MASS, Fabiane1
HUFF, Simone1
CUNICO, Eliana2
RESUMO
A contabilidade é uma ferramenta que busca organizar e auxiliar as empresas na redução dos tributos. Periodicamente surgem novas regras tributárias, ou algo é alterado na legislação tributária, sendo necessário um realinhamento nas rotinas administrativas e contábeis para atender tais alterações. Muitas vezes os empresários e classe contábil enfrentam dificuldades, pois a legislação não é clara ou dá brechas para mais de uma interpretação, assim como ocorreu com a Emenda Constitucional 87/2015, que altera o modo de recolhimento de ICMS. Em virtude disso, o objetivo deste estudo foi o de analisar e estudar a nova legislação a fim de elucidar algumas dúvidas tanto da classe contábil quanto dos empresários, empregando uma visão crítica sobre elementos da lei que não promove total esclarecimento quanto à correta aplicação. Para tanto foram realizadas pesquisas bibliográficas e entrevistas com profissionais atuantes na área de contabilidade tributária. Os resultados apontam para a elevação na carga tributária do ICMS, bem como demonstra que a legislação brasileira é muito vulnerável a diversas interpretações.
PALAVRAS-CHAVE: ICMS. EC 87/2015. Gestão Tributária.
1 INTRODUÇÃO
O Brasil vem passando por um período de profundas mudanças na
legislação e arrecadação tributária. Desde a criação do sistema público de
escrituração digital (SPED) e o advento da nota fiscal eletrônica, os governos
restringem ações das empresas, a fim de arrecadar mais tributos e diminuir a
sonegação fiscal.
Espera-se que com isso, ocorra a reforma tributária e com ela a diminuição
da carga. Contudo, o que se observa é justamente o efeito contrário, o aumento da
fiscalização e também a crescente carga tributária, que assolam as empresas e
1 Pós-graduando do curso MBA em Administração Financeira, Contábil e Controladoria – Turma X, do Programa de Pós-Graduação da Faculdade Sul Brasil – Fasul.
oneram suas atividades, prejudicando o desenvolvimento econômico do país. Dentre
tantos tributos que formam a carga tributária, o Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e Serviços (ICMS) é considerado como um dos mais importantes
impostos do Brasil e que contribui para o aprofundamento das diferenças
econômicas entre os estados (PAES, 2009).
Esse fato originou a proposta de lei que prevê a partilha do ICMS por parte
dos estados, a fim de propiciar que os estados da federação que possuem menores
atividades comerciais interestaduais possam se beneficiar do mesmo por meio da
Emenda Constitucional 87/2015, que prevê a distribuição partilhada do valor
referente a diferença entre a alíquota interestadual do estado de origem e a alíquota
interna do estado de destino, para as operações com não contribuintes do imposto.
Com isso, os estados menos desenvolvidos passariam a receber parte do imposto
que anteriormente ficava apenas com o estado de origem que por consequência são
os mais desenvolvidos.
Essa alteração na legislação vem ocasionando profundas mudanças no
dia-a-dia das empresas, como o aumento de controles e uma burocratização exagerada,
além de uma majoração considerável na carga tributária deste imposto em
específico, uma vez que, além do recolhimento já existente, as empresas devem
recolher percentuais maiores referente as diferenças de alíquotas interestaduais e
internas.
Com essa nova legislação, um dos setores que apresenta maiores reflexos
devido ao aumento da carga tributária do ICMS é o e-comerce, uma vez que, em
determinados casos acabam por realizar operações com não contribuintes do
imposto.
As empresas lutam por uma revisão da carga tributária a fim de sua
diminuição, porém o que se vê atualmente é a expressiva busca dos governos:
federal, estadual e municipal em aumentar a carga, causando maiores gastos e
dificultando a gestão das empresas em geral.
Devido a todos esses fatores, além das empresas a classe contábil
necessita se aprofundar no assunto, propiciando a seus clientes as informações da
maneira mais acertada. Diante disso surge o seguinte questionamento que conduz a
O presente estudo tem como objetivo analisar a nova legislação do ICMS
Interestadual com intuito de esclarecer as dúvidas frequentes tanto da classe
contábil quanto dos empresários, por meio da aplicação de um questionário junto a
profissionais contábeis e conhecedores da área jurídica, juntamente com pesquisas
documentais, que possibilitem o entendimento da aplicação da nova legislação.
Após essa introdução, na seção 2, apresenta-se o desenvolvimento da
pesquisa em que são abordados aspectos legais referentes à tributação,
principalmente em relação ao ICMS e a sua nova legislação. Na sequência, a seção
3 explica os procedimentos metodológicos aplicados na pesquisa, seguida dos
resultados encontrados e discussões na seção 4 e, por fim, as conclusões e
limitações, na seção 5.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA
De acordo com o website Valor Jurídico vê-se que o estudo e aplicação da
Contabilidade deixaram, há muito tempo, de ser mero registro de atos e fatos
administrativos, passando a apresentar abordagens capazes de fornecer
informações econômicas imprescindíveis para a tomada de decisões. A
Contabilidade Tributária se apresenta como ponto de partida para um planejamento
tributário eficaz, sendo esta um ramo da contabilidade que estuda e controla as
obrigações tributárias da empresa, em consonância com a legislação, permitindo
aos empresários optar pelo enquadramento tributário que melhor se adeque a sua
empresa.
De acordo com Oliveira (2009, p. 59) “Tributo é toda prestação pecuniária
compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua
sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa
plenamente vinculada [...]”. Além disso, o tributo, segundo Rezende (2010), tem
finalidade não somente arrecadatória, mas também regulatória, sendo utilizada
como um mecanismo para executar a política fiscal e econômica.
Oliveira (2009) destaca como espécies tributárias os impostos, as taxas e as
1988 inclui duas outras figuras tributárias denominadas: empréstimos compulsórios
e contribuições sociais.
Cada tributo está inserido na responsabilidade de uma esfera governamental
(Federal, Estadual e Municipal), porém, não significa que o valor arrecadado seja
destinado ao seu uso exclusivo podendo ser transferido, como exemplo do Imposto
de Renda que é de competência federal e parte de sua arrecadação é repassada
aos municípios (REZENDE, 2010). Assim como o ICMS, objeto desta pesquisa, é
uma arrecadação estadual e 25% desta é destinada aos municípios.
2.2 IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS - ICMS
Conforme o website da Secretaria do Estado da Fazenda de São Paulo,
ICMS é o imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e
prestações de serviços de transporte interestadual e de comunicação.
Em concordância Rezende (2010) acrescenta que ocorre a incidência do
ICMS mesmo que a operação tenha iniciado no exterior. O autor aponta também que
este imposto não é cumulativo, por ele incidir em cada etapa de circulação de
mercadoria, separadamente, porém permite realizar o crédito do imposto nas
compras para abater dos débitos nas suas vendas, de acordo com a legislação.
Sendo assim, deve-se emitir nota ou cupom fiscal, para então haver a escrituração e
recolhimento por parte do estado.
O fato do ICMS ser um imposto de competência estadual, faz com que cada
estado tenha sua própria alíquota, tornando-o um imposto de alta complexidade,
pois quando há transações interestaduais, pode ocorrer que o estado de destino
tenha alíquota diferente do estado de origem, devendo ser informado na nota fiscal a
alíquota interestadual de origem.
Outro fator importante a ser destacado em relação ao ICMS é a existência
do contribuinte do imposto e o não contribuinte. O Portal Tributário (2016) aponta
que contribuinte é: “qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com
habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial [...]”. Também é
contribuinte aquela pessoal física ou jurídica que importe mercadorias do exterior, ou
seja, destinatária de serviços originados no exterior, mesmo que não seja com
Na maioria dos casos o valor do ICMS é embutido no valor dos produtos, de
acordo com a sua essencialidade, sendo nos produtos básicos e essenciais cobrado
menos; já nos produtos considerados supérfluos, o imposto é maior, exceto o ICMS
que incide sobre combustível, energia e telefonia, mesmo sendo esses considerados
serviços necessários, possuem altas alíquotas.
A demais do ICMS, nas operações com circulação de mercadoria, tem-se
acrescidos até 2% na alíquota para o Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza,
criado pela Lei nº 4.220/2008 e regulamentada pelo Decreto nº33.674/2012, fundo
este destinado para ações suplementares de habitação, saúde, educação e outros,
voltados à viabilização de níveis dignos para a vida dos brasileiros com renda
inferior à linha de pobreza.
Destaca-se que a guia de recolhimento dever ser separada da guia de
recolhimento do ICMS, mediante utilização do Documento de Arrecadação (DAR), e
devidamente identificado o recolhimento do adicional por meio da descrição da
receita, se por: ICMS Próprio, ICMS Substituição Tributária, ICMS Levantamento de
Estoque, ICMS Antecipado, ICMS Importação, ICMS Diferencial de Alíquota.
O vencimento da guia se aplica conforme guia do ICMS base, também
incorrendo em juro e multa em caso de atraso. Há algumas exceções quanto à
arrecadação que podem ser visualizadas no link indicado3.
2.3 EMENDA CONSTITUCIONAL – EC Nº87/2015
Segundo o website Fiscosoft, a Emenda Constitucional – EC Nº87/2015,
publicada em abril de 2015, tem como fundamento uma nova regra sobre a
incidência do ICMS nas operações interestaduais, que propõe a partilha do
diferencial de alíquotas interestaduais do estado de origem, e interna do estado do
destino.
Vale lembrar que anterior a essa legislação, o valor arrecadado com o ICMS
ficava com o estado de origem. O website considera como um dos principais motivos
para a criação da nova lei, o fato de estados das regiões Norte, Nordeste,
Centro-Oeste e Sul, se utilizarem de benefícios fiscais do imposto para trazer mais
empresas aos mesmos, porém esses benefícios fiscais acabam por diminuir a
arrecadação causando problemas para os estados.
A EC nº 87/2015 se aplica nas:
Operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final, contribuinte ou não do imposto, localizado em outro Estado, adotar-se-á a alíquota interestadual e caberá ao Estado de localização do destinatário o imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna do Estado destinatário e a alíquota interestadual (EC nº 87/2015).
No que se refere a responsabilidade quanto ao recolhimento do diferencial
de alíquota, o website Consult aponta que quando a operação comercial se referir à
não contribuinte, cabe ao estado de origem realizar e recolhimento. Corroborando
com isso, a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo criou um guia para
auxiliar no entendimento da nova legislação em que relata o fato de ser o estado de
origem o responsável pelo recolhimento.
Da mesma maneira a EC relata que
a responsabilidade pelo recolhimento do imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual de que trata o inciso VII será atribuída: a) ao destinatário, quando este for contribuinte do imposto; b) ao remetente, quando o destinatário não for contribuinte do imposto (EC nº 87/2015).
Vale destacar que a partilha do diferencial de alíquota ocorrerá de forma
gradual sendo que o estado de destino ficará com o valor integral deste apenas em
2019; nos anos anteriores o valor será rateado entre estado de origem e estado de
destino, conforme aponta a própria lei:
Art. 2º O Ato das Disposições Constitucionais Transitórias passa a vigorar acrescido do seguinte art. 99:
Art. 99. Para efeito do disposto no inciso VII do § 2º do art. 155, no caso de operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final não contribuinte localizado em outro Estado, o imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual será partilhado entre os Estados de origem e de destino, na seguinte proporção:
I - para o ano de 2015: 20% (vinte por cento) para o Estado de destino e 80% (oitenta por cento) para o Estado de origem;
II - para o ano de 2016: 40% (quarenta por cento) para o Estado de destino e 60% (sessenta por cento) para o Estado de origem; III - para o ano de 2017: 60% (sessenta por cento) para o Estado de destino e 40% (quarenta por cento) para o Estado de origem;
IV - para o ano de 2018: 80% (oitenta por cento) para o Estado de destino e 20% (vinte por cento) para o Estado de origem;
A seguir, os procedimentos metodológicos explicam como este artigo se
propõe a operacionalizar as dificuldades encontradas pelos profissionais, com base
nas alterações que não obstante complexas, não definem claramente algumas
atitudes a serem tomadas em situações específicas.
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Nesta seção são apresentados os procedimentos metodológicos utilizados
para se responder a pergunta de pesquisa e alcançar os objetivos propostos, que
buscam identificar e descrever quais as principais mudanças ocorridas e as
dificuldades encontradas em relação a nova legislação do ICMS em operações
interestaduais.
Ressalta-se que uma pesquisa classifica-se quanto a sua natureza, método
e resultados. Nesta, como não são utilizados métodos estatísticos para a apuração
dos dados obtidos, considera-se como de natureza qualitativa, uma vez que,
segundo Beuren (2008) a pesquisa qualitativa ocorre quando os dados são
apurados sem o uso de métodos estatísticos, mas sim por meio da observação de
descrição exaustiva de dados apurados.
No que se refere ao método, como esta pesquisa procura aprofundar um
assunto que ainda carece de maior conhecimento, por ser um assunto atual e ainda
não haver muita pesquisa a seu respeito, o método é o da pesquisa exploratória que
utiliza como instrumento de coleta de dados a entrevista. Para Beuren (2008) para
que um estudo em contabilidade seja considerado como exploratório o mesmo
deverá ter seu foco voltado para algo que necessita de maior esclarecimento ou
exploração.
Por sua vez, Silva (2010, p. 59) afirma que o principal objetivo da pesquisa
exploratória é proporcionar maior familiaridade com o problema, para torná-lo mais
explícito ou para construir hipóteses. Já em relação aos objetivos, os mesmos
apresentam-se como de pesquisa descritiva, sendo que, nesta pesquisa procura-se
identificar e descrever as principais mudanças ocorridas e as dificuldades
encontradas em relação a nova legislação do ICMS em operações interestaduais.
Gil (1999 apud BEUREN, 2008) afirma que o objetivo de uma pesquisa
descritiva é descrever características de uma determinada população, de um
Para o desenvolvimento do estudo foram elaboradas pesquisas teóricas
sobre a emenda constitucional, para analisar as diferenças na legislação. Também
foram entrevistados profissionais de contabilidade para entender melhor as
alterações e conhecer os impactos causados pela EC 87/2015, tanto nas rotinas
contábeis como para as empresas enquadradas na nova legislação.
No Quadro 1, apresenta-se o roteiro de entrevista semiestruturado, o qual foi
aplicado para três profissionais.
QUADRO 1 – Roteiro de Entrevista
Há quanto tempo trabalha/estuda o ICMS?
Quais as principais mudanças ocorridas em seu ambiente de trabalho
com a EC 87/2015?
Como está sendo a aceitação dos empresários e seu entendimento
referente as mudanças?
Considera que os critérios de apuração das novas regras do ICMS são
claros? Por quê?
Na sua opinião as empresas de softwares conseguiram se adequar as
normas e possibilitam uma apuração acertada na emissão das notas
fiscais?
Quanto ao recolhimento do imposto, como gerar a guia? Mensal ou por
nota emitida?
O que é o fundo de combate a erradicação da pobreza? Como recolher
essa guia?
Fonte: elaborado pelas autoras (2016).
Os profissionais escolhidos são de credibilidade e atuantes no mercado,
tendo assim conhecimento das dificuldades enfrentadas com a inserção da nova
legislação do ICMS Interestadual por meio da Emenda Constitucional 87/2015. Cada
um dos entrevistados, recebeu uma codificação (E1 – Entrevistado 1, E2 –
Entrevistado 2 e E3 – Entrevistado 3) evitando assim o comprometimento da
divulgação de suas identidades, uma vez que exercem em suas falas, pontos de
crítica a atual legislação.
Sendo o E1 atuante na área de contabilidade há vinte e dois anos, o E2 atua
há cinco anos. Já o E3 esta há vinte e sete anos, sendo especialista na área jurídica
tributária.
Feito o convite aos profissionais, todos optaram para que a entrevista se
dificuldades que muitos enfrentaram e ainda enfrentam em relação ao entendimento
e procedimentos da EC 87/2015. A pesquisa foi realizada durante os meses de
Fevereiro a Junho de 2016, havendo 01 rodada de perguntas.
Além das entrevistas, realizou-se consultas á publicações referentes a
tributação do ICMS, bem como a própria legislação afim de possibilitar maior
entendimento do assunto e possibilitar a complementação das respostas dos
entrevistados.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Dentre os resultados obtidos na pesquisa, foram selecionados os que
apresentaram maior relevância e realizada a comparação entre todas as respostas.
Ambos os profissionais entrevistados concordam que houveram muitas mudanças
ao longo do tempo. E conforme citou o E1 “Ser contador nos dias atuais é fazer com
que o ontem seja fonte de crescimento para o amanhã”. Conforme a resposta do E,1
percebe-se que a atividade do contador é complexa e se faz necessário estar
atualizado para melhor orientar seus clientes, assim colaborando para o
fortalecimento e o crescimento das empresas dentro de um parâmetro legal.
Ao serem questionados sobre as mudanças no ambiente de trabalho
ocorridas com a EC 87/2015, todos os entrevistados concordam que houveram
mudanças em suas rotinas, como adequação de sistemas, aumento da burocracia e
constantes consultas por parte das empresas sobre operações de compras e vendas
que estão sendo efetuados, para que não ocorram erros, conforme diz E2: “dúvidas
frequentes de clientes e mudanças no sistema para auxiliar nas conferências”.
O E1 por sua vez, vai além, ao afirmar que: “Clientes que não tem estrutura
de sistema e pessoal para efetuar o correto cadastramento de alíquotas, emissão de
guias e demais processos envolvidos, acabam solicitando apoio ao escritório de
contabilidade”.
Já o E3 relata que as mudanças foram drásticas, culminando com um “[...]
realinhamento generalizado nas referidas operações/prestações, inclusive com
alcance sobre a figura da substituição tributária, pois os Convênios 92/2015 e
93/2015 trouxeram inúmeros desdobramentos gerando dificuldade de
Nestas repostas percebe-se que são muitas as dificuldades enfrentadas,
tanto para os contadores quanto para as empresas, uma vez que alterou toda uma
estrutura de trabalho, como por exemplo, a emissão de guias fora das datas
convencionais, consultas aos órgãos de apoio, que por muitas vezes, os próprios
profissionais não sabem esclarecer dúvidas. O fato que contribui para dificultar ainda
mais, é que cada estado tem sua legislação e alíquota de ICMS, criando assim, para
uma empresa 27 situações distintas de recolhimento em caso de venda para todo
território nacional.
Outro fator que merece destaque é o aumento da preocupação e indignação
por parte dos empresários com o acréscimo de trabalho e carga tributária
ocasionados pela nova legislação. Cabe destacar que os empresários estão
encontrando uma certa dificuldade para se adaptar a nova legislação.
Nesse sentido, o E3 relata a preocupação dos empresários devido a
complicação no processo operacional, e ao fato de estar pagando um alto preço
devido a falta de regulamentação efetiva por parte do congresso nacional. O
entrevistado relata ainda que o Conselho Nacional de Política Fazendária (CONFAZ)
tem ditado regras e que cada estado encontra brechas para criar suas próprias
interpretações e procedimentos. Com isso elevam-se custos, preocupações e
incertezas. “Pois há uma mudança muito grande no perfil do tributo só
experimentada quando da introdução do ICMS em substituição ao antigo ICM nos
idos de 1988/1989”.
Conforme citou o E1, os empresários terão maior custo e alterações do
processo operacional das empresas, citando: “[...] pois será preciso pesquisar e
aplicar as diferentes alíquotas entre os estados. São questões que desaguam no
preço do produto”. E como lembrou o E2: “No começo foi bem complicado pois as do
simples estavam obrigadas, o que não era vantajoso, já os outros regimes se
adaptaram bem apesar de não aceitar a cobrança”. Essa citação do entrevistado se
refere ao fato de que empresas participantes do Simples Nacional eram
enquadradas na nova legislação do ICMS, e agora estão isentas. Porém, as
empresas acabam se acostumando e aceitando as alterações, apesar de não
concordarem, uma vez que houve aumento na carga tributária do ICMS.
Parte das dificuldades apresentadas pelas empresas se dá pela falta de
clareza na EC 87/2015, como diz o E2: “No começo existia muitas dúvidas, depois
E o E1 acrescenta: “[...] não é difícil de entender, mas acarreta em novos processos
que os contadores e empresários não deveriam ser responsabilizados. O processo
deveria ser automatizado lá no Se faz, mas como cada estado tem seu sistema, sua
politica, sobra para o empresário”. Toda mudança no início é difícil, mas nesse caso
se deu para empresas e contadores que não sabiam como proceder corretamente
com as guias de pagamentos, se seriam individuais por nota ou em um total do mês.
O E3 detalha, quando perguntado sobre a clareza da nova regra da EC 87/2015:
“Nem um pouco, pois cada Estado tem se valido da falta de Lei Complementar
(regra básica decorrente do artigo 146 da CF) e não cumprido as regras
estabelecidas no Convênio 93/2015 (alvo, aliás, de 3 ADIns até o momento). A Nota
Técnica que versa sobre tal situação já foi alterada pelo menos 5 vezes, gerando
dificuldades operacionais e de sistema”.
Se percebeu no decorrer da pesquisa que as empresas tiveram muitas
dúvidas com a nova regra, recorrendo assim aos seus respectivos contadores, os
quais tiveram dificuldades para sanar essas dúvidas, porque a legislação não é clara
quanto as alterações.
Outro fator que dificulta as operações de compra de outro estado, refere-se
a Substituição Tributária (ST), uma vez que a tabela de produtos com ST foi alterada
recentemente. Sendo assim, se faz necessário consultar os produtos no ato da
compra caso o produto seja para revenda, pois cada estado tem sua legislação de
ICMS, sendo necessário a verificação de diferença de alíquota quando vende e
quando compra.
O E3 utiliza-se de um trecho da legislação para destacar que o CONFAZ não
tem cumprido adequadamente seu papel; e quando o faz, os Estados ignoram
solenemente. O entrevistado relata que o CONFAZ não esta cumprindo seu papel de
maneira correta, além de que, quando tenta fazer os Estados o ignoram, como
ocorreu com o convênio ICMS 93/2015 que autorizava a compensação dos créditos
em conta gráfica da parcela devida ao Estado de origem e alguns Estados como o
caso do Paraná não permitem por conta do artigo 327-H do RICMS/PR.
Nesse trecho da resposta de E3 fica evidente que a legislação brasileira
permite que cada estado crie emendas e leis complementares, que beneficiem seus
próprios interesses em detrimento dos demais, dificultando assim a aplicação de
Como ocorre na maioria das vezes, quem sofre com as mudanças
burocráticas e de legislação no Brasil, são os empresários, pois ocorrem as
alterações e cabe a cada um se adaptar ao novo sistema, fato que seria facilitado se
todo o sistema governamental fosse integrado.
Parte desse processo de alteração na legislação de ICMS foi facilitado pelas
empresas de software, uma vez que a maioria delas possuem um sistema
operacional que facilita as atividades do cotidiano, como citou E1 “Acredito que sim,
as empresas fizeram todas alterações necessárias para atender a demanda do
Sefaz”, em concordância o E2 diz: “Sim, as empresas que tenho convivência fazem
de forma correta e conseguiram adaptar o próprio sistema de emissão às normas e
facilitaram até mesmo a emissão das guias por meio do sistema”. Sendo que muitos
sistemas, no momento de geração da nota fiscal eletrônica, ao inserir a informação
no campo cliente, automaticamente geram uma guia do ICMS de acordo com a nova
legislação, já configurado no sistema.
O E3 discorda em parte dos demais, enfatizando que: “[...] os órgãos
responsáveis pela regulamentação e criação de layouts não se conversam, seja
porque não ouvem os interessados e não imaginam que há uma mudança muito
drástica na forma de pensar o tributo, ou ainda porque as próprias empresas não
dominam o tema. Ou seja, há muita responsabilidade dos gestores oficiais do tributo,
mas as empresas também colaboram por ainda não entenderem a nova dinâmica e
não terem conhecimento da sistemática tributária, interpretando o tema, quase
sempre de maneira literal, quando a lógica do tributo é muito mais profunda e não
admitiria essa simplicidade toda”.
Mesmo o Brasil possuindo um grande sistema de legislação tributária, não
há uma lei que padronize os layouts para as empresas de software, o que dificulta a
adequação de seus sistemas, pois cada uma pode ter uma interpretação da
legislação. Além disso, pode ser necessária a alteração de toda uma base do
software (programas utilizados pelas empresas) para essa adequação.
Para entender melhor sobre a geração da guia do diferencial do ICMS, os
entrevistados foram questionados se é necessário emissão de guia com valor
mensal ou nota a nota, sendo bem claras as explicações dadas pelos profissionais
contábeis. Como explicou o E1 em sua resposta: “Se a empresa for inscrita no ICMS
(inscrição estadual) no estado de destino, poderá recolher uma guia por mês. Se
relata que: “A guia de destino deve ser por nota emitida, já a guia de origem deve ser
recolhida por apuração com vencimento dia 12 do mês subsequente a emissão das
notas”.
Em contrapartida o E3 relata que os estados variam no entendimento, porém
concordam que o recolhimento será por apuração quando o remetente tiver inscrição
auxiliar no estado de destino, e nos demais casos será por operação, citando
também que: “[...] havendo uma certa flexibilidade por parte de alguns Estados
atualmente em função da complexidade existente, mas esta é a regra geral
decorrente do Convênio ICMS 93/2015”. Com isso fica evidente que a forma de
recolhimento, mensal ou nota a nota, vai depender principalmente do tipo da
operação realizada, bem como, se a empresa possui ou não inscrição auxiliar no
estado de destino. Cabe ressaltar que alguns estados aceitam somente o
recolhimento mensal por meio da inscrição auxiliar, implicando ainda mais a
necessidade de conhecer o decreto de ICMS de cada estado.
No caso de uma operação de compra de determinado produto em outro
estado, há necessidade de recolhimento do diferencial de alíquota do ICMS; o
percentual da diferença do ICMS que cabe ao estado de destino deve ser recolhido
no ato da emissão da nota fiscal, e o percentual destinado ao estado de origem, será
recolhido por meio de guia de recolhimento no mês sequente ao da venda.
Em se tratando do Fundo de Combate a Erradicação da Pobreza, os
entrevistados foram bem claros em suas respostas, onde E1 e E2 concordam entre
si. O entrevistado E1 explica sobre: “FCP – Fundo de Combate à Pobreza é um
porcentual sobre o ICMS cujos recursos serão aplicados em programas voltados à
nutrição, habitação, educação, e saúde e adotado por vários estados”. E
complementando E2 com a informação que é um imposto cobrado sobre produtos
supérfluos: “Imposto cobrado por alguns estados para produtos supérfluos, recurso
este destinado a reduzir a pobreza”. Mas os entrevistados discordam no âmbito de
como gerar a guia de recolhimento.
E1 aponta: “Deverá ser utilizada exclusivamente a Guia de Recolhimento do
Estado do Paraná - GR-PR, sendo, portanto, vedada a utilização de Guia Nacional
de Recolhimento de Tributos Estaduais (GNRE)”. Já E2 relata que “Deve ser
recolhido em GNRE com código especifico a cada nota fiscal emitida sendo que a
Apesar da discordância entre os entrevistados, temos a certeza que este é
mais um imposto dentre muitos outros para as empresas pagarem, sobrecarregando
ainda mais a nossa carga tributária, a qual é a maior da América Latina. Atento à
parte jurídica, o E3 esmiúça sobre o FCP: “Fundo autorizado pelo artigo 82 do ADCT
da Constituição Federal, limitado a 2% do ICMS devido e que deve ser aplicado
exclusivamente na erradicação da pobreza, cabendo a cada UF regulamentar seu
gerenciamento.” O entrevistado vai mais a fundo e diz que a porcentagem sobre os
produtos supérfluos, pode variar de estado para estado: “[...] e varia conforme a UF,
podendo ser aplicado em alguns produtos selecionados (como no Paraná, por
exemplo), havendo ainda UFs que não o instituíram oficialmente (SC por exemplo)”.
O entrevistado E3 concorda com E2 quanto a forma de recolhimento, que
deve ser gerado uma guia GNRE com códigos específicos.
A administração do valor arrecadado cabe a cada estado, porém dever ser
exclusivamente utilizado em projetos de erradicação da pobreza. No Paraná os dois
pontos percentuais são cobrados sobre os produtos da lei do ICMS, conforme lei art.
14-A da Lei nº 11.580, de 14 de novembro de 1996, o percentual dos outros estados
fica de acordo com sua legislação própria.
Conclui-se que o fundo de combate à pobreza representa mais um tributo
atribuído aos empresários para tentar sanar os problemas da má aplicação de todos
os outros tributos recolhidos no Brasil.
Na sequência apresenta-se duas simulações relativas a operações com
circulação de mercadoria em que na primeira encontra-se a forma de tributação
anterior a 87/2015 em relação ao ICMS, e na segunda a nova forma de tributação ao
ser aplicada na mesma operação. O Quadro 2 demonstra a forma de tributação
aplicada anteriormente a entrada em vigor da EC 87/2015.
QUADRO 2 – Recolhimento ICMS anterior a EC 87/2015 Estado de Origem: Paraná
Estado de Destino: Santa Catarina
Alíquota Interestadual: 12%
Valor da operação: R$ 2.000,00
O Quadro 3 apresenta a mesma operação porém posterior a entrada em
vigor da EC 87/2015.
QUADRO 3 - Recolhimento ICMS posterior a EC 87/2015 Estado de Origem: Paraná
Estado de Destino: Santa Catarina
Alíquota Interestadual: 12%
Alíquota Interna Aplicada a UF de Destino: 17%
Valor da operação: R$ 2.000,00
Valor do ICMS Interestadual: R$ 2.000,00 X 12% = R$ 240,00
Valor do ICMS Diferencial UF Origem: R$ 60,00
Valor do ICMS Diferencial UF Destino: R$ 40,00
Valor do Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza: R$ 40,00 Fonte: dados das autoras
Nos Quadros 2 e 3 são apresentados exemplos de operações interestaduais
para exemplificar qual era o valor dispendido pelas empresas ao ICMS anterior a
nova legislação e como está atualmente.
Conforme pode ser observado, anteriormente em uma operação de R$
2.000,00 de venda para do estado do Paraná para não contribuinte do estado de
Santa Catarina, o valor devido do imposto era de R$ 240,00 correspondendo a
alíquota de 12% referente ao ICMS interestadual do Paraná, sendo que este valor
deveria ser recolhido e destinado integralmente ao estado do Paraná.
Atualmente a mesma operação, conforme exposto nos dois quadros
seguintes, acarreta em uma majoração considerável de arrecadação, sendo que
além dos R$ 240,00 correspondentes a alíquota interestadual do Paraná, o
contribuinte deve recolher o valor referente ao diferencial da alíquota interestadual
do Paraná (12%) para a alíquota interna de Santa Catarina (17%), ou seja, são mais
5% de imposto a ser recolhido, sendo que deste valor 60%, ou R$ 60,00; serão
destinados ao estado do Paraná e, 40%, ou R$ 40,00; para o estado de Santa
Catarina. Além disso, há o montante referente ao Fundo de combate a pobreza que
de não ser oficial, optou-se por informar o valor referente ao fundo a título de
ilustração.
Com isso, em uma operação de R$ 2.000,00 há uma majoração de R$
140,00 no valor do imposto a ser recolhido pelo estado de origem, este valor
representa um percentual de cerca de 58% a maior.
5 CONCLUSÃO
Ao vigorar a nova legislação de ICMS a partir de 1º de janeiro de 2016,
através da Emenda Constitucional 87/2015, surgiram muitas dúvidas com relação a
como proceder nas operações com circulação de mercadoria interestadual. Como
forma de responder ao problema proposto “Quais as dificuldades enfrentadas pelos profissionais no que se refere as alterações na nova legislação do ICMS interestadual?”; fez-se necessário um profundo ajuste nas empresas a fim de se adequarem a nova legislação e evitarem problemas fiscais. Esse ajuste torna-se
ainda mais complexo para aquelas empresas que realizam operações com diversos
estados, pois cada um tem sua própria legislação de ICMS, fato que implica em 27
formas de apuração.
Durante as entrevistas pôde-se perceber, por meio das respostas dos
profissionais, o quanto a legislação é confusa, pois os mesmos, apesar da vasta
experiência no assunto, por vezes acabam por se contradizerem nas respostas,
como pode ser percebido quando questionados quanto à forma de apuração.
Ainda nas entrevistas ficaram claras as principais dificuldades enfrentadas
pelos profissionais, como as informações contraditórias, formas de recolhimento da
guia, dificuldades enfrentadas pelas empresas e alterações em sistemas
operacionais, que com o decorrer do tempo a resistência às alterações são
elucidadas com as rotinas administrativas e contábeis.
Outra evidência encontrada no estudo é que a nova legislação vem para
aumentar ainda mais a carga tributária sobre os empresários. Esse fato fica evidente
no cálculo apresentado com a mesma operação antes e após a EC 87/2015, em que
atualmente o empresário chega a pagar até 6% ou mais de ICMS do que
anteriormente.
Além do percentual maior do ICMS referente a diferença da alíquota
fundo de combate à pobreza, que apesar de aparentar ser um percentual irrisório
surge como novo tributo para suprir uma deficiência e má aplicação dos tributos já
existentes.
Ressalta-se que este estudo demonstrou a insatisfação por parte da classe
contábil e empresarial, com o aumento da burocracia, e principalmente as empresas
pelo aumento nos custos fiscais. O mesmo possibilitou também esclarecer dúvidas a
respeito dos novos procedimentos e de geração de guias. Como limitação, é
reconhecido que a pesquisa poderia ter abrangido um conjunto maior de
especialistas para buscar maior padrão comparativo entre suas opiniões. Contudo,
tem-se essa limitação como uma proposta de ampliação da pesquisa.
Como proposta para estudos futuros sugere-se fazer um comparativo em
uma empresa real das operações anteriores e posteriores à nova legislação, a fim
de averiguar efetivamente qual o percentual de aumento na carga tributária, além de
observar a aplicação na prática das dúvidas aqui relatadas.
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