibilitam a concepção de redes sociais com caráter quantitativo, por meio de representações científicas baseadas em mapas de similaridades (Capobiango, Silveira, Zerbato,& Mendes, 2011).

A análise de citações é considerada área mais relevante da bibliometria, uma vez que facilita a identificação e a caracterização de padrões na formação do conhecimento (Araújo, 2006). A técnica de contar referências relaciona a quantidade de citações recebidas por um autor pelo volume de trabalhos que foram citados pelo menos uma vez (Araújo, 2006).

A coautoria em artigos científicos deriva da aspiração de pesquisadores em aumentar sua produtividade científica em termos quali e quantitativos (Acedo, Barroso, Casanueva,&Galán, 2006), uma vez queevidencia a colaboração entre dois ou mais autores, gerando redes de coautorias que revelam as características da comunidade acadêmica ea

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estrutura do conhecimento, resultando em um aumento da produção científica (Silva, Durante,&Biscoli, 2017).

Outro indicador bibliométrico utilizado é o agrupamento de publicações baseando-se em unidades de acoplamento bibliográficas, desenvolvido por Kessler (1963). O agrupamento de referências utilizado pelos autores em uma publicação científica revela o ambiente intelectual que investigam e, se dois artigos empregam bibliografias semelhantes, existe uma relação implícita entre eles, evidenciando proximidade teórica e/ou metodológica (Kessler, 1965).

Henry Small apresentou um novo parâmetro para estabelecer relações entre documentos científicos: a cocitação, que consiste em identicar a frequência na qual dois documentos da literutura prévia são citados juntos pela literatura posterior, sendo uma relação constituída por autores citantes, e variam de acordo com os interesses e os padrões intelectuais do campo científico (Small, 1973).Com a análise de cocitação de autores identifica-se a estrutura intelectual de determinado domínio do conhecimento, em termos dos agrupamentos estabelecidos por padrões de cocitação acumulada na literatura científica (Jeong, Song,&Ding, 2014), contribuindo para explicar padrões de associação entre eles e acompanhar as transformações nas correntes intelectuais no decorrer do tempo (Nerur, Rasheed & Natarajan, 2008).

Outra técnica utilizada é a coocorrência de palavras-chave, referindo-se à utilização de padrões de palavras-chave como mecanismo para compreensão de estrutura de ideias dispostas nos documentos científicos(Whittaker, 1989). A análise de coocorrência de palavras-chave evidencia interações entre as palavras-chave de um documento científico diante da mensuração da força dos links de coocorrência de palavras-chave (Su &Lee, 2010), sendo utilizada para examinar a rede de conceitos de tópicos e tendências de pesquisa (Ding, Chowdhury,&Foo, 2001).

Diante das buscas de artigos que envolvessem revisões de literatura sobre intenção empreendedora, no portal de periódicos da Capes, foram encontradoso estudode Schlaegel e Koenig (2014), o qual investigaram as teorias que explicassem a propensão dos indivíduos em se tornarem empreendedores,e ode Liñán e Fayolle (2015), que realizaram análise de citações e análise temática de artigos científicos publicados na base de dados Scopus.

Perante essa lacuna existente na literatura, esta pesquisa tencionacolaborarcoma ampliaçãodesse campo de conhecimento, por meio da análise de redes bibliométricas de coautoria, de cocitação, de acoplamento bibliográfico e de coocorrência de palavras chave, e a

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utilização de outras variáveis descritivas que contribuem com a produção do conhecimento científico.

Procedimentos Metodológicos

Para mapear a produção científica sobre “entrepreneurial intention” (intenção empreendedora), realizou-se uma pesquisa de natureza exploratória e descritiva, com abordagem quantitativa, uma vez que os aspectos da produção científica são mensurados (Wallin, 2005), e do tipo bibliométrica, pois são utilizados indicadores de atividade acadêmica (Cronin, Shaw,& La Barre, 2003), como: acoplamento bibliográfico,análise de coautoria, cocitações de artigos e coocorrência de palavras (Jarneving, 2007).

O processo de pesquisa envolveu cinco fases sequenciais, conforme ilustra a figura 1.

Figura 1. Etapas da pesquisa

Fonte. Elaborado pelos autores (2018).

A primeira etapa compreendeu a escolha da base de dados e do software bibliométrico. Para identificar as tendências da literatura internacional sobre “entrepreneurial intention”, optou-se pela investigação de documentos disponíveis na base de dados Scopus, uma das mais bases relevantes e indexada ao portal da Capes, considerando o impacto do material indexado e por ser uma das opções disponibilizadas pelo software bibliométrico utilizado.

Em relação ao software bibliométrico, utilizou-se o VosViewer, versão 1.6.9, desenvolvido por Nees Jan Van Eck e Ludo Waltman, que permite a construção de mapas bibliométricos, por meio da visualização de similaridades baseado na distância entre os nós da rede analisada, de forma que quanto menor a distância entre um par de objetos maior a relação de similaridade entre eles (Van Eck&Waltman, 2009).

O software permite a criação de redes de publicação científicas, journals, autores, organizações de pesquisa, países, palavras-chave e a análise de redes bibliométricas, por meio da utilização de dados provenientes das bases Web of Science, Scopus, Dimensões, PubMed, RIS ou CrossrefJSON.

A etapa seguinte envolveu a constituição da amostra da pesquisa. O critério para busca dos documentos, indexados na base de dados da Scopus, foi a utilização do termo “entrepreneurial intention”nos campos: título, resumo ou palavras-chave, selecionando

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apenas a categoria artigos (articles), sem restrição temporal, considerando todos os registros da base até a data de realização da extração (22/10/2018) obtendo-se o quantitativo de 813 documentos. A terceira etapa abrangeu a coleta de dados na base, por meio da compilação de dados que foram exportados (em formato *.csv) para posterior tratamento e análise.

Na quarta etapa, utilizou-se o software Excel para tabulação de dados descritivos acerca da amostra dos artigos coletados, tais como evolução das pesquisas sobre a temática, autores, filiação e região demográfica. Para o tratamento dos dados e a construção das redes bibliométricas, utilizou-se o software VOS Viewer.

Por fim, na quinta etapa, os dados foram analisados e mapeados por meio da análise de redes de:coautoria; cocitação, acoplamento bibliográfico e coocorrência de palavras-chave.

Resultados e Análise

Os 813 documentos científicos da amostra englobam 209 journals, 1.731 autores e coautores associados a 1584 instituições de 89 países. Apresentou-se na figura 2, a evolução temporal das publicações sobre o tema.A produção científica sobre intenção empreendedora, indexada na base Scopus, iniciou em 1993 com a publicação do artigo de Norris F. Krueger e Alan L. Carsrud, intitulado “Entrepreneurial intentions: applyingthe Theory of Planned Behaviour”, publicado no journal Entrepreneurship and Regional Development.

Figura 2. Evolução temporal das publicações.

Fonte. Elaborado pelos autores (2018). A figura 2 evidencia a atualidade do tema, uma vez que a produção científica se manteve em crescimento nos últimos 10 anos, sendo 2017 o ano que houve maior concentração das publicações (156), seguida de uma queda no volume de publicações no ano de 2018 (até a data pesquisada), o que pode indicar maturidade nas pesquisas sobre o tema.

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O ano de 2017 foi o que apresentou maior concentração da produção científica sobre o tema, com 156 documentos, distribuídos em 91 journals, indicando dispersão da produção no campo. Destacam-se os journalsAdvanced Science Letters (11 publicações), International Journal of Entrepreneurial Behavior and Research (10 publicações) e International Entrepreneurship and Management Journal (8 publicações).

Constam na base de dados, referentes ao ano de 2018, 106 artigos publicados em 73 journals, destacando-se como periódico mais produtivo o Journal of Entrepreneurship Education, com 14 publicações.

4.1 Autores com maior volume de publicações

Dos 1731 autores que compõem a amostra analisada, cerca de 84% (1.451 autores) publicaram apenas um artigo, enquanto 10,28 % (178 autores) publicaram pelo menos 2 artigos. Somente 1,04% dos autores investigados (18autores) publicaram cinco ou mais artigos. A tabela 1 apresenta os dezoito autores mais importantes, considerando o volume de publicações, e verifica-se que são poucos os autores mais produtivos na amostra investigada, supostamente com maior prestígio, e muitos os autores com pouca publicação.

Tabela 1

Autores com maior volume de publicações

Autor Qtde. de

artigos Afiliação País

Liñán, Francisco 13

Lord Ashcroft International Business

School Reino Unido

Fayolle, Alain 11 Emlyon Business School França

Kolvereid, Lars 8 NordUniversity Noruega

Kickul, Jill R. 8 University of Southern California Estados Unidos

Obschonka, Martin 8 Friedrich Schiller UniversitatJena Alemanha Rodrigues, Ricardo Gouveia 7 Universidade da Beira Interior Portugal

Shinnar, Rachel Sheli 7 AppalachianStateUniversity Estados Unidos

Raposo, Mário Lino Barata 6 Universidade da Beira Interior Portugal

Hsu, Dan Kai 6 AppalachianStateUniversity Estados Unidos

Janssen, Frank 6 UniversiteCatholique de Louvain, Bélgica

Jebarajakirthy, Charles 6 Griffith University Austrália

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Ratten, Vanessa 6 La TrobeUniversity Austrália

Dinis, Anabela 5 Universidade da Beira Interior Portugal

Phipps, Simone T.A. 5 GeorgiaStateUniversity Estados Unidos

Prieto, Leon C. 5 Clayton StateUniversity Estados Unidos

Solesvik, Marina Z. 5 NordUniversity Noruega

Zampetakis, Leonidas A. 5 PolytechnionKritis, Management

Systems Laboratory Grécia

Fonte: Elaborado pelos autores (2018).

O autor com a quantidade de publicações mais expressiva é Francisco Liñán, associado à Lord Ashcroft International Business School, em Reino Unido, com treze artigos publicados. Em seguida, tem-se Alain Fayolle da instituição francesa Emlyon Business School, com onze artigos e os autores com oito publicações: Lars Kolvereid, Jill R.Kickul e MartinObschonka, associados respectivamente à NordUniversity (Noruega), University of Southern California (Estados Unidos) e Friedrich Schiller Universitat Jena( Alemanha).

Os Estados Unidos são o país com maior volume de autores publicando na área, com destaque para Jill R. Kickul (8 artigos) afiliado à University of Southern California, Rachel SheliShinnar (7 artigos) e Dan Kai Hsu (6 artigos) ambos afiliados à Appalachian State University, Simone T. A. Phipps (5 artigos) vinculada à Georgia Stat eUniversitye Leon C. Prieto (5 artigos) associada à Clayton StateUniversity.

4.2 Principais periódicos

Os 813 documentos que compõem a amostra estão distribuídos em 209 fontes de publicação. Tendo em vista a dispersão da produção científica sobre intenção empreendedora, optou-se por organizar as 209 fontes de publicações em três grupos considerando a quantidade de publicações.

O primeiro grupo é composto por periódicos com pelo menos dez publicações. Já o segundo grupo é constituído por periódicos que contemplam entre dois e nove publicações. Por sua vez, os artigos com apenas uma publicação foram reunidos no terceiro grupo. A tabela 2 evidencia as fontes de publicação com maior volume de artigos na amostra ora investigada.

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Tabela 2

Principais fontes de publicações

Fontes de publicação

Qtde. de artigos

Grupo 1 - 21 journals

433

International Journal of Entrepreneurship and Small Business

46

International Entrepreneurship and Management Journal 42

Educationand Training

37

Journal of EntrepreneurshipEducation 33

International Journal of Entrepreneurial Behaviourand Research 32

Journal of Small Business and Enterprise Development 30

Journal of Small Business Management

28

Entrepreneurship Theory and Practice 19

Small Business Economics

19

Journal of Business Venturing 17

Journal of Entrepreneurship in Emerging Economies 15

Industryand HigherEducation 14

Journal of Small Business and Entrepreneurship 13

International Small Business Journal Researching Entrepreneurship 12

Entrepreneurship and Regional Development 11

International Journal of Gender and Entrepreneurship 11

Journal of DevelopmentalEntrepreneurship 11

Problems and Perspectives in Management 11

Academyof Entrepreneurship Journal 11

International Journal of Entrepreneurial Venturing 11

Journal of Entrepreneurship 10 Grupo 2 - 81 journals 273 Grupo 3 - 107 journals 107 Total: 209 journals 813

Fonte: Elaborado pelos autores (2018).

Em relação às fontes de publicação, verifica-se que os vinte e um journals que compõem o grupo 1 concentram 53% das publicações (433 artigos) que integram a amostra, com destaque para: International Journal of Entrepreneurship and Small Business (46 artigos)International Entrepreneurship and Management Journal (42artigos), Education and Training (37artigos), Journal of EntrepreneurshipEducation (33artigos), International Journal ofEntrepreneurialBehaviour and Research (32artigos), todos com mais de trinta artigos publicados no período analisado (tabela 2).

O segundo grupo constituído 273 artigos (34% da amostra), do que se obtém uma média de 3,37 artigos para cada fonte de publicação, enquanto o último grupo é formado por 107 periódicos, com 107 artigos publicados (13% da amostra).

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Estes resultados indicam forte dispersão da produção científica, uma vez que poucos journals concentram maior volume de publicações sobre o tema, sendo considerados os mais produtivos.

4.3 Obras de maior impacto

Após vinte e cinco anos da primeira publicação, sobre intenção empreendedora por Norris F. Krueger e Alan L. Carsrud, intitulada “Entrepreneurial intentions: Applying the Theory of PlannedBehaviour”, a produção científica encontra-se dispersa.

Foram elencadas, na tabela 3, as publicações mais influentes sobre a temática, considerando o volume de citações recebidas por outros artigos publicados em journals indexados na base Scopus. Utilizou-se como critério de corte, o número mínimo de 200 citações no período analisado, resultando em 16 documentos.

Tabela 3

Obras de maior impacto

Autor(es) e Ano Título Periódico Qtde. de

citações Krueger, N. F., Reilly, M. D., & Carsrud, A. L. (2000) Competing models of entrepreneurial intentions Journal of Business Venturing 1292 Chen, C. C., Greene, P. G., & Crick, A. (1998)

Does entrepreneurial self-efficacy distinguish entrepreneurs from managers? Journal of Business Venturing 861 Souitaris, V., Zerbinati, S., & Al-Laham, A. (2007). Do entrepreneurship programmes raise entrepreneurial intention of science and engineering students? The effect of learning, inspiration and resources Journal of Business Venturing 593 Wilson, F., Kickul, J., &Marlino, D. (2007)

Gender, entrepreneurial self– efficacy, and entrepreneurial career intentions: implications for entrepreneurship education

Entrepreneurship Theory and Practice

490

Liñán, F., & Chen, Y.-W. (2009)

Development and cross–cultural application of a specific instrument to measure entrepreneurial intentions

Entrepreneurship Theory and Practice

480

Krueger, N. F., & Carsrud, A. L. (1993)

Entrepreneurial intentions: Applying the theory of planned behaviour

Journal Entrepreneurship& Regional Development

471

Fayolle, A., Gailly, B., &Lassas Clerc, N. (2006)

Assessing the impact of entrepreneurship education programmes: a new methodology

Journal of European Industrial Training

335

Lütje, C.; Franke, N. (2003)

The ‘making’ of an entrepreneur: testing a model of entrepreneurial intent among engineering students at MIT

R and D Management 307

Mcgee, J. E.; Peterson, M. Mueller, S. L.; Sequeira, J. M. (2009)

Entrepreneurial self–efficacy: refining the measure

Entrepreneurship Theory and Practice

(14)

Gupta, V. K.; Turban, D. B.; Wasti, S. A.; Sikdar, A. (2009)

The role of gender stereotypes in perceptions of entrepreneurs and intentions to become an entrepreneur Entrepreneurship Theory and Practice 264 Segal, G.; Borgia, D.; Schoenfeld, J. (2005)

The motivation to become an entrepreneur

International Journal of Entrepreneurial Behavior & Research

243

Davidsson, P. (1995) Culture, structure and regional levels of entrepreneurship

Journal Entrepreneurship& Regional Development

239

Tkachev, A.; Kolvereid, L. (1999)

Self-employment intentions among russian students

JournalEntrepreneurship& Regional Development

224

Anna, A.L.; Chandler, G. N.; Jansen, E.; Mero, N. P. (2000)

Women business owners in traditional and non-traditional industries Journal of Business Venturing 214 Gundry, L. K.; Welsch, H. P. (2001)

The ambitious entrepreneur: high growth strategies of women-owned enterprises

Journal of Business Venturing

213

Casrud, A.; Brännback, M. (2011)

Entrepreneurial motivations: what do we still need to know?

Journal of Small Business Management

201

Total de citações 6694

Fonte: Elaborado pelos autores (2018).

O artigo “Competingmodels of entrepreneurialintentions” cujos autores são Norris F. Krueger, Michael D. Reilly e Alan L. Carsrud(2000),é considerado o trabalho de maior impacto pois recebeu 1292 citações. Com 861 citações, tem-se o artigo “Does entrepreneurialself-efficacydistinguish entrepreneurs from managers?” de Chao C. Chen, Patricia G. Greene, P. G. eAnn Crick (1998). O terceiroartigo de maiorimpacto é“Do entrepreneurship programmes raise entrepreneurial intention of science and engineering students? The effect of learning, inspiration and resources”deVangelisSouitaris, Stefania Zerbinati, S. e Andreas Al-Laham(2007)com 593 citações. Ambos os artigos foram publicados no Journal of Business Venturing.

Dos seis artigos de maior impacto, os autoresNorris F. Krueger e Alan L. Carsrud estão presentes como autor e coautores em dois deles, validando sua importância para as pesquisas sobre intenção empreendedora.

Vale destacar que o journalmais influente, em relação às publicações acerca da intenção empreendedora, é o Journal of Business Venturing, que apresenta cinco das dezesseis obras mais citadas. Entretanto, o autor com maior volume de publicações sobre a temática, Francisco Liñán (13 artigos), aparece na Tabela 3 com apenas umartigoconsiderado como mais influente - Development and cross–cultural application of a specific instrument to measure entrepreneurial intentions - com 480 citações. A partir daí, infere-se que a baixa

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influência das pesquisas de Francisco Liñánpode ter sido provocada pela não publicação das mesmas no Journal of Business Venturing.

4.4 Redes de coautoria

As redes de coautoria são consideradas um indicador de colaboração científica (Croninet al., 2003), uma vez que compreendea associação de dois ou mais autores na produção de uma pesquisa, concebendo uma rede social de autores queauxiliam no desenvolvimento científico de determinada área do conhecimento (Acedo et al., 2006, Toledo& Domingues, 2018).

O mapeamento das redes bibliométricas apoia-se em círculos (nós), linhas (arestas) e clusters. O tamanho dos círculos retrata a importância do sujeito e as linhas representam a ligação entre os sujeitos. Por sua vez, a cor de cada círculo caracteriza o cluster, representado por uma cor, e a espessura das bordas das linhas corresponde a frequência com que os assuntos aparecem juntos (Silva, Ablanedo-Rosas,& Rossetto, 2018).

Mapearam-se as redes de coautoria, considerando autores com pelo menos um artigo na amostra e trinta citações a suas obras. Com este filtro, foi gerada uma rede com 25autores dispostos em oitoclusters, conforme vê-se pela Figura 3. O tamanho dos círculos denota o volume de publicações de cada autor na amostra, com evidência para Francisco Liñán, Alain Fayolle e Lars Kolvereid.

Figura 3. Redes de coautoria.

Fonte. Elaborado pelos autores (2018).

O primeiro cluster (cor vermelha), formado por seis autores, centraliza-se em Lars Kolvereid, e tem como demais participantes, os pesquisadores: Tatiana Iakovleva, Ute

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Stephan, Juan AntonioMoriano, ØysteinMoene Alexei Tkachev. No segundo cluster (cor verde),também constituído por seis autores, destaca-se a participação de Francisco Liñáncom maior quantidade de links com os demais autores da rede, quais sejam: Juan Carlos Rodríguez-Cohard, Francisco J. Santos, José M. Rueda-Cantuche, Jose Fernándeze Yi-Wen Chen. O terceiro cluster (cor azul escuro), formado por quatro autores, tem links concentrados em torno de Marina Z. Solesvik, seguida de Paul Westhead, Harry Matlay e Vladimir N. Parsyak. Os próximos clusters reuniram a participação de três autores. O quarto cluster (cor amarela) conta com a participação de Maribel Guerrero, David Urbano e JosepRialp, sendo que os dois primeiros possuem a mesma quantidade de links. Já o quinto cluster (cor lilás)é constituído em torno de Ghulam Nabie com participação de Rick Holden e Andreas Walmsley. Enquanto o último cluster (cor azul claro) polariza-se em torno de Alain Fayolle, com participação de Benoît Gailly e Narjisse Lassas-Clerc.

4.5 Redes de cocitação

A análise de cocitações proporciona a identificação de afinidade intelectual entre os autores e do acúmulo de contribuições sobre questões específicas de pesquisa, sendo considerada um indicador bibliométrico de medida de proximidade entre autores (Neruret al., 2008). A figura 4revela a rede de cocitações entre os autores, considerando como parâmetro de corte o número de 100 citações por autor, gerando uma rede de 116 autores distribuídos em quatroclusters.

Figura 4. Redes de cocitação.

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O primeiro cluster (cor vermelha)foi formado por 43 autores, sendo os mais relevantes, nesta ordem:Icek Ajzen, Francisco Liñán,Norris F. Krueger, Lars Kolvereid, Alan L. Carsrud e Alain Fayolle. Considerando as investigações realizadas por estes pesquisadores, tem-se Icek Ajzen como precursor da Teoria do Comportamento Planejado, modelo utilizado por pesquisadores do grupo para explicar a formação intenção empreendedora.

O segundo cluster (cor verde)foi constituído por 29 autores, evidenciando-se como mais citados, nesta ordem:Per Davidsson, William B. Gartner e Erkko Autio. Estes autores vêm desenvolvendo pesquisas sobre intenção empreendedora envolvendo aspectos culturais, econômicos e sociais.

O terceiro cluster (cor azul escuro)agrupou28 autores sendo os mais citados: Scott Shane, Dean A. Shepherd, Robert Alan Baron e Barbara Bird. As investigações realizadas por estes autores estãorelacionadas ao processo empreendedor, envolvendo a intenção, o comportamento, a orientação e a educação empreendedora.

O último cluster (cor amarela), instituído por 16 autores, cujos mais citados foram: Albert Bandura, Jill Kickul e HaoZhao. A Teoria Cognitiva Social (Bandura, 1989) introduziu o conceito deself-efficacy, contribuindo para as pesquisas na área,ao investigar a influênciadaautoeficáciano interesse do indivíduo em seguir a carreira empreendedora.

Utilizando a análise temática de Liñán e Fayolle (2015), infere-se queas pesquisas referentes: (i) aosclusters 1 e 4 se enquadram no grupo 1 (modelo central), posto que os artigos abordam questões teóricase metodológicas que influenciam na intenção empreendedora como a autoeficácia e a TCP; (ii) ao cluster 2 correspondem ao grupo 4 (contexto e instituições), uma vez que evidenciam a influência do ambiente local, cultural ou institucional na formação da intenção empreendedora; (iii) ao cluster 3 associam-se ao grupo 3 (educação empreendedora) ao investigar a influência da educação empreendedora na intenção e ao grupo 5 ( processo empreendedor), ao reconhecer o empreendedorismo como um processo e investigar o vínculo entre intenção e comportamento empreendedor.

4.6 Redes de acoplamento bibliográfico

Outro indicador bibliométrico utilizado nesta pesquisa foi a rede de acoplamento bibliográfico entre os autores da amostra, que proporciona um entendimento mais amplo acerca da estrutura e da evolução das redes de conhecimento científico (Grácio, 2016).

Participaram da rede de acoplamento bibliográfico, autores com pelo menos quatro documentos indexados na base de dados e trinta citações, gerando uma rede de trinta e um

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autores, agrupados em seisclusters (Figura 5). Cada pesquisador integrante de um cluster tende a citar os mesmos autores que os demais participantes do mesmo cluster.

Figura 5. Rede de acoplamento bibliográfico.

Fonte: Elaborado pelos autores (2018).

O primeiro cluster (cor vermelha), reuniu 11 pesquisadores, são os mais produtivos Francisco Liñán (Reino Unido), Allain Fayolle (França) e Lars Kolvereid (Noruega). No segundo cluster (cor verde), constituído por sete autores, destacam-se: Ricardo Rodriguese Mario Raposo,ambos da Universidade da Beira Interior em Portugal, e Vanessa Ratten (Austrália).No terceiro cluster(cor azul escuro), formado por cinco autores, tem-se MartinObschonka com oito documentos na amostra, e os demais autores: Mirjam Knockaert (Noruega),MarcusWagner (EUA), UweCantnere Rainer K.Silbereisen, R. K. com quatro documentos na amostra, sendoMartin Obschonka, Cantner U. e Rainer K. Silbereisenassociados à Friedrich Schiller Universitat Jena na Alemanha.

O quarto cluster (cor amarela)reuniu quatro autores:JillKickul.,Leon C. Prieto, Lisa K. Gundry e Saulo D. Barbosa., sendo os três primeiros vinculados às instituições norte-americanas e o último à universidade francesa. O quinto cluster (cor lilás)reuniu os autores Leonidas A.Zampetakis (Grécia) com cinco documentos e Konstantinos Kafetsios (Reino Unido) com quatro documentos. O último cluster (cor azul claro), também reuniu dois autores, ambos com quatro documentos: Maribel Guerrero, M.vinculado à University of

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Northumbria (Reino Unido) e David Urbano associado à Universitat Autònoma de Barcelona (Espanha).

4.7 Redes de coocorrência de palavras-chave

Para analisar a rede de coocorrência de palavras chave e identificar o conjunto de tópicos sobre intenção empreendedora que demonstram uma relação entre si e com os demais termos, formou-se um rede restrita a palavras-chave com no mínimo oito ocorrências, o que resultou em cinquenta e duaspalavras-chave, agrupadas em cincoclusters, conforme figura 6. Por meio dessas redes, é possível mapear possíveis linhas de pesquisa sobre intenção empreendedora, uma vez que são as palavras de maior frequência.

Figura 6. Redes de coocorrência de palavras-chave.

Fonte. Elaborado pelos autores (2018).

O primeiro cluster (cor vermelha) agrupou dezesseis palavras-chave, e as que obtiveram mais ocorrência foram: entrepreneurial intentions, self-efficacy, Theory of Planned Behavior, social entrepreneurship, academicentre preneurshipe intentions. Este conjunto sugere pesquisas que abordam a intenção empreendedoravoltada para negócios sociais com estudantes, sobre a perspectiva da Teoria do Comportamento Planejado (Ajzen, 1991) e do conceito deautoeficácia.

O segundo cluster (cor verde) reuniu 14 palavras-chave com destaque para: entrepreneurial intention, entrepreneurialeducation, Theory of Planned Behavior, academicentre preneurshipe intention.A linha de pesquisa que tais palavras se voltam para

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utilização a Teoria do Comportamento Planejado para explicar a possível associação entre intenção e educação empreendedora com estudantes.

O terceiro cluster (cor azul escuro) foi constituído por 11 palavras-chave, sendo as mais citadas: gender, entrepreneuralism, students, education, entrepreneurs e atittudes. Estas palavras permitem inferir o desenvolvimento de pesquisas no campo do empreendedorismo, destacando possíveis diferenças na atitude empreendedora de estudantes em relação ao gênero, uma vez que o envolvimento feminino nas atividades empreendedoras é cada vez mais presente nas pesquisas sobre propensão empreendedora de mulheres (Bernardo, Ramos,&Vils, 2019).

O quarto agrupamento (cor amarela) reuniu 7 palavras-chave, e as que ocorreram com maior frequência, nesta ordem, foram:entrepreneurship, universitystudents, Malaysia, culture, self-employment, universitiese perceiveddesirability. Mais um agrupamento que aborda a intenção empreendedora de estudantes, que pode ser influenciada pelo aspecto cultural (auto emprego como opção de carreira),utilizando aperspectiva do Modelo de Evento Empresarial de Shapero (1982), pela ocorrência do termo perceiveddesirability (percepção da desejabilidade).

O último cluster (cor lilás)agrupou as seguintes palavras-chave: entrepreneurial self-efficacy, creativity, personalitytraitsefamily business.Este conjunto de palavras possibilita inferir que há linhas de pesquisa que investigam ostraços de personalidade como preditores do comportamento empreendedor, envolvendocomo características a autoeficácia e a criatividade nosnegócios familiares.

Considerações Finais

Os dados coletados proporcionaram uma análise das redes bibliométricas acerca da produção científica internacional sobre intenção empreendedora, considerando os artigos indexados na base de dados Scopus.

Das 813 publicações sobre intenção empreendedora, a primeira ocorreu em 1993, intitulada “Entrepreneuria lintentions: applying the Theory of Planned Behaviour” de autoria de Norris F. Krueger e Alan L. Carsrud. Na década de 1990, a produção científica foi incipiente comapenas 8 publicações. Um maior interesse pelo tema ocorreu a partir dos anos 2000, com destaque para o ano de 2009 (23 publicações),no qual verificou-se um aumento significativo (década de 2000 - 65 publicações), e entre 2010 a 2018 com a publicação de 740 pesquisascompreendendo o tema intenção empreendedora.

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Em relação ao autor com maior volume de publicações, identificou-se como autor mais prolífico Francisco Liñán, atualmente, associado à Lord Ashcroft International Business School, no Reino Unido, porém suas publicações não estão entre as mais citadas pelo fato de não terem sido publicadas no journal mais influente da área - Journal of Business Venturing.

Os journals que concentrarammaior volume de publicações foramrespectivamente: International Journal of Entrepreneurship and Small Business (46) International Entrepreneurship and Management Journal (42), Education and Training (37), Journal of Entrepreneurship Education (33) eInternational Journal ofEntrepreneurial Behaviour and Research (32).

Com o mapeamento das redes de coautoria, verificou-se a existência de oito clusters de colaboração de pesquisa, evidenciando a concentração das pesquisas no campo, com destaque para os autores Francisco Liñán, Alain Fayolle e Lars Kolvereid.

Por meio das redes de cocitação foi possível identificar as similaridades entre os pesquisadores, uma vez que os artigos científicos analisados foram agrupados em quatro clusters: o primeiro cluster envolve pesquisas que utilizam a Teoria do Comportamento Planejado para explicar o processo de formação da intenção empreendedora. Osegundo cluster, compreende pesquisas sobre intenção empreendedora sob as perspectivas cultural, econômica e social. Já o terceiro cluster apresenta investigações relacionadas à estrutura conceitual do empreendedorismo, envolvendo a intenção, o comportamento, a orientação e a educação empreendedora. Por sua vez, as investigações que formam o quarto clustercompreendemos antecedentes individuais que influenciam no interesse do indivíduo em seguir a carreira empreendedora.

Quanto ao acoplamento bibliográfico, verificou-se a heterogeneidade dos grupos de pesquisa com destaque para autores afiliados às instituições europeias, tendo Francisco Liñán como o autor com maior quantidade de artigos acoplados.

A temática central dos artigos científicos e as cinco linhas de pesquisas conduzidas pelos autores foram identificadas por meio da rede de coocorrência de palavras-chave. A primeira linha sugere pesquisas que abordam a intenção empreendedora voltada para negócios sociais, sobre a perspectiva da psicologia social. A segunda linha utiliza a Teoria do Comportamento Planejado (Ajzen, 1991) para explicar a possível associação entre intenção e educação empreendedora. Por sua vez, a terceira linha de pesquisa compreende o desenvolvimento de pesquisas no campo do empreendedorismo, destacando possíveis diferenças na intenção empreendedora em relação ao gênero. A quarta linha desenvolve pesquisas sob a perspectiva do empreendedorismo, ao utilizar o Modelo de Evento

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Empresarial (Shapero, 1984) para predizer a intenção empreendedora. A última linha de pesquisa investiga os traços de personalidade como preditores do comportamento empreendedor.

Por se tratar de um estudo bibliométrico, esta pesquisa apresenta como contribuição acadêmica a ampliação do conhecimento na área,por meio da utilização de redes sociométricas, evidenciando a evolução dos estudos relacionados à intenção empreendedora, suscitando o desenvolvimento de pesquisas futuras mais focadas e objetivas.

Destacam-se como limitações da pesquisa: a) a utilização da base de dados Scopus como única fonte de coleta de dados; b) não foram selecionados periódicos específicos da área de Administração e Negócios; c) não foi possível delinear o panorama da produção científica nacional sobre intenção empreendedora; e d) a escolha das palavras-chave, pois outros documentos científicos podem ter sido desconsiderados da amostra.

Sugere-separa pesquisas futuras, a realização de estudoscom outras metodologiase bases de dados (nacionais e internacionais), visando à construção de um portfólio bibliográfico de forma que se explore, de forma minuciosa, as linhas de pesquisa sobre intenção empreendedora, além de apresentar a contribuição dos autores brasileiroscom suas perspectivas de pesquisa que auxiliem na sistematização e na categorização do arcabouço teórico sobre intenção empreendedora.

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Submetido em: 21.01.2019 Aceito em: 08.05.2019

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Figura 1. Etapas da pesquisa  Fonte. Elaborado pelos autores (2018).
Figura 2. Evolução temporal das publicações.
Figura 3. Redes de coautoria.
Figura 4. Redes de cocitação.
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