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TITO RAFAEL VIEK
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E SUAS
APLICAÇÕES
CLÍNICAS
EM
IMPLANTODONTIA
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TITO RAFAEL VLEK
OSSO
XENÓGENO
E SUAS
APLICAÇÕES
CLÍNICAS EM
IMPLANTODONTIA
Monografia apresentada ao
Curso
de
Especialização
em
Implantodontia,
da
Universidade Federal de Santa Catarina,
como requisito para
obtenção
do titulo de
Especialista em
Implantodontia.
Orientador: Prof. Dr. José
Nasareno
Gil
AGRADECIMENTOS
Agradeço
à Deus, por ter me concedido a vida,saúde,
forçase condições
para serhoje quem sou.
Aos meus mestres, por terem me ajudado a adquirir todo
o
conhecimento que hojepossuo.
Aos meus colegas, pelas suas amizades
e companheirismos.
Ao meu orientador Professor José
Nasareno
Gile
a ProfessoraLiene
Campos,pois sem seus
auxílios
este trabalhonão
teria se concretizado.À minha esposa
e
filhos, pelo encorajamentoe
energias que me passaram.VIEK,
Tito Rafael. Osso xenógeno e suas aplicações clinicas emimplantodontia.
2003. XXf. Monografia (Especialização
emlmplantodontia) —
Curso
deEspecialização
emlmplantodontia,
Universidade Federal de SantaCatarina,
Florianópolis.
RESUMO
Este estudo tem como objetivo realizar uma
revisão
de literatura referente aoosso
xenógeno
como enxerto, demonstrando suas características,cornpatibilidade,
sua permanência no local do enxerto, suaslimitações
de uso,forma de
aplicação clinica,
demonstrando assim as vantagens e desvantagensentre este tipo de enxerto e o enxerto
autógeno.
Palavras-chave: Enxerto.
Osteocondução. Osteoindução. Xenógeno. Autógeno.
VIEK, Tito Rafael. Osso xenogeno e suas aplicações clinicas em
implantodontia. 2003. XXf. Monografia (Especialização em Implantodontia) —
Curso de Especialização em Implantodontia, Universidade Federal de Santa
Catarina, Florianópolis.
ABSTRACT
The aim of this study was to do a revision of the literature on xenogenous
(Bio-Oss) bone, showing the characteristics, patterns and processes of bone
regeneration, its maintenance in the grafted site, applications, demonstrating the
advantages and disadvantages between this type of graft and the autogenous
graft. A clinical case report is presented using bovine xenogenous bone graft.
Key-words: Graft, Osteoconduction, Osteoinduction, Xenogenous, Autogenous,
t1 V 17
e
nth
illnovrzntvonstrisi
■.;
SU
MA
RIO
RESUMO 3
ABSTRACT 4
1 INTRODUÇÃO 6
2 OBJETIVOS 9
3 REVISÃO DE LITERATURA 10
3.1 Características 10
3.2 Compatibilidade do osso xenógeno 15
3.3 Reabsorção do osso xenógeno 17
3.4 Aplicação clinica 20
3.5 Vantagens e desvantagens 27
3.6 Autógeno X Xendogeno 33
4 DISCUSSÃO 39
5 CONCLUSÕES 46
()
I INTRODUÇÃO
0 osso sendo resistente e rígido representa o principal elemento de sustentação
do corpo. E um tecido altamente mineralizado, que além das sua propriedades
mecânicas, apresenta alta capacidade de regeneração espontânea. Assim, fraturas ou
defeitos ósseos são reparados com a produção de novo osso com a mesma
auto-organização estrutural original. No entanto, esta capacidade regenerativa é limitada
pelo tamanho do defeito, assim grandes perdas , provocados por traumas, infecções,
neoplasias e anomalias de desenvolvimento não se regeneram espontaneamente,
representando um problema atual na medicina e na odontologia (HERCULIANI et al.,
2000).
As inúmeras pesquisas realizadas na busca de materiais que substituam os
enxertos ósseos autogenos estão sendo desenvolvidas com o intuito de diminuir os
problemas por eles causados, tendo em vista algumas desvantagens que eles
apresentam em relação aos enxertos aloplásticos, tais como: necessidade de mais
uma equipe cirúrgica, morbidade do sitio doador, desconforto pós-operatório maior pois
há duas regiões operadas, necessidade de uma fonte doadora (FERNANDES,
MACHADO; MINELLO, 1998).
Com o conhecimento do crescimento exponencial e demanda
subseqüente por implantes dentais, há uma necessidade concomitante por técnicas de
implantodontia consiste numa variedade de materiais e aparelhos e uma igual
diversidade de técnicas para empregá-los (MCALLISTER et al., 1999).
Para Yildirim et al. (2001) o tratamento protético restaurador em maxila posterior
com implantes é freqüentemente difícil por causa da proximidade ao seio maxilar e
altura insuficiente de osso. Perda precoce de molares na maxila podem resultar em
uma maciça redução de volume ósseo em sentido vertical e horizontal, não deixando
condições favoráveis para cirurgia de implantes.
Em pacientes parcial e completamente edêntulos com atrofia maxilar avançada,
tratamento com próteses fixas suportadas por implantes é freqüentemente um
problema. Nestes pacientes, enxertos podem ser necessários para aumentar a
quantidade de osso. Materiais de enxerto devem integrar com o sitio, tão bem como
reconstruir a função primária do osso e prover resposta biológica (LORENZETTI et al.,
1998).
Segundo Marzola; Sanchez; Toledo Filho (2002) sem um aumento do rebordo
no local necessário, este pode resultar em mau posicionamento dos implantes,
podendo ser colocados numa angulação inadequada, comprometendo assim a estética
do paciente, como também podendo originar problemas para higienização e , o pior, a
Sicca et al. (2000) citaram as características desejadas de um material ósseo
substituto: Biocompatibilidade, previsibilidade e aplicação clinica sem riscos
transoperatório e seqüelas pós-operatórias mínimas, alem de aceitação por parte do
paciente. Apesar de não ter encontrado um material que preencha todos os requisitos,
atualmente há uma grande variedade de opções para enxertos ósseos, associada a um
avanço crescente no desenvolvimento e aperfeiçoamento de materiais para esse fim.
Tendo em vista todos estes argumentos, nos propusemos a realizar um trabalho
para verificar a possibilidade do uso de enxertos ósseos bovinos e quais as vantagens
e desvantagens de se usar este material de enxerto (xenogeno) em relação a outro
2 OBJETIVOS
Os objetivos deste estudo são:
• verificar as características do material;
• sua compatibilidade com o hospedeiro;
• sua
reabsorção
com o tempo;• aplicações clinicas;
• vantagens e desvantagens;
• realizar uma comparação com o enxerto de osso
autbgeno.
10
3 REVISÃO DE LITERATURA 1
3.1 Características:
0 substituto ósseo ideal é não-humano, estéril, atóxico, imunologicamente
compatível e encontrado em quantidades suficientes. 0 substituto ótimo é capaz de
induzir diferenciação de células locais para formação de células ósseas e ao mesmo
tempo prover a gradual reabsorção, condução estrutural para a formação de novo
osso. Adicionalmente o material deveria agir como uma barreira mecânica para impedir
o crescimento de tecido fibroso ou interposição muscular no defeito ósseo (AABOE;
PINHOLT; HJORTING-HANSEN, 1995).
Storgard-Jensen et al. (1996) a firmaram que um substituto ósseo ideal deveria
ter as seguintes características: ser biocompativel, ser trocado por osso neoformado, e
deveria ter propriedades osteocondutivas ou osteoindutivas.
Mulatinho e Taga (1996) mostraram que no transcorrer do período de 6 meses,
após da colocação da matriz orgânica bovina, autolizada, parcialmente desproteinada,
é submetido a retirada de lipidios associada a hidroxiapatita reabsorvivel, ocorreu a
retirada total de hidroxiapatita e de quase toda matriz liofilizada, e a sua substituição
por tecido ósseo vital. E a reabsorção da matriz liofilizada sem a sua incorporação
ao tecido ósseo neoformada sugere que neste processo talvez tenha ocorrido a
atividade osteoindutora. No entanto, não devemos descartar a possibdade de nos
períodos iniciais do reparo, a matriz óssea e a hidroxiapatita terem atuado na
neoformação óssea pelo mecanismo da osteocondução.
Depois de um ano de acompanhamento, Bio-Oss revelou suficientes
propriedades osteocondutivas que confirmam os achados prévios (CLERGEAU et al .
1996).
Bio-Oss é um osso bovino desproteinado esterilizado com 75% a 80% de
porosidade e com um tamanho de cristal de aproximadamente 10 nm 17 na forma de
grânulos e blocos corticais e trabeculados.(STORGARD-JENSEN et al., 1996,
CLERGEAU et al., 1996).
Bio-Oss é um osso bovino mineral desproteinado usado como um material de
enxerto que tem sido usado para aumento de rebordos alveolares de ficientes
(SKOGLUND; HISING; YOUNG, 1997).
Berglundh e Lindhe (1997) em experimentos animais demonstraram que
partículas de Bio-Oss em grandes defeitos que se autocontiveram, tornaram-se
I 2
Resultados histológicos mostram que o Bio-Oss age com uma estrutura para
uma nova formação óssea (LORENZONI et al., 1998).
0 papel de carreador dos fatores de indução óssea potencialmente pode ser
desempenhado pelo osso bovino cortical ou medular, macro ou microgranular,
desproteinado, como já foi demonstrado em estudos clínicos (YUKNA et al., 1998).
0 uso de Bio-Oss isolado resulta em osso fechando completamente as janelas
de osteotomia em aumento de seio (MCALLISTER et al., 1998), os implantes com
Bio-Oss requerem significativamente maior força de remoção que os implantes controle
(HAAS et al., 1998) e aumento de seio usando Bio-Oss resultou em melhor colagem
entre implantes e osso em ovelhas.
As características desejadas de um biomaterial são: biocompatibilidade,
previsibilidade, aplicação clinica, sem riscos transoperatórios e sequelas
pós-operatórias mínimas, além de aceitação por parte do paciente. Apesar de não se ter
encontrado o material que preencha todos esses requisitos, atualmente há uma grande
variedade de opções para enxertos ósseos, associada a um avanço crescente no
desenvolvimento e aperfeiçoamento de materiais para esse fi m (OLIVEIRA et al.,
1999).
Muitos são os materiais disponíveis no mercado em vistas á reparação de zonas
13
entanto, ao profissional o conhecimento das propriedades e características destes de
modo que seja feita a correta seleção (WEINFELD et al., 1999).
Young; Sandstedt; Skoglund (1999) a fi rmaram que um dos substitutos ósseos
de uso rotineiro atualmente, o Bio-Oss, é uma hidroxiapatita inorgânica de origem
óssea bovina. Este material é dito como reabsorvivel e osteocondutivo.
Araújo et al. (2001) em seu estudo observaram que as partículas de Bio-Oss
foram rodeadas por um denso osso lamelar, incluindo muitos ósteons secundários.
Bio-Oss é um substituto ósseo bovino que tem sido utilizado para aumentar o
rebordo alveolar em homens e em animais experimentais, e também em procedimentos
de aumento de seio maxilar (CARMAGNOLA, 2001).
Muitos experimentos clínicos e estudos experimentais indicam que Bio-Oss
pode ser incorporado no tecido ósseo e que intimo contato sera estabelecido entre o
Biomaterial e o novo osso lamelar formado. (ARAÚJO et al., 2001).
Para substituir o osso autógeno, surgiram os biomateriais, que em 1986 foram
defi nidos pela Sociedade Européia de Biomateriais, como sendo qualquer substância,
droga, combinação de substancias de origem natural ou sintética, que pode ser usada
por um período como parte de um sistema tratado, ou como reposição de algum tecido.
14
Segundo Gomes (2002), a fisiologia é resumida na lei de Wolff, na qual
estabeleceu que uma força excessiva acarreta reabsorção. A força menos intensa e
interpretada como força de solicitação ou tensão, havendo neo-formação óssea. Nesta
função estão envolvidas as células que formam a matriz orgânica e inorgânica do
tecido ósseo, que são as seguintes:
a) células Osteoprogenitoras ocupam amplamente o tecido ósseo. Tem como
função dar origem, a outras células ósseas em condições normais. Nas emergências
são insuficientes, assim outras células mitoticamente competentes multiplicam-se para
compensar a solicitação;
b) osteoblastos: são os promotores da osteogênese. Estão localizados próximos
a superfícies ósseas onde depositam a matriz óssea. Tem como função produzir todos
os constituintes matriciais do tecido ósseo;
c) oste6citos: são células localizadas no interior do tecido osseo. São
responsáveis pela mobilização dos sais minerais do tecido ósseo. A mobilização dos
sais minerais é feita através de dois mecanismos: ionização e subseqüente saída dos
sais para cair nos vasos sanguíneos, e entrada dos sais para a matriz.
Os osteócitos são envolvidos pela matriz óssea, e para não se isolar
hermeticamente, essas células mantém-se em contato por meio de prolongamentos
celulares, que se situam no interior dos canaliculos, permeando a matriz e
transportando nutrientes e sais minerais. Pode-se dizer que a função básica dos
15
d) osteoclastos: são monácitos espiralados que nistologicamente apresentam
células gigantes mononucleadas, responsáveis pela reabsorção da matriz óssea.
Formam-se em resposta ao hormônio secretado pela paratireáide. A expectativa de
vida dos osteoblastos é de 21 dias, até 6 anos, osteócitos 20 anos, osteoclastos 40
dias. Diariamente é reabsorvido 0,7% do esqueleto humano, e substituído por osso
novo;
e) matriz orgânica: é composta por colágeno 95% (tipo I, Ill e V),
proteoglicanos,1°A de ácido hialurônico, sulfato de condroitina, querato sulfato, e 4% de
proteínas osteomnorfogenéticas ( POMGs);
f) matriz inorgânica: agua, 85% de sulfato de cálcio, citratos e fluoretos.
3.2 Compatibilidade do osso xenógeno
Bio-Oss tem sido mostrado ser altamente biocompativel com tecidos duros orals
em animais e humanos e preenche o critério de material osteocondutivel
(BERGLUNDH; LINDHE, 1997).
Foi possível observar o contato o Bio-Oss e o osso neoformado, sem espaços
na interface. Propriedades osteocondutivas positivas podem ser documentadas pelo
Bio-Oss pelo contato fechado entre o material e o osso neoformado.(VALENTIN I et al.,
lo
MacCallister et al. (1999) em suas pesquisas objetivando o aumento do rebordo
alveolares na área posterior do maxilar, para colocação de implantes em chimpanzés,
observados por 18 meses, encontraram que partículas de osso anorgánico bovino
estavam completamente incorporadas na estrutura lamelar 6ssea, área de aparente
reabsorção de Bio-Oss e reposição com osso vital foram evidentes, mostrando urna
excelente qualidade óssea. Concluiram que o uso do osso liofilizado bovino sozinho ou
com proteína morfogenética óssea fornece quase o completo fechamento da janela
osteotomizada sem o uso de membrana.
Maiorama et al. (2000) utilizaram enxerto autógeno combinado com Bio-Oss na
proporção 1:1 em seios maxilares. Dez pacientes foram tratados e 12 procedimentos
de enxerto em seio pela técnica de dois estágios cirúrgicos foram realizados. Cinco a 7
meses depois, 30 implantes (Frialit-2) foram instalados e amostras ósseas foram
coletadas. Tendo sido feita uma avaliação histológica, os resultados demonstraram que
o Bio-Oss é um material osteocondutor confiável e que sua combinação com enxerto
autógeno levaria a formação de novo osso com aumento de sua densidade.
A integração óssea do Bio-Oss 6, grandemente nfluenciada pela resposta
individual do paciente do que dependente do tempo decorrido da implantação do
mesmo (YILDIRIM et al., 2001).
Para Araújo et al. (2002) é observado que as dimensões do enxerto que contem
'7
inalterada e que moderadas quantidades de novo osso formada é a base deste
enxerto
Embora sabe-se das restrições inerentes ao uso de enxertos oriundos de
espécies diferentes, foi possível veri ficar uma favorável biocompatibilidade do material
empregado (Osseobond) em nosso caso. Associada a esta qualidade biológica a
necessidade da correção dos defeitos ósseos, é possível destacar:
a) os enxertos xenógenos constituem uma favorável opção na reconstituição
periodontal;
b) as utilizações de enxertos xenógenos não implicam em aumento no número de
intervenções cirúrgicas do paciente, assim como pós-operatórios desfavoráveis;
c) enxertos xenógenos demonstram ser biologicamente compatíveis, desde que
corretamente processados;
d) os xenoenxertos possuem uma fonte inesgotável e baixo custo;
3.3 Reabsorção do osso xenógeno
É discutivel sobre o Bio-Oss ser um material reabsorvivel, já que tem sido
encontrado partículas depois de 44 semanas de pós-operatório. Neste caso em
particular, houve ainda persistência de partículas de Bio-Oss no osso neoformado,
diminuindo com o tempo, provando a propriedade de reabsorção lenta e regeneração a
is
Em exames radiográficos têm sido possível a identificação da presença de
Bio-Oss granulado mesmo depois de passados 7 anos e histologicamente mesmo depois
de 44 meses do aumento do rebordo alveolar da maxila (SKOGLUND: HISING:
YOUNG, 1997). Isto leva os autores a dúvida quanto a reabsorção do material.
Atividades osteoclbsticas parecem afetar a aposição de osso dos pacientes, ela mesma
orientada pela maneira que acontece o processo bovino (SCHLEGEL, 1996)
A degradação das partículas de Bio-Oss é um processo evidentemente muito
lento (JENSSEN et al., 1996, BERGLUNDH, LINDHE, 1997).
A area densa de osso não foi influenciada de modo negativo na area regenerada
pelo enxerto comparada a zona de osso pré-existente. 0 enxerto com BIO-OSS não
diminui a capacidade adaptativa do novo osso para dar aumento de osteointegração
na superfície do implante. Entretanto a reabsorção do BIO-OSS não é observada
apesar das excelentes propriedades de osteocondução deste material (VALEN TINI et
al., 1998).
Young; Sandstedt; Skoglund (1999) comentaram que a Implantação de osso
mineralizado autógeno resulta na reabsorção de partículas ósseas, e osteoclastos
foram freqüentemente achados nas lacunas de Howship. Entretanto formação de novo
osso foi vista em proximidade a estas partículas ósseas. Em casos onde o Bio-Oss foi
implantado, a matriz de tecido conjuntivo tipo estroma foi distintamente denso ao redor
I L) freqüentemente irregulares, presumindo que o material foi degradado enquanto foi
reabsorvido. Afirmaram ainda que a implantação de osso xenogeno inorgânico,
Bio-Oss, em defeitos ósseos em coelhos resultou em regeneração óssea. Entretanto,
reabsorção de material implantado não foi evidente.
Osso autogeno e medular representam o melhor material de enxerto, mas
certamente a quantidade de reabsorção deve ser levada em consideração por causa
do processo de remodelação fisiológico. Substitutos ósseos como os aloplásticos ou
materiais xenogenos não podem repor completamente o osso autogeno, desde que
eles não possuem propriedades osteoindutivas e osteoproliferativas. Entretanto, eles
são usualmente reabsorvidos de 6 a 8 meses, mais lentamente que osso trabeculado
Então, a combinação de PCBM e materiais osteocondutivos podem ter todas as
vantagens associadas com propriedades de auto-enxerto e prover boa manutenção do
volume do enxerto por causa da lenta reabsorção osteocondutora (MAIORANA et al.,
2000).
Artzi et al. (2000) concluiram que o material (Bio-Oss) pode ser considerado
biocompativel, mas a reabsorção do material de enxerto não é observada no período
de 9 meses.
O Bio-Oss quando incorporado ao osso, sera mantido como um inativo material
de obturação e somente sera utilizado e reabsorvido quando o tecido sofrer
)o
Carmagnola (2001) em seu experimento observou que enxerto de Bio-Oss
mantém o volume e estrutura de osso trabecular. Este achado esta em concordância
com as observações que documentam este material e apenas lentamente e
reabsorvivel quando aplicados em humanos e experimentos animais.
3.4 Aplicação Clinica
Misch et al. (1993) apresentaram uma escala de defeitos ósseos para ajudar na
escolha dos materiais de enxerto:
a) defeitos ósseos de cinco paredes: cinco paredes remanescentes; o próprio
reparo do alvéolo produzirá novo osso sem a necessidade de aumento e quase
nenhum biomaterial reabsorvivel. Porém, o uso de biomaterial para preenchimento
poderá auxiliar na manutenção do volume alveolar;
b) defeitos ósseos de quatro paredes: a perda de duas paredes ósseas do
alvéolo, normalmente a oclusal e a vestibular, se não forem utilizados os substitutos
ósseos, ocorrerá penetração de tecido fibroso pela vestibular e oclusal, ocupando os
espaços e como conseqüência, o volume do rebordo ficará comprometido. Para esses
casos, é preconizada a utilização de um biomaterial reabsorvivel associado ao enxerto
aut6geno;
c) defeitos ósseos de três ou duas paredes: requerem o uso de enxerto ósseo
devido ao tamanho do defeito, o que aumenta a previsibilidade e rapidez no reparo do
defeito ósseo. Os biomateriais podem ser somados ao enxerto para manter o espaço e
21
d) defeitos de uma parede: é mais bem tratado com enxertos autógenos onlay
em blocos. Podem ser associados a um biomaterial ao redor do enxerto autogeno
onlay para complementar o volume adequado de osso, devendo ser recoberto por uma
membrana.
As partículas de Bio-Oss parecem ter agido como um material osteocondutivel
reabsorvivel no aumento do seio, desde a formação de novo osso lamelar entre contato
com as partículas do enxerto (HURZELER et al., 1997).
Nos recentes anos, muitos trabalhos corn Bio-Oss em diferentes condições
clinicas têm sido relatados na literatura. Nova formação óssea tem sido observado
acima de superfícies implantares expostas usando Bio-Oss associado com membranas
(ZITZMAN et al., 1997) e significativamente mais novo osso em tratamento de defeitos
com Bio-Oss que nos tratados com bioglass (SCHMITT et al., 1997).
Os resultados obtidos mostraram que a matriz liofilizada bovina induziu após 6
meses, e as vezes já aos 3 meses, o fechamento total para alguns casos e quase que
total para outros, de defeitos ósseos de 8mm produzidos em crânios de cobaias. Como
todos os defeitos ósseos controles mantiveram-se abertos, os resultados obtidos têm
alta relevância, uma vez que, o reparo ósseo que ocorreu nos defeitos ósseos tratados,
so pode ser atribuído a matriz óssea liofilizada bovina utilizada no preenchimento das
Zitzmann et al. (1997) estudaram o uso do BIO-OSS " "
l.A.J111 111C1111.JICAI ICA
colágeno de duas camadas lentamente reabsorvi'veis e urna membrana ue politetrafluoroetileno expandida não reabsorvivel em sítios expostos de implantes. Os
resultados mostraram urna média de 92% de preenchimento Osseo em sítios cobertos
pela membrana reabsorvível.
Estudos clínicos recentes indicaram que o enxerto xenógeno Bio-Oss pode ser
usado como um seguro e previsível material para preencher defeitos remanescentes ao redor de plantes titânio instalados em locais de extração imediata (SKOGLUND. IlISING; YOUNG, 41 997).
A mais avançada e especifica aplicação de apatita bovina na odontologia, parte
I IQ em
combinagão com outros rnateriais transplante, têm sido testado na elevação
seio maxilar. Elevação de seio maxilar usando osso xencigeno tern sido usado corn
C', I ',CAC t-N corn base em pesquisas feitas em animais: macacos, Hurzeler et al. (1997); cães, Wetzel et 'al. (1995): nIke,..0, •-t .-% 1
I GI ot (1998) ninre, ai alui aplicaterZes
terapêuticas 'ern humanos 'I alentini e Abensur (1997); 'Alallace; in , Tam Tairno\N-
Um estudo .u: .L0 .feito por 'Flurzeler et al. (1997) mostrou que ).O Th.., pode ser
- r r
usa. Implantes dentários' corno urn SU bstituto áss^^ --e-er-ção
23
Skoglund; Hising; Young (1997) colocaram partículas de Bio-Oss como enxertos
onlays em cristas de rebordos alveolares críticos em 6 pacientes edêntulos Os
enxertos foram incorporados as mandíbulas dos 6 pacientes de 9 a 44 meses de
acompanhamentos. Foi misturado ao enxerto um selador de fibrina.
0 osso xenogeno de origem bovina (biobone) é um material confiavel para ser
utilizado em procedimentos cirúrgicos; sendo capaz de promover osteogênese normal
com preenchimento total da loja óssea aos 90 dias (FERNANDES; MACHADO.
MINELLO, 1998).
Piattelli et al. (1999) afirmaram que os achados suportam o uso de Bio-Oss para
procedimentos de aumento de seio. Quando usado com este fim, pode levar a uma
apropriada osteointegração do implante dental.
Osso particulado inorgânico bovino pode ser colocado diretamente no defeito
ósseo e ser mantido em posição pelo sangue coagulado e pelo tecido gengival
envelopado em cima do enxerto. Tem sido usado em sitos de extrações para
prepará-los para implantação futura tão cedo quanto 8 semanas depois da extração, baseado
na assumida fixação óssea na presença do material. Osso bovino inorgânico é
composto de várias formas de fosfato de cálcio que são comumente achados em tecido
ósseo mineralizado e por isso é acreditado ser reabsorvido e trocado com tecido
24
Piatelli et al. (1999) conduziram uma analise histológica a longo prazo de
biopsias ósseas de seios maxilares que foram preenchidos com Bio-Oss Amostras
foram retiradas de 20 pacientes após diferentes períodos (6 meses a 4 anos) e
processadas para obtenção de 3 seções circulares finas. As partículas de Bio-Oss
estavam circundadas, em sua maior parte, por osso compacto maduro Em alguns
canais harvesianos, foi possível observar pequenos capilares, células mesenquimais e
osteoblastos em conjunto como novo osso. Não existia gaps presentes na interface
Bio-Oss/osso neoformado. Em amostras retiradas a 18 meses e a 4 anos apos, foi
possível verificar osteoclastos em processo de reabsorção de partículas de Bio-Oss e
osso neoformado vizinho ao processo. Bio-Oss mostra-se ser um material
biocompativel e osteocondutivo, apesar da reabsorção lenta em humanos (partículas
presentes após 4 anos), e pode ser usado como sucesso como substituto ósseo em
cirurgias de seios maxilares.
A quantidade de osso conseguido com a remoção das regiões doadoras como a
Tuber, região retromolar, é freqüentemente insuficiente para um procedimento cirúrgico
como, por exemplo, a elevação do seio maxilar (YILDIRIM et al., 2000).
As observações ósseas histológicas da integração do Bio-Oss granulado e os
bons resultados clínicos na forma de relativo auto-sucesso no momento de abertura
dos implantes parecem suportar a apatita bovina como sendo um OW substituto Osseo
humano para aumento de seio maxilar. As propr edades osteocondutivas do Bio-Oss
substituto e como do trabeculado entre as part cuias de Bio-Oss (YILDIRIM et al.,
2000)
Valentini et al. (2000) concordaram que o material xenogenico
é
osteocondutor econveniente para ser aplicado ao redor de implantes com a finalidade de se conseguir
formação óssea.
Os exames histológicos das espécies do aumento de seio maxilar com Bio-Oss
e osso trabeculado confirmaram as propriedades osteocondutivas do osso bovino
desproteinado, como mostrado pelas atividades e osteoblastos ao redor das partículas
de Bio-Oss (MAIORANA et al., 2000).
Valentini et al. (2000) estudaram a eficácia do Bio-Oss na elevação do assoalho
do seio maxilar. Os resultados encontrados após 6 meses mostraram as partículas de
Bio-Oss distribuídas homogeneamente e pontes de osso interligando-as, entre a
trabéculas é observado tecido fibroso e bem vascularizado.
Em areas periféricas de osso neoformado, células do tipo osteoclbsticas podiam
ser observadas na superfície do Bio-Oss. Este achado demonstra que 6 meses depois
do procedimento de enxertia, havia alguma atividade de formação de osso na area
central e mais na periferia do enxerto. Pode ser especulado que em periodos longos de
espera, uma formação óssea mais extensa poderia ter ocorrido com o enxerto
26
Froum et al. (2002) utilizaram o Plasma Rico em Plaquetas (PRP) em três casos
bilaterais de enxertia de seio maxilar. O objetivo dos autores foi testar a eficácia do
PRP em cirurgias de seio maxilares associado ao osso bovino inorgânico (enxerto
xenogeno). 0 osso autógeno foi utilizado ern baixas concentrações, sendo que em
alguns casos, não foi usado. Análises histomorfométricas indicaram que a adição do
PRP aos enxertos resultou em diferença estatística não significativa na produção de
osso vital ou mesmo na area de contato ósseo dos implantes testados.
Na presença de partículas de Bio-Oss aumenta a reabsorção da tábua vestibular
cortical nos sítios de extração e se a presença de partículas de Bio-Oss realçam a
formação óssea para criar uma nova tábua óssea vestibular quando ela esta faltando,
então este uso em defeitos de 3 paredes de extrações ou na presença de fino osso
vestibular pode ser indicado (INDOVINA; BLOCK, 2002).
Tadjoedin et al. (2003) avaliaram o Bio-Oss como substituto osseo em cirurgias
de seios maxilares. 0 Bio-oss foi utilizado em urna mistura (20% a 100%) com osso
autogeno, em 5 pacientes com necessidade de reconstrução da região posterior da
maxila. Os tempos de cicatrização variam de 5 a 8 meses. Vinte biópsias verticais
foram retiradas nas cirurgias de implantes e utilizadas para avaliação
histomorfométrica. Os resultados mostraram que as partículas de Bio-Oss estavam
interconectadas por pontes de osso vital neoformado. 0 volume ósseo nas areas
17
variação de 37% a 23%), no entanto, o volume total de material mineralizado
(Osso+Bio-Oss) permaneceu constante em todos os 5 pacientes (entre 53% e 59%). A
porcentagem de contato entre osso e as partículas de Bio-Oss permaneceu estável
(média de 35%) e não pode ser relacionada com a quantidade de Bio-Oss enxertado
utilizado. Apesar do restrito número de amostras, o uso de Bio-Oss, preferencialmente
combinado com osso autógeno, mostra-se útil nas cirurgias de seios maxilares.
3.5 Vantagens e Desvantagens
Além de fornecer urna estrutura de suporte e osteocondução, podem prover
também um alto conteúdo de cálcio e fósforo, essenciais para a neoformação do tecido
ósseo (DAMIEN et al. ,1995; SCIADINI et al., 1997).
Osso inorgânico mineral e hidroxiapatita cerâmica sintética densa provaram ser
biocompativeis e uma regeneração óssea em longo prazo foi observada. Bio-Oss
parece ser osteointegrado em urn grau maior que outros materiais quando comparado
a outro substituto ósseo bovino (Endoban, Pro Osteon 500 a lnterpore 500
HA/CC)(JENSSEN et al., 1996).
Young; Sandstedt; Skoglund (1997) afirmaram que para combater a limitação
dos enxertos autógenos, diversos materiais estão sendo desenvolvidos para fornecer
as mesmas características destes enxertos, obtendo massa para substituição do
IS
gradativamente reabsorvido e novo osso sendo vascularizado e mineralizado como e o
caso de materiais produzidos a partir de osso bovino, também conhecidos como osso
xenogeno mineral.
Valentini e Abensur (1997) mostraram que depois de 6 meses, haviam
formações de pontes entre as partículas de apatita. Depois de 12 meses, as particulas
do Bio-Oss estavam totalmente integradas no novo osso_ Desde que o osso alógeno
não mostrou invaginações no trabeculado ósseo, os autores recomendaram uso
exclusivo do substituto bovino.
0 uso do Bio-Oss em procedimentos de osteointegração pode trazer benefícios
para regeneração óssea sem significante risco de infecção ou doença transmissível
(PEETZ, 1997).
0 uso de osso xenógeno tem sido uma alternativa para a regeneração óssea e.
sendo o osso aqui utilizado de origem bovina, os estudos realizados com matriz óssea
bovina liofilizada vêm demonstrando sua capacidade osteoindutora, notando-se o
preenchimento das lojas cirúrgicas com osso organizado, sadio e com uma reabsorção
completa das partículas de matriz (TAGA et al., 1997; PELEGRINE, 1999).
As inúmeras pesquisas realizadas na busca de materiais que substituam os
enxertos ósseos autógenos estão sendo desenvolvidas com o intuito de diminuir os
apresentam em relação aos enxertos aloplasticos, tais como: necessidade de mais de
uma equipe cirúrgica, morbidade do sitio doador, desconforto pós-operatório maior pois
ha duas regiões operadas, necessidade de uma fonte doadora (FERNANDES,
MACHADO; MINELLO, 1998).
Weinfeld et al. (1999) afirmaram que na presença do material (Biobone) utilizado
em defeitos ósseos, há estimulação da osteogênese, recuperando a estrutura perdida
de uma forma mais rápida, quando comparada a sua não utilização, funcionando o
material como uma base para formação óssea.
Bio-Oss foi considerado ser o mais favorável material restaurador de defeitos
ósseos. Pode-se verificar também, através de observações clinicas o seu potencial
osteocondutivo (CAUVVELS; MARTENS, 1999).
Resultados positivos relacionados com a utilização de osso inorgânico bovino
foram relatados anteriormente (STEPHAN, 1999) sugeriu o grande potencial deste tipo
de material quanto a seu emprego como carreador de proteínas e fatores de
crescimento, devido á capacidade de osteoblastos em culturas crescerem aderidos a
sua superfície.
Substitutos ósseos podem ser divididos em duas grandes categorias. Uma
consiste de uma matriz orgânica feita por osso xenógenos desmineralizados ou pela
embebidas. Osso desmineralizado pode ter o risco de transmissão patbgena do
hospedeiro, performance inconsistente, suplemento limitado e tênue habilidade
indutiva. 0 uso de proteínas humanas osteoindutivas recombinantes embebidas em
matrizes de colageno são promissoras. 0 outro grande grupo consiste de matriz
inorgânica feita por um aglomerado de cálcio e fosfato como hidroxiapatita ou por osso
xenógeno desproteinado. Osso mineral inorgânico, se usado isolado, não mostra
capacidade de reparar defeitos críticos maxilofaciais.(MERKX et al., 1999a, 1999b).
Carmagnola et al. (1999) realizaram um experimento ,in vitro, com Bio-Oss em
um grande defeito de uma parede que foi preparado na porção edêntula da mandibula
em cães beagles. Oito meses mais tarde, pegas imóveis foram colocadas na ponte
"deficiente como um meio que a porção lingual do implante foi integralmente revestida
como osso, enquanto a vestíbulo-proximal e marginal não tinham osso contactando.
Após 3 meses de acompanhamento, as pontes foram expostas e conecções tipo
abutment foram colocadas. 0 exame histológico revelou que:
a) um profundo defeito vertical tinha consistencialmente formado na
superfície lingual dos implantes;
b) a atividade óssea de remodelação foi aumentado em ambas porções,
lingual e vestibular.
Já Stephan (1999) relatou que a hidroxiapatita sintética possui microestrutura
e tamanho do cristal muito diferente do osso natural, o que poderia produzir resposta
31
composição química, porosidade, tamanho e forma semelhantes a humana, que parece
ter um comportamento mais fisiológico durante a regeneração óssea.
Stephan et al. (1999) concluíram como vantagem que, o osso bovino pode
fornecer um suporte de matriz para a formação óssea por dois mecanismos:
a) atuando como material de reabsorção lenta;
b) servindo de matriz inicial para a osteogenese
Lewandrowski et al. (2000) relataram que os produtos sintéticos tem
demonstrado um risco aumentado quanto a infecção viral e complicações, afi rmaram
que substitutos ósseos xenogenicos podem reduzir as desvantagens associadas com
osso autógeno, alógeno ou outros materiais sintéticos.
Os achados clínicos revelam uma grande densidade óssea que pode ser achada
com enxertos de osso trabeculado somente. Nenhum efeito negativo foi encontrado
com o uso de Bio-Oss para aumento de seio maxilar em associação com implantes
dentais (MAIORANA et al., 2000).
Carmagnola et al. (2000) em seu estudo observaram que formação de osso
falhou em ocorrer em um grande defeito ósseo de uma parede, que foi aumentado em
direção vertical e lateral corn o desproteinado, natural osso bovino mineral (Bio-Oss),
misturado com um selador de fibrina (Tissel). No aumento da porção da crista, as
tecido mole e foram separadas do osso e implante por uma bem definida cápsula de
tecido conjuntivo.
Observações histológicas da integração dos grânulos de Bio-Oss, tão bem como
dos implantes osteointegrados, confirmam as sugestões que a combinação de Bio-oss
com osso autógeno pode ser OW como material de enxerto (YILDIRIM et al 2001).
Lenta reabsorção corno remodelação fisiológica quando Bio-Oss é usado em
aumento de seio, parece apropriado, porque um rápido processo de degradação
poderia ser perigoso para a estabilidade do sitio implantbrio (YILDIRIM et al 2001).
Os resultados do estudo indicam que o material substituto ósseo bovino
desproteinado (Bio-Oss) usado isolado ou em combinação com enxerto de osso
autógeno capaz de garantir a osteointegração para tomar lugar e permanecer estavel
um período superior de 4 a 6,5 anos depois de em função. As reavaliações
constataram mucosa peri-implantar saudáveis, e radiografias indicaram margens
ósseas estáveis (MAYFIELD et al., 2001).
3.6 Autógeno X Xemigeno
Existem dois tipos básicos de incorporação de materiais ósseos substitutos:
osteocondução e osteoindugão. Em osteocondução, o substituto ósseo serve como
3ibltoteco Universitária
I
UFSC
osteoprogenitoras ocorrem do local de osso transplantado. Em contraste, na
osteoindução, a formação de novo osso é ativada por substancias indutivas, como a
BMP e fatores de crescimento especiais que promovem diferenciação de células
osteoprogenitoras em osteoblastos, condroblastos, ou ambos. Estas propriedades
osteoindutivas são atribuídas ao osso autogeno que é considerado como o padrão ouro
e tem o melhor prognostico como sitio para implante. Não há limites no osso autógeno
com respeito a compatibilidade (MOY, LUNDGREN; HOLMES, 1993)
Os três diferentes processos associados com sucesso dos enxertos ósseos são.
osteogênese, osteoindução e osteocondução. (AABOE; PINHOLT,
HJORTING-HANSEN, 1995; BUSER et al., 1996, BOYNE, 1997, GARG, 1999).
Osteogênese: é a formação e desenvolvimento do osso. 0 enxerto osteogênico
é derivado do composto tecidual, relacionado ao crescimento ou a reparação óssea. As
células osteogênicas podem estimular a formação óssea em tecidos moles ou ativar
rapidamente a formação de osso em locais ósseos. (AABOE; PINHOLT;
HJORTING-HANSEN, 1995; BUSER et al., 1996).
Osteoindução: é o processo de estimulação da osteogênese. Os enxertos
osteoindutores podem ser usados para aumentar a regeneração óssea, podendo
inclusive crescer ou estender-se para uma área onde normalmente não é encontrado
(formação óssea heterotopica), sendo isto aplicável somente no caso da ossificação
34
ser ativada em contato com ossos existentes (AABOE; PINHOLT;
HJORTING-HANSEN, 1995; BUSER et al., 1996).
A neoformação óssea, após um procedimento cirúrgico no esqueleto, depende
basicamente de dois mecanismos: proliferação de células osteoprogenitoras no osso
lesionado e a migração de células formadas para o espaço da lesão ou junto de
superfície de um material implantado, com subseqüente deposição de tecido ósseo, ou
recrutamento de células mesenquimais indiferenciadas presentes na zona de lesão,
que se diferenciam em células osteogênicas, sob um estimulo indutivo adequado. 0
primeiro mecanismo é designado de osteocondução e o segundo de osteoindução (
MUTATINHO; TAGA, 1996).
E do conhecimento cientifico que o melhor material de enxerto é o osso
autbgeno, devido as suas propriedades biológicas e a ausência de rejeição. No entanto
existem inconvenientes como: hospitalização, necessidade de anestesia geral, maior
risco de infecção, maior período de convalescença e maior custo; fatores este que
dificultam o procedimento contribuindo para o desenvolvimento e produção de
substitutos ósseos sintéticos ou biológicos (TAGA, 1996).
Apesar de seu grande poder de reparo espontâneo quando lesionado, o tecido
ósseo não responde convenientemente quando acometido de extensa perda devido a
traumas ou processos patológicos. Uma das alternativas mais viáveis nesses casos é o
frilIneoca baseta•
CJ 9.0
osteoindução. No entanto, importantes inconvenientes como a necessidade de
internação, maior período de convalescença, susceptibilidade a infecções no sitio
doador e ainda reabsorção progressiva e constante (GOSAIN, 1997) estimularam a
busca do substituto ideal para este tipo de enxerto.
Não está claro como que o material de enxerto ósseo é mais susceptivel a sua
técnica Osso autógeno trabecular é o material de enxerto ideal, mas é usado com
restrição pelas dificuldades inerentes ao procedimento; conseqüentemente a variedade
de substitutos ósseos ou xenógenos têm sido testados (HURZELER et al., 1997;
BERGLUNDH; LINDHE, 1997).
0 tratamento de lesões ósseas crânio-buco-faciais extensas deve ser realizada
pela técnica do enxerto ósseo autógeno, quando o tecido ósseo vital é retirado de uma
area doadora e rapidamente transferido para o local da lesão, mas esse procedimento
nem sempre pode ser realizado pelo cirurgião devido a di ficuldade de obtenção de
tecido osseo su ficiente da area doadora ( TAGA et al., 1997).
Fernandes; Machado; Minello (1998) afirmaram que embora o osso autógeno
continue sendo considerado o melhor material de enxerto para reparar areas ósseas
perdidas em cirurgia, apresenta algumas desvantagens. Os enxertos que são
clinicamente viáveis para o uso são autógenos não vascularizados (esponjoso e
cortical) enxerto autógeno vascularizado (pediculado e livre) e enxertos alogenos e
Os enxertos ósseos autógenos mais utilizados atualmente são obtidos da crista
de iliac°, da costela, da calota craniana, da tibia, do radio e da fibula ( FERNANDES,
MACHADO; MINELLO, 1998).
0 achado que a superfície de contato entre o implante e o osso neoformado foi
maior que o calculado para o osso residual embaixo do seio pode ser o resultado da
grande afi nidade do novo osso neoformado comparado ao osso pré-existente com
superfície de titânio (VALENTIN' et al., 1998).
Enxertos autógenos implicam em dois tempos operatórios ou na utilização de
um "banco de ossos", associado ainda esta o fator econômico (VVEINFELD et al .
1999).
Osteocondução envolve o uso de materiais substitutos de osso inerte ou
autógeno não viável, além de enxertos alógenos de bancos de osso, que oferecem
pouco ou nenhum estimulo as células pluripotenciais do defeito (BOYNE, 1999).
Resultados histológicos mostram que Bio-Oss geralmente age como uma
estrutura para nova formação óssea, e esta substituição requer no mínimo 8 meses
para ser completa. Sessões preparadas após 5 meses depois de ser feito o aumento
de seio maxilar, mostraram Bio-Oss retido em tecido fibroso, com novo osso lamelar
3 7
Kasabah et al. (2002) determinaram, em seios maxilares enxertados com
Bio-Oss, a previsibilidade de implantes endósseos instalados. 185 implantes (109 implantes
de titánio e 76 implantes revestidos com hidroxiapatita) foram instalados e 77 pacientes
(92 seios maxilares) em procedimento único ou dois estágios. Uma mistura de sangue
venoso do paciente e Bio-Oss foi usado dentro de 20 seios maxilares (Grupo 1) e a
associação de osso autógeno particulado e Bio-Oss dentro de 72 seios maxilares
(grupo2). Trinta e nove implantes foram colocados no grupo 1, e 147 implantes no
grupo 2. Os seios enxertados foram avaliados clinica e radiograficamente nas cirurgias
de segundo estágio. Apenas 2 implantes falharam (1,08%) pertencentes ao Grupo 2
(98,91% a taxa de sobrevivência). Nenhum beneficio clinico foi obtido pela combinação
com osso aut6geno (p<0,05). Não houve diferença estatística para diferentes implantes
utilizados. Todos os seios enxertados permitiram a instalação de implantes de no
minimo, 12 mm de altura. Os resultados, apesar de curto prazo, suportam a hipótese
de que Bio-Oss pode ser um material bastante útil para as cirurgias de enxerto no seio
_IS
3 DISCUSSÃO
Sicca et al. (2000) citaram as características desejadas de um material ósseo
substituto: biocompatibilidade, previsibilidade e aplicação clinica sem riscos
trans-operatórios e sequelas pós-operatórias mínimas, além de aceitação por parte do
paciente. Apesar de não se ter encontrado um material que preencha todos os
requisitos, atualmente há uma grande variedade de opções para enxertos ósseos,
associada a um avanço crescente no desenvolvimento e aperfeiçoamento de materiais
para esse fim, concordando com Storgard-Jensen et al. (1996).
Oliveira et al. (1999) também afirmaram que as características desejadas de um
biomaterial são: biocompatibilidade, previsibilidade, aplicação clinica, sem riscos trans
-operatórios e sequelas pós-operatórias mínimas, além de aceitação por parte do
paciente. Apesar de não se ter encontrado o material que preencha todos esses
requisitos, atualmente há uma grande variedade de opções para enxertos ósseos,
associada a um avanço crescente no desenvolvimento e aperfeiçoamento de materiais
para esse fim.
Valentini et al. (2000) concordam que o material xenogênico é osteocondutor e
conveniente para ser aplicado ao redor de implantes com a finalidade de se conseguir
39
Cauwels e Martens (1999) afirmaram que o Bio-Oss foi achado ser o mais
favorável material restaurador de defeitos ósseos. Pode-se observar também, através
de observações clinicas o seu potencial osteocondutivo, concordando com Valentini et
al. (2000) que as partículas de Bio-Oss parecem agir como um material osteocondutivel
reabsorvivel no aumento do seio, desde a formação de novo osso lamelar era em
contato com as partículas do enxerto.
Valentini e Hammerle (1998) também afirmaram que foi possível observar o
contato o Bio-Oss e o osso neoformado, sem espaços na interface. Propriedades
osteocondutivas positivas podem ser documentadas pelo Bio-Oss pelo contato fechado
entre o material e o osso neoformado.
Maiorana et al. (2000) em seu trabalho reafirmaram que os exames histológicos
das espécies do aumento de seio maxilar com Bio-Oss e osso trabeculado confi rmaram
as propriedades osteocondutivas do osso bovino desproteinado, como mostrado pelas
atividades e osteoblastos ao redor das partículas de Bio-Oss.
O Bio-Oss quando incorporado ao osso, será mantido como um inativo material
de obturação e somente será utilizado e reabsorvido quando o tecido sofrer
remodelação (ARAÚJO et al. ,2001).
Carmagnola (2001) concorda afi rmando que em seu experimento observou que
40
em concordância com as observações que documentam este material e apenas
lentamente é reabsorvível quando aplicados em humanos e experimentos animais.
Clergeau et al. (1996) e Skoglund; Hising; Young (1997) concordam dizendo que
e discutido sobre o Bio-Oss ser um material reabsorvivel, com eles tem achado
partículas depois de 44 semanas de pós-operatório. Neste caso em particular. houve
ainda persistência de partículas de Bio-Oss no osso neoformado, diminuindo com o
tempo, provando a propriedade de reabsorção lenta e regeneração a longo prazo.
Entretanto, Young; Sandstedt; Skoglund (1999) afirmaram que a implantação de
osso mineralizado autogeno resulta na reabsorção de partículas osseas, e osteoclastos
foram freqüentemente achados nas lacunas de Howship. Entretanto formação de novo
osso foi vista em proximidade a estas partículas ósseas. Em casos onde o Bio-Oss foi
implantado, o tecido conjuntivo do tipo estroma foi distintamente denso ao redor das
partículas. Entretanto, o contorno das partículas de Bio-Oss foram freqüentemente
irregulares, presumindo que o material foi degradado enquanto foi reabsorvido.
Yildirim et al. (2001) concluíram afirmando que uma lenta reabsorção como
remodelação fisiológica quando Bio-Oss é usado em aumento de seio, parece
apropriado, porque um rápido processo de degradação poderia ser perigoso para a
41
Já Maiorama et al. (2000) ressaltaram que o osso autógeno e medular
representam o melhor material de enxerto, mas certamente a quantidade de
reabsorção deve ser levada em consideração por causa do processo de remodelação
fisiológico. Substitutos ósseos como os aloplásticos ou materiais xenogenos não
podem repor completamente o osso autógeno, desde que eles não possuem
propriedades osteoindutivas e osteoproliferativas. Entretanto, eles são usualmente
reabsorvidos em 6 a 8 meses, mais lentamente que osso trabeculado. Então, a
combinação de osso autógeno e materiais osteocondutivos podem ter todas as
vantagens associadas com propriedades de auto-enxerto e prover boa manutenção do
volume do enxerto por causa da lenta reabsorção do osso xenógeno.
Carmagnola (2001) citou o Bio-Oss como um substituto ósseo derivado bovino
que tem sido utilizado para aumentar o rebordo alveolar em homens e em animals
experimentais e também em procedimentos de aumento de seio maxilar.
Já Yildirim et al. (2000) concordam com Fernandes; Machado; Minello (1998)
dizendo que a quantidade de osso conseguido com a remoção das regiões doadoras
como a tuber, região retromolar, é freqüentemente insuficiente para um procedimento
cirúrgico como, por exemplo, a elevação de seio maxilar.
Taga et al. (1997) completa o pensamento afirmando que o tratamento de lesões
ósseas crânio-buco-faciais extensas deve ser realizada pela técnica do enxerto osseo
42
transferido para o local da lesão, mas esse procedimento nem sempre pode ser
realizado pelo cirurgião devido a dificuldade de obtenção de tecido ósseo suficiente da
área doadora.
Já para Berglund e Lindhe (1997), Bio-Oss tem sido mostrado com altamente
biocompativel com tecidos duros orais em animais e humanos e cumpre o criteno de
material osteocondutivo.
Lewandwski et al (2000) rebatem dizendo que os produtos sintéticos tern
demonstrado um risco aumentado quanto a infecção viral e complicações, afi rmam que
substitutos ósseos xenogênicos podem reduzir as desvantagens associadas com osso
autógeno, alógeno ou outros materiais sintéticos.
Peetz (1997) afirmou que o uso do Bio-Oss em procedimentos de
osteointegração pode trazer benefícios para regeneração óssea sem significante risco
de infecção ou doença transmissível.
Stephan (1999) completa relatando que a hidroxiapatita sintética possui
microestrutura e tamanho do cristal muito diferente do osso natural, o que poderia
produzir resposta biológica indesejada. 0 osso cortical bovino
é
uma hidroxiapatitanatural de composição química porosidade, tamanho e forma semelhantes a humana,
4-
O uso de osso xenbgeno tem sido uma alternativa para a regeneração óssea e,
sendo o osso aqui utilizado de origem bovina, os estudos realizados com matriz óssea
bovina liofilizada vêm demonstrando sua capacidade osteoindutora, notando-se o
preenchimento das lojas cirúrgicas com osso organizado, sadio e com urna reabsorção
completa das partículas de matriz (TAGA et al., 1997; PELEGRINE, 1999).
Stephan (1999) concorda e cita como vantagem que, o osso bovino pode
fornecer um suporte de matriz para a formação óssea por dois mecanismos:
a) atuando como material de reabsorção lenta;
b) servindo de matriz inicial para a osteogênese
Além disto, Fernandes; Machado; Minello (1998) salientaram também que o
osso xenógeno de origem bovina (biobone) é um material confiável para ser utilizado
em procedimentos cirúrgicos; sendo capaz de promover osteogènese normal com
preenchimento total da loja óssea aos 90 dias.
Weinfeld et al. (1999) ressaltaram que a utilização do material biobone em
cavidades ou defeitos ósseos, demonstrou a estimulação da osteogênese, recuperando
a estrutura perdida, de uma forma mais rápida, se comparada a sua não-utilização,
funcionando desta forma corno uma matriz óssea, base para neoformação, e concluem
que na presença do material (Biobone) utilizado em defeitos ósseos, há estimulação da
44
comparada a sua não utilização, funcionando o material como uma base para formação
óssea.
Clergeau et al. (1996) confirmaram dizendo que depois de 1 ano de
acompanhamento, Bio-Oss revelou suficientes propriedades osteocondutivas que
confirmam os achados prévios.
Fernandes; Machado, Minello (1998) afirmaram que embora o osso autógeno
continue sendo considerado o melhor material de enxerto para reparar areas ósseas
perdidas em cirurgia, apresenta algumas desvantagens. Os enxertos que são
clinicamente viáveis para o uso, são autógenos não vascularizados (esponjoso e
cortical) enxerto autógeno vascularizado (pediculado e livre) e enxertos alógenos e
uPR
r
451101111111• C• lb •
•
• • 05 CONCLUSÕES
De acordo com os trabalhos apresentados pode-se concluir que o osso
xenógeno em suas aplicações clinicas em Implantodontia:
1) Possuem capacidade osteoindutora e osteocondutora, estimulando a osteogênese,
funcionando assim como matriz óssea, base para neoformagão.
2) Os materiais do tipo xenógeno (Bio-Oss) possuem alta compatibilidade com os
tecidos duros orais, baixo risco de infecção ou de doença transmissível, confiável.
3) Possui uma reabsorção bastante lenta, tendo em vista que podemos observar a
presença do material após vários meses da sua aplicação.
4) A quantidade de material de enxerto é ilimitada, diferente dos enxertos autógenos
que dependem da quantidade do próprio paciente.
5) Tem uma boa aceitação pelo paciente, devido ao fato de não necessitar de um maior
número de intervenções cirúrgicas, assim como pós-operatórios desfavoraveis,
como o autógeno.
6) É limitado a alguns tipos de enxertos, o pós-operatório é mais favorável, tempo
415
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