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Estudo da prevalência da dor crónica em estudantes do 9º ano

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR

Ciências da Saúde

Estudo da prevalência da dor crónica em

estudantes do 9º ano

Rita Sofia da Rocha Reigota

Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em

Medicina

(ciclo de estudos integrado)

Orientadora: Dr.ª Susana Abreu Macedo

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Agradecimentos

A todos os que me apoiaram durante estes seis anos e durante a realização desta dissertação para obtenção do grau de mestre, agradeço a paciência e o apoio.

Especificamente, à Dr.ª Susana Abreu, o meu muito obrigada pelos ensinamentos, apoio e disponibilidade incondicionais, essenciais à concretização deste trabalho.

Ao Dr. Miguel Freitas, pelo tempo despendido no tratamento estatístico e explicação dos dados.

Ao Prof. Dr. Miguel Castelo Branco, por ter colaborado para o processo de aceitação do estudo por parte da Direção Geral de Educação.

Ao Dr. Hans van der Wouden, por ter partilhado o questionário desenvolvido e aplicado anteriormente por ele e seus colegas.

Aos professores Aníbal Mendes e Maria José Mugeiro, que contribuíram para que o estudo fosse concretizado, através da disponibilização de todos os meios para a execução das tarefas inerentes ao processo.

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Resumo

Introdução: A dor, definida pela Associação Internacional para o Estudo da Dor como

“experiência desagradável sensorial e emocional, associada a lesão tecidual, real ou potencial, ou descrita em termos de tal lesão”, é atualmente vista como um problema de saúde pública. Em Portugal, a prevalência de dor crónica na população adulta é de 36,7%. Estudos realizados noutros países apontam para uma prevalência de 15% a 25%, em crianças e adolescentes. Estando associada a diminuição da assiduidade escolar, fraco aproveitamento escolar, distúrbios de sono e apetite e problemas sociais, foi sentida a necessidade de levar a cabo um estudo da sua prevalência em Portugal, de modo a ser possível implementar-se medidas para o controlo dos seus efeitos.

Objetivos: estudar a frequência da dor nos estudantes do 9.º ano nas escolas da Covilhã,

caracterizá-la em relação à sua distribuição por género, meio de residência, localização, duração e medidas tomadas para a combater e comparar os resultados com outros obtidos noutros países.

Métodos: foi realizado um estudo observacional retrospetivo, entre fevereiro e maio de 2015,

através de um questionário de autopreenchimento numa amostra por conveniência de alunos do 9.º ano de escolas do concelho da Covilhã. Foram considerados válidos 182 questionários.

Discussão: 87% dos adolescentes reporta dor nos últimos 3 meses e, destes, 42% reporta dor

crónica, sendo mais frequente em raparigas. Localizações como a cabeça, costas e membros são as que mais incomodam. Mais de metade dos adolescentes reporta dores pelo menos uma vez por semana. A intensidade média verificada é de 5,5 ± 1,7, avaliada pela escala visual analógica. Quase um terço dos inquiridos consulta um médico, sendo que este valor é significativamente mais elevado em meio rural e nas intensidades de dor mais elevadas. O uso de medicação verifica-se em cerca de 43% dos casos, sendo significativamente mais elevado nas raparigas, nos residentes nos meios urbano e semiurbano, e na cotação de dor mais elevada. Mais de um terço dos que sofrem de dor crónica refere dor grave.

O estudo revela que a dor é um problema prevalente entre os adolescentes do concelho da Covilhã. É essencial realizar estudos semelhantes em outras regiões do país, para se ter uma visão nacional do problema, abordar outras faixas etárias, avaliar a presença de fatores desencadeantes de dor e a repercussão funcional nos indivíduos afectados.

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Abstract

Introduction: Pain, defined by the International Association for the Study of Pain as “an

unpleasant sensory and emotional experience associated with actual or potential tissue damage, or described in terms of such damage”, is nowadays seen as a public health issue. In Portugal, the prevalence of chronic pain in adults is 36,7%. Studies performed in other countries indicate a prevalence from 15% to 25%, in children and adolescents. Being associated with diminished school attendance, low educational achievements, sleep and appetite disturbances and social problems, a need to undertake a prevalence study in Portugal was felt, in order to be possible to implement measures to control its effects.

Objectives: to study the prevalence of pain in 9th grade students in Covilhã’s schools, to

characterize it according to its distribution by gender, area of residence, location, duration and measures taken to fight it and to compare the results with those obtained in other countries.

Methods: a retrospective observational study was performed, between February and May

2015, through a self-report questionnaire, in a convenience sample of 9th grade students of

schools in the country of Covilhã. One hundred and eighty two questionnaires were considered valid.

Discussion: 87% of students reports pain in the last 3 months. Among these, 42% refers

chronic pain, which is more frequent in girls. Locations like head, back and limbs are the most bothersome. More than a half of adolescents reports pain at least once a week. The median intensity observed is 5,5 ± 1,7, assessed by a visual analogue scale. Almost a third of the respondents see a doctor, and this figure is significantly higher in rural areas and for higher pain intensity. The use of medication is observed in about 43% of the students, and it is significantly higher among girls, those who live in urban and semi-urban areas and more intense pain. More than a third of those suffering from chronic pain refer severe pain. The study finds that pain is a prevalent problem among teenagers in Covilhã. It is essential to carry out similar studies in other regions of Portugal in order to have a national overview concerning this subject, to approach other age groups and to assess the presence of pain triggers and functional impairment in affected individuals.

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Índice

Introdução 1 Objetivos 2 Materiais e métodos 2 Tipo de estudo Questionário 2 2 Amostra 3

Análise dos questionários 4

Resultados 4 Dor única 5 Dor múltipla 6 Características da dor 7 Consulta médica 10 Toma de medicação 10

Dor crónica grave 11

Discussão 11 Conclusão 14 Bibliografia 16 Anexo 1 a Anexo 2 b Anexo 3 d Anexo 4 g

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Lista de Figuras

Figura 1 – Prevalência de indivíduos que reporta dor nos últimos 3 meses, de acordo com a localização da dor mais importante e sexo, para aqueles que referem dor crónica de localização única.

Figura 2 - Prevalência de indivíduos que reporta dor nos últimos 3 meses, de acordo com a localização da dor mais importante, para aqueles que referem dor crónica de localização múltipla.

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Lista de Tabelas

Tabela 1 – Distribuição de alunos do 9.º ano no concelho da Covilhã, por meio.

Tabela 2 – Distribuição do número de questionários por escola.

Tabela 3 - Prevalência de dor nos últimos 3 meses por sexo.

Tabela 4 - Percentagem de localizações referidas, por dor única e dor múltipla.

Tabela 5 - Duração da dor por sexo.

Tabela 6 - Intensidade média da dor para dor crónica e não crónica, por sexo, localização, dor única/múltipla e meio de residência.

Tabela 7 - Intensidade média da dor, para os que consultam e não consultam um médico.

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Lista de Acrónimos

IASP International Association for the Study of Pain SPSS® 22 Statistical Package for Social Sciences versão 22

NoLocM Número de localizações múltiplas

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Introdução

Na atualidade, a dor crónica é vista como um dos maiores problemas de saúde pública. Ao contrário da dor aguda, não é um sinal de alerta para um perigo, provocando respostas de fuga ou de expressão que visam obter auxílio. Pelo contrário, a dor crónica não visa a manutenção da homeostasia, provoca alterações da qualidade de vida e está relacionada com percepção de mau estado de saúde. Alterações no processamento de estímulos e o desequilíbrio entre vias facilitadoras e inibidoras da dor, parecem estar na sua origem. Por isso, desde René Leriche, é considerada como uma doença por si só(1).

Segundo a IASP (2), a dor é descrita como uma “experiência desagradável sensorial e emocional, associada a lesão tecidual, real ou potencial, ou descrita em termos de tal lesão”. A ausência de lesão ou a sua aparente cura origina perplexidade nos doentes e profissionais de saúde, que muitas vezes procuram em vão uma explicação, desconhecendo como lidar com ela (3).

Segundo Azevedo (4), em Portugal, a prevalência de dor crónica na população adulta é de 36,7%, tendo uma duração média de 10 anos e intensidade moderada a grave em 68% dos indivíduos comprometidos. É uma condição mais comum no sexo feminino, em idosos e em indivíduos de status socioeconómico mais baixo. Sendo uma condição que compromete uma porção considerável da população portuguesa e durante longos períodos de tempo, implica custos significativos nos indivíduos afetados e na sociedade, trazendo prejuízo em diversos planos, como nas responsabilidades domésticas, familiares, no trabalho, na vida social, nas atividades recreativas e até nas funções vitais básicas.

Como seria de esperar, a dor crónica tem também um elevado impacto na população infanto-juvenil, podendo comprometer a área psicossocial – fomentado stress, vulnerabilidade psicológica e ansiedade. Está descrita como associada a diminuição da assiduidade escolar, fraco aproveitamento escolar, distúrbios de sono, do apetite e problemas associados a atividades sociais (5, 6). Estima-se que 15-25% das crianças e adolescentes sofram de dor crónica ou recorrente(5). Num estudo, Hasset et al(7), realizado numa clínica de tratamento de dor, evidenciou que cerca de 17% dos adultos com dor crónica reportam história de dor crónica na infância ou adolescência, dos quais 80% ainda apresentavam a mesma queixa na altura do estudo. Também Martin et al observa que a dor crónica persiste em muitas crianças, mesmo após tratamento em clínicas especializadas: 62% da amostra continuou a ter dor, 1 a 6 anos após ter alta da clínica(8).

Em Portugal não há estudos da prevalência e das características desta condição na população mais jovem. Esta falha poderá estar relacionada com a pouca divulgação da sua prevalência e das suas consequências nesta população. Por isso foi sentida a necessidade de

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realizar este estudo, para dar visibilidade a este problema, de modo a ser possível implementar-se medidas capazes de controlar os seus efeitos.

Objetivos

1. Estudar a frequência da dor em estudantes do 9º ano nas escolas da Covilhã.

2. Caracterizar a dor em relação à sua distribuição por género, meio da residência, localização, duração e medidas tomadas para a combater.

3. Comparar o estudo com outros realizados noutros países.

Materiais e Métodos

Tipo de Estudo

Foi realizado um estudo epidemiológico do tipo observacional, indutivo, transversal e retrospetivo, entre fevereiro e maio de 2015. Para tal foi aplicado um questionário escrito, de autopreenchimento.

Questionário

O questionário usado (Anexo 4) para obtenção de dados foi traduzido pela autora, do original em inglês, utilizado no estudo “Pain in children and adolescents: a common experience” (9) (Anexo 2). Foi realizado um pré-teste numa amostra de 6 adolescentes para averiguar a existência de dificuldades de compreensão ou de preenchimento e proceder a alterações, se assim se justificasse. Como não foram reveladas dificuldades, o questionário foi mantido.

Posteriormente, foi requerida autorização para aplicação dos questionários pela Direção Geral de Educação, que foi concedida (Anexo 1).

O questionário divide-se em três partes: primeira, que recolhe dados demográficos (sexo, idade e nacionalidade do indivíduo) e a data de preenchimento; segunda, de escolha múltipla, que questiona a presença de dor nos 3 meses precedentes e a sua localização; e a terceira, de escolha múltipla, que interroga qual a localização da dor que mais incomoda (entre as referidas na parte anterior), sua duração, frequência, última vez em que se fez sentir, sua intensidade (com recurso à escala visual analógica) e se o indivíduo já consultou

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um médico ou tomou algum fármaco devido a esta dor. Para facilitar a localização da dor, foi igualmente usado um desenho do corpo humano, onde o aluno poderia assinalar a localização da ou das dores (Anexo 2, fig. 2).

Amostra

A amostra foi constituída por conveniência, pelos alunos a frequentar o 9º ano em 4 escolas da Covilhã: Escola Secundária Quinta das Palmeiras e Escola Secundária Frei Heitor Pinto, Escola Básica do Tortosendo e Escola Básica do Paúl, que representam 299 do universo de 470 alunos inscritos.

Tabela 1. Distribuição de alunos do 9.º ano no concelho da Covilhã, por meio.

Agrupamento Escola Meio N.º alunos 9º ano

Escola Secundária Quinta das Palmeiras Urbano 141

A.E. Frei Heitor Pinto

Escola Secundária Frei Heitor Pinto Urbano 76 Escola Básica do Tortosendo Semiurbano 53

Escola Básica do Paul Rural 29

Escola Secundária Campos Melo Urbano 88 A.E. A Lã e a Neve Escola Básica de S. Domingos Urbano 45 A.E. Teixoso Escola Básica do Teixoso Rural 38

Total: 470

A.E. Agrupamento de escolas

O processo foi facilitado pelos diretores de turma, que procederam à entrega dos pedidos de consentimento pelos encarregados de educação para a participação no estudo. Igualmente recolheram as autorizações devolvidas. Aos alunos que foram autorizados, foi-lhes fornecido, durante uma aula, um exemplar do questionário escrito de autopreenchimento. Foi dada informação aos professores para ser mantido o anonimato e apenas ajudarem os alunos caso eles tivessem dificuldades de interpretação.

Os critérios de inclusão no estudo incluíam ser aluno do 9º ano e ter autorização por parte do encarregado de educação para o preenchimento do questionário.

Como critérios de exclusão, lista-se a recusa de autorização por parte do encarregado de educação, dificuldades cognitivas que impediam o autopreenchimento do questionário (caso de 2 alunos da Escola Secundária Quinta das Palmeiras) e faltar à aula no dia da aplicação do questionário.

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Análise dos questionários

Os 185 questionários respondidos foram conferidos manualmente, tendo sido eliminados três por incoerência das respostas. Na análise da terceira parte dos questionários, foram ainda eliminados 25, pelas seguintes razões: não responder à questão sobre a dor que mais incomoda, referir mais do que uma dor ou referir uma dor diferente das que respondeu na questão anterior.

Para a análise estatística, recorreu-se ao software estatístico SPSS® 22, utilizando-se na estatística descritiva: frequências simples e relativas, para as variáveis nominais; média e desvio-padrão, mínimo, máximo e mediana para a variável quantitativa “intensidade de dor”.

Na estatística indutiva, para as variáveis nominais optou-se pelo teste de qui--quadrado exceptuando os casos de variáveis dicotómicas em que se preferiu a Prova Exacta de Fisher. A variável “intensidade de dor” não apresentou distribuição normal, pelo que se optou pelo teste não-paramétrico de Mann-Whitney.

Foi considerado como significância estatística o valor de p<0,05.

Resultados

Foram distribuídos 185 questionários, sendo que 182 foram considerados válidos para integrar a amostra (cerca de 61% do número total de alunos do 9.º ano das escolas selecionadas).

Tabela 2. Distribuição do número de questionários por escola.

Esta era constituída por adolescentes de idade média de 14,6 ± 0,76 anos (mínimo de 14 e máximo de 18 anos), sendo 52,2% raparigas. A nacionalidade portuguesa era a de 96,2 %

Distribuição do número de questionários por escola

Escola Frei Heitor Pinto Tortosendo Paúl Quinta das Palmeiras

Meio Urbano Semiurbano Rural Urbano

N.º alunos 9º ano 76 53 29 141

N.º questionários

obtidos 28 42 28 87

N.º questionários

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dos alunos. Em relação ao meio, 62,1% dos alunos eram de meio urbano, 22,5% de meio semiurbano e 15,8% de meio rural (Anexo 4, tabelas 1, 2 e 3).

Dos 182 inquiridos, 87,4% referiram presença de dor nos últimos 3 meses (90,5% das raparigas e 83,9% dos rapazes) (tabela 3). Destes, 22,6% (36/159) reportou dor numa única localização e 77,4% (123/159) reportou dor múltipla, o que inclui, para além daqueles que assinalaram várias opções, os que assinalaram a opção “dor por todo o corpo” (Anexo 4, tabela 4).

Dor única

Para quem referia dor única, as localizações mais prevalentes eram membros e costas (41,7% e 30,6%, respetivamente) (tabela 4). Dos questionários cuja terceira parte foi considerada válida, 29 indivíduos com dor única responderam à questão sobre a duração da dor: 44,8% referiram dor crónica (Anexo 4, tabela 6). As raparigas referiram que a dor que mais incomodava se localizava nas costas em 38,5% dos casos, enquanto que os rapazes referiram em 52,9% dos casos que esta se localizava nos membros (Anexo 4, tabela 7). A fig.1 apresenta a prevalência de dor nos últimos três meses, para cada localização e por sexo, dentro do grupo que tinha dor crónica única.

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Dor múltipla

Dos que referiram dor múltipla, as localizações mais vezes assinaladas foram cabeça, membros e costas (74,0%

,

57,7% e 56,1%, respetivamente) (tabela 4). Setenta e uma das raparigas e 52 dos rapazes referiram localização múltipla (82,6% e 71,2%, respetivamente) (Anexo 4, tabela 4). Noventa e oito dos 104 questionários válidos respondiam à questão relativa à duração, verificando-se que 40,8% apresentavam dor crónica (Anexo 4, tabela 8). As dores que mais incomodavam eram as de cabeça (33,7%) e costas (26,0%). Enquanto que no sexo feminino esta predominância se verifica (31,7% para a cabeça e 26,7% para as costas), o sexo masculino refere que as dores que mais incomodam são as de cabeça (36,4%) e membros (27,3%) (Anexo 4, tabela 9). A fig.2 apresenta a prevalência de dor nos últimos três meses, para cada localização e por sexo, dentro do grupo que tinha dor crónica múltipla.

O número médio de localizações múltiplas foi de 3,0 ± 1,1. Os pares de localizações que se verificam mais vezes, para os que referem apenas duas localizações de dor, são “cabeça e membros” (20,7%) e “costas e membros” (19,0%). Os rapazes referem mais “costas e membros” (25,0%) e “cabeça e membros” e “cabeça e costas” (ambos com 17,9%). Já as raparigas, referem mais vezes “cabeça e membros” (23,3%) e “cabeça e barriga” (20,0%). Nos que reportam dor crónica, os pares mais prevalentes são “costas e membros” (30,0%) e “cabeça e costas” (15,0%) (Anexo 4, tabela 10).

Fig.2. Prevalência de indivíduos que reporta dor nos últimos 3 meses, de acordo com a localização da dor mais importante, para aqueles que referem dor crónica de localização múltipla.

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Tabela 3. Prevalência de dor nos últimos 3 meses por sexo.

Tabela 4. Percentagem de localizações referidas, por dor única e dor múltipla.

Localização

Dor única Dor múltipla

Cabeça 13,9% 74,0%

Barriga 8,3% 43,9%

Costas 30,6% 56,1%

Por todo o corpo - 4,1%

Garganta - 25,2%

Ouvidos 2,8% 11,4%

Membros 41,7% 57,7%

Outra 2,8% 14,6%

Características da dor

Para a análise destes dados, foram apenas usados os questionários cuja terceira parte foi considerada válida, num total de 157.

De uma forma geral, verificou-se que as dores que mais incomodavam se localizavam na cabeça, costas e membros, com as prevalências de 28,4%, 26,9% e 22,4%, respetivamente (Anexo 4, tabela 11).

As respostas relativamente à duração da dor foram categorizadas em três grupos: 31,5% da dor reportada verificava-se há menos de 4 semanas, 26,8% tinha duração entre 4 semanas e 3 meses e 41,7% de mais de 3 meses (dor crónica). As raparigas referiram dor crónica mais vezes do que os rapazes (44,1% vs 39,0%) (tabela 5). Relativamente ao local de residência, a percentagem de indivíduos que referiu dor crónica, foi de 44,0%, 28,6% e 45,5%, para os meios urbano, semiurbano e rural, respetivamente (Anexo 4, tabela 12).

Sexo / Prevalência (últimos 3 meses)

Dor (últimos 3 meses)

Total não sim Sexo F Contagem 9 86 95 % em Sexo 9,5% 90,5% 100,0% M Contagem 14 73 87 % em Sexo 16,1% 83,9% 100,0% Total Contagem 23 159 182 % em Sexo 12,6% 87,4% 100,0%

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Tabela 5. Duração da dor por sexo.

Sexo / Duração da dor

Duração da dor Total <4semanas entre 4sem e 3meses >3meses Sexo F Contagem 22 16 30 68 % em Sexo 32,4% 23,5% 44,1% 100,0% M Contagem 18 18 23 59 % em Sexo 30,5% 30,5% 39,0% 100,0% Total Contagem 40 34 53 127 % em Sexo 31,5% 26,8% 41,7% 100,0%

Em relação à frequência da dor, de uma forma geral, 55,2% dos indivíduos responderam semanalmente, enquanto que 34,4% referiram entre semanal e mensalmente e apenas 10,4% menos de uma vez por mês (Anexo 4, tabela 13). No grupo que tinha dor crónica, 67,9% dos indivíduos sentiam-na pelo menos uma vez por semana, 28,3% entre uma vez por semana e uma vez por mês e 3,8% menos do que uma vez por mês. As raparigas relataram 63,4% de dor crónica com frequência de pelo menos uma semana, enquanto que os rapazes 73,9% (Anexo 4, tabela 14). Para os meios urbano, semiurbano e rural, a prevalência de dor crónica semanal foi de 59,4%, 100 % e 80,0%, respetivamente (Anexo 4, tabela 15). A frequência para dor não crónica foi de 50,0% para dor semanal, 37,8% entre uma vez por semana e uma vez por mês e 12,2% para menos de uma vez por mês (Anexo 4, tabela 16).

Na questão sobre a data da última vez da dor, 45,1% dos respondentes referiram “última semana” (Anexo 4, tabela 17). No grupo com dor crónica, o sexo feminino referiu mais vezes “hoje” (40,0%), enquanto que metade do sexo masculino referiu “última semana” (Anexo 4, tabela 18). Ainda neste grupo, as datas mais vezes referidas em relação ao meio foram “hoje” (meio urbano, 37,8%) e “última semana” (83,3% e 42,3%, para os meios semiurbano e rural, respetivamente) (Anexo 4, tabela 19).

Na amostra total, a intensidade média das dores reportadas foi de 5,5 ± 1,7 (Anexo 4, tabela 20). A tabela 6 apresenta a intensidade média da dor para dor crónica e não crónica, por sexo, localização, dor única/múltipla e meio de residência. A intensidade média da dor crónica foi de 5,7 ± 1,7, ao passo que a da dor não crónica foi de 5,4 ± 1,8. A intensidade da dor crónica foi superior nas raparigas em relação aos rapazes (5,9 vs 5,4). As localizações com dores crónicas mais fortes foram ouvidos (7,0), cabeça (6,1) e barriga (6,0). Relativamente ao critério dor única/múltipla, as dores crónicas de localização única tinham intensidade média de 5,7, enquanto que nas não crónicas a média era de 4,9. No caso de indivíduos com dores múltiplas, a intensidade foi de 5,7 e 5,5, para dores crónicas e não crónicas, respetivamente. Quanto ao meio de residência, as grandes diferenças verificaram-se no meio urbano, em que a intensidade média era de 5,6 para dor crónica e 5,2 para dor não crónica. Dentro dos que

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sofriam de várias dores, a intensidade média mais elevada foi verificada para indivíduos que reportavam três localizações (5,8) (Anexo 4, tabela 21).

Tabela 6. Intensidade média da dor para dor crónica e não crónica, por sexo, localização, dor única/múltipla e meio de residência.

Intensidade média da dor

Dor crónica Dor não crónica

Média Desvio padrão Média Desvio padrão

Total 5,7 1,7 5,4 1,8 Sexo Feminino 5,9 1,9 5,5 1,8 Masculino 5,4 1,4 5,3 1,7 Localização Cabeça 6,1 2,1 5,4 1,7 Barriga 6,0 1,2 5,5 1,8 Costas 5,5 1,7 5,6 1,9 Todo o corpo - - - - Garganta - - 5,5 2,1 Ouvidos 7,0 1,4 - - Membros 5,6 1,7 5,1 1,9 Outra 4,7 0,6 - - Dor única/múltipla Única 5,7 1,6 4,9 1,7 Múltipla 5,7 1,8 5,5 1,7 Meio de residência Urbano 5,6 1,8 5,2 1,7 Semiurbano 5,5 1,6 5,5 1,8 Rural 6,1 1,4 6,0 1,9

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Consulta médica

Apenas 29,9% dos indivíduos referiram ter recorrido a um médico devido à sua dor (31,5% das raparigas e 27,9% dos rapazes). Adolescentes de meio de residência rural reportaram consulta médica mais vezes (33,3%, p de prova exacta de Fisher = 0,032) (Anexo 4, tabela 22). As intensidades médias da dor para indivíduos que consultavam um médico eram significativamente mais elevadas que para os que não consultavam (6,2 com IC 95% [5,6;6,8], para 5,2 com IC 95% [4,8;5,5], respetivamente, com p de Mann-Whitney = 0,003) (tabela 7). Para o grupo com dor crónica, isto também se verificava (médias de 6,1 e 5,4, respetivamente), embora a relação não fosse significativa (Anexo 4, tabela 23), e o meio que mais reportou consulta foi o urbano (48,6%). Neste grupo, 41,5% recorreu a um médico (Anexo 4, tabela 24).

Tabela 7. Intensidade média da dor, para os que consultam e não consultam um médico.

Descritivos

Consulta médica Estatística

Intensidade da dor Não Média 5,18

95% Intervalo de

Confiança para Média Limite inferior Limite superior 4,83 5,52

Mediana 5,00

Sim Média 6,21

95% Intervalo de

Confiança para Média Limite inferior Limite superior 5,64 6,77

Mediana 6,00

Toma de medicação

Verificou-se que 42,5% dos adolescentes tomava medicação para alívio da dor. A medicação era significativamente mais usada pelas raparigas (56,2% no sexo feminino para 26,2% no sexo masculino, com p de prova exacta de Fisher = 0,001). Indivíduos de meios urbano e semiurbano reportavam 42,7% e 52,4% de uso de medicação, com p de prova exacta de Fisher de 0,017 e 0,024, respetivamente (Anexo 4, tabela 25). A intensidade média da dor era significativamente mais elevada para os que tomavam medicação (6,0 com IC 95% [5,5;6,4] para 5,1 com IC 95% [4,7;5,5], com p de Mann-Whitney de 0,008) (tabela 8). Para os adolescentes com dor crónica, a intensidade média para os que tomavam medicação era de 5,9 e para os que não tomavam era de 5,4, mas a relação não era significativa (Anexo 4, tabela 26). Para estes, também os meios que mais reportaram recorrer a fármacos foram o urbano (56,8%) e o semiurbano (66,7%). Cerca de metade dos adolescentes com dor crónica (50,9%) referem tomar medicação para alívio da dor (Anexo 4, tabela 27).

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Tabela 8. Intensidade média da dor com recurso ou não a medicação.

Descritivos

Uso de medicação Estatística

Intensidade da dor não Média 5,12

95% Intervalo de

Confiança para Média Limite inferior Limite superior 4,72 5,52

Mediana 5,00 Desvio Padrão 1,720 Mínimo 2 Máximo 10 sim Média 5,96 95% Intervalo de Confiança para Média

Limite inferior 5,51 Limite superior 6,42 Mediana 6,00 Desvio Padrão 1,684 Mínimo 3 Máximo 10

Dor crónica grave

A prevalência de dor crónica grave, que foi definida como dor com duração superior a 3 meses, de frequência semanal e de intensidade superior a 5 na escala visual analógica, foi de 38% (20 dos 53 indivíduos com dor crónica, em que 12 eram do sexo feminino e 8 do sexo masculino) (Anexo 4, tabela 28).

Discussão

Este estudo apresenta uma avaliação da prevalência de dor crónica nos adolescentes do 9.º ano de escolaridade da Covilhã.

Cerca de 61% dos alunos do 9.º ano das escolas selecionadas responderam ao questionário. Uma grande parte dos alunos (87,4%, dos quais 90,5% das raparigas e 83,9% dos rapazes) reportou presença de dor de qualquer tipo nos últimos três meses. Esta frequência vai de encontro ao que é observado em vários estudos realizados noutros países. Em dois estudos realizados em alunos dos 6 aos 18 anos e dos 10 aos 18 anos, respetivamente, em escolas alemãs, Roth-Isigkeit et al (6, 10) obteve prevalências de dor nos últimos 3 meses de 83% e 85,3% (94,5% na faixa etária equivalente à deste estudo). Huguet et al(11), num estudo epidemiológico em alunos dos 8 aos 16 anos realizado em Espanha, observou valores

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aos 13 anos, van Dijk et al observou uma prevalência de pelo menos uma dor das questionadas em 96% dos indivíduos. Valores de prevalências mais baixos, mas ainda assim muito preocupantes, são encontrados em outros estudos (68,9% no estudo holandês de Perquin et al(9) e 60,2% num estudo norueguês(5), na mesma faixa etária).

Mais de três quartos dos indivíduos referiram várias localizações dolorosas. Prevalências elevadas de dores múltiplas estão descritas no estudo de Haraldstad et al(5) e Huguet et al(11), 77% e 59,4% nos que referem dor, respetivamente.

Dos que referiram dor única (22,6%), as localizações mais comuns foram membros e costas. No grupo que apresentava dores múltiplas (77,4%), as localizações mais vezes assinaladas foram cabeça, membros e costas. Neste, os pares mais prevalentes eram “cabeça e membros” (20,7%) e “costas e membros” (19,0%). As altas prevalências destas localizações estão de acordo com o que está descrito em outros estudos na literatura(5, 6, 9-17), sendo que na maioria deles também se encontram elevadas prevalências de dor abdominal.

Dos questionários válidos, 134 responderam à questão sobre a dor que mais incomodada: cabeça, costas e membros foram os mais referidos (28,4%, 26,9% e 22,4%, respetivamente).

Entre os adolescentes com dor nos últimos 3 meses, a dor crónica foi encontrada em 41,7%, sendo as raparigas um pouco mais atingidas do que os rapazes (44,1% para 39,0%). Valores igualmente preocupantes de prevalência de dor crónica são observados em vários estudos. Perquin et al(9) e Roth-Isigkeit et al(10) observaram, em faixas etárias semelhantes à da nossa amostra, prevalência de dor crónica em 35,7% e 59,4%, respetivamente, sendo que em ambos era mais elevada para as raparigas. Outro estudo de Roth-Isigkeit(6) e o de Huguet et al(11) apresentam percentagens semelhantes (40,4% e 37,3%, dentro dos que referem dor nos últimos 3 meses). No estudo de van Dijk et al(12), foi calculada uma prevalência de 45% de dor duradoura e 6% de dor crónica definitiva, possível ou provável. No estudo de Haraldstad et al(5), foi encontrada uma prevalência de 21% de dor crónica na amostra total. Quase metade dos estudantes dos meios urbano e rural (44% e 45,5%, respetivamente) referiram duração superior a 3 meses.

Quanto à frequência da dor, cerca de metade dos inquiridos referiu dor pelo menos uma vez por semana (52,2%). Esta é superior às encontradas por Roth-Isigkeit et al (35,2% e 39,4% para a mesma faixa etária) (6, 10), e por Hirschfeld et al(17), 33%, no seu estudo em crianças alemãs, de idade compreendida entre os 3 e os 10 anos, para o mesmo critério. No grupo que apresenta dor crónica, esta percentagem sobe para 67,9%, sendo superior nos rapazes (73,9% no sexo masculino para 63,4% no sexo feminino); todos os indivíduos de meio semiurbano referem esta frequência, e nos meios rural e urbano esta equivale a 80,0% e

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59,4%, respetivamente. Também para dor crónica, a presença de dor de frequência pelo menos semanal no nosso estudo foi superior ao encontrado por Perquin et al (49%) (9).

Quase metade dos inquiridos referiu “última semana” como data da última vez que tiveram dores. Dentro do grupo com dor crónica, as raparigas referem “hoje” em 40,0% das vezes e os rapazes “última semana” em 50,0%; em relação ao meio de residência, o meio urbano refere mais “hoje” (37,8%), ao passo que os restantes referem mais “última semana” (83,3% para semiurbano e 42,3% para rural).

De uma forma geral, a intensidade média das dores reportadas foi de 5,5 ± 1,7, o que é comparável ao encontrado em outros trabalhos(6, 10, 11). O estudo de Hirschfeld et al apresenta uma intensidade média inferior (4,2 ± 3,1) (17), assim como o de Haraldstad et al, que refere uma média de 3,2 (5). No entanto verificaram-se algumas diferenças entre o grupo com dor crónica e o grupo com dor não crónica. No primeiro, a média foi um pouco mais alta (5,7 ± 1,7 para 5,4 ± 1,8). Em ambos o sexo feminino referiu dores mais intensas (5,9 e 5,5, respetivamente). Embora tenhamos obtido resultados mais elevados, as mesmas tendências ocorrem no estudo de Perquin et al, em que a dor crónica tem intensidade superior à não crónica (5,4 ± 2,4 vs 4,1 ± 2,4), e as raparigas reportam dores mais intensas, tanto num grupo como no outro(9). Relativamente às localizações com valores de intensidade mais elevados, no nosso estudo, para dores crónicas salientam-se os ouvidos (7,0), cabeça (6,1) e barriga (6,0). Para o estudo anteriormente citado(9), as intensidades para dores crónicas de ouvidos e costas são moderadas (5,9 e 5,3, respetivamente), existindo outras mais intensas. Para a dor não crónica, as localizações com dores mais fortes são costas (5,6), garganta e barriga (5,5) e cabeça (5,4). Enquanto que no primeiro grupo, a intensidade média daqueles que reportam dor única ou múltipla se assemelha (5,7), no segundo, quem tem dores múltiplas refere intensidade superior (5,5 para 4,9). Em ambos os grupos, o meio urbano refere intensidades mais elevadas (5,6 e 5,2, respetivamente).

Apenas 29,9% dos alunos refere ter recorrido a um médico devido à sua dor. Comparativamente a outros estudos, o valor verificado nas escolas da Covilhã é mais baixo: Roth-Isigkeit et al(6) referiu que 42,2%, na faixa etária equivalente à deste estudo, recorreu a um médico, e Huguet et al(11) referiu um valor de 38,3% da amostra total. No meio rural a ida ao médico foi mais elevada (33,3% com p de prova exacta de Fisher = 0,032). A intensidade média da dor daqueles que consultam um médico é significativamente mais elevada (6,2 contra 5,2, com p de Mann-Whitney = 0,003). No grupo com dor crónica, esta relação também se verifica, mas não é estatisticamente significativa. Neste grupo, o meio urbano é o que recorre mais a consultas (48,6%). A percentagem de adolescentes que sofrem de dor crónica e que recorreu a um médico, no nosso estudo, é um pouco mais baixa do que o observado noutros realizados noutros países: Huguet et al(11) refere 53,1% e van Eekelen et al, num estudo realizado na Holanda a partir dos registos de 10 clínicos gerais relativos a

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indivíduos entre os 0 e 18 anos, registou um valor de 51% (18). Hirschfeld et al observou que 53% dos que referiam dor recorrente consultavam um médico (17).

O facto de estes jovens terem consultado um médico e manterem a dor não controlada não é surpreendente. Um estudo realizado entre médicos especializados em dor e clínicos gerais no Reino Unido revelou que estes não se sentiam preparados para lidar com este problema. Uma grande parte deles acreditava que a prevalência de dor crónica na população pediátrica é inferior 5%. Além desta percepção errada, a maioria dos profissionais inquiridos referiu lacunas no conhecimento relativo à abordagem adequada da dor na criança(19).

Quanto ao uso de medicação, 42,5% dos inquiridos respondeu afirmativamente. Huguet et al(11) refere um valor semelhante (42,2%), assim como Roth-Isigkeit et al(6), que registou 41,5% no mesmo grupo etário. As raparigas referiram significativamente mais vezes recorrer ao uso de fármacos (56,2% para 26,2% nos rapazes, com p de prova exacta de Fisher = 0,001). Os adolescentes de meios urbano e semiurbano também foram os que mais responderam afirmativamente a esta questão (42,7% com p de prova exacta de Fisher = 0,017 e 52,4% com p de prova exacta de Fisher = 0,024, respetivamente). A dor para aqueles que recorriam a medidas farmacológicas era também significativamente mais intensa (média de 6,0, para 5,1 para os que não recorriam, com p de Mann-Whitney = 0,008). Naqueles com dor crónica, a intensidade para quem respondeu que tomava medicamentos era igualmente mais elevada (5,9 contra 5,4); os meios mais encontrados foram semiurbano (66,7%), seguido do urbano (56,8%). A percentagem de indivíduos com dor crónica que tomava medicamentos observada neste estudo é semelhante à de Huguet et al, 54,6%(11).

Mais de um terço (38%) dos adolescentes com dor crónica refere que esta é grave (frequência de pelo menos uma vez por semana, com intensidade superior a 5); 12 eram do sexo feminino e 8 do sexo masculino. Estes dados vão ao encontro do que foi encontrado por Perquin et al(9).

Conclusão

O presente estudo, pioneiro na avaliação de prevalência da dor crónica em adolescentes em Portugal, apresenta alguns pontos fortes: ser de autopreenchimento, recolher informação acerca das várias localizações da dor e o instrumento escolhido para recolha de dados ser de fácil e rápido preenchimento. Mesmo assim, foi necessário excluir 3 questionários por incoerência das respostas e 25 em relação à terceira parte.

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Como foi referido, não foram incluídos indivíduos com défices cognitivos que não conseguissem preencher o questionário autonomamente; a sua inclusão iria, em princípio, aumentar a frequência esperada de dor nesta população. De acordo com Matos(20), a prevalência da dor crónica em crianças com paralisia cerebral (causa importante de défice cognitivo na infância) é elevada, entre 60-78%, com uma duração média de 4,45 meses, de uma ou mais localizações e moderada a intensa em 53% dos casos.

Em relação às limitações, a principal prende-se com o facto de ser um estudo retrospetivo, o que pode introduzir vieses de memória. Os episódios de dor têm mais probabilidade de ser lembrados do que períodos de ausência de dor, pelo que experiências que ocorreram no mês anterior podem facilmente ser reportadas como se tivessem acontecido na semana passada(21). Outra limitação do estudo relaciona-se com a pesquisa de prevalência e características da dor e não com o nível de incapacidade que esta acarreta. Como o questionário só recolhe dados sobre a dor que mais incomoda o indivíduo, não se pode excluir que a prevalência de dor crónica tenha sido subestimada.

Este estudo revela que a dor, nomeadamente a dor crónica, é um problema prevalente entre os adolescentes do concelho da Covilhã. Cerca de 87% reporta dor nos últimos 3 meses, principalmente as raparigas. Dentro destes, a dor crónica está presente em 42%, principalmente em meios urbano e rural. As localizações referidas como as que mais incomodam são a cabeça, costas e membros. Mais de metade dos adolescentes refere ter dores pelo menos uma vez por semana. A intensidade média verificada é de 5,5 ± 1,7. Quase um terço dos inquiridos consulta um médico, sendo que este valor é significativamente mais elevado para meio rural e intensidades mais elevadas. O uso de medicação verifica-se em cerca de 43%, e este é significativamente mais elevado para raparigas, indivíduos de meios urbano e semiurbano e dores mais intensas. Mais de um terço dos que sofrem de dor crónica refere dor grave.

Analisando estas conclusões, seria importante realizar estudos semelhantes em outras regiões do país, para se ter uma visão nacional do problema, abordar outras faixas etárias, avaliar a presença de fatores desencadeantes de dor e a repercussão funcional nos indivíduos envolvidos.

Mas principalmente urge sensibilizar todos os que lidam com adolescentes, pais, educadores e profissionais de saúde para a dimensão deste problema. Igualmente seria essencial dar formação específica relativa à abordagem e tratamento da dor, aos profissionais de saúde que lidam com adolescentes.

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(35)
(36)
(37)

Anexo 1 - Autorização da Direção Geral de

Educação para realização do estudo.

(38)

Anexo 2 - Questionário original, utilizado no

estudo de Perquin et al.

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(40)

Anexo 3 - Questionário usado no estudo,

traduzido e adaptado do Inglês.

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Anexo 4 – Tabelas

Tabela 1. Distribuição por escola.

Escola

Frequência Percentagem

Válido Palmeiras 86 47,3

Paúl 28 15,4

Tortosendo 41 22,5

Frei Heitor Pinto 27 14,8

Total 182 100,0

Tabela 2. Distribuição por sexo.

Sexo

Frequência Percentagem

Válido F 95 52,2

M 87 47,8

Total 182 100,0

Tabela 3. Distribuição por nacionalidade.

Nacionalidade

Frequência Percentagem válida

Válido portuguesa 175 97,2 luso-brasileira 2 1,1 cabo-verdiana 1 ,6 suíça 1 ,6 brasileira 1 ,6 Total 180 100,0 Ausente Sistema 2 Total 182

Tabela 4. Dor única ou múltipla por sexo.

Sexo / Localização única ou múltipla

Nº de locais de dor Total 1 2 Sexo F Contagem 15 71 86 % em Sexo 17,4% 82,6% 100,0% M Contagem 21 52 73 % em Sexo 28,8% 71,2% 100,0% Total Contagem 36 123 159 % em Sexo 22,6% 77,4% 100,0%

(44)

Tabela 5. Localizações referidas para dor única.

Dor / Localização única

Frequência Percentagem Válido Cabeça 5 13,9 Barriga 3 8,3 Costas 11 30,6 Ouvidos 1 2,8 Braços/pernas 15 41,7 Outra 1 2,8 Total 36 100,0

Tabela 6. Duração da dor única.

Tabela 7. Localização da dor que incomoda mais por sexo, para dor única.

Sexo / Dor mais importante (dor única)

Dor mais importante

Total cabeça barriga costas ouvidos membros outra

Sexo F Contagem 1 2 5 1 4 0 13 % em Sexo 7,7% 15,4% 38,5% 7,7% 30,8% 0,0% 100,0% M Contagem 2 1 4 0 9 1 17 % em Sexo 11,8% 5,9% 23,5% 0,0% 52,9% 5,9% 100,0% Total Contagem 3 3 9 1 13 1 30 % em Sexo 10,0% 10,0% 30,0% 3,3% 43,3% 3,3% 100,0%

Duração da dor (dor única)

Frequência Percentagem válida

Válido

<4semanas 11 37,9%

entre 4sem e 3meses 5 17,2%

>3meses 13 44,8%

Total 29 100,0%

Ausente Sistema 1

(45)

Tabela 8. Duração da dor múltipla.

Duração da dor (dor múltipla)

Frequência Percentagem válida

Válido <4semanas 29 29,6 entre 4sem e 3meses 29 29,6 >3meses 40 40,8 Total 98 100,0 Ausente Sistema 6 Total 104

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Tabela 11. Prevalências da dor que mais incomoda.

Dor mais importante

Frequência Percentagem Percentagem válida

Válido cabeça 38 24,2 28,4 barriga 17 10,8 12,7 costas 36 22,9 26,9 todo o corpo 2 1,3 1,5 garganta 4 2,5 3,0 ouvidos 4 2,5 3,0 braços/pernas 30 19,1 22,4 outra 3 1,9 2,2 Total 134 85,4 100,0 Ausente Sistema 23 14,6 Total 157 100,0

Tabela 12. Duração da dor crónica por meio de residência.

Meio residência / Duração da dor

Duração da dor Total <4sem entre 4sem e 3meses >3meses Meio

residência Urbano Contagem % em Meio 33,3% 28 22,6% 19 44,0% 100,0% 37 84

Semiurbano Contagem 6 9 6 21 % em Meio 28,6% 42,9% 28,6% 100,0% Rural Contagem 6 6 10 22 % em Meio 27,3% 27,3% 45,5% 100,0% Total Contagem 40 34 53 127 % em Meio 31,5% 26,8% 41,7% 100,0%

Tabela 13. Frequência da dor por sexo.

Sexo / Frequência da dor Frequência da dor

Total < 1/m = 1/m 2 ou 3 /m = 1/sem 2 ou 3 /sem todos os dias

Sexo F Contagem 5 15 18 4 21 10 73 % em Sexo 6,8% 20,5% 24,7% 5,5% 28,8% 13,7% 100,0% M Contagem 9 6 7 14 17 8 61 % em Sexo 14,8% 9,8% 11,5% 23,0% 27,9% 13,1% 100,0% Total Contagem 14 21 25 18 38 18 134 % em Sexo 10,4% 15,7% 18,7% 13,4% 28,4% 13,4% 100,0%

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Tabela 17. Data da última vez da dor por sexo.

Sexo / Dor (última vez)

Dor (última vez)

Total hoje semana última último mês de 1 mês há mais

Sexo F Contagem 18 31 20 4 73 % em Sexo 24,7% 42,5% 27,4% 5,5% 100,0% M Contagem 16 29 10 5 60 % em Sexo 26,7% 48,3% 16,7% 8,3% 100,0% Total Contagem 34 60 30 9 133 % em Sexo 25,6% 45,1% 22,6% 6,8% 100,0%

Tabela 18. Data da última vez da dor por sexo, para dor crónica.

Sexo / Dor crónica (última vez)

Dor (última vez)

Total hoje semana última último mês

Sexo F Contagem 12 11 7 30 % em Sexo 40,0% 36,7% 23,3% 100,0% M Contagem 6 11 5 22 % em Sexo 27,3% 50,0% 22,7% 100,0% Total Contagem 18 22 12 52 % em Sexo 34,6% 42,3% 23,1% 100,0%

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(53)

Tabela 121. Intensidade média da dor por número de localizações múltiplas.

Descritivosa,b

NoLocM Estatística

Intensidade da dor 2 Média 5,29

95% Intervalo de Confiança para Média

Limite inferior 4,75 Limite superior 5,84 Mediana 5,00 Desvio Padrão 1,879 Mínimo 2 Máximo 10 3 Média 5,83 95% Intervalo de

Confiança para Média Limite inferior Limite superior 5,13 6,54

Mediana 6,00 Desvio Padrão 1,895 Mínimo 2 Máximo 10 4 Média 5,36 95% Intervalo de

Confiança para Média Limite inferior Limite superior 4,59 6,13

Mediana 5,00 Desvio Padrão 1,336 Mínimo 4 Máximo 8 5 Média 5,60 95% Intervalo de Confiança para Média

Limite inferior 3,93 Limite superior 7,27 Mediana 5,00 Desvio Padrão 1,342 Mínimo 4 Máximo 7

a. Intensidade da dor é constante quando NoLocM = 6. Foi omitida. b. Intensidade da dor é constante quando NoLocM = 7. Foi omitida.

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Tabela 22. Consulta médica por meio de residência e sexo.

Sexo / Consulta médica / Meio residência

Meio residência

Consulta médica

Total não sim

urbano Sexo F Contagem 39 16 55

% em Sexo 70,9% 29,1% 100,0%

M Contagem 24 10 34

% em Sexo 70,6% 29,4% 100,0%

Total Contagem 63 26 89

% em Sexo 70,8% 29,2% 100,0%

semiurbano Sexo F Contagem 7 1 8

% em Sexo 87,5% 12,5% 100,0%

M Contagem 8 5 13

% em Sexo 61,5% 38,5% 100,0%

Total Contagem 15 6 21

% em Sexo 71,4% 28,6% 100,0%

rural Sexo F Contagem 4 6 10

% em Sexo 40,0% 60,0% 100,0%

M Contagem 12 2 14

% em Sexo 85,7% 14,3% 100,0%

Total Contagem 16 8 24

% em Sexo 66,7% 33,3% 100,0%

Total Sexo F Contagem 50 23 73

% em Sexo 68,5% 31,5% 100,0%

M Contagem 44 17 61

% em Sexo 72,1% 27,9% 100,0%

Total Contagem 94 40 134

% em Sexo 70,1% 29,9% 100,0%

Tabela 23. Intensidade da dor de acordo com consulta médica ou não, para dor crónica.

Descritivos

Consulta médica Estatística

Intensidade da dor não Média 5,40

95% Intervalo de Confiança para Média

Limite inferior 4,74 Limite superior 6,06 Mediana 5,00 Desvio Padrão 1,773 Mínimo 2 Máximo 10 sim Média 6,05 95% Intervalo de

Confiança para Média Limite inferior Limite superior 5,35 6,74

Mediana 6,00

Desvio Padrão 1,558

Mínimo 3

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Tabela 24. Consulta médica por meio de residência e sexo, para dor crónica.

Sexo / Consulta médica / Meio residência

Meio residência

Consulta médica

Total não sim

urbano Sexo F Contagem 13 13 26

% em Sexo 50,0% 50,0% 100,0%

M Contagem 6 5 11

% em Sexo 54,5% 45,5% 100,0%

Total Contagem 19 18 37

% em Sexo 51,4% 48,6% 100,0%

semiurbano Sexo F Contagem 1 0 1

% em Sexo 100,0% 0,0% 100,0%

M Contagem 3 2 5

% em Sexo 60,0% 40,0% 100,0%

Total Contagem 4 2 6

% em Sexo 66,7% 33,3% 100,0%

rural Sexo F Contagem 2 1 3

% em Sexo 66,7% 33,3% 100,0%

M Contagem 6 1 7

% em Sexo 85,7% 14,3% 100,0%

Total Contagem 8 2 10

% em Sexo 80,0% 20,0% 100,0%

Total Sexo F Contagem 16 14 30

% em Sexo 53,3% 46,7% 100,0%

M Contagem 15 8 23

% em Sexo 65,2% 34,8% 100,0%

Total Contagem 31 22 53

(56)

Tabela 25. Uso de medicação por meio de residência e sexo.

Sexo / Uso de medicação / Meio residência

Meio residência

Uso de medicação

Total não sim

urbano Sexo F Contagem 26 29 55

% em Sexo 47,3% 52,7% 100,0%

M Contagem 25 9 34

% em Sexo 73,5% 26,5% 100,0%

Total Contagem 51 38 89

% em Sexo 57,3% 42,7% 100,0%

semiurbano Sexo F Contagem 1 7 8

% em Sexo 12,5% 87,5% 100,0%

M Contagem 9 4 13

% em Sexo 69,2% 30,8% 100,0%

Total Contagem 10 11 21

% em Sexo 47,6% 52,4% 100,0%

rural Sexo F Contagem 5 5 10

% em Sexo 50,0% 50,0% 100,0%

M Contagem 11 3 14

% em Sexo 78,6% 21,4% 100,0%

Total Contagem 16 8 24

% em Sexo 66,7% 33,3% 100,0%

Total Sexo F Contagem 32 41 73

% em Sexo 43,8% 56,2% 100,0%

M Contagem 45 16 61

% em Sexo 73,8% 26,2% 100,0%

Total Contagem 77 57 134

% em Sexo 57,5% 42,5% 100,0%

Tabela 26. Intensidade da dor por uso ou não de medicação, para dor crónica.

Descritivos

Uso de medicação Estatística

Intensidade da dor não Média 5,44

95% Intervalo de

Confiança para Média Limite inferior Limite superior 4,81 6,07

Mediana 5,00 Desvio Padrão 1,530 Mínimo 2 Máximo 8 sim Média 5,89 95% Intervalo de Confiança para Média

Limite inferior 5,16 Limite superior 6,62 Mediana 6,00 Desvio Padrão 1,847 Mínimo 3 Máximo 10

(57)

Tabela 27. Uso de medicação por meio de residência, por dor crónica.

Meio residência / Uso de medicação

Uso de medicação

Total não sim

Meio residência urbano Contagem 16 21 37

% em Meio residência 43,2% 56,8% 100,0% semiurbano Contagem 2 4 6 % em Meio residência 33,3% 66,7% 100,0% rural Contagem 8 2 10 % em Meio residência 80,0% 20,0% 100,0% Total Contagem 26 27 53 % em Meio residência 49,1% 50,9% 100,0%

Tabela 28. Distribuição de dor grave por sexo, nos que referem dor crónica.

Dor grave / Sexo

Frequência Percentagem

Válido F 12 60,0

M 8 40,0

(58)

Imagem

Tabela 1. Distribuição de alunos do 9.º ano no concelho da Covilhã, por meio.
Tabela 2. Distribuição do número de questionários por escola.
Tabela 4. Percentagem de localizações referidas, por dor única e dor múltipla.
Tabela 5. Duração da dor por sexo.
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Referências

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