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Maria Cecilia Barbieri Gorski22

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Academic year: 2019

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Figura 167: Aumento da vazão dos defl úvios em consequência da impermeabilização crescente do meio urbano

Fonte: Adaptado pela autora de DREISEITL (2007, p. 25).

Figura 168: Diminuição da vazão dos defl úvios em consequência da microdrenagem: infi ltração na escala do lote e do bairro.

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Figura 169: Bio-retenção nas calçadas: condução das águas pluviais para os canteiros plantados

Fonte: Adaptado pela autora de Revista Landscape Architecture

(v. 95, n. 6, p. 109, mai. 2005). Área plantada

Guia interrompida para escoamento d’água

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Objetivos Diretriz Proposta Objetivos Diretriz Proposta

Recuperar o delta e criar banhados artificiais

Valorizar e tratar paisagísticamente os eixos viários

Aumentar a densidade populacional, incentivar o uso misto: comercial, industrial, recreacional e educacional Criar projetos pontuais com usos diversificados

Aumentar oferta de emprego, moradia e

comércios Oportunidades para geração de novos empregos (galerias, lojas de serviços, cafés, restaurantes, etc) Evitar o processo de gentrificação,

gerenciando adequadamente o crescimento Programas de sustentação das famílias e dos negócios Dedicar atenção especial às áreas

sub-utilizadas

Integrar os passeios ao longo do rio com as áreas comerciais, institucionais e bairros residenciais

Fornecer condições de melhoria da

qualidade de vida Aumentar os espaços abertos, a segurança, a limpeza e o número de emprego para os moradores Criar grandes boulevares urbanos tratados

paisagisticamente com usos mistos e grandes espaços cívicos

Promover o desenvolvimento sustentável e de baixo impacto nos bairros lindeiros ao rio

Ampliar o elenco de atividades náuticas Revitalizar áreas comerciais existentes e

ligar estes centros históricos à novos espaços públicos

Estimular o desenvolvimento econômico nos bairros através da criação de emprego e atividade comercial

Melhorar as áreas subutilizadas ao longo do rio para se tornarem importantes áreas públicas Desenvolver uma rede de parques verdes,

locais públicos e atividades náuticas e culturais variadas

Implementar diretrizes e normas "verdes"

para exigir o desenvolvimento sustentável Investir em bairros existentes para garantir que os atuais residentes tenham melhores serviços e oportunidades

Ordenar a cidade a partir do rio

Elaborar um zoneamento ecológico-econômico, visando um novo paradigma de ocupação antrópica no meio físico

Controlar a verticalização e o crescimento imobiliário com a criação de diretrizes de gabarito e de densidade ao longo da faixa de preservação

Melhorar os equipamentos urbanos e de infra-estrutura viária, sanitária, de abastecimento e de comunicação

Implantar ou melhorar os equipamentos esportivos e o mobiliário urbano Restabelecer a margem como espaço

público, livrando-a da condição de “barranco”

Remover as palafitas, construir decks-mirantes entre as calçadas e as margens do rio e implantar uma trilha de circulação junto ao leito do rio

Preservar o patrimônio cultural e ambiental associada à inserção social e geração de renda

Ampliar os investimentos voltados à conservação de áreas naturais e bens culturais

Implantar o instrumento de outorga para controle de cheias

Incentivar o estabelecimento de edificações compactas e de tipologias e usos distintos Fixar critérios para Projetos de Drenagem e Obras de Infra-Estrutura

Remover a população em áreas de risco e de preservação

Mangal das Garças

Recuperar a vitalidade dos espaços urbanos, integrados ao ecosistema fluvial

Transformar uma área privada em área pública, resgatando a área ribeirinha para a população

Transformar a área de aterro sub-utilizada sobre a antiga várzea do rio em parque urbano

Melhorar a qualidade do espaço urbano em sintonia com as dimensões paisagísticas e ambientais

Incentivar atividades econômicas relacionadas ao turismo

Criar equipamentos para estimular o convívio com elementos da natureza, tais como: borboletário, mirante, viveiro de aningas, etc.

Fomentar outras atividades econômicas potencialmente sustentáveis, como o manejo de plantas medicinais, ornamentais, etc

Preservar os espaços livres públicos Incorporar intervenções de baixo impacto

ambiental Criar passeios públicos compostos de

segmentos alternados (ora parques lineares, ora espaços cívicos), dotados de mobiliário urbano específico, arte pública, pistas para ciclista e pedestres e quiosques para uso comercial

Captar investimentos e oportunidades para a comunidade

Aumentar a arrecadação fiscal do município

Gerar emprego, renda e estimular o desenvolvimento econômico em nível local e regional

Anacostia Los Angeles

Don Gerar emprego e renda Incentivar as atividades turísticas, comerciais e de serviços Criação de parcerias entre os vários níveis de governo para incentivar os proprietários a implantar estratégias de recuperação Requalificar a área urbanizada,

principalmente a parte baixa do rio Don, com foco ambiental e urbano

Incentivar tipologias diversas de espaços públicos

Incentivar a vitalidade urbana à beira-rio para uma cidade-capital internacional

Promover o desenvolvimento econômico sustentável

Promover a dinamização urbana e a valorização espacial dos trechos de intervenção estabelecido pelo plano do rio Don

Transformar o rio na "espinha dorsal verde" da cidade e criar "bairros verdes"

Revitalizar bairros

Valorizar as áreas públicas

ç p

Casos

Temáticas

Planejamento do uso e ocupação do solo e os ecossistemas fluviais Metas de desenvolvimento econômico integradas às metas ecológicas

Integrar os fatores que se relacionam com a água: ocupação do solo, cobertura do solo, infra-estrutura urbana, saneamento básico (água, esgoto e drenagem), habitação, saúde pública e legislação; e introduzir o conceito de infra-estrutura verde

Valorizar as edificações existentes Criar parques lineares

Piracicaba

Cabuçu de Baixo

Elaborar uma plano-piloto com uma metodologia de planejamento do uso e ocupação do solo, relacionada à condicionantes ambientais e paisagísticos

Reavaliar o papel dos espaços urbanos livres Estabelecer um Corredor Eco-Social 5.1.2 Articulação com as políticas urbanas

A seguir, apresenta-se o quadro referente a este item:

(4)

Planejamento do uso e ocupação do solo e os ecossistemas fl uviais

O que se observa em alguns casos aqui estudados é que o plano de recuperação do rio criou a oportunidade para se rever o planejamento da cidade, com a elaboração de um zonea-mento que envolvesse os aspectos econômicos e ecológicos, visando um novo paradigma de ocupação antrópica no meio físico.

Entre as ações propostas estão: remoção de habitações ou outras edifi cações que este-jam em APPs (Área de Preservação Permanente); implantação, nas áreas mais fortemente impactadas de difícil intervenção e de ampla escala, de projetos pontuais, que podem vir a estabelecer uma dinâmica transformadora; integração dos fatores e dos elementos que se relacionam com a água, como o controle da verticalização e da expansão imobiliária com a adequação de gabaritos e densidades; implementação de índices de permeabilidade compatíveis às áreas de várzea; revitalização de bairros e centros históricos localizados em zonas ribeirinhas e incremento da infra-estrutura e dos equipamentos urbanos; valorização das áreas públicas, incluindo nessa categoria as margens do rio; revisão da infra-estrutura urbana de saneamento básico e de circulação; garantia da equidade de acessos aos sistemas fl uviais.

De um modo geral, os planos estabelecem como metodologia a compartimentação da área a ser tratada em segmentos ou unidades setoriais Esse recurso facilita o diagnóstico e ajuda a estabelecer as propostas específi cas para cada segmento, de acordo com seus problemas e suas potencialidades.

Porém, ao mesmo tempo em que os planos prevêem a compartimentação de sua área de trabalho, não perdem a referência do todo. O plano de Los Angeles, por exemplo, estabe-leceu nove subdivisões a serem trabalhadas, mas, por outro lado, estabelecia como um dos objetivos que o rio Los Angeles fosse tratado como a espinha cervical verde conectada aos bairros verdes. O plano do Don se debruçou sobre a bacia, focou a área de intervenção no Baixo Don e subdividiu-a em três segmentos, de acordo com suas características biofísicas e urbanas. O Plano de Ação Estruturador (PAE) de Piracicaba, inserido dentro da UGRH-5 (Unidade de Gerenciamneto dos Recursos Hídricos das Bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí), estabeleceu oito compartimentos e iniciou a primeira fase de intervenção pela requalifi cação da Rua do Porto, área de forte apelo popular localizada na região central da cidade.

(5)

Como já foi comentado anteriormente, as soluções para reduzir o volume das águas pluviais estão diretamente relacionadas à ocupação e uso do solo, e as áreas livres drenantes são determinantes nesse sentido. Quanto a esse aspecto percebe-se que o plano do Anacostia se benefi ciou pelo fato de as áreas lindeiras ao rio serem de propriedade pública, facilitando a recuperação das várzeas sem a necessidade de aquisição de áreas. Já no plano de Los An-geles foi necessária a aquisição de áreas, representando um acréscimo no orçamento, sendo que estratégias tiveram de ser adotadas para o aumento da porosidade das superfícies; entre elas, o escalonamento das margens com degraus plantados, que cumpriam múltiplas funções de fi ltragem e drenagem das águas pluviais, e a introdução da vegetação, como elemento a ser explorado no projeto.

O plano do Cabuçu não contava com espaços disponíveis nas áreas lindeiras aos córregos; por esse motivo, já havia na área dois piscinões, e outros estão previstos pelo plano, que conta com outorga para controle de cheias.

Sistemas de parques e áreas verdes interconectados por corredores verdes ou parques line-ares estão presentes em todos os planos. O Mangal, como parque, funciona como um dos elementos desse sistema.

Os pedestres e ciclistas são sempre contemplados com ciclovias e calçadas ou pistas de ca-minhada, bem como os sistemas de transporte coletivos.

Quanto às habitações irregulares em áreas de risco, problema encontrado predominante-mente no Brasil, há a previsão de remoção para conjuntos habitacionais e liberação das margens dos córregos e das encostas de alta declividade. O plano de Los Angeles propõe a remoção dos sem-teto que se alojam nas margens do rio para as áreas de vizinhança, esta-belecendo programas de criação de empregos.

Metas de desenvolvimento econômico integradas às metas ecológicas

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Propõem também, o incentivo às atividades náuticas e equipamentos que estimulem o con-vívio com os elementos da natureza, a implantação de corredores ecossociais, bulevares e valorização dos eixos viários, tratando-os paisagisticamente.

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Objetivos Diretriz Proposta Promover ligações entre os bairros Construir pontes e passarelas

Fornecer acesso seguro para pedestres nas áreas públicas naturais do Don

Incentivar as atividades recreativas e o uso das orlas fluviais pelo pedestre e ciclista

Implantar vias de transporte não motorizadas

Ampliar os espaços públicos e de recreação

Construir mirantes para visualizar e apreciar o rio

Criar um sistema de trilhas e ciclovias, protegendo o pedestre do transporte motorizado

Construir pontes específicas para o ciclista e o pedreste

Incluir iluminação abaixo das pontes para transposição segura

Redesenhar as ruas e avenidas com arborização e mobiliário urbano, pistas de caminhada e ciclovias, criando itinerários de ligação entre o rio, parques e bairros

Reconectar a malha viária da cidade ao sistema de parques e à orla.

Promover uma transferência intermodal de transporte público

Implantar transporte modal aquático individual (barco-táxi) e coletivo

Implantar veículos leves sobre trilhos e conectar as áreas de orla com o metrô

Criar um sistema de parques interligado por trilhas, pistas de caminhada e ciclovias ao longo do rio

Reconstruir pontes para pedestres e ciclistas e remodelar as pontes existentes

Conectar a Rua do Porto com o Parque Beira Rio, o Paço Municipal e o tecido urbano central

Valorizar as vias transversais e integrar as áreas perimetrais ao eixo principal de influência do rio

Implantar redutores de velocidade nas áreas de travessia das avenidas paralelas à orla

Implementar circuitos de bonde turístico e ônibus ou trólebus

Integrar a Rua do Porto (Margem esquerda) com a margem direita do rio, através de passarelas de pedestre e transposição por balsa

Criar calçadas no sentido transversal ao rio para “costurar” o tecido urbano e permitir a visibilidade da paisagem ribeirinha

Elaborar um novo desenho e revestimento para as calçadas no sentido paralelo ao rio com iluminação, comunicação visual e mobiliário urbano

Implantar parques lineares ou caminhos verdes em ruas de fundo de vales

Introduzir pontes e passarelas sobre os córregos Reintroduzir o contato da cidade com a

água, a vegetação e a fauna amazônica Criar espaços capazes de integrar a cidade ao rio Potencializar a vocação de recreação e

lazer Criar espaçosde lazer ativo e passivo

Recuperar a navegabilidade e reconectar a cidade ao rio e ao mar

Melhorar o acesso das propriedades ribeirinhas e dos bairros adjacentes ao rio

Melhorar a conexão entre os bairros, dos bairros com o rio e dos espaços públicos

Melhorar a acessibilidade do pedestre Integrar o tecido urbano por meio da implantação de novos sistemas de transporte urbano multi-modal com ênfase nos movidos a energia limpa Explorar o rio como caminho

Valorizar o percurso à pé

Aumentar as atividades recreativas ao longo do sistema Rio-Parque

Repensar a infra-estrutura de transporte Aproximar a população do ambiente natural

Reconectar o rio ao lago e aos bairros adjacentes

Valorizar a vegetação, o ciclista e o pedestre

Possibilitar o acesso seguro ao rio Conectar as vizinhanças com o

rio

Remover barreiras e criar atrativos para a população

Melhorar a conectividade do usuário na escala local Cabuçu de Baixo

Recuperar a visualização do rio Mangal das Garças

Piracicaba Anacostia Los Angeles Don ç Casos Temáticas

Conexão intra-urbana, acesso ao rio e recreação 5.1.3 Inserção do rio no tecido urbano

(8)

A temática da inserção no meio urbano divide-se em dois subtítulos: a conexão intra-urba-na e o acesso ao rio e à recreação.

A partir das últimas três ou quatro décadas do século XX, os rios nas áreas urbanizadas têm sido encarados, de modo geral, como obstáculos. Assim sendo, todos os planos apresentam propostas de conectividade e mobilidade, que se traduzem em reconectar os corpos d’água e a população ao rio, integrá-lo num sistema intermodal de transportes que inclua a navega-ção ou a travessia por balsa, além do cruzamento do rio para pedestres, bicicletas e veículos em geral. O plano de Anacostia, por exemplo, incluiu mais uma modalidade de transportes – o de veículo leve sobre trilhos.

Essas medidas de integração podem ocorrer por meio de ações diretas ou indiretas.

As ações diretas implicam em realização de obras nos espaços públicos, como parques e parques lineares, incremento dos sistemas viário e de transportes públicos e tratamento das margens dos rios de maneira a acolher a população.

As ações indiretas são medidas de indução às transformações no espaço privado, que podem ocorrer por meio de campanhas, educação ambiental, normatização e incentivos.

Quanto à conexão intra-urbana, os planos propõem predominantemente ações diretas, tais como a introdução de pontes, passarelas e balsas para cruzamento do rio, conectando-o ao sistema viário estrutural e aos bairros adjacentes; a introdução ou recuperação da navega-ção, inserindo-a num sistema de transportes intermodal, e a criação de áreas públicas verdes e de recreação de acesso fácil e seguro.

(9)

Objetivos Diretriz Proposta Objetivos Diretriz Proposta

Promover o envolvimento da comunidade por meio da conscientização ambiental Contribuir para a saúde do ambiente natural em todas as atividades diárias Aumentar a visualização do rio

Incorporar a arte pública ao longo do rio Promover eventos esportivos e culturais, programas pós-escola e de exploração do rio

Redesenhar pontes por todo o rio Anacostia na tradição da arquitetura clássica monumental

Construir monumentos relacionados as características de cada bacia

Enfatizar as qualidades existentes na orla do rio para as instituições culturais emergentes, tais como museus

Criar um sistema de parques públicos para concertos, piqueniques e festivais locais Criar roteiros culturais aquáticos Valorizar a pisagem da cidade vista do eixo do rio

Implementar o ecoturismo com a criação de rotas terrestres e fluviais de apreciação da paisagem em parceria com municípios vizinhos e o Estado Tombar as quadras adjacentes à Rua do

Porto e incentivar a restauração das fachadas das edificações

Estabelecer programas de Educação Ambiental para a população com ressonância nos municípios vizinhos e na Bacia do Piracicaba Restaurar as três chaminés remanescentes

das antigas olarias Manter os usos consolidados e a população

local (pescadores)

Promover a apropriação da margem pelo pescador, à pé ou de barco.

Cabuçu de

Baixo Valorizar a comunidade local Criar pontos de convivência Criar áreas de lazer nos parques lineares Propover a conscientização ambiental

Implantar Programas de Educação Ambiental

Promover campanhas publicitárias voltadas à conscientização pública do controle de cheias

Despertar a população local para o seu patrimônio ambiental e valorizar a identidade local

Criar um programa específico que envolva as dimensões social, cultural, recreacional, estética e ecológica

Criar ambientes representativos das três grandes regiões do Pará: os campos, as várzeas e as matas de terra firme Resgatar a importância hídrica do ambiente

amazônico

Reintroduzir a água como elemento condutor da paisagem

Projetar um circuito das águas no centro do parque

Promover a conscientização da importância ambiental e ecológica

Incentivar o uso do parque com a criação de equipamentos e de espaços de permanência

Criar espaços educacionais e recreativos para a população local Criar parcerias com instituições de ensino, pesquisa, esporte, cultura e lazer, tais como: universidades, instituições, iniciativa privada e ONGs. Desenvolver programas de educação

ambiental e capacitação para a indústria do turismo e do ecoturismo

Reforçar a educação ambiental na bacia hidrográfica do rio Enfatizar o caráter único do patrimônio e

das bacias fluviais, incluindo elementos naturais e urbanos

Fazer do Anacostia um destino para eventos especiais na escala regional, tais como concertos e eventos desportivos

Proteger e valorizar a paisagem natural e construída

Sensibilizar os turistas e a população local para a proteção do ambiente, do patrimônio histórico e de valores culturais Conectar elementos do patriômio histórico

e ambiental ao projeto de recuperação do rio

Revitalizar a orla para celebrar e explorar o patrimônio cultural da cidade a da nação

Engajar todos os segmentos da comunidade como responsáveis pelo rio e suas margens

Encampar as reivindicações da comunidade, incluindo os moradores, proprietários, empresários e turistas

ç

Celebrar o rio como patrimônio cultural

Realçar a identidade do rio Promover o rio como elemento essencial da

cidade

Promover o orgulho cívico e a qualidade de vida

Promover atividades de celebração, tendo o rio como palco, um lugar acessível, seguro, saudável e verde

Criar Centros de Aprendizagem e desenvolver atividades educativas e recreativas sobre a função hidrológica do rio e seu regime fluvial Resgatar lembranças importantes do

passado histórico do Don e promover eventos de celebração

Ressaltar o patrimônio cultural em toda a bacia hidrográfica e incentivar atividades que refletem a diversidade cultural Valorizar a cidade no seu todo a partir da

revitalização do vale como um lugar singular

Casos Recuperação e Proteção do Patrimônio Cultural e Ambiental

Mangal das Garças

Despertar a população para as funções naturais essenciais do rio Don

Don

Los Angeles

Anacostia

Piracicaba

Sensibilização e participação da sociedade civil na elaboração do plano Temáticas

224

5.1.4 Valorização da identidade local e do sentido de cidadania

(10)

Entre os casos estudados, nota-se que áreas degradadas são tidas como ambientes amea-çadores, sendo que, efetivamente, passam essa sensação pela condição de abandono e pela falta de acesso à segurança.

A valorização da identidade local e do sentido de cidadania foi aqui analisada sob a ótica de dois temas: recuperação e proteção do patrimônio cultural e ambiental e sensibilização e participação da sociedade civil na elaboração do plano.

Recuperação e proteção do patrimônio cultural e ambiental

De modo geral, os planos propõem a revitalização dos vales, ressaltando a importância da bacia hidrográfi ca e realizando ações que visam reforçar o patrimônio cultural. Dentre essas ações, destacam-se: resgate das lembranças do passado do rio; preservação das atividades consolidadas, como a pesca, procurando manter a população no local; apresentação da pai-sagem da cidade vista do eixo do rio, valorizando-a; formação de parcerias com instituições de ensino, pesquisa, esporte, cultura, sejam elas governamentais, não governamentais ou da iniciativa privada, de modo a promover o nível sociocultural da população local.

Sensibilização e participação da sociedade civil na elaboração do plano

A meta de envolver a população da cidade ou das vizinhanças do rio está presente em todos os planos, sendo esse engajamento encarado como fundamental para o desenvolvimento do plano, sua implementação e monitoramento. Um fator bastante valorizado, principalmente nos planos dos rios Don e Anacostia, é a participação dos atores nas reuniões de desen-volvimento do plano, quando se discutem as propostas, bem como na fase de captação de recursos e defi nição de estratégias de implementação, em que a transparência das decisões e a redução de confl itos de interesses contribuem positivamente.

Nos casos brasileiros, a participação da comunidade também tem sido fundamental no pro-cesso, principalmente em função do atual modelo de gestão dos recursos hídricos, que se dá de forma tripartite e paritária. A intervenção no rio Piracicaba é um exemplo signifi cativo, em que a participação da sociedade se deu no processo como um todo.

As principais iniciativas para obtenção dessa meta são:

„ Promover o rio como elemento essencial para a cidade e para a sociedade;

„ Promover o envolvimento da comunidade por meio do desenvolvimento de

proje-tos educacionais e recreacionais sintonizados com as funções naturais do rio;

„ Promover a conscientização da população para ações do cotidiano que

(11)

„ Revitalizar a orla do rio como espaço de celebração e eventos especiais de escala

regional;

„ Valorizar o desenho das obras de arte (pontes, passarelas e outros) e do

mobiliá-rio urbano sob o aspecto projetual, como elementos de valorização do ambiente urbano;

„ Inserir instalações ou elementos artísticos no ambiente ribeirinho;

„ Inserir referências características do ecossistema, tanto nos projetos relativos ao

rio como aos de seu entorno;

„ Acolher as reivindicações da comunidade incluindo moradores, comerciantes,

empresários e turistas;

„ Assegurar a vitalidade do sistema de áreas verdes urbanas, tornando-o atraente

para a população;

„ Promover a capacitação para a indústria do turismo e do ecoturismo criando rotas

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Objetivos Diretriz Proposta Objetivos Diretriz Proposta Objetivos Diretriz Proposta

Criar o Programa de Acompanhamento do rio Don, considerando toda a bacia hidrográfica

Elaborar um programa denominado "40 Etapas para um Novo Don", para envolvimento da comunidade

Elaborar um plano oficial para o rio Don

Implantar um monitoramento integrado, revisado a cada três anos

Criar um fundo de investimentos, agrupando recursos do setor privado e do setor público (municipal, estadual e federal)

Elaborar projetos a curto e longo prazo, prioritários e estratégicos para o financiamento do plano

Criar parcerias com outros comitês de bacia para a troca de informações

Monitorar a qualidade física, química e biológica das águas

Piracicaba

Tornar-se um modelo nacional de gestão de uma bacia hidrográfica

Integrar e ampliar os conceitos do plano com os demais instrumentos da bacia do Piracicaba

Compatibilizar o PAE com os demais planos diretores em desenvolvimento nas secretarias da Prefeitura de Piracicaba e municípios integrantes da bacia

Estabelecer parcerias com a iniciativa privada

Definir trechos e etapas de implantação das propostas para melhor gerenciar o recursos financeiros

Conseguir patrocínio com a Petrobrás e a ONG Piracicaba 2010, para captar

investimentos financeiros

Criar parcerias desde a elaboração até a implementação do plano

Planejar e gerenciar no âmbito intermunicipal e intra-urbano

Integrar a Prefeitura, a iniciativa privada, as instituições, as associações de bairro e as Ongs,

representando as comunidades locais

Elaborar projeto piloto para propor alternativas de intervenção

Elaborar documento para dar suporte a Planos Diretores Municipais, tratando de questões relativas à água urbana

Tratar tecnicamente as questões ambientais urbanas, de forma centralizada, mas com discussão, participação e decisão colegiada (entidades públicas e entidades que representam a comunidade)

Implantar um sistema de gerenciamento integrado da bacia hidrográfica urbana

Diagnosticar uma pequena bacia urbana, considerando os fatores que se relacionam com a água: ocupação e cobertura do solo, infra-estrutura urbana, saneamento básico, habitação, saúde pública e legislação

Agregar as informações do Plano no Sistema de Suporte à decisão (SSD) de Gestão de Água Urbana e hierarquizar alternativas

Mangal das Garças

Não atua no contexto da bacia hidrográfica do rio Guamá

- - - - Verbas oriundas da Secretaria

da Cultura do Estado de Pará

Garantir a manutenção do parque

Assegurar a vitalidade do parque

Promover o parque como uma das principais atrações turísticas da cidade de Belém

-Captar recursos adotar soluções de múltiplos

benefícios que solucionem simultaneamente a retenção de águas pluviais, tratamento da água, recuperação do ecossitemaa e áreas de recreação

Adotar medidas de controle da inundação e recuperar as funções ecológicas da bacia hidrográfica

-Trabalhar o planejamento urbano em parceria com o planejamento ambiental da bacia, com destaque para as questões da água urbana

Usar múltiplas ferramentas de financiamento para aumentar a arrecadação e implementar os objetivos do plano

Cabuçu de Baixo

Propor medidas de preservação e restauração de bacia urbana, considerando as características de grandes centros urbanizados Integrar o plano de uma

pequena bacia urbana com Planos regionais

Implantar um programa de acompanhamento e monitoramento do projeto e desenvolver um conjunto de indicadores de recuperação Melhorar a comunicação e a

cooperação entre o governo e os moradores da bacia hidrográfica Criar um fundo para captação

e gerenciamento de investimentos Formar equipes de trabalho pluri – jurisdicional e a Coalisão de Negócios do Rio Anacostia (ARBC - Anacostia River Business Coalition) para criar e gerir fundos

Incluir o setor privado no plano de recuperação Captar recursos

Criar um Comitê de Recuperação da Bacia do Rio Anacostia, envolvendo toda a bacia

Articular as agencias governamentais e Departamentos públicos do Distrito de Columbia Produzir um plano coordenado

que possa ser implementado a longo prazo e implantar um sistema de cooperação das agências municipais com instâncias federais e estaduais

Implementação, monitoramento e gestão

Monitoramento e gestão Temáticas

Elaborar projetos através do processo participativo das comunidades, associações de bairros e a iniciativa privada Estabelecer os objetivos e

diretrizes e garantir a implantação das metas e propostas estabelecidas com flexibilidade de execução Coordenar o plano com a

sociedade civil sob jurisdição de três autoridades: a Corporação dos Engenheiros do Exército dos EUA (Federal), o Departamento Estadual de Obras Públicas de Los Angeles (Estadual) , a Cidade de Los Angeles (Municipal)

Don

Incentivar e capacitar os funcionários das agências e dos municípios a assumir a responsabilidade pelo Don Integrar vizinhanças, governos

e empresas para regenerar o Don, trabalhando em conjunto Formar um Conselho de

Regeneração da Bacia Hidrográfica para integrar e gerir os recursos, envolvendo a iniciativa privada e várias instâncias governamentais Estabelecer metas de captação

para cada etapa do plano Captar recursos

Articular projetos de cooperação entre a cidade e outros municípios da bacia, níveis superiores de governo, linhas de transportes, demais interesses privados e grupos comunitários

Casos O plano no contexto da bacia hidrográfica Viabilidade econômica

Los Angeles

Anacostia

Adotar a escala da bacia para equacionar os problemas comuns

Incorporar os instrumentos de planejamento disponíveis no Ato de Planejamento de Ontário

5.1.5 Implementação, Monitoramento e Gestão

(13)

O plano no contexto da bacia hidrográfi ca

A partir dos casos analisados, observa-se que, no geral, os planos atuam em dois sentidos na compreensão do sistema da bacia hidrográfi ca como um todo e na microescala, de modo a favorecer o entendimento das dimensões e instâncias envolvidas e dos atores que compar-tilham da mesma ótica, visando metas de longo prazo e ações que não envolvam verbas tão vultuosas e apresentem resultados de curto prazo. Nesse sentido, busca-se, por um lado, a articulação dos planos de recuperação de rios às bacias hidrográfi cas e aos planos diretores de municípios integrantes desta bacia; e por outro, implementar projetos setoriais adequa-dos às necessidades específi cas de cada área.

Adota-se a estratégia de focar a escala abrangente e implementar projetos-pilotos ou ações pontuais de baixo custo capazes de despertar o interesse da população local ou de outros grupos, tal como foi realizado pela força tarefa Bring Back the Don.

O plano do rio Piracicaba está inserido dentro do Comitê da Bacia Hidrográfi ca dos rios Piracicaba, Capivari, Jundiaí (CBH-PCJ), um dos primeiros a serem instituídos no Estado de São Paulo pela Lei Estadual 7.633/91. Esse Comitê vem tendo uma atuação signifi cativa em prol da melhoria da qualidade ambiental dos rios bacia. Sabe-se, no entanto, das difi culda-des de negociação com as administrações municipais de cidaculda-des a montante do município de Piracicaba, que fi ca a mercê das decisões das outras administrações municipais para o equacionamento do tratamento do esgoto coletado.

Viabilidade econômica

A estratégia de viabilidade se dá pela hierarquização das etapas a serem implantadas, o que possibilita estabelecer as metas correspondentes de captação de recursos por meio de con-selhos plurijurisdicionais ou comitês para o gerenciamento de investimentos.

Em geral, com exceção do Mangal e do Piracicaba, que tiveram uma única entidade fi nan-ciadora, os planos do Don, do Anacostia e do Los Angeles contaram com fontes diversifi ca-das – fundos locais, participação de empresas privaca-das, patrocínios, ONGs e comissões (Task

Forces) formadas para captação e gerenciamento de recursos.

(14)

Monitoramento e gestão

O monitoramento é considerado como um processo ininterrupto, que deve ter início duran-te o desenvolvimento dos planos a partir do fornecimento de um sisduran-tema de indicadores, e se manter durante todas as fases de implementação, seguindo depois como projeto de gestão de rotina característico da gestão urbana-ambiental. Neste caso, é fundamental a implementação de um sistema transparente de informações, com indicadores quantitativos precisos, bem como qualitativos, os quais podem ser construídos de acordo com os aspectos que se pretende avaliar e monitorar (ALVIM et al, 2007).

Quanto ao monitoramento de cursos d’água, os investimentos são signifi cativos e o traba-lho, contínuo. Para tanto, podem ser citadas algumas medidas, como:

„ Intensifi car a comunicação e a cooperação entre os órgãos governamentais

res-ponsáveis e a população de vizinhança ou de âmbito mais abrangente correspon-dente à escala física ou de interesse sobre o curso d’água;

„ Incentivar funcionários das agências ou dos municípios a assumir

responsabilida-des sobre o sistema fl uvial;

„ Implantar sistema de indicadores e de monitoramento integrado a ser revisado

em prazos pré-estabelecidos.

Como se pôde observar, dada a dimensão da área abrangida, o Parque do Mangal das Garças não se insere em muitas das categorias aqui analisadas. Porém, é relevante o seu papel no que diz respeito à temática da recuperação do ecossistema e da biodiversidade, à aproxima-ção do rio com a populaaproxima-ção e à conscientizaaproxima-ção da importância dos elementos naturais no meio urbano. De fato, são utilizados elementos que sensibilizam e atraem a população, prin-cipalmente o público infantil. Essa área se constitui, pois, numa experiência bem sucedida a ser avaliada pelos programas de pós-ocupação, com o intuito de torná-la um parâmetro que certamente contribuirá para o desenvolvimento de projetos similares.

(15)

Tanto nesse caso quanto no caso do rio Piracicaba, de modo geral, os técnicos envolvidos compõem grupos de pesquisa das universidades. Vale ressaltar que esta seria a composição necessária para atuar em parceria com organismos governamentais, com a fi nalidade de agregar o conhecimento produzido às demandas requeridas.

De acordo com o relatório WP2 da URBEM, a média de duração da fase de concepção de um plano de recuperação de rios urbanos é de 2,6 anos; o tempo médio para levantar os fundos é de 1,7 anos e o período de implementação, 2,9 anos. Esses números, porém, variam de acordo com a complexidade dos planos; assim, um plano que abarca a bacia hidrográfi ca terá duração bem mais longa que os planos pontuais.

O mesmo relatório observa que, no meio urbano, os componentes do triângulo de sustenta-bilidade, que consistem nas dimensões ecológica, social e econômica, estão mais próximos. Isso signifi ca que, ao se implementar um plano de recuperação de cursos d’água urbanos, o incremento conferido ao rio se refl etirá na valorização dos espaços envoltórios do corredor fl uvial e na elevação do padrão social. Por esse motivo, a avaliação da recuperação de um curso d’água não pode se ater, apenas, aos fatores ecológicos, devendo levar em conta tam-bém as transformações econômicas e sociais.

Essas constatações trazem um alerta para a ocorrência da gentrifi cação. O plano de Los Angeles aborda essa questão, considerando a população de sem-teto que vive às margens do rio, e estabelece, em paralelo ao plano de recuperação, um plano de inclusão social que objetiva prover condições de moradia, trabalho e integração social, incluindo programas de capacitação.

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5.2 Síntese das referências signifi cativas – 10 recomendações para

projetos de recuperação de rios urbanos

A comparação entre as temáticas abordadas pelos planos, seus objetivos, diretrizes e pro-postas permite elencar medidas que apresentam tanto aspectos em comum como certas peculiaridades, de acordo com os diversos contextos.

A partir das referências mais signifi cativas extraídas dos conjuntos de planos aqui analisa-dos, foram sintetizadas, então, dez recomendações:

1) Proteger ou recuperar as características funcionais e morfológicas dos rios, evi-tando estrangulamentos, tamponamentos, canalizações, mantendo ou recupe-rando a vegetação ripária e criando um sistema de parques lineares, articulados a um sistema de espaços verdes urbanos;

2) Valorizar as paisagens fl uviais como áreas de proteção e de lazer ativo e passivo, incorporando a dimensão estética como um fator relevante do projeto;

3) Integrar o plano de recuperação de rios urbanos aos planos diretores municipais, engajando a sociedade civil e se articulando a outras esferas do poder, tanto no sentido vertical como horizontal;

4) Inserir o plano ou projeto na escala da bacia hidrográfi ca; 5) Valorizar o patrimônio ambiental, histórico e cultural;

6) Implantar plano de drenagem urbana e tratamento de resíduos, aplicando as me-didas adotadas pelos manuais do LID ou BMP, conhecidas como infra-estrutura verde;

7) Conscientizar políticos, gestores, técnicos e sociedade acerca da importância dos rios e dos elementos bióticos e abióticos no meio urbano e evitar empreendimen-tos e obras de infra-estrutura de impacto nas vizinhanças do rio;

8) Rever o sistema viário a partir do leito fl uvial incorporando um sistema multi-modal, e garantir o acesso da população ao rio assegurando o balanço de uso recreacional e proteção;

9) Criar oportunidades de trabalho e atividades de uso múltiplo que garantam a vitalidade das áreas de vizinhança;

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Ainda hoje, no seu cotidiano, as populações ribeirinhas têm o rio como base de abastecimento, espaço de lazer e via de deslocamento.

Principalmente a partir de 1930, pode-se dizer que um con-junto de fatores associados se apresentou em nível global incidindo sobre a degradação dos rios no meio urbano; entre eles, destacamse a dinâmica de produção aliada à intensifi -cação da urbanização e modernização das cidades; a inter-face entre a ciência, a técnica e as políticas públicas e suas posturas de intervenções sobre os ecossistemas, estabelecen-do situações de estabelecen-domínio, sem a devida compreensão de sua complexidade. Esse processo evolutivo de deterioração dos rios operou transformações na percepção que a população tinha dos ambientes ribeirinhos, relegando-os ao esqueci-mento.

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descentralização e democratização no âmbito da bacia hidrográfi ca e dos comitês de bacia, aliada a um conjunto de medidas que envolvem o controle da ocupação e do uso do solo. O modelo de gestão dos recursos hídricos varia conforme o país e a sociedade, mas tem sempre como tônica a atuação descentralizada por bacias hidrográfi cas e o envolvimento da comu-nidade nos processos decisórios.

No Brasil, desde 1997, o atual modelo de gestão dos recursos hídricos se dá de forma tri-partite e paritária, sendo a bacia hidrográfi ca a unidade de intervenção, e a participação da comunidade um fator fundamental no processo. Entretanto, as formas de legislação e regulação do solo urbano, apesar dos avanços recentes, a partir da Constituição Federal e do Estatuto da Cidade, determinam que os agentes municipais sejam os responsáveis pelas normas e diretrizes de uso e ocupação do solo urbano. Fato este que gera sobreposições e confl itos interinstitucionais que, muitas vezes, inviabilizam uma possível convergência em prol do planejamento e gestão da bacia que leve à efetiva recuperação do sistema fl uvial.

Operações abrangentes da ordem de planos de recuperação de rios urbanos, como as aqui analisadas, mais especifi camente os planos internacionais, exigem uma multiplicidade de órgãos articulados a equipes multidisciplinares, bem como o real engajamento da socie-dade organizada, todos voltados para um objetivo comum e com uma coordenação clara e determinada.

O sucesso de uma operação dessa natureza implica em negar as decisões tradicionais, redu-cionistas e simplifi cadoras, que, com o pretexto de equacionar a gestão e a manutenção dos sistemas fl uviais, complexos e frágeis, adotam soluções que vêm extrair do ambiente urbano um universo rico de biodiversidade e de fl uxos variáveis, os quais se expandem e retraem de acordo com a sazonalidade e o clima.

Abranger a escala da macrobacia na concepção dos planos e atuar na escalada da microba-cia, incorporando um conjunto de intervenções pontuais, têm sido estratégias efi cientes. Por meio da concretização desse tipo de iniciativa, desde que com qualidade projetual e enriquecida pela inclusão da dimensão estética, o efeito pode ser multiplicador, levando a adesões de parceiros, os quais podem contribuir para a viabilidade econômica e na conse-cução das etapas subseqüentes.

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Nesta análise fi ca também patente a importância da participação do segmento da sociedade civil organizada na observância da condução do plano, mantendo o rigor necessário para que as metas estabelecidas não se desvirtuem em propostas simplifi cadoras de última hora.

Observa-se, ainda, que existem nítidas diferenças entre os casos internacionais e nacionais. No primeiro conjunto, quando os planos de recuperação tiveram início, o estado da infra-estrutura quanto à coleta e tratamento de esgoto não representava uma das metas a serem cumpridas, sendo que a melhoria da qualidade da água estava mais associada à poluição difusa. Já os casos brasileiros têm como seu primeiro enfrentamento equacionar o sanea-mento básico, ainda bastante defi citário, principalmente quanto ao tratasanea-mento do esgoto doméstico.

A ameaça comum e motivadora das iniciativas de recuperação dos rios urbanos, em todos os casos apresentados, com exceção do parque do Mangal das Garças, que não tinha essa questão como escopo, é a ameaça de inundações, que ocasionam estragos e envolvem gas-tos signifi cativos para o poder público e para os cidadãos, além de perda de vidas humanas. Nesse sentido, a drenagem urbana é um tema crítico e aprofundado por todos, exigindo uma revisão das medidas que visam equacionar a redução do volume de defl úvios.

Fica evidente que as soluções tradicionalmente aplicadas não respondem ao equaciona-mento desse problema. As recomendações extraídas da leitura e análise dos planos reforçam aspectos que, de um modo geral, são bastante difundidos, como por exemplo – banir das agendas municipais a canalização e o tamponamento de córregos e rios e implementar ações não-estruturais de caráter preventivo, propondo desde a redução da poluição difusa, seguro antienchentes, sistemas de alerta e previsão de inundações e sistema de recuperação pós-inundações, educação ambiental, até regras de uso e ocupação do solo urbano.

Planos e projetos de qualidade passam por duas mediações, sendo que a primeira é conside-rada defi nitiva – a qualidade da implementação. No Brasil, assiste-se com certa freqüência a situações desastrosas nesse aspecto. Esse resultado pode ocorrer pela negligência dos órgãos governamentais na fi scalização das obras ou dos recursos a elas destinados, por inadequa-ção de editais de licitainadequa-ção ou ainda pela atitude equivocada de algumas empreiteiras na simplifi cação de especifi cações, visando lucros mais avantajados.

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nancia-Esse tipo de plano ou projeto só se afi rmará com a experiência concreta que já tem sido gradativamente vivenciada, predominantemente nos países desenvolvidos, e que aos poucos está se estabelecendo no território nacional. Investimentos vultosos para essa fi nalidade acarretam em benefícios de amplo espectro para a sociedade, particularmente na área da saúde pública. Os planos analisados antecipam os ganhos que serão obtidos à medida que as etapas forem implementadas. A revitalização das áreas de infl uência dos rios recuperados atrai investimentos, criando oportunidades de trabalho para a comunidade, valorização lo-cal e um espaço público mais humanizado e acolhedor.

Os desafi os ambientais demandam uma mudança de mentalidade por parte dos agentes go-vernamentais e privados, das organizações sociais e institucionais, bem como da sociedade, para que assim se estabeleça a consciência dos valores e riscos envolvidos.

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Referências

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