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A inserção dos formandos em administração pela UFSC no mercado de trabalho nos anos de 2002/2 e 2003/1

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(1)

A

INSERÇÃO

Dos

FORMADOS

EM

ADMINISTRAÇÃO

PELA

UFSC

No

MERCADO

DE

TRABALHO

Nos sEMEsTREs

DE

2002/2

E

2003/1

FLORIANOPOLIS

(2)

A

INSERÇÃO

DOS

FORMADOS

EM

ADMINISTRAÇÃO

PELA UFSC

NO

MERCADO

DE

TRABALHO

NOS

ANOS DE

2002/2

E

2003/1

Trabalho de Conclusão de Estágio apresentado a

disciplina Estágio Supervisionado

-

CAD

5236,

como

requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel

em

Administração da Universidade Federal de Santa

Catarina, na área de Marketing

Professor Orientador: Alexandre Marino Costa

FLoR¡ANÓPous

(3)

A

INSERÇÃO

DOS

F

ORNIADOS

EM

ADMINISTRAÇÃO

PELA UFSC

NO

MERCADO

DE

TRABALHO

NOS

ANOS

DE

2002/2

E

2003/1

Este trabalho de Conclusão de Estágio foi julgado adequado e aprovado

em

sua forma

final pela Coordenadoria de Estágios do Departamento de Ciências da Administração da

Universidade Federal de Santa Catarina,

em

ll de fevereiro de 2004, as 14h

Prof Sinésio Stefano Dubiela Ostroski

Coordenador de Estágios

Apresentada à banca integrada pelos professores:

`f~ Prof. exa › e armo Costa

- -

rientador

ce‹f›z~W~3Q,z›~.».Q9.=z

Prof. Liane Carly

Hermes

Zanella

Membro

Prof. Mauri io emandes Pereira

(4)

Grandes foram as dificuldades para a

realização deste trabalho,

mas

graças à ajuda de algumas pessoas que ,estiveram ao

meu

lado pude

atingir

meu

objetivo de escrever sobre este tema

proposto

Agradeço pelo

empenho

e dedicação das

estagiáñas Fernanda e Daiane, que estagiavam no

departamento de estágios, através das quais conseguir os e-mails e telefones dos ex-alunos.

Não

posso deixar

de esquecer

também

do professor Maurício pela

atenção e prestatividade.

Ao

meu

namorado, Leandro Fetter Frosi pelo

apoio, paciência, atenção, prestatividade e auxílio nos

momentos

mais críticos da confecção deste trabalho.

A

professora Liane, que colaborou ensinando a estrutura

de relatórios na disciplina de Prática Administrativa,

além do incentivo, na realização desta pesquisa no

momento

em

que escolhi esse tema para minha monografia.

Ao

Professor Marino que disponibilizou seu

tempo de folga para minha orientação, a minha

mãe

Marisa Stochi pelo apoio e correção gramatical do

TCE

e aos ex-alunos que responderam minha

(5)
(6)

Mas

é mais importante que a velocidade.

Mude de caminho, ande por outras mas, observando os lugares por onde você passa.

Veja o mundo de outras perspectivas.

Descubra novos horizontes.

Não faça do hábito

um

estilo de vida.

Ame

a novidade.

Tente o novo todo dia.

O

novo lado, o novo método, o novo sabor,

o novo jeito, o novo prazer, o novo amor.

Busque novos amigos, tente novos amores.

Faça novas relações.

Experimente a gostosura da surpresa.

Troque esse rnonte de medo por

um

pouco de vida.

Ame

muito, cada vez mais, e de modos diferentes.

Troque de bolsa, de carteira, de malas, de atitude.

Mude.

Dê urna chance ao inesperado.

Abrace a gostosura da surpresa.

Sonhe só o sonho certo e realize-o todo dia.

Lembre-se de que a vida é uma só,

e decida-se por arrumar

um

outro emprego,

uma nova ocupação,

um

trabalho mais prazeroso,

mais digno, mais humano.

Abra seu coração de dentro para fora.

Se você não encontrar razões para ser livre, invente-as.

Exagere na criatividade. -

E

aproveite para fazer uma viagem longa,

se possível sem destino.

Experimente coisas diferentes, troque novamente.

Mude, de novo.

Experirnente outra vez.

Você conhecerá coisas melhores e coisas piores,

mas não é isso o que importa.

O

mais importante é a mudança,

o movimento, a energia, o entusiasmo.

Só o que esta' mono não mudal”

Edson Marques, poema utilizado pela agência Leo Burnet

(7)

STROBEL,

Bruna.

A

inserção dos formados

em

administração

da

UFSC

no

mercado

de trabalho nos semestres de 2002/2 e 2003/1. 2004. 106f. Trabalho de Conclusão de Estágio

(graduação

em

Administração). Curso de Administração, Universidade Federal de Santa

Catarina.

A

pesquisa foi desenvolvida

com

a finalidade de verificar de que forma está sendo a

inserção no mercado de trabalho do aluno de Administração formado pela

UFSC,

dos

semestres de 2002/2 e 2003/1,

O

número total de pesquisados foram de 108 alunos, isto

representa 70

%

de todos os graduados. Primeiramente foi realizada

uma

pesquisa

bibliográfica do surgimento do curso de administração no Brasil e o

CRA,

o curso de

administração na

UFSC,

competências do administrador, o perfil do adrninistrador e as

oportunidades de trabalho, o emprego e mercado de trabalho, histórico do emprego,

empregabilidade, o

jovem

no mercado de trabalho, empreendedorismo e empreendedores,

a universidade e a formação acadêmica.

O

trabalho caracteriza

como uma

pesquisa de

caráter exploratória-descritiva e para a coleta de dados utilizou-se o questionário

composto por vinte questões que possibilitaram atingir os objetivos da atual pesquisa.

A

partir da análise de dados pôde-se concluir que a maioria dos pesquisados exerce as

funções que são atribuídas ao administrador, e grande parte empregada, e a maior parte

dos pesquisados atuam na área financeira.

Além

disso, pode-se concluir que a maioria dos graduados estão satisfeitos

com

o curso de Adrninistração da

UFSC.

(8)

Figura 1

-

Oferta de emprego para gerentes e diretores ... .. 21

Figura 2

-

Símbolo do Administrador ... ..46

Figura 3

-Idade

dos graduados

em

estudo ... .. 57

Figura 4

-

Sexo dos graduados participantes da pesquisa ... .. 58

Figura 5

-

Turno dos graduados

em

estudo ... .r 59 Figura 6

-

Realização de estágio na graduação ... ..6O Figura 7

- Tempo

de experiência profissional de estágio ... _. 61 Figura 8

~

Tipo de empresa do graduado ao receber o diploma ... ._ 62 Figura 9

~

Tipo de empresa que o graduado trabalha atualmente ... ..63

Figura 10

-

Área da administração

em

que o graduado trabalha ... .. 64

Figura 11

-

Faixas salariais dos entrevistados ... ..65

Figura 12

-

Proporção dos graduados que exercem as competências atribuídas ao administrador ... .. 66

Figura 13

-

Grau de importância que a graduação

em

Administração lhe forneceu para exercer suas atividades ... _. 67 Figura 14

-

A

região

em

que os pesquisados trabalham atualmente ... .. 68

Figura 15

-

Em

que situação de empregabilidade encontra-se' o graduado hoje ... .. 69

Figura 16-

O

que faltou durante o curso de graduação ... .. 70

Figura 17

-

Disciplinas que seriam interessantes serem oferecidas na graduação ... .. 71

Figura 18

-

Avaliação dos professores os quais deram aulas durante sua graduação ... ._ 72 Figura 19

-

Condições de colaboração que

podem

ser aperfeiçoadas ... .. 73

Figura 20

-

O

CRA

está sendo eficaz na eficaz na conscientização das empresas da importância de se ter

um

Bacharel

em

Administração responsável pelo seu negócio ... ..74

(9)

75 Figura 22

~

Avaliação o curso de Administração ... ..76

(10)

Tabela 1

-

Idade dos graduados

em

estudo ... .. 57

Tabela 2 - Sexo dos graduados

em

administração ... .. 58

Tabela 3-

Tumo

dos graduados

em

administração ... .. 59

Tabela 4

~

Prática do estágio no decorrer da graduação ... .. 60

Tabela 5

-

Tempo

de experiência profissional de estágio ... ..61

Tabela 6

-

Tipo de empresa do graduado ao receber o diploma

em

Bacharel

em

Administração ... ..62

Tabela 7

~

Tipo de empresa

em

que o graduado trabalha atualmente ... ..63

Tabela 8 -Área da administração

em

que o graduado trabalha ... .. 64

Tabela 9 -Faixa salarial dos que estão trabalhando atualmente ... .. 65

Tabela 10 - Proporção dos graduados que exercem as competências atribuídas ao administrador ... .. 66

Tabela 11

-

Grau de importância que a graduação

em

Administração lhe fomeceu para exercer suas atividades ... ... .. 67

Tabela 12

-

A

região

em

que os pesquisados trabalham atualmente ... ._ 68 Tabela 13

-

Em

que situação de empregabilidade encontra-se atualmente o graduado .... .. 69

Tabela 14~

O

que faltou durante o curso de graduação ... .. 70

Tabela 15

-

Disciplinas que seriam importantes oferecida na graduação ... .. 71

Tabela 16

-

Avaliação dos professores os quais

deram

aulas durante sua graduação ... .. 72

Tabela 17

-

Condições de colaboração que

podem

ser aperfeiçoadas ... _. 73 Tabela 18-

O CRA

está sendo eficaz na eficaz na conscientização das empresas da importância de se ter

um

Bacharel

em

Administração responsável pelo seu negócio ... ..74

(11)
(12)

ANEXO

A

-

Universidades que oferecem o curso de Administração

em

SC

ANEXO

B

- Questionário aplicado ... ._

(13)

1

INTRODUÇÃO

... ..13 1.1

Tema

Problema

... .. 15 1.2 Objetivos

da

pesquisa ... .. 15 1.2.lObjetivo geral ... .. 15 1.2.2 Objetivo especifico ... .. 15 1.3 Justificativa ... .. 16 1.4 Estrutura do Trabalho ... .. 17 2

FUNDAMENTAÇÃO

TEÓRICA

... .. 19

2.1

O

emprego

e

mercado

de trabalho ... .. 19

2.1.1 Histórico do

Emprego

... ..22

2.1.2 Empregabilidade ... ..25

2.1.3

O

jovem

no mercado de trabalho ... ..27

2.1.4 Empreendedorismo e empreendedores ... .. 29

2.2

A

universidade' e a

formação

acadêmica ... ..32

2.3

O

surgimento

do

curso de administração

no

Brasil e o

CRA

... ... ..34

2.3.1

O

curso de administração na

UFSC

... .. 39

2.4 Competências

do

administrador ... ..40

2.5

O

Perfil do Administrador e as oportunidades de trabalho ... ..44

3

METODOLOGIA

... ..49

3.1 Caracterização da pesquisa ... ..49

(14)

3.4.1 Tipos de dados ... ..

3.4.2 Técnica de coleta de dados ... ..

3.4.3 Técnica de análise e interpretação de dados ... ..

3.5 Limitações da pesquisa ... ..

4

ANÁLISE E

INTERPRETAÇÃO Dos DADOS

... ..

4.1 Característica dos alunos pesquisados ... ..

4.2 Colocação dos graduados no

mercado

de trabalho ... ..

4.3 Análise de satisfação dos graduados

em

relação ao curso

4.4 Conclusões a cerca

da

pesquisa ... .. 80

5

coNsIDERAÇôEs

FINAIS

... ._

5.1 Conclusões ... .. 83

5.2

Recomendações

... ..

REFERÊNCIAS

... .. sv

(15)

O

Brasil é o país da instabilidade. Fome, desemprego, miséria e grande desigualdade

social

vêm

imprimindo sua marca.

Em

'vista disso, crise econômica

com

risco Brasil

em

oscilações afastam investimentos.

Nesse contexto, a educação formal entra

em

discussão; há dez anos ter somente o

ensino médio era

um

diferencial no mercado de_ trabalho, oferecendo possibilidades ao' futuro

trabalhador, já

com

nível superior, o primeiro emprego

com

carteira assinada era

uma

conquista

bem

mais acessível. Hoje,

com

a globalização, os países subdesenvolvidos abriram as

portas para produtos estrangeiros, obrigando as empresas nacionais a investirem

em

novas

tecnologias e inovação de produtos a

fim

de se tornarem competitivas e se manterem no

mercado. Isso fez

com

que as organizações

com

pouco capital para investimento não sobrevivessem reduzindo e muito o número de empregos.

Considerando essa redução no nível de emprego, as empresas passaram a solicitar o

nível superior para tarefas simples e executadas anteriormente por empregados

com

escolaridade de ensino médio.

A

reação a esse fenômeno foi de

uma

explosão na

demanda

de

ensino superior particular no país, surgindo muitos cursos de administração, direito,

publicidade e propaganda que não requerem grandes investimentos e de baixo custo de

manutenção.

Em

Santa Catarina a

UFSC,

por sua vez, passou a ter

uma

procura crescente pelos

cursos. oferecidos, fazendo

com

que aumentasse consideravelmente a média de pontos para ingressar

em uma

vaga, evidentemente isso ocorreu

também

no curso de Administração.

A

Fundação Getúlio Vargas foi a instituição pioneira a implementar no Brasil

~

em

São Paulo

-

o

(16)

profissionais formados pela instituição,

também

obteve grande crescimento na disputa por

uma

vaga.

Atualmente,

com

a elevação do número de formandos que é colocado no mercado de

trabalho, esse mercado passou a exigir qualificação profissional e o conhecimento se

tomou

fundamental para sobreviver no mercado de trabalho. Porém,

como

se avaliar a qualidade dos

cursos que

formam

esse contingente de profissionais?

Foi pensando

em

analisar a qualidade dos cursos oferecidos pelas faculdades no Brasil

que o Ministério da Educação passou a realizar o

PROVÃO.

Aplicado pela primeira vez

em

1996 para os cursos das áreas de Administração, Direito e Engenharia Civil, atualmente o

PROVÃO

abrange 26 áreas: Administração, Agronomia, Arquitetura e Urbanismo, Biologia,

Ciências Contábeis, Direito, Economia, Enfermagem, Engenharia Civil, Engenharia Elétrica,

Engenharia Mecânica, Engenharia Química, Fannácia, Física, Fonoaudiologia, Geografia,

História, Jomalismo, Letras, Matemática, Medicina, Medicina Veterinária, Odontologia,

Pedagogia, Psicologia e Química.

Os

resultados dessa avaliação são obtidos a partir da análise do resultado do

questionário dirigido às formações específicas e respondido pelos alunos que representam a

instituição, desenvolve-se

uma

análise da instituição

em

temos de qualificação de títulos de

professores, espaço fisico e a nota da prova realizada pelos alunos. Atribui-se, então,

uma

classiñcação de

A

à E, estando a

UFSC

com

um

conceito

A

no curso de Administração tendo

em

vista os resultados do

PROVÃO

aplicado

em

2003.

O

curso de Administração da

UFSC

vem

sendo constantemente classificado entre

índices

A

e B, porém,

mesmo

assim, os alunos ao se formarem encontram dificuldade

em

encontrar emprego. Baseando-se nisso, passou-se a questionar dentro da universidade tanto

entre alunos

como

professores, se os graduados após formados estão conseguindo

uma

(17)

O

presente trabalho busca identificar se

mesmo com

a boa qualidade do curso de

administração oferecido pela

UFSC,

como

está se solidificando a colocação dos graduados no

mercado de trabalho.

1.1

Tema

problema

Neste sentido a presente pesquisa pretende responder ao seguinte problema:

\

Em

qual realidade encontra-se a inserção

do

aluno de Administração

formado

pela

UFSC

no mercado

de trabalho?

1.2 Objetivos

da

pesquisa

l§2.1 Objetivo geral

O

objetivo dessa pesquisa é analisar a inserção dos formados

em

administração pela

Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), dos semestres de 2002/2 e 2003/ 1.

1.2.2 Objetivo específico

a) Verificar se a atividade exercida pelo formado está de acordo

com

as competências de

um

Administrador.

b) Identificar o grau de satisfação do graduado

em

administração

em

relação ao curso.

c) Caracterizar o perfil socioeconômico dos formados e o salário médio dos graduados

(18)

e) Analisar a influência da fonnação acadêmica na atuação profissional.

f) Constatar se os alunos tivera_m alguma experiência profissional antes da formatura.

1.3 Justificativa

O

curso de graduação tem a finalidade de dar ao aluno

uma

profissão, fazendo

com

que ele saia preparado para o mercado de trabalho,

porém

com

a grande instabilidade

econômica que se constata no país, a formação universitária não tranqüiliza o profissional

recém formado.

AO curso de Administração da

UFSC

forma por ano cerca de 200 alunos e após sua

saída não se

tem

mais notícias das realizações dos ex-alunos no

campo

profissional.

Em

qualquer empresa ter

um

feedback do seu processo produtivo é importante, a

fim

de melhorar

a qualidade de produtos e da prestação dos serviços que são oferecidos.

Esta pesquisa tem a função de oferecer

um

feedback à

UFSC

e ao departamento de Administração

em

tennos de analisar o grau de importância que o curso está tendo para o

aluno na inserção no mercado de trabalho já que administração é

um

curso que enfrenta

concorrência de vários cursos como, por exemplo, a psicologia, engenhaxia, contabilidade,

direito. Atualmente não existe

uma

lei eficaz que regulamente a obrigatoriedade de se ter

um

administrador formado atuando

em

pequenas empresas, hospitais, clinicas, e administração

em

geral

como

na área da produção

em

que os engenheiros

ocupam

cada vez mais o lugar dos

administradores.

O

trabalho,

mesmo

moldado na forma de emprego, constitui

um

elemento marcante

na vida dos indivíduos e da sociedade de

um

modo

geral.

O

trabalho chega

mesmo

a ser

referência principal na constituição da identidade do indivíduo, e na forma

como

este se insere

(19)

A

satisfação do formado

em

relação ao curso é

um

item a ser analisado, assim

como

é

premente constatar se as

fimções

exercidas no emprego atual são condizentes

com

as

competências do e

também

tomar conhecimento de

em

que setores da economia estão os ex-

alunos.

A

pesquisa é viável tendo

em

vista que existe

um

interesse dos professores e do

departamento

em

verificar se a formação profissional está tendo aplicabilidade ao aluno na execução de sua função

como

administrador, se o curso foi útil, o que pode ser

mudado

para

os próximos alunos.

s

1.4 Estrutura

do

trabalho

Este trabalho está estruturado

em

seis capítulos.

No

primeiro é realizada a introdução

em

que se explicam as mudanças

em

relação ao emprego, a maior disputa por vaga nos ensinos

superiores, o desenvolvimento do projeto do

MEC

para a avaliação dos cursos superiores e

boa qualidade do curso de administração da

UFSC

mediante o provão.

Além

disso, definiu-se

também

o tema-problema, o objetivo geral e os específicos da pesquisa.

No

segundo capítulo, são apresentados os

fimdamentos

teóricos, que é a revisão da

literatura. Esta é constituída por conteúdos relacionados ao emprego, sendo descrito sua

origem, o mercado de trabalho para os jovens, o conceito de empregabilidade, os

empreendedores, a função da universidade, a origem do curso de Ciências de Administração no Brasil e o surgimento do

CRA

descrevendo

também

seu início na

UFSC,

as competências

que hoje são exigidas do administrador, além das características e as oportunidades de

trabalho. '

O

terceiro capítulo expõe a metodologia que foi adotada no presente trabalho. Para

(20)

procedimento de coleta e análise dos dados, destacando os tipos de dados, as técnicas de

coleta de dados, as técnicas de análise e interpretação de dados e as limitações da pesquisa.

O

quarto capitulo apresenta a análise e interpretação dos dados, destacando a

caracteristica dos alunos pesquisados, a colocação dos graduados no mercado de trabalho, a análise de satisfação dos graduados

em

relação ao curso e, finalmente, as conclusões acerca da

pesquisa.

No

quinto capitulo apresentam-se as conclusões e recomendações e no sexto é

(21)

2.1

O

emprego

e

mercado

de trabalho

Desde o início da civilização até esse final de milênio, o trabalho no Brasil e no

mundo vem

passando por amplas transformações na base produtiva, ao

menos

em

seus setores

mais

modemos com

implicações profundas sobre o mercado de trabalho.

A

globalização alterou as maneiras de produção que se

tomou

mais robótica e

informatizada, onde se

devem

buscar o

menor

preço, melhor qualidade,

com

menor

custo para

concorrer no mercado competitivo. V

O

mercado ficou cada vez mais exigente e

com

o processo de globalização as

habilidades tradicionais pouco ajudam a encontrar emprego.

As

empresas exigem dinamismo, vontade de aprender e de ensinar, ser interdisciplinar e sair às ruas

em

busca de emprego não é

tarefa fácil

mesmo

para

quem

possui nível superior.

O

profissional obsoleto, acanhado e tímido

não tem mais chance nesse mercado que se estabelece.

As

pessoas

temem

a globalização,

mas

não enxergam que essa é a

ordem

natural das

coisas e que a automatização é irreversível.

Os

países

como

Estados Unidos e europeus,

em

geral estão instalando suas fábricas nos países asiáticos, a

fim

de obter mão-de-obra barata e

com

menores custos.

O

antigo operário que encaixava peças mecanicamente,

como

demonstra o filme

Tempos

Modemos

de Charles Chapem, precisou de conhecimentos técnicos para

operar comandos. `

As

pessoas precisam estar atentas às mudanças tecnológicas,

num mundo

globalizado

(22)

logo o brasileiro tem que se adaptar a novos conceitos e não esquecer que

numa

economia

aberta, trabalho de qualidade é primordial. '

O

ano de 2003 foi marcante para o administrador, e conforme site do

CRA-SP,

é

um

ano que deverá ser esquecido para os gerentes.

O

primeiro trimestre foi fraco sendo inicio de

um

novo

Govemo

e que os empresários nacionais e intemacionais estavam esperando os acontecimentos.

No

segundo trimestre, as coisas tenderiam a melhorar, os sinais positivos na

macroeconomia

começavam

a aparecer e,

em

breve, os empregos chegariam. Mas, ao

contrário do que se imaginava o emprego sumiu, a legião de executivos desempregados

cresceu e as empresas pagaram o preço da baixa renda e do baixo consumo.

O

terceiro trimestre, o emprego continua escasso,

mesmo

com

queda do dólar, da taxa

de juro, do superávit comercial.

Em

outubro cresce

um

pouco a oferta de empregos para os

executivos e mais ainda

em

novembro, havendo

uma

pequena alta no número de oportunidades

oferecidas. _

Conforme o relatório anual do

CRA-SP em

2003 foram recrutados, por anúncios principais jomais de São Paulo, 1146 executivos dos niveis de Gerência Média, Gerência

Sênior e Direção.

O

número

é

23%

menor

em

relação ao total de ofertas de emprego

publicadas pelos

mesmos

veículos, no ano de 2002 (1488 ofertas).

Muito se espera do primeiro semestre de 2004.

As

projeções do

Govemo

são de

crescimento do

PIB

em

3,5%

no ano, que a Selic continuará sua queda, o dólar se manterá.

Tudo

indica, portanto, que efetivamente 2004 pode ser o ano da nova arrancada, do

crescimento da oferta de empregos, da melhoria da renda das famílias, da redução do estresse e

(23)

Conforme

dados do site do

CRA-SP

no ano de 2003, o maior

número

de ofertas de

emprego para executivos foi dirigido para os profissionais de marketing e vendas

como

é

mostrado pelos dados abaixo:

Área Geral de marketing/vendas (38% do total recrutado no ano), seguidos pelos

profissionais das áreas gerais de finanças/controle (24%), produção/técnica (21%),

serviços internos (Informática, Recursos Humanos, Jurídico e afins) (11%) e

gerência geral (6%).

E

o maior número de oportunidades de emprego foi oferecido,

na ordem, aos diretores/gerentes comerciais, diretores/gerentes de vendas,

oontrollers, gerente gerais, diretores/gerentes adnúnistrativo-finanoeiros e diretores/gerentes de logística”. TCITAL DE OFERTAS

r--

-¬~

¬--

_ 1 999

OFERTA 0E EMPREGOS PARA GEREHTE5 E DlREf0R£5

Anos de 1909, 2000, 2001, 2002 e 2003

Pesquisa da Laerte Cordeiro Consultores em Recursos Humanos

Fonte: Jamais de São Paulo

2605 1915 1488 1146

--r---'---L-¬-

2000 2001 2002 2003

um

Figura l

-

Oferta de emprego para gerentes e diretores

(24)

Como

pode-se observar pela figura l o maior ano

com

oferta de emprego para os

administradores foi

em

2000, e a

menor

oferta de emprego para gerentes aconteceu

em

2003.

Desde

o ano de 2000 vê-se

uma

redução gradativa do

número

de emprego para gerentes no

país.

O

Estado de Santa. Ca.tan'na possui quarenta. e dua.s instituições que oferecem o curso

de Administração de empresas, isto desconsiderando os vários

CAMPUS

que muitas

universidades possuem. Considerando os

CAMPUS

chega-se a sessenta e cinco localidades,

confomie anexo A, onde são oferecidos os cursos de administração.

A

cidade de Florianópolis

possui doze faculdades que

formam

administradores, gerando

um

contingente muito grande de

graduados, para' poucas oportunidades nas empresas, que na capital do estado de Santa

Catarina não se encontra

um

pólo industrial, vivendo a cidade de prestação de serviços e

turismo.

2.1.1 Histórico do emprego

O

emprego se constitui na inserção da força de trabalho no processo de produção. Algumas teorias

buscam

explicar o emprego e a sua relação

com

as outras variáveis

como

o

crescimento econômico, o salário, o progresso tecnológico, os investimentos, os lucros, dentre

outros. Parece, contudo, que a maioria dessas teorias preocupa-se

com

a substituição

do

homem

pela máquina,

como

sendo produto das inovações tecnológicas, nos setores

tradicionais. da economia (agricultura, indústria, comércio e serviços) onde milhões de

trabalhadores do

mundo

inteiro estão desempregados.

A

espécie

humana

pode se manter graças a sua ação de elementos necessários a

(25)

põe

em

atividade suas forças espirituais ou corporais, tendo

em

mira

um

fim

sério que se deve

ser realizado ou alcançado”.

O

ato de trabalhar de acordo

com

Albomoz

(1992) tem o início na necessidade de

sobrevivência dos nômades. Por razões provavelmente relacionadas ao nomadismo, alguns

agrupamentos deram início a atividades agrícolas, fixando o

homem

em

determinada área que

proveria seu sustento.

A

agricultura foi a primeira forma contínua de trabalho humano, podendo haver

excedentes para sustento dos

membros

ociiosos do grupo.

O

trabalho na Grécia antiga,

especialmente na agricultura, gozava de prestígio, passando no período helenístico a ser

realizado por escravos.

Segundo site “por trás das letras” Trabalho tem sua origem a partir do vocábulo

"TRIPALIU"

tendo a palavra trabalhar

como

significado de ser torturado no tripaliu.

Os

escravos e os pobres que não podiam pagar os impostos eram os torturados, sendo

assim,

quem

trabalhava, naquele tempo, eram as pessoas destituídas de posses.

Foi a partir dessa idéia de que trabalhar é

como

ser torturado que se chegou a ponto

de que o trabalho não representa por si só a tortura,

mas também

por extensão às atividades

fisicas produtivas realizadas pelos trabalhadores

em

geral: camponeses, artesãos, agricultores,

pedreiros etc. Tal sentido foi de uso

comum

na Antigüidade e,

com

esse significado,

atravessou quase toda a Idade Média.

no século

XIV

o trabalho

começou

a ter o sentido genérico que hoje se lhe atribui,

ou seja, o de aplicação das forças e faculdades (talentos, habilidades) humanas para alcançar

um

determinado fim.

Na

tradição judaico-cristã o trabalho era

uma

forma de castigo.

O

homem

e a mulher perderam a inocência do pecado original do paraíso e tinham que ganhar seu pão

com

o

(26)

cristãos, a divisão do trabalho dos

homens

em

camadas e posições pareceram ser resultados da vontade de Deus.

Porém

tal postura não tem sido igualitária, bastando para essa constatação

considerar as divergências surgidas ao longo da História da Humanidade.

Após

a antiguidade clássica, surgiu o sistema feudal que evoluiu e alcançou o seu pico

de desenvolvimento durante a Idade Média.

Os

servos, que constituíam a mais baixa categoria

de trabalhadores, não eram escravos

nem

trabalhadores contratados. Economicamente, os

servos estavam vinculados a terra,

mas

tinham certos privilégios (não podiam ser vendidos e

recebiam parte do que produziam) que correspondiam às suas responsabilidades. Esse arranjo

dava aos servos

um

status superior ao dos escravos na maioria das sociedades.

Os

senhores,

por sua vez, eram responsáveis pela proteção dos servos contra bandidos, senhores hostis e

outros perigos.

V

O

sistema feudal foi destinado a ser principalmente

uma

forma de ocupação da terrae

se adaptava melhor à produção rural e agrária.

Com

o surgimento das indústrias

manufatureiras e do comércio

como

forças econômicas predominantes, a servidão declinou

em

importância e

em

grande parte tinha desaparecido da Europa antes do final da Idade Média.

Outro sistema de trabalho foi se identificou

com

o mestre

como

o proprietário da -oficina e empregava os artífices viajantes que trabalhavam para ele.

O

aprendiz era

um

jovem

que aprendia o oficio e usualmente trabalhava para sua alimentação, alojamento e

um

pequeno

valor

em

dinheiro. Durante os estágios iniciais do sistema, todas as três classes de

trabalhadores eram

um

grupo social muito ligado, já que tinham que trabalhar muito perto

entre si.

A

revolução industrial modificou as formas de trabalho e de emprego do sistema

produtivo.

As

máquinas tornaram-se possíveis graças a

uma

nova fonte de energia, a máquina

a vapor usando carvão. Essas mudanças fizeram

com

que as pessoas tivessem

um

padrão de

(27)

no desempenho das atividades e funções. Dentre as mudanças

podemos

destacar o excesso de

z

horas de trabalho, o trabalho infantil. Conforme Ritkin (1995, p55)

A

revolução industrial resultou muitos problemas psicológicos de longas horas de

trabalho, monotonia, fadiga, ruido, tensão e o sempre perigo de acidentes. Os

trabalhadores perderam o sentido gratificante de serem individualmente

importantes para as suas fiinções. As máquinas p0ssibilitaram aos empregadores

contratar mulheres e crianças para operá-las, substituindo os homens.

Atualmente se fala na terceira revolução industrial quando soflwares são capazes de

realizar várias tarefas, substituindo o

homem

em

operações rotineiras. Isso se deve à alta

competitividade do

mundo

atual, onde se busca a redução do preço do consumidor, redução

de estoques,

enfim

redução de custos para sobreviver no mercado.

2.1.2 Empregabilidade

A

empregabilidade é definida

como

a capacidade da força de trabalho

em

tomar-se

empregável. Hirata (1997) afirma que, tanto na literatura econômica quanto nas análises

estatisticas, empregabilidade refere-se à capacidade de obter

um

emprego.

O

problema da empregabilidade é de resultado da desigualdade no poder de barganhar

durante a negociação pela fixação dos salários. Para os empresários a baixa absorção da

mão-

› z . ,_

de-obra é justificada pelo alto custo de se contratar, isto é, os encargos sociais pagos sao

grandes.

O

tipo de trabalho mais freqüente nas universidades realizado pelos acadêmicos é os

estágios que por não haver encargos sociais, a organização recorre a esse tipo de contratação

que consiste

num

contrato temporário,

em

que se descreve as funções que o estudante

desempenhará ficando este

sem nenhum

direito de férias, 13° salário ou qualquer outra

(28)

As

normas negociais conforme

Amadeo

e Estevão (1994) fazem

com

que não haja

redução de salán'o, já que existe

um

consenso entre os trabalhadores sobre sua necessidade

minima de sobrevivência. Se analisar pelo ponto de vista do empresário, seria complicado

substituir os trabalhadores empregados pelos desempregados, pois a rotatividade no trabalho

força a empresa a investir

em

mais recrutamentos e treinamentos.

A

negociação quando é acarretada pela questão salarial acaba sendo prejudicial

também

aos trabalhadores

sem

emprego.

O

empresário pretende reduzir ao

máximo

os salários

dos seus empregados, enquanto os sindicatos defendem os seus patamares salariais.

O

produto

desse confronto é

um

nível de equilíbrio onde os empregados na empresa são mantidos,

mas

não há possibilidades de novas vagas.

A

CLT

(Consolidação das Leis do Trabalho), criada no Governo de Getulio Vargas,

constituiu-se

num

conjunto de leis muito abrangentes que regula quase todos os aspectos do

contrato de trabalho no país.

Camargo

(1996) afirma que a

CLT

criou

uma

divisão especial na

Justiça, a Justiça do Trabalho que busca a resolução dos conflitos nos níveis individuais e

coletivos.

Com

isso, os contratos obedeceram a

um

conjunto de normas: duração

máxima

de

trabalho semanal de 44 horas, 'máximo de 2 horas extras por dia, salário mínimo, 30 dias de

férias remuneradas por ano, abono de férias de 13 do salário, disposições especiais para turnos

notumos, proteção contra demissão à mulher grávida. Licençamatemidade de quatro meses e

paternidade de cinco dias, salário complementar proporcional ao

número

de filhos,

um

mês

de

aviso prévio, fiindo de garantia por tempo de serviço, seguro-desemprego, normas especiais

(29)

2.1.3

O

jovem

no mercado de trabalho

A

primeira grande vitória de

um

estudante é entrar na faculdade. Depois dessa

conquista de enfrentar

um

vestibular concorrido, a impressão é que o pior já passou. Esse

sentimento dura poucos semestres, é só o tempo de perceber que não se pode viver por muito

tempo da alegria de estar na universidade.

Chega

o

momento

de procurar

um

estágio e, depois, tentar

um

emprego. Aí se

descobre que a dificuldade oferecida pelo vestibular não foi nada considerando a busca por

emprego. Nesse último quartel do século

XX,

o Brasil

vem

se destacando na geração de

um

grande excedente de mão-de-obra, especialmente entre osjovens.

Com

dados do

IBGE

(1989-

I999),

Pochamann

(2000) afirma que, para as pessoas na faixa etária de 15 a 24 anos, observa-

se

uma

expansão do seu tempo livre disponível, cada vez mais esperando por alguma

~

001.11) ߂3.0.

Pochamann

(2000, p.45) retrata

bem

esse problema quando utiliza alguns dados

obtidos:

(...) causa espanto perceber que nos anos 90 o nível de ocupação dos jovens

permaneceu praticamente inalterado. Apesar de 2,7 milhões de jovens terem

ingressado no mercado de trabalho, o país abriu somente 120 mil novas vagas. Por

conta disso, o volume de jovens ocupados

em

1999 (16,1 milhões de postos de

trabalho) foi quase o mesmo de 1989, implicando maior desemprego, que passou de

l milhão,

em

1989, para 3,6 milhões,

em

1999, representando

48%

do total do

desemprego nacional.

Além

da falta de emprego entre os recém formados há a questão

do

nível de salário

que caiu nas últimas décadas.

Os

salários baixaram e

com

a queda do assalariamento

regulamentado, há

menos

jovens contribuindo para os fundos públicos, ampliando

em

perspectiva o problema estrutural de financiamento das políticas públicas no pais.

Pochamann

(30)

assalariamento, o que fez

com

que dos 6,9 milhões de jovens

com

empregos fomiais de 1989 sobrassem apenas 4,9 milhões

em

1998”.

No

passado, o primeiro emprego representava a possibilidade de o

jovem

constituir a

sua trajetória profissional ao longo de sua vida útil.

Nos

dias de hoje, isso não é mais assim.

Em

primeiro lugar, porque além de escassas, as ofertas de trabalho são, muitas vezes,

temporárias e nas mais diferentes situações (bicos, estágios, treinamento, entre outras) o que

dificulta a construção de

uma

carreira ocupacional.

Sem

a existência de

uma

ocupação estável,

o

jovem

não consegue sair da condição de desemprego recorrente. Isto é, desemprego

interrompido temporariamente por bicos, estágios e quebra-galhos para auferir alguma renda.

Em

segundo lugar porque, as ocupações que muitas vezes eram a primeira porta de ingresso

no

mercado de trabalho, passaram a ser objeto de concorrência entre trabalhadores adultos.

Diante de

um

elevado excedente de mão-de-obra, os trabalhadores adultos

buscam

qualquer

vaga, inclusive as anteriormente ocupadas por jovens. Nessa condição, o empregador pode

contratar adultos, mais preparados, pagando salários de jovem. -

É

fundamental que se 'tomem medidas urgentes para acabar

com

o desemprego dos

jovens. Seria interessante a construção de

um

sistema nacional de ações de melhor

relacionamento entre o sistema de ensino e o

mundo

do

trabalho, além de postos de trabalho

subsidiados no setor privado e de programas de utilidade coletiva no setor público, tais

medidas

podem

ajudar a desconstituir a atual geração de desemprego juvenil no Brasil.

Outra medida importante seria a de implementação para geração de postos de

trabalho

em

maior quantidade e qualidade, além da retomada sustentada do crescimento

econômico.

Na

primeira ordem, encontram-se as medidas direcionadas à postergação do

ingresso do jovem no mercado de trabalho. Isso não ocorrerá apenas

com

os esforços

familiares. Torna~se necessária a difusão de mecanismos de transferência de renda (bolsa

(31)

melhores condições de acesso à manutenção no sistema escolar.

Pochamami

(2000) comenta que países

como

França e Alemanha retardam a entrada do

jovem

no mercado de trabalho.

Nestes países, o

govemo

transfere renda às famílias mais pobres, que precisariam que os filhos

trabalhassem para complementar o orçamento.

2.1.4 Empreendedorismo e empreendedores

A

proliferação de determinados cursos superiores, especialmente de administração,

está rnodificando a importância do diploma na seleção de candidatos a emprego.

O

diploma já não basta nessas áreas.

As

empresas tendem a dar mais valor à

experiência profissional e a características pessoais

como

autodidatismo e iniciativa.

Especializações, cursos extracurriculares e habilidade para trabalhar

em

equipe

tomam-se

diferenciais ainda mais importantes para os candidatos a

uma

vaga.

Não

importa a área de atuação, o profissional do futuro será o construtor de soluções.

Os

profissionais precisarão ser empresários de si próprios, pois as empresas contratarão

pessoas dentro de projetos para trabalhar por resultados e não mais por tempo de atividade

como

atualmente acontece.

O

mercado está

mudando

rapidamente.

Com

isso, desaparecem os empregos

"tradicionais", estáveis, para darem lugar a novas fonnas de trabalho e prestação de serviços.

Hoje se fala no

mundo

todo

em

empreendedorismo, são profissionais abrindo negócios

próprios e que aos poucos tomarão o lugar do trabalho

com

carteira assinada.

Conforme

Dolabela (1999, p.43) “empreendedorismo é as atividades de

quem

se

dedica à geração de riquezas, seja na transformação de conhecimentos

em

produtos ou

serviços, na geração do próprio conhecimento ou na inovação

em

áreas

como

marketing,

(32)

O

número

de instituições universitárias que passaram a oferecer o empreendedorismo

passou de 50

em

1975 para mais de mil

em

1988.

Em

cinco estados americanos o ensino de empreendedorismo é obrigatório.

Conforme

Dolabela (1999) destaca, o resultado de

uma

importante pesquisa feita pelo

GEM

-

Global Entrepreneurship Monitor ressalta que a principal ação para promover o

desenvolvimento econômico consiste

em

estipular e apoiar o empreendedorismo.

Um

exemplo

disso é os Estados Unidos onde existe a correspondência de cada 12 pessoas ser criada

uma

empresa, já

em

países

como

a Finlândia, essa relação é de 67 pessoas para cada empresa.

Além

disso, a pesquisa da

GEM

argumenta que o empreendedorismo faz a grande

diferença para a prosperidade econômica e que

um

país

sem

altas taxas de criação de novas

empresas corre o risco de estagnação econômica.

O

pré-requisito para a atividade

empreendedora

em

um

país é a existência de

um

conjunto de valores sociais e culturais que

possam encorajar a criação de novas empresas.

A

década de 90 tem sido marcada pela opção ao auto-emprego e pelo surgimento de empreendedores involuntários, representados principalmente por recém-formados e pelos

trabalhadores demitidos de corporações

em

virtude de reestruturação, fechamento, fusão,

privatização.

Ou

seja, pessoas que não conseguem colocação

no

mercado de trabalho se

vêem

obrigadas a abrir seu próprio negócio

como

única altemativa de sobrevivência.

Porém, infelizmente hoje no Brasil, ainda é complicado abrir

uma

empresa.

Conforme

dados da Revista

Exame

(2003)

em

países desenvolvidos

como

a Austrália, bastam dois dias

para abrir

uma

empresa.

Nos

Estados Unidos, quatro. Quase tudo pode ser feito pela intemet.

Já no Brasil a pessoa que deseja abrir

uma

empresa precisa esperar 152 dias,

como

em

(33)

Além

disso, a Revista

Exame

(2003) ainda destaca que nos países ricos é muito mais

fácil fechar

um

negócio.

O

processo duro cerca de

um

ano no Canadá ou

em

Cingapura.

Na

Índia e no Brasil, pode levar quase 10 anos para cumprir todos os procedimentos legais.

A

obtenção de financiamento

também

é mais rápida nos países ricos.

Um

dos motivos

é que o financiador tem muito mais chances de receber o seu investimento de volta

em

caso de não pagamento.

Na

Alemanha ou nos Estados Unidos,

em

uma

semana o credor consegue ter

acesso às garantias do empréstimo.

No

Brasil ou no Chile, a

mesma

operação chega a levar

cinco anos.

As

universidades brasileiras

também

deveriam fazer o seu papel para a participação no

desenvolvimento da sociedade incentivando os formados a serem donos do' seu negócio,

mas

não está ocorrendo isso atualmente. Hoje as universidades

formam

bons empregados,

mas

se

esquecem que acima de tudo os graduados

em

administração precisam ser bons empreendedores. Conforme Dolabela (1999, p. 35) destaca:

o emprego assume

um

valor fimdamental na formação da nossa sociedade. Outra

característica nos cursos profissionalizantes e universitários é a cultura da grande empresa, ou seja, quando se fala de empresa, são abordados os temas relativos às

grandes organizações, e não os característicos dos pequenos negócios. Os cursos de

administração, com raríssimas exceções, são voltados quase exclusivamente parao

gerenciamento de grandes empresas.

Para o desenvolvimento econômico do pais é fundamental que se desenvolva empreendedores que saibam lidar

com

as mudanças que ocorrem e, mais do que isso, aprender

a trabalhá-las a seu favor.

O

bom

empreendedor é aquele que sabe avaliar e aproveitar as

oportunidades, criando algum valor à sociedade.

É

aquele que não desanima

com

os erros,

mas

aprende

com

eles, buscando aperfeiçoamento não só nas áreas

em

que

tem

dificuldades,

mas

também

nas que domina, para manter-se sempre atualizado.

O

empreendedor se orienta pelos resultados e precisa tomar decisões a todo momento, é alguém que sabe planejar, por isso a necessidade de estar sempre

bem

informado.

(34)

Empenho,

motivação, visão de futuro, criatividade, flexibilidade e dedicação são caracteristicas

fiindamentais para enfrentar os obstáculos diários.

O

bom

empreendedor não pode acomodar-

se,

mas

sim buscar sempre novos conhecimentos e habilidades

em

função de

um

único

objetivo: preparar-se para garantir o seu lugar na sociedade do conhecimento.

2.2

A

universidade e a formação acadêmica

Que

futuro se destina a

um

país que não privilegia a educação?

O

capital

humano

éo

fundamental para que

uma

empresa atualmente possa ser mais competitiva e

com

isso

pode

alterar a situação sócio-econômico de

uma

região, oferecendo emprego e

com

isso

favorecendo a

uma

maior circulação de capital.

A

globalização exigiu das empresas mais investimentos

em

tecnologias e

concomitantemente

uma

mão-de-obra melhor qualificada.

A

melhoria do nível de escolaridade

poderia proporcionar ao nosso pais

uma

melhor distribuição de renda, melhorando a qualidade

de vida da população, expectativa de vida.

As

empresas precisam hoje

em

dia de profissionais que saibam pensar,

como

coloca

Milena (2003, p.23)

É necessário o surgimento de

um

novo perfil caracterizado por urna formação

humana e profissional polivalente, funcional e flexível, na qual os domínios de conhecimento, articulados com criatividade e iniciativa, pemutam ao educando se

integrar uma atuação distinta da que foi desempenhada últimas décadas. Essa

diferenciação deve visar o desenvolvimento do padrão de qualidade do ensino e sua

adequação ao mercado de trabalho.

O

empregado precisa ter iniciativa própria para começar suas tarefas e ter iniciativa

(35)

importante, já que o criar novas formas de trabalho que sejam mais rápidas e eficazes, ou

novos produtos que possam ter grande aceitação no mercado consumidor.

É

assim que se encaixa a universidade. Historicamente a universidade

tem

se

caracterizado

como

um

modelo de instituição social onde os seus segmento humanos,

permanentemente, buscam a descoberta e o dominio do saber. Isto ocorre pelo processo de

transmissão do conhecimento ou pela procura deste através da pesquisa.

A

Lei 9.394 destaca

essa

fimção

da universidade no art 43 parágrafos I e II:

Art. 43.

A

educação superior tem por finalidade:

I - estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e do

pensamento reflexivo;

III - incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científica, visando o

desenvolvimento da ciência e da tecnologia e da criação e difirsão da cultura, e,

desse modo, desenvolver o entendimento do

homem

e do meio

em

que vive;

Hoje as maiores descobertas científicas, tecnológicas que acontecem no

mundo

são

frutos de pesquisas dos laboratórios das universidades. Isso requer investimentos do governo (no caso de universidades públicas), ou investimentos privados (no caso das particulares) e que

apesar dos poucos recursos as universidades públicas ainda se sobressaem na qualidade de

ensino.

Para avaliar as universidades teve início

em

1996, o provão foi aplicado aos alunos

concluintes de apenas três áreas: Administração, Direito e Engenharia Civil.

O

principal objetivo do Sistema de Avaliação da Educação Superior é de fornecer

informações que

venham

a orientar políticas educacionais, sejam elas institucionais, regionais

ou nacionais, para subsidiar ações que visem à melhoria da qualidade da educação superior.

O

provão

tem

a fiinção de diagnosticar,

com

a possibilidade de proporcionar, ao longo dos anos, abrangendo instrumentos que contemplem diferentes aspectos, informações

relevantes sobre o ensino de graduação.

Além

disso, tendo

em

vista que a avaliação só tem

(36)

Em

2003 foram 26 áreas: Administração, Agronomia, Arquitetura e Urbanismo,

Biologia, Ciências Contábeis, Direito, Economia, Enfermagem, Engenharia Civil, Engenharia

Elétrica, Engenharia Mecânica, Engenharia Química, Farmácia, Física, Fonoaudiologia,

Geografia, História, Jomalismo, Letras, Matemática, Medicina, Medicina Veterinária,

Odontologia, Pedagogia, Psicologia e Química.

Na

Universidade Federal de Santa Catarina dos vinte e quatro cursos que realizaram a

prova nove obtiveram o conceito A, e dentre eles o curso de Administração que mostra a

qualidade oferecida pelo curso aos seus alunos.

2.3

O

surgimento

do

curso de administração no Brasil e o

CRA

O

surgimento e a evolução dos cursos de administração deu-se a partir da década de

30 quando ocorria

uma

grande transformação nas formas de produção, isto é, ao iniciar o

processo de industrialização do país. Foi a partir deste período que surgiu

uma

crescente

preocupação

com

os assuntos econômicos, derivados principalmente da depressão de 1929 e,

posteriormente, da participação do Estado no processo de industrialização do pais. (Martins,

1939)

Segundo Martins (1989, p.664), o contexto para a formação do administrador no Brasil

começou

a ganhar força na década de 40.

A

partir deste período, acentuou-se a

necessidade de

mão

de obra qualificada e, conseqüentemente, novas demandas e ensino.

O

autor afinna:

O

desenvolvimento de uma sociedade, até então basicamente agrária, que passava

gradativamente a ter seu pólo dinâmico na industrialização, colocou como

problema a formação de pessoal especializado para analisar e planificar as

mudanças econômicas que estavam ocorrendo, assim como incentivar a criação de

4

centros de investigação vinculados a análise de Temas econômicos e

(37)

Assim, tratava-se de formar, a partir do sistema escolar,

um

administrador profissional, apto para atender ao processo de industrialização. Tal processo foi se

desenvolvendo de forma gradativa, desde a década de 30,

porém

ficou acentuado no

momento

da regulamentação da profissão, ocorrida na metade da década de 60, através da Lei No. 4.769

de O9 de setembro de 1965.

Com

essa Lei, o acesso ao mercado profissional seria privativo

dos portadores de títulos expedidos pelo sistema universitário.

Para Martins (1989), a maior preocupação

com

assuntos econômicos teve seu início

em

1943. Neste ano, realizou-se no Rio de Janeiro, o primeiro Congresso Brasileiro de

Economia, havendo

um

grande interesse pela industrialização do pais, instituindo-se iniciativas

concretas por parte do Estado para motivar a pesquisa

em

assuntos econômicos. Porém, vários

estudos vinham sendo realizados basicamente nos cursos de Direito na disciplina de economia,

vista

como

formação geral.

Assim, o Ministro da Educação e Saúde, encaminhou à Presidência da Republica

um

documento que propunha a criação de dois cursos universitários,

um

de Ciências Contábeis e outro de Ciências Econômicas.

A

criação desses cursos assumiu

um

papel relevante,

uma

vez

que passou a ampliar a organização escolar

do

pais que, até então, se constituía apenas de

engenheiros, médicos e advogados.

Para Martins (1989), o surgimento da Fundação Getúlio Vargas

(FGV)

e a criação da

Faculdade de

Economia

e Administração da Universidade de São Paulo (USP)

marcaram

o

ensino e a pesquisa de temas econômicos e administrativos

no

Brasil, contribuindo para o

processo de desenvolvimento econômico dos pais.

Tais instituições ocuparam

uma

posição dominante no

campo

das instituições de

ensino de administração, assim

como

de referência do posterior desenvolvimento desses

(38)

Fruto dessas relações,

em

1952, criou-se a Escola Brasileira de Administração Pública

(EBAP), pela Fundação Getúlio Vargas,

com

o apoio da

ONU

(Organizações das

Nações

Unidas) e da

UNESCO

(Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a

Cultura) para a manutenção inicial.

O

convênio

com

tais organismos intemacionais previa, na

escola, a manutenção de professores estrangeiros e bolsas de estudo para o aperfeiçoamento

dos filturos docentes.

Martins (1989)

afirma

que,

com

a criação da

EBAP

no Rio de Janeiro, a

FGV

passa a

preocupar-se

em

criar

uma

escola especialista para a preparação de administradores de empresa, .vinculada ao

mundo

empresarial,

com

o objetivo de produzir especialistas

em

técnicas

modemas

de administração empresarial.

Com

a criação dos cursos de mestrado, a

FGV

passou a ser o centro formador de

professores para outras instituições de ensino,

num

momento

em

que ocorreu

uma

enorme

expansão dos cursos de administração.

Na

metade da década de 60, passou a ministrar

um

programa de doutorado nestas áreas.

Em

1982, já havia formado 53 mestres

em

economia, 68

em

administração pública, 168

em

administração de empresas, 160

em

educação, 13 doutores

em

economia e 9

em

administração (Martins, 1989). Desde 1994, o ensino de administração,

ministrado por esta instituição, é definido

como

dos melhores do país, sobretudo pelo seu

empenho

no

campo

da pesquisa. _

Observa-se

também

que a criação e evolução dos cursos de Administração na sociedade brasileira,

no

seu primeiro momento, foram feitas

no

interior de instituições Universitárias, fazendo parte de

um

complexo de ensino e pesquisa. Tais escolas

transformaram-se

em

pólos de referência para a organização e fimcionamento deste campo.

No

final dos anos 60, a evolução dos cursos de administração ocorreria não mais

(39)

processo de expansão privatizada na sociedade brasileira essa expansão, segundo Martins

(1989),

também

está relacionada

com

as transformações ocorridas no plano econômico.

Após

a década de 60, a forma de desenvolvimento privilegiou as grandes unidades

produtivas na economia do país.

O

crescimento acentuado das grandes empresas,

principalmente estrangeiras e estatais, permitiu a utilização crescente da técnica. Isso implicou

diretamente a necessidade de profissionais

com

treinamento especifico para executar diferentes

funções intemas das organizações.

Em

face a essa situação, as grandes empresas passaram a

adotar a profissionalização de seus quadros tendo

em

vista o tamanho e complexidade das

estruturas. Isso veio a constituir

um

espaço potencial para a utilização dos administradores que

passaram pelo sistema escolar.

Com

as mudanças econômicas,

um

novo

acontecimento viria acentuar a tendência à

profissionalização do administrador.

A

regulamentação dessa atividade ocorreu na metade da década de 60, pela Lei no.4.769 de 09 de setembro de 1965.

A

presente Lei, no seu artigo 3°,

afirma que o exercicio da profissão de Técnico

em

Administração é privativo dos Bacharéis

em

Administração Pública ou de Empresa, diplomados no Brasil,

em

cursos regulares de ensinos

superiores, oficiais, oficializado ou reconhecido, cujo currículo seja fixado pelo Conselho

Federal de Educação, nos termos da Lei no. 4.024 de 20 de dezembro de 1961, que

fixa

as

Diretrizes e Bases da Educação no Brasil. Isso veio ampliar

um

vasto

campo

de trabalho para a profissão de administrador.

A

partir de então, o acesso a esse

campo

profissional passaria

necessariamente pela sanção do sistema escolar. Tal fato

também

influenciou

no

crescente

aumento desses cursos no país.

A

idéia da profissionalização das atividades administrativas, segundo Martins (1989),

impregnou nossos ambientes acadêmicos, empresariais e serviço público.

A

partir dessa

regulamentação, procurou-se restituir organismos que controlassem o exercício da profissão.

(40)

O

CRA

é o órgão consultivo, orientador, disciplinador, fiscalizador do exercício da

profissão dos administradores.

É

o órgão que apóia e defende o direito dos administradores.

O

objetivo do

CRA

segundo a Lei no 4.769/65 , art. 8:

a.dar execução às diretrizes formuladas pelo Conselho Federal de Administração

(*);

bfiscalizar, na área da respectiva jurisdição, o exercício da profissão de

Administrador(*);

c.organizar e manter o registro de Administrador (*);

d.julgar as infrações e impor as penalidades referidas nesta Lei;

e.expedir as carteiras profissionais dos Administradores(*);

Martins (1989), reafirma ainda que a função de tais organismos era de fiscalizar o

desempenho da profissão e expedir as carteiras profissionais. Só poderiam exercer a profissão

aqueles registrados no Conselho regional de Administração

--

CRA.

Esse organismo passaria

a ter

um

forte controle sobre as condições de acesso à profissão.

Isso nos mostra

que

a regulamentação da profissão do administrador, ao

institucionalizar que o seu exercício seria privativo daqueles que possuíam o titulo de bacharel

em

administração, contribuiria de forma acentuada para a expansão desses cursos.

Um

dos aspectos que merece ser destacado na expansão dos cursos de administração

é a considerável participação da rede privada neste processo ocorrido a partir do firial dos anos

60.

No

iiiicio da década de 80, o sistema particular era responsável por aproximadamente

79%

dos alunos, ficando o sistema público

com

o restante.

O

mesmo

ocorre nas demais áreas do

conhecimento, onde a distribuição é de

61%

para a rede privada.

A

formação de administrador no Brasil enfrenta diferentes desafios que vão desde o

reconhecimento da administração

como

ciência social aplicada, cujo objetivo do estudo é o

fato administrativo, até a dificuldade do redefinir a prática social do administrador, conforme

(41)

2.3.1

O

curso de administração na

UFSC

Em

1970, surgiu na

UFSC

o Departamento de Ciências da Administração Inicialmente

o Departamento de Ciências de Administração de hoje era denominado de Ciências da Administração e Finanças da antiga Faculdade de Ciências Econômicas que foi instalado

em

O1 de agosto de 1963.

O

reconhecimento da antiga Faculdade de Ciências Econômicas de Santa Catarina foi

através do Decreto 37.994 de 28 de setembro de 1955, tem sua origem no "Curso Superior de

Administração e

F

inanças" e, assim incluía no regime do Decreto

20.158 de 30 de junho de

1931,

como

Curso Técnico, sendo rigorosamente organizada

em

três séries, e a Divisão de

Ensino Comercial pemiitiu seu fimcionamento,

em

dezembro de 1942.

O

Departamento de Administração e Finanças passou a denominar-se Departamento

de Ciências da Administração que

em

data de 22 de abril de 1971 após a reforma universitária.

Conforme

site da

UFSC

descreve:

Pelo Decreto N° 75.590 de 10 de abril de 1975 o Curso de Ciências da

Administração foi reconhecido, decreto este publicado

DOU

de ll de abril de 1975.

Sua primeira turma graduou-se

em

1969 e era composta por nove (09) acadêmicos

os quais adentraram ao curso

em

1966, sendo que o mesmo até 1975 firncionava

somente no período matutino e a partir de 1976 também no período notumo.

Atualmente há turmas no período

diumo

e

notumo

e a cada ano o vestibular para o

curso de Ciências da Administração fica mais concorrido sendo exigido do departamento

constantes mudanças para que continue formando profissionais que sejam empreendedor, e que

saibam utilizar os melhores recursos do ambiente extemo da empresa de

uma

forma eficiente e eficaz.

(42)

É

importante salientar que o curso de Administração da

UFSC

tem

como

missão conforme o site do

CAD

de formar alunos que tenham grande conhecimento das empresas e as

formas de gestão, utilizando a valorização dos talentos

humanos

e da melhor utilização dos

recursos tanto ambientais quanto institucionais, usados

em

beneficio da sociedade.

2.4 Competências

do

administrador

O

cargo de Administrador foi regulamentado desde o lei n°

4769

de 9 de setembro de

1965, onde as fiinções são

bem

especificadas e definidas

como

desenvolvimento de relatórios

que exigem a aplicação dos conhecimentos técnicos do administrador, assim citado na Lei

4769

art 3 “elaboração de pareceres, relatórios, planos, projetos, arbitragens e laudos,

em

que

se exija a aplicação de conhecimentos inerentes às técnicas de organização”.

Todo

o curso de graduação tem regulamentado

um

número mínimo de disciplinas

específicas, juntamente

com

as titulações das mesmas. Sendo assim, o aluno ao se formar no

curso de graduação ele está preparado para exercer as fiinções acima especificadas.

Maximiliano (1981) descreve algumas atividades gerenciais

como

o contato

com

representantes de outrasorganizações, a resolução de problemas e resolução de insatisfação de

clientes, contratação de pessoal, análise e elaboração de relatórios, apresentação

em

público

conferências, entrevistas, participação das negociações.

Antigamente se falava que o administrador precisa especializar-se

em

determinada

área e função, o financeiro trabalha a

fim

de que o seu setor desempenhe

bem

as fiinções as

que lhe foram atribuídas.

O

problema desse tipo de estrutura é a falta de visão do todo, cada

setor trabalha independente para atingir o seu objetivo departamental e não o objetivo geral da

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